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ELETRODINÂMICA E

ELETROMAGNETISMO
RESISTÊNCIA
 A resistência é a característica elétrica dos
materiais, que representa a oposição à
passagem da corrente elétrica.

 Essa oposição à condução da corrente


elétrica é provocada principalmente, pela
dificuldade dos elétrons livres se
movimentarem pela estrutura atômica dos
materiais.

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RESISTÊNCIA
• A unidade de medida da resistência é o ohm, cujo
símbolo é a letra grega maiúscula ômega (Ω). O
símbolo usado em diagramas de circuitos para
representar a resistência aparece na Figura 1,
juntamente com a abreviatura para esta mesma
grandeza (R).

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RESISTÊNCIA

 A resistência de qualquer material de seção


reta uniforme é determinada pelos quatro
seguintes fatores:

I. Material;
II. Comprimento;
III. Área da seção reta;
IV. Temperatura.

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RESISTÊNCIA
 Os condutores que permitem um grande
fluxo de carga com uma pequena tensão
externa têm valores de resistências
baixas, enquanto os isolantes têm valores
elevados de resistência. Também, quanto
maior o caminho que a carga tem de
percorrer, maior o valor da resistência, ao
passo que quanto maior a área, menor a
resistência.
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RESISTÊNCIA
 À medida que aumenta a temperatura da
maioria dos condutores, aumenta o
movimento das partículas de sua
estrutura molecular, fazendo com que
aumente a dificuldade de deslocamento
dos portadores livres, o que aumenta o
valor da resistência. A uma temperatura
fixa de 20º C (temperatura ambiente), a
resistência está relacionada a outros três
fatores por:
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RESISTÊNCIA

• Segunda lei de Ohm

• A constante ρ (resistividade) é diferente para


cada material. Seu valor é dado e ohms-metros
no sistema SI. A Tabela 1 mostra alguns valores
típicos de ρ.
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RESISTÊNCIA

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RESISTÊNCIA

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RESISTÊNCIA
 Efeitos da Temperatura

A resistividade dos materiais depende da


temperatura.

Assim, uma outra característica dos


materiais é o coeficiente de temperatura,
que mostra de que forma a resistividade
e, consequentemente, a resistência
variam com a temperatura.
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RESISTÊNCIA

 Efeitos da Temperatura
 O coeficiente de temperatura é simbolizado pela letra grega α
(alfa), cuja unidade de medida é[ºC-1].
 A expressão para calcular a variação da resistividade com a
temperatura é:
   0 .1   .t 
Neste caso, a relação entre as resistências é a seguinte:
R R0

 0
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RESISTÊNCIA
 Efeitos da Temperatura
Quanto maior o coeficiente de temperatura da resistência de um
material, mais sensível será o valor de resistência a mudanças de
temperatura. A Tabela 2 apresenta o coeficiente de temperatura de
alguns condutores.

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1ª LEI DE OHM

• Uma analogia para um circuito elétrico simples é um


sistema constituído de uma mangueira com água
conectada a uma válvula de pressão. A ausência de
pressão resulta em um sistema sem movimentação
de água. Da mesma forma, a ausência de uma tensão
em um circuito elétrico não fará circular nenhuma
corrente.

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1ª LEI DE OHM
 A corrente é uma reação à tensão aplicada, portanto
quanto maior a tensão aplicada num mesmo circuito,
resultará em uma corrente maior. O fator que relaciona a
tensão e a corrente em um circuito é a resistência é:
(temperatura constante)

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1ª LEI DE OHM

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1ª LEI DE OHM

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GRÁFICO DA LEI DE OHM
 O gráfico em linha reta da
Figura 2, indica que a
resistência não varia com
os níveis de tensão e
corrente; ao contrário; ela
é uma grandeza que se
mantém fixa. Através deste
gráfico, qualquer valor de
corrente ou tensão pode
ser determinado quando se
conhece uma das
grandezas envolvidas.

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RESISTOR EQUIVALENTE

Inúmeras vezes tem-se necessidade de um


valor de resistência diferente dos valores fornecidos
pelos resistores de que dispomos; outras vezes, deve
atravessar um resistor corrente maior do que aquela
que ele normalmente suporta e que o danificaria.
Nesses casos, deve-se utilizar uma associação de
resistores.
Em qualquer associação de resistores,
denomina-se resistor equivalente o resistor que
representa todos os outros resistores.
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Os resistores podem ser associados


basicamente de duas formas: série e paralelo.

GRAMÁTICA DA FÍSICA !

De acordo com o dicionário Aurélio da Língua


Portuguesa, associação significa combinação ou
união.
Associação em série

Vários resistores estão associados em série, quando são


ligados um em seguida do outro.

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.


Na associação em série...

• Todos os resistores são percorridos pela


mesma corrente elétrica.

• As potências elétricas dissipadas são


diretamente proporcionais às respectivas
resistências.
• A resistência equivalente é igual à soma das
resistências associadas:
Rs  R1 R  R
2 3

• A ddp total é a soma das ddps parciais:

U  U U U
1 2 3
Associação em paralelo

Vários resistores estão associados em


paralelo, quando são ligados pelos terminais.

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.


• Todos os resistores estão submetidos à mesma ddp.
• A intensidade de corrente total é igual à soma das
intensidades de correntes nos resistores associados:

i  i1  i 2  i 3
• O inverso da resistência equivalente é igual à soma
dos inversos das resistências associadas:
1 1 1 1
  
Rp R1 R 2 R3
• As potências elétricas dissipadas são inversamente
proporcionais às respectivas resistências.
Está na hora de praticar o que aprendemos!
01. A figura abaixo ilustra uma situação que trata da realidade de
milhares de brasileiras. Tendo em vista a instalação dos
eletrodomésticos presentes na situação, de que forma eles
estão instalados? Em série ou paralelo? Justifique sua
resposta.
02. Considere duas situações. Na situação A, uma lâmpada é
conectada a uma bateria, que fornece uma ddp constante, e,
na situação B, duas lâmpadas iguais são conectadas em série
à mesma bateria. Comparando-se as duas situações, na
situação B, a bateria provê:

a) a mesma luminosidade.
b) maior intensidade de corrente.
c) menor intensidade de corrente.
d) maior luminosidade.
e) menor tensão. Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de
imagem de Autor Desconhecido.

(4)
03. Duas lâmpadas incandescentes, cuja tensão nominal é
de 110V, sendo uma de 20W e a outra de 100W, são
ligadas em série em uma fonte de 220V. Conclui-se que:

a) as duas lâmpadas acenderão com brilho normal.


b) a lâmpada de 20W apresentará um brilho acima do
normal e logo queimar-se-á.
c) a lâmpada de 100W fornecerá um brilho mais intenso
do que a de 20W.
d) a lâmpada de 100W apresentará um brilho acima do
normal e logo se queimará.
e) nenhuma das lâmpadas acenderá.

(4)
04. Um fio A tem resistência elétrica igual a duas vezes
a resistência elétrica de um outro fio B. Sabe-se que
o fio A tem o dobro do comprimento do fio B e sua
seção transversal tem raio igual à metade do raio da
seção transversal do fio B. A relação entre a
resistividade do material do fio A e a resistividade do
material do fio B é:
a) 0,25.
b) 0,50.
c) 0,75.
d) 1,25.
e) 1,50. (5)
05. Quando se submete o sistema representado na figura, há
uma diferença de potencial elétrico de 14V entre os pontos A
e B. O resistor que dissipa maior potência é o de:

Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.


Como prever os consumos
elétricos?

Para determinar a energia que um aparelho elétrico “consome” é


preciso saber:

Potência do aparelho (P)

Tempo de funcionamento (∆t)


O “consumo”de energia determina-se utilizando
a seguinte expressão:

Potência elétrica do aparelho

E  P  t
Energia elétrica Intervalo de tempo de
consumida pelo aparelho funcionamento do aparelho
Se uma cafeteira elétrica tiver maior potência, que por
exemplo, um disco elétrico, e se ambos tiverem ligados
durante o mesmo intervalo de tempo, qual destes aparelhos
consome mais energia?

Potência – 450 W
Potência – 2200 W

A cafeteira irá “consumir” mais energia.


Quanto maior for a potência elétrica de um aparelho e o seu tempo de
funcionamento, maior será o “consumo” de energia.
Quando comparamos a energia consumida por dois aparelhos, temos
que o fazer para o mesmo tempo de funcionamento, sendo que, aquele
que apresenta um maior valor de potência elétrica é também o que
consome mais energia.

Exemplo de cálculo:
Um aquecedor elétrico, com potência de 1200 W, esteve ligado
durante 1 hora. Qual o valor da energia consumida pelo aparelho?
1h=3600s
E consumida = P × ∆t
E consumida = 1200 W × 3600 s
E consumida =4320000 J
E  P  t
Unidades no Sistema Internacional:
Energia elétrica utilizada (E) joule (J)
Potência elétrica (P) watt (W)
Intervalo de tempo de funcionamento (∆t) segundos (s)
Relação entre as
unidades SI 1J= 1W x 1s = Ws

O kWh (quilowatt-hora) é a unidade prática de energia, usada


para exprimir o “consumo” de energia elétrica.

O kWh é a energia elétrica consumida durante uma hora de


funcionamento por um aparelho cuja potência média é 1 kW:

1KWh  1KW  1h
Sendo o quilowatt-hora (kWh) e o Joule
(J) duas unidades de energia qual será a
relação entre elas?
Como 1 kW = 1000 W e 1 hora = 3600 s
O valor de 1 kW h em joules será:
1 kWh = 1 kW × 1 hora
1 kWh = 1000 W × 3600 s 1 kWh = 3,6 × 106 J
1 kWh = 3 600 000 J
Nas nossa casas, existe um aparelho de medida do “consumo”
de energia elétrica, colocado pela concessionária local.
Este aparelho é o contador eléctrico que, por leitura direta,
indica o valor da energia “consumida”.
Número de kWh no
momento da leitura.

O disco roda quando


se consome energia.

Número de rotações que correspondem ao consumo


de 1 kWh
Considere um aquecedor elétrico de resistências,
com 1200 W de potência, ligado num fim-de-
semana durante 5 horas. Qual o custo da energia
eléctrica consumida pelo aquecedor (considere que
1 kWh custa cerca de R$ 0,0945)?

E consumida = P × ∆t
E consumida = 1,2 kW × 5 h E consumida = 6 kWh

Custo = 6 kWh × 0,0945 Custo = R$ 0,54


CAPACITORES
Armazena energia num campo elétrico,
acumulando um desequilíbrio interno de
carga elétrica
CAPACITORES – Uma visão Geral
• Os formatos típicos consistem em dois
eletrodos ou placas que armazenam cargas
opostas. Estas duas placas são condutoras
e são separadas por um isolante ou por um
dielétrico. A carga é armazenada na
superfície das placas, no limite com o
dielétrico. Devido ao fato de cada placa
armazenar cargas iguais, porém opostas, a
carga total no dispositivo é sempre zero.
Capacitância
• Propriedade que estes dispositivos têm de
armazenar energia elétrica sob a forma de um
campo eletrostático.
Exemplo 01
Um capacitor armazena em suas placas uma carga de 40mC,
quando submetido a uma d.d.p. de 20V. Determine a
capacitância desse capacitor. O que aconteceria, com a d.d.p.
e com sua capacitância, se aproximarmos em duas vezes as
placas do capacitor?
• A equação anterior é exata somente para
valores de Q muito maiores que a carga do
elétron (e = 1,602 × 10-19 C). Por exemplo, se
uma capacitância de 1 pF fosse carregada a
uma tensão de 1 µV, a equação perderia uma
carga Q = 10-19 C, mas isto seria impossível já
que seria menor do que a carga em um único
elétron.
C= 1 .A
4.π.k0 d

C = ε0 . A
d ε0 = 8,85.10-12 C²/N.m²
Exemplo 02
Um capacitor de placas paralelas, separadas por uma distância d,
possui capacitância de 4,0 pF. Sabendo que a área de suas
placas é de 1,0 .10-2 m², e que cada placa armazena uma
carga (em módulo) de 10μC, determine:
a) a voltagem aplicada as suas placas.
b) a distância d entre as placas do capacitor.

c) a intensidade do campo elétrico criado entre as placas


Associação de Capacitores
Num circuito de condensadores montados em
paralelo todos estão sujeitos à mesma
diferença de potencial (tensão). Para calcular a
sua capacidade total (Ceq):
• A corrente que flui através de capacitores em série é a
mesma, porém cada capacitor terá uma queda de tensão
(diferença de potencial entre seus terminais) diferente. A
soma das diferenças de potencial (tensão) é igual a diferença
de potencial total. Para conseguir a capacitância total:
Exemplo 03
• Na figura abaixo, cada capacitor tem capacitância C = 11 mF.
Entre os pontos A e B existe uma diferença de potencial de 10
V. Qual é a carga total armazenada no circuito?
Eletromagnetismo

Campo Magnético
Conceitos iniciais

O termo magnetismo resultou do nome Magnésia, região da Ásia Menor (Turquia), devido a
um minério chamado magnetita (ímã natural) com a propriedade de atrair objetos ferrosos
à distân-cia (sem contato físico).
Propriedades Magnéticas
A Magnetita é um mineral magnético formado
pelos óxidos de ferro II e III cuja fórmula química
é Fe3O4. A magnetita apresenta na sua compo-
sição, aproximadamente, 69% de FeO e 31% de
Fe2O3 ou 26,7% de ferro e 72,4% de oxigênio.
O mineral apresenta forma cristalina isométrica, geralmente na
forma octaédrica. É um material quebradiço, fortemente
magnético, de cor preta, de brilho metálico, com densidade de
5,18 g/cm3. A magnetita é a pedra-ímã mais magnética de todos
os minerais da Terra, e a existência desta propriedade foi
utilizada para a fabricação de bússolas.
1. Polaridade

2. Atratibilidade 3. Inseparabilidade
Campo Magnético dos Ímãs

Pólo Norte
Linhas de Saída

Pólo Sul
Linhas de Entrada

Campo Magnético é a
região do espaço em
torno de um condutor
percorrido por corren-
te elétrica ou em torno
de um ímã. Para cada
ponto do campo mag-
nético, existe um vetor
B, denominado vetor
campo magnético.
No SI, a unidade do
vetor B é o Tesla (T)
Magnetismo Terrestre

Pólo magnético (2001) (2004)


norte 81° 18′ N 110° 48′ W 82° 18′ N 113° 24′ W

Pólo magnético (1998) (2004)


sul 64° 36′ S 138° 30′ E 63° 30′ S 138° 0′ E
Fenômenos Magnéticos
A aurora, que deve seu nome à deusa romana do amanhecer, ocorre quando velozes
fluxos de prótons e elétrons vindos do Sol são guiados pelo campo magnético da Terra
e se chocam com os átomos e moléculas atmosféricos.
Suas diversas formas, cores e estruturas têm fascinado durante séculos o ser humano.
O fenômeno é mais visível normalmente de setembro a outubro e de março a abril.
Conhecida como "boreal" no norte e "austral" no sul, a aurora não é um fenômeno
exclusivo da Terra. Outros planetas, como Marte e Saturno, são iluminados também
pelo seu brilho.

Aurora Boreal – Pólo Norte Aurora Austral – Pólo Sul


Fenômenos Magnéticos
Fontes do Campo Magnético
Carga em Repouso
Campo Elétrico

Carga em Movimento
Campo Elétrico e Campo Magnético

Módulo
1. Fio Retilíneo e Longo

Direção e Sentido
Regra da Mão Direita
Fontes do Campo Magnético
2. Espira Circular
Módulo

Direção e Sentido
Regra da Mão Direita

Módulo
3. Bobina Chata

Direção e Sentido
Regra da Mão Direita
Fontes do Campo Magnético
4. Solenóide

Módulo

Direção e Sentido
Regra da Mão Direita
Eletromagnetismo

Força Magnética
Força Magnética

Quando dois campos magnéticos interagem entre si surge uma força, denominada força magnética, a
qual atua à distância igualmente à força gravitacional e elétrica. Quando uma carga elétrica se
movimenta, gera um campo magnético e, estando imersa em um campo magnético, estes interagem
entre si. Se a carga se desloca na mesma direção do vetor campo magnético, não há força atuando,
ao passo que ao deslocar-se numa direção diferente surge, então, uma força perpendicular ao plano
dos vetores velocidade e campo magnético.
Força Magnética de Lorentz
Força Magnética de Lorentz
1º Caso Força Magnética

Carga em repouso FM = q.v.B.senθ


no campo magnético FM = 0

2º Caso Força Magnética


Carga com velocidade
FM = q.v.B.senθ
paralela ao campo
FM = 0
magnético

3º Caso Nesse Força Magnética


caso a
Carga com
velocidade partícula FM = q.v.B.senθ
perpendicular ao executa FM = q.v.B
campo magnético M.C.U. de
Raio R
Força Magnética de Lorentz
Regra da mão Esquerda

F F
F
Força Magnética de Lorentz
4º Caso
Força Magnética
Carga com
velocidade oblíqua ao FM = q.v.B.senθ
campo magnético
Fio Retilíneo em Campo Magnético
Força Magnética para Carga

FM = q.V.B.senθ FM= q.V.B

Força Magnética para Fio

FM = B.i.L.senθ FM = B.i.L

Mesmos sentidos de corrente - Atração Sentidos opostos de corrente - Repulsão

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