Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GRADUAÇÃO
1
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Pedagogia - EaD
CDU:
2
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
APRESENTAÇÃO
Bom estudo!
Reitoria UDC On-line
3
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 2
UNIDADE I - ESTADO, SOCIEDADE, FAMÍLIA E EDUCAÇÃO EM BUSCA DE
CONCEITOS .............................................................................................................. 6
1.1 EDUCAÇÃO ......................................................................................................... 6
1.2 PEDAGOGIA ........................................................................................................ 9
1.3 TEORIAS DA EDUCAÇÃO ................................................................................ 10
1.4 POLÍTICA E ESTADO ........................................................................................ 11
1.5 A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO ...................................................................... 13
1.5.1 A corrente positivista ..................................................................................... 14
1.5.2 O positivismo e a educação .......................................................................... 14
1.6 O IDEALISMO E A EDUCAÇÃO ........................................................................ 16
1.7 AS IDEIAS SOCIALISTAS E A EDUCAÇÃO ..................................................... 16
UNIDADE II - EDUCAÇÃO E FAMÍLIA: ASPECTOS LEGAIS ............................... 18
2.1 CONSTITUIÇÃO ................................................................................................ 18
2.2 LEI 8.069/90 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .................... 19
2.3 LEI Nº 9.394/96 - LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL 20
UNIDADE III - POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS E A PARTICIPAÇÃO DA
FAMÍLIA NA ESCOLA ............................................................................................. 23
3.1 A EDUCAÇÃO FORMAL .................................................................................... 23
3.2 EDUCAÇÃO INFORMAL.................................................................................... 25
3.3 EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL .............................................................................. 26
3.4 ESTRUTURAS E CONCEITOS DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS ................. 27
3.5 PROGRAMA DIA NACIONAL DA FAMÍLIA NA ESCOLA .................................. 29
3.6 CARTILHA “EDUCAR É UMA TAREFA DE TODOS NÓS”. .............................. 30
3.7 CARTILHA ESCOLA – ACOMPANHEM A VIDA ESCOLAR DE SEUS FILHOS.
................................................................................................................................. 32
3.8 INTERAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA: SUBSÍDIOS PARA PRÁTICAS ESCOLARES
................................................................................................................................. 33
3.8.1 O documento .................................................................................................. 34
3.8.2 Escola .............................................................................................................. 34
4
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
5
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
1.1 EDUCAÇÃO
Partimos da seguinte
premissa nós humanos “somos
seres históricos”. A nossa
forma de pensar e agir mudou
ao longo do tempo. Os
problemas individuais e
coletivos enfrentados ao longo
do tempo pelas gerações
passadas nos permitiu
repassar as gerações mais
novas um legado importantíssimo para nossa existência, à herança cultura.
Compreende-se cultura como um conjunto de ideias, comportamentos,
práticas sociais e símbolos, ou seja, a herança social da humanidade. A cultura é a
demonstração humana de adaptação ao meio, hábitos durante nossa evolução. A
cultura é carregada de modificações, transformações incorporadas ao longo da
nossa existência. Assim as gerações mais antigas transmitem as gerações mais
novas seus conhecimentos. Estas assimilam de acordo com a sua percepção e
repetem o processo com as gerações futuras.
6
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
7
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
VOCÊ SABIA?
Nas comunidades tribais “A formação é integral – abrange todo o saber da
tribo – e universal, porque todos podem ter acesso ao saber e ao fazer apropriados
pela comunidade.
1
O termo teleologia deriva do grego teleo que significa finalidade e logia que significa estudo, e trata
dos propósitos, finalidades e objetivos do estudo. (Nota do autor
8
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
PARA PENSAR
1.2 PEDAGOGIA
9
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
10
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Dessa forma o autor descreve que há duas formas de exercer política. Pode
se viver “para” a política ou pode viver “da” política. Essa relação está impregnada
de dominação e obediência. Nessa visão a definição de escola vincula-se a conceito
de “dominação” que pressupõe obediência de um determinado conteúdo, entre
pessoas dadas. Obediência implica poder, impor a própria vontade dentro de uma
relação social. O conceito de “dominação” também implica a compreensão e
aceitação do processo de legitimidade. Weber (2008) propõe três tipos puros de
dominação:
• De caráter racional (crença, legalidade, direito, autoridade);
• De caráter tradicional (crença cotidiana, santidade das tradições);
• De caráter carismático (se apoia na entrega extracotidiana à santidade,
11
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
12
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
PARA PENSAR:
Você já pensou que na sociedade há uma relação hegemônica de poder e
que algumas instituições desenvolvem papel educativo dessa hegemonia.
São exemplos de instituições sociais ideológicas: a lei, a educação, os meios
de comunicação de massa, a religião, as forças armadas. Essas instituições
não neutras. Já se perguntou se elas servem para concretizar a hegemonia
dominante ou para superar as desigualdades sociais? A quais interesses elas
estão ligadas?
13
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
14
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
15
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
16
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
VOCÊ SABIA?
No século XIX além da Revolução industrial também ocorreu a Revolução do
Conhecimento e a Revolução Burguesa?
A Idade Média delimitou o conhecimento ao mundo religioso. Com novas
concepções florescendo desde o século XV uma nova reformulação da forma
de pensar. A Revolução do Conhecimento ou Revolução Científica tornou o
conhecimento mais estruturado e prático.
A Revolução Burguesa ou as Revoluções Burguesas foram processos
históricos protagonizados pela classe burguesa, com interesses comerciais e
financeiros foram fundamentais para superar o sistema absolutista.
Contribuíram na formação dos estados nacionais. São exemplos dessas
revoluções as ocorridas na Inglaterra no século XVII (Puritana e Gloriosa) e a
Revolução Francesa de 1789.
Para saber mais acessar: histedbr.fe.unicamp.br.
17
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
2.1 CONSTITUIÇÃO
18
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
19
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
O art. 18-A trata do direito de ser educado sem castigos ou maus tratos. O Art. 22
incumbe aos pais o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, e no
parágrafo único reforça que mãe, pai ou responsáveis tem direitos iguais, deveres e
responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da criança,
transmissão de crenças e culturas.
É importante considerar que o ECA tem um papel fundamental na ordenação
legal sobre o papel do Estado, da família e da sociedade sobre a garantia do direito
à educação das crianças e adolescentes brasileiras. Para tanto são muitos os
artigos que trata da questão no ECA. Destaca-se o Capítulo IV “Do Direito à
Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer”. De forma geral buscam estipular: art.
53, do direito da criança e adolescente a educação, desenvolvimento, preparo ao
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho; art. 54, do dever da educação
em assegurar a oferta, o acesso e a permanência na educação básica; art. 55 da
obrigação dos pais ou responsáveis de matricular os filhos menores; art. 56, do
papel dos dirigentes dos estabelecimentos de ensino em acompanhar a frequência e
aproveitamento e comunicar os órgãos competentes.
20
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
21
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
22
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
A escola nem sempre existiu dessa forma, como a conhecemos. Ela é uma
invenção da sociedade moderna. Ela foi tomando essa forma a partir das demandas
da Igreja católica e protestante e posteriormente do modelo econômico e social
capitalista.
Ao longo do tempo ela variou na sua organização e objetivos ou até mesmo
não existiu como instituição. Outrora era papel da família educar conforme os
costumes ou religião. O aumento da sua oferta nem sempre esteve atrelado a
democratização do ensino. Uma das primeiras sociedades a pensar um
direcionamento diferente a formação da sociedade foram os Gregos antigos
aproximadamente no século VI a.C. e se estabeleceu na Grécia Clássica entre os
séculos V e VI a.C. com destaque aos atenienses.
VOCÊ SABIA?
A etimologia da palavra escola deriva do Grego antigo e significa scholé ou lugar
do ócio e era um privilégio de poucos, apenas os privilegiados. No latim, schola, passou a
designar lazer, descanso. Ao longo da história antiga o termo estava relacionado ao lugar
onde as pessoas se divertiam, estudavam, descansavam ou lugar prazeroso. Na Grécia
antiga o lugar onde eram ministradas as aulas era denominado lykeion e na Roma antiga o
termo lycaeu também denominava o lugar onde os jovens podiam aprender algum ofício.
23
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
PARA PENSAR:
O termo pedagogo deriva do grego (pais, paidós, “criança”; agogôs, “que conduz”) e se
referia a aquele que conduz a criança. No período quem conduzia a criança aos locais onde
receberia a educação era um escravo, ou seja, paidagogos.
A escola toma forma mais complexa a partir do Renascimento e da Idade
Moderna. Uma das preocupações era o confinamento dos alunos, a separação pela
idade, e a graduação das ações e conhecimentos a serem ensinados. Essas
práticas levaram alguns pensadores a teorizar e orientar as práticas educacionais.
Vejamos alguns fatores que marcaram a institucionalização da escola:
• Modernidade.
• Uma nova era social.
• A política.
• O fortalecimento do estado.
• Urbanização crescente.
• Ascensão da burguesia.
• Revolução científica.
• Racionalismo filosófico. (ARRANHA, 2006, p. 113).
Com a Revolução Industrial, século XVIII, a burguesia busca uma escola
acadêmica de formação humanística. Esse modelo buscava uma educação em nível
superior com conhecimentos das novas ciências que tomavam corpo visando novas
tecnologias e descobertas. Era necessário contrapor o modelo de formação técnica
que era mais apropriado aos operários.
Ainda no Século XVIII com as revoluções burguesas e o Iluminismo a escola
burguesa busca se alinha a crença na capacidade e autonomia da razão para
entender o mundo. Destaca-se como pensador no período Immanuel Kant que
ajudou a divulgar o pensamento de uma escola leiga, universal e gratuita, sob
responsabilidade do Estado.
Com o inchaço das cidades e o crescimento do operariado a educação das
massas deveria enfatizar as primeiras letras, objetivando controle, organização e
disciplina. Exemplos dessa prática foram às escolas de ensino mútuo, desenvolvidas
ao mesmo tempo por Andrew (1753-1832) e Joseph Lancaster (1778-1838). Nesse
método um professor poderia ensinar centenas de alunos. O professor ensinaria os
24
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
melhores alunos que iriam monitorar os colegas. Os alunos eram reunidos conforme
seu estágio de conhecimento, conforme progrediam eram colocados em outro grupo
mais avançado. Era um sistema rígido na forma disciplinar, com definição de
horários, comportamento regrado. O sistema era barato. Ele se estendeu por países
da Europa e América.
Atualmente as escolas estão permeadas de teorias pedagógicas. É
marcante a tentativa de superar a escola tradicional. As novas teorias buscaram
criticar à escola tradicional e sua incapacidade de atender as constantes mudanças
sociais, econômicas e científicas. Uma das marcas da escola atual é a relação entre
a pedagogia e outras ciências. A Escola Nova, por exemplo, buscou ser um novo
modelo que iria democratizar a educação. Inicialmente era vista como um
instrumento de transformação e ascensão social.
Outras tendências tiveram como fundamento as tendências socialistas e
anarquistas, principalmente na década de 1970. Outros pensaram na
desescolarização (Ivan Illich), ou na negação da autoridade do professor (Alexander
Neill) como na escola de Sumerhill. Há casos de famílias que se organizam
coletivamente para educar seus filhos.
As tendências mais progressistas têm como preocupação levar o acesso a
escola a todos, aos marginalizados, dando condições de acesso a conteúdos e
conhecimentos valorizados pela sociedade.
25
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
26
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
2
A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são avaliações para
diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido
pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos.
http://portal.mec.gov.br/prova-brasil, acesso: 16/06/2017.
27
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
VOCÊ SABIA?
A globalização é um conceito amplo com dimensões diferentes, que podem ser
resumidas da seguinte forma:
− Globalização econômica: atividades estratégicas em escala planetária, em tempo
real;
− Troca e/ou comunicação de informações à medida que elas são produzidas;
− Ação à distância;
− Redução do espaço-tempo;
− Aceleração das interdependências (econômicas, sociais, culturais, financeiras (on-
line, redes);
− Reorganização das relações de poder globais e regionais (emergência de novos
atores globais como China, Índia ou Brasil). (AKKARI, 2011, p. 22).
− À medida que discutimos e nos aprofundamos no assunto, verificamos tipologias
das políticas públicas e os fatores que lhe cercam. Vejamos alguns exemplos
pertinentes dessas características.
28
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
29
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
voluntários).
O primeiro Dia Nacional da Família na Escola ocorreu em 24 de abril de
2001, tinha como lema “Um dia para você dividir responsabilidades e somar
esforços”. Foi discutido o rendimento dos alunos e a administração escolar. Essa
ação é simbólica porque aproxima a sociedade e a comunidade escolar.
O governo se baseia em pesquisa que demonstram que a participação dos
pais na vida escolar das crianças é fundamental para melhorar o desempenho dos
alunos, segurança, autoestima e resultados.
Os encontros propiciam espaço para a orientação pedagógica,
contextualização do currículo, desenvolvimento do aluno, conhecimento da sua vida
fora da escola e na escola, seu ambiente familiar e social, seus anseios, desejos e
aspirações. É importante também para a disciplina do aluno.
A escola também encontra um espaço para comunicar e conversar com a
sociedade e a família pela luta por uma educação de qualidade, solicitando seu
apoio para superar as barreiras que a educação e a escola enfrentam. Independente
das condições sociais e econômicas dos pais estes tem muito a contribuir com a
escola.
Ao tomarem ciência do papel da escolarização dos filhos, do tempo
frequentado na escola e sua futura colocação no mercado de trabalho os pais
poderão acompanhar e zelar também pela formação das novas gerações.
A escola tem um papel importante ao incentivar e promover a presença da
família no espaço de aprendizagem dos alunos. O perfil das famílias vem se
alterando. Conhecer a realidade familiar é importante para superar as dificuldades
das crianças, ajuda a resolver problemas sociais como o da violência que também
chegam à escola.
30
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
interesse na criança pelo estudo oferta esse documento para apoio às escoas e
famílias desenvolverem práticas de estudo e discussão.
Este guia apresenta informações sobre quais conhecimentos a criança deve
ter realizado nas primeiras séries do ensino fundamental em língua portuguesa e
matemática. Traz sugestões de como contribuir para a educação das crianças fora
da escola. A aprendizagem da escola deve contribuir para a toda a sua vida.
Na cartilha destaca-se o respeito que devemos ter pelas fases de
desenvolvimento que as crianças passam, o seu direito ao brincar. Ao final do
ensino fundamental a crianças já deve ter aprendido que ler e escrever é importante
para resolver os problemas do dia-a-dia para o avanço nos seus estudos.
Outra informação relevante descreve que a família deve ler todos os dias
para a criança. Descobrir os melhores horários ajuda na assimilação da criança do
que está sendo lido. Práticas como a leitura de receitas de comidas, embalagens e
manchetes de jornais ajudam a criança a entender como dominar a leitura a ajudará
a resolver os problemas. Ter material de leitura como livros, revistas, jornais irá
ajudar nesse processo.
Uma atividade também orientada pela cartilha descreve que é importante
incentivar a criança a realizar a leitura. Os adultos devem ser pacientes e nunca os
obrigar ou castigá-los. A atividade de leitura deve ser prazerosa e nunca uma
obrigação.
Tornar a atividade de escrita e leitura em uma atividade divertida irá ajudar
no processo. A família deve procurar incentivar a leitura e escrita de acordo com a
idade. Pedir que elas se expressem irá dar um significado maior. Utilizar jogos,
palavras cruzadas, caça-palavras torna a aprendizagem mais dinâmica. Quando
ocorrerem os erros oriente sem agredir, todos erram.
Quanto a matemática a cartilha descreve que ao final do primeiro segmento
do ensino fundamental a criança já deve ter aprendido a ler e escrever os números,
a usar no dia-a-dia instrumentos, régua, calendário, relógio.
Faz parte da aprendizagem nesse período os números não-inteiros, como
frações, decimais, porcentagens. Resolver contas de cabeça também é desse
período. A cartilha incentiva os familiares a ajudarem as crianças a gostarem de
matemática, influencias como dizer que os pais iam mal à sua época escolar, ou que
31
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
32
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
33
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
3.8.1 O documento
3.8.2 Escola
34
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
3.8.3 Família
35
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
• Outro detalhe que faz toda a diferença é a ordem escolhida para descrever a
relação: escola-família e não família-escola. Estamos assumindo que a
aproximação com as famílias é parte do trabalho escolar, uma vez que as
condições familiares estão presentes de forma latente ou manifesta na
relação professor-aluno e constituem chaves de compreensão importantes
para o planejamento da ação pedagógica.
É preciso colocar a interação escola-família em uma perspectiva processual
que estabeleça horizontes de curto, médio e longo prazos.
No primeiro momento faz-se o conhecimento mútuo; no segundo são
estabelecidas as condições de negociação das responsabilidades específicas sobre
a educação das crianças, e, por fim, no terceiro, são construídos espaços de
corresponsabilidade, abertos também à participação de outros atores importantes no
processo de educação dos filhos/alunos.
Percebemos neste estudo que geralmente o processo escola-família é
desencadeado sem os devidos e desejáveis cuidados preliminares: é muito comum
os sistemas de ensino e escolas partirem direto para a negociação/cobrança de
responsabilidades das famílias, antes de compreenderem as condições dos diversos
grupos de familiares dos alunos. Ao suprimir a etapa inicial, os projetos de
aproximação podem gerar mais desencontros. Por essa razão, enfatizamos
especialmente o movimento inicial de aproximação para (re)conhecimento mútuo,
tendo em mente que ele deve ser apenas o início de uma longa relação.
36
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
37
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
38
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
39
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
40
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
41
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
42
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
43
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
44
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
desenham.
A interpretação que as crianças e adolescentes fazem do mundo nos mais
variados contextos vão induzir, se refletir na sua viver e expressar-se no mundo. É
possível que certos conhecimentos só sejam apresentados a criança no âmbito da
escola, e que certas discussões só se realizem neste espaço. Já um evento social
como uma refeição pode ser realizada tanto em casa quanto na escola. Organizar o
espaço onde vive pode ser outro exemplo a ser direcionado nos dois locais, porém
cada um tem um objetivo. Enquanto na casa a orientação pode ser de que ela
arrume o seu quarto, espaço individual, na escola pode lhe ser requerido que
organize a sala, espaço de ordem coletiva. O importante é que a percepção da
criança vai ser de que é necessário ter organização dos espaços individuais e
coletivos.
Os exemplos demonstram que a família e a escola têm objetivos comuns em
relação à criança. Os âmbitos são diferentes, com aspectos comuns e divergentes.
Daí a necessidade de uma relação estável entre família e escola. Dois aspectos são
relevantes frisar nesse momento. O primeiro diz respeito aos conhecimentos mútuos
de interesse da família e da escola. O segundo trata de ambos terem critérios
educativos capazes de aproximarem família e escola independentemente de serem
contextos diferentes. Os dois aspectos tratam de eliminar as discrepâncias que
podem vir a prejudicar a criança e ao adolescente.
É necessário ficar claro para a família e para a escola que são contextos
diferentes e que em cada um a criança irá encontrar práticas, relações,
conhecimentos e pessoas diferentes. O grau de relação de cada contexto irá
depender como família e escola enxergam os limites de interferência de cada um.
Situações em que pais questionam certos conhecimentos apresentados pelos
professores escola, ou de quando a escola desvaloriza ou supervaloriza certos
conhecimentos trazidos da casa pelo aluno nos levam a pensar de que isso deve ser
pensado e praticado por ambos. É importante pensar em como resolver os conflitos
de interesses.
Cabe a escola direcionar seus esforços ao âmbito do crescimento dos
conhecimentos e experiências educativas que estão ao alcance da escola
(capacidade cognitiva, motoras, equilíbrio pessoal, relações interpessoais, cuidado
45
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
com o corpo, saúde), sem perder de vista onde pode ajudar e contribuir com o
desenvolvimento de outros contextos.
Bassedas; Huguet; Solé (1999), ao discutirem numa perspectiva sociológica
a relação família escola descrevem que ocorreram mudanças importantes na
estrutura familiar e escolar (instituição). Primeiramente porque ocorreu uma
concentração da população nas áreas urbanas, com valorização do individualismo e
da independência, tornando a família cada vez menor. A família que antes se
estendia a avós, irmãos, primos ficou mais restrita. Para os autores as
responsabilidades eram mais divididas, e havia mais modelos de relações familiares
que permitiam certas aprendizagens as crianças e adolescentes. Bassedas; Huguet;
Solé (1999, p. 284) descreve que “A isso adicionamos que o próprio conceito de
família ‘nuclear’ padrão (pai, mãe e filhos) começa a ser questionado por diferentes
áreas.”.
Convém pensar que a forma como as famílias vêm se organizado mudou e
continua a se transformar. A escola tem a obrigação de pensar sobre o tema e
assimilar essas novas organizações familiares. As famílias vêm passando por
problemas. Servem de exemplo os casos onde um progenitor assume as
responsabilidades que antes eram divididas, como na questão financeira de sustento
da família, ou do caso onde ocorrem preconceitos quanto as novas constituições
familiares que fogem dos modelos tradicionais.
É destacado no discurso de Bassedas; Huguet; Solé (1999) que a própria
noção do que é uma pessoa educada também se modificou. A família e a escola
competem com a formação vida dos meios de comunicação em massa. Os valores
que são transmitidos pela televisão, internet, filmes, jogos também são assimilados
por crianças e adolescentes. Outra questão a ser pensada quanto a modificação do
que é uma pessoa educada é definir que educar não pode se reduzir a instrução.
Por isso a própria legislação tem no seu ordenamento uma educação integral, que
leve a pessoa a se desenvolver em todos os âmbitos da vida humana, mas é
necessário pensarmos se esse elemento legal se faz na prática.
Esses fatores podem ser um elemento de descontentamento as famílias e
educadores porque atrapalham todo um trabalho de forma integral ou parcial. Ou
que algumas atribuições sejam delegadas a um contexto.
46
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
47
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
48
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
49
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
50
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
51
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
REFERÊNCIA
CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. Uma difícil e necessária parceria mediada
pelo polêmico dever de casa. Cadernos CEPEC, 2009.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12 ed. São Paulo:
Cortez, 2010.
52
SOCIEDADE, FAMÍLIA E INSTITUIÇÃO ESCOLAR
SANTOS, Pablo Silva Machado Bispo dos. Guia prático da política educacional
no Brasil: ações, planos, programas e impactos. 2 ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2014.
53