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1. Definição
Geralmente o Fr do escoamento na saída das passagens hidráulicas situa‐se entre 1,5 e 4,5 (1,5
≤Fr ≤ 4,5).
Pelo exposto, considera‐se que o recurso à Bacias de Dissipação só se justifica para situações
em que Fr>1,9, devendo optar‐se por bacias de enrocamento em situações de baixos valores de
número de Froude (até um limite de Fr = 2,4).
2. Alguns tipos de bacias de dissipação de energia
b. PWD
c. WES
f. UBSR Tipo II ( para 4 < Fr < 14), Tipo III (para 4,5< Fr < 17) e Tipo IV ( para 2,5 < Fr
< 4,5 ). Essas bacias são pouco usadas – geralmente conduzem a um comprimento muito
superior ao da bacia do tipo SAF.
Material
Deve-se utilizar uma mistura de material rochoso razoavelmente bem calibrado onde
predominem as frações de maior dimensão. O maior diâmetro não deve ser superior a 1,5 vezes
o diâmetro médio da rocha utilizada. É aconselhável a colocação de um filtro de geotêxtil (em
alternativa, o filtro pode ser feito de materiais de pequena dimensão (areia) – figura 3) entre o
enrocamento e o terreno subjacente. Deve ter-se em atenção o fato do enrocamento ser de rocha
dura (granito, basalto, riolito, gabro, etc), ser angular, resistente a abrasão e bem calibrado.
É razoável estimar o diâmetro médio, d50 através da equação clássica de ISBASH analisada por
RICHARDOSN et al., 1990 e SAMORA, 1993:
0,68𝑣 2
𝑑50 = (1)
𝑔𝛾𝑧 /𝛾𝑤
Considera-se ainda que a equação desenvolvida para determinar d50 do enrocamento a ser
colocado a jusante de Bacias de Dissipação do Tipo II (USBR), apresentada na nota técnica de
Repair Evaluation Maintenance Rehabilitation (REMR), pode ser utilizada para estimar o
diâmetro médio d50 (m), do material a usar em Bacias de enrocamento:
3
𝛾𝑤 0,5 2
𝑑50 = 0,40𝐷 [( ) 𝐹𝑟 ] (2)
𝛾𝑧 − 𝛾𝑤
D – altura do escoamento que pode considerar-se, por simplificação, igual ao diâmetro do tubo
(m);
γz e γw – densidade da água e densidade do material rochoso (N/m³)
A determinação do diâmetro médio d50 pode ser, preferencialmente, o maior valor da aplicação
das equações (1) e (2).
Inclinação
Alinhamento
O enrocamento deve ser rigorosamente alinhado ao longo de sua extensão em área e de acordo
com a morfologia do meio receptor.
O nível superior do enrocamento deve coincidir com o nível do meio do receptor ou ser
ligeiramente inferior a este. Não deve nunca ser colocado a um nível superior.
Espessura
A espessura mínima da camada de enrocamento deve ser de 1,5 vezes o máximo diâmetro do
enrocamento utilizado.
Inspeção e manutenção
Este tipo de estrutura deve ser inspecionada imediatamente após os primeiros acontecimentos
de precipitação para verificar a ocorrência de erosão, deslocamento do material e deposição de
sedimentos.
Operações de manutenção devem ser feitas sempre que se verifique alguma não conformidade
durante a inspeção, por exemplo para evitar a obstrução dos interstícios existentes entre os
materiais rochosos usados para o enrocamento.
Em situações de declive e velocidade elevados (Fr ≥ 2,5) deve ponderar-se a adoção de outros
tipos de bacias de dissipação de energia.
Além das bacias supracitadas existem outros tipos de cabias ( bacia de dissipação por ressalto,
bacia de dissipação por impacto, bacia de dissipação por poço, etc.).
Os critérios de dimensionamento deste tipo de bacia são os seguintes (ver Figura 5):
450mm ≤ D ≤ 1850 mm
Os critérios de dimensionamento deste tipo de bacia são os que se seguem (ver Figura 6):
E verifica-se a condição:
2.4. BACIA DE DISSIPAÇÃO DO TIPO CONTRA COSTA
Cálculos conforme anterior para y 1, 2 e 3, no lugar de h3, na sequência, sendo a altura MPU
as novas alturas calculadas.
2.5. BACIA DE DISSIPAÇÃO DO TIPO SAF
A bacia de dissipação tipo SAF ou St. Anthony Falls (BLAISDELL, 1959) é de uso
generalizado e uso o ressalto hidráulico para dissipar a energia. O seu dimensionamento baseia-
se nos modelos estudados por Soil Conservation Service no laboratório de Hidráulica de St.
Anthony Falls na Universidade de Minsesota. Este tipo de bacia contém blocos de queda (chute
blocks), blocos de leito (baffle or floor blocks) e uma soleira de jusante (end sill) que permite
que seu comprimento seja muito mais curto que os das bacias com ressalto hidráulico livre.
Seu uso é recomendado em situações em que 1,7 ≤ Fr ≤ 17, sendo a sua instalação referida na
bibliografia como opção econômica.
Os procedimentos de cálculos são os já vistos para perda de energia nos ressaltos hidráulicos.
Deve ser colocado a jusante da bacia do tipo SAF enrocamento com uma extensão mínima de
1,50m; o muro de ala deve ter altura igual à da parede lateral da bacia e largura variável
consoante com os taludes de canal natural. Uma alternativa à aplicação da expressão de cálculo
do diâmetro de enrocamento a ser colocado a jusante pode residir na colocação de enrocamento
de diâmetro ≥
3. Dimensionamento
Hm – raio hidráulico em m
𝟏, 𝟓𝟕
𝑭𝒓 = = 𝟏, 𝟖𝟔
√𝟗, 𝟖. 𝟎, 𝟎𝟕𝟐
O regime é considerado turbulento.
Cálculo
Resumo:
Elementos para dimensionamento da bacia de amortecimento
V= 4,43m/s
Vazão = 40,79l/s
Área = Vazão/Velocidade = 0,04079/4,43 = 0,0092m²
Como a largura = 50cm, a altura da lâmina de água é:
Area = H x L => H = Area/L = 0,018 ou 2cm.
Raio hidráulico Rh = Am/Pm => 0,0092/(0,5+0,04)=0,017m
Numero de Froude
𝒗 𝟒, 𝟒𝟑
𝑭𝒓 = = = 𝟏𝟎, 𝟖𝟓
√𝒈. 𝑯𝒎 √𝟗, 𝟖. 𝟎, 𝟎𝟏𝟕
0,68𝑣 2
𝑑50 = (1)
𝑔𝛾𝑧 /𝛾𝑤
3 3
0,5 0,5 2
𝛾𝑤 2 9800
𝑑50 = 0,40𝐷 [( ) 𝐹𝑟 ] = 0,40. 0,02 [( ) 10,85] = 0,17𝑚
𝛾𝑧 − 𝛾𝑤 29000 − 9800
Largura: 1,20 m
Comprimento: 1,50 m