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N-1678 REV.

E MAR / 2000

CONTEC - SC-05
ESTRUTURAS OCEÂNICAS - AÇO
Instalações e Operações
Marítimas

1a Emenda

Esta é a 1ª Emenda da Norma PETROBRAS N-1678 REV. E, devendo ser grampeada na


frente da Norma e se destina a modificar o seu texto na parte indicada a seguir.

Esta Emenda corrige a fórmula da Nota 7, da TABELA 3, como segue:

Mn Cr + Mo + V Cu + Ni
7) CE = C + + + , sendo os seguintes valores máximos de
6 5 15
CE:

a) graus IA e IB e qualquer espessura: CE = 0,40;


b) graus IC e qualquer espessura: CE = 0,41;
c) graus IIA e IIB e espessura até 38 mm, inclusive: CE = 0,43;
d) graus IIA e IIB e espessura 38 mm até 75 mm: CE = 0,44;
e) graus IIA e IIB e espessura acima de 75 mm: CE = 0,45;
f) graus IIC e espessura até 38 mm: CE = 0,43;
g) graus IIC e espessura acima de 38 mm: CE = 0,45;
h) IVA, IVB e IVC e qualquer espessura: CE = 0,43.

_____________

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


N-1678 REV. E MAI / 99

ESTRUTURAS OCEÂNICAS - AÇO

Classificação
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Toda esta Norma foi alterada em relação à revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 05 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Instalações e
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Operações Marítimas
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 31 páginas


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PÁGINA EM BRANCO

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1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para a classificação e seleção de aços
estruturais (aço-carbono, carbono-manganês ou baixa liga) definidos em projeto e usados na
fabricação de estruturas oceânicas fixas de produção de petróleo. No caso de outras estruturas
tais como unidades flutuantes de produção e plataformas de pernas atirantadas (TLP), devem
ser adotadas as normas aplicáveis da Sociedade Classificadora.

1.2 Esta Norma se aplica a classificações efetuadas a partir da data da sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Mandatórios e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-1859 - Consumível de Soldagem com Propriedade Assegurada;


ABNT NBR-6153 - Determinação da Capacidade ao Dobramento de
Produtos Metálicos;
ASTM A 6 - Standard Specification for General Requirements for
Rolled Steel Plates, Shapes, Sheet Piling, and Bars for
Structural Use;
ASTM A 370 - Methods and Definitions for Mechanical Testing of Steel
Products;
ASTM E 30 - Standard Method for Chemical Analysis of Steel, Cast
Iron, Open-Hearth Iron, and Wrought Iron;
ASTM E 59 - Standard Method of Sampling Steel and Iron for
Determination of Chemical Composition;
ASTM E 112 - Standard Methods for Determining Average Grain Size;
ASTM E 350 - Standard Methods for Chemical Analysis of Carbon Steel,
Low Alloy Steel, Silicon Electrical Steel, Ingot Iron, and
Wrought Iron;
BSI-BS 4360 - Specification for Weldable Structural Steels;
BSI-BS 5762 - Methods for Crack Opening Displacement Testing;
BSI-BS 5996 - Methods for Ultrasonic Testing and Specifying Quality
Grades of Ferritic Steel Plate.

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3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.4.

3.1 Amostra

Parte do lote, separada segundo um critério estabelecido na norma, para a partir desta serem
preparados os corpos de prova.

3.2 Corpo de Prova - CP

Porção do material a ensaiar com dimensões apropriadas, preparada a partir da amostra.

3.3 Placa-Mãe ("Mother-Plate")

Primeiro produto de laminação a partir do lingote ou da barra, da qual resultam uma ou mais
unidades laminadas.

3.4 Unidade Laminada

Produto da laminação de uma placa-mãe com a espessura final, da qual são cortadas as chapas.

4 CLASSIFICAÇÃO

4.1 Grupos

Os aços são divididos em quatro grupos quanto à especificação mínima do seu limite de
escoamento, em função de sua aplicação ao projeto:

TABELA 1 - GRUPOS

Grupo Tensão de Escoamento Mínima Requerida - σe


I 240 MPa < σe ≤ 305 MPa
II 305 MPa < σe ≤ 355 MPa
III 355 MPa < σe < 415 MPa
IV 415 MPa ≤ σe

Nota: Esta Norma trata apenas dos Grupos I, II e IV.

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4.2 Classes

Os aços são divididos em quatro classes quanto à sua aplicação estrutural.

4.2.1 Classe A

Denominado aço estrutural especial, empregado em membros essenciais para a integridade da


estrutura, geralmente de espessuras acima de 38 mm, que necessitem de alta tenacidade à
fratura e alta resistência à decoesão lamelar.

4.2.2 Classe B

Denominado aço estrutural primário, empregado em membros essenciais para a integridade


total da estrutura e outros de importância para a segurança operacional que necessitem de
resistência ao impacto e à decoesão lamelar.

4.2.3 Classe C

Denominado aço estrutural primário, empregado em membros essenciais para a integridade


total da estrutura e outros de importância para a segurança operacional que necessitem de
resistência ao impacto.

4.2.4 Classe D

Denominado aço estrutural secundário, empregado em membros não essenciais à integridade


total da estrutura. Este material também pode ser especificado em membros essenciais à
integridade da estrutura que apresentem pequena probabilidade de dano à fadiga e baixa razão
de tensões. Se o projeto especificar este material para ser usado na jaqueta, a espessura é
limitada a um máximo de 25 mm, inclusive, e o material não pode ser usado para membros de
juntas tubulares, como por exemplo T, K e Y.

4.3 Graus

Os graus dos aços são identificados pela combinação do número do grupo e da letra indicativa
da classe, sendo que esta classificação trata dos graus IA, IIA, IVA, IB, IIB, IVB, IC, IIC,
IVC, ID, IID e IVD.

4.4 Aços Padronizados

Para a correspondência entre os aços classificados nesta Norma e as especificações de aços


mais usados internacionalmente, deve ser consultado o ANEXO A.

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5 CONDIÇÕES GERAIS

5.1 Requisitos Exigidos

Para cada classe de aço, os requisitos exigidos estão apresentados na TABELA 2.

TABELA 2 - REQUISITOS EXIGIDOS PARA AS CLASSES DE AÇO

Requisitos Classe A Classe B Classe C Classe D


Certificado de fabricação X X X X
Análise química X X X X
Ensaio de tração X X X X
Ensaio de impacto 1) X X X X 2)
Ensaio de impacto com
envelhecimento 3) X X X -
Ensaio de tração na direção
da espessura - TTT X X - -
Ensaio de soldabilidade
com teste CTOD 4) X - - -
Ensaio de soldabilidade
com teste CharpyV 5) X X X -
Ensaio de dobramento X X X -
Teste ultra-som X X - -

Notas: 1) Quando efetuado ensaio de impacto com CP envelhecido não há necessidade do


ensaio de impacto sem envelhecimento.
2) Somente para espessura e > 25 mm .
3) Quando requerido (ver item 6.2.1).
4) Aplicável a espessuras superiores a 38 mm.
5) Aplicável a espessuras superiores a 25 mm.

5.2 Certificados de Fabricação

5.2.1 Todos os materiais devem ser fornecidos acompanhados dos certificados de fabricação
("mill sheets").

5.2.2 Os certificados de fabricação fornecidos pelas usinas, devem conter os seguintes dados:

a) número da corrida;
b) número da peça;
c) resultado da análise química com carbono equivalente;
d) grau do aço;
e) número de todos os corpos de prova utilizados nos ensaios;

6
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f) resultados dos ensaios mecânicos;


g) resultados dos testes de soldabilidade;
h) temperatura de normalização (máxima e mínima) e real;
i) número do pedido de compra;
j) quantidade e dimensões do material;
k) resultados dos ensaios de ultra-som.

5.3 Fabricação

Os requisitos normais de fabricação são os seguintes:

a) chapas de limite de escoamento até Grupo II inclusive, isto é, Grupos I e II,


devem ser fornecidas normalizadas quando com espessura superior a 25 mm;
b) as chapas Grupo IV devem ser laminadas, temperadas e revenidas;
c) perfis de aços dos Grupos I e II, de espessura superior a 25 mm devem ser
fabricados a partir de chapas normalizadas;
d) as condições de tratamento térmico de perfis de aço do Grupo IV devem ser
previamente acordadas;
e) todo tubo sem costura, Classe A, B ou C, de espessura de parede acima de
12,5 mm deve ser fornecido temperado e revenido ou normalizado;
f) aços de Classe D podem ser fornecidos na condição de laminados sem tratamento
térmico;
g) a normalização pode ser substituída por laminação controlada para espessuras
abaixo de 25 mm, para aços Classe B e C, desde que atendidas todas as demais
exigências desta Especificação;
h) dos aços Classe B e C que sofrerem laminação controlada devem ser retiradas
amostras longitudinais e transversais para o ensaio de tração.

5.4 Análises Químicas

5.4.1 Análise Química de Panela

Todas as corridas devem ser analisadas quimicamente através de análise de panela e


respeitados os valores da TABELA 3.

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TABELA 3 - COMPOSIÇÃO QUÍMICA 7)

Graus Graus Graus IVA


Grau IB Grau IA Grau IVC
Elemento IC e IIC IIA e IIB e IVB
% % % % % %
C (máx.) 0,16 0,16 0,18 5) 0,15 6) 0,16 0,16
Si 0,50 máx. 0,10/0,50 0,10/0,50 0,25/0,55 0,25/0,60 0,25/0,60
Mn 1,50 máx. 1,50 máx. 1,50 máx. 1,00/1,65 1,00/1,65 1,00/1,65
S (máx.) 0,010 0,010 0,040 0,010 0,010 0,015
P (máx.) 0,040 0,030 0,040 0,030 0,030 0,025
Cr (máx.) - - - 0,25 0,30 0,30
Mo (máx.) - - - 0,08 0,25 0,25
Nb (máx.) 0,040 0,040 0,040 0,040 0,03 0,03
V (máx.) 0,015 0,015 0,015 0,015 0,08 0,08
Ti (máx.) - - - 0,015 0,04 0,04
Ni (máx.) - - - 0,45 0,65 0,65
Cu (máx.) - - - 0,30 0,30 0,30
Al total (máx.) - - - 0,06 0,055 0,055
N (máx.) - - - 0,010 0,010 0,010
Cr+Mo+Ni+Cu
(máx.) - - - 0,80 0,80 0,80
Nb+V (máx.) - - - - 0,10 0,10
Nb+V+Ti - - - - 0,12 0,12
(máx.)
Normalizado ou
Normalizado Temperado Temperado
Condições de Laminação
Normalizado Normalizado ou Laminação e Revenido e Revenido
Fornecimento Controlada ou
Controlada ou TMCP ou TMCP
TMCP

Notas: 1) Para condições de fornecimento alternativo ver item 5.3.


2) Os aços podem ser fornecidos com Nióbio ou Vanádio. O fornecedor deve
informar ao comprador se outros elementos além de Alumínio, Nióbio e Vanádio
são usados.
3) Os níveis esperados dos elementos residuais como Arsênico, Antimônio, Boro,
Estanho, Chumbo, Bismuto e Cálcio devem ser submetidos à análise e aceitação
do comprador. Estes não devem exceder a 0,007 % para Ca, 0,010 % para Sb, Bi
e Pb, 0,015 % para Sn e 0,02 % para As. O Boro (B) não deve exceder
0,0005 %, exceto para aços do Grupo IV. Se algum desses elementos exceder ao
nível estipulado, o fornecedor deve entrar em acordo com o comprador sobre a
necessidade de testes adicionais.
4) Elementos não especificados não devem ser deliberadamente adicionados sem
consentimento prévio do comprador.
5) Para espessuras superiores a 38 mm é permitido teor máximo de Carbono de
0,20 %.
6) Para aços IIB com espessura superior a 38 mm é admitido um teor máximo de
Carbono de 0,18 %.

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Mn Cr + Mo + V Cu + Ni
7) CE = + + , sendo os seguintes valores máximos de CE:
6 5 15

a) graus IA e IB e qualquer espessura: CE = 0,40;


b) graus IC e qualquer espessura: CE = 0,41;
c) graus IIA e IIB e espessura até 38 mm, inclusive: CE = 0,43;
d) graus IIA e IIB e espessura 38 mm até 75 mm: CE = 0,44;
e) graus IIA e IIB e espessura acima de 75 mm: CE = 0,45;
f) graus IIC e espessura até 38 mm: CE = 0,43;
g) graus IIC e espessura acima de 38 mm: CE = 0,45;
h) IVA, IVB e IVC e qualquer espessura: CE = 0,43.

8) TMCP designa os aços processados com controle termo-mecânico.

5.4.2 Análise Química de Verificação

5.4.2.1 A análise química de verificação do produto final pode ser realizada para a
confirmação dos resultados da análise de panela, conforme as normas ASME 30, E 59 ou
E 350. [Prática Recomendada]

5.4.2.2 Para a análise de verificação, o teor máximo de carbono deve ser aumentado de
0,02 % e o carbono equivalente (CE) de 0,03 % além dos limites especificados para a análise
de panela. A tolerância dos elementos constituintes do aço, exceto o teor de carbono, está
prevista na ASTM A 6.

5.5 Amostra para Ensaios Mecânicos

A amostra deve ter tamanho suficiente para a preparação de todos os corpos de prova dos
ensaios mecânicos exigidos conforme a TABELA 2 e obedecer ao indicado na FIGURA 1.

Nota: Independentemente da classe do material, a direção final de laminação deve ser


marcada na amostra e esta deve ser perfeitamente identificada.

5.5.1 Amostra de Aços Classes A, B e C

5.5.1.1 Da extremidade da primeira ou da última chapa oriundas de uma mesma unidade


laminada original, deve ser retirada a amostra com tamanho suficiente para preparação de
todos os corpos de prova dos ensaios mecânicos, conforme a FIGURA 1. No caso de aços
Classe B e C, admite-se a retirada de uma amostra para cada corrida de 40 t, sendo que uma
nova amostra deve ser retirada para cada 40 t adicionais ou fração de chapas fabricadas.

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5.5.1.2 Para os aços Classe A e B, a retirada das amostras para o ensaio TTT deve ser
efetuada do ponto médio das extremidades da unidade laminada (3 do topo e 3 da base),
conforme FIGURA 1.

5.5.2 Amostra de Aço Classe D

Deve ser retirada uma amostra da unidade laminada por corrida de 40 t de chapas fabricadas,
sendo que uma nova amostra deve ser retirada para cada 40 t adicionais ou fração.

Impacto

Dobramento

Tração
L/4

L/2
T TT

TTT
150
150

200 200

Direção final laminação

FIGURA 1 - AMOSTRAS PARA ENSAIOS MECÂNICOS

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6 PROPRIEDADES MECÂNICAS

6.1 Ensaio de Tração

6.1.1 Extensão dos Ensaios

Deve ser realizado um ensaio de tração para cada amostra retirada conforme FIGURA 1 e
item 5.5.

6.1.2 Corpo de Prova

O corpo de prova retirado da amostra conforme indicado no item 5.5, deve ser preparado de
acordo com o ASTM A 370, sendo que o seu eixo longitudinal deve ser transversal à direção
final de laminação da chapa.

6.1.3 Método de Ensaio

O ensaio de tração deve ser realizado de acordo com o ASTM A 370.

6.1.4 Critério de Aceitação

Os materiais devem ter tensão de escoamento mínima (σe) correspondente ao seu grupo
conforme item 4.1, estando o valor mínimo do limite de escoamento em função da espessura
explicitado na TABELA 4, assim como o limite de resistência (resistência mecânica) e o
alongamento mínimo numa faixa de comprimento.

6.2 Ensaio de Impacto

6.2.1 Ensaio com Envelhecimento

O ensaio de impacto deve ser realizado com envelhecimento quando a taxa de deformação no
processo de fabricação dos componentes exceder aos seguintes limites:

a) 5 % - para aços totalmente acalmados ao alumínio (teor de Al > 0,015 %,


solúvel);
b) 4 % - para aços acalmados ao silício (teor mínimo de Si > 0,15 %);
c) 2 % - aços semi-acalmados.

Nota: A taxa de deformação é a relação entre a espessura e o dobro do raio de curvatura


da superfície externa de uma peça conformada.

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TABELA 4 - PROPRIEDADES MECÂNICAS PARA CHAPAS

MÍNIMO LIMITE DE ESCOAMENTO (MPa)

Limite de ESPESSURA (mm)


Resistência
Grupo
Rm 1) Até 16 Acima Acima de Acima de Acima de Acima de Acima de Acima Acima
de 16 20 40 63 100 até 120 até de 16 de 25
até 20 até 40 até 63 até 100 120 150 até 25 até 75
(Mpa) inclusive inclusive inclusive inclusive inclusive inclusive inclusive inclusive inclusive

I 400/550 240 240 240 - - - - - -

II 460/620 355 345 345 340 325 315 305 - -

IV 550/700 450 - - - - 430 415

Alongamento Mínimo (A) numa Faixa de


Valor Médio
Comprimento (L)
Mínimo para
Grupo (%) Teste de Impacto
L = 80 mm L = 200 mm com Entalhe
5,65 VSO Charpy-V (KVT)
2) 3)
(J) 4) 5)
I 23 20 22 40

II 20 18 20 50

IV 19 17 19 60

Notas: 1) Os valores de resistência mecânica e alongamento mínimo aplicam-se até a maior


espessura para o qual limite de escoamento é definido.
2) Espessura ≤ 9 mm: 17 % para o Grupo I e 16 % para outros grupos.
3) Espessura ≤ 9 mm: 16 % para o Grupo I e 15 % para outros grupos.
4) Para espessuras acima de 38 mm, é necessário mais um teste Charpy-V na espessura
média.
5) A temperatura do ensaio de impacto deve ser obtida conforme a TABELA 5. Esses
valores se referem ao metal de base.

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6.2.2 Extensão dos Ensaios

De cada amostra retirada da chapa conforme item 5.5 e FIGURA 1, devem ser preparados
3 corpos de prova.

6.2.3 Corpos de Prova

6.2.3.1 Ensaio de Impacto sem Envelhecimento

Os corpos de prova retirados da amostra com seu eixo longitudinal perpendicular à direção de
laminação devem ser preparados de acordo com o ASTM A 370 e atendendo às
recomendações a seguir:

a) devem possuir seção transversal quadrada de 10 mm x 10 mm (podem ser


admitidas seções de 10 mm x 7,5 mm ou 10 mm x 5 mm, quando a espessura da
chapa não permitir a execução do ensaio com a seção de 10 mm x 10 mm);
b) o entalhe deve ser em "V", usinado na face originalmente perpendicular à
superfície laminada;
c) os corpos de prova devem ter as suas dimensões verificadas em projetor de
perfis.

6.2.3.2 Ensaio de Impacto com Envelhecimento

a) um pedaço da amostra suficiente para a preparação dos corpos de prova deve ser
deformado plasticamente por tração, no valor máximo obtido através do cálculo
da taxa de deformação conforme item 6.2.1, devendo ser envelhecido
artificialmente a 250°C, durante 1 h;
b) a preparação dos corpos de prova deve estar de acordo com o ASTM A 370
atendendo às mesmas recomendações já descritas em 6.2.3.1.

6.2.4 Método de Ensaio

6.2.4.1 O ensaio de impacto deve ser realizado de acordo com o ASTM A 370.

6.2.4.2 A temperatura do ensaio de impacto deve ser a indicada na TABELA 5, em função da


classe do aço e da temperatura mínima de projeto (Tp).

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TABELA 5 - TEMPERATURA DO ENSAIO DE IMPACTO

Espessura Temperatura (°C)


mm (pol) Aços Classes A e B Aço Classe C Aço Classe D
e < 12,7 (1/2") Tp Tp -
12,7(1/2") ≤ e < 25,4 Tp - 20°C Tp -
25,4 (1")≤ e < 50,8 (2") Tp - 40°C Tp - 20°C Tp
e ≥ 50,8 (2") Tp - 40°C Tp - 40°C Tp - 20°C

Nota: Tp - Temperatura Mínima de Projeto.

6.2.5 Critério de Aceitação

6.2.5.1 A média aritmética das energias absorvidas nos ensaios de impacto na direção
transversal (KVT) dos três corpos de prova retirados de acordo com a FIGURA 1, não deve
ser inferior ao valor médio mínimo requerido (MMR) conforme a TABELA 4.

6.2.5.2 A menor energia absorvida nos ensaios dos corpos de prova não deve ser inferior a
75 % da M.M.R. Obtem-se a M.M.R multiplicando-se os valores de KVT da TABELA 4 pelos
coeficientes de redução de energia da TABELA 6.

TABELA 6 - COEFICIENTE DA REDUÇÃO DE ENERGIA

Seção Transversal do Corpo de Prova Coeficiente de Redução


(mm x mm) de Energia
10 x 10 1
10 x 7,5 5/6
10 x 5 2/3

6.3 Ensaio de Tração na Direção da Espessura (TTT)

6.3.1 Extensão dos Ensaios

Devem ser preparados seis corpos de prova a partir da amostra retirada conforme item 5.5 e
FIGURA 1, nos casos dos aços Classe A e B.

6.3.2 Corpos de Prova

6.3.2.1 Os corpos de prova podem ser adjacentes, tomados da amostra conforme indicado na
FIGURA 2.

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6.3.2.2 Para chapas de espessuras até 45 mm, os corpos de prova podem ser preparados por
soldagem de apêndices em toda a extensão da amostra a ser ensaiada (ver FIGURA 2). A
soldagem deve ser executada por um método adequado para originar uma ligação
suficientemente forte e permitir uma penetração completa. O método preferido é a solda por
fricção ou então solda elétrica manual com eletrodo revestido básico de baixo hidrogênio.

6.3.2.3 Para chapas com espessura maior que 45 mm, os corpos de prova podem ser feitos
sem soldagem, conforme a FIGURA 2.

FIGURA 2 - CORPO DE PROVA PARA O ENSAIO TTT

6.3.3 Método de Ensaio

6.3.3.1 O ensaio TTT deve ser realizado de acordo com o ASTM A 370.

6.3.3.2 A redução de área na direção da espessura (Raz), deve ser calculada por:

(Ao -A)
RAz = x 100 %
Ao

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πD 2
Onde: Ao = área da seção transversal original =
4
A = área da seção transversal da fratura.

Nota: Devido à anisotropia do material, a superfície da fratura é, na maioria das vezes,


elíptica, podendo nesses casos ser calculada pela fórmula:

π  a +b 
2

A= x  , onde "a" e "b" são os eixos da elipse.


4  2 

6.3.4 Critério de Aceitação

6.3.4.1 Para cada conjunto de testes efetuados, o valor médio da RAz dos 6 corpos de prova
calculada de acordo com o item 6.3.3 não deve ser menor que 20 %, sendo o valor mínimo
individual de cada corpo de prova igual a 16 %.

6.3.4.2 Se a média dos valores de RAz estiver entre 20 % e 16 %, podem ser permitidos
novos ensaios com amostra retirada da mesma chapa na área adjacente à primeira. O cálculo da
nova média dos valores de RAz deve incluir os valores do primeiro e segundo ensaios.

6.4 Ensaio de Dobramento

6.4.1 Extensão dos Ensaios

Deve ser realizado um ensaio de dobramento para cada amostra retirada conforme item 5.5 e
FIGURA 1.

6.4.2 Corpo de Prova

6.4.2.1 O corpo de prova retirado da amostra conforme indicado no item 5.5, deve ter o seu
eixo longitudinal na direção perpendicular à da laminação final da chapa.

6.4.2.2 A espessura do corpo de prova deve ser a mesma da chapa a ser testada, desde que
esta não seja maior que 38 mm. Para chapas com espessuras maiores que 38 mm, a espessura
do corpo de prova deve ser reduzida a 38 mm, desde que uma superfície seja "tal como
laminada", como indica a FIGURA 3.

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150 mm (mín)

R<1,5 mm

32 mm ≤ L ≤ 42mm

Superfície interna após o dobramento

Superfície “tal como laminada”

FIGURA 3 - CORPO DE PROVA PARA O ENSAIO DE DOBRAMENTO

6.4.3 Método de Ensaio

6.4.3.1 O ensaio de dobramento deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR-6153.

6.4.3.2 O raio interno de dobramento (r) deve ser de 1,5 vezes a espessura (e) da chapa.

6.4.3.3 Quando dobrada, a superfície “tal como laminada” deve estar na parte externa da
curvatura.

6.4.4 Critério de Aceitação

6.4.4.1 O corpo de prova deve suportar o dobramento a 180 graus, na temperatura ambiente,
sem que haja aparecimento de trincas com comprimentos superiores a 3 mm na parte externa
da região dobrada.

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6.4.4.2 Se o corpo de prova ensaiado falhar, é permitida a repetição do ensaio com amostra
retirada da mesma chapa, na região adjacente à primeira.

6.5 Ensaios de Soldabilidade

6.5.1 Dados Prévios de Soldabilidade

Os dados obtidos em testes de soldabilidade realizados em encomendas anteriores são


considerados válidos desde que os requisitos constantes nos parágrafos 6.5.2.1 e 6.5.3.1 sejam
atendidos.

6.5.2 Ensaio CTOD

6.5.2.1 Condições Gerais

Os aços da classe A com espessura superior a 38 mm, devem ser submetidos aos ensaios
CTOD na zona termicamente afetada de acordo com o descrito nesta Seção. Os ensaios
CTOD realizados em uma corrida são válidos para outras corridas desde que obedecidas as
tolerâncias de composição química apresentadas na TABELA 7. As soldas são realizadas
obedecendo-se aos requisitos da TABELA 8. De modo a permitir o posicionamento da trinca
de fadiga na ZTA, a junta deve possuir pelo menos um bisel reto. Os consumíveis de soldagem
utilizados devem ser de tenacidade controlada, de acordo com a norma PETROBRAS N-1859.

TABELA 7 - TOLERÂNCIAS DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA PARA AÇOS DE


CLASSE A

Composição
Tolerâncias
Química
Carbono + 0,02 %
Manganês + 0,20 %
Fósforo + 0,015 %
Enxofre + 0,005 %
Silício + 0,15 %
Cobre + 0,15 %
Níquel + 0,50 % - 0,15 %
Cromo + 0,10 %
Molibdênio + 0,02 %
Nióbio + 0,010 %
Titânio + 0,010 %
Alumínio + 0,025 %
Vanádio + 0,02 %
Boro + 10 ppm
Nitrogênio Total + 25 ppm; - 45 ppm
Nitrogênio Livre + 25 ppm

Nota: Nitrogênio Livre = Nitrogênio Total x 0,29 Ti.

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TABELA 8 - REQUISITOS DO ENSAIO CTOD

Requisitos do Procedimento
Faixa de
Grupo Condição de Soldagem
Espessura
Baixo Aporte Alto Aporte
E =0,7 kJ/mm E = 3,0 kJ/mm
P > 125 ºC P > 100 ºC
I como soldado I < 250 ºC I < 250 ºC
II 38 < t ≤ 150 SMAW, FCAW, SAW
III MIG, MAG
após TTAT idem idem
E = 3,0 kJ/mm
como soldado P > 100 ºC
IV 38 < t ≤ 75 I < 250 ºC
SAW
após TTAT idem

Nota: 1) E = Energia de soldagem;


2) P = Temperatura pré-aquecida;
3) I = Temperatura de interpasses.

6.5.2.2 Dimensões da Chapa

O comprimento e a largura da junta soldada devem ser suficientes para permitir a retirada dos
corpos de prova previstos nesta Seção (ver TABELA 9), na seção 6.5.3 (ver
TABELA 11) e possíveis retestes. A largura da junta soldada deve ser superior a 500 mm ou a
10 vezes a espessura da chapa, o que for maior.

6.5.2.3 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões

As juntas soldadas de aços do Grupo II a serem ensaiadas na condição "após TTAT" devem
sofrer tratamento térmico a uma temperatura de 600 °C, admitida uma tolerância de ± 20 °C,
ou outra temperatura acordada com o fabricante, por um tempo de permanência não inferior a
1 h/25 mm de espessura ou 4 h, o que for maior. Para juntas de aços do Grupo IV, o
tratamento térmico deve ser pelo menos 25 °C abaixo da temperatura de revenido, mas não
excedendo a 620 °C por 1 h/25 mm de espessura ou 4 h, o que for maior.

6.5.2.4 Ensaio CTOD

A trinca de fadiga deve ser posicionada no metal de solda, na região de grãos grosseiros da
ZTA do metal de base (RGG) e na ZTA subcrítica do metal de fase (ZTA-SC). Pelo menos
três resultados válidos em cada região devem ser obtidos (ver TABELA 9). A temperatura do
ensaio é a temperatura de projeto da estrutura. Os ensaios devem ser realizados de acordo
com a BS-5762 em corpos de prova do tipo subsidiário (B x B) com a/W = 0,5 ± 0,05. A
trinca de fadiga deve ser posicionada sempre ao longo da espessura. Três ensaios CTOD
válidos são requeridos para a região do metal de solda ( entre LF e a menos de 2 mm da LF),
RGG e ZTA-SC, sendo que após cada ensaio o corpo de prova deve ser seccionado para
validação do resultado e documentação.

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TABELA 9 - ENSAIO CTOD - POSIÇÃO DA TRINCA

Posição da Trinca
Metal de Solda RGG ZTA-SC

3 3 3

6.5.2.5 Seccionamento dos Corpos de Prova

Cada corpo de prova deve ser seccionado após o ensaio, para confirmação de que a trinca de
fadiga foi corretamente posicionada em cada uma das regiões da junta soldada:

a) metal de solda - para cada corpo de prova CTOD do metal de solda, apenas a
metade contendo a linha de fusão do bisel reto deve ser preparada, examinada e
documentada.
b) RGG e ZTA-SC (ver FIGURA 4):
- retirar de cada metade do corpo de prova uma amostra de 15 mm contendo a
superfície de fratura;
- seccionar ambas as amostras paralelamente à raiz do entalhe mecânico (ou de
eletro-erosão);
- o corte deve interceptar a ponta da trinca de fadiga em pontos a t/6 de cada
borda do corpo de prova;
- polir e atacar para micrografia as faces superiores das amostras inferiores
criadas pelo último corte;
- examinar micrograficamente as amostras verificando a posição da trinca de
fadiga e macrofotografar ambas as seções.

6.5.2.6 Critérios de Validação dos Ensaios CTOD

Os seguintes critérios de validação adicionais aos descritos na BS-5762, devem ser verificados
para cada região da ZTA:

a) metal de solda: a trinca de fadiga deve estar totalmente contida no metal de solda
e não deve distar mais do que 2 mm da linha de fusão;
b) RGG: pelo menos 80 % da trinca de fadiga (excluindo os 2t/6 nas bordas) deve
estar a menos de 0,5 mm de distância da linha de fusão e seccionar todas as
regiões de grãos grosseiros aí contidas;
c) ZTA-SC: a trinca de fadiga deve amostrar o contorno entre a ZTA e o metal de
base.

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6.5.2.7 Critérios de Aceitação

São considerados aprovados no ensaio CTOD os aços que apresentarem resultados válidos de
acordo com os requisitos apresentados na TABELA 10. Aços aprovados para uma
temperatura estão qualificados para uso a temperaturas superiores.

TABELA 10 - CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DO ENSAIO CTOD

Grupo Espessura Condição CTOD Req.


(mm)
38 ≤ t < 75 mm como soldado ≥ 0,25
I e II após TTAT ≥ 0,20
t ≥ 75 mm como soldado ≥ 0,35
após TTAT ≥ 0,25
IV 38 ≤ t ≤ 75 mm como soldado ≥ 0,30
após TTAT ≥ 0,25

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FIGURA 4 - CORPO DE PROVA PARA ENSAIO CTOD

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6.5.3 Ensaio Charpy-V

6.5.3.1 Os aços das Classes A, B e C, com espessura superior a 25,4 mm, devem ser
submetidos a ensaios Charpy-V na zona termicamente afetada de acordo com o descrito nesta
Seção. As soldas são realizadas de acordo com os aportes de calor estabelecidos na TABELA
8, sendo que devem ser realizados para as seguintes faixas de espessura:

a) 25 mm a 38 mm (inclusive);
b) 38 mm a 75 mm (inclusive);
c) acima de 75 mm.

6.5.3.2 Os ensaios Charpy realizados em uma corrida são válidos para outras corridas desde
que obedecidos os requisitos de composição química TABELA 3, no caso dos aços de classes
B e C e os da TABELA 7 no caso dos aços de classe A.

6.5.3.3 A junta soldada deve possuir pelo menos um bisel reto de modo a permitir a retirada
de corpos de prova de acordo com a FIGURA 5. Os corpos de prova no meio da chapa são
aplicáveis a espessuras superiores a 38 mm. O cordão de solda deve ser paralelo à direção de
laminação. Os consumíveis de soldagem utilizados devem ser de tenacidade controlada, de
acordo com a norma PETROBRAS N-1859, tipo II.

6.5.3.4 Dimensões da Chapa

O comprimento e a largura da junta soldada devem ser suficientes para permitir a retirada dos
corpos de prova previstos nesta Seção (ver TABELA 11). A largura da junta soldada deve ser
superior a 500 mm ou 10 vezes a espessura da chapa, o que for maior.

6.5.3.5 O tratamento térmico de alívio de tensões deve ser conforme o item 6.5.2.3. Estes
testes são aplicáveis para chapas com espessuras superiores a 38 mm.

6.5.3.6 Ensaio Charpy-V

O ensaio Charpy-V deve ser realizado conforme a ASTM A 370 em corpos de prova retirados
transversalmente à direção de laminação da chapa. A posição do entalhe deve obedecer ao
descrito na FIGURA 5. O número de corpos de prova está mostrado na
TABELA 11. A temperatura do ensaio é a temperatura de projeto menos 40 °C, exceto para o
aço Classe C na faixa de espessura entre 25 mm e 38 mm (inclusive) conforme item 6.5.3.1,
cuja temperatura de ensaio de impacto deve ser feita à temperatura de projeto menos 20 °C.

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FIGURA 5.1 - Bisel Simples

FIGURA 5.2 - Posição do Entalhe na ZTA, no Lado do Chanfro da Solda

FIGURA 5 - CORPO DE PROVA DE CHAPA SOLDADA DE TOPO PARA ENSAIO


CHARPY V

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TABELA 11 - NÚMERO DE CORPOS DE PROVA DO ENSAIO CHARPY-V

Posição do Entalhe
LF LF + 2 mm LF + 5 mm
SS CC R SS CC R SS CC R
6 6 6 6 6 6 6 6 6

Notas: 1) LF - linha de fusão.


2) SS - subsuperfícies.
3) CC - centro da chapa.
4) R - raiz.

6.5.3.5 Critérios de Aceitação

São considerados aprovados no ensaio de Charpy-V os aços que apresentarem resultados de


acordo com os requisitos da TABELA 12. Aços aprovados para uma temperatura de projeto
estão qualificados para uso a temperaturas superiores.

TABELA 12 - REQUISITOS DO ENSAIO CHARPY-V

Média kVT Individual


Grupo
(J) (J)
I 21 16
II 36 26
IV 45 32

7 REENSAIO

7.1 Se os resultados de qualquer ensaio mecânico realizado não atenderem aos requisitos
exigidos, as chapas ensaiadas devem ser desclassificadas ou reclassificadas.

7.2 Os materiais amostrados por unidade laminada não admitem reensaio.

7.3 Só são admitidos reensaios para os materiais que foram amostrados por corrida. O
reensaio deve ser feito no dobro de amostras testadas, inicialmente, retiradas de duas diferentes
chapas. Os reensaios devem ser realizados nas mesmas condições, obedecendo aos mesmos
critérios de aceitação e aos mesmos locais de retirada de amostras dos ensaios originais.

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7.4 Para que o material seja classificado, é preciso que todos os resultados do reensaio sejam
satisfatórios.

7.5 Caso qualquer um dos reensaios seja reprovado, todas as chapas representadas pela
amostra devem ser definitivamente desclassificadas.

8 ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS - ULTRA-SOM

Todas as chapas classes A e B com espessuras iguais ou superiores a 12,7 mm (1/2") devem
ser inspecionadas por ultra-som, utilizando-se os critérios de aceitação abaixo:

a) aços Classe A: BS-5996 Grau LC4ES;


b) aços Classe B: BS-5996 Grau LC3E.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A - TABELA

A-1 A TABELA A-1 apresenta a correlação entre as especificações de aços mais usados
internacionalmente e os aços classificados nesta Norma.

A-2 Com base nas especificações ou nas informações provenientes dos certificados de
qualidade dos materiais, a TABELA A-1 indica se os aços podem ser enquadrados nos Grupos
I, II e IV, apresentando os requisitos e/ou ensaios adicionais necessários em cada caso.

A-3 Para enquadramento como aço Classe A, são requeridos ensaio de impacto com
envelhecimento, tração na direção da espessura, soldabilidade CTOD (para espessuras
superiores a 38 mm), soldabilidade Charpy-V (para espessuras superiores a 25 mm) e
ultra-som.

A-4 Para enquadramento como aço Classe B, são requeridos ensaio de impacto com
envelhecimento, tração na direção da espessura, soldabilidade Charpy-V (para espessuras
superiores a 25 mm) e ultra-som.

A-5 Para enquadramento como aço Classe C, são requeridos ensaio de impacto com
envelhecimento e soldabilidade Charpy-V (para espessuras superiores a 25 mm).

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TABELA A-1 - CORRELAÇÃO ENTRE ESPECIFICAÇÕES E GRAUS DE AÇOS

Grau
Especificação
IA IB IC ID

A 36 ü(b) ü(b) ü(b) ü(a)

A A 106 Gr. B (c) ü(b,d,g) ü(b,d,g) ü(b,d,g) ü(a,d)

S A 285 Gr. C ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(a,e,f)

T A 516 Gr. 60 ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(a,e,f)

M A 516 Gr. 70 ü(b,d,f,h) ü(b,d,f,h) ü(b,d,f,h) ü(a,d,f,h)

A 633 Gr. C (NA) (NA) (NA) (NA)

A 633 Gr. D (NA) (NA) (NA) (NA)

BS 4360 Gr. 50C (NA) (NA) (NA) (NA)

17 100 RR St 44.3N ü(b,d,f,j) ü(b,d,f,j) ü(b,d,f,j) ü(l)


DIN
17 100 RR St 52.3N (NA) (NA) (NA) (NA)

5L Gr. B (c) ü(b,d,j) ü(b,d,j) ü(b,d,j) ü(a,d)

5L X-42 (c) ü(b,d,j) ü(b,d,j) ü(b,d,j) ü(a,d)

API 5L X-56 (NA) (NA) (NA) (NA)

5L X-60 (NA) (NA) (NA) (NA)

5L X-65 (NA) (NA) (NA) (NA)


(CONTINUA)

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TABELA A-1 (CONTINUAÇÃO) - CORRELAÇÃO ENTRE ESPECIFICAÇÕES E


GRAUS DE AÇOS

Grau
Especificação
II A II B II C II D
A 36 ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(a,e,f)

A A 106 Gr. B (c) ü(b,d,e,f,g) ü(b,d,e,f,g) ü(b,d,e,f,g) ü(a,d,e,f)

S A 285 Gr. C ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(a,e,f)

T A 516 Gr. 60 ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(b,e,f) ü(a,e,f)

M A 516 Gr. 70 ü(b,d,f,h) ü(b,d,f,h) ü(b,d,f,h) ü(a,d,f,h)

A 633 Gr. C ü(b,i) ü(b,i) ü(b,i) ü(a,i)

A 633 Gr. D ü(b,i) ü(b,i) ü(b,i) ü(a,i)

BS 4360 Gr. 50C ü(b,f,j,k) ü(b,f,j,k) ü(b,f,j,k) ü(a,f)

17 100 RR St 44.3N (NA) (NA) (NA) (NA)


DIN
17 100 RR St 52.3N ü(b,d,e,f,j) ü(b,d,e,f,j) ü(b,d,e,f,j) ü(m)

5L Gr. B (NA) (NA) (NA) (NA)

5L X-42 (NA) (NA) (NA) (NA)

API 5L X-56 (c,n) ü(b,d) ü(b,d) ü(b,d) ü(a,d)

5L X-60 (c,n) ü(b,d) ü(b,d) ü(b,d) ü(a,d)

5L X-65 (NA) (NA) (NA) (NA)


(CONTINUA)

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TABELA A-1 - (CONCLUSÃO) - CORRELAÇÃO ENTRE ESPECIFICAÇÕES E


GRAUS DE AÇOS

Grau
Especificação
IV A IV B IV C IV D

A 36 (NA) (NA) (NA) (NA)

A A 106 Gr. B (NA) (NA) (NA) (NA)

S A 285 Gr. C (NA) (NA) (NA) (NA)

T A 516 Gr. 60 (NA) (NA) (NA) (NA)

M A 516 Gr. 70 (NA) (NA) (NA) (NA)

A 633 Gr. C (NA) (NA) (NA) (NA)

A 633 Gr. D (NA) (NA) (NA) (NA)

BS 4360 Gr. 50C (NA) (NA) (NA) (NA)

17 100 RR St 44.3N (NA) (NA) (NA) (NA)


DIN
17 100 RR St 52.3N (NA) (NA) (NA) (NA)

5L Gr. B (NA) (NA) (NA) (NA)

5L X-42 (NA) (NA) (NA) (NA)

API 5L X-56 (c,n) ü(b,d,e) ü(b,d,e) ü(b,d,e) ü(a,d,e)

5L X-60 (c,n) ü(b,d,e) ü(b,d,e) ü(b,d,e) ü(a,d,e)

5L X-65 (c) ü(b,d,j) ü(b,d,j) ü(b,d,j) ü(a,d)

Nota : As letras que figuram entre parênteses, referem-se às seguintes condições:

- a: para faixa de espessura inferior a 25 mm; para espessuras > 25 mm, ensaio de
impacto;
- b: caso os valores dos elementos químicos encontrados no certificado de qualidade
do aço estejam situados dentro da faixa estabelecida na TABELA 3;
- c: como o material é fornecido na forma de tubo, a retirada de corpos-de-prova
para os ensaios mecânicos deve ser adaptada;
- d: caso o valor do alongamento encontrado no certificado de qualidade do aço
atinja o valor estabelecido na TABELA 4;
- e: caso o valor do limite de escoamento encontrado no certificado de qualidade do
aço atinja o valor estabelecido na TABELA 4;

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- f: caso o valor do limite de resistência encontrado no certificado de qualidade do


aço atinja o valor estabelecido na TABELA 4;
- g: caso o ensaio de dobramento seja realizado segundo o método de ensaio
estabelecido no item 6.4,
- h: para espessuras menores que 9 mm, o valor do alongamento está aprovado
segundo a TABELA 4, nota 3;
- i: caso o valor do limite de resistência para espessuras entre 65 mm e 100 mm
encontrado no certificado de qualidade do aço atinja o valor estabelecido nesta
Norma;
- j: caso o valor do ensaio de impacto (sem envelhecimento) encontrado no
certificado de qualidade do aço atinja o valor estabelecido na TABELA 4
devendo o ensaio ser realizado de acordo com os requisitos fixados nesta
norma;
- k: caso o valor do ensaio da tração na direção da espessura encontrado no
certificado de qualidade do aço atinja o valor estabelecido no item 6.3.4,
devendo o ensaio ser realizado de acordo com os requisitos fixados no item 6.3;
- l: aprovado para a faixa de espessura entre 3 mm e 25 mm;
- m: aprovado para a faixa de espessura entre 3 mm e 9 mm;
- n: o valor do limite de escoamento do aço, previsto em sua especificação se
enquadra no Grupo III (pode satisfazer aos Grupos I e II);
- NA: não aplicável.

_____________

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