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N-293 REV.

F MAI / 2007

FABRICAÇÃO E MONTAGEM DE
ESTRUTURAS METÁLICAS

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnica Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 04 CONTEC - Subcomissão Autora.

Construção Civil
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 32 páginas, Índice de Revisões e GT


N-293 REV. F MAI / 2007

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a fabricação, montagem e inspeção de
estruturas metálicas convencionais em unidades terrestres, estruturas metálicas de módulos
e estruturas metálicas auxiliares para plataformas fixas, flutuantes, FSOs, FPSOs e SS.

1.2 A aplicação desta Norma é restrita a estruturas metálicas de aços-carbono e


carbono-manganês.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir e contêm prescrições válidas para a presente Norma.

PETROBRAS N-13 - Requisitos Técnicos para Serviços de Pintura;


PETROBRAS N-133 - Soldagem;
PETROBRAS N-134 - Chumbadores para Concreto;
PETROBRAS N-1590 - Ensaio Não-Destrutivo - Qualificação de
Pessoal;
PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;
PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia;
PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo Visual;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;
PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e de Estruturas de
Concreto Armado;
PETROBRAS N-1678 - Estruturas Oceânicas - Aço;
PETROBRAS N-1812 - Estruturas Oceânicas;
PETROBRAS N-1852 - Estruturas Oceânicas - Fabricação e Montagem
de Unidades Fixas;
PETROBRAS N-2109 - Controle Dimensional - Qualificação de Pessoal;
PETROBRAS N-2125 - Estruturas Oceânicas - Pesagem;
PETROBRAS N-2301 - Elaboração da Documentação Técnica de
Soldagem;
PETROBRAS N-2719 - Estocagem de Tubo em Área Descoberta;
ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na
Inspeção por Atributos;
ABNT NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto -
Procedimento;
ABNT NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações;
ABNT NBR 8400 - Cálculo de Equipamento para Levantamento e
Movimentação de Cargas;
ABNT NBR 8800 - Projeto e Execução de Estruturas de Aço de
Edifícios Método dos Estados Limites;
ABNT NBR 9062 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto
Pré-Moldado;
ABNT NBR 14842 - Critérios para Qualificação e Certificação de
Inspetores de Soldagem;

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AISC 348 - Specification for Structural Joints using ASTM


A325 or A490 Bolts;
API Spec 2B - Specification for the Fabrication of Structural
Steel Pipe;
ASME B1.1 - Unified Inch Screw Threades (UN and UNR
Thread Form);
ASME B18.2.1 - Square and Hex Bolts and Screws (Inch Series);
ASME B18.2.2 - Square and Hex Nuts (Inch Series);
ASTM A 6 - Standard Specification for General Requirements
for Rolled Structural Steel Bars, Plates, Shapes
and Sheet Piling and Bars for Strucutural Use;
ASTM A 20 - Standard Specification for General Requirements
for Steel Plates for Pressure Vessels;
ASTM A 131 - Standard Specification for Structural Steel for
Ships;
ASTM A 143 - Standard Practice for Safeguarding Against
Embrittlement of Hot-Dip Galvanized Structural
Steel Products and Procedure for Detecting
Embrittlement;
ASTM A 500 - Standard Specification for Cold-Formed Welded
and Seamless Carbon Steel Structural Tubing in
Rounds and Shapes;
ASTM A 501 - Standard Specification for Hot-Formed Welded
and Seamless Carbon Steel Structural Tubing;
AWS D 1.1 - Structural Welding Code - Steel.

3 SIMBOLOS OU SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;


AISC - American Institute of Steel Construction;
API - American Petroleum Institute;
ASME - American Society of Mechanical Engineers;
ASTM - American Society for Testing and Materials;
AWS - American Welding Society;
CREA - Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura;
FPSO - Floating Production Storage and Offloading
Systems;
FSO - Floating Storage and Offloading Systems;
IEIS - Instrução de Execução e Inspeção de
Soldagens;
RCSC - Research Council on Structural Connections;
SS - Semi-Submersíveis.

4 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições da norma PETROBRAS


N-1812 além das indicadas nos itens 4.1 a 4.8.

4.1 Componentes

Qualquer um dos seguintes:

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a) peça fabricada: peça como saída de fábrica, tal como: virola, tramo, nó (ver
Figuras 1, 2 e 4 da norma PETROBRAS N-1852);
b) subconjunto: conjunto de 2 ou mais peças fabricadas e soldadas no canteiro de
montagem, tais como: nó mais membro tubular, membro tubular-conjunto de
vários tramos (ver Figura 1, detalhe 5 da norma PETROBRAS N-1852).

4.2 Consulta Técnica

Documento emitido previamente à realização do serviço, com o objetivo de esclarecer


dúvidas técnicas para a realização de determinada fase da obra. Este documento deve
conter:

a) descrição do motivo da consulta (proposição do executante);


b) parecer do consultado e do cliente;
c) validação do parecer citado na alínea b) por assinatura, número de certificação,
qualificação e registro no CREA do emitente da consulta, que deve ter a
mesma função do responsável pela especificação original, conforme aplicável.

4.3 Relatório de Não-Conformidade

Documento emitido após a execução de um serviço, descrevendo uma não-conformidade ou


um desvio em relação ao padrão e com o objetivo de determinar qual é a disposição a ser
aplicada para sua correção.

4.4 Estruturas Metálicas Auxiliares para Plataformas

Estruturas metálicas independentes do convés ou que o complementam, tais como: lança


dos queimadores, estrutura para o pedestal do guindaste, sondas de produção “work-over”,
heliponto, bóias de atracação, monobóias, turcos de baleeiras e monovias.

4.5 Estruturas Metálicas Convencionais

Estruturas metálicas industriais que podem ser instaladas em terra ou em plataformas e que
suportam diretamente equipamentos e sistemas. Subdividem-se em 2 tipos, conforme
descritos nos itens 4.5.1 e 4.5.2.

4.5.1 Estruturas Primárias

Torre da tocha em unidades industriais ou quaisquer estruturas de suporte de


equipamentos, que envolvam riscos de segurança operacional ou pessoal, tais como:
pórticos ou suportes de tubulação, suportes de equipamentos de caldeiraria e galpões
metálicos.

4.5.2 Estruturas Secundárias

Escadas, guarda-corpos, corrimãos, plataformas de acesso, plataformas de operação, bem


como seus pisos, acessórios de plataformas ou quaisquer estruturas que não impliquem em
riscos de segurança operacional.

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4.6 Estruturas Metálicas de Módulo para Plataformas

Estruturas metálicas responsáveis pela integridade do módulo e que se apóiam nos


conveses de plataformas.

Nota: Quando houver dúvida relativa ao enquadramento de eventuais estruturas na


classe de inspeção, o executante (órgão da PETROBRAS ou firma contratada)
dos serviços deve solicitar esclarecimento, por escrito, através de consulta técnica
ao cliente.

4.7 Lajes em “Steel-Deck”

Lajes mistas em que a fôrma de aço é incorporada ao sistema de sustentação das cargas,
funcionando, antes da cura do concreto, como suporte das ações permanentes e
sobrecargas de construção e, depois da cura, como parte ou toda a armadura de tração da
laje.

4.8 Estruturas Navais

Estruturas metálicas que integram os cascos e conveses de navios, plataformas do tipo


FPSO, FSO, SS, auto-elevatórias, assim como bóias e monobóias.

5 CONDIÇÕES GERAIS

5.1 Documentação

5.1.1 Procedimento de Recebimento, Identificação e Armazenagem de Materiais e


Componentes

Devem estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852.

5.1.2 Procedimento de Fabricação

Deve conter, no mínimo:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis e documentos de projeto de fabricação;
c) definições;
d) processos de conformação, incluindo requisitos para controle do grau de
conformação; no caso de conformação a quente, faixa de temperaturas
admissíveis e método para controle das temperaturas;
e) seqüência de soldagem dos componentes e método de controle e correção das
deformações;
f) método de acoplamento, ajustagem e pré-fixação de componentes;
g) controle dimensional (tolerâncias, estudo prévio das contrações pós-soldagem,
variações de temperatura, equipamentos, métodos, referências, recalques
admissíveis de apoios e plano de inspeção contendo fases da execução).

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5.1.3 Procedimento de Montagem

Deve conter, no mínimo:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis e documentos de projeto de fabricação;
c) definições;
d) tipos de bases e suportes provisórios e permanentes, selas de giro e apoios
pivotados;
e) método de alinhamento e nivelamento dos apoios de estrutura;
f) preparação e testes do terreno;
g) seqüência de montagem e soldagem da estrutura;
h) métodos de acoplamento, ajustagem e pré-fixação de componentes à
estrutura:
- posição relativa dos componentes (método e equipamentos de verificação,
medições e locais para execução das medições);
- dispositivos de ajustagem e pré-fixação (tipos, aplicação, quantidade,
afastamento e dimensões);
i) tipos de andaimes, escadas e elevadores (plano de instalação, inspeção e
manutenção);
j) cuidados gerais a serem adotados na soldagem;
k) método de controle e correção de deformações;
l) controle dimensional (tolerâncias, estudo prévio das contrações pós-soldagem,
variações de temperatura, recalques admissíveis de apoios, deformações
antes, durante e após a montagem, pré-deformações, eixos de seções e plano
de inspeção contendo fases de execução).

5.1.4 Procedimento de Movimentação de Cargas

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852 e os dispositivos de içamento


devem atender ao disposto na norma ABNT NBR 8400.

5.1.5 Procedimento de Inspeção Dimensional

Deve conter, no mínimo:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis;
c) definições;
d) componentes a serem examinados;
e) equipamentos utilizados e gabaritos;
f) método para exames dimensionais de componentes;
g) métodos para exames dimensionais de subconjuntos;
h) métodos para exames dimensionais da estrutura, abrangendo, no mínimo, os
seguintes pontos:
- colunas;
- contraventamentos;
- vigas principais;
- vigas de fechamento;
- vigamentos em treliça;
- pisos, anteparos e outros painéis enrijecidos;
- escadas e passadiços;
- paredes estruturais;
- elevações e geometrias;

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i) métodos de utilização de equipamentos de topografia;


j) tolerâncias;
k) relatórios.

5.1.6 Procedimento de Recebimento, Tratamento, Conservação e Manuseio de


Consumíveis de Soldagem

Deve estar de acordo com as normas PETROBRAS N-133 e N-1852.

5.1.7 Procedimento de Tratamento Térmico

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-1852.

5.1.8 Procedimento de Pesagem

Deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-2125.

5.1.9 Procedimento de Pré-Aquecimento

Deve conter, no mínimo:

a) objetivo;
b) normas aplicáveis;
c) definições;
d) métodos e equipamentos a serem utilizados;
e) método e extensão de verificação e medição dos limites máximo e mínimo de
temperatura.

5.1.10 Procedimento de Enchimento Adicional, de Reparo de Solda e de Metal de


Base

Deve estar de acordo com as normas PETROBRAS N-133 e N-1852.

5.1.11 Procedimento para Inspeção Visual e Dimensional de Soldas

O procedimento deve conter, no mínimo:

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) método de ensaio;
d) estado disponível da superfície;
e) método de preparação da superfície;
f) condição superficial requerida para o ensaio;
g) iluminamento requerido;
h) instrumentos;
i) inspeção (relação de descontinuidades, irregularidades a serem examinadas
e/ou observações a serem efetuadas);
j) seqüência do ensaio;
k) requisitos adicionais;
l) sistemática de registro de resultados.

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5.2 Fundações para Montagem

5.2.1 O projeto das fundações para as fases de montagem deve estar de acordo com as
normas ABNT NBR 6118, NBR 6122, e NBR 9062.

5.2.2 A preparação do terreno, bem como a execução das fundações e estruturas de


concreto armado (blocos e pistas de embarque) devem estar de acordo com a norma
PETROBRAS N-1644.

Nota: No assentamento de blocos pré-moldados é dispensada a interposição de


camada de concreto magro entre o solo e o bloco.

5.2.3 Deve ser feita uma marcação de eixo e elevação nas bases e suportes.

5.2.4 Deve ser previsto um sistema de controle e compensação de recalques durante a


montagem.

5.3 Fundações Definitivas

5.3.1 A preparação do terreno, bem como a execução das fundações e estruturas de


concreto armado devem estar de acordo com as normas PETROBRAS N-1644,
ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 6122.

Nota: As dimensões da base devem estar de acordo com o desenho de fundação de


estruturas e devem ser registradas no certificado de conformidade da base, de
acordo com o item 5.3.6.

5.3.2 Os chumbadores devem estar de acordo com a norma PETROBRAS N-134 e atender
às seguintes tolerâncias:

a) diâmetro: ver código ASME B1.1;


b) comprimento de rosca: deve ser maior ou igual ao especificado no projeto de
fundações;
c) estado da rosca: não deve apresentar trincas e amassamentos ou corrosão
que impeçam a movimentação de porca;
d) deve ser prevista uma proteção temporária contra corrosão dos chumbadores,
após a instalação dos chumbadores.

5.3.3 A posição relativa dos chumbadores na base deve atender às tolerâncias previstas
nas normas PETROBRAS N-134 e N-1644.

5.3.4 Deve ser feita uma marcação de eixos e elevação nas bases.

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5.3.5 O nivelamento da base deve ser executado através da colocação de calços. Os


calços devem ser dimensionados e espaçados de modo a suportar a estrutura, levando-se
em conta os seguintes requisitos:

a) na elevação deve ser adotada uma tolerância de ± 1 mm em relação à


elevação de projeto;
b) os calços devem estar dispostos próximos dos chumbadores, cerca de 25 mm
afastados dos corpos dos chumbadores, devendo estar totalmente contidos na
região de apoio;
c) a altura do calço (metal + argamassa) deve ser, no máximo, 5 mm acima da
altura prevista no projeto;
d) a largura mínima do calço deve ser de 50 mm;
e) o comprimento mínimo do calço deve ser de 100 mm;
f) após a colocação da chapa de base da estrutura e de cunhas, deve haver
espaço suficiente para a execução do grauteamento.

5.3.6 O certificado de conformidade de base deve conter registro de:

a) coordenadas;
b) elevação;
c) dimensão;
d) posição relativa entre chumbadores e base;
e) nivelamento.

5.3.7 A execução do grauteamento deve ser realizada observando-se as condições


estabelecidas na norma PETROBRAS N-1644.

Nota: O grauteamento de bases só deve ser executado depois de ser corrigido o prumo
e o alinhamento de coluna e ser dado o aperto final dos parafusos.

5.4 Recebimento, Identificação e Armazenamento

5.4.1 Os materiais e componentes estruturais entregues nos canteiros devem ser


recebidos por inspetores de controle dimensional, especialidade Caldeiraria, qualificados
conforme a norma PETROBRAS N-2109 e inspecionados de acordo com os requisitos
abaixo:

a) todos os materiais e componentes devem ser verificados de acordo com o


item 5.9.4;
b) todas as chapas, perfis e tubos devem estar de acordo com os itens 5.9.4 e
5.9.5;
c) os componentes recebidos devem ser submetidos a um exame dimensional de
acordo com o item 5.10;
d) os chanfros devem ser submetidos a um exame visual-dimensional de acordo
com o item 5.9.7;
e) as juntas soldadas de fábrica devem ser submetidas a um exame
visual-dimensional de acordo com o item 5.9.8 e à verificação dos relatórios
das inspeções aplicáveis;
f) devem ser verificados se os componentes foram submetidos aos ensaios
não-destrutivos previstos.

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5.4.2 As chapas, perfis ou tubos não devem apresentar mossas, rebarbas ou bordas
serrilhadas ou trincadas.

5.4.3 Todos os componentes de estrutura devem estar numerados e marcados de acordo


com o sistema de identificação estabelecido no procedimento de fabricação. A identificação
deve coincidir com a numeração adotada nos certificados de materiais e desenhos
certificados de fabricação.

5.4.3.1 A identificação deve ser efetuada, sempre que possível, mediante emprego de
punção com pontas arredondadas.

5.4.3.2 O local de identificação deve ser revestido com verniz, de modo que a marcação
seja mantida até a utilização do componente e demarcado com tinta de cor contrastante
com o material de base.

5.4.3.3 A disposição da identificação deve ser tal que os dígitos estejam contidos, no
máximo, em um retângulo de 250 mm x 300 mm e, no mínimo, em um retângulo de
120 mm x 200 mm.

5.4.3.4 Todos os materiais que possuam limite de escoamento mínimo especificado maior
ou igual a 345 MPa (50 ksi), por exemplo o material ASTM A 131 Grau AH36, devem ser
fornecidos diretamente pelas siderúrgicas, com apresentação de certificados, ou por
empresas representantes oficiais das siderúrgicas com apresentação de certificados onde
conste claramente que estes representantes são clientes dos fabricantes. Os certificados
devem estar citados nas notas fiscais dos fornecedores e devem possuir rastreabilidade
com relação às notas fiscais, através do controle de cópias com carimbo constando o
seguinte: no e data da nota fiscal, assinatura do fornecedor e no da ordem de compra. Os
materiais fornecidos sem as condições mínimas citadas não devem ser aceitos pela
PETROBRAS.

5.4.4 Todos os materiais recebidos devem estar identificados e esta identificação deve ser
verificada em função de:

a) chapas, tubos sem costura ou perfis laminados: certificado de usina do


material;
b) tubos e perfis soldados: certificado de fabricação;
c) para os materiais submetidos à galvanização deve ser verificado se foram
tomadas as providências previstas na norma ASTM A 143.

5.4.5 O descarregamento e movimentação dos componentes devem ser feitos sem causar
danos aos componentes. Deve ser evitado o contato direto dos cabos de aço com os
componentes pintados. Para o caso de componentes galvanizados, este contato não é
permitido.

5.4.6 Os componentes pintados devem apresentar o estado geral da pintura de acordo com
a norma PETROBRAS N-13.

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5.4.7 Os consumíveis para soldagem devem estar de acordo com a norma


PETROBRAS N-133.

5.4.8 Materiais, tais como: chapas, perfis e tubos podem ser armazenados ao tempo,
devendo, entretanto, serem tomados cuidados para evitar empenos devidos à posição
inadequada ou escoramento insuficiente. Para evitar que tais materiais fiquem em contato
direto com o solo, devem ser utilizados calços.

5.4.9 Perfis e tubos galvanizados ou pintados devem ser armazenados de modo a evitar
danos na camada protetora.

5.4.10 As chapas devem ser armazenadas umas sobre as outras com defasagem nas
bordas para facilitar o manuseio, devendo essa parte defasada ser protegida com óleo à
prova d’água. As chapas devem ser armazenadas com desnível, para facilitar o escoamento
da água que caia sobre as chapas, em terreno revestido com brita.

5.4.11 A estocagem de tubos em área descoberta deve estar de acordo com a norma
PETROBRAS N-2719.

5.4.12 Os consumíveis de soldagem devem ser armazenados de acordo com a norma


PETROBRAS N-133.

5.4.13 Todos os certificados dos materiais e dos consumíveis de soldagem devem ser
avaliados e aceitos formalmente por inspetor de soldagem nível 2.

5.5 Diretrizes Específicas para o Recebimento, Identificação e Armazenamento de


Peças de “Steel-Deck” no Canteiro de Obras

5.5.1 O “steel-deck” deve ser fornecido em fardos, com os materiais firmemente cintados,
de forma a evitar que a vibração durante o transporte possa amassar as peças.

5.5.2 Quando da chegada do material à obra, o responsável pela descarga deve checar as
etiquetas de identificação dos fardos, conferindo o número de peças e a espessura do
“steel-deck”.

5.5.3 Deve ser realizada uma inspeção visual, para certificar que nenhum painel esteja
danificado e somente após esta verificação o material pode ser recebido pela obra.

5.5.4 No içamento, para que os materiais não sejam amassados e para que as cintas não
sejam rasgadas, é recomendável o uso de uma proteção de madeira ou borracha, de forma
que as cintas não fiquem diretamente em contato com o “steel-deck”. É recomendável que a
distância entre as cintas seja igual ou inferior a 3,50 m. Devem ser tomadas todas as
precauções no sentido de evitar, durante o içamento do “steel-deck” e das peças metálicas,
o choque destes materiais. [Prática Recomendada]

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5.5.5 Após o içamento dos fardos, o “steel-deck” deve ser posicionado sobre as vigas de
aço da estrutura. Se a estrutura não está em condições de receber os painéis, então devem
ser provisoriamente armazenados em pilhas, em local previamente estabelecido pela
fiscalização, tomando-se as devidas precauções para que se evite o acúmulo de água nos
painéis, com a possibilidade de ocorrência da “ferrugem branca” no material galvanizado.

5.5.6 O armazenamento temporário deve ocorrer em local seco, coberto, arejado, com
pequenas variações de temperatura e protegido de umidade, sendo que deve ser
considerado o descrito nos itens 5.5.6.1 a 5.5.6.4.

5.5.6.1 As pilhas devem ser posicionadas sobre “camas” de madeira ou de aço, de forma a
evitar o contato direto do “steel-deck” com o piso. Por precaução, as pilhas devem ser
inclinadas para fazer o escoamento da água. É necessário ainda deixar espaços entre os
fardos de “steel-deck”, possibilitando a ventilação e evitando a possível condensação de
água entre os painéis.

5.5.6.2 Mesmo com o material estando embalado é indispensável que as pilhas sejam
cobertas por uma lona impermeável.

5.5.6.3 Deve-se impedir, de qualquer maneira, que o “steel-deck” seja molhado. Caso isto
venha a ocorrer, as pilhas devem ser provisoriamente desfeitas e todo o material deve ser
enxugado manualmente.

5.5.6.4 O armazenamento temporário do material galvanizado na obra não deve ocorrer por
períodos de tempo superiores a 30 d. Durante este período de armazenamento, em hipótese
alguma se deve colocar carga sobre as pilhas de “steel-deck”.

5.6 Soldagem

A soldagem deve estar de acordo com a norma PETROBRAS N-133 e os requisitos desta
Norma.

5.6.1 Os procedimentos de soldagem devem ser elaborados e qualificados pelo executante


(órgão da PETROBRAS ou empresa contratada) do serviço de acordo com a norma
PETROBRAS N-133, tendo esta qualificação sido testemunhada pelo inspetor de soldagem
nível 2, na referida modalidade e nas condições das alíneas abaixo:

a) para estruturas convencionais: conforme a norma AWS D 1.1;


b) para estruturas de módulos, auxiliares e navais: conforme a norma AWS D 1.1
e os requisitos adicionais da norma PETROBRAS N-1852.

Nota: Os procedimentos de soldagem devem, obrigatoriamente, ser qualificados pelo


próprio executante do serviço (órgão da PETROBRAS ou empresa contratada) e
devem estar atualizados com relação às normas vigentes na ocasião da
contratação dos serviços.

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5.6.2 Os soldadores e operadores de soldagem devem ser qualificados pelo executante do


serviço (órgão da PETROBRAS ou empresa contratada), de acordo com a norma
PETROBRAS N-133 e as condições abaixo:

a) para estruturas convencionais: conforme a norma AWS D 1.1;


b) para estruturas de módulos auxiliares e navais: conforme a norma AWS D 1.1 e
os requisitos adicionais da norma PETROBRAS N-1852.

5.6.3 Os itens não cobertos por esta Norma e pela norma PETROBRAS N-133 devem
seguir a norma AWS D 1.1.

5.6.4 Os inspetores de soldagem devem ser qualificados de acordo com a norma


ABNT NBR 14842.

5.6.5 A faixa de pré-aquecimento deve compreender a junta e mais 75 mm de cada lado,


medidos a partir da margem da solda, e a temperatura de pré-aquecimento deve ser
conforme as prescrições da norma PETROBRAS N-133.

5.6.6 As soldas provisórias e o ponteamento devem atender aos requisitos da norma


PETROBRAS N-133 e às seguintes condições:

a) os pontos de solda devem ter, no mínimo, 50 mm de comprimento e devem ser


tantos quanto forem necessários para que o intervalo entre eles seja de, no
máximo, 400 mm;
b) para pontos de solda que sejam removidos por goivagem, deve ser feito, no
local, exame por líquido penetrante ou partículas magnéticas;
c) os pontos de solda a serem incorporados às soldas de topo devem ser
esmerilhados e inspecionados visualmente;
d) todos os dispositivos auxiliares de montagem devem ser removidos após a
conclusão da montagem; os cuidados com a remoção dos dispositivos
auxiliares de montagem são aqueles recomendados pela norma
PETROBRAS N-133.

5.6.7 A marcação das juntas soldadas deve ser feita por meio de punção com ponta
arredondada e de acordo com a norma PETROBRAS N-133.

5.6.8 As soldas não devem ser interrompidas antes que tenha sido completada, pelo
menos, 25 % da área da seção transversal da junta.

5.6.9 As operações de goivagem, mesmo quando não aplicadas a reparos, devem ser
completamente esmerilhadas e inspecionadas através de inspeção visual e de ensaio por
líquido penetrante ou partículas magnéticas.

5.6.10 O ponteamento e a soldagem só podem ser iniciados quando da emissão da IEIS,


de acordo com a norma PETROBRAS N-2301.

13
N-293 REV. F MAI / 2007

5.7 Fabricação e Montagem

5.7.1 Após a traçagem e corte, deve ser transferida a identificação das chapas e a
marcação do sentido de laminação das peças e sobras.

5.7.2 As descontinuidades em chanfros, bem como as descontinuidades de laminação


devem ser analisadas e avaliadas segundo a norma AWS D 1.1.

5.7.3 A transição de espessura para juntas de topo deve atender a norma AWS D 1.1.

5.7.4 As dimensões do chanfro de componentes devem atender ao especificado pela norma


AWS D 1.1, observadas as tolerâncias previstas na mesma norma.

5.7.5 As peças a serem acopladas devem estar totalmente inspecionadas e aprovadas


pelos ensaios não-destrutivos aplicáveis.

5.7.6 Os dispositivos de ajuste utilizados no acoplamento entre componentes não devem


introduzir tensões na estrutura.

5.7.7 Os chanfros atingidos por danos superficiais, devem ser reparados por
esmerilhamento ou solda e, para a execução do reparo, as peças devem ser afastadas ou
mesmo retiradas do local em que se encontram ajustadas.

5.7.8 A seqüência de montagem e soldagem deve ser efetuada de modo a reduzir as


deformações.

5.7.9 Para que o enchimento adicional (“build up”) seja possível, a abertura de raiz não
deve exceder a 20 mm ou 2 vezes a espessura da chapa mais fina, o que for menor.

Nota: O enchimento deve ser realizado com as peças desacopladas e os chanfros


devem ser reconstituídos e inspecionados com ensaios não-destrutivos por
partículas magnéticas ou líquido penetrante

5.7.10 Os locais da estrutura onde devem ser montados componentes ou subconjuntos


devem ser previamente verificados quanto à dimensão e nivelamento, acabamento,
aprovação dos ensaios não-destrutivos e dos reparos e adequação dos guias para
acoplamento.

5.7.11 Antes do acoplamento devem ser verificados e registrados os comprimentos reais de


cada componente, posições relativas das soldas e demais alterações na condição do
componente.

14
N-293 REV. F MAI / 2007

5.7.11.1 O posicionamento de soldas circunferenciais para tubos deve ser tal que, a
distância mínima entre cordões adjacentes seja de 1 000 mm ou 1 diâmetro, o que for
menor. Adicionalmente, em quaisquer 3 m não devem existir mais de 2 juntas
circunferenciais. A distância mínima entre cordões longitudinais deve ser de 30º ou 300 mm,
o que for menor.

5.7.11.2 O posicionamento de soldas de topo em elementos estruturais deve ser efetuado


de modo a evitar as zonas hachuradas mostradas na FIGURA 1. A distância mínima
entre 2 emendas deve ser de 1 000 mm ou a altura do elemento estrutural, o que for menor,
e o tipo de emenda deve ser definido pela projetista.

ZONAS ONDE AS SOLDAS


DEVEM SER EVITADAS
L/8 L/8 L/8 L/8

L/2

L L/2

L
VIGA EM BALANÇO
VIGA BI-APOIADA

L/8

L/8

L/8

L/2

L/8

COLUNA

FIGURA 1 - POSICIONAMENTO DE SOLDAS EM PERFIS

15
N-293 REV. F MAI / 2007

Nota: Não são admitidas emendas de topo além daquelas previstas em projeto, como
por exemplo, para aproveitamento de sobras de componentes. Para que sejam
efetuadas, devem ser previamente autorizadas pela PETROBRAS e as emendas
devem ser consideradas como sendo nível 1 de inspeção, conforme item 6.2.2.2
alínea a), a menos que outro tipo de emenda seja definido pela projetista.

5.7.12 As tolerâncias de ajuste da abertura de raiz das juntas de ângulo em peças a serem
soldadas com solda em ângulo, devem ser consideradas e adicionadas nas dimensões das
pernas de solda determinadas no projeto.

5.7.13 Em todas as colunas e em todas as vigas, treliças e contraventamentos, deve ser


indicado o eixo das peças e a direção “norte” de projeto. Nas peças em que for possível a
montagem invertida, deve ser indicada qual a parte superior das peças.

5.7.14 O alinhamento e a prumada das colunas de bases de equipamentos devem ser


ajustados por meio de calços metálicos colocados por baixo da chapa da base das colunas,
e verificados por meio de instrumentos de topografia.

5.7.15 O reparo dimensional de componentes deve ser feito, sempre que possível, a frio.

Nota: Quando do uso de aquecimento localizado, a temperatura local do componente


não deve ultrapassar 550 ºC.

5.7.16 O alinhamento das seções para juntas de topo deve estar de acordo com a norma
AWS D 1.1.

5.8 Diretrizes Específicas para Instalação, Montagem e Concretagem de Peças de


“Steel-Deck”

5.8.1 Antes do início da instalação dos materiais, a equipe de montagem deve estar munida
dos desenhos de projeto detalhado, com a geometria, a paginação e os detalhes de fixação
das peças.

5.8.2 Durante a montagem, as informações descritas nos desenhos de paginação devem


ser rigorosamente seguidas.

5.8.3 Após a conclusão da montagem das vigas da estrutura, a instalação do “steel-deck” e


de seus acessórios pode ser iniciada, estando o topo das vigas de aço nivelado, seco e livre
de sujeiras ou ferrugem. [Prática Recomendada]

5.8.4 Para a soldagem dos conectores de cisalhamento do tipo “stud-bolt”, a face superior
deve estar sem pintura, para que o processo de solda não seja prejudicado.

5.8.5 Após a conferência de que as vigas da estrutura estejam atendendo às condições de


nivelamento e de limpeza, os fardos de “steel-deck” podem ser abertos, dando início aos
serviços de montagem. [Prática Recomendada]

16
N-293 REV. F MAI / 2007

5.8.6 Após a abertura de fardos, os painéis individuais devem ser retirados manualmente e
posicionados sobre o vigamento metálico, seguindo as cotas e medidas indicadas no
desenho de paginação. Eventualmente, nos cantos ou no contorno, podem ser necessários
recortes nas extremidades dos painéis, para possibilitar o ajuste final da geometria da
estrutura. Caso necessário, estes recortes podem ser realizados mediante o uso de
máquinas com discos para corte de metal.

5.8.7 Após o ajuste e alinhamento, os painéis devem ser fixados à estrutura.


Recomenda-se que, inicialmente, seja executada uma fixação preliminar com rebites e,
posteriormente, para que seja garantido o travamento das vigas de suporte, deve ser
executada a fixação definitiva dos painéis, através de solda elétrica. É importante que, ao
final de 1 d de trabalho, nenhum painel de “steel-deck” seja deixado sobre a estrutura sem a
fixação preliminar e que todos os fardos abertos estejam novamente amarrados.

5.8.8 A fixação definitiva do “steel-deck” à estrutura deve ser executada por meio de solda
bujão, ou solda de tampão. A execução de cada um destes pontos de solda deve seguir as
recomendações do fabricante do “steel-deck” e dos desenhos de projeto.

5.8.9 Deve ser providenciada a montagem e soldagem dos complementos do “steel-deck”


necessários e usuais neste tipo de estrutura, tais como: arremates de laje, fechamento
lateral, e outros, conforme indicado pelo fabricante do “steel-deck”.

5.8.10 Durante e após a montagem dos painéis, não é recomendável o armazenamento de


materiais sobre a plataforma. Apenas equipamentos necessários à montagem, como
máquinas de solda ou tambores de eletrodos, devem ser posicionados sobre a plataforma.

5.8.11 Recomenda-se o uso de placas em madeira para distribuir o peso dos equipamentos
sobre o “steel-deck”, evitando danos localizados. [Prática Recomendada]

5.8.12 Os conectores de cisalhamento devem ser aplicados após o término da montagem


do “steel-deck”, sendo fixados às vigas através das ondas baixas dos painéis de acordo com
a locação dos conectores fornecida nos desenhos de projeto.

5.8.13 Para que a qualidade da solda dos “stud-bolts” não seja comprometida, é
recomendável que a aplicação dos conectores ocorra logo após a montagem do
“steel-deck”. É também recomendável que, ao final de 1 d de trabalho, sejam aplicados
todos os conectores correspondentes às regiões com “steel-deck” já montado. [Prática
Recomendada]

5.8.14 Deve ser providenciada, para a instalação dos “stud-bolts”, toda a aparelhagem e
equipamentos necessários à execução da solda dentro dos critérios de segurança e
qualidade exigidas para este tipo de serviço.

5.8.15 Na impossibilidade de se bombear o concreto, o transporte vertical dos agregados,


cimento e aditivos necessários à confecção da laje deve ser feito através do içamento
vertical com bolsas com capacidade para até 1 200 kg.

17
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5.8.16 O posicionamento das armaduras adicionais e das telas soldadas deve seguir
rigorosamente o estipulado nos desenhos de armação.

5.8.17 Antes de executar a concretagem da laje, deve ser realizada uma limpeza geral na
superfície do “steel-deck”, utilizando jato de água e todas as sujeiras e impurezas que
possam afetar a resistência do concreto devem ser eliminadas.

5.8.18 A concretagem da laje deve ser realizada de forma a evitar o acúmulo de materiais e
de pessoal sobre a plataforma. Em hipótese alguma é permitido a formação de “bolos” de
concreto durante o lançamento. Caso o lançamento do concreto tenha de ser interrompido
sem que toda a superfície da laje tenha sido concretada, recomenda-se que a interrupção
seja executada fora dos eixos das vigas de suporte, da seguinte forma:

a) na região sobre vigas perpendiculares às nervuras: deve-se executar a


interrupção a uma distância equivalente a 1/3 do vão dos painéis;
b) na região sobre vigas paralelas às nervuras: a interrupção deve ocorrer antes
do eixo da viga, a cerca de 1 m de seu eixo;
c) após o término da concretagem, a cura deve ser executada de maneira similar
ao processo usual das lajes maciças em concreto armado.

5.9 Inspeção

5.9.1 Os inspetores e operadores para ensaios não-destrutivos devem estar qualificados


conforme a norma PETROBRAS N-1590.

5.9.2 Os inspetores de controle dimensional, níveis 1 e 2, devem estar qualificados de


acordo com a norma PETROBRAS N-2109. No caso de inspetores de controle dimensional
nível 2 é requerida qualificação com base no programa de treinamento específico para as
modalidade caldeiraria e topografia industrial, conforme aplicável.

5.9.3 A inspeção por meio de ensaios não-destrutivos deve ser conforme procedimentos
qualificados e segundo as normas:

a) ultra-som (conforme norma PETROBRAS N-1594 para medição de espessura


e conforme norma AWS D 1.1 para inspeção de solda);
b) radiografia (conforme norma PETROBRAS N-1595);
c) líquido penetrante (conforme norma PETROBRAS N-1596);
d) visual (conforme norma PETROBRAS N-1597);
e) partículas magnéticas (conforme norma PETROBRAS N-1598).

5.9.4 As chapas e perfis laminados a serem empregados na fabricação e montagem de


estruturas devem ter suas dimensões, peso, forma e estado da superfície verificados
segundo a norma ASTM A 6 ou A 20, conforme aplicável.

5.9.5 As tolerâncias para os perfis soldados devem estar de acordo com as Tabelas 8 e 9 e
Figura 22 da norma PETROBRAS N-1852.

18
N-293 REV. F MAI / 2007

5.9.6 Para tubos com diâmetro externo abaixo de 400 mm (16”), as tolerâncias a serem
usadas devem ser as previstas na norma ASTM A 500 ou norma ASTM A 501,
respectivamente, para tubos conformados a frio ou quente.

Nota: Para tubos com diâmetro externo acima de 400 mm (16”), inclusive, as dimensões
devem atender as tolerâncias da norma API Spec 2B.

5.9.7 As superfícies dos chanfros devem se apresentar lisas e uniformes, sem ranhuras
profundas e devem ser inspecionadas de acordo com a norma AWS D 1.1.

5.9.8 As soldas devem ser inspecionadas dimensionalmente para verificação de forma,


dimensões e alinhamentos de acordo com a norma AWS D 1.1.

5.9.9 A inspeção das soldas deve ser feita de acordo com a norma AWS D 1.1, com os
critérios de aceitação para estruturas estaticamente e dinamicamente solicitadas, conforme
aplicável.

5.9.10 A extensão da inspeção das soldas, bem como o critério de aceitação, deve ser de
acordo com os itens 6.1.1 e 6.2.2.

5.10 Controle Dimensional

5.10.1 As tolerâncias dimensionais devem estar de acordo com as tolerâncias


estabelecidas no projeto. As tolerâncias deste item e do Capítulo 6 podem ser adotadas,
caso a projetista as aceite através de consulta técnica ou notas de projeto.

5.10.2 Para componentes tubulares e perfis, devem ser seguidos os itens específicos da
norma PETROBRAS N-1852.

6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

6.1 Estruturas Soldadas Convencionais

6.1.1 Inspeção

6.1.1.1 A extensão dos ensaios não-destrutivos deve seguir o recomendado nesta Norma
ou no projeto, caso o projeto seja mais rigoroso. Quando não houver indicação, seguir o
recomendado nos itens 6.1.1.2 a 6.1.1.5.

6.1.1.2 Todas as soldas devem ser totalmente inspecionadas visualmente segundo a norma
AWS D 1.1.

19
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6.1.1.3 As juntas soldadas de estruturas convencionais secundárias devem ser


inspecionadas de acordo com a TABELA 1. O critério de aceitação deve ser o previsto para
estruturas estaticamente solicitadas da norma AWS D1.1.

TABELA 1 - TIPO E EXTENSÃO DE ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO PARA


ESTRUTURAS SOLDADAS CONVENCIONAIS SECUNDÁRIAS

Junta Espessura Ensaio Não-Destrutivo (END) Extensão


partícula magnética
JTPT ou 5%
JASA qualquer líquido penetrante
JAPT
visual 100 %

Onde:
JTPT - Junta de Topo com Penetração Total;
JASA - Junta de Ângulo com Solda em Ângulo;
JAPT - Junta de Ângulo com Penetração Total.

Notas: 1) A extensão dos ensaios indicada na TABELA 1 deve ser aplicada a cada lote
de inspeção de juntas soldadas da estrutura. Para juntas de ângulo a extensão
estabelecida para os ensaios deve ser aplicada a cada lado da junta. Para
efeito de inspeção, entende-se o lote como o conjunto de juntas já soldadas de
geometria semelhante (JTPT, ou JASA, ou JAPT), executadas por um mesmo
soldador e operador de soldagem.
2) Quando a inspeção de um lote de juntas soldadas em que esteja especificada a
extensão parcial de ensaio não-destrutivo revelar defeitos, 2 outras regiões do
mesmo lote, executadas pelo mesmo soldador e operador de soldagem, devem
ser examinadas, cada uma com a extensão original. Se nos 2 ensaios
adicionais não forem revelados defeitos, o lote pode ser aceito após o reparo e
ensaio da região reparada. Se 1 dos 2 exames adicionais revelar defeitos,
devem ser examinadas 2 outras regiões do mesmo lote para cada região
defeituosa, executadas pelo mesmo soldador e operador de soldagem, cada
uma com a extensão original, e assim sucessivamente até a aprovação ou
inspeção e reparo total do lote.

6.1.1.4 As juntas soldadas de tubos ou perfis, de estruturas convencionais primárias devem


ser inspecionadas de acordo com a TABELA 2.

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TABELA 2 - TIPO E EXTENSÃO DE ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO PARA


ESTRUTURAS SOLDADAS CONVENCIONAIS PRIMÁRIAS

Junta Espessura Ensaio Não-Destrutivo (END) Extensão


radiografia 10 %
< 6 mm partículas magnéticas 20 %
visual 100 %
JTPT
radiografia ou ultra-som 10 %
≥ 6 mm partículas magnéticas 20 %
visual 100 %
partículas magnéticas 20 %
JASA qualquer
visual 100 %
ultra-som 20 %
JAPT qualquer partículas magnéticas 50 %
visual 100 %

Onde:
JTPT - Junta de Topo com Penetração Total;
JASA - Junta de Ângulo com Solda em Ângulo;
JAPT - Junta de Ângulo com Penetração Total.

Notas: 1) A extensão dos ensaios indicada na TABELA 2 deve ser aplicada a cada junta
soldada da estrutura e deve incluir, para cada junta, todos os soldadores e
operadores de soldagem envolvidos na sua execução. Para juntas de ângulo a
extensão estabelecida para os ensaios deve ser aplicada a cada lado da junta.
2) Quando a inspeção de uma junta soldada em que esteja especificada a
extensão parcial de ensaio não-destrutivo revelar defeitos, 2 outras regiões da
mesma junta soldada, adjacentes ou não, a critério da PETROBRAS,
executadas pelo mesmo soldador e operador de soldagem, devem ser
examinadas, cada uma com a extensão original. Se nos 2 ensaios adicionais
não forem revelados defeitos, a junta soldada pode ser aceita após o reparo e
ensaio da região original. Se um dos 2 exames adicionais revelar defeitos, toda
a junta soldada pelo soldador ou operador de soldagem deve ser ensaiada.
3) Quando a inspeção de uma junta soldada em que esteja especificada a
extensão parcial de ensaio não-destrutivo revelar defeitos graves, como trincas
e outros defeitos planares ou inclusões de escória alinhadas em quantidade
superior a 3 vezes o limite máximo permitido pelo critério de aceitação
aplicável, todas as soldas executadas com o mesmo procedimento de
soldagem devem ser ensaiadas em todo o seu comprimento até caracterização
do período em que não haja mais defeitos relatados. Uma vez determinado
este último período, a inspeção pode voltar a ser efetuada na extensão
estabelecida na TABELA 2.

6.1.2 Controle Dimensional

6.1.2.1 As estruturas primárias montadas devem estar de acordo com as tolerâncias


estabelecidas no projeto ou, na sua omissão, utilizando-se o critério do item 6.2.4.

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6.1.2.2 As estruturas secundárias montadas devem estar dentro das seguintes tolerâncias:

a) elevação das plataformas: ± 12 mm do especificado no projeto;


b) a distância vertical e horizontal entre degraus de escadas deve estar entre
± 12 mm do especificado no projeto (ver FIGURA 2);
c) a diferença em elevação do chapeamento ou gradeamento nas emendas não
deve exceder 2 mm;
d) desalinhamento nas juntas cruciformes: m = t/2, máximo 8 mm onde “t” é a
espessura mais fina das chapas não contínuas;
e) na chaparia, a tolerância para deformações é de 20 mm de flecha máxima
medida com um gabarito de 1 000 mm.

±12
mm

±12
mm

FIGURA 2 - TOLERÂNCIA DE ESCADA

6.2 Estruturas Metálicas de Módulos e Auxiliares de Plataformas

6.2.1 Soldagem

6.2.1.1 As juntas a serem soldadas devem ser numeradas seqüencialmente de modo a


permitir a rastreabilidade das juntas nos relatórios de inspeção

6.2.1.2 Os reparos com soldagem devem ser realizados empregando o procedimento de


soldagem conforme o item 5.6.1. Nos casos em que for requerido ensaio de impacto,
podem ser executados, no máximo, 2 reparos em um mesmo local da junta.

6.2.1.3 O pré-aquecimento no reparo de solda deve ser aumentado de 25 °C em relação à


temperatura do procedimento de soldagem original.

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6.2.1.4 A temperatura de pré-aquecimento deve ser verificada e mantida em uma extensão


de até 2 vezes a espessura da chapa, mínimo de 150 mm, de cada lado da região de
reparo.

6.2.1.5 Após reparo, a extensão dos ensaios não-destrutivos deve ser aumentada em
25 mm a partir de cada extremidade.

6.2.1.6 Os testes de produção devem ser feitos segundo o procedimento da norma


PETROBRAS N-1852.

6.2.2 Inspeção de Juntas Soldadas

6.2.2.1 Todas as soldas devem ser totalmente inspecionadas por exame visual. Para os
demais ensaios não-destrutivos, a seleção deve ser feita em função do nível de inspeção ao
qual o componente está qualificado e a extensão deve ser conforme o estabelecido na
norma PETROBRAS N-1852, na coluna correspondente ao convés.

6.2.2.2 Níveis de inspeção:

a) nível de inspeção I:
- quaisquer olhais de içamento;
- colunas, contraventamentos (“bracings”) de plataformas fixas;
- interseção de componentes e acessórios de nível de inspeção II com
acessórios de nível de inspeção I;
- turcos de baleeiras;
b) nível de inspeção II:
- demais estruturas definidas como auxiliares e de módulo vigamento e pisos
dos conveses que não o convés principal;
- chaparia (quando não considerada como estrutura principal);
- passarelas e escadas;
c) nível de inspeção III:
- todos os demais componentes não incluídos nos níveis I e II;
- interseção de componentes e acessórios de nível de inspeção III com
componentes e acessórios de nível de inspeção II.

6.2.2.3 O critério para aceitação de descontinuidades detectadas através do ensaio


não-destrutivo deve ser o da norma AWS D 1.1, para estruturas estaticamente ou
dinamicamente solicitadas, conforme aplicável.

6.2.2.4 Para o ensaio por ultra-som deve ser utilizado o critério de aceitação de
descontinuidades da norma PETROBRAS N-1852.

6.2.2.5 Todas as juntas tratadas termicamente devem ser totalmente examinadas por
partículas magnéticas após o tratamento.

6.2.2.6 As estruturas convencionais internas aos módulos e auxiliares devem seguir o


critério de aceitação previsto nos itens 6.2.2.3 e 6.2.2.4.

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6.2.3 Fabricação e Montagem

6.2.3.1 A fabricação de tubos e perfis estruturais deve seguir o disposto na norma


PETROBRAS N-1852.

6.2.3.2 Em juntas tubulares não deve ser usada a técnica de abertura de janelas no
membro secundário, sendo preferível o uso de niples obedecendo aos limites de montagem
do item 5.7.11.1.

6.2.4 Controle Dimensional

As tolerâncias dimensionais devem estar de acordo com as tolerâncias estabelecidas pelo


projeto. A critério do projeto, as tolerâncias dos itens 6.2.4.1 a 6.2.4.5 podem ser adotadas.

6.2.4.1 As linhas de centro das vigas de deslizamento devem estar dentro de ± 13 mm de


suas posições de projeto.

6.2.4.2 A rotação da viga de deslizamento deve estar de acordo com a FIGURA 3.

L
C DA COLUNA OU VIGA

h 1 + h 2 = ± 0,005 (b 1 + b 2 )
h1

h2

b1 b2

FIGURA 3 - ROTAÇÃO DA VIGA DE DESLIZAMENTO

6.2.4.3 As dimensões dos módulos devem estar dentro das tolerâncias estabelecidas pela
FIGURA 4 desta Norma, e pelos itens aplicáveis da norma PETROBRAS N-1852.

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D2
D1 TO
T O E
JE OJ
RO PR
EP DE
à OD ÃO
S
EN NS
DIM ME
D1 DI D2

TOLERÂNCIA ± 0,1 % D1 OU ± 20 mm TOLERÂNCIA ± 0,1 % D2


(A QUE FOR MENOR) OU ± 20 mm (A QUE FOR MENOR)

ELEVAÇÃO VISTA A-A

O D3
O JE T
PR
O DE
N SÃ
D IM E
D3

TOLERÂNCIA ± 0,1 % D3 OU ± 20 mm
(A QUE FOR MENOR)

PLANTA

FIGURA 4 - TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS

6.2.4.4 Para nós tubulares pré-fabricados, as tolerâncias devem estar de acordo com a
norma PETROBRAS N-1852.

6.2.4.5 Para o nivelamento dos pisos, a diferença máxima entre o nível de qualquer um dos
pontos é igual a 12 mm medidos nos cruzamentos das vigas principais (ver FIGURA 5).

PONTOS DE MEDIÇÃO DE
NÍVEL

FIGURA 5 - PONTOS DE MEDIÇÃO DE NIVELAMENTO DOS PISOS


25
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6.2.5 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões

6.2.5.1 O tratamento térmico de alívio de tensões deve ser executado nas seguintes
situações:

a) deformações plásticas superiores àquelas permitidas pela norma


PETROBRAS N-1678, em função do tipo de aço empregado;
b) juntas soldadas de topo, ou de ângulo com penetração total , com espessuras
de referência maior que 63 mm ou de ângulo com penetração total com
espessura de referência maior que 38 mm (ver FIGURA 6);
c) soldas localizadas em regiões não permitidas, segundo o item 5.7.11.2; para
perfis ver o estabelecido na norma PETROBRAS N-1852;
d) quando especificado pelo projeto.

t1

tr = t 1
t1

tr = t 1
t2

t2

tr = ESPESSURA DE REFERÊNCIA

tr = t 2

t1

t2

FIGURA 6 - ESPESSURAS DE REFERÊNCIA

6.2.5.2 Os ensaios não-destrutivos previstos nesta Norma, a serem executados nas peças
tratadas termicamente, devem ser feitos após o tratamento térmico. Quando não se tratar de
aços temperados e revenidos, admite-se que os ensaios radiográfico e ultra-som sejam
executados antes do tratamento térmico.

26
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6.2.5.3 Quando houver necessidade de reparo após o tratamento térmico, o tratamento


deve ser repetido nas seguintes situações:

a) quando a profundidade de reparo exceda a 51 mm;


b) no caso de soldas localizadas nas regiões citadas no item 6.2.5.1 alínea c).

6.2.5.4 O tratamento térmico de alívio de tensões deve atender aos seguintes requisitos:

a) norma AWS D 1.1;


b) o tratamento térmico em forno deve ser utilizado sempre que possível;
c) o aquecimento por ambos os lados deve ser utilizado sempre que possível;
d) antes de iniciar qualquer tratamento térmico deve-se verificar os registros de
calibração dos termopares e pirômetros registradores;
e) as temperaturas devem ser controladas por termopares em contato efetivo com
a peça em tratamento; um número suficiente de termopares deve ser utilizado
de forma a que se possa garantir as faixas de temperatura e limites de
gradiente especificado, de modo a minimizar o risco de deformações e/ou
tensões resultantes do tratamento térmico;
f) as temperaturas indicadas pelos termopares devem ser registradas,
continuamente em gráficos, durante toda a execução do tratamento;
g) quando da aplicação do tratamento térmico local, uma região de, pelo menos,
5 vezes a espessura de referência do material de cada lado da solda deve ser
mantida na temperatura especificada pelo período de tempo especificado;
h) a região aquecida deve ser isolada, de tal modo que a temperatura do material
na extremidade do isolamento não exceda 300 °C;
i) é proibido o tratamento térmico em peças que não possam ter seus pesos
aliviados, por exemplo: pernas de plataformas, torres e colunas em geral.

6.3 Estruturas Convencionais Aparafusadas

6.3.1 Inspeção de Recebimento

6.3.1.1 Deve ser verificado se todos os lotes de parafusos e porcas estão identificados com
as seguintes características: especificação, tipo de rosca, tipo de porca, tipo de parafuso,
dimensões e quantidade.

6.3.1.2 Devem ser verificados os certificados de qualidade do material de todos os lotes de


parafusos e porcas, em confronto com as especificações ASTM aplicáveis.

6.3.1.3 Deve ser verificado, por amostragem (ver item 6.3.1.4), em cada lote, se as
seguintes características das porcas e parafusos estão de acordo com o projeto e as
especificações adotadas:

a) símbolo ASTM estampado no parafuso e na porca;


b) comprimento do parafuso;
c) diâmetro do parafuso e porca, segundo o código ASME B1.1;
d) altura e distância entre faces e arestas da porca e da cabeça do parafuso,
segundo os códigos ASME B18.2.1 e B18.2.2;
e) tipo e passo de rosca;
f) estado geral quanto a amassamentos, trincas, corrosão e acabamento geral e
se estão devidamente protegidos (ver item 6.3.1.5).

27
N-293 REV. F MAI / 2007

6.3.1.4 O plano de amostragem deve ser segundo a norma ABNT NBR 5426 e ter as
seguintes características:

a) amostragem simples;
b) nível de inspeção II;
c) risco do consumidor 10 %;
d) qualidade limite 10 %.

6.3.1.5 As roscas não devem apresentar trincas e amassamentos ou corrosão que


impeçam o movimento da porca em relação ao parafuso.

6.3.1.6 A armazenagem de parafusos, porcas, rebites e arruelas deve sempre ser feita em
local coberto. Os parafusos e porcas devem ser protegidos contra a corrosão, por meio de
graxas ou outros componentes adequados.

6.3.2 Documentação

O procedimento de montagem deve conter, além do estabelecido no item 5.1.3, ainda os


seguintes dados:

a) ferramentas e dispositivos de aperto de parafusos (tipo, calibração);


b) seqüência de aperto dos parafusos;
c) torque especificado para montagem;
d) torquímetros utilizados.

6.3.3 Montagem

6.3.3.1 A inclinação, em relação ao plano normal ao eixo do parafusos, da superfície das


peças em contato com cabeças de parafusos e porcas, deve ser menor do que 1:20. Para
os casos de inclinação maior que 1:20, devem ser utilizadas arruelas chanfradas ou em
cunha.

6.3.3.2 Para o caso de estruturas com ligações aparafusadas, deve-se observar que:

a) o tipo dos furos e a tolerância na posição dos furos devem estar rigorosamente
de acordo com o projeto;

Nota: Caso não esteja previsto nenhum furo no projeto, o furo pode ser executado
inicialmente com maçarico e posteriormente alargado, desde que o furo feito pelo
maçarico tenha diâmetro 6 mm menor do que o furo definitivo.

b) não é permitida a ovalização dos furos, por qualquer processo, para provocar a
coincidência dos eixos; os furos que estiverem em posição errada devem ser
completamente fechados com solda, e reabertos por processo adequado;
c) os parafusos não podem ser substituídos por outros de menor diâmetro,
mesmo que de material de maior resistência mecânica e com ou sem arruelas;
d) os parafusos e porcas nas abas de cantoneiras e perfis laminados devem
obrigatoriamente ter arruelas chanfradas.

28
N-293 REV. F MAI / 2007

6.3.3.3 No caso de utilização de parafusos de alta resistência deve-se seguir o disposto na


norma ABNT NBR 8800 e na especificação AISC 348 e observar que:

a) não sejam utilizados parafusos que tenham sido removidos de juntas, após
torque de aperto;
b) as superfícies de contato estejam isentas de pintura, óleo, graxa;
c) seja utilizado o torque especificado; é obrigatória a determinação experimental
diária do torque a ser utilizado, utilizando a metodologia estabelecida na
AISC 348, não se admitindo o uso de valores de torque obtidos a partir de
tabelas, ábacos ou cálculos.

6.3.3.4 O aperto final de parafusos só deve ser feito após a verificação da correta posição
das peças por exame dimensional.

6.3.3.5 O aperto dos parafusos deve ser feito com o uso de chaves adequadas, não sendo
permitido o uso de extensão ou outros recursos que provoquem apertos excessivos.

6.3.3.6 Os torquímetros devem ser calibrados diariamente para cada diâmetro de parafuso
instalado e para aplicar uma tensão 5 % maior que a tensão mínima especificada para o
parafuso.

6.3.3.7 A seqüência de aperto deve ser estabelecida partindo-se das partes de maior
rigidez da estrutura para as partes livres.

6.3.3.8 A seqüência de aperto deve ser repetida tantas vezes quanto necessário, até que o
aperto de todos os parafusos de junção atinja o torque especificado.

6.4 Estruturas Navais

6.4.1 Soldagem

6.4.1.1 As juntas a serem soldadas devem ser numeradas seqüencialmente, de modo a


permitir a rastreabilidade das juntas nos relatórios de inspeção.

6.4.1.2 Os reparos com soldagem devem ser realizados empregando o procedimento de


soldagem conforme o item 5.6.1. Nos casos em que for requerido ensaio de impacto,
podem ser executados, no máximo, 2 reparos em um mesmo local da junta.

6.4.1.3 O pré-aquecimento no reparo de solda deve ser aumentado de 25 oC em relação à


temperatura do procedimento de soldagem original.

6.4.1.4 A temperatura de pré-aquecimento deve ser verificada e mantida em uma extensão


de até 2 vezes a espessura da chapa, mínimo de 150 mm, de cada lado da região de
reparo.

29
N-293 REV. F MAI / 2007

6.4.1.5 Após reparo, a extensão dos ensaios não-destrutivos deve ser aumentada em
25 mm a partir de cada extremidade.

6.4.1.6 Os testes de produção devem ser feitos segundo o procedimento da norma


PETROBRAS N-1852.

6.4.2 Inspeção

6.4.2.1 Todas as soldas devem ser totalmente inspecionadas por exame visual. Para os
demais ensaios não-destrutivos, a seleção deve ser feita obedecendo o nível de inspeção
conforme o estabelecido na norma PETROBRAS N-1852, na coluna correspondente ao
convés.

Nota: Níveis de inspeção:

a) nível de inspeção I:
- quaisquer olhais de içamento;
- colunas, contraventamentos (“bracings”) e conveses principais de plataformas
flutuantes, auto elevatórias, FPSOs e FSOs;
- interseção de componentes e acessórios de nível de inspeção II e III com
acessórios de nível de inspeção I;
b) nível de inspeção II:
- vigamento e pisos dos conveses que não o convés principal;
- chaparia (quando não considerada como estrutura principal);
- estruturas principais de monobóias e bóias de atracação;
- interseção de componentes e acessórios de nível de inspeção III com
componentes e acessórios de nível de inspeção II;
c) nível de inspeção III:
- todos os demais componentes não incluídos nos níveis I e II.

6.4.2.2 O critério para aceitação de descontinuidades detectadas através do ensaio


não-destrutivo deve ser o da norma AWS D 1.1, para estruturas estaticamente ou
dinamicamente solicitadas, conforme aplicável.

6.4.2.3 Para o ensaio por ultra-som deve ser utilizado o critério de aceitação de
descontinuidades da norma PETROBRAS N-1852.

6.4.2.4 Todas as juntas tratadas termicamente devem ser totalmente examinadas por
ultra-som e partículas magnéticas após o tratamento. A inspeção antes do tratamento, fica
a critério do executante do serviço.

6.4.3 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões

6.4.3.1 O tratamento térmico de alívio de tensões deve ser executado nas seguintes
situações:

a) deformações plásticas superiores àquelas permitidas pela norma


PETROBRAS N-1678 em função do tipo de aço empregado;

30
N-293 REV. F MAI / 2007

b) juntas soldadas de topo, ou de ângulo com penetração total, com espessuras


de referência maior que 63 mm ou de ângulo com penetração total com
espessura de referência maior que 38 mm (ver FIGURA 6);
c) soldas localizadas em regiões não permitidas, segundo o item 5.7.11.2; para
perfis, ver o estabelecido na norma PETROBRAS N-1852;
d) quando especificado pelo projeto.

6.4.3.2 Os ensaios não-destrutivos nas peças a serem tratadas termicamente devem ser
feitos antes e após o tratamento térmico.

6.4.3.3 Quando houver necessidade de reparo após o tratamento térmico, o tratamento


deve ser repetido nas seguintes situações:

a) quando a profundidade de reparo exceda a 51 mm;


b) no caso de soldas localizadas nas regiões citadas no item 6.2.5.1 alínea c).

6.4.3.4 O tratamento térmico de alívio de tensões deve atender aos seguintes requisitos:

a) norma AWS D 1.1;


b) o tratamento térmico em forno deve ser utilizado sempre que possível;
c) o aquecimento por ambos os lados deve ser utilizado sempre que possível;
d) antes de iniciar qualquer tratamento térmico deve-se verificar os registros de
calibração dos termopares e pirômetros registradores;
e) as temperaturas devem ser controladas por termopares em contato efetivo com
a peça em tratamento; um número suficiente de termopares deve ser utilizado
de forma a que se possa garantir as faixas de temperatura e limites de
gradiente especificado, de modo a minimizar o risco de deformações e/ou
tensões resultantes do tratamento térmico;
f) as temperaturas indicadas pelos termopares devem ser registradas,
continuamente em gráficos, durante toda a execução do tratamento;
g) quando da aplicação do tratamento térmico local, uma região de, pelo menos,
5 vezes a espessura de referência do material de cada lado da solda deve ser
mantida na temperatura especificada pelo período de tempo especificado;
h) a região aquecida deve ser isolada, de tal modo que a temperatura do material
na extremidade do isolamento não exceda 300 °C;
i) é proibido o tratamento térmico em peças que não possam ter seus pesos
aliviados, por exemplo: pernas de plataformas, torres e colunas em geral.

6.4.4 Fabricação e Montagem

6.4.4.1 A fabricação de tubos e perfis estruturais deve seguir o disposto na norma


PETROBRAS N-1852.

6.4.4.2 Em juntas tubulares não deve ser usada a técnica de abertura de janelas no
membro secundário, sendo preferível o uso de niples obedecendo aos limites de montagem
do item 5.7.11.1.

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N-293 REV. F MAI / 2007

6.4.5 Controle Dimensional

As tolerâncias dimensionais devem estar de acordo com as tolerâncias estabelecidas pelo


projeto. A critério do projeto, as tolerâncias dos itens 6.4.5.1 a 6.4.5.5 podem ser adotadas.

6.4.5.1 As linhas de centro das vigas de deslizamento devem estar dentro de ± 13 mm de


suas posições de projeto.

6.4.5.2 A rotação da viga de deslizamento deve estar de acordo com a FIGURA 3.

6.4.5.3 As dimensões dos módulos devem estar dentro das tolerâncias estabelecidas pela
FIGURA 4 desta Norma e pelos itens aplicáveis da norma PETROBRAS N-1852.

6.4.5.4 Para nós tubulares pré-fabricados, as tolerâncias devem estar de acordo com a
norma PETROBRAS N-1852.

6.4.5.5 Para o nivelamento dos pisos, a diferença máxima entre o nível de qualquer um dos
pontos é igual a 12 mm, medidos nos cruzamentos das vigas principais (ver FIGURA 5).

_____________

32
N-293 REV. F MAI / 2007

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C, D e E
Não existe índice de revisões.

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração
1.1, 2, 3, 4, 4.2, 4.4,
Revisado
4.51, 4.5.2, 4.8
Nota do item 5.1.3 Eliminado
5.1.5 e 5.1.10 Revisado
5.1.11 Incluído
5.2.2.2 Eliminado
5.3.1, 5.4.1, 5.4.3.4,
5.4.7, 5.6.1 alínea Revisado
b), 5.6.2 alínea b)
5.6.7 Eliminado
5.6.8 a 5.6.10 Renumerado
Nota dos itens
5.7.3, 5.7.4 e Eliminado
5.7.6.1
5.7.7 Renumerado
5.7.8 Revisado e Renumerado
5.7.9, 5.7.10,
Renumerado
5.7.10.1
5.7.10.2 Revisado e Renumerado
Figura 1 Revisado
5.7.11 a 5.7.15 Renumerado
5.7.11.2.1, 5.7.12 Incluído
5.9.2, 5.9.3
Revisado
alínea a), 5.9.4
5.9.7 Eliminado
5.9.8 a 5.9.11 Renumerado
Nota do item 5.9.9 Eliminado
Itens 5.9.11 e
Eliminados
5.10.3
6.1.1.3.1, 6.1.1.3.2,
6.1.1.4.1, 6.1.1.4.2, Incluído
6.1.1.4.3
6.2.1.1 a 6.2.1.5 Revisado

IR 1/2
N-293 REV. F MAI / 2007

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C, D e E
Não existe índice de revisões.

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração
1.1, 2, 3, 4, 4.2, 4.4,
Revisado
4.51, 4.5.2, 4.8
Nota do item 5.1.3 Eliminado
5.1.5 e 5.1.10 Revisado
5.1.11 Incluído
5.2.2.2 Eliminado
5.3.1, 5.4.1, 5.4.3.4,
5.4.7, 5.6.1 alínea Revisado
b), 5.6.2 alínea b)
5.6.7 Eliminado
5.6.8 a 5.6.10 Renumerado
Nota dos itens
5.7.3, 5.7.4 e Eliminado
5.7.6.1
5.7.7 Renumerado
5.7.8 Revisado e Renumerado
5.7.9, 5.7.10,
Renumerado
5.7.10.1
5.7.10.2 Revisado e Renumerado
Figura 1 Revisado
5.7.11 a 5.7.15 Renumerado
5.7.11.2.1, 5.7.12 Incluído
5.9.2, 5.9.3
Revisado
alínea a), 5.9.4
5.9.7 Eliminado
5.9.8 a 5.9.11 Renumerado
Nota do item 5.9.9 Eliminado
Itens 5.9.11 e
Eliminados
5.10.3
6.1.1.3.1, 6.1.1.3.2,
6.1.1.4.1, 6.1.1.4.2, Incluído
6.1.1.4.3
6.2.1.1 a 6.2.1.5 Revisado

IR 1/2
N-293 REV. F MAI / 2007

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração
6.2.1.7 Renumerado
6.2.3 a 6.2.5 Revisado e Renumerado
Figura 4, Figura 5 Revisado
6.2.6 Renumerado
6.2.6.1 alínea b) Revisado
6.2.6.1 nota
Eliminado
alínea b)
Figura 7 Renumerado
6.2.6.2 Revisado e Renumerado
6.3.3.3, 6.3.3.3
Revisado
alínea c)
6.4 Incluído

_____________

IR 2/2
N-293 REV. F MAI / 2007

GRUPO DE TRABALHO - GT-04-23

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Paulo Faria UN-BC/ST/EMI 861-3547 QM76
Júlio César Sarcinelli Vervloet UN-BC/ST/EMI 861-3716 KM8E
Marcy Saturno de Menezes ENGENHARIA/SL/SEQUI/CI 855-6635 SG4D
Sócrates Fofano SIX/IE 856-7380 RXG1
Gilson Gomes da Silva UN-BC/ST/EIS 861-2398 QM21
Marcus Vinicius Cruz Sampaio UN-BC/ST/EMI 861-4064 HM9D
Marcelo Ferreira Batalha UN-BC/ST/EIS 861-7402 CMQ8
André Mariano ENGENHARIA/SL/SEQUI/ATFCM 819-3468 CSM0
Ubiratan de Oliveira da Costa E&P-SERV/US-SS/MRN 861-3138 KMYL
Convidados
Wilson do Amaral Zaitune ENGENHARIA/SL/SEQUI/CI 855-6525 EEYL
Alfredo Alexandre da Silva
ENGENHARIA/IEABAST/EAB/IESC 819-3333 ERBP
Junior
Secretário Técnico
Claudio Vianna de Castro ENGENHARIA/SL/NORTEC 819-3080 EEZS

_____________

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