Você está na página 1de 52

SANEAMENTO II

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE
ESGOTO

Colegiado de Engenharia Civil


Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF
Vinicius Lazzaris Pedroso
CONCEITUAÇÃO
Conforme estudamos na concepção e traçado da rede coletora,
eventualmente se fazem necessárias a instalação de ESTAÇÕES
ELEVATÓRIAS DE ESGOTO – EEE.

Espera-se que isso tenha que ocorrer, visto que pela natureza do
escoamento da rede coletora (por gravidade) a medida que vamos
avançando no caminhamento da rede, vamos encontrando cotas mais
baixas. Em alguns pontos, por diversos motivos, pode ser necessário
vencer alturas manométricas que irão requerem bombeamento
hidráulico e, aí, instalamos as EEE.
CONCEITUAÇÃO
A elevação de esgotos pode ocorrer quando:

• A profundidade do coletor é superior ao valor limite do projeto (em muitos locais


é adotado 6,0 m como profundidade máxima);
• Existe necessidade de a rede coletora transpor obstáculos naturais (rio,
montanha, etc.) ou artificiais (metrô, avenida, etc.);
• O esgoto coletado tem de passar de uma bacia para outra;
• O terreno não apresenta condição satisfatória para assentamento da rede
coletora (áreas alagadas, rochas, etc.);
• Existe necessidade de elevação do esgoto coletado para unidade em cota mais
elevada, como na chegada da estação de tratamento de esgoto ou da unidade de
destino final.
CONCEITUAÇÃO
Também pode existir a
necessidade de bombear o
esgoto quando o nível do
coletor predial for mais baixo
que o nível da rede coletora:
CONCEITUAÇÃO
A EEE pode apresentar diferentes tamanhos e pode ser mais ou menos
complexa. Uma EEE pode ser composta por:
1. Dispositivos de entrada;
2. Unidades de remoção de sólidos;
3. Medidor de vazão;
4. Poço úmido;
5. O conjunto de bombeamento propriamente dito (bombas e
tubulações de recalque e sucção);
6. Poço seco.
CONCEITUAÇÃO
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO – ESQUEMA COMPLETO – CORTE LONGITUDINAL
CONCEITUAÇÃO
Dependendo da capacidade e
disponibilidade de área para a EEE ela pode
ter os dispositivos de entrada, grade, caixa
de areia e medidor de vazão substituídos
por entrada direta no poço úmido (com
instalação de cesto retentor de sólidos); ou
substituição de poço seco por conjunto
motobomba no interior do poço úmido
(conjuntos submersos).
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO – CORTE LONGITUDINAL
CONCEITUAÇÃO
Além dos equipamentos e
dispositivos instalados para a
elevação do esgoto, é comum
soluções que automatizam a
operação da EEE, como grupos
geradores e tubulação
extravasora de esgoto.
DISPOSITIVOS DE ENTRADA
A entrada de esgoto na EEE é feito por um canal de acesso, executado
em concreto, geralmente com seção retangular. Ele tem como função
permitir (ou não) o fluxo de esgoto para dentro da EEE (com comportas),
bem como direcionar esse fluxo para as unidades internas da EEE e
diminuir a velocidade do efluente.

A diminuição da velocidade é possível graças ao aumento da área de


seção. A seção do canal de acesso é maior que a seção do coletor que
chega na EEE.
𝑄 =𝑉∗𝐴
DISPOSITIVOS DE ENTRADA
A entrada de esgoto na EEE é feito por um canal de acesso, executado
em concreto, geralmente com seção retangular. Ele tem como função
permitir (ou não) o fluxo de esgoto para dentro da EEE (com comportas),
bem como direcionar esse fluxo para as unidades internas da EEE e
diminuir a velocidade do efluente.

A diminuição da velocidade é possível graças ao aumento da área de


seção. A seção do canal de acesso é maior que a seção do coletor que
chega na EEE.
CONSTANTE
𝑄 =𝑉∗𝐴
DISPOSITIVOS DE ENTRADA
A entrada de esgoto na EEE é feito por um canal deOacesso, executado
canal de acesso
em concreto, geralmente com seção retangular. Ele tem como função
comumente é
permitir (ou não) o fluxo de esgoto para dentro dadimensionado
EEE (com comportas),
para
bem como direcionar esse fluxo para as unidades internasmínima
velocidade da EEE de
e 0,40
diminuir a velocidade do efluente. m/s (tensão trativa).

A diminuição da velocidade é possível graças ao aumento da área de


seção. A seção do canal de acesso é maior que a seção do coletor que
chega na EEE.
CONSTANTE
𝑄 =𝑉∗𝐴
REMOÇÃO DE SÓLIDOS
Para garantir a integridade física das motobombas, é necessário prever
etapas que impeçam que sólidos grosseiros e areia sejam carreados pelo
fluxo para elas. Assim, são dimensionados sistemas de GRADES
PARALELAS e DESARENADORES.
REMOÇÃO DE SÓLIDOS
REMOÇÃO DE SÓLIDOS
REMOÇÃO DE SÓLIDOS
As grades podem ser classificadas conforme a abertura das barras:
• Grossas (acima de 40mm);
• Médias (20 a 40 mm); e
• Finas (10 a 20 mm).

Conforme NBR, a VELOCIDADE MÁXIMA no canal do gradeamento deve


ser 1,2 m/s. A grade deve ser instalada em um plano inclinado, podendo
ser de LIMPEZA MANUAL (45 A 60°) ou de LIMPEZA MECANIZADA (60 A
90°). Em EEE que atenda vazão igual ou superior a 250 l/s, a NBR
preconiza grade de limpeza mecanizada.
REMOÇÃO DE SÓLIDOS

GRADE DE LIMPEZA MECANIZADA

GRADE DE LIMPEZA MANUAL


REMOÇÃO DE SÓLIDOS
A DESARENAÇÃO é etapa que diminui a quantidade de sólidos dissolvidos na água, que podem ser
extremamente prejudiciais para o funcionamento das bombas. A caixa deve ser dimensionada no
formato de um canal, com no mínimo 2 células independentes. A limpeza da caixa deve ser realizada
periodicamente, com o auxílio de talha elétrica para remoção do recipiente de acumulação.

CAIXA DESARENADORA
CORTE
PLANTA
MEDIÇÃO DE VAZÃO
Para conseguir avaliar a operação da EEE é importante que seja instalado
um medidor de vazão após a remoção dos sólidos. Existem diversos tipos
de medidores de vazão, desde medidores hidráulicos até medidores
eletromagnéticos. Os mais comuns nas EEEs brasileiras (devido ao menor
custo de implantação) é o medidor de vazão hidráulico tipo CALHA
PARSHALL.
MEDIÇÃO DE VAZÃO
POÇO ÚMIDO
O POÇO ÚMIDO é onde ocorre o acúmulo do efluente para posterior
bombeamento. No poço úmido ficam instaladas a tubulação de sucção
(com válvula de pé com crivo), no caso de motobombas secas, ou a
própria moto bomba, no caso de motobombas afogadas.

A EEE deve ser dimensionada com, no mínimo, 2 motobombas (1 em


operação e 1 reserva). O projetista vai definir alturas de trabalho, é a
indicação da quantidade de bombas em funcionamentos é
frequentemente dado por (m + n), onde (m) é a quantidade de bombas
em operação e (n) é a quantidade de bombas de reserva.
POÇO ÚMIDO

POÇO ÚMIDO COM 1 BOMBA EM POÇO ÚMIDO COM 2 BOMBAS EM POÇO ÚMIDO COM 3 BOMBAS EM
OPERAÇÃO E 1 BOMBA RESERVA OPERAÇÃO E 1 BOMBA RESERVA OPERAÇÃO E 1 BOMBA RESERVA
POÇO ÚMIDO
São definidos:

• VOLUME TOTAL: Volume máximo que pode ser ocupado pelo esgoto
no poço úmido, indo do fundo até a tubulação extravasora;
• VOLUME ÚTIL: Volume compreendido entre os níveis máximo e
mínimo de operação das motobombas;
• VOLUME EFETIVO: Volume compreendido entre o fundo do poço e o
nível médio de operação das motobombas;
• VOLUME DE SEGURANÇA: Volume compreendido entre o fundo do
poço e o nível mínimo de operação das motobombas.
POÇO ÚMIDO

VOLUME TOTAL

VOLUME ÚTIL

VOLUME EFETIVO

VOLUME DE SEGURANÇA

POÇO ÚMIDO COM 2 BOMBAS EM


OPERAÇÃO E 1 BOMBA RESERVA
POÇO ÚMIDO
As motobombas não funcionam de forma contínua, sendo ativadas ou desativadas
conforme o nível d’água no poço úmido. Isso é importante para evitar o
superaquecimento dos equipamentos, bem como para que seja preservado o volume
de segurança dentro do poço. Assim, podemos definir o conceito de TEMPO DE
CICLO como a soma do tempo de enchimento do reservatório (bombas desativadas)
e do tempo de esvaziamento do reservatório (bombas ativadas):

𝑻𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = 𝑻𝒆𝒏𝒄𝒉𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 + 𝑻𝒆𝒔𝒗𝒂𝒛𝒊𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐


POÇO ÚMIDO
Podemos considerar:
𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍
𝑻𝒆𝒏𝒄𝒉𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝑻𝒆𝒔𝒗𝒂𝒛𝒊𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 =
𝑸′ 𝑸 − 𝑸′
Sendo: Q a vazão de bombeamento;
Q’ a vazão de efluentes na EEE.

Então:
𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍
𝑻𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = +
𝑸′ 𝑸 − 𝑸′
POÇO ÚMIDO
𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 𝟏 𝟏
𝑻𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 = +
𝑸 𝑸 /𝑸 𝟏 − 𝑸′ /𝑸

𝑸 ∗ 𝑻𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐 𝟏 𝟏
= +
𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 𝑸 /𝑸 𝟏 − 𝑸′ /𝑸

𝑸′ = 𝟎, 𝟓 ∗ 𝑸
POÇO ÚMIDO
𝑸 ∗ 𝑻𝒄𝒊𝒄𝒍𝒐
=𝟒
𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍
Considerando o tempo de ciclo de 1 motobomba de 10 minutos:

𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 = 𝟐, 𝟓 𝒎𝒊𝒏 ∗ 𝑸
Se forem 2 bombas operando alternadamente:

𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 = 𝟏, 𝟐𝟓 𝒎𝒊𝒏 ∗ 𝑸
POÇO ÚMIDO
O projetista deve dar especial atenção ao volume de segurança. Ele é definido de
forma a evitar a entrada de ar na tubulação de sucção e, até mesmo, que a
motobomba funcione “a seco”. Dessa forma, deve-se seguir rigorosamente as
recomendações do fornecedor da motobomba. Na ausência dessa informação, a boa
prática indica que a altura de segurança deve ser igual ou maior que 3 vezes o
diâmetro da tubulação de sucção.

Especial atenção deve ser dado ao TEMPO DE DETENÇÃO MÁXIMO do efluente


dentro do poço úmido. A NBR recomenda que esse tempo seja o menor possível,
recomendo como valor máximo 30 minutos.
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Considerando 1 bomba com tempo de ciclo 10 minutos:
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Considerando 1 bomba com tempo de ciclo 10 minutos:

𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 = 𝟐, 𝟓 𝒎𝒊𝒏 ∗ 𝟎, 𝟏𝟎𝟎 𝒎3 /𝒔 ∗ 𝟔𝟎 𝒔/𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟓 𝒎³


POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Considerando 1 bomba com tempo de ciclo 10 minutos:

𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 = 𝟐, 𝟓 𝒎𝒊𝒏 ∗ 𝟎, 𝟏𝟎𝟎 𝒎3 /𝒔 ∗ 𝟔𝟎 𝒔/𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟓 𝒎³


Se forem 2 bombas operando alternadamente:
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Considerando 1 bomba com tempo de ciclo 10 minutos:

𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 = 𝟐, 𝟓 𝒎𝒊𝒏 ∗ 𝟎, 𝟏𝟎𝟎 𝒎3 /𝒔 ∗ 𝟔𝟎 𝒔/𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟓 𝒎³


Se forem 2 bombas operando alternadamente:

3
𝑽𝒖𝒕𝒊𝒍 = 𝟏, 𝟐𝟓 𝒎𝒊𝒏 ∗ 𝟎, 𝟏𝟎𝟎 𝒎 /𝒔 ∗ 𝟔𝟎 𝒔/𝒎𝒊𝒏 = 𝟕, 𝟓 𝒎³
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Verificação tempo de detenção para 1 motobomba:
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Verificação tempo de detenção para 1 motobomba:

15
𝑇𝑒𝑛𝑐ℎ𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 3,125 𝑚𝑖𝑛
0,080 ∗ 60
15
𝑇𝑒𝑠𝑣𝑎𝑧𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 12,5 𝑚𝑖𝑛
0,100 − 0,080 ∗ 60
𝑇𝑑𝑒𝑡𝑒𝑛çã𝑜 = 3,125 + 12,5 = 15,625 𝑚𝑖𝑛
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Verificação tempo de detenção para 2 motobombas:
POÇO ÚMIDO
EXERCÍCIO: Dimensionar o volume do poço úmido de uma EEE sabendo que
a vazão máxima é 80 l/s, a vazão média é 44 l/s e a vazão mínima é 22 l/s.
São utilizadas bombas com capacidade de 100 l/s.
Verificação tempo de detenção para 2 motobombas:

7,5
𝑇𝑒𝑛𝑐ℎ𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 1,56 𝑚𝑖𝑛
0,080 ∗ 60
7,5
𝑇𝑒𝑠𝑣𝑎𝑧𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 6,25 𝑚𝑖𝑛
0,100 − 0,080 ∗ 60
𝑇𝑑𝑒𝑡𝑒𝑛çã𝑜 = 1,56 + 6,25 = 7,81 𝑚𝑖𝑛
POÇO SECO
Por fim, o POÇO SECO é o local que abriga as motobombas, barrilete de
recalque, painel de comando e gerador. Deve ter condições de garantir a
ventilação adequada para motobombas e gerador, levando em
consideração as recomendações dos fabricantes.
CONJUNTO MOTOBOMBA
Na operação das EEEs pode-se associar múltiplos tipos de motobombas.

É importante que o projetista tenha conhecimento do funcionamento e


tipo de motobomba que esteja a disposição para o correto
posicionamento do equipamento. Diferentes motobombas funcionam
em diferentes posições, devendo ser adequadamente previstas em
projeto, o que pode implicar em mudanças decisivas no layout e
tamanho da EEE.
CONJUNTO MOTOBOMBA
CONJUNTO MOTOBOMBA
Registro: para isolamento da
motobomba durante
manobras de manutenção.
CONJUNTO MOTOBOMBA

Válvula de retenção: evitar que o fluxo


de água retorne para a motobomba na
interrupção do seu funcionamento.
Válvula de purga: retirada

CONJUNTO MOTOBOMBA
de ar da tubulação.
CONJUNTO MOTOBOMBA
Manômetro e vacuômetro:
indicadores da pressão de
trabalho na rede.
CONJUNTO MOTOBOMBA
CMBs

Para o dimensionamento das


motobombas é necessário que o
Vazão Hman
projetista tenha em mãos
informações quanto à vazão
desejada, bem como a altura Perda de
Desnível
carga
manométrica à ser vencida.

Tubulação

Componentes Diâmetro Material Comprimento Estado


CONJUNTO MOTOBOMBA
Altura manométrica (𝐻𝑚𝑎𝑛 ) é a soma do valor do desnível geométrico
(𝐻𝑔 ) com o valor da perda de carga total nas tubulações de sucção e de
recalque (𝐻𝑝 ).

Ou seja, é importante que, além do desnível real que o fluxo de esgoto


tenha que vencer, é importante que o projetista leve em consideração o
comprimento real da tubulação, bem como as conexões e tipo de
material utilizado.

Normalmente, os sistemas são representados por um gráfico


relacionando a altura manométrica com a vazão de bombeamento.
CONJUNTO MOTOBOMBA

Quando comparamos a curva do sistema


com a curva de diversas bombas disponíveis
comercialmente (essas curvas são fornecidas
pelos fabricantes), é possível determinar o
modelo de bomba é a vazão de
Notemos que, quanto maior a vazão de bombeamento que a mesma irá operar.
bombeamento que a motobomba hipotética
tenha, maior a altura manométrica que ela
conseguirá enviar o fluido (esgoto).
CONJUNTO MOTOBOMBA
Por fim, determina-se a potência do motor de acionamento da bomba
hidráulica (geralmente, um motor elétrico):

𝑄 ∗ 𝐻𝑚𝑎𝑛
𝑃=
75 ∗ 𝑅
Onde: P é a potência necessária da moto-bomba (CV);
Q é a vazão de recalque, em l/s;
𝐻𝑚𝑎𝑛 é a altura manométrica dinâmica, em m;
R é o rendimento da moto-bomba, adimensional.
RECOMENDAÇÕES DE
PROJETO
TUBULAÇÕES
A disposição das tubulações deve prever espaço adequado para os serviços de
operação e manutenção;

REGISTROS, VÁLVULOS E COMPORTAS


Devem ser instalados em locais acessíveis à operação, com indicação clara de posição
aberta ou fechada para facilitar a montagem e a desmontagem;

CONTROLE E ALARME
Devem indicar perigo potencial, por meio de sinal sonoro e visual, bem como
interromper o funcionamento dos conjuntos antes da ocorrência de danos;
RECOMENDAÇÕES DE
PROJETO
CIRCULAÇÃO DE PESSOAL
As escadas e os acessos necessários ao pessoal de operação deve, ser cômodos e
seguros, protegidos com guarda-corpo, corrimão e piso antiderrapante;

SUSPENSÃO E MOVIMENTAÇÃO
Devem ser previstos dispositivo ou equipamento, bem como abertura nos pisos e
paredes, para permitir a colocação e retirada dos equipamentos elétricos e
mecânicos;

VENTILAÇÃO
O edifício da elevatória deve ter janelas, portas, exaustores ou outros meios de
ventilação;
RECOMENDAÇÕES DE
PROJETO
DRENAGEM DO PISO DO POÇO SECO
O piso do poço seco da elevatória deve ter declividade em direção a canaletas que concentre as águas
de lavagem, ou de eventuais vazamentos, em poço de drenagem equipado com bomba de
esgotamento.

ILUMINAÇÃO
A elevatória deve ser iluminada naturalmente e por meio de iluminação elétrica;

ÁGUA DE SERVIÇO
Para a reposição de água em dispositivos de proteção, lubrificação de gaxetas, etc., deve ser previsto
sistema de água de serviço, não recomendado a utilização de esgoto;

GERADOR DE EMERGÊNCIA
Para fornecimento de energia elétrica em situações de emergência, evitando a paralisação dos
equipamentos eletromecânicos.
PRÓXIMA AULA
• Implantação de redes de esgoto.

Você também pode gostar