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1 Índice

1 Índice .............................................................................................. 3
2 Apresentação................................................................................. 4
3 Seqüência para o planejamento de projeto ................................ 5
4 Cálculo da potência exigida ......................................................... 6
5 Força resistente............................................................................. 7
6 Seleção do motor .......................................................................... 9
7 Cálculo do momento de inércia da carga reduzida ao
eixo do motor............................................................................... 11
8 Momento de carga....................................................................... 13
9 Tempo de aceleração .................................................................. 13
10 Aceleração ................................................................................... 14
11 Número de partidas..................................................................... 15
12 Freio.............................................................................................. 16
13 Precisão de frenagem ................................................................. 17
14 Seleção do redutor...................................................................... 17
15 Rotação de saída ......................................................................... 20
16 Fator de serviço........................................................................... 21
17 Força radial .................................................................................. 22
18 Planejamento de projeto com conversor de freqüência.......... 23
19 Sistema internacional (SI) .......................................................... 27
20 Conversão .................................................................................... 29
21 Linha de produtos SEW-EURODRIVE ....................................... 32

Ref.: Manual de Fórmulas - Edição 2006


Conhecimento adquirido na prática

3
2 Apresentação
A empresa
A SEW-EURODRIVE é uma das empresas
líder no mercado mundial de acionamentos
eletromecânicos. A ampla linha de produtos
e o atendimento ao cliente tornam a SEW-
EURODRIVE parceiro ideal na solução de
tarefas de acionamentos complexos.
A matriz do grupo localiza-se em Bruchsal
(Alemanha). Os componentes de acionamentos da SEW-EURODRIVE são
fabricados nos mais altos padrões de qualidade, em fábricas na Alemanha,
França, EUA, Brasil e China. Esses componentes são utilizados nas mon-
tadoras em mais de 39 países, que oferecem maior proximidade aos clien-
tes e menores prazos de entrega, com o mesmo padrão de qualidade.
Vendas, Consultoria técnica, Assistência pós venda e Service SEW-EURO-
DRIVE são encontrados em mais de 60 países espalhados pelo mundo.

A linha de Produtos
• Redutores e Motoredutores
• Motores assíncronos trifásicos
• Servomotores síncronos e assíncronos
• Acionamentos para área classificada
• Conversores de freqüência de painel ou integrados ao motor
assíncrono trifásico
• Variadores mecânicos

Manual de Fórmulas
A SEW-EURODRIVE Brasil, com o intuito de colaborar com os profissio-
nais que atuam nas áreas técnicas e, em especial, no cálculo de aciona-
mentos, desenvolveu este manual onde são apresentadas de maneira
seqüencial e lógica as fórmulas utilizadas nos cálculos para especificação
de acionamentos.
Esperamos que este trabalho possa ajudá-lo em seu dia-a-dia e contribua
com seu desenvolvimento profissional, porém, a SEW-EURODRIVE Brasil
coloca-se a disposição para esclarecimento de qualquer dúvida e também
para a especificação do melhor acionamento para cada projeto.

4
3 Seqüência para o planejamento de projeto
O fluxograma a seguir mostra uma visão esquemática do procedimento
para planejamento de um projeto de acionamento sem conversor de fre-
qüência.

Calcular a potência
exigida

Escolher o motor
conf. catálogo

Aumentar Calcular tA máx. Inércia adicional


potência do motor e aceleração máx. no motor

Tempo de Aceleração >


aceleração admissível
>3s

Calcular o nº de
partidas admissíveis

Número de
partidas <
necessário

Aumentar o Calcular tf máx, desacel. máx. Diminuir o


momento de freio Precisão de posicionamento momento de freio

Precisão Desaceleração
não suficiente > admissível

Escolher redutor Aumentar


verificar fator de serviço tamanho redutor

Fator de serviço
< necessário

Rolamentos refor-
çados ou aumentar
Calcular força radial tamanho redutor

Força radial >


admissível

FIM

5
4 Cálculo da potência exigida
Potência Estática e Dinâmica
A potência total de cada aplicação subdivide-se em potência estática e
dinâmica. A potência estática é a potência à velocidade constante, princi-
palmente as forças de atrito e forças gravitacionais. A potência dinâmica é
a potência necessária para acelerações e desacelerações.

Potência Estática
Para movimentos rotacionais: Para movimentos lineares:
M .n Fr .v
Pest = Pest =
9550.η 1000.η
Pest = Potência mecânica do motor [kW]
M = Momento [Nm]
n = Rotação [rpm]
Fr = Força resistente [N]
v = Velocidade [m/s]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)

Potência Dinâmica
Para movimentos rotacionais: Para movimentos lineares:
J x .n 2 m.a.v
Pdin = Pdin =
91200.t A .η 1000 .η
Pdin = Potência dinâmica [kW]
JX = Momento da carga reduzida ao motor [kg.m2]
n = Rotação [rpm]
tA = Tempo de aceleração [s]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)
m = Massa [kg]
v = Velocidade linear [m/s]
a = Aceleração [m/s2]

6
Motores de corrente contínua
No caso da substituição de motores de corrente contínua por motores as-
síncronos de corrente alternada, devemos considerar a seguinte equação
para o cálculo da potência mecânica:

Pm = U .I Tot .η

Pm = Potência mecânica [kW] ITot = Corrente de armadura


e de campo [A]
U = Tensão de campo[V] η = Rendimento do motor

Potência elétrica
A potência calculada anteriormente refere-se a potência mecânica exigida
pela aplicação. A potência que será consumida pela rede é dada pela
seguinte fórmula: P
Pele = U .I . 3 Pe le = m

c o s ϕ .η
Pele = Potência elétrica [kW] cos ϕ = Fator de potência
U = Tensão [V] η = Rendimento do motor
I = Corrente [A]

5 Força resistente
As forças resistentes são forças que agem em sentido contrário ao movi-
mento e variam de aplicação para aplicação.

Força resistente para transportador de


sen (α + β )
corrente: Fr = m.g .
cos β

α = ângulo do plano inclinado


β = arctg µ, onde µ é o coeficiente de atrito entre a corrente e a base

7
Resistência à translação e
2  d  
transportador de rolos: Fr = m.g. . µ l . + f  + c
D  2  

m = Massa [kg]
g = Aceleração devido a gravidade [m/s2]
D = Diâm. da roda ou outro elemento que controla a velocidade [mm]
µl = Coeficiente de atrito do mancal
d = Diâmetro do mancal [mm]
f = Braço de alavanca [mm]
c = Coeficiente de atrito lateral

Resistência à elevação: Fr = P = m.g

Fr = Força resistente [N]


P = Peso [N]
m = Massa [kg]
g = Aceleração devido a gravidade [m/s2]

8
Resistência ao transportador de correia: Fr = Fh + Fn + Fst
Sendo:

Fh = L. f .g. r + (2.m g + m L ). cos α 


m  Q
onde: mL =
 L  3,6.v

Fn = (C − 1).Fh Fst = L.g .m L . sen α

Fh = Forças de resistência principais [N]


Fn = Forças de resistência secundárias [N]
Fst = Forças de resistência ao aclive [N]
L = Comprimento do transportador [m]
f = Coeficiente de atrito (0,02 para condições favoráveis, 0,025 para
condições desfavoráveis e 0,035 para alta temperatura)
mr = Massa total dos rolos [kg]
mg = Massa da correia [kg/m]
mL = Carga máxima transportada [kg/m]
Q = Capacidade do transportador [kg/h]
v = Velocidade do transportador [m/s]

Tabela para o coeficiente de atrito C


L [m] < 20 20 40 60 80 100 150 200 300
C 3 2,5 2,28 2,1 1,92 1,78 1,58 1,45 1,31
L [m] 400 500 600 700 800 900 1000 2000 > 2000
C 1,25 1,2 1,17 1,14 1,12 1,1 1,09 1,06 1,05

6 Seleção do motor
Classe de isolação
Quando selecionamos o motor, a principal característica a ser considerada
é a temperatura, por ser a principal causa de falha. Uma correta especifi-

9
cação do motor significa manter sua temperatura de forma que não haja
sobreaquecimento.
O limite de temperatura é uma característica do motor definido por sua
classe de isolação, padronizado conforme norma NBR 7094.
São três as principais classes de isolação do motor: B, F e H. Cada classe
significa uma elevação de temperatura máxima que a bobina do motor
pode suportar sem causar danos. O gráfico abaixo mostra esses limites.

Legenda: Limite de elevação de temperatura B = 80 ºC; F = 105 ºC; H = 125 ºC

Cálculo da elevação de temperatura


A elevação de temperatura pode ser calculada, para um motor em ope-
ração, através da seguinte fórmula:

R2 − R1
∆t = .(235 + t1 ) + (t a 2 − t a1 )
R1

∆t = Elevação de temperatura [ºC]


R2 = Resistência da bobinagem no fim do ensaio [Ω]
R1 = Resistência da bobinagem no início do ensaio [Ω]
t1 = Temperatura ambiente no início do ensaio [ºC]
ta1 = Temperatura do agente refrigerante no início do ensaio [ºC]
ta2 = Temperatura do agente refrigerante no fim do ensaio [ºC]

10
Dados do motor
No planejamento do projeto devemos selecionar um
motor cuja potência seja maior do que a potência estática
calculada anteriormente e verificarmos se a temperatura
limite não será ultrapassada através dos cálculos de
tempo de aceleração e número de partidas por hora
admissível.
Para essa verificação são necessários os seguintes dados:

Pn = Potência mecânica nominal do motor elétrico [kW]


Cn = Conjugado nominal do motor [Nm]
nm = Rotação nominal do motor [rpm]
Ch = Torque médio de aceleração [Nm]
JM = Momento de inércia do motor [kg.m2]
Zo = Número de partidas por hora do motor em vazio [1/h]

7 Cálculo do momento de inércia da carga


reduzida ao eixo do motor
Para os cálculos do tempo de aceleração e do número de partidas por
hora admissível, é necessário conhecer o momento de inércia reduzido ao
eixo do motor.
Para movimentos rotacionais: Para movimentos lineares:
2
J  v 
Jx = 2 Jx = 91,2.m. 
i  nm 

JX = Momento de inércia da carga reduzida ao eixo do motor [kg.m2]


m = Massa da carga [kg]
v = Velocidade linear [m/s]
nm = Rotação do motor [rpm]
J = Momento de inércia da carga [kg.m2]
i = Redução total

11
Corpos rotativos
Momentos de inércia de massa de corpos rotativos característicos

Corpo Eixo de rotação Símbolo Momento de


inércia de massa J
Anel circular,
parede fina Perpendicular à
superfície plana
Cilindro oco, do anel
parede fina

Cilindro maciço Eixo longitudinal

Cilindro oco,
Eixo longitudinal
parede grossa

Perpendicular à
Disco superfície plana
do disco

Eixo de simetria
Disco na superfície
plana do disco

Passando pelo
Esfera centro

Esfera oca, de Passando pelo


parede fina centro

Barra fina, com Perpendicular no


comprimento l meio da barra

12
No caso do eixo de rotação não coincidir com o centro de gravidade, deve-
remos utilizar o teorema de Steiner:
J A = J S + m.a 2 A
S
a
JA = Momento de inércia no centro de giro [kg.m2]
Js = Momento de inércia no centro de gravidade [kg.m2]
m = Massa [kg]
a = Distância do centro de gravidade ao centro de giro [m]

8 Momento de Carga
O momento de carga é o momento efetivo que a carga exige do motor.
Esse dado será utilizado no cálculo do tempo de aceleração e número de
partidas admissível.

Pest . 9550
M L =
nm

ML = Momento de carga [Nm]


Pest = Potência estática calculada [kW]
nm = Rotação do motor [rpm]

9 Tempo de aceleração
A corrente na partida de um motor elétrico é cerca de 3 a 8 vezes maior
que a corrente nominal do motor quando ligado à rede. Essa alta corrente
provoca um aquecimento no motor que pode ser crítico se esse tempo for
alto. Por essa razão, a determinação do tempo de aceleração do motor é
essencial para a sua correta especificação. É recomendado que o tempo
de aceleração não seja maior do que três segundos.

13
 JX   J 
 J M + η   J M + X .n S
  η 
tA =
 
.n m tA = 
9,55 .(C H − M L .η )
ML
9 ,55 . C H − 
 η 
Para movimento vertical para baixo

tA = Tempo de aceleração [s]


JM = Momento de inércia do motor [kg.m2]
JX = Momento da carga reduzida ao motor [kg.m2]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)
nm = Rotação do motor [rpm]
Ch = Torque médio de aceleração [Nm]
ML = Momento de carga [Nm]
ns = Rotação síncrona [rpm]

10 Aceleração
Em algumas aplicações, como por exemplo translação, no qual pode ocor-
rer a derrapagem das rodas, e elevação, por questões de conforto, a ace-
leração máxima admissível não deve ser ultrapassada. Assim, o cálculo
da aceleração deve ser realizado.

v v nS
a = a= .
tA t A nM
Para movimento vertical para baixo

a = Aceleração [m/s2]
v = Velocidade linear [m/s]
tA = Tempo de aceleração [s]
ns = Rotação síncrona [rpm]
nm = Rotação do motor [rpm]

14
11 Número de partidas
Como descrito anteriormente para motores ligados à rede, ocorre um
aquecimento no momento da partida devido à alta corrente. Quanto maior
o número de partidas, maior o aquecimento do motor. Por essa razão,
para a prevenção de possível queima, devemos conhecer o número má-
ximo de partidas admissível que o motor poderá fornecer.
M LL
1−

C HH .η
Z p = Z 00. .K pp
J
J Mm + J Z + XX
η
J Mm
J
Obs.: Movimento vertical para
baixo, considerar: ML.η e JX.η
Para determinação do Kp,
utilizar o gráfico ao lado

ED =
∑t e . 10 0
[% ];
Pes t
tS PM

ZP = Número de partidas por hora admissível [1/h]


Zo = Número de partidas por hora do motor em vazio [1/h]
ML = Momento de carga [Nm]
CH = Torque médio de aceleração [Nm]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)
JM = Momento de inércia do motor [kg.m2]
JZ = Momento de inércia adicional do motor (ventil. pesado) [kg.m2]
JX = Momento da carga reduzida ao motor [kg.m2]
KP = Fator em função da pot. estática e do fator de duração ciclo ED
ED = Fator de duração do ciclo [%]
Σ te = Soma dos tempos em carga [s]
ts = Duração do ciclo [s] (A duração máxima do ciclo é de 10 min.)

15
12 Freio
1 6
Após a determinação do tempo de aceleração, da
2

3
8
aceleração e do número de partidas, o motor elétrico
9
já está selecionado. Porém, se o motor for fornecido
com freio, devemos verificar se a desaceleração não
10 será maior que a aceleração máxima admissível. Para
4
tanto, devemos primeiramente calcular o momento de
11
5
Schnitt_00871.cdr frenagem e a seguir, o tempo de desaceleração.

Momento de frenagem
O momento de frenagem indicado varia conforme a aplicação. A seguir,
apresentamos os valores sugeridos para a translação e elevação.

Translação: M B = C H − 2.M L .η Elevação: M = 2.C


B n

tB =
( J M + J X .η ).n M
Tempo de desaceleração
9 ,55 .(M B + M L .η )
Obs.: Movimento vertical para baixo,
considerar: ns em vez de nM e MB-ML.η em vez de MB+ML.η

tB = Tempo de frenagem [s]


JM = Momento de inércia do motor [kg.m2]
JX = Momento da carga reduzida ao motor [kg.m2]
ns = Rotação síncrona [rpm]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)
MB = Momento de frenagem [Nm]
nM = Rotação do motor [rpm]
ML = Momento da carga [Nm]

Desaceleração

v aB = Desaceleração [m/s2]
aB =
tB v = Velocidade linear [m/s]
tB = Tempo de frenagem [s]

16
13 Precisão de frenagem
Além da desaceleração, outro dado importante para o motor com freio em
algumas aplicações é a precisão de posicionamento, no qual o início de
um ciclo depende da posição final do ciclo anterior.

onde: S = v.1000. t + 1 .t 
X B = ±0,12.S B B  2 B
 2 
XB = Precisão de posicionamento [mm]

SB = Percurso de posicionamento [mm]


v = Velocidade linear [m/s]

t2 = Tempo de atuação do freio [s]

tB = Tempo de frenagem [s]

14 Seleção do redutor
Após a correta especificação do motor, passa-
mos agora para a especificação do redutor.
Para isso, necessitamos essencialmente de
três informações: potência, rotação e fator de
serviço. Nos casos onde existem forças ra-
diais, essas também deverão ser verificadas.
O redutor é um conjunto mecânico formado por
eixos e engrenagens que tem como finalidade
reduzir a rotação de entrada em uma rotação menor específica.

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Redução
A redução é a razão entre a rotação de entrada e a rotação de saída do
redutor expressa matematicamente da seguinte forma:
ne
i=
nS
Essa redução é possível através das diferenças entre os diâmetros das
engrenagens em um par engrenado, uma vez que temos velocidades
angulares diferentes para diâmetros diferentes.
O diâmetro primitivo de uma engrenagem, é definido através de uma
relação direta entre seu módulo e número de dentes. Portanto, também
podemos definir a redução como sendo a relação entre seus números de
dentes:
Z2 D2
i= =
Z1 D1

i = Redução

ne = Rotação de entrada [rpm]

ns = Rotação de saída [rpm]

D1 = Diâmetro da engrenagem motriz [mm]

D2 = Diâmetro da engrenagem movida [mm]

Z1 = Número de dentes da engrenagem motriz


Z2 = Número de dentes da engrenagem movida

Redução por cabos


As polias são geralmente utilizadas para reduzir a quantidade de força
necessária para elevar uma carga. Porém, a mesma quantidade de
trabalho é necessária para a carga atingir a mesma altura sem a utilização
das polias. A magnitude da força é reduzida, mas deve-se percorrer uma
distância maior.
18
Quando as polias utilizadas são fixas, a força para elevar a carga é de
mesma intensidade de sua força peso. No caso de polias móveis, essa
força será dividida pela quantidade de cabos existente. Como o trabalho é
o mesmo, a distância percorrida será maior. Com distância maior, temos
que a velocidade também deverá ser maior.
Assim, podemos dizer que quando utilizamos polias móveis existe uma
redução por cabos entre o movimento da carga e o movimento realizado,
proporcional ao número de cabos.

Momento
Em física, momento pode ser descrito informalmente como “força rotacio-
nal”. O momento pode ser expresso pelo produto vetorial da força pela dis-
tância. Além de momento, também existem outras denominações para
esse produto, como torque, conjugado e binário. O momento é medido
normalmente em Newton metros [Nm].
r r
M = Fxd

M = Momento [Nm]
F = Força [N]

d = Distância [m]

19
Para movimentos rotacionais: Para movimentos lineares:

M = J .α
D
M = F.r = F.
2
F .P M = m.g.tg ( ρ + α ).r
no caso de fuso: M = ou
2π .η

M = Momento [Nm] F = Força [N]


J = Momento de inércia [kg.m2] r = Raio [m]
α = Aceleração angular [rad/s2] P = Passo [m]
η = Rendimento do fuso D = Diâmetro [m]
g = Aceleração devido a gravidade [m/s2] m = Massa [kg]

15 Rotação de saída
Quando a rotação não é definida pelo cliente, devemos encontrá-la utili-
zando a seguinte equação:
π .D.n v
v= Para rotação do fuso n= .60000
60000 P
v = Velocidade linear [m/s] n = Rotação [rpm]
D = Diâm. da roda ou outro elemento P = Passo do fuso [mm]
que controla a velocidade [mm]

2π . s 360.s
Percurso no fuso ϕ = ϕ=
P P

ϕ = Percurso angular do fuso [rad ou º]


s = Percurso da carga [mm]

P = Passo do fuso [mm]

20
16 Fator de serviço
O efeito da máquina sobre o redutor é levado em consideração, para um
determinado nível de precisão, utilizando o fator de serviço Fb. O fator de
serviço é determinado conforme o tempo de operação diário e a freqüên-
cia de partida. São consideradas três classificações de carga que depen-
dem do fator de aceleração da massa.
(I) Uniforme, fator de aceleração da massa permitido fa ≤ 0,2
(II) Moderado, fator de aceleração da massa permitido fa ≤ 3
(III) Severo, fator de aceleração da massa permitido fa ≤ 10

Onde, f = J Xx
a
JJMm
fa = Fator de aceleração
JM = Momento de inércia do motor [kg.m2]
JX = Momento da carga reduzida ao motor [kg.m2]

Conhecendo a curva a ser utilizada, o número de partidas por hora e o


tempo de operação, determinamos através do gráfico abaixo, o fator de
serviço do redutor a ser especificado.

21
Para redutores de rosca sem-fim, devemos considerar dois fatores adicio-
nais: fator de serviço da temperatura ambiente (fB1) e fator de serviço da
duração do ciclo (fB2).
fBtot = fB . fB1 . fB2

17 Força radial
Nos casos em que existem elementos de trans-
missão e/ou alguma força externa agindo radial-
mente sobre o eixo do redutor, devemos calcular
a força radial e compará-la com a força máxima
admissível:

M a .2000
02712axx

FR = . fZ
DO

FR = Força radial [N]


Ma = Torque de saída do redutor [Nm]
Do = Diâmetro primitivo do elemento de transmissão [mm]
fz = Fator do elemento de transmissão

22
Elemento de Fator do elemento Observações
transmissão de transmissão fz

Engrenagens 1,15 < 17 dentes

Correntes para coroa 1,40 < 13 dentes


dentada

Correntes para coroa 1,25 < 20 dentes


dentada

Correias em V 1,75 Influência da força


de pré-tensão

Correias planas 2,50 Influência da força


de pré-tensão

Correias dentadas 1,50 Influência da força


de pré-tensão

OBS: Para forças axiais, favor consultar a SEW

18 Planejamento de projeto com conversor


de freqüência
O planejamento de projeto de acionamentos com conversor de freqüência
difere-se de acionamentos ligados a rede nas seguintes características:
• O cálculo do tempo de aceleração não é necessário por ser requisito
de projeto
• O número de partidas por hora para conversores com a mesma
potência dos motores é infinito, pois não há limitações térmicas, visto
que a corrente é limitada a 1,5 x IN
• A relação CH/CN não é determinada pelo projeto do motor, mas sim
fixada em 1,5
• O motor deverá ser selecionado através das potências estática e
dinâmica
• A relação entre potência, torque e rotação não é mais obedecida,
sendo que para freqüências menores do que 60 Hz o torque é
constante, como visto a seguir

23
• Em baixas freqüências faz-se necessário a utilização de uma
ventilação forçada ou a utilização de um motor com potência maior,
devido a problemas térmicos

Torque do motor operado por conversor


Torque máximo ( = TMAX )
Mmax diminui ( ninfl / natual )2 na faixa de
enfraquecimento de campo.

Torque nominal
diminui ( ninfl / natual ) na faixa
de enfraquecimento de
campo.
Mn

0,5 x Mn

Enfraquecimento
de campo
10 Hz ninfl
Faixa de operação contínua Faixa de pico de operação

Resistores de frenagem
O conversor de freqüência para serviço em 4-Quadrantes, requer um
resistor de frenagem para absorver a energia de frenagem excedente.
Para a correta seleção é necessário calcular a potência de frenagem. A
seguir são mostradas as fórmulas para o cálculo da potência de frenagem
para a translação e elevação:

0,5.mt .v 2 .η´ 1
Translação: Pf = onde, η´= 2 −
t f .1000 η
η‘ = Rendimento reverso tf = Tempo de frenagem [s]
mt = Massa total da carga [kg] v = Velocidade [m/s]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)
Pf = Potência de frenagem estática [kW]

24
Essa potência está associada ao ciclo ED de frenagem, cujo tempo de
ciclo é limitado a 120 segundos.
Se mais de uma operação de frenagem ocorre durante o ciclo, então a
potência de frenagem efetiva dependerá dos tempos de frenagem e de
pausa, podendo ser calculada conforme a seguinte fórmula:
2 2
P1 .t1 + P2 .t2 + ...
PBeff =
t1 + t2 + ...

Elevação:
A potência de frenagem na elevação é formada por dois componentes:
a) Potência de frenagem estática (velocidade constante):

( mc − mcp ).g .v.η


Pf =
1000
b) Potência de frenagem dinâmica (desaceleração do momento de inércia
do motor e desaceleração da carga com contra-peso):
J M .n 2 (mc + mcp ).v 2 .η
PdinM = PdinC =
91200.t f 1000.t f
Pf = Potência de frenagem estática [kW]
tf = Tempo de frenagem [s]
v = Velocidade [m/s]
PBeff = Potência efetiva [kW]
PdinC = Potência dinâmica de desaceleração da carga [kW]
PdinM = Potência dinâmica de desaceleração do motor [kW]
mc = Massa da carga [kg]
mcp = Massa do contra-peso [kg]
g = Aceleração devido a gravidade [m/s2]
η = Rendimento global (rendimento do redutor x rend. do sistema)
JM = Momento de inércia do motor [kg.m2]

25
A soma das três potências deverá ser menor do que o valor de pico de dis-
sipação do resistor de frenagem:
2
UZ
Pf + PdinC + PdinM ≤
R BW

Pf = Potência de frenagem estática [kW]


PdinC = Potência dinâmica de desaceleração da carga [kW]
PdinM = Potência dinâmica de desaceleração do motor [kW]
UZ = Tensão do circuito intermediário [V]
RBW = Resistência do resistor de frenagem [Ω]

Folga angular
Em algumas aplicações nas quais a precisão de posicionamento é impor-
tante, deve-se calcular o valor da folga angular do acionamento:

α 1
πD. .
∆s = ± 2 60 ± πD
360 4096.i

∆s = Folga angular [mm]


D = Diâmetro do elemento de transmissão [mm]
α = Folga angular do redutor [‘]
i = Redução do redutor
4096 = Resolução do dispositivo de medição para sistema de reali-
mentação (encoder ou resolver) para uma volta no eixo do
motor

26
19 Sistema Internacional (SI)
Existem sete unidades básicas do SI, descritas na tabela abaixo. A partir
delas, podem-se derivar todas as outras unidades existentes.

Grandeza Unidade Símbolo

Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampére A
Temperatura kelvin K
Quantidade de substância mol mol
Intensidade luminosa candela cd

Derivadas
Todas as unidades existentes podem ser derivadas das unidades básicas
do SI. Entretanto, somente são consideradas aquelas que podem ser
expressas através das unidades básicas do SI com fator multiplicativo ou
divisor.

Grandeza Unidade Símbolo

Área metro quadrado m2


Volume metro cúbico m3
Densidade de massa quilograma por metro cúbico kg/m3
Volume específico metro cúbico por quilograma m3/kg
Velocidade metro por segundo m/s
Aceleração metro por segundo por segundo m/s2

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Segue tabela com as unidades derivadas que recebem um nome especial
por determinação do SI:
Sím- Derivação
Grandeza Unidade Derivação
bolo alternativa

Ângulo plano radiano rad 1 m/m


Freqüência hertz Hz 1/s ---
Força newton N kg.m/s2 ---
Pressão pascal Pa kg/(m.s2) N/m2
Energia joule J kg.m2/s2 N.m
Potência watt W kg.m2/s3 J/s
Tensão elétrica volt V kg.m2/ W/A
(s3.A)
Resistência elétrica ohm Ω kg.m2/ V/A
(s3.A2)
Capacitância farad F A2.s2.s2/ A.s/V
(kg.m2)
Temperatura em grau celsius ºC K ---
Celsius
Velocidade angular radiano por rad/s 1/s Hz
segundo
Aceleração angular radiano por rad/s2 1/s2 Hz2
segundo por
segundo
Momento de força newton metro N.m kg.m2/s2 ---
3 3
Densidade de carga coulomb por C/m A.s/m ---
metro cúbico
Campo elétrico volt por metro V/m kg.m/(s3.A) W/(A.m)
Calor específico joule por quilo- J/ m2/(s2.K) N.m/(K.kg)
grama por kelvin (kg.K)
Condutividade watt por metro W/ kg.m/(s3.K) J/(s.m.K)
térmica por kelvin (m.K)

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Prefixos do SI
Os prefixos do SI permitem escrever quantidades sem o uso da notação
científica, de maneira mais clara para quem trabalha em uma determinada
faixa de valores. Os prefixos são:
Fator Prefixo Nome Símbolo Fator Prefixo Nome Símbolo

101 deka deca da 10-1 deci deci d


102 hecto hecto h 10-2 centi centi c
103 Kilo quilo k 10-3 milli mili m
106 mega mega M 10-6 micro micro µ
109 giga giga G 10-9 nano nano n
1012 Terá tera T 10-12 pico pico p
1015 peta peta P 10-15 femto femto f
1018 exa exa E 10-18 atto atto a
1021 zetta zetta Z 10-21 zepto zepto z
1024 yotta yotta Y 10-24 yocto yocto y

20 Conversão
Medidas de Comprimento
Unidade Símbolo Equivalência

Metro m 1m
Mícron µ 10-6 m
Milímetro mm 10-3 m
Polegada in (“) 2,54 x 10-2 m
Pé ft (‘) 12 pol = 0,3048 m
Jarda jd 3 pés = 0,9144 m
Milha mi 1760 jd = 1609,344 m

29
Medidas de Área
Unidade Símbolo Equivalência

Metro quadrado m2 1 m2
Polegada quadrada in2 0,0006 m2
Pé quadrado ft2 0,0929 m2
Jarda quadrada yd2 0,83612 m2
Milha quadrada mi2 2,59.106 m2

Medidas de Volume
Unidade Símbolo Equivalência

Metro cúbico m3 1 m3
Litro 1L 10-3 m3
Galão (US) US-gal 0,0038 m3
Galão (UK) B-gal 0,0045 m3

Medidas de Massa
Unidade Símbolo Equivalência

Quilograma kg 1 kg
Tonelada (métrica) t 103 kg
Libra lb 0,453 6 kg
Onça oz 0,0283 kg

Medidas de Força
Unidade Símbolo Equivalência

Newton N kg.m.s-2
Dina (unidade cgs) dina 10-5 N
Quilograma-força kgf 9,81 N
Decanewton daN 10 N

30
Medidas de Potência
Unidade Símbolo Equivalência

Watt W 1 J.s-1 = N.m.s-1 = kg.m2.s-3


Horse power hp 745,7 W
Cavalo vapor cv 735,5 W
Cavalo vapor cv 0,9863 hp

Medidas de Pressão
Unidade Símbolo Equivalência

Pascal Pa 1 N.m-2 = 1 kgF.m-1.s-2


Atmosfera atm 101325 Pa = 101325 N.m-2
Bar bar 105 Pa
Milímetro de água mmH2O ~ 9,859503 Pa

Medidas de Viscosidade Dinâmica


Unidade Símbolo Equivalência

Unidade do SI Pa.s = N.m-2.s kg.m-1.s-1


Poise P 10-1 Pa.s
Centipoise cP mPa.s

Medidas de Temperatura Termodinâmica


Unidade Símbolo Equivalência

Kelvin K 1K
Grau Celsius ºC T (ºK) - 273,15
Grau Fahrenheit ºF 1,8 T (ºC) + 32
Grau Rankine ºR (5/9) K

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21 Linha de Produtos SEW-EURODRIVE

Motoredutores de Motoredutores de
engrenagens helicoidais rosca sem-fim
Linha R - dois e três estágios Linha S - dois estágios
Faixa de redução: i= 3,21...27000 Faixa de redução: i= 6,8...33.818
Torque de saída: até 18.000 Nm Torque de saída: até 4.000 Nm
Faixa de potência: 0,11 ... 200 kW Faixa de potência: 0,15...30 kW

Motoredutores de Motoredutores
engrenagens helicoidais SPIROPLAN®
Linha RX - estágio simples Linha W - estágio simples
Faixa de redução: i= 1,3...8,65 Faixa de redução: i= 8,2...75
Torque de saída: até 830 Nm Torque de saída: até 70 Nm
Faixa de potência: 0,15...45 kW Faixa de potência: 0,11...1,1 kW

32
Motoredutores de Redutores industriais
eixos paralelos Linhas MC / X / M / CN / ML / P / Q
Linha F - dois e três estágios Capacidade de transmissão
Faixa de redução: i= 3,77...31.400 de altos torques em espaços
Torque de saída: até 18.000 Nm reduzidos de instalação
Faixa de potência: 0,15...200 kW Faixa de torque: 3...1.400 kNm

Motoredutores de Motores assíncronos CA


engrenagens cônicas com freio ou sem freio
Linha K - três estágios Linhas DZ/DX
Faixa de redução: i= 5,36...19.700 Faixa de potência: 0,11...22 kW
Torque de saída: até 50.000 Nm Freqüência: 50/60 Hz
Faixa de potência: 0,15...200 kW

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Motoredutores para Conversor de freqüência
monovias eletrificadas Linha Movitrac® B
Linhas HW/HS - cargas leves Conversor de freqüência com
Faixa de redução: i= 7,28...201 design compacto e recursos
Torque de saída: até 120 Nm técnicos ainda mais ampliados
Força radial: até 6.500 N Faixa de potência: 0,25...75 kW

Motoredutores para Conversor de freqüência


monovias eletrificadas Linha Movitrac® LT
Linhas HS/HK - regime severo Conversor de freqüência
Faixa de redução: i= 7,28...217 excepcionalmente compacto, com
Torque de saída: até 820 Nm 14 parâmetros padrão
Força radial: até 40.000 N pré-configurados
Faixa de potência: 0,37...160 kW

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Placa MOVI-PLC® Conversor de freqüência
Recursos de CLP através Linha Movidrive® B
do acoplamento direto aos Modo de controle VFC ou CFC,
conversores de freqüência SEW memória integrada, controle
ou em operação stand alone. seqüencial e de posicionamento
Programação em diversas lingua- integrados IPOSPlus®, módulos de
gens, conforme IEC 61131-3 aplicação via software MOVITools
Faixa de potência: 0,55...132 kW

Interfaces homem-máquina Servomotores assíncronos


IHM - DOP CT/CV
As interfaces IHM DOP oferecem Faixa de torque: 2,4...200 Nm
ao usuário um pacote completo Servomotores síncronos
para a visualização, operação e DS/CM
diagnóstico remoto Faixa de torque: 1...68 Nm

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Motoredutor com Distribuidores de campo
conversor de freqüência Painéis descentralizados de
MOVIMOT® comando, que se localizam
Faixa de potência: 0,37...3 kW próximos aos acionamentos,
concentrando de forma simplifi-
cada a eletrônica necessária e
proporcionando flexibilidade a
todo o sistema

Cabos híbridos Motoredutor com funções


Combinam simples instalação e integradas de controle e
manutenção, graças as suas co- proteção MOVI-SWITCH®
nexões de engate rápido, preciso Faixa de potência: 0,15...3 kW
e livre de falhas - unificando sinal
de alimentação e comunicação

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Servomotores síncronos com Redutor planetário para
fuso CMS servomotores PSF/PSKF
Solução inovadora e instalação Alta precisão e design
em sistemas de automação extremamente compacto em
existentes nove tamanhos diferentes com
Torque máximo de saída: 35 Nm baixa folga angular > 1’
Torque de saída: 25...3000 Nm

Redutor de engrenagem cônica Painéis elétricos


para servomotores BSF Projetos elétricos e serviços de
Montagem com eixo de saída automação desenvolvidos e
maciço ou oco e fixação por pés realizados através de técnicos
ou flange com baixa folga especializados, em sintonia com
angular > 3’ as necessidades do cliente
Torque de saída: 40...1500 Nm

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