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SÉRIE ELETROELETRÔNICA

EXECUÇÃO
DE SERVIÇOS
TÉCNICOS
COMERCIAIS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora Associada de Educação Profissional
SÉRIE ELETROELETRÔNICA

EXECUÇÃO
DE SERVIÇOS
TÉCNICOS
COMERCIAIS
©2013. SENAI Departamento Nacional

©2013. SENAI Departamento Regional de São Paulo

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Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI-São
Paulo, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional de São Paulo


Gerência de Educação – Núcleo de Educação a Distância

FICHA CATALOGRÁFICA

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.


Execução de Serviços Técnicos Comerciais / Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de São Paulo. Brasília :
SENAI/DN, 2013.
92 p. il. (Série Eletroeletrônica).

ISBN 978-85-7519-785-1

1. Planejamento de serviço 2. Montagens 3. Redes de distribuição


4. Especificação de materiais 5. Especificação de equipamentos 5. Ligações
de energia 6. Corte de energia 7. Religações de energia I. Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional de São Paulo II. Título
III. Série

CDU: 005.95

SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de figuras, quadros e tabelas
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de
Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica......................................................................................14
Figura 2 - Medição Monofásica em poste - Demanda até 5 kVA.......................................................................30
Figura 3 - Exemplos de veículos para utilização em STC......................................................................................35
Figura 4 - Porcentagem de pesquisa sobre o atendimento e como melhorá-lo.........................................44
Figura 5 - Sinalização do local de trabalho...............................................................................................................49
Figura 6 - Ramal de Ligação............................................................................................................................................49
Figura 7 - Modelo de aplicação de entrada de energia padrão.........................................................................53
Figura 8 - Tipos de ligação e conexão nas redes secundárias de energia......................................................58
Figura 9 - Cabo multiplexado com rabichos nas fases e neutro........................................................................58
Figura 10 - Ramal de ligação e conectores instalados..........................................................................................59
Figura 11 - Ramal de ligação do consumidor, de acordo com o número de condutores........................60
Figura 12 - Alicate regulável (bomba d’água)..........................................................................................................61
Figura 13 - Sequência de aplicação dos conectores..............................................................................................61
Figura 14 - Medidores de fornecimento de energia elétrica..............................................................................65
Figura 15 - Consumo de energia...................................................................................................................................66
Figura 16 - Rotação do disco por dois campos magnéticos...............................................................................67
Figura 17 - Medidor de corrente monofásico
e representação esquemática de suas partes componentes.............................................................................68
Figura18 - Medidor eletrônico de fornecimento de energia..............................................................................69
Figura19 - Medidor de energia elétrica Monofásico..............................................................................................71
Figura 20 - Medidor de energia elétrica Trifásico....................................................................................................72
Figura 21 - Medidor de energia elétrica Bifásico.....................................................................................................73
Figura 22 - Pontos de lacração.......................................................................................................................................74
Figura 23 - Medidor tipo ponteiros..............................................................................................................................75
Figura 24 - Forma de deslocamento de ponteiros.................................................................................................76
Figura 25 - Ordem correta de leitura dos ponteiros..............................................................................................76
Figura 26 - Regra prática na leitura dos ponteiros.................................................................................................77
Figura 27 - Cabo Biconcêntrico.....................................................................................................................................78
Figura 28 - Conector de perfuração.............................................................................................................................79
Figura 29 - Conector instalado em cabo....................................................................................................................80
Figura 30 - Sistema de Comunicação PLC.................................................................................................................81

Quadro 1 - Prazo para execução dos serviços..........................................................................................................22


Quadro 2 - Estimativa de tempo de execução dos serviços...............................................................................24
Quadro 3 - Ferramentas...................................................................................................................................................26
Quadro 4 - Relação de materiais para montagem de caixa de entrada.........................................................31
Quadro 5 - Equipamentos de Proteção Individual – EPIs....................................................................................32
Quadro 6 - Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs.......................................................................................33
Quadro 7 - Tipos de postes utilizados em STC consumidores...........................................................................50
Quadro 8 - Caixas de entrada para atendimento
em STC – Consumidores BT exemplos SP..................................................................................................................52
Quadro 9 - Dados comparativos do medidor digital
em relação ao eletromecânico......................................................................................................................................69

Tabela 1 - Condutores para ramais de ligação.........................................................................................................57


Sumário

1 Introdução.........................................................................................................................................................................13

2 Planejamento...................................................................................................................................................................17
2.1 Terminologias................................................................................................................................................18
2.1.1 Consumidor de energia elétrica...........................................................................................18
2.1.2 Unidade consumidora..............................................................................................................18
2.1.3 Prédio de múltiplas unidades consumidoras..................................................................18
2.1.4 Via pública....................................................................................................................................18
2.1.5 Limite de propriedade.............................................................................................................19
2.1.6 Ponto de entrega.......................................................................................................................19
2.1.7 Entrada de serviço.....................................................................................................................19
2.1.8 Ramal de ligação........................................................................................................................19
2.1.9 Ramal de entrada.......................................................................................................................19
2.1.10 Centro de medição.................................................................................................................19
2.1.11 Aterramento .............................................................................................................................20
2.1.12 Sistema de aterramento........................................................................................................20
2.1.13 Poste particular .......................................................................................................................20
2.1.14 Caixas de medições e proteções........................................................................................20
2.1.15 Centro de distribuição...........................................................................................................20
2.1.16 Ligação clandestina................................................................................................................20
2.1.17 Ligação provisória ..................................................................................................................21
2.1.18 Medição direta..........................................................................................................................21
2.1.19 Medição indireta......................................................................................................................21
2.1.20 Ordem de serviço – OS..........................................................................................................21

2.2 Principais atividades de Serviços Técnicos e Comerciais - STC....................................................21


2.2.1 Tempo para execução de STC...............................................................................................22
2.3 Planejamento para a execução de STC................................................................................................25
2.3.1 Ferramentas para serviços em STC......................................................................................26
2.3.2 Análise preliminar de risco (APR).........................................................................................28
2.4 Levantamento de materiais e equipamentos....................................................................................29
2.4.1 Relação de EPIs e EPCs para STC...........................................................................................32
2.4.2 Veículos de apoio para STC.....................................................................................................34
2.5 Verificação de interferências....................................................................................................................35
2.6 Programação dos serviços .......................................................................................................................36
2.7 Solicitação e permissão via rádio com Centro
de Operações da Distribuição (COD)...........................................................................................................37
2.8 Documentação técnica .............................................................................................................................38
3 Execução de Serviços Técnicos Comerciais...........................................................................................................43
3.1 Melhoria no atendimento ao cliente....................................................................................................45
3.2 Condutas impróprias no atendimento ao cliente............................................................................45
3.3 Condutas apropriadas no atendimento ao cliente..........................................................................46
3.4 Erros de comunicação com o cliente....................................................................................................47
3.5 Sinalização do local de trabalho.............................................................................................................48
3.6 Ramal de ligação..........................................................................................................................................49
3.7 Tipos de postes instalados (consumidor)............................................................................................50
3.8 Tipos de caixas instaladas (consumidor).............................................................................................52
3.9 Classificação dos Serviços Técnicos Comerciais................................................................................53
3.9.1 Ligações novas para fornecimento de energia
elétrica a consumidores ....................................................................................................................54
3.9.2 Corte ou suspensão do fornecimento de energia elétrica..........................................55
3.9.3 Religação e normalização do sistema de fornecimento
de energia elétrica...............................................................................................................................56
3.10 Condutores para ramais de ligação do consumidor.....................................................................56
3.11 Tipos de ligação e conex‑ão nas redes secundárias de energia
(distribuidora de energia elétrica) para ramal do consumidor..........................................................57
3.12 Ramal de ligação de alumínio à rede secundária multiplexada isolada...............................58
3.13 Ramal de ligação de alumínio ao ramal de entrada do consumidor......................................59
3.14 Ramal de entrada subterrâneo do consumidor à rede secundária aérea.............................60
3.15 Instalação de conectores tipo compressão (cunha) em fios
e cabos de alumínio, para ramais de ligação do consumidor.............................................................61

4 Medidores de Energia Elétrica...................................................................................................................................65


4.1 Tipos de medidores de consumo de energia elétrica.....................................................................65
4.1.1 Medidor eletromecânico de fornecimento de energia elétrica................................66
4.1.2 Medidor eletrônico de fornecimento de energia elétrica..........................................68
4.2 Instalação do medidor ..............................................................................................................................69
4.3 Desenhos esquemáticos para ligação de medidores
de energia (medição direta)............................................................................................................................71
4.4 Lacres em medidores de energia...........................................................................................................73
4.4.1 Pontos de lacração....................................................................................................................74
4.5 Técnicas de leitura de medidores eletromecânicos........................................................................75
4.6 Instalação de conectores tipo perfuração para cabos
multiplex em ramais de ligação do consumidor.....................................................................................79
4.7 Conservação do ambiente de trabalho, de ferramentas,
equipamentos e instrumentos.......................................................................................................................81
4.8 Segurança, saúde ocupacional, meio ambiente
e qualidade na execução dos serviços técnicos comerciais................................................................82
Referências............................................................................................................................................................................85

Minicurrículo do autor......................................................................................................................................................87

Índice......................................................................................................................................................................................89
Introdução

Como profissional da área de Redes de Distribuição de Energia Elétrica, você precisará saber
como executar serviços técnicos comerciais. Para tanto, nesta unidade curricular, Execução de
Serviços Técnicos Comerciais (STC), que compõe o módulo Específico III do curso Eletricista
de Redes de Distribuição de Energia Elétrica, estudará sobre o planejamento e os serviços
técnicos comerciais.
Na Figura 1, veja a posição desta unidade e o caminho a ser percorrido até que você atinja
seu objetivo final.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
14

QUADRO DE ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Módulo Básico (276 h)


• Técnicas de redação em Língua Portuguesa (40 h)
• Fundamentos da Eletricidade (104 h)
• Sistemas de Medida e Representação Gráfica (32 h)
• Qualidade, Saúde, Meio Ambiente e Segurança
nos Serviços em Eletricidade (40 h)
• Fundamentos da Redes de Distribuição (60 h)

Módulo Específico I (80 h)


• Montagem e Instalação de Redes de Distribuição (80 h)

Módulo Específico II (64 h)


• Operação de Equipamentos e Dispositivos de Redes de Distribuição (32 h)
• Manutenção de Redes de Distribuição de Energia Elétrica (32 h)

Módulo Específico III (40 h)


• Execução de Serviços Técnicos Comerciais (40 h)

Módulo Específico IV (40 h)


• Montagem, Retirada e Manutenção de Iluminação Pública (40 h)

Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica (500 h)

Figura 1 - Estrutura curricular do curso de Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica


Fonte: SENAI - SP (2013)

Reunimos, nos capítulos deste livro, as informações básicas para você seguir os estudos nesta
área, tais como, o levantamento de materiais e equipamentos, os testes, a documentação técnica
necessária, bem como a execução de novas ligações, corte e religações.
1 INTRODUÇÃO
15

Esses conhecimentos fornecerão subsídios para que você possa:


a) adotar medidas preventivas de controle dos riscos;
b) analisar as características do projeto;
c) cumprir ordem de serviço, aplicando normas de bom relacionamento;
d) selecionar equipamentos e ferramentas adequadas;
e) seguir procedimentos corretos de trabalho.
Além disso, queremos lembrar que um bom profissional deve cultivar uma sé-
rie de capacidades que o ajudem a estabelecer um bom ambiente de trabalho,
como por exemplo: trabalhar de forma planejada e em equipe; comunicar-se com
clareza; cumprir normas e procedimentos; ter consciência prevencionista em re-
lação à segurança, à saúde e ao meio ambiente; ser organizado; zelar pelas ferra-
mentas; cumprir prazos e prever consequências.
E agora, convidamos você a estudar os principais aspectos sobre operação de
equipamentos e dispositivos de redes de distribuição. Bons estudos!
Planejamento

Neste capítulo, você estudará como devem ser planejadas as tarefas para executar serviços
técnicos comerciais, utilizados em redes de distribuição aérea de energia.
É importante lembrar que os padrões adotados pelas concessionárias de energia elétrica
local podem variar e isto pode resultar em alterações nos procedimentos.
Ao final deste capítulo você será capaz de:
a) delimitar toda a área de trabalho, não expondo os pedestres a riscos de acidentes;
b) cumprir os horários informados de início e término de trabalho;
c) realizar análise preliminar de risco – APR;
d) registrar possíveis divergências sobre as condições técnicas de materiais, equipamentos
e ferramental;
e) cumprir procedimentos de trabalho – PT e Ordens de Serviço - OS;
f ) selecionar e inspecionar as ferramentas, equipamentos de proteção individual e coletiva
adequados ao tipo de atividade;
g) aplicar procedimentos para testes de equipamentos e dispositivos, de acordo com as
normas específicas;
h) identificar o número de padrões de entradas de energia, ramal de ligação, tipos de me-
didores de energia;
i) registrar, em documento apropriado, a existência de avarias e débitos;
j) registrar o número de lacres retirados e colocados nas entradas de energia;
k) selecionar os recursos apropriados para as conexões.

Bons estudos!
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
18

Para iniciar este capítulo, vamos apresentar algumas terminologias ou formas


de tratamento técnico utilizados em STC.

2.1 TERMINOLOGIAS

No planejamento de tarefas para executar serviços técnicos comerciais em re-


des de distribuição aérea de energia utilizamos terminologias com as quais você
deverá se familiarizar. São elas:

2.1.1 CONSUMIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA

Consumidor de energia elétrica é a pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato


ou de direito, legalmente representada, que faz o pedido de fornecimento de ener-
gia elétrica e assume a responsabilidade pelo pagamento e pelas demais obrigações
fixadas em normas e regulamentos da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

2.1.2 UNIDADE CONSUMIDORA

Unidade consumidora é o conjunto das instalações e equipamentos elétricos


caracterizados pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega,
com medição independente.

2.1.3 PRÉDIO DE MÚLTIPLAS UNIDADES CONSUMIDORAS

Prédio de múltiplas unidades consumidoras são os edifícios ou conjunto de


construções nos quais pessoas físicas ou jurídicas utilizam energia elétrica de for-
ma independente.

2.1.4 VIA PÚBLICA

Via pública é a parte da superfície que se destina à circulação pública. Deve


ser designada e reconhecida oficialmente por nome ou número, de acordo com
a legislação em vigor.
2 PLANEJAMENTO
19

2.1.5 LIMITE DE PROPRIEDADE

Limite de propriedade são as demarcações que separam a propriedade do


consumidor da via pública e dos terrenos ou propriedade de terceiros, no alinha-
mento designado pelos poderes públicos.

2.1.6 PONTO DE ENTREGA

Ponto de entrega é o ponto de conexão do sistema elétrico da distribuidora de


energia com as instalações elétricas da unidade consumidora.

2.1.7 ENTRADA DE SERVIÇO

Entrada de serviço é o conjunto de condutores, equipamentos e acessórios


compreendidos entre o ponto de derivação da rede de distribuição da distribui-
dora e a medição, incluindo-se a proteção.

2.1.8 RAMAL DE LIGAÇÃO

Ramal de ligação compreende o conjunto de condutores e acessórios instala-


dos entre o ponto de derivação (poste ou rede de distribuição da distribuidora) e
o ponto de entrega de uma ou mais unidades consumidoras.

2.1.9 RAMAL DE ENTRADA

Ramal de entrada é o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o


ponto de entrega e a medição.

2.1.10 CENTRO DE MEDIÇÃO

Centro de medição é o local onde estão instalados o(s) medidor(es) de ener-


gia elétrica, convenientemente aterrado(s), e o dispositivo de proteção da uni-
dade consumidora.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
20

2.1.11 ATERRAMENTO

O aterramento é a ligação elétrica intencional com a terra, do condutor neutro


e das partes metálicas, não destinadas a conduzir energia elétrica, com a finalida-
de de proteção e segurança das instalações elétricas.

2.1.12 SISTEMA DE ATERRAMENTO

Sistema de aterramento é definido como sendo o conjunto de condutores,


haste e conectores interligados intencionalmente à terra, num determinado local,
entre as partes metálicas, não destinadas a conduzir energia elétrica, com a finali-
dade de proteção e segurança das instalações elétricas.

2.1.13 POSTE PARTICULAR

O poste particular é uma peça instalada na propriedade do consumidor com a


finalidade de fixar, elevar e ou desviar o ramal de ligação.

2.1.14 CAIXAS DE MEDIÇÕES E PROTEÇÕES

As caixas de medições e proteções são compartimentos destinados à instala-


ção de medidores de energia e de seus acessórios, podendo ter neles instalados
também, os dispositivos de proteção (disjuntor / fusíveis). Essas caixas são padro-
nizadas pela distribuidora de energia elétrica.

2.1.15 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

O centro de distribuição é uma caixa metálica, que contém barramento de co-


bre, disjuntor geral e disjuntores parciais em número igual ao de circuitos de saída.

2.1.16 LIGAÇÃO CLANDESTINA

Ligação clandestina é aquela feita do ramal do consumidor à rede de distribui-


ção (distribuidora), sem prévia autorização, ou indevidamente fora dos padrões
estipulados por normas vigentes da distribuidora de energia.
2 PLANEJAMENTO
21

2.1.17 LIGAÇÃO PROVISÓRIA

Ligação provisória é aquela destinada, exclusivamente, ao fornecimento tem-


porário de energia elétrica.

2.1.18 MEDIÇÃO DIRETA


Medição direta é a ligação dos condutores (ramal de entrada), feita diretamen-
te nos medidores de energia elétrica.

2.1.19 MEDIÇÃO INDIRETA


Medição indireta é a ligação dos condutores (ramal de entrada), feita indi-
retamente nos medidores de energia elétrica, utilizando-se transformadores de
corrente elétrica – TCs.

2.1.20 ORDEM DE SERVIÇO – OS


Ordem de serviço é um documento utilizado para autorização e descrição dos
serviços que deverão ser executados.

2.2 PRINCIPAIS ATIVIDADES DE SERVIÇOS TÉCNICOS E COMERCIAIS - STC

São vários os serviços técnicos comerciais a serem prestados, dentre os quais


podemos citar:
a) os procedimentos operacionais e requisitos técnicos para a execução dos
serviços de uma ligação de novos clientes;
b) alteração na instalação;
c) suspensão do fornecimento de energia elétrica (corte);
d) religação;
e) retirada de ramal de ligação;
f ) inspeção de padrão de entrada;
g) troca ou teste de medidor;
h) retirada de medidores em unidades consumidoras desligadas por falta de
pagamento;
i) inspeção para verificação de irregularidades, atendidas em baixa tensão e
localizadas nas áreas urbanas e rurais, das distribuidoras de energia elétrica.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
22

Dentre as atividades prestadas em STC as de maior relevância são:


a) ligar novas unidades consumidoras de energia;
b) alterar a carga da unidade consumidora e reformar o padrão (distribuidora
de energia existente);
c) desligar (corte) unidades consumidoras;
d) desligar (corte) ponto de entrega;
e) desligar (corte) ramal de ligação (rede);
f ) religar unidades consumidoras;
g) religar ponto de entrega;
h) religar o ramal em rede secundária de energia;
i) instalar ou retirar medidor de energia;
j) trocar medidor de energia;
k) testar medidor de energia;
l) instalar e ou retirar ramal de ligação do consumidor;
m) Inspecionar o padrão instalado de acordo com a distribuidora de energia local;
n) fazer ligação secundária provisória em consumidores ligados à rede se-
cundária de energia (bancas de jornal, parques de diversão, circos e outros);
o) Inspecionar a unidade consumidora para verificação de fraude (furto de energia).

2.2.1 TEMPO PARA EXECUÇÃO DE STC

Os prazos para execução dos serviços técnicos comerciais são estipulados pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) às distribuidoras de energia. Veja
um exemplo de prazos estabelecidos de acordo com o tipo de serviço, no Quadro
1, extraído do Manual de uma concessionária.

Quadro 1 - Prazo para execução dos serviços

Ligação de unidade consumidora 2 dias úteis


Alteração de carga e reforma padrão 2 dias úteis
Desligamento a pedido do cliente 2 dias úteis
Instalacão/retirada de medidor 2 dias úteis
Troca de medidor 2 dias úteis
Teste de medidor 2 dias úteis
Instalação/retirada de ramal de ligação 2 dias úteis
Inspeção de padrão de entrada 2 dias úteis
Desligamento (corte) 12 horas
Fonte: SENAI - SP (2014)
2 PLANEJAMENTO
23

Os prazos para realização dos serviços técnicos comerciais


VOCÊ devem ser cumpridos de acordo com norma estabelecida
pela ANEEL às Distribuidoras de Energia Elétrica, sob
SABIA? pena de multas por não cumprimento da norma, caso
seja comprovado pelo consumidor de energia elétrica, de
acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

Para a execução de STC, são constituídas por equipes, cujas quantidades de profis-
sionais serão definidas pela empresa ou a distribuidora de energia. Por exemplo, a equi-
pe do tipo A3, da Companhia Paulista de Força e Luz de São Paulo - CPFL-SP, é constituí-
da por 02 eletricistas, isto significa dizer que na distribuidora existe uma classificação de
STC que é A3.
No Quadro 2, podemos verificar a estimativa de tempo na execução das várias
atividades de STC, considerando-se essa equipe do tipo A3, na qual constam dois
eletricistas.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
24

Quadro 2 - Estimativa de tempo de execução dos serviços


ITEM ATIVIDADES TEMPO TIPO
EQUIPE EQUIPE
(LH)
1 Ligação de nova unidade consu- Área urbana Monofásica 0,69 A3
midora c/ ramal Bifásica 0,71 A3
Trifásica 0,78 A3
Área urbana Monofásica 0,35 A3
s/ ramal Bifásica 0,39 A3
Trifásica 0,46 A3
Área rural 0,84 A3
2 Alteração da instalação de unidade Com ramal 0,77 A3
consumidora Sem ramal 0,45 A3
3 Desligamento (corte) de unidade Área urbana No borne 0,21 A3
consumidora No ramal 0,25 A3
Área rural 0,37 A3
4.1 Religação de unidade consumidora Área urbana No borne 0,20 A3
(normal) No ramal 0,28 A3
Área rural 0,37 A3
4.2 Religação de unidade consumidora Área urbana No borne 0,22 A3
(urgência) No ramal 0,35 A3
Área rural 0,54 A3
5 Inatalar ou retirar medidor Área rural 0,38 A3
Área urbana 0,26 A3
6 Troca de medidor Área rural 0,58 A3
Área urbana 0,47 A3
7 Testar medidor Área rural 0,54 A3
Área urbana 0,33 A3
8 Instalar ou retirar ramal de ligação Área rural 0,38 A3
Área urbana 0,26 A3
9 Inspeção de padrão (reprova) Área rural 0,.28 A3
Área urbana 0,16 A3
10 Ressarcimento de delocamento Área rural 0,22 A3
Área urbana 0,10 A3
11 Ligação de unidade consumidora - Área rural 1,27 A3
medição indireta Área urbana 1,17 A3
12 Desligar (corte) ou retirar unidade Área rural 0,87 A3
consumidora Grupo B optante Área rural 0,60 A3
13 Desligar ou religar unidade consu- Área rural 0,43 A3
midora no ponto de entrega e rede Área urbana 0,35 A3
Sec
14 Ligação secundária provisória (festiva) 0,40 A3
15 Inspeção de fraude 0,72 (*)
16 Emissão Termo de Ocorrência de Irregularidade 0,22 A3
Fonte: SENAI - SP (2014)
2 PLANEJAMENTO
25

Na análise do Quadro 2, estimativa de tempo para execução de serviços, você


pode constatar, observando , por exemplo, o item 6, que o tempo previsto para
trocar um medidor de energia em área rural deve ser de 58 minutos, ou aproxima-
damente uma hora. Para a área urbana, o tempo estipulado é menor: 47 minutos.
Isto se deve a fatores de deslocamento, localização, acesso e outros que diferen-
ciam as redes urbanas e rurais.

2.3 PLANEJAMENTO PARA A EXECUÇÃO DE STC

No planejamento para execução de tarefas ao atendimento técnico comercial


você deverá prever todos os itens de segurança para a execução da tarefa. Lem-
bre-se que se trata de atendimento ao cliente consumidor de energia elétrica,
seja ele alimentado em AT ou BT.
Vejamos um exemplo com uma alimentação em AT, cabine primária. Normalmen-
te teremos uma base fusível efetuando a proteção elétrica, ou seja, “chave Mateus”.
Vamos imaginar a seguinte situação: O cliente está reclamando sobre a falta
de uma das fases. Quando você chega ao local para atendimento, verifica que um
dos cartuchos ou a base estão abertos. Qual será o procedimento correto?
Iniciemos pelo planejamento das tarefas. Nele, deverão constar os seguintes passos:
a) aplicação de Análise Preliminar de Riscos – APR:
• mapeamento dos riscos para a execução das atividades,
• programação das atividades em função das medidas preventivas;
b) solicitações e permissões junto ao Centro de Operações da Distribuição –
COD para execução da programação;
c) levantamento de: materiais, equipamentos, ferramentas e veículos;
d) teste de equipamentos;
e) estimativa do tempo de execução;
f ) documentações técnicas, OS, procedimento de trabalho – PT, manuais e
normas técnicas da concessionária.
Você deve se lembrar de que, para efetuar qualquer tarefa, é necessário seguir
algumas etapas, quais sejam:
1) preencher devidamente os formulários de APR;
2) fazer um levantamento de materiais, ferramentas;
3) fazer um levantamento dos EPIs e EPCs, avaliando o estado de conservação
e conferindo os períodos de testes dos equipamentos a serem utilizados;
4) verificar se o veículo a ser utilizado é apropriado para a tarefa;
5) marcar corretamente o tempo necessário para a execução das tarefas;
6) fazer o registro de atividades concluídas.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
26

2.3.1 FERRAMENTAS PARA SERVIÇOS EM STC

Várias ferramentas são usadas nas tarefas referentes a STC, descritas nas OS.
Basicamente, no dia a dia do eletricista de redes, elas estarão separadas e organi-
zadas em um local específico tendo em vista a guarda e conservação.
É importante destacar que o profissional responsável pela separação e verifi-
cação do estado das ferramentas que serão necessárias para execução da tarefa,
normalmente é questionado pelo encarregado (eletricista chefe) quanto à respon-
sabilidade nessa etapa do planejamento, pois a falta ou esquecimento de alguma
ferramenta pode causar atrasos indesejáveis durante a execução do serviço.
Antes de sair da base operacional, onde ficam armazenadas as ferramentas,
o eletricista deve fazer uma checagem, verificando o estado de conservação e a
disponibilidade para utilizá-las e levá-las ao local onde será executado o serviço.
O eletricista de STC terá contato com várias ferramentas, praticamente as mes-
mas utilizadas em RDA, porém, vamos relembrar algumas delas:

Quadro 3 - Ferramentas
Alicate bomba d’água

Alicate Universal

Alicate de compressão mecânico (MD-6 / TM-6 )

Alicate Volt Amperímetro

Aplicador para conector tipo cunha (cartucho de espoleta interno e ou externo)

Bandeja ou sacola para transporte de ferramentas e materiais

Bastão de manobra ou vara telescópica

Chaves catraca, inglesa, de fenda e de boca

Conjunto de matrizes para MD-6, TM-6

Detector de tensão AT / BT

Dinamômetro

Escada extensível

Esporas para postes (circular de concreto, de madeira, duplo T)

Faca curva

Marreta 1 kg

Medidor de aterramento – Terrômetro

Medidor de sequência de fase – Fasímetro

Multímetro ou alicate amperímetro

Tesoura para cortar cabos – com isolação


2 PLANEJAMENTO
27

Lembre-se também que nas tarefas de execução de serviços técnicos comer-


ciais, os circuitos normalmente estarão energizados, mesmo se forem em alta ten-
são – AT ou em baixa tensão – BT, devendo constar na OS todas as informações
que serão utilizadas pelo executor em termos de:
a) localização: rua, avenida, bairro, casa apartamento;
b) ramal de ligação;
c) identificações de postes;
d) estruturas;
e) medidores elétricos;
f ) nome do cliente ou empresa;
g) CNPJ ou CPF;
h) dados do ramal instalado;
i) circuitos que deverão sofrer as intervenções.
O planejamento, mesmo parecendo simples de ser realizado, não deve ser fei-
to automaticamente, pois todos os detalhes são relevantes nessa etapa.
Além de orientar a execução do trabalho que iremos realizar, ao final das ati-
vidades, devemos checar se tudo foi realizado a contento, conforme planejado.
Muitas vezes, após avaliarmos o trabalho, constatamos que é preciso refazer o
planejamento, ou seja, realizar o replanejamento.
Na verdade é como uma revisão do que foi planejado, e, dessa forma, há maior
probabilidade de minimizar erros em relação ao planejamento original.
Vejamos como você faria para planejar um atendimento de Serviço Técnico
Comercial – STC.
Está pronto?
Supondo que você tenha recebido uma Ordem de Serviço – OS para ligação
nova em BT, de um cliente residente em um bairro nobre da cidade.
Você possui todos os dados técnicos para efetuar a ligação e, após realizá-la,
deverá conferir o executado, comparando com o que foi planejado, de acordo
com os padrões especificados pela concessionária local.
O que você deverá considerar para efetuar a ligação nova desse cliente?
Vamos dar-lhe “uma mãozinha”. Verifique e inclua no seu planejamento:
a) tipo de caixa padronizada;
b) poste padrão;
c) ramal de entrada;
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
28

d) aterramento padrão;
e) tensão de fornecimento;
f ) ferramentas e materiais a serem empregados na instalação;
g) tipos de medidores;
h) ancoragem de postes;
i) forma correta de instalação em rede secundária padronizada;
j) tipos de conectores a serem instalados;
k) ligações de medidores de energia;
l) distâncias padronizadas;
m) comunicar-se oralmente (via rádio) e por escrito;
n) preencher formulários e relatórios;
o) selecionar e aplicar EPIs e EPCs;
p) consultar manuais e normas da concessionária local.
Você verificou a quantidade de informações necessárias para ligar um consu-
midor de energia?

2.3.2 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR)

As atividades de STC exigem a máxima atenção com relação à prevenção de


riscos. Por isso, é obrigatório o preenchimento de um documento referente à aná-
lise preliminar de riscos – APR. Nessa análise devem ser verificados os riscos co-
muns a cada tipo de atividade realizada para ligação nova, religação, suspensão
do fornecimento de energia elétrica do consumidor. Feito isso, são apontadas as
medidas de controle dos riscos identificados.
Dentre os riscos que as atividades de STC podem apresentar, destacamos:
queda; choque elétrico; abertura de arco elétrico; perda de apoio em escada
(poste em mau estado).
Para evitar estes riscos, você deve realizar, por exemplo, os seguintes procedi-
mentos:
a) Posicionar a escada e ou cesta aérea no poste da concessionária e proceder de
acordo com as normas de segurança apresentadas pela empresa responsável.
b) Identificar, com a utilização do volt-amperímetro, a posição dos condutores
na rede secundária, reconhecendo fases e neutro. Cabe lembrar que em
São Paulo é utilizado o sistema delta na distribuição e, por isso, você deve
estar atento ao 4º fio (3ª fase).
2 PLANEJAMENTO
29

c) Selecionar, de acordo com a bitola, as características e o comprimento do


cabo a ser instalado, o ramal de ligação e tracioná-lo no poste da conces-
sionária local. Para isso, utilize os equipamentos adequados.
d) Verificar, antes de posicionar a escada, as condições do poste da unidade
consumidora, observando se nele não há rachaduras e se ele está fixado ao
solo de forma adequada e segura.
e) Tracionar e ancorar o ramal de ligação pelo condutor neutro no poste da
unidade consumidora.
f ) Efetuar a conexão do ramal de ligação na rede secundária da concessionária
local, utilizando os conectores padronizados, ligando primeiramente o
neutro e, posteriormente, as demais fases.
g) Utilizar o voltímetro para realizar o teste de tensão nas conexões junto à
chave do consumidor, verificando posição correta do neutro e das fases,
com especial atenção ao 4º fio no sistema delta.

Para realização de serviços técnicos comerciais em vias


públicas você deve observar o risco de arraste do ramal
por veículos e, para isso, é necessário envolver outros
FIQUE eletricistas que ajudem a coordenar a tarefa.
ALERTA
Observe sempre o padrão utilizado pela concessionária
local, na identificação das fases e neutro da rede
secundária de energia.

2.4 LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Todos os materiais que serão utilizados nos serviços técnicos comerciais deve-
rão estar conforme os padrões estabelecidos da ABNT, sendo que para as caixas e
quadros deverão atender integralmente os padrões da distribuidora local.
Nos levantamentos dos materiais e equipamentos para realização de serviços
técnicos comerciais em Redes de Distribuição Aérea (RDA),você deve levar em con-
ta todos os estudos e aplicações dos livros estudados anteriormente de fundamen-
tos, montagem, manutenção. Por exemplo, para interligar o ramal de ligação do
consumidor, você terá que saber qual a sequência das fases, neutro, aterramento
que estão instaladas nos postes das distribuidoras locais.
Para sua melhor compreensão, vamos supor que você tenha recebido uma Ordem
de Serviço – OS para instalação de ramal do consumidor. O sistema é trifásico, estrela,
com neutro aterrado, portanto, teremos as tensões de 127 V (F e N) e 220 V entre fases.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
30

O primeiro passo será identificar e selecionar os materiais necessários para a


instalação deste ramal de ligação. Para facilitar, geralmente as empresas disponi-
bilizam uma relação que contém as quantidades e as descrições (especificações
técnicas) desses materiais.
Verifique, a seguir, um exemplo de quantificação e especificação dos materiais
relacionados diretamente com os padrões técnicos das distribuidoras de energia
elétrica. Neste exemplo temos a Figura 2 que apresenta um padrão de entrada
com as indicações numéricas dos materiais utilizados. Observe no Quadro 4 a des-
crição de cada um desses materiais.

Saída Aérea Saída Subterrânea


1
cliente 3 rede 2 cliente 2 rede
1 2 18
2 18 4 6
6
200
4
5 5
29

7
27 7 7

28

12 12
26 26 7

cliente

22 17 5
9 8 22
17
2000 9 8 5 2000
10
23 21
10 21
1400 a 1600 23
13 1400 a 1600
27 13
14 13

14
14 28

16 16
15
15

Figura 2 - Medição Monofásica em poste - Demanda até 5 kVA


Fonte: SENAI - SP (2014)
2 PLANEJAMENTO
31

Quadro 4 - Relação de materiais para montagem de caixa de entrada


LISTA DE MATERIAL - MEDIÇÃO MONOFÁSICA EM POSTE - DEMANDA ATÉ 5 KVA
ITEM QUANTIDADE DESCRIÇÃO
SAÍDA
ÁREA SUBTERRÂNEA
1 1 1 Poste de concreto 5000 / 1000 - 150 daN / Poste de aço
5000/7000mm - 30 daN (*)
2 1 1 Amarração secundária simples com haste de 150 mm (somente
para poste de concreto)
3 1 - Amarração secundária simples com haste de 350 mm (somente
para poste de concreto)
4 3 1 Isolador roldana
5 * * Condutor concêntrico bipolar 6mm2 Al (ramal de ligação até o
medidor e deste até a caixa de conexão)
6 1 1 Alça pré-formada de distribuição para condutor concêntrico
bipolar de 6mm2
7 4 4 Abraçadeira de nylon de 760mm
8 1 1 Caixa de medidor monofásico
9 1 1 Disjuntor termomagnético monopolar de 40 A
10 2 2 Prensa-cabo rosqueável para ∅ 21mm
11 1 1 Conector cunha para condutor de aterramento de 6mm2
12 1 1 Caixa de conexão para ligação de consumidor
13 * * Eletroduto e curvas de PVC rígido rosqueável classe “B” ∅ 20mm
com luva, bucha e arruela
14 2,2 m 2,2 m Condutor cobre nu 6mm2 (aterramento)
15 1 1 Haste de aterramento galvanizada ∅ 2000mm (*)
16 1 1 Caixa de aterramento em PVC
17 3 3 Parafuso auto atarraxante de 6,3 x 38mm para fixação da caixa do
medidor
18 2 1 Parafuso cabeça quadrada de 200 x 80 x 16mm (somente quando
for poste de concreto)
19 1 1 Parafuso de cabeça limão com fenda 3/16 x 1” com porca e arruela
(para fixação do medidor)’
20 2 2 Parafuso de cabeça limão com fenda 3/16 x 3/8” com porca e ar-
ruela (para fixação do medidor)’
21 1 1 Parafuso de segurança
22 1 1 Medidor monofásico
23 1 1 Selo plástico de segurança
24 1 1 Conector adequado no caso de conexão com a rede nua (*)
25 1 1 Identificador de fase no caso de conexão na caixa de derivação (*)
26 2 2 Bloco terminal para interligação dos condutores 6/6mm2 (ligação
do consumidor)
27 - * Eletroduto e curvas de PVC rigido rosqueável classe “B” ∅ 50mm
com luva, bucha e arruela
28 * * Condutor de cobre isolado de 1x6+1x6 mm2 - 750V - (saída da
caixa de conexão para ligação de consumidor)
29 2 - Conector cunha adequado para o condutor 6mm2

* Consultar o Manual de instalação da distribuidora AMPLA


Fonte: SENAI - SP (2014)
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
32

Você deverá identificar estes materiais, pois para executar


STC, dependerá dos itens instalados e padronizados na
entrada de energia do consumidor para a ligação definitiva
à rede de distribuição secundária.

2.4.1 RELAÇÃO DE EPIS E EPCS PARA STC

Você não pode se esquecer de incluir no seu planejamento os Equipamentos


de Proteção Individual – EPIs e Coletivos - EPCs, pois, para executar suas tarefas
eles são imprescindíveis para sua segurança.
Dessa forma, é muito importante verificar a disponibilidade e o estado desses
equipamentos antes de sair a campo.
Veja a seguir uma relação de EPIs utilizados em STC.

Quadro 5 - Equipamentos de Proteção Individual – EPIs


Bota em couro sem biqueira de aço (de segurança para eletricistas)

Protetor solar FPS-30

Capa impermeável para chuva

Capacete de segurança com carneira e jugular

Cinto de segurança tipo paraquedista

Colete refletivo
Luva de proteção para cobertura da luva isolante

Luva de raspa / vaqueta

Luva isolante de borracha – Classes 0, 1, 2

Manga Isolante – Classes 2

Óculos de segurança com filtro para infravermelho e ultravioleta

Trava-quedas com corda linha de vida

Uniforme da empresa com certificação antichamas


2 PLANEJAMENTO
33

Todos os EPIs possuem Certificados de Aprovação (CA)


FIQUE normalizados. Cabe ao profissional que fará uso desses
ALERTA equipamentos verificar a sua validade junto ao Ministério
do Trabalho ou solicitar, em caso de dúvida, ajuda ao
Técnico de Segurança da sua empresa.

Nos trabalhos realizados em Serviços Técnicos Comerciais, você executará os


serviços em equipe, ou seja, estará com mais um ou dois companheiros, previa-
mente orientados para a realização do trabalho. Nessas circunstâncias, é necessá-
ria a utilização dos Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs.
Os EPCs são importantes pois garantem a integridade física de todos os cola-
boradores que estarão juntos com você executando o serviço.
Então, assim como os EPIs, é muito importante verificar a disponibilidade e o
estado desses equipamentos antes de sair a campo. Veja no Quadro 6 uma rela-
ção de EPCs que você poderá utilizar de acordo com o STC que realizará.

Quadro 6 - Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs


Bandeirola de plástico com bastão

Bandeirola de plástico sem bastão

Bastão de sinalização luminoso

Cone de sinalização

Conjunto de aterramento temporário – secundário

Kit de primeiros socorros e resgate em alturas

Fita de sinalização refletiva

Placa e grade de sinalização “Homens trabalhando”

Protetores e lençol de borracha para rede secundária


EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
34

2.4.2 VEÍCULOS DE APOIO PARA STC

É necessário que você indique, em seu planejamento, quais veículos deverão


ser utilizados para a execução da Ordem de Serviço – OS. Porém, é interessante
verificar preliminarmente com o departamento responsável em STC na empresa
se haverá disponibilidade destes veículos.
Os veículos que serão utilizados deverão estar rigorosamente em ordem, e
para tanto, é necessário fazer uma inspeção para verificar itens do tipo:
a) nível do óleo do motor;
b) estado dos pneus;
c) aparência externa e interna do veículo;
d) chaves de roda, macaco e pneu sobressalente;
e) nível de água no radiador.
Essa etapa, se bem realizada, evitará atrasos no deslocamento até o local em
que serão executados os serviços. Logo, se estes itens não forem verificados, você
poderá ser surpreendido por eventos que poderão levá-lo ao cancelamento do
serviço.
Os veículos para apoio na realização dos serviços em STC podem ser do tipo:
a) caminhão com cesto aéreo;
v) camioneta com escada central ou cesta aérea e escadas laterais;
c) caminhão para transporte de materiais.
Veja a seguir alguns exemplos de veículos utilizados em STC.

Os veículos utilizados em STC devem ser adequados para


VOCÊ realização dos serviços e transporte de pessoas, materiais,
SABIA? ferramentas e equipamentos, obedecendo à legislação de
trânsito vigente.
2 PLANEJAMENTO
35

Veículo para STC Veículo cesto aéreo para STC

Compartimentos no veículo para guardar materiais, Veículo com escada giratória.


ferramentas e equipamentos

Figura 3 - Exemplos de veículos para utilização em STC


Fonte: SENAI - SP (2014)

Nesta etapa do planejamento, você já separou e organizou os materiais, as fer-


ramentas, os EPIs e EPCs, e também os veículos que o auxiliarão na execução dos
serviços. Pois bem, agora é necessário prever os riscos aos quais você e os demais
colaboradores estarão expostos, durante a realização das tarefas.

2.5 VERIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS

Como descrito no capítulo 2 do livro sobre fundamentos em redes de distribui-


ção aérea, as interferências nas redes telefônicas, de água, de esgoto e de águas
pluviais devem ser verificadas, bem como as interferências causadas por árvores
ou vegetação, e ainda, por edificações.
Estas interferências, quando possível, deverão ser verificadas preliminarmente
no local onde serão executados os serviços, pois serão registradas e analisadas e,
dessa forma, irão subsidiar posteriores planejamentos.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
36

2.6 PROGRAMAÇÃO DOS SERVIÇOS

A estimativa do tempo para execução das tarefas a serem realizadas será com-
putada, levando-se em consideração:
a) o número de colaboradores envolvidos na atividade;
b) a realização do procedimento de desenergização;
c) a realização do procedimento de reenergização;
d) o transporte dos materiais, ferramentas e equipamentos;
e) o acesso ao local de trabalho;
f ) os tipos de veículos de apoio;
g) a experiência dos colaboradores na execução das tarefas;
h) a comunicação e compreensão dos serviços a serem executados entre su-
periores e operadores.
Nesta etapa do planejamento, você já poderá programar a data e o horário da
realização dos trabalhos. Para isso, terá que entrar em contato com a Central de
Operações da Distribuição – COD e programar o desligamento do trecho da rede
na qual será montada a estrutura indicada na OS, previamente descrita.
Realizadas as etapas citadas e toda esta preparação inicial, o eletricista deve confe-
rir todos os itens, antes de ir a campo para realizar a montagem da estrutura no poste.
2 PLANEJAMENTO
37

2.7 SOLICITAÇÃO E PERMISSÃO VIA RÁDIO COM CENTRO DE OPER-


AÇÕES DA DISTRIBUIÇÃO (COD)
Na execução de serviços em que o início esteja condicionado à autorização
por parte do COD, há necessidade de confirmação de que a APR foi elaborada, e
isso ocorre por meio de um diálogo entre o operador e o responsável pela execu-
ção dos trabalhos.
O COD irá indagar ao executor com a seguinte frase: Realizou a APR?
O executor deverá responder à pergunta, que ficará gravada, como forma de
evidenciar a execução da APR.
Além de responder ao COD, o executor deverá comunicar todos os dados refe-
renciados na OS, tais como:
a) nome do executor (quem está contatando com o COD);
b) local da obra;
c) data;
d) horário;
e) n.º da OS;
f ) outros.

Faça uma pesquisa junto à concessionária distribuidora


SAIBA de energia elétrica de sua região e consulte os
MAIS formulários utilizados para realização da APR – Análise
Preliminar de Riscos.

Outro aspecto a ser destacado é a organização de todos os materiais e ferra-


mentas que serão necessárias na execução dos serviços. Em geral, eles devem
estar disponíveis e separados no veículo, nos devidos compartimentos, para a
execução do STC de forma correta e segura. Este procedimento facilitará a visuali-
zação e a limpeza, no momento de concluir as atividades.
Alguns equipamentos de proteção coletiva – EPCs, tais como: bastões de ma-
nobras, fitas refletivas, cones e equipamentos de medições, devem ser mantidos
limpos e em perfeito estado de utilização, para garantir sua isolação e segurança.
Os EPIs tais como: luvas de borracha, mangas e óculos devem ser higienizados e
acondicionados de forma que garantam a segurança do eletricista.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
38

2.8 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

A documentação faz parte da rotina de trabalho, também quando estamos


efetuando atendimento a clientes no fornecimento de energia elétrica , pois eles
merecem toda atenção e transparência no atendimento.
Os formulários para registro das atividades variam na forma e no conteúdo em
relação a uma empresa e outra. No entanto, algumas características ou informações
são imprescindíveis ou muito importantes no preenchimento deste documento.
Vejamos o exemplo de uma situação:
De acordo com uma OS recebida na empresa para execução de um serviço
entregue à equipe de campo, por formulário ou via sistema de comunicação,
o profissional deve efetuar a conferência dos documentos originais do cliente,
como CPF e ou RG, ou outro documento de identificação oficial com foto. Estes
documentos são imprescindíveis na execução de serviços tais como: inspeção do
padrão de entrada, conforme normas de distribuição local; instalação do ramal de
serviço; conexão do ramal à rede e ao padrão do cliente, respeitando as fases se-
quenciais; instalação do medidor; teste do medidor e do aterramento do padrão;
lacração da caixa de medição, entre outros.
Os documentos técnicos mais utilizados em STC são:
a) normas técnicas para serviços técnicos comerciais, apresentados pela dis-
tribuidora local;
b) procedimentos técnicos operacionais, em termos de atendimento ao cli-
ente, segurança no trabalho, apresentados como normas específicas da
distribuidora local;
c) expedição de OS – Ordem de Serviços, padronizadas e emitidas pela em-
presa prestadora de serviços de STC.
d) formulários para registro das operações de início, conclusão e da qualidade
de serviços prestados, que são fornecidos pela empresa prestadora de STC.

Muitos formulários estão disponíveis nos sites


ou manuais das distribuidoras de energia elétrica local
ou regional.
SAIBA Você poderá ter acesso também, inserindo em um site de
MAIS busca, no campo de pesquisa, os nomes dos formulários
que deseja conhecer, tais como: ordem de serviço, relatório
técnico, formulário corte e religação de consumidor de
energia, entre outros.
2 PLANEJAMENTO
39

CASOS E RELATOS

O funcionário Sr. Alexandre, eletricista de STC, recebeu uma OS, que con-
tinha as seguintes informações:
a) residência com falta de fase;
b) Rua Xenônio, 14 – Bairro Sta. Cruz, Salvador-BA;
c) medidor: prefixo 15161718.
De posse de todas as informações necessárias, comunicou ao seu com-
panheiro de equipe, Sr. Cláudio, e juntos dirigiram-se ao local. Lá, consta-
taram que uma das fases do ramal de ligação havia se desconectado da
rede da concessionária local.
Diante disso, Alexandre orientou o companheiro para a realização do
reparo. Em conjunto, os dois elaboraram a verificação prévia dos riscos
que envolviam a realização do serviço.
Dando prosseguimento ao serviço, Cláudio posicionou a escada no poste
da unidade consumidora e iniciou a escalada quando, surpreendente-
mente, o poste caiu, derrubando-o juntamente com a escada. Ambos não
haviam observado que a base do poste estava enferrujada. Um erro fatal
para a ocorrência da queda.
Fica evidente que, nesse caso, houve negligência em relação às condições es-
truturais do poste da unidade consumidora, o que levou o eletricista à queda.
Portanto, aja com cautela e observe os itens de segurança. Não permita que
a próxima vítima seja você!
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
40

RECAPITULANDO

Neste capítulo, vimos a importância de fazer o planejamento das ações que


inclui desde a separação correta de materiais e equipamentos até a verificação
dos veículos e a elaboração de um formulário que identifique possíveis riscos,
análise preliminar de riscos – APR, preenchimento de formulários com dados
do cliente, localização do ponto de execução dos serviços, entre outros.
O planejamento das ações é sempre muito importante e não pode ser
negligenciado para que as tarefas solicitadas possam ser executadas
corretamente ou mesmo para impedir que ocorram riscos perigosos.
Então, vamos seguir nossos estudos, tendo em mente que para ser
um profissional nesta área você precisa estar atento a várias situações
diferentes, utilizar corretamente os materiais, planejar as ações e ado-
tar medidas preventivas de controle de riscos.
2 PLANEJAMENTO
41

Anotações:
Execução de Serviços
Técnicos Comerciais

Neste capítulo você estudará alguns assuntos envolvendo o planejamento, identificação,


seleção, separação e análise de Serviços Técnicos Comerciais – STC, de forma a atender às ex-
pectativas operacionais na execução de serviços ao cliente e, consequentemente, melhorar a
qualidade de prestação dos serviços da empresa distribuidora de energia regional.
Este serviço envolverá conhecimentos técnicos, mas também outros aspectos pessoais e
sociais, pois não estaremos trabalhando apenas com máquinas, ferramentas ou materiais e sim
com pessoas: nossos clientes.
Dessa forma, na execução destas tarefas devem prevalecer o bom senso e as tratativas efe-
tuadas pelo funcionário com o cliente. Por exemplo, imagine que você está com uma OS de
corte de fornecimento de energia. No local, você certifica-se de que a pessoa realmente não
pagou a conta de energia. No entanto, o cliente é o dono de uma padaria e está com uma for-
nalha de pães, que acabara de colocar no forno elétrico.
O que você faria, visto que você não poderá esperar, pois existem outras atividades a serem
cumpridas neste dia? O melhor a fazer é cortar o fornecimento? Cumprir ou não a OS?
Neste momento, é necessário que você mantenha um bom relacionamento com o cliente e
aja de forma profissional e ética.
Vamos apresentar alguns aspectos iniciais para o contato com o cliente.
Além disso, apresentaremos, a seguir, alguns dos aspectos importantes extraídos do Código
de Defesa do Consumidor, enfocando, especificamente, os direitos:
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
CAPÍTULO III - Dos Direitos Básicos do Consumidor
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
a) a segurança contra produtos ou serviços que possam ser nocivos à saúde;
b) a escolha entre vários produtos e serviços de qualidade satisfatória e preços competi-
tivos;
c) ser ouvido;
d) a proteção contra contratos abusivos;
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
44

1
ATENDIMENTO: e) a educação para o consumo;

Ato ou efeito de f ) um meio ambiente saudável;


atender, maneira como
habitualmente são g) a informação;
atendidos os usuários de
determinado serviço. h) a proteção contra a publicidade enganosa;
i) a indenização.
Nas atividades de comercialização de produtos e serviços, existem pesquisas
2
CLIENTE:
constantes sobre o atendimento e como melhorá-lo para não perder clientes. Há
Cada um dos indivíduos alguns importantes indicativos, em porcentagem, de perda de clientes:
socioeconomicamente
dependentes, que fazem a) 1% morte do cliente;
parte de uma clientela
(conjunto de indivíduos
dependentes); comprador b) 3% mudam de fornecedor;
assíduo.
c) 5% adotam novos hábitos e econômicos;
d) 9% acham os preços abusivos;
e) 14% estão desapontados com a qualidade dos produtos;
f) 68% estão insatisfeitos com a atitude do pessoal (má qualidade do serviço).

Fonte: US NEWS AND WORLD REPORT.

1% 3%

5%

9%

14%

68%

Figura 4 - Porcentagem de pesquisa sobre o atendimento e como melhorá-lo


Fonte: SENAI - SP (2014)
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
45

3.1 MELHORIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

Para melhoria no atendimento ao cliente, é de fundamental importância que


alguns procedimentos e atitudes sejam considerados:
a) O cliente bem tratado volta sempre.
b) O profissional que efetua o atendimento tem a responsabilidade sobre a
satisfação direta do cliente.
c) Nem sempre se tem uma segunda chance para causar uma boa impressão
ao cliente.
d) Relações eficazes com os clientes, aliadas à qualidade técnica e preço justo,
fortalecem a opinião pública da empresa.
e) Recuperar o cliente ou sua confiança custará à empresa muito mais esfor-
ços do que mantê-lo.
f ) Cada cliente insatisfeito multiplica sua insatisfação para outras vinte pes-
soas, enquanto que os satisfeitos multiplicam apenas para cinco pessoas.

SAIBA Para saber mais, acesse o site:


MAIS www.idec.org.br/consultas/código-de-defesa-do-consumidor

3.2 CONDUTAS IMPRÓPRIAS NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

A seguir chamamos a atenção para algumas condutas que devem ser evitadas:
a) Os comportamentos desrespeitosos, sejam eles de origem social, cultural,
econômica, hierárquica, cor, sexo, idade ou religião, serão consideradas
como discriminatórios, passivos de ações judiciais.
b) São consideradas ações lesivas tudo aquilo que atingir a honra ou a boa
fama, bem como danos físicos, contra quaisquer colaboradores, clientes,
fornecedores e demais pessoas com quem a empresa mantenha relações.
c) A utilização de recursos da empresa para propósitos pessoais não autori-
zados pelas normas internas será considerada infração grave e estará su-
jeita a punições.
d) Oferecer ou receber subornos, gratificações, em troca de posição especial.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
46

e) Estabelecer relação de negócio em nome da empresa com qualquer pessoa que


seja um parente ou amigo, ou qualquer companhia controlada por tal pessoa.
f ) Praticar negociação por conta própria ou alheia, bem como manifestar-se
em nome da empresa, sem permissão para estes atos.
g) Promover brincadeiras, aglomerações, motins, formação de grupos políticos.
h) Usar o correio eletrônico, internet, banco de dados e demais recursos de in-
formática com objetivos particulares ou que possam afetar negativamente
a imagem da empresa.

3.3 CONDUTAS APROPRIADAS NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

A seguir chamamos a atenção para algumas atitudes e condutas que irão aju-
dá-lo a oferecer ao cliente um atendimento adequado e diferenciado:
a) Tratar o cliente de forma única e individual, pois sempre serão clientes. To-
das as pessoas precisam de energia elétrica, e, para tanto, independente-
mente de estarem com a conta paga ou não, sempre serão clientes ou con-
sumidores de energia elétrica.
b) Manter-se uniformizado, com crachá à vista e com boa aparência.
c) Deixar sempre evidente, por meio de palavras ou atitudes, que a empresa
está no local em tom de cordialidade.
d) Cumprimentar o cliente, identificar-se e procurar sempre falar com o
responsável pelo local, informando sobre o objetivo da visita e expli-
cando, claramente, que procedimento será executado.
e) Falar sempre olhando para o cliente, chamando-o pelo nome. Isso fará com que
ele perceba que você sabe com quem está falando e o deixará mais à vontade.
f ) Ao falar com o cliente ou conversar com o seu colega de trabalho diante
dele, evite usar termos técnicos ou códigos, pois o cliente poderá interpre-
tar isso de maneira negativa.
g) Não utilizar gírias. Lembre-se que você estará representando a empresa.
h) Ser prestativo e mostrar-se disposto a ajudar a resolver o problema.
i) Colocar à disposição do cliente o telefone do Call Center, se houver uma loja
ou o site da empresa, para que ele possa obter as informações completas.
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
47

3.4 ERROS DE COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE

A seguir chamamos a atenção para alguns procedimentos a serem adotados


que podem ajudá-lo a manter com o cliente uma comunicação eficiente, adequa-
da e diferenciada:
a) Ao ser questionado pelo cliente sobre o tempo para restabelecimento da
energia no atendimento de uma ocorrência, informe que há um grande
número de pessoas trabalhando para normalizar o fornecimento no menor
tempo possível.
b) Em dias de chuva, quando o tempo de restabelecimento estiver acima da
normalidade, ao ser questionado, diga ao cliente que um número extra de
colaboradores da empresa está trabalhando para restabelecer a energia o
mais rápido possível.
c) Se não for possível executar o serviço, explique o motivo ao cliente e, quan-
do possível, deixe a notificação no local ou direcione-o para os canais ex-
istentes na empresa.
d) Oriente o cliente sobre seus direitos e deveres e tenha certeza das infor-
mações que está passando.
Dando sequência em nossos estudos, pretendemos que, ao término deste ca-
pítulo, você seja capaz de:
a) aplicar normas de bom relacionamento com o cliente;
b) aplicar normas técnicas e procedimentos da distribuidora local;
c) cumprir ordem de serviço – OS;
d) identificar as normas e padrões compatíveis com o serviço proposto, de
acordo com a distribuidora local;
e) identificar o número da chave ou do equipamento a serem desligados;
f ) identificar os riscos de maior relevância na tarefa;
g) identificar recursos materiais e humanos para realização das atividades;
h) inspecionar EPIs, EPCs e ferramentas;
i) interpretar normas, padrões e catálogos técnicos;
j) organizar materiais, ferramentas e EPCs para execução da atividade
k) quantificar os materiais, ferramentas e EPCs necessários à execução da atividade;
l) realizar análise preliminar de risco – APR;
m) separar os equipamentos, EPIs, EPCs e ferramentas para testes;
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
48

n) separar os materiais e ferramentas necessários à execução da atividade;


o) identificar os equipamentos;
p) interpretar os padrões de medição da concessionária;
q) registrar as possíveis divergências sobre as condições técnicas dos equipa-
mentos a serem utilizados;
r) utilizar instrumentos de medição.

As concessionárias de energia possuem padrões de


entrada de energia, de acordo com a classificação de
potência instalada do consumidor (cliente). Esta potência
VOCÊ está diretamente relacionada com as cargas instaladas,
SABIA? classificadas em resistivas, indutivas, capacitivas, ou seja:
lâmpadas, motores, chuveiros, aquecedores, ar condicionado
e outros. Os consumidores seguem uma classificação por
letras e subgrupos A1, A2.., B1, B2..., C1, C2...

\
Para calcular a potência instalada em uma residência,
você deve consultar os manuais das concessionárias locais
e seguir os contextos explicados em fundamentos em
eletricidade, estudados neste curso, e em outros livros e
sites de eletricidade básica.
SAIBA
MAIS Depois de efetuados os cálculos, é sempre importante
consultar a tabela de demanda contratada x entrada de
energia (manual da distribuidora local), na qual estão
definidos os padrões de entrada de energia, tais como: tipo
de poste, caixa de entrada, aterramento, ramal de ligação,
proteções e outros.

3.5 SINALIZAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO

Como você já estudou nos livros sobre montagem, manutenção de redes de


distribuição, as atividades de STC estarão sendo executadas nas ruas, avenidas, cal-
çadas ou no limite interno do terreno do consumidor de energia elétrica. Portanto,
todos os procedimentos de segurança no trabalho devem ser adotados, instalando
os equipamentos de proteção coletiva – EPCs, tendo em vista delimitar a área ou
local de trabalho e evitar que pessoas trafeguem ou entrem nas áreas de riscos.
Para isso citamos, como exemplo, os cones, fitas refletivas, placa de advertên-
cias ou sinalizações, entre outros.
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
49

Figura 5 - Sinalização do local de trabalho


Fonte: SENAI - SP (2014)

3.6 RAMAL DE LIGAÇÃO

Os ramais de ligação são os cabos de alimentação instalados entre a rede


elétrica de distribuição (distribuidora de energia) e o medidor de energia elétrica,
instalado na caixa de entrada de energia elétrica do cliente.
Os ramais de ligação são conectados ao circuito secundário de energia elétrica
e têm a finalidade de interligar os circuitos e, assim, possibilitar a utilização de
energia elétrica ao cliente final.
Veja na Figura 6 poste com ramal de ligação.

Figura 6 - Ramal de Ligação


Fonte: SENAI - SP (2014)
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
50

3.7 TIPOS DE POSTES INSTALADOS (CONSUMIDOR)

Quadro 7 - Tipos de postes utilizados em STC consumidores


POSTE UTILIZAÇÃO
• utilizado para consumidores com
potência de até 75 kW;
• resistência mecânica de topo 100 daN,
para instalação do ramal de ligação;
• poste particular.

Poste em aço seção quadrada

• poste para instalação do consumidor,


com furações diversas, utilizado em
entradas de energia, de acordo com
o padrão da distribuidora de energia
elétrica;
• poste particular.

Poste em concreto armado duplo T

• poste em concreto armado, com caixas


acopladas ao corpo do poste, adotado e
normalizado por algumas distribuidoras
de energia;
• poste particular de entrada do consu-
midor.

Poste duplo T com duas caixas de medições acopladas

Fonte: SENAI - SP (2014)


3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
51

• poste em concreto armado com uma


caixa acoplada, adotado e normalizado
por algumas distribuidoras de energia;
• poste particular de entrada do consu-
midor.

Poste duplo T com uma caixa de medição acoplada

• com coluna executada no local, este


modelo de estrutura tem uma coluna
executada por profissional habilitado;
• a ordem de serviço indicará a existência
da ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica), que sempre será solicitada na
abertura do pedido de ligação.

Coluna em concreto armado montada no local

Fonte: SENAI - SP (2014)


EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
52

3.8 TIPOS DE CAIXAS INSTALADAS (CONSUMIDOR)

Algumas concessionárias de energia adotam padrões de instalações de postes


com caixas de medições e proteções separadamente. Veja alguns exemplos de
caixas padronizadas para instalações de entrada de energia elétrica, mais utiliza-
das para consumidores residenciais.

Quadro 8 - Caixas de entrada para atendimento em STC –


Consumidores BT exemplos SP
CAIXA UTILIZAÇÃO
Caixa tipo II • para instalação e medição de um consumidor até 12 kW.
Caixa tipo E • utilizada para instalação de um medidor com carga instalada até 100 A, para
trifásico e bifásico;
• utilizada para instalação de até dois medidores, com carga instalada de até 10
kW cada, somente na modalidade bifásica. Neste caso serão acopladas duas
caixas tipo E.
Caixa tipo K • utilizada para instalação de dois medidores sistema trifásico ou bifásico;
• utilizada para instalação de até dois medidores, com carga instalada de até 10
kW cada.
Caixa tipo M • utilizada para instalação de quatro a oito medidores sistema trifásico ou bifásico
em medição direta ou indireta;
• conforme carga instalada, necessita de caixas auxiliares para outras instalações
e proteções.
Caixa tipo T • utilizada para instalação de disjuntores, chaves fusíveis, seccionadoras, barra-
mentos de derivação;
• serve como caixa de passagem e poderá ser conjugada com outras caixas para
funções diversas.
Fonte: SENAI - SP (2014)

Estas caixas serão especificadas para entradas


FIQUE consumidoras de acordo com as concessionárias locais
ALERTA de energia. Para tanto, você deverá consultar tabelas
da distribuidora local, bem como os fornecedores e
fabricantes de caixas-padrão.
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
53

Na figura 7, temos um modelo de aplicação de entrada de energia padrão,


utilizado por uma distribuidora de energia elétrica

saídas
opcionais
1600

Figura 7 - Modelo de aplicação de entrada de energia padrão

Fonte: SENAI - SP (2014)

3.9 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS

Os serviços técnicos comerciais – STC, em suas execuções e planejamentos,


podem ser classificados em várias modalidades, dentre as quais podemos desta-
car as seguintes funções em uma empresa:
1) ligações novas, de consumidores de energia elétrica;
2) corte ou suspensão do fornecimento de energia elétrica;
3) religação do fornecimento de energia elétrica;
4) normalização do sistema de fornecimento de energia elétrica.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
54

3.9.1 LIGAÇÕES NOVAS PARA FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA A


CONSUMIDORES

As ligações novas, feitas para fornecer energia elétrica, são classificadas por tipo de
consumidores, em que o cliente registra sua solicitação na distribuidora de energia.
Normalmente nesses casos, o cliente deve apresentar projeto e declaração da
carga instalada, a distribuidora local aprovará ou não a ligação à rede de distri-
buição existente, pois podem existir necessidades de serviços de modificação em
suas redes áreas urbanas ou rurais.
Talvez você esteja pensando:
“O serviço do eletricista parece ser fácil: fazer as ligações dos condutores
tanto de um lado (distribuidora) quanto do outro (consumidor)”.
Será que é tão simples assim?
Na verdade, não é tão simples quanto se imagina.

Para o eletricista efetuar uma ligação nova, ele deve estudar


os padrões de entrada das unidades consumidoras. Estas
informações estão contidas nos manuais das distribuidoras
de energia elétrica, para especificações corretas da
SAIBA entrada de energia, e estão classificadas de acordo com as
MAIS potências instaladas e correntes elétricas calculadas.
Para acessar os manuais da distribuidora de energia elétrica é
necessário pesquisar no site ou adquiri-los na forma impressa,
diretamente nas lojas das distribuidoras locais. Citamos, como
exemplo, São Paulo, Capital, www.lig2005.com.br.

O eletricista deve efetuar todas as recomendações estudadas e para tanto de-


verá seguir alguns procedimentos:
a) aplicar normas de bom relacionamento com o cliente;
b) aplicar normas técnicas e procedimentos da distribuidora local;
c) cumprir ordem de serviço – OS;
d) identificar as normas e padrões compatíveis com o serviço proposto, de
acordo com a distribuidora local;
e) identificar os riscos de maior relevância na tarefa;
f ) identificar recursos materiais e humanos para realização das atividades;
g) inspecionar EPIs e EPCs e ferramentas;
h) organizar materiais, ferramentas e EPCs para execução da atividade;
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
55

i) quantificar os materiais, ferramentas e EPCs necessários à execução da atividade;


j) realizar análise preliminar de risco – APR;
k) registrar as possíveis divergências sobre as condições técnicas de materiais,
ferramentas e equipamentos para a montagem da obra;
l) registrar os números dos lacres a serem instalados;
m) segregar resíduos em função de sua destinação, reciclagem ou descarte,
considerando os procedimentos, as normas técnicas, ambientais, de saúde
e segurança;
n) separar os equipamentos, EPIs e EPCs bem como as ferramentas para testes;
o) separar os materiais, ferramentas e EPCs necessários à execução da atividade;
p) sinalizar toda a área de trabalho, não expondo os pedestres a riscos de acidentes;
q) utilizar instrumentos de medição, para verificação de falseamento, de ten-
são elétrica, de resistência e de aterramento.

3.9.2 CORTE OU SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

Este tipo de serviço será executado por equipe, normalmente composta por
duas pessoas, sendo um Eletricista e um Auxiliar, que deverão estar com veículo
apropriado para locomoção e com as ferramentas apropriadas (relacionadas no
capítulo anterior), para corte ou suspensão do fornecimento de energia elétrica
de consumidores.
A maior causa de ocorrência de corte ou suspensão no fornecimento de energia
elétrica dos consumidores, normalmente, é por falta de pagamento; 80% e 20% dos
casos são decorrentes de irregularidades adversas, como por exemplo: retirada de
lacres já instalados nos medidores de energia, caixas de medições e proteções, furto
de energia elétrica – os famosos “gatos”, más condições das caixas, dos postes ou
dos condutores de energia, localizados nas entradas de energia elétrica.
Nos casos dos postes sem condições de utilização, ou seja, podres ou enferru-
jados, eles devem ser substituídos.
Os locais de cortes ou suspensão de energia elétrica podem ser efetuados nos
seguintes locais:
a) nos medidores de energia elétrica (com sua retirada);
b) no poste do consumidor (nas conexões elétricas);
c) no poste da distribuidora local (com retirada do ramal de ligação).
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
56

3.9.3 RELIGAÇÃO E NORMALIZAÇÃO DO SISTEMA DE FORNECIMENTO DE


ENERGIA ELÉTRICA

Este tipo de serviço é o inverso do corte ou suspensão de energia elétrica e


será executado por equipe composta de duas ou mais pessoas (isto dependerá da
distribuidora local, na composição destas equipes).
a) 01 Eletricista – responsável direto pelos serviços executados;
b) 01 Auxiliar – responsável pela separação, instalação e auxílio direto nas
atividades do eletricista.
Essa equipe poderá ser a mesma que efetuou o corte ou a suspensão do forne-
cimento de energia elétrica.
Em ambos os casos, corte ou suspensão e religação do fornecimento de ener-
gia elétrica, o eletricista deverá conferir e certificar-se da conta de energia elétrica
do consumidor para constatar a real execução da OS.
As religações ou normalização da energia elétrica poderão ser efetuadas nos
mesmos locais em que foram realizadas as intervenções dos cortes, ou seja:
a) nos medidores de energia elétrica;
b) no poste do consumidor;
c) no poste da distribuidora local (com a retirada do ramal de ligação).

Tanto o eletricista quanto seu auxiliar deverão estar com os


devidos EPIs e EPCs e com as ferramentas adequadas para
cada tipo de tarefa a ser executada.
FIQUE As normas de segurança e padrões deverão estar de
acordo com a distribuidora local.
ALERTA
Todos os profissionais deverão estar treinados e
capacitados de acordo com a legislação, para executarem
serviços com eletricidade.

3.10 CONDUTORES PARA RAMAIS DE LIGAÇÃO DO CONSUMIDOR

Os condutores para ramais de ligação do consumidor que podem ser en-


contrados nas redes e normalmente são classificados como: singelos, multiplex,
quadruplex.
a) Singelos: condutores (cabos) unitários recobertos por isolação (600 V a
1000 V), na instalação das fases dos ramais de ligação do consumidor.
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
57

b) Multiplex: são cabos entrelaçados entre si, podendo ser um condutor nu


(neutro), uma ou duas fases, com isolação colorida, para facilitar na visuali-
zação e separação das fases.
c) Quadruplex: contém as mesmas configurações, porém com três ou quatro
condutores com isolação. Podem ser de alumínio ou cobre com isolação
colorida, para facilitar na visualização e separação das fases.
Os condutores ou cabos utilizados para ramais de ligação do consumidor são
encontrados nas bitolas de 10 mm² a 120 mm², em alumínio (80%) ou cobre (20%).
Vejamos a seguir, na Tabela 1, os condutores padronizados para ramais de liga-
ção em uma das distribuidoras de São Paulo-Capital.

Tabela 1 - Condutores para ramais de ligação


CONDUTOR FASE CONDUTOR NEUTRO TIPO
Duplex
10 mm2 CA 10 mm2 CA Triplex
Quadruplex
Duplex
16 mm2 CA 16 mm2 CA Triplex
Quadruplex
Triplex
25 mm2 CA 25 mm2 CA
Quadruplex
35 mm2 CA 35 mm2 CA Quadruplex
50 mm2 CA 50 mm2 CA Quadruplex
70 mm2 CA 70 mm2 CA Quadruplex
120 mm2 CA 70 mm2 CA Quadruplex

3.11 TIPOS DE LIGAÇÃO E CONEXÃO NAS REDES SECUNDÁRIAS DE


ENERGIA (DISTRIBUIDORA DE ENERGIA ELÉTRICA) PARA RAMAL DO
CONSUMIDOR

As conexões dos cabos derivados do ramal de ligação do consumidor poderão


ser conectados diretamente nas redes das concessionárias com conector apro-
priado para cada tipo de bitola de cabo ou serem conectados por meio de estri-
bos instalados nos cabos da rede fases e neutro (se houver).
Veja no exemplo a seguir estas instalações.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
58

Figura 8 - Tipos de ligação e conexão nas redes secundárias de energia


Fonte: SENAI - SP (2014)

3.12 RAMAL DE LIGAÇÃO DE ALUMÍNIO À REDE SECUNDÁRIA


MULTIPLEXADA ISOLADA

Nas redes multiplexadas com isolação, as terminações dos cabos para designa-
ção das fases A, B, C são chamadas de rabichos.
Como o condutor neutro não possui isolação, será instalado um estribo, para
as conexões dos condutores neutros dos ramais dos consumidores.
Veja a seguir os rabichos e os estribos instalados nos cabos multiplexados.

fase c fase b fase a neutro neutro fase a fase b fase c

capuz
termocontrátil
ou fita isolante e
fita auto-fusão
Figura 9 - Cabo multiplexado com rabichos nas fases e neutro
Fonte: SENAI - SP (2014)
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
59

3.13 RAMAL DE LIGAÇÃO DE ALUMÍNIO AO RAMAL DE ENTRADA DO


CONSUMIDOR

Nas redes convencionais, os ramais de ligação de entrada do consumidor (pos-


tinho) devem ser ancorados com o cabo de neutro (nu) à roldana do poste. A
conexão será do tipo cunha, respeitando-se a bitola dos condutores.

As tabelas de conectores devem ser consultadas,


SAIBA considerando-se o fabricante e as indicações normativas
MAIS das distribuidoras locais.

Veja, no exemplo a seguir, como são instalados o ramal de ligação e os conec-


tores aos cabos de entrada da unidade consumidora de energia elétrica.

abraçadeira plástica roldana do padrão de entrada

neutro cliente
conexão com conector tipo
cunha com cobertura isolante
ou com conector de perfuração

ramal de entrada do
consumidor
Detalhe da assimetria recomendada nas ligações com
utilização de conectores tipo cunha ou conectores de perfuração

Figura 10 - Ramal de ligação e conectores instalados


Fonte: SENAI - SP (2014)
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
60

3.14 RAMAL DE ENTRADA SUBTERRÂNEO DO CONSUMIDOR À REDE


SECUNDÁRIA AÉREA

Na Figura 11, podemos observar como se faz uma ligação dos condutores
neutro e fases, instalados diretamente nas fases dos condutores da distribuidora,
por meio de conectores do tipo cunha ou dos conectores padronizados para cada
local (distribuidora local).

ver tabela de distância

0,30 m
do ramal ao piso

Ramal de ligação com condutor singelo


ver tabela de distância

0,30 m
do ramal ao piso

Ramal de ligação com condutor singelo


ver tabela de distância

0,30 m
do ramal ao piso

Ramal de ligação com condutor singelo

Figura 11 - Ramal de ligação do consumidor, de acordo com o número de condutores


Fonte: SENAI - SP (2014)
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
61

3.15 INSTALAÇÃO DE CONECTORES TIPO COMPRESSÃO (CUNHA) EM


FIOS E CABOS DE ALUMÍNIO, PARA RAMAIS DE LIGAÇÃO DO CONSUMIDOR

Os conectores tipo compressão (cunha) são facilmente aplicados e extraídos a


partir da utilização correta das ferramentas correspondentes. Sua aplicação requer
uma ferramenta: o alicate ajustável, conhecido como “bomba d’água”, medindo
12” (30 cm de comprimento) e com espessura de bico, no máximo, igual a 8 mm.

Figura 12 - Alicate regulável (bomba d’água)


Fonte: SENAI - SP (2014)

Para selecionar o tipo de conector a ser instalado no ramal


SAIBA ou na rede de distribuição, você deverá verificar a bitola,
o tipo de condutor elétrico, Para selecioná-lo, existem
MAIS tabelas dos fabricantes de conectores, as quais poderão ser
consultadas via site do fabricante.

Figura 13 - Sequência de aplicação dos conectores


Fonte: SENAI - SP (2014)

De acordo com a figura acima, há uma sequência para a instalação adequada


dos conectores, que deve ser obedecida, conforme segue:
a) inserir o componente C entre os condutores que se deseja fixar;
b) inserir a cunha entre os condutores e o componente C;
c) ajustar o alicate entre a cunha e o componente C, comprimindo-o, com o
alicate bomba d’água, até a cunha ser travada.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
62

A extração dos conectores será feita com o alicate regulável, efetuando-se o


destravamento do componente tipo cunha, que poderá ser reaproveitado para
ser instalado em outro ramal de ligação.

CASOS E RELATOS

Eletricista terá que pagar prejuízos.


O proprietário de um posto de gasolina solicitou um acréscimo de carga
nas instalações alimentadas por circuito secundário de energia e, para tan-
to, teve que substituir a entrada de energia do local.
Após todas as tramitações junto à distribuidora, foram efetuadas pelo con-
sumidor as devidas alterações para a ligação definitiva da entrada de ener-
gia elétrica.
O eletricista José da Silva, funcionário da empresa STT, prestadora de
serviços da distribuidora de energia local, na área de Serviços Técnicos
Comerciais – STC, recebeu a OS para efetuar a ligação definitiva.
Chegando ao local, ele executou todos os serviços de acordo com as nor-
mas e padrões de segurança. Porém, ao fazer a ligação, o consumidor não
conferiu as fases de entrada. Em consequência disso, os motores sofreram
inversões de rotações e todos os equipamentos (computador, geladeira,
lâmpadas, entre outros), alimentados em 110 V, queimaram.
A distribuidora foi notificada e o eletricista teve que pagar todos os prejuí-
zos causados naquele estabelecimento, resultantes dessa falha.
A experiência foi marcante para este funcionário e uma ficou lição: na execução
das tarefas com eletricidade, todos os testes devem ser feitos antes da ligação.
3 EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS – STC
63

RECAPITULANDO

Vimos neste capítulo que, para executar os serviços técnicos comerciais,


é preciso conhecer com profundidade as etapas que envolvem cada pro-
cedimento, no que se refere às particularidades da execução de uma nova
ligação, ao corte de energia e à religação, respeitando-se sempre a normali-
zação prevista.
Assim sendo, é necessário reconhecer os tipos e aplicações das caixas de
entrada de energia elétrica, os ramais de ligação, os conectores e demais
materiais componentes da estrutura.
Além disso, vimos que é importante conhecer e saber utilizar as ferramen-
tas adequadas ao trabalho, bem como a utilização dos equipamentos de
proteção que são imprescindíveis na execução das tarefas.
É igualmente importante, comunicar-se com clareza e manter um bom
relacionamento com o cliente.
Portanto, para que possamos atender bem o cliente e nos relacionarmos
adequadamente com ele, precisamos estar atentos a algumas atitudes e
posturas fundamentais, quais sejam: a maneira como falamos sobre o
serviço a ser realizado, como damos explicações solicitadas por ele e como
devemos ser cordiais.
Estudamos ainda sobre a necessidade de conservação das ferramentas e
como devem ser organizadas no veículo e no local de trabalho.
Sendo assim, vamos seguir nossos estudos tendo em mente que para ser
um profissional nesta área também é fundamental cumprir normas e pro-
cedimentos e sempre ter consciência prevencionista em relação à seguran-
ça, à saúde e ao meio ambiente.
Medidores de Energia Elétrica

Em nosso dia a dia, utilizamos diversos aparelhos para mensurar, ou seja, medir diferentes
elementos e grandezas. Por exemplo:
a) a régua para medir o comprimento de objetos;
b) o velocímetro para indicar a velocidade do carro;
c) o cronômetro para medir o tempo.
Assim sendo, como eletricista, é importante que você conheça equipamentos utilizados para me-
dição de grandezas relacionadas à energia nos trabalhos referentes a Serviços Técnicos e Comerciais.
Vejamos alguns modelos de medidores que todos os consumidores ou usuários de energia
elétrica têm em suas casas, incluindo você.

4.1 TIPOS DE MEDIDORES DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Existem dois tipos de medidores de consumo de energia elétrica:


a) o eletromecânico (analógico);
b) o eletrônico (digital).

Medidor eletromecânico Medidor digital

Figura 14 - Medidores de fornecimento de energia elétrica


Fonte: SENAI - SP (2014)
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
66

Em 1872, o americano Samuel Gardiner inventou e


VOCÊ patenteou o primeiro medidor de consumo de energia
elétrica. O aparelho media o consumo no período durante
SABIA? o qual uma lâmpada elétrica, ligada em corrente contínua,
ficava acesa.

Os medidores, instalados pelas empresas distribuidoras de energia, medem o


consumo doméstico, industrial, comercial para que as “contas de luz”, como são
comumente chamadas, possam ser emitidas e faturadas.

Figura 15 - Consumo de energia


Fonte: 123RF (2014)

Para emitir a conta, os valores de consumo são obtidos em função da tensão,


da corrente e do tempo decorrido desde a última leitura. Por isso, a cada mês, uma
pessoa vem às nossas casas para anotar esses dados que estão nos mostradores
dos aparelhos, sejam eles analógicos ou digitais. A medida usada para a indicação
do consumo é o quilowatt/hora (kWh).

4.1.1 MEDIDOR ELETROMECÂNICO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA


ELÉTRICA

O medidor eletromecânico é o mais utilizado pelas empresas fornecedoras de


energia elétrica para a medição do consumo doméstico. Trata-se de um aparelho ba-
rato, robusto e confiável. Por isso, está instalado na grande maioria das residências.
A faixa de erro de medição deste tipo de aparelho é de, no máximo de ±2%,
que é considerada aceitável tanto para o fornecedor quanto para o consumidor,
diante dos custos mais elevados de medidores com um grau maior de precisão.
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
67

O mecanismo do medidor é composto basicamente de um disco de alumínio mon-


tado entre duas bobinas: uma que conduz a corrente de linha e a outra, chamada de
bobina de tensão, que mede a tensão. Essas bobinas criam dois circuitos magnéticos.
Sob a ação dos campos magnéticos alternados próximos gerados pelas bobinas,
criam-se correntes parasitas no disco (conhecidas como correntes de Foucault).
Os efeitos magnéticos destas FIC 193_C04_041
correntes influem entre si e fazem o disco girar.
Veja representação desta configuração básica, na figura a seguir.

bobina de tensão

disco

bobina de corrente
Figura 16 - Rotação do disco por dois campos magnéticos
Fonte: SENAI - SP (2014)

Para indicar os dados da medição, o mecanismo registrador é acionado com a


ajuda de uma engrenagem que está ligada ao eixo do induzido.
Por meio das correntes parasitas, um ímã permanente cria uma força oposta à
rotação do disco. Para compensar as forças de atrito e facilitar o giro do disco, de-
senvolve-se uma força suplementar, obtida por meio de uma blindagem parcial
do campo da bobina de tensão ou por meio de um pequeno parafuso de ferro,
colocado lateralmente em relação ao campo magnético.
O resultado é uma distribuição irregular do campo magnético e, por isto, há
uma força resultante que possibilita a rotação. Uma lâmina de frenagem evita a
rotação sem carga.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
68

FIC 193_C04_042

sistema de registro circuito magnético


paralelo

lâmina

disco

A
C
enrolamento de
curto-circuito
Figura 17 - Medidor de corrente monofásico e representação esquemática de suas partes componentes
Fonte: SENAI - SP (2014)

O consumo da residência é indicado pelo número de rotações do disco, que é


proporcional à energia consumida pela carga, durante intervalo de tempo decor-
rido entre uma leitura e outra.

4.1.2 MEDIDOR ELETRÔNICO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

O medidor eletrônico de fornecimento de energia elétrica é mais preciso (±1%)


do que o medidor eletromecânico, pois o circuito eletrônico emprega sensores e
não tem as limitações do conjunto eletromecânico.
O processo de medição baseia-se no seguinte princípio: uma amostra da ten-
são e da corrente é fornecida à carga e transferida a um sistema microprocessado
que, de forma digital, calcula a potência e a energia consumida pela carga.
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
69

Figura 18 - Medidor eletrônico de fornecimento de energia


Fonte: SENAI - SP (2014)

O quadro a seguir mostra o comparativo do desempenho de medidores ele-


tromecânicos e digitais.

Quadro 9 - Dados comparativos do medidor digital


em relação ao eletromecânico
RESULTADO
MEDIDOR MEDIDOR
CARACTERÍSTICA COMPARATIVO DO
ELETROMECÂNICO ELETRÔNICO
MEDIDOR DIGITAL
Classe/precisão 2% 1.0 / 2.0% Maior precisão
Consumo interno >1,1 mA <0,5 W Menor consumo
Corrente de partida 50 a 120 mA 5 mA Alta sensibilidade
Curva Não linear Linear plana Elimina subcarga
Mecanismos de cali- Ajustes deslizantes Rede resistiva Estabilidade do erro,
bração pois não possui partes
móveis
Influência da posição Posição única indicada Qualquer posição Elimina alinhamento
na escala do instrumento

4.2 INSTALAÇÃO DO MEDIDOR

O medidor de energia deve ser instalado na unidade (caixa de entrada de


energia), utilizando-se os equipamentos, ferramentas e materiais mencionados
anteriormente para as atividades de STC. No entanto, todos os procedimentos
de segurança deverão ser executados de acordo com os procedimentos de tra-
balho – PT da distribuidora de energia elétrica. Lembre-se o circuito deverá estar
desligado e seccionado. Veja os principais procedimentos e condições a serem
considerados na instalação do medidor de energia.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
70

Procedimentos:

a) verificação do sistema de medição (direta ou indireta);


b) fixação do medidor, parafuso instalado na caixa de medição;
c) análise das condições gerais do medidor;
d) ligação dos fios e cabos do medidor, seguindo ligações de sequência de
ligação para consumidores monofásicos, bifásicos, trifásicos;
e) teste da medição, sequência de fases, tensão de operação;
f ) lacre e cores nos pontos preestabelecidos (conforme apresentado pela dis-
tribuidora de energia).
Para sustentar o equipamento na caixa de medição, você deverá certificar-se de que:
a) ao apertar o parafuso de sustentação do medidor, ele não entrou em con-
tato com a parte metálica do fundo da caixa;
b) não existem condições que possam causar choques elétricos, explosões, torções,
impactos, escoriações e riscos ergonômicos, para a execução das atividades;

Minimização dos riscos:

a) desligue a carga do cliente;


b) abra a chave geral (lado linha – quando houver);
c) escolha o parafuso para sustentação;
d) determine a altura correta, compatível com a posição da viseira, e fixe o
parafuso;
e) pendure o medidor pela alça de sustentação no parafuso já instalado;
f ) coloque os parafusos de tamanho similar ao bloco de terminais para sua
devida fixação.

Teste do medidor de energia:

a) para certificar-se de que o medidor está perfeitamente instalado e em con-


dições de utilização, faça o teste de tensão de operação no medidor, utili-
zando o multímetro, ou o alicate amperímetro.
b) concluída a ligação, você deverá energizar o medidor em carga, verificar
se o mostrador ou indicador de consumo está funcionando e, em seguida,
anotar, na OS, os dados solicitados;
c) instale a tampa do bloco de terminais.
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
71

4.3 DESENHOS ESQUEMÁTICOS PARA LIGAÇÃO DE MEDIDORES DE


ENERGIA (MEDIÇÃO DIRETA)

Há 3 tipos de medidores de energia elétrica:


a) monofásico;
b) trifásico;
c) bifásico;
Veja a seguir as ligações dos medidores.
a) medição direta alimentação monofásica (1F+N+T)

NF FN

kWh

linha carga medidor de


FN NF energia

vai para haste de terra

Figura 19 - Medidor de energia elétrica Monofásico


Fonte: SENAI - SP (2014)
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
72

b) Medição direta alimentação Trifásica (3F+N+T)

NFFF FFFN

kWh

linha carga medidor de


FFFN NFFF energia

vai para haste de terra

Figura 20 - Medidor de energia elétrica Trifásico


Fonte: SENAI - SP (2014)
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
73

c) Medição direta alimentação Bifásica (2F+N+T)

NFF FFN

kWh

linha carga medidor de


FFN NFF energia

vai para haste de terra

Figura 21 - Medidor de energia elétrica Bifásico


Fonte: SENAI - SP (2014)

4.4 LACRES EM MEDIDORES DE ENERGIA

Os lacres são peças numeradas, contendo travas, aplicados em pontos pré-


determinados das instalações de entradas de energia elétrica do consumidor (se-
guindo padrões da distribuidora de energia). Estes lacres são instalados com o
intuito de inibir a violação do centro de medição de energia.

Os medidores de energia são de propriedade da


VOCÊ distribuidora de energia elétrica, e que a violação
dos lacres incide em furto ou desvio de energia. Caso
SABIA? constatada a violação, o consumidor poderá sofrer punição
financeira ou até mesmo processo jurídico.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
74

Os lacres são classificados de acordo com:


a) ligação nova;
b) corte e ou religação;
c) suspeitade fraudes.

SAIBA Para conhecer mais sobre as cores utilizadas dos lacres,


você deverá acessar o manual da distribuidora regional. Os
MAIS mais comuns são vermelho, verde, amarelo, preto.

4.4.1 PONTOS DE LACRAÇÃO

Os lacres são aplicados em três pontos:


a) tampa do bloco de terminais;
b) tampa do medidor;
c) tampa frontal da caixa ou compartimento do medidor de energia.

Vejamos isso na Figura 22, a seguir.

Figura 22 - Pontos de lacração


Fonte: SENAI - SP (2014)
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
75

4.5 TÉCNICAS DE LEITURA DE MEDIDORES ELETROMECÂNICOS

Nos medidores digitais, a leitura é feita diretamente no visor, uma vez que não
são necessárias interpretações. No entanto, nos medidores eletromecânicos (pon-
teiros) não podemos efetuar a leitura desta forma. Nestes casos, existem técnicas
para se realizá-la, que não são difíceis, mas exigem um pouco de atenção.
No Brasil, em especial nas capitais que já passaram por várias mudanças de pa-
drões técnicos, podemos encontrar os antigos e os novos padrões juntos, sendo
utilizados nas instalações de RDA.

VOCÊ Em algumas residências ainda existem medidores


SABIA? fabricados no ano de 1930 e em perfeito estado de uso.

Vamos então desvendar alguns mistérios sobre este assunto.


Para se efetuar a cobrança da energia consumida corretamente, é necessário
realizar a leitura do medidor de forma igualmente correta.
Você terá que entender melhor como é o funcionamento dos ponteiros do regis-
trador. O medidor de energia possui uma engrenagem mecânica como a de um re-
lógio de pulso ou de parede e por isso as pessoas o chamam de relógio de energia.
Na Figura 23, há um exemplo de um medidor com ponteiros. Observe-o.

Figura 23 - Medidor tipo ponteiros


Fonte: SENAI - SP (2014)
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
76

Os ponteiros deslocam-se da seguinte forma:

1000 100 10 1

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
milhar centena dezena unidade

milhar centena dezena unidade


0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5

Figura 24 - Forma de deslocamento de ponteiros


Fonte: SENAI - SP (2014)

A leitura é realizada normalmente da direita para a esquerda, de acordo com


indicação da figura anterior, obtendo-se primeiramente a unidade, em seguida a
dezena, a centena, e por fim a milhar. Porém, o valor que compõe numericamente
o total consumido de uma residência deve ser composto da forma usual, ou seja,
milhar, centena, dezena e unidade.
Então como devem ser anotados os números?
Vejamos a seguir como os números devem ser lidos corretamente, pois se você
anotar um deles de forma errada, isto afetará diretamente o valor a ser cobrado
do consumidor.
Para anotar os números teremos a seguinte ordem:

milhar centena dezena unidade


0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5

5 3 9 1

Figura 25 - Ordem correta de leitura dos ponteiros


Fonte: SENAI - SP (2014)
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
77

Uma regra prática:


Se o ponteiro estiver entre dois números, anote o de menor valor.
Veja um exemplo na ilustração a seguir.

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
Leitura: 0005 kWh.

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
Leitura: 0150 kWh.

0 0 0 0
1 9 9 1 1 9 9 1
2 8 8 2 2 8 8 2

3 7 7 3 3 7 7 3
4 6 6 4 4 6 6 4
5 5 5 5
Leitura: 2456 kWh.

Figura 26 - Regra prática na leitura dos ponteiros


Fonte: SENAI - SP (2014)

Inspeção de fraudes
As fraudes ou furtos de energia são alvos constantes de consumidores que
tentam burlar as regras de consumo normais, impostas pela Distribuidora local.
É um descumprimento à lei – furto previsto em código penal, buscando con-
tornar algum problema, ou não pagar ou pagar menos a energia elétrica que re-
almente consumiu.
Algumas atitudes de consumidores que configuram-se irregularidades da en-
trada de energia:
a) alterações no funcionamento do medidor de energia;
b) chaves de que desligam os medidores;
c) quebra dos lacres dos medidores;
d) mudanças dos ramais de ligações na entrada do consumidor;
e) ligação direta do ramal de ligação, no poste da distribuidora, famosos
“gatos” que são as ligações clandestinas, sem medições.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
78

Os consumidores de energia elétrica têm comportamentos adversos, sendo


que para a distribuidora de energia estes atos de furtos e fraudes significam pre-
juízos, pois não entram nas medições convencionais de energia elétrica.
Uma das estratégias de combate às ligações clandestinas é a implantação de
cabos isolados com conectores especiais, chamados:
a) cabos biconcêntricos
b) conector de perfuração tipo piercing (piranha).
Porém, como a implantação destes cabos no sistema de distribuição fica caro, deve
haver uma justificativa em detrimento da relação custo-benefício. Este tipo de cabo
geralmente é utilizado em locais com alto índice de furtos ou ligações clandestinas.
Alguns testes, efetuados numa zona urbana em São Paulo, pela Distribuidora
AES Eletropaulo, revelaram-se eficientes no combate às ligações clandestinas. Essas
ações poderão até mesmo possibilitar a redução dos acidentes com terceiros, fato co-
mum nos locais em que as ligações clandestinas são praticadas com maior facilidade.

Este tipo de cabo, isolado com conectores especiais


VOCÊ instalado em caixas de derivações, tem conectores
SABIA? especiais e é utilizado em BT ou RDA secundária de energia
elétrica.

Cabo biconcêntrico

estes cabos podem ser considerados como materiais isolantes. Por isso, deve-
mos ter o cuidado de não danificar sua cobertura durante transporte e instalação,
pois há risco de fechamento de curto-circuito na instalação e ligação da rede.
Este material exige ferramentas especiais para instalação e retirada das caixas
de derivação e cuidados no manuseio e no transporte.

condutor fase central

isolação em XLPE

condutor fase concêntrico

isolação em XLPE

condutor neutro concêntrico

cobertura em XLPE
Isolação das camadas de
XLPE 1000 volts

Figura 27 - Cabo Biconcêntrico


Fonte: SENAI - SP (2014)
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
79

4.6 INSTALAÇÃO DE CONECTORES TIPO PERFURAÇÃO PARA CABOS


MULTIPLEX EM RAMAIS DE LIGAÇÃO DO CONSUMIDOR

Este tipo de conector é muito comum em locais em que há probabilidades de fur-


to de energia, pois ele é totalmente isolado e necessita de chave especial para abertu-
ra e fechamento do conector, evitando-se, assim, contato com as partes condutivas.
Veja as etapas para a instalação do conector perfurante.
a) O conector deve estar totalmente aberto, com o parafuso de aperto no fim
de curso. Não se deve forçar para abrir mais e para retirar o parafuso.
b) O capuz deve ser totalmente inserido no seu alojamento próprio, ou seja,
no lado oposto ao da entrada do condutor de derivação.
c) Deve-se introduzir o conector de derivação na canaleta apropriada até que
ele pare, atingindo o fim do capuz. Não se deve forçá-lo a partir desse ponto.
d) Lentamente, deve-se introduzir o condutor principal (da rede multiplexada
ou do rabicho) no interior do conector, encaixando-o corretamente na sua
canaleta, sem desalojar o condutor de derivação.
e) a porca-fusível (limitador de torque) deve ser apertada manualmente, man-
tendo ambos os condutores (principal e derivação) corretamente posicio-
nados e centrados, até que o conector fique firme sobre os condutores.
Completa-se o aperto com chave fixa, até o rompimento da porca fusível. A
conexão estará estabelecida.
f ) As conexões com conectores de perfuração devem sempre ser feitas sem
tensão mecânica, isto é sem o tracionamento do condutor.
A vantagem deste tipo de conector é a não exposição do cobre, pois não será
necessário descascar a isolação do condutor, o que evitará furtos de energia, boa
conexão, pressão constante e outros.

Figura 28 - Conector de perfuração


Fonte: SENAI - SP (2014)
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
80

Na instalação de derivações dos cabos, este conector também oferece uma


proteção antifurto de energia elétrica.

Figura 29 - Conector instalado em cabo


Fonte: SENAI - SP (2014)

Na instalação do ramal de ligação do consumidor com este tipo de cabo bicon-


cêntico, você deverá proceder conforme os padrões e de acordo com os manuais
da distribuidora local.
Veja alguns dos procedimentos:
a) posicionar a bobina de acordo com o local de instalação;
b) verificar se o disjuntor de proteção (cliente) individual está desligado;
c) fazer o lançamento do centro de medição para a caixa de derivação;
d) ancorar o cabo no isolador roldana do cliente;
e) tracionar e ancorar o cabo no isolador roldana, no poste da distribuidora;
f ) testar a ausência de tensão nos terminais da caixa de derivação;
g) preparar as pontas do cabo para ligação no centro de medição;
h) fazer a ligação no medidor;
i) preparar as pontas do cabo na caixa de derivação;
j) fazer a ligação na caixa de derivação;
k) fazer o fechamento da caixa de derivação;
l) testar a tensão na unidade consumidora.
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
81

Figura 30 - Sistema de Comunicação PLC


Fonte: SENAI - SP (2014)

4.7 CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO, DE FERRAMENTAS,


EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS

Nas atividades como eletricista de serviços técnicos comerciais, o ambiente de


trabalho deve ser organizado, pois os materiais, ferramentas e instrumentos esta-
rão locados dentro do veículo, que se deslocarão nos trajetos a serem percorridos
para atendimento aos clientes. Logo, a conferência e a conservação das ferramen-
tas, equipamentos e instrumentos devem ser realizadas diariamente.
Para sua segurança e dos clientes:
a) planeje o serviço e execute-o com atenção para evitar falhas;
b) faça a APR da atividade a ser feita e execute-a;
c) confira todos os itens de segurança antes de iniciar a atividade;
d) realize as sinalizações necessárias do local;
e) comunique o cliente quando houver a necessidade de desligar a energia
elétrica para executar o serviço;
f) mantenha em ordem o veículo, as ferramentas de trabalho, os EPIs e os EPCs.
EXECUÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS
82

4.8 SEGURANÇA, SAÚDE OCUPACIONAL, MEIO AMBIENTE E QUALIDADE


NA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS TÉCNICOS COMERCIAIS

Nas atividades de serviços técnicos comerciais, o eletricista terá contatos cons-


tantes com as redes secundárias e com o cliente, bem como realizará trabalhos
em altura. Com certeza, o profissional utilizará frequentemente escadas e cestos
aéreos. Por isso, existirá uma grande chance de ocorrência de um acidente.
Sendo assim, o eletricista estará exposto a riscos, como visto nos capítulos so-
bre fundamentos de redes elétricas. Um deles seria a possível queda do alto da
escada ou da cesta aérea, atingindo uma pessoa ou outro companheiro de traba-
lho, ou ele mesmo sofrendo danos.
Lembre-se que, em quaisquer circunstâncias, todos os envolvidos nas tarefas
deverão estar utilizando seus EPIs e mantendo os EPCs relativos a cada tipo de
tarefa, de acordo com as normas de segurança

CASOS E RELATOS

Erro de leitura do medidor causa transtornos ao cliente.


O eletricista João Oliveira, é funcionário da empresa STT, prestadora de
serviços da distribuidora de energia local, na área de Serviços Técnicos
Comerciais – STC. Estava recém-admitido para efetuar leituras dos consu-
mos de energia elétrica de um bairro da cidade de São Paulo.
Assim, determinado dia, ao chegar no local de trabalho, ele iniciou os
serviços de acordo com os passos de leitura dos medidores, conforme trei-
namento que havia recebido. Porém, ao efetuar a leitura de um dos medi-
dores com ponteiros, enganou-se na interpretação, exatamente em relação
à unidade de milhar.
Em consequência disso, a média da conta de energia elétrica do consumi-
dor que era de 560 kW/mês passou para 6.600 kW/mês.
O consumidor teve que justificar sua reclamação, apresentando contas an-
teriores, preenchendo documentos e atendendo a outras solicitações na
agência da distribuidora de energia elétrica, que, por fim anulou sua conta,
pois tratava-se de erro de leitura.
4 MEDIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA
83

Vejamos a experiência que ficou para este funcionário, que recebeu uma
advertência da empresa que trabalhava: na realização de leitura utilizando
medidores com ponteiros (analógicos), o funcionário deve ter muita aten-
ção na anotação do resultado e saber efetuar corretamente esta leitura para
não causar transtornos para si mesmo e, principalmente, para o cliente.

RECAPITULANDO

Vimos neste capítulo que, para executar os serviços técnicos comerciais, é


preciso conhecer muito bem as etapas que envolvem os procedimentos
relativos a esses serviços, para instalação de medidores de energia elétrica,
incluindo os procedimentos de segurança e de comunicação.
Além disso, vimos que, em caso de fraudes, deve ser feito o correto preenchi-
mento de um termo de inspeção, no qual a irregularidade constatada, será
relatada e assumida pelo consumidor, por meio de assinatura de um termo
de responsabilidade.
Vimos também que alguns tipos de consumidores utilizam medidores de
energia em sistemas monofásicos, bifásicos e trifásicos.
Vimos também que para efetuarmos a leitura de medidores analógicos é
empregado uma técnica para verificar o consumo.
No caso dos medidores eletromecânicos foi ressaltada a importância da
técnica de leitura a ser aplicada quando há este tipo de medidor, o que
evita grandes aborrecimentos para consumidores e concessionárias.
Abordamos também as fraudes que podem fazer parte das instalações dos
consumidores mal intencionados, e quais os materiais (cabos/conectores)
foram desenvolvidos e estão sendo instalados para que seja possível evitar
determinados tipos de fraudes.
Sendo assim, vamos seguir nossos estudos tendo em mente que para ser um
profissional nesta área é fundamental cumprir normas e procedimentos.
REFERÊNCIAS

Modulo Específico III – Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica


Execução de Serviços Técnicos Comerciais
Manual de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição – Centrais
Elétricas do Pará S/A – CELPA - 2011
Manual de Construção e Manutenção de Redes de Distribuição Aérea – Companhia Paulista de
Força e Luz – CPFL - 2012
Manual de Execução de Serviços Técnicos Comerciais - AES Eletropaulo S/A – 2011.
Manual de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição –
Companhia de Energia do Estado do Tocantins - CELTINS – NTD-01 – 03/2005
Manual de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição –
Companhia de Energia Mato Grosso - CEMAT - NTD-013 – 02/2012
Manual NTD_01. Disponível em: <http://www.celtins.com.br/files/2012/06/47916_ntd01.pdf >.
Acesso em: 09 fev.2012.
Manual NTE_013. Disponível em:<http://www.cemat.com.br/.../NTE013-Fornecimento-de-
energia-elétrica-em-baixa tensão>. Acesso em: 21 nov.2011.
Conectores. Disponível em:< http://www.krj.com.br>. Acesso em: 29 abril.2011.
Manual NTD_01. Disponível em:<http www.celpa.com.br/wp-content/uploads/.../livreto_
padrao_10X202.pdf.>. Acesso em: 29 nov.2011.
MINICURRÍCULO DO AUTOR

ADILSON SANTO CRIVELLARO


Adilson Santo Crivellaro é engenheiro eletricista, pós-graduado em Administração de Empresas e
Engenharia de Segurança no Trabalho, especialista em Treinamentos na área de Energia. Atua desde
1994 como instrutor do SENAI SP, em treinamentos sobre Redes de Distribuição Aérea (RDAs) de
energia elétrica em circuitos energizados da classe 15 kV e em circuitos desenergizados. Tais treina-
mentos foram direcionados à capacitação de profissionais de empresas prestadoras de serviços e das
concessionárias de energia elétrica de São Paulo: AES Eletropaulo, Bandeirante Energia, CPFL, EDP.
Em 2002, participou do projeto Energia Brasil, do SENAI DN, que teve foco na eficiência energética e
no empreendedorismo. É membro do Comitê de Energia e Eficiência Energética do Setor Elétrico do
SENAI SP e do Comitê de Desenvolvimento do Curso de Aprendizagem Industrial (CAI) – Eletricistas
de Redes de Energia do Sindicato das Concessionárias de Energia Elétrica do Estado de São Paulo,
representado pelo SINDI Energia. Atualmente, é conteudista do curso de qualificação profissional de
Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica do Programa Nacional de Oferta de Educação
Profissional a Distância (PN-EAD) do SENAI DN.
ÍNDICE

A
Atendimento 25, 27, 38, 44, 45, 46, 47, 52, 81

C
Cliente 21, 22, 25, 27,38, 39, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 54, 63, 70, 80, 81, 82, 83
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Rolando Vargas Vallejos


Gerente Executivo

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo Adjunto

Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SÃO PAULO

Walter Vicioni Gonçalves


Diretor Regional

Ricardo Figueiredo Terra


Diretor Técnico

João Ricardo Santa Rosa


Gerente de Educação

Marta Dias Teixeira


Supervisão de Meios Educacionais

Henrique Tavares de Oliveira Filho


Silvio Geraldo Furlani Audi
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros

Adilson Santo Crivellaro


Elaboração

Carlos Alberto Bachegga


Revisão Técnica

Margarida Maria Scavone Ferrari


Design Educacional

Juliana Rumi Fujishima


Ilustrações

Adilson Damasceno
Juliana Rumi Fujishima
Tratamento de imagens

Adilson Damasceno
Fotografia

SENAI-SP
Editoração
Margarida Maria Scavone Ferrari
Revisão Ortográfica e Gramatical

i2 Design
Diagramação

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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