Você está na página 1de 44

Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Ciências
Departamento de Matemática e Informática

Licenciatura em Matemática

Exercícios para Aulas Práticas


de
Análise Matemática I

- Ano Lectivo de 2019 -

Regente: Ida Alvarinho

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 1
Sumário
Nota Introdutória ................................................................................................................... 3

Programa Temático .............................................................................................................. 4

Texto de Apoio 1: Notas históricas sobre a Análise Matemática................... 6

Ficha de Exercícios nº. 1: Sucessão Numérica. Subsucessão.


Sucessões monótonas. Sucessões limitadas. Indução Matemática. ......... 10

Texto de Apoio 2: Sucessões Convergentes. Propriedades, Operações


algébricas, Limites e Operações com Limites. ..................................................... 13

Texto de Apoio 3: Método de Indução Matemática ............................................. 18

Ficha de Exercícios nº. 2: Indução Matemática. Sucessões limitadas.


Noção de Vizinhança. Sucessões convergentes. Limites de sucessões. . 20

Ficha de Exercícios nº. 3: Sucessões enquadradas. Sucessão de


Cauchy. Operações com limites no conjunto dos números reais. ............... 22

Ficha de Exercícios nº. 4: Séries de números reais. Série geométrica,


Série de Dirichelet Série de Mengoli. Propriedades algébricas das Séries.
Critérios de Convergência de Séries. ........................................................................ 24

Ficha de Exercícios nº. 6: Limite de uma função. Limites em IR. Limites


laterais. .................................................................................................................................... 27

Ficha de Exercícios nº. 7: Funções Reais de Variável Real (continuação)


..................................................................................................................................................... 33

Ficha de Exercícios nº. 8: Derivada de uma função num ponto.


Interpretação geométrica da derivada. Regras de derivação.
Derivabilidade e continuidade. ..................................................................................... 36

Ficha de Exercícios nº. 9: Estudo completo de funções: função


exponencial e função logarítmica. .............................................................................. 38

Ficha de Exercícios nº. 10: Função inversa. Funções trigonométricas


Inversas. Regra de L´Hospital. ...................................................................................... 40

Ficha de Exercícios nº. 11: Cálculo Diferencial. Aplicações. ......................... 42

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 2
Nota Introdutória

Esta brochura está orientada especificamente para as aulas da disciplina de Ánálise


Matemática I constante do curriculum do curso de Licenciatura em Matemática,
ministrado no Departamento de Matemática e Informática da Faculdade de Ciências da
UEM.

A brochura contém o Plano Temático da disciplina, uma razoável lista de exercícios para
cada tema de estudo e alguns textos de apoio. Nas aulas práticas serão resolvidos alguns
destes exercícios; os restantes servirão para trabalho independente do estudante.
Obviamente, esta lista não impede (antes pelo contrário!) que o estudante procure, para
além destes, estudar e resolver outros exercícios, de modo a aprofundar os seus
conhecimentos.

Alguns dos exercícios e figuras seleccionados para esta compilação foram extraídos de
diferentes obras, particularmente as indicadas em “Referências”, no Programa Temático
desta disciplina, no curriculum do curso em causa.

Ida Alvarinho

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 3
Programa Temático

Carga horária: 6 horas/semana


Tempo lectivo: 16 semanas (29.07.2019 - 22.11.2019)
(23 – 27 Setembro: Semana intercalar)

Resumo do Programa Temático:

Competências Gerais
O estudante deverá desenvolver as seguintes competências:
 raciocínio lógico e compreensão;
 pensamento analítico e crítico.

Competências específicas
O estudante deverá desenvolver as seguintes competências:
 dar a definição de limite, enunciar e demonstrar os principais teoremas sobre
convergência de sucessões. Calcular limites de sucessões de números reais;
 enunciar e demonstrar os principais critérios de convergência de séries numéricas;
 investigar a convergência de séries numéricas;
 dar a definição de limite de função segundo Heine e segundo Cauchy. Enunciar as
principaispropriedades de limite de função. Calcular limites notáveis e comparar
infinitésimos. Calcular limite de funções a uma variável real;
 enunciar e demonstrar os principais teoremas sobre funções diferenciáveis e
determinar, directamente, derivadas de funções a uma variável real.

Nº Temas Nº. de horas de


contacto directo

1 Sucessão numérica. Limite de sucessão 18

2 Séries numéricas 4 12 16

3 Limite e continuidade de função 26

4 Cálculo diferencial 24

5 Teoremas fundamentais sobre funções diferenciáveis 12

6 Preparação e realização de avaliações -----

Total 96

Sistema de Avaliação:

a. Documentos de Avaliação: 2 Testes (T1 e T2), Avaliação Contínua (AC) e


Exame (*)
b. Avaliação contínua: Mini-testes aplicados sem aviso prévio e/ou
trabalhos de iniciação à investigação.
c. Nota de Frequência (NFrq): 0.35T1 + 0.35T2 + 0.30AC
d. Nota Final (NF): Média aritmética entre a NFrq. e a do Exame

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 4
Datas da realização dos Testes de avaliação:
Teste 1: 02 de Outubro de 2019
Teste 2: 20 de Novembro de 2019

Exame Normal*: A determinar centralmente


Ex. de Recorrência: A determinar centralmente

(*) - está prevista a dispensa de exame, sob as condições definidas no Regulamento


Pedagógico da UEM.

Referências
[1] R. A. Adams, Calculus: A Complete Course, Fifth Edition, Addison Wesley Longman,
Toronto, 2003.
[2] C. H. Edwards and D. E. Penney, Calculus, Sixth Edition, Prentice Hall, Inc., New Jersey,
2002.
[3] B. P. Demidovitch, Problemas e Exercícios de Análise Matemática, Editora Mir, Moscovo,
1984

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 5
Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Ciências
Departamento de Matemática e Informática

Licenciatura em Matemática

Análise Matemática I - 2019

Texto de Apoio 1: Notas históricas sobre a Análise Matemática

I. Introdução
O que é a Análise Matemática ou simplesmente Análise?
Em poucas palavras, podemos dizer que Análise Matemática é o ramo da Matemática que se
ocupa dos números e das relações entre eles, expressos por meio de igualdades, desigualdades
e operações. A Análise Matemática lida com os conceitos introduzidos pelo cálculo diferencial e
integral, medidas, limites, séries infinitas e funções analíticas. Surgiu da necessidade de prover
formulações rigorosas às ideias intuitivas do cálculo, sendo hoje uma disciplina muito mais ampla
cujos tópicos são tratados numa subdivisão chamada análise real.
A Análise diz-se Análise Algébrica ou Álgebra quando não emprega a passagem ao limite.
Diz-se Análise Infinitesimal se usar a noção de limite, e portanto de infinito, quer directa
quer indirectamente (séries, derivadas, integrais,...)
A Análise surgiu do estudo dos números e funções reais, mas a sua abrangência cresceu de
forma a estudar os números complexos, bem como espaços mais gerais, tais como os espaços
métricos, espaços normados e os espaços lineares topológicos

II. Alguns dados históricos


A Análise Matemática foi desenvolvida formalmente no século XVII, durante a Revolução
Científica, mas muitas das suas ideias remontam aos matemáticos de tempos anteriores.
Os primeiros resultados em análise estiveram implicitamente presentes nos primórdios
da matemática grega antiga. Por exemplo, uma soma geométrica infinita está implícita
no paradoxo da dicotomia de Zenão. Mais tarde, matemáticos gregos, como por
exemplo, Eudoxo e Arquimedes fizeram uso mais explícito, embora ainda informal, dos
conceitos de limite e convergência quando usaram o método da exaustão para calcular
áreas e volumes de regiões e sólidos.

O primeiro uso explícito de infinitesimais aparece na obra O Método dos Teoremas


Mecânicos, de Arquimedes, que foi redescoberta no século XX. Na Ásia, o matemático
chinês Liu Hui usou o método da exaustão no século III d.C para encontrar a área de um
círculo. No século V, Zu Chongzhi estabeleceu um método que mais tarde viria a ser
redescoberto no oeste, e que é agora conhecido por princípio de Cavalieri, para encontrar
o volume de uma esfera. No século XII, o matemático indiano Bhāskara II forneceu
exemplos de derivadas e usou o que agora se conhece por teorema de Rolle.

No século XVIII, Euler introduziu a noção de função. A análise real começou a emergir
como disciplina independente quando o matemático Bernard Bolzano introduziu a
definição moderna de continuidade em 1816. No século XIX, Cauchy ajudou a assentar o
cálculo infinitesimal em fundamentos lógicos firmes com a introdução do conceito
de sucessão de Cauchy. Foi ele também que iniciou a teoria formal da análise complexa.

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 6
Poisson, Liouville, Fourier e outros mais estudaram as equações em derivadas parciais e
a análise harmônica. Com as contribuições destes e de outros matemáticos
como Weierstrass, foi-se estabelecendo a ideia moderna de rigor matemático.

III. Principais Ramos da Análise Matemática


 Análise real (tradicionalmente, a teoria das funções de uma variável real) é o ramo
da análise matemática que lida com números reais e as funções de valor e variável
reais.
 Análise complexa (tradicionalmente, a teoria das funções de uma variável
complexa) é o ramo da análise matemática que investiga funções de números
complexos.
 Análise funcional é o ramo da análise matemática que estuda principalmente
espaços vetoriais dotados de algum tipo de estrutura relacionada a limites (por
exemplos, as definições de produto interno, norma, espaço topológico etc.) e os
operadores lineares agindo sobre estes espaços e respeitando essas estruturas num
sentido apropriado.
 Equações diferenciais são equações matemáticas para um função desconhecida de
várias variáveis que relacionam os valores da própria função e as suas derivadas de
várias ordens.
 Teoria da medida é o ramo que estuda as medidas de conjuntos, fornecendo
maneiras sistemáticas de atribuir um número a cada subconjunto apropriado desse
conjunto, número esse intuitivamente interpretado como o seu tamanho.
 Análise numérica é o estudo de algoritmos que usam aproximações numéricas (em
oposição às manipulações simbólicas de aplicação geral) no estudo de problemas de
análise matemática.

IV.Alguns dados biográficos sobre filósofos e matemáticos referidos neste texto

 Zenão: filósofo pré-socrático grego, de Eléia (aproximadamente 490 a.C. – 430 a.C.)

 Eudoxo: astrónomo, matemático e filósofo grego, de Cnido (aproximadamente 408 a.C. - 355
a.C.)

 Arquimedes: matemático, físico, engenheiro, inventor e astrônomo grego, de Siracusa,


(aproximadamente 287 a.C. - 212 a.C.). É um dos principais cientistas da Antiguidade
Clássica. Entre as suas contribuições à Física, estão as fundações da hidrostática e
da estática, tendo descoberto a lei do empuxo e a lei da alavanca, além de muitas outras.
Inventou vários tipos de máquinas para usos militar e civil, incluindo armas de cerco, e
a bomba de parafuso que tem o seu nome. É considerado o maior matemático da antiguidade,
e um dos maiores de todos os tempos (ao lado de Newton, Euler e Gauss). Usou o método da
exaustão para calcular a área sob o arco de uma parábola utilizando a soma de uma série
infinita, e também encontrou uma aproximação bastante acurada do número “π”. Descobriu
a espiral que tem o seu nome, fórmulas para os volumes de sólidos de revolução e um
engenhoso sistema para expressar números muito grandes.

 Liu Hui: matemático chinês, do estado de Cao Wei (aproximadamente 220-280). Em 263
editou e publicou um livro com soluções de problemas matemáticos apresentados no famoso
livro de matemática chinês conhecido como Nove Capítulos da Arte Matemática, onde Liu Hiu
acrescentou um apêndice ao último capítulo, contendo nove problemas, todos relacionados
com a medição de distâncias. Foi provavelmente o primeiro matemático a descobrir,
compreender e usar os números negativos.

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 7
 Zu Chongzhi: matemático e astrónomo chinês (429 - 500) . Por volta do ano 480, propôs um
valor bastante preciso de “π” para a época: algo entre 3,1415926 e 3,1415927.

 Cavalieri: sacerdote matemático italiano, de Milão, (1598-1647), discípulo de Galileu.


Estudou astronomia, trigonometria esférica e cálculo logarítmico. É considerado um dos
precursores do cálculo integral. Em 1635 publicou sua obra mais conhecida, Nova Geometria
dos Indivisíveis Contínuos, em que desenvolveu a ideia de Kepler sobre quantidades
infinitamente pequenas: uma região, por exemplo, pode ser pensada como sendo formada por
segmentos "indivisíveis", e que um sólido pode ser considerado como composto de regiões
que têm volumes indivisíveis. Desenvolveu um método que foi utilizado durante cinqüenta
anos e que foi substituído pelo Cálculo Integral. A teoria de Cavalieri permitiu-lhe determinar
rapidamente áreas e volumes de figuras geométricas.

 Bhaskara II: também conhecido por Bhaskaracharya, foi um matemático e astrónoma indiano,
de Vijayapura, (1114 - 1185), considerado um dos mais importantes matemáticos do século
XII e o último significativo daquela época. Foi chefe do observatório astronômico de Ujjain,
escola de matemática muito bem conceituada no período. Tornou-se famoso por ter
complementado a obra do ilustre matemático e astrônomo indiano Brahmagupta (598-668).
(Não confudir com o matemático indiano Bhaskara I que viveu no século VI).

 Michel Rolle: matemático francês, de Ambert, Basse-Auverne (1652 - 1719). Teve muito
pouca educação formal, tendo aprendido muito sozinho. Trabalhou como assistente de
diversos advogados na região de Ambert, e depois, como escrivão e matemático, em Paris.
Foi eleito para a Académie Royal des Sciences em 1685, e tornou-se Pensionnaire Géometre
da Academia em 1699. Trabalhou em análise diofantina, álgebra e geometria. Publicou Traité
d'algèbre sobre teoria de equações. Rolle é lembrado principalmente por seu teorema, que foi
publicado numa obra de 1691, e demonstrado com o uso do método de Hudde.

 Leonhard Euler: matemático e cientista suíço, da Basileia (1707-1783). Publicou diversos


textos, entre eles, “Mecânica” (1736-37), onde apresentou extensivamente a dinâmica
Newtoniana na forma de análise matemática. Desenvolveu o método dos algoritmos com o
qual conseguiu, por exemplo, fazer a previsão das fases da lua, com a finalidade de obter
informações para a elaboração de tabelas para ajudar o sistema de navegação. Entre as suas
contribuições mais conhecidas na matemática moderna estão: a introdução da função gama, a
analogia entre o cálculo infinitesimal e o cálculo das diferenças finitas, quando discutiu
minuciosamente todos os aspectos formais do Cálculo Diferencial e Integral, da época. Foi o
primeiro matemático a trabalhar com as funções seno e cosseno. Iniciou o estudo das linhas
de curvatura e começou a desenvolver um novo ramo da matemática denominado Geometria
Diferencial. Escreveu mais de 200 artigos sobre Física, Matemática e Astronomia e três livros
de análise matemática.

 Bernard Bolzano: filósofo, lógico e matemático. Nasceu a 5 de outubro de 1781, Praga


(Boêmia - Império Austro-Húngaro, actual República Checa). Projectou-se no campo da lógica,
formulando algumas teorias originais. Estabeleceu a forma de distinguir classes finitas e
infinitas em sua obra Paradoxos do Infinito, publicada postumamente. Devemos também a
Bolzano importantes estudos sobre as funções contínuas não deriváveis, além de trabalhos
pioneiros sobre a convergência de séries.

 Augustin Louis Cauchy: matemático e físico-matemático francês que provou (1811) que os
ângulos de um poliedro convexo são determinados por suas faces. Numerosos termos em
matemática possuem o seu nome, como por exemplo o teorema integral de Cauchy, na teoria
de funções complexas, e o Cauchy-Kovalevskaya. Foi o primeiro a fazer um estudo cuidadoso
das condições para CONVERGÊNCIA de SÉRIE infinita; a ele se deve uma definição rigorosa
de um integral independente do processo de diferenciação e a teoria matemática da
elasticidade. Alguns dos seus principais textos são: Cours d'analyse (1821) e os 4 volumes
Exercises d'analyse et de physique mathematique (1840-47).

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 8
 Siméon Denis Poisson: engenheiro e matemático francês, de Pithiviers (1781-1840). Foi
considerado o sucessor de Laplace no estudo da mecânica celeste e da atração de
esferóides. Desenvolveu o Expoente de Poisson, contribuiu para as teorias da eletricidade e
do magnetismo e estudou o movimento da lua. Fez estudos sobre mecânica, eletricidade (a
constante de Poisson), elasticidade (razão de Poison), calor, som e matemática (integral de
Poisson na teoria do potencial e o colchete de Poisson nas equações diferenciais) com
aplicação na medicina e na astronomia. Publicou trabalhos sobre movimentos de ondas em
geral e coeficientes de contração e a relação entre estes e a extensão. Contribui para que a
eletricidade e o magnetismo se tornassem um ramo da física matemática. Das suas
publicações destacam-se: Mémoire sur les équations générales de l'équilibre et du
mouvement des corps solides élastiques et des fluides (1829), Traité de mécanique (1833) e
Recherches sur la probabilité des jugements (1837) onde aparece a famosa distribuição de
Poison, muito aplicada em estatística. Na teoria de probabilidades, descobriu a forma limitada
da distribuição binomial, que recebeu o seu nome. Atualmente o método de Poisson é um
processo randômico de importância fundamental.

 Joseph Liouville: matemático francês de Saint-Omer, Pas-de-Calais, (1809 - 1882).


Doutorou-se em matemática em 1836. Fundou o Journal de Mathématiques Pures et
Appliquées onde fez publicar, em 1846, os trabalhos de Galois, de cuja importância foi o
primeiro a aperceber-se. Embora tenha trabalhado em todas as áreas da matemática pura e
aplicada, é sobretudo conhecido pelo teorema de Liouville (que, ironicamente, é da autoria
de Cauchy), por ter sido o autor da primeira demonstração da existência de números
transcendentes e o primeiro a demonstrar que certas funções não têm primitivas elementares
e, ainda, por ter divulgado os trabalhos de Galois.

 Jean-Baptiste Joseph Fourier: matemático e físico francês, de Auxerre (1768-1830), célebre


por ter iniciado a investigação sobre a decomposição de funções periódicas em séries
trigonométricas convergentes chamadas séries de Fourier e a sua aplicação aos problemas da
condução do calor, desenvolvida na sua célebre obra Theorie analytique de la Chaleur (1822).
Estabeleceu a equação diferencial parcial administrando a difusão de calor e encontrou a
solução usando série infinita de funções trigonométricas. A transformada de Fourier foi assim
designada em sua homenagem. Fourier também é geralmente valorizado pela descoberta do
efeito de estufa. Estimulou os mais recentes trabalhos sobre séries trigonométricas e sobre a
teoria de funções de uma variável real.

 Karl Wilhelm Theodor Weierstraß: matemático alemão, de Ostenfelde (1815 - 1897) foi
professor na Universidade de Berlim. Em 1860 apresentou a primeira fórmula para
uma função contínua que não fosse derivável em nenhum ponto, fortalecendo as teorias que o
matemático Bernhard Bolzano desenvolveu em 1834, quando apresentou uma destas
funções. O seu trabalho forneceu as bases da teoria das funções analíticas. Weierstrass foi
um pioneiro da moderna análise matemática e foi o criador do conceito de limite de uma
função.

Principal Referência:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Análise_matemática

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 9
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 1: Sucessão Numérica. Subsucessão.


Sucessões monótonas. Sucessões limitadas. Indução Matemática.

1. Calcule o primeiro termo, assim como os termos de ordem 2n e 2n  1 das sucessões:


n  (1) n n2  2
a) u n  ; b) v n  (1) n 1 .
n 2n  3

2. Faça a representação gráfica dos cinco primeiros termos das sucessões:


Em 1995, a população estudantil de uma escola era de 1.000 estudantes e foi aumentando
7 n  1Sabendo que a escola1 fornece um fardamento grátis,
3% por6ano. por aluno, por ano,
a) u n  ; un 
b) determine: ; c) u n  log ; d) u n  (n) ;
4
e) u n  (n) ;
5
n 1 2n fardamentos
a) quantos 1 forneceu em 1999?
n
3 n! 5 n 1  2 n 1
f) u n  2 n 3 ; g) u n  ; h) u n  (3) n5 ; i) u n  ; j) u n 
5n 2 4 5n  2n

3. Escreva o termo geral das sucessões cujos termos das primeiras ordens são os seguintes:
1 1 1 1 1 1 1 3 8 13 18
a) 2,5,8,11,...; b) 1, , , ,...;; c) 1, , , , ...; d) , , , ...;
2 4 8 4 9 16 25 7 11 15 19

4. Seja a sucessão: 5, 9, 13, 17, 21, 25, ....


a) De que progressão se trata? Determine a razão;
b) Determine o termo de ordem 20;
c) Determine a soma dos 12 primeiros termos;
d) Escreva os 20 primeiros termos (um a um). Some os 12 primeiros termos. Confira com
os resultados obtidos em b) e c).

5. Seja a progressão: 1, 3, 9, 27, 81, ...


a) De que progressão se trata? Determine a razão;
b) Determine o 15º. termo;
c) Determine a soma dos 12 primeiros termos;
d) A soma de n primeiros termos é igual a 364. Determine n.

6. Em 1980 o Kénia tinha a maior taxa de crescimento anual de população, no valor de 4,2%.
Se esta taxa se mantivesse, determine o tempo que levaria a duplicar (“doubling time”) a
população deste país.

7. O valor de vários bens tais como carros, equipamento stereo e mobiliário desvaloriza cada
ano. Se se assumir que o valor de um bem desvaloriza uma percentagem fixa por ano, a
desvalorização diz-se contínua.
Suponha que um carro tem, no acto de compra, um valor P 0 e que se vai desvalorizar 20% por
ano, durante um período de 5 anos. Qual será o valor P(t) no ano t, para t = 1, 2, 3, 4 e 5?

8. Uma pessoa pediu emprestada, a um amigo, uma certa quantia e comprometeu-se a pagá-la
em 18 prestações mensais, seguindo o modelo:
- ao fim do 1º. Mês pagaria 100.000,00 Mt;
- em cada mês pagaria mais 50.000,00 Mt que no mês anterior.
a) Determine o valor da 2ª. e da 3ª. prestação;

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 10
b) Qual o valor da 9ª prestação?
c) Qual o valor total do empréstimo?

9. Numa progressão geométrica, u 3 = 1/8 e u6 = 1/64. Determine:


a) O 1º termo e a razão;
b) A soma dos 5 primeiros termos.

10. Na primeira semana de funcionamento, uma biblioteca registou a entrada de 120 pessoas. Na
segunda semana registou 145 e na terceira 170. A quantidade de pessoas a frequentar a
biblioteca foi aumentando, em média, igualmente, durante 9 semanas. Determine:
a) Quantas entradas foram registadas na 5ª semana?
b) Ao fim das 9 semanas, quantas “entradas” registou a biblioteca?

11. Em 1995, a população estudantil de uma escola era de 1.000 estudantes e foi aumentando
3% por ano. Sabendo que a escola fornece um fardamento grátis, por aluno, por ano,
determine:
a) quantos fardamentos forneceu em 1999?
b) quantos fardamentos forneceu, no total, de 1995 a 2001 (inclusivé)?

12. Calcule a soma dos 10 primeiros termos das seguintes progressões:


2 2
a) u n  2n  1; b) u n  n 1 ; c) u n  (1) n , d) u n  (n  1)
3 3

13. Estude as sucessões seguintes quanto à monotonia:


n
n 1 n 1
a) u n  ; b) vn  n  1  n ; c) wn  n ; d) u n    ;
2n  4 2 2

14. Calcule os seguintes limites:


n 3  2n 2n
a) lim (n) 4 ; b) lim (n) 5 ; c) lim ; d) lim ;
n  n  n  4n  5n  1
3 2 n  n3
n  (1) .n 1  (1) .n
 
3 n 2 n 3
1 1
e) lim ; f) lim ; g) lim log ; h) lim ; i) lim (1) n  5 ;
n  3n  7
3 n  3 7
n n  n n   log n n
n n
 3  n3 3 n
j) lim 1   ; k) lim   ; l) lim 2 n 3 ; m) lim (3) n 5 ; n) lim ; o) lim ;
n   n n   n  1  n  n  n   5n 2 n   4 n

n (1) n .2n 3 n! 5 n 1  2 n 1
p) lim ; q) lim ; r) lim ; s) lim ; t) lim 2 n9
n   2n n   n3 1 n   4 n  5n  2n n 

1 n 2n  1 (1) n 1 n2  1
u) lim ; v) lim ; w) lim ; x) lim ; y) lim ;
n   2 n n   n  1 n   n  1 n   n n   2n 2  1

z) lim
n
 n 1  n ;   ) lim
2n  3
n  3n  1
;  ) lim
n2 1
n   n 4  3
;  ) lim
n 
n 2  7n  1
n2
;
3
n 4n
2n  1  1   2n  1 
 ) lim ;  ) lim 1   ;  ) lim   ;
n   2 n  1 n   n2  n  2n  3 

15. Utilizando o método de indução matemática prove que :


a) 8 n : 2 n  4 n , n  
n
b)  2k   n  n  1, n  
k 1
1 n
c) 1  2  3  4  ...  n   n, n  
2

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 11
Respostas:
4. a) P.A.; r = 4; b) 81; c) 324; 5. a) P.G.; r = 3; b) 4.782.969; c) 265.720; e) n = 6;
6. n  17 anos; 7. P(t )  P0 .0,8t ; P(1)  P0 .0,8 ; P(2)  P0 .0,8 2 ; P(3)  P0 .0,83 ; ...etc. 8. a) 150.000
1 1 31
e 200.000; b) 500.000; c) 9.450.000; 9. a) u1  ; r  ; b) ; 10. a) 220; b) 1980;
2 2 32
1 1
11. a) 1267; b) 7663 14. a)  ; b)  ; c) ; d) 2; e) ; f) 0; g)  ; h) 0 ; i) não
4 3
existe; j) e 3 ; k) e 2 ; l)  ; m) não existe; n) 0; o) 0 ; p) 0; q) não existe; r)  ; s)
5; t) 0; u) 0; v) 1; w) 2; x) 0; y) ½; z) 0;  ) 2/3;  ) 0;  ) 1;  ) 1;  )
+;  ) e 4

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 12
Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Ciências
Departamento de Matemática e Informática

Licenciatura em Matemática

Análise Matemática I - 2019

Texto de Apoio 2: Sucessões Convergentes. Propriedades, Operações


algébricas, Limites e Operações com Limites.

I. Sucessões Convergentes. Propriedades

1. Definição:
A sucessão u n converge para um valor a   se, para qualquer valor positivo  ,
existe uma ordem a partir da qual todos os termos da sucessão pertencem a V a .
Simbolicamente,
lim u n  a    0 , p   : n  p  u n  a  

2. Definição:
a) As sucessões que têm por limite um número finito dizem-se convergentes
b) As sucessões que não são convergentes dizem-se divergentes
c) Uma sucessão convergente para 0 diz-se um infinitésimo

3. Definição:
Um elemento a   diz-se um Ponto de Acumulação do conjunto A   , não
vazio, se em qualquer vizinhança de a , existe pelo menos um elemento de A ,
diferente de a , isto é:
a é ponto de acumulação de A se   0, V a  \ a  A   

4. Definição:
Um ponto a  A que não seja ponto de acumulação chama-se Ponto Isolado, isto
é:
  0, V a   A  a

5. Proposição
O elemento a   é Ponto de Acumulação de A   se e só se é limite de uma
sucessão de pontos distintos de a

Demonstração:
1) Suponhamos que a é ponto de acumulação de A   . Mostremos que a é o limite de uma
sucessão de pontos distintos de a :
 Então, se a   é Ponto de Acumulação de A   , para cada n   , existem

pontos u n  V 1 a    A \ a , ou seja, 1


un  a  e u n  a , c.q.d.
n
n

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 13
2) Suponhamos agora o contrário, ou seja: u n  A , para cada a   , com u n  a , n   tal
que u n  a . Mostremos que a é ponto de acumulação de A   .
Então:
Da hipótese vem que u n  a   ,   0
Assim, u n  V a  ,   0 , pelo que a   é ponto de acumulação de A , c.q.d.

6. Teorema de Bolzano-Weierstrass:
Todo o conjunto A   infinito e limitado admite, pelo menos, um ponto de
acumulação.

Corolário:
Toda a sucessão limitada em  admite, pelo menos, uma subsucessão convergente .

7. Teorema da Unicidade do Limite


O limite de uma sucessão convergente, quando existe, é único.

Demonstração:
Suponhamos que existe uma sucessão u n tal que u n  a e u n  b , a  b
  0 arbitrário, temos:
Daqui vem que, para

n0   : n  n0  u n  a 
2

n1   : n  n1  u n  b 
2
Tomando p tal que p  maxn0 , n1 , tem-se que para n  p , são válidas as duas
desigualdades anteriores e
 
a  b  a  un  un  b  a  un  un  b  

2 2
O que está em contradição com a hipótese de a  b . Logo, a  b , c.q.d.

8. Teorema:
Se u n é uma sucessão convergente então qualquer das suas subsucessões é
convergente para o mesmo limite.

9. Teorema:
Toda a sucessão convergente é limitada

10. Teorema:
Toda a sucessão monótona e limitada é convergente.

II. Operações Algébricas com Sucessões

1. Teorema (passagem ao limite numa desigualdade):


Sejam u n e v n duas sucessões convergentes. Se a partir de certa ordem se
verifica u n  vn , então lim u n  lim vn

2. Corolário:
Se a partir de certa ordem a sucessão convergente v n verifica vn  0 , então lim vn  0

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 14
3. Teorema:
O produto de um infinitésimo por uma sucessão limitada é um infinitésimo. Isto é,
se u n é uma sucessão limitada e v n é um infinitésimo, então lim u n  vn   0

III. Propriedades Algébricas dos Limites

1. Teorema:
Sejam u n e v n duas sucessões convergentes.

1) u  v n é uma sucessão convergente e limu  v n  lim u n  lim vn


2) u  v n é uma sucessão convergente e limu  v n  lim u n  lim vn
3) k  u n é uma sucessão convergente e lim k  u n  k  lim u n n
u
4)   é uma sucessão convergente desde que vn  0 , n   e
 v n
u lim u n
lim    , se lim vn  0
 v  n lim v n
5) u n  p é uma sucessão convergente (com u n  0, n  , p  0) e
lim u n   lim u n 
p p

6) p u n é uma sucessão convergente, se u n  0 , e lim p u n  p lim u n

Se p for ímpar e u n  0 , a propriedade mantém-se válida.

2. Teorema:
Se u n é uma sucessão convergente então lim u n  lim u n

3. Teorema das Sucessões Enquadradas


Sejam u n , v n e wn sucessões convergentes tais que:
a) lim u n  lim vn  a a  
b) A partir de uma certa ordem se tem u n  wn  vn ,

Então lim wn  a
Demonstração:

Considerem-se duas sucessões u n e v n convergentes para a   .


Então
  0, n0   : n  n0  a    u n    a
e
  0, n1   : n  n01  a    vn    a

Seja n 2 a ordem a partir da qual se tem u n  wn  vn e definamos p como sendo:


p  maxn0 , n1 , n2 . Então, para n  p , obtemos a    u n  wn  vn    a , ou seja,
a    wn    a , pelo que lim wn  a , c.q.d.

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 15
IV. Sucessão de Cauchy

Esta sucessão é introduzida a fim de se obter um Critério de Convergência. Para o


efeito, concorre a ideia intuitiva de que se u n  a , então, desde que n seja
suficientemente grande, todos os termos de u n estarão arbitrariamente próximos
de a e, portanto, próximos uns dos outros.

1. Definição:
Um sucessão u n em  diz-se uma Sucessão de Cauchy se para cada   0 ,
existe uma ordem p   tal que u m  u n   , para quaisquer m, n  p .
Considerando, em particular, m  n  k , k   , vem:
  0, p   : n  p  u nk  u n   , k  

Daqui resulta a proposição que se segue.

2. Proposição:
Se u n é uma Sucessão de Cauchy em  , então para qualquer k   tem-se
u nk  u n  0 , quando n  
(Observação: a recíproca não é válida!)

3. Teorema (Princípio de Cauchy-Bolzano)


A condição necessária e suficiente para que uma sucessão u n em  seja
convergente é que u n seja uma sucessão de Cauchy.
Simbolicamente, em  , u n é convergente se e só se
  0, p   : k  , n  p  u nk  u n   .

V. Infinitamente Grandes

Se à recta real juntarmos “dois novos elementos”,   e   , obtemos a “recta


acabada”, que vamos representar por  , quês e pode considerar um conjunto
limitado superiormente por   e inferiormente por   . Assim, qualquer
subconjunto de  é limitado.

1. Definição
Uma sucessão diz-se um Infinitamente Grande Positivo e escreve-se u n   ou
limu n   , se a partir duma certa ordem, u n for superior a qualquer número
positivo previamente fixado.
Simbolicamente, u n    L  0 , p   : n  p  u n  L .
2. Definição
Uma sucessão diz-se um Infinitamente Grande Negativo e escreve-se u n  
ou limu n   , se a partir duma certa ordem, u n for inferior a qualquer número
negativo previamente fixado.
Simbolicamente, u n    L  0 , p   : n  p  u n   L .

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 16
3. Definição
A sucessão u n diz-se um Infinitamente Grande em Módulo quando u n  

4. Classificação das sucessões quanto à existência e natureza do limite:

Têm limite em 
Convergentes
Sucessões
Divergentes Propriamente Divergentes (o limite é   )
(não Oscilantes (não têm limite em  )
convergentes)

VI. Operações com Limites

1. Teorema:
Sejam u n e v n duas sucessões reais
1) Se u n é um infinitamente grande positivo ou negativo, então é um
infinitamente grande em módulo. Isto é , se u n   , então u n   ;
2) O inverso de um infinitésimo é um infinitamente grande, i. e.:
1
Se u n  0 , então ;
un
3) O inverso de um infinitamente grande é um infinitésimo, i. e.:
1
Se u n   , então  0;
un
4) Se u n é um infinitamente grande positivo e, a partir de uma certa ordem,
u n  vn , então v n também é um infinitamente grande positivo, i. e.:
Se u n   e u n  vn para n  p , então v n  
5) Se u n   e v n é limitada inferiormente, então u n vn  
6) Se u n   e v n é limitada superiormente, então u n vn  
7) Se u n   e v n é limitada, então u n vn  
8) Se u n   e existe p   , tal que o conjunto vn   : n  p tem um
minorante positivo ou um majorante negativo, então u n vn  

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 17
Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Ciências
Departamento de Matemática e Informática

Licenciatura em Matemática

Análise Matemática I - 2019

Texto de Apoio 3: Método de Indução Matemática

A indução matemática é um método de demonstração que é geralmente usado quando


se pretende mostrar que uma certa propriedade é válida para o conjunto dos
números naturais, estendendo-se ao conjunto dos números inteiros. Este método baseia-
se assim no seguinte Teorema:

Teorema:
Seja a um Inteiro dado. Suponhamos que para cada inteiro está dada uma

afirmação de forma tal que:

(I) é verdadeira.

(II) Se para um Inteiro , é verdadeira, então é verdadeira.

Então a afirmação é verdadeira para todo Inteiro

O método consiste, portanto, em dois passos, sendo que, em geral (não obrigatoriamente)
se começa por provar para :
1º passo: Mostrar que a propriedade é válida para , ou seja, que é
verdadeira.
2º passo: Mostrar que se a propriedade é válida para um certo número então
é válida para , ou seja, que é verdadeira
(hereditariedade).
Então a condição é universal em .

Nota: Como se disse acima, não é obrigatório começar com . Podemos começar
por provar para um número e, a seguir, continuar com o segundo passo,
mostrando que a proposição é válida para todos os inteiros superiores a .

Exemplo: Mostre que:

Demonstração:
1. Verificar que a proposição é verdadeira para :

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 18
Se , então o primeiro membro daquela igualdade fica reduzida a um termo
que é o próprio . No segundo membro iremos, obviamente, substituir o por
. Então, fica:

Logo, o primeiro membro fica igual ao segundo, ou seja, , como


queríamos verificar.

2. Vamos agora supor que a proposição é verdadeira para um número natural e


mostrar que, então, também é verdadeira para o número natural , ou seja:
Hipótese:
Tese:

Mostremos então:

Comecemos pelo primeiro membro:

Mas pela hipótese, a soma indicada no primeiro parêntesis é igual a .

Substituamos então:

, c.q.d.

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 19
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 2: Indução Matemática. Sucessões limitadas.


Noção de Vizinhança. Sucessões convergentes. Limites de sucessões.

1. Usando o método de indução matemática:


a) prove a fórmula da soma dos termos de uma progressão geométrica em que r  1 :

a1  a1  r  a1  r 2  a1  r 3  ...  a1  r n1 

a1  1  r n 
1 r
n 3
3n 9  3 
b) mostre que para cada inteiro n  3 , é válida a desigualdade:   
n! 2  4 

2. Das sucessões seguintes indique as que são limitadas. Nos casos em que for limitada, indique
um majorante e um minorante para o conjunto dos seus termos:
c) d n  cosn  ;
3n 5n
a) u n  ; b) vn  3n ; d) c n 
n2 n 1

3. Mostre por definição, que:


n 1 1 2n
a) lim  ; b) lim  0; c) lim 2
n 2n  1 2 n n n n3

4. Represente, na forma de intervalo de números reais, as seguintes vizinhanças:


a) V0,2 4; b) V0,02  2,3; c) V0,0051,9 ;

5. Defina como uma vizinhança, os seguintes conjuntos:


a) 2,4;2,6; b) 2,32;2,48;


c) x   : x  3  0,001 ; 
d) x   : x  0,2 
1

10

2  3n
6. Seja a sucessão u n  . Prove que a partir do termo u11 (exclusivé) todos os seus
2n  3
termos verificam o seguinte: u n V 0,1 3 / 2 .

2n  1
7. Prove que, para n  9 , todos os termos da sucessão de termo geral u n  pertencem
n 1
a V 0,1 2 .

n 1
8. Considere a sucessão definida cujo termo geral é u n 
n
a) Determine a ordem a partir da qual os termos da sucessão pertencem a V 0,01 1
b) Prove que lim u n  1
n

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 20
9. Calcule os seguintes limites:
  2  3n  4 n  5n   7  4n  6 n  2  7 n 3
a) lim 1     ; b) lim n 2 ; c) lim 1     ; d) lim
n  
  3  
n  4  5n  3 n
  4  
n  6 n  7 n

  2  5n  8n  9 n cos  n  1  2 sin n


e) lim 1     ; f) lim ; g) lim ; h) lim ;
n  9 n  3  8 n  2 n 2n  1 n 1  3n
n 
  7  
  3  n 5  2 n 2  3n 3 5n 8  7n  11 n 5  10n  31
i) lim 1     ; j) lim ; l) lim ; m) lim
n 
  5  
n  2 n  3n n  n4  n n  n4  1

n 2  7n  1
n) lim
n n3  2

Respostas:
4. a) 3,8;4,2 ; b)  2,32;2,28 ; c) 1,895;1,905 ;
5. a) V0,1 5 / 2; b) V0,08 2,4; c) V0,001 3; d) V0,1 0,2;
8. a) n  10
9. a)  ; b) 5 3 ; c) 1; d) 7 3 ; e)   ; f) 9 3 ; g) 0; h) 0; i) 1; j) 33
l) 5 ; m)  ; n) 0

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 21
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 3: Sucessões enquadradas. Sucessão de


Cauchy. Operações com limites no conjunto dos números reais.

1. Usando o Teorema das Sucessões Enquadradas, estude, quanto à convergência, as sucessões


seguintes:
1 1 1
a) u n    ... 
n3  4 3 n3  5
3
n  2n
3 3

1 1 1
b) u n    ... 
n  12 n  22 2n2
c) u n     
2  3 2  2  5 2  ...  2  2n1 2 
1 2 n
d) u n  2  2  ...  2
n 1 n  2 n n
n 2n nn
e) u n  3  3  ...  3
n 1 n  2 n n

2. Diga se é verdadeiro ou falso:


4..... se..... n  15
a) Se u n  2 vn  
e , então lim v n não existe.
u n .... se....n  15 n 


22.......... .... se..... n  100
b) Se u n  20 e v n   1 , então lim v n  20 , se exisitir.
u n  ...... se..... n  100 n

 n
 a n ...se....n.. for.. par
c) Se u n  20 e u n   , então lim a n  lim bn .
bn ..se...n... for..ímpar
 e  u n .... se...n... for... primo
d) Se u n  1 e wn   , então u n e wn são
  e  u n .... se... n... for ... não ... primo
convergentes.
u n ...se...n  22
e) Se u n  1 e vn   , então wn é limitada.
3.... se....n  22
u n  v n ...se...n  10
f) Se u n   , v n é minorada e wn   , então wn   .
 3.... se.... n  10

g) Se u n  2 e y n  ln u n , então y n  ln 2

h) Se u n  0 , e v n  5 , então u n  v n  5

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 22
3. Diga, justificando, se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas:
a) Se a sucessão u n  é convergente, então ela é monótona crescente;
b) Se a sucessão u n  é monótona crescente e limitada, então ela é convergente;
c) Se a sucessão u n  é não limitada, então ela não é convergente
d) Se a sucessão u n  não é convergente, então ela não é monótona crescente e nem é
limitada.

4. Considere a sucessão u n  a n , a   . Estude, quanto à monotonia e classifique-a quanto à


sua convergência, se:
1 1
a) a  e ; b) a  1 ; c) a  ; d) a  0 ; e) a   ; f) a  1 ; g) a  6
2 2
5. Usando o resultado
un
 x 
Se lim u n   , então lim 1    ex
 un 
Determine o limite das seguintes sucessões:
n n 7  n5  2 n
 1 
n
 2   3n  1 
2n
n2
n
 n7  2 
a) 1   ; b) 1   ; c)   ; d)   ; e)  
 3n   3n  3   n 1   n7 
 n  

Respostas:
1. a) Convergente; lim u n  2 ; b) Convergente; lim u n  0 ; c) Convergente;

1 1
lim u n  0 ; d) Convergente; lim u n  ; e) Convergente; lim u n  .
2 2
2. a) Falso; b) Verdadeiro; c) Verdadeiro; d) Falso; e) Verdadeiro; f) Verdadeiro;
g) Verdadeiro; h) Falso.
3. a) Falso; b) Verdadeiro; c) Verdadeiro; d) Falso;
4 . a) Estritamente crescente e propriamente divergente; b) Constante e convergente;
c) Estritamente decrescente e convergente ; d) Constante e convergente ;
e) Não monótona e convergente; f) Não monótona e convergente e divergente oscilante;
g) Não monótona e convergente e divergente oscilante.
5. a) 3 e ; b) e 2 ; c) e 4 / 3 1; d) 1 ; e)

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 23
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 4: Séries de números reais. Série geométrica,


Série de Dirichelet Série de Mengoli. Propriedades algébricas das Séries.
Critérios de Convergência de Séries.


1
1. Seja a série 5
n 1
n
. Determine:

a) os valores das 3 primeiras somas parciais;


b) a expressão para sn
c) usando o resultado obtido em b), se a série é ou não convergente.


 1 1 
2. Seja a série   2
n 1
n
 .
2 n 1 
Determine:

a) os valores das 3 primeiras somas parciais;


b) a expressão para sn
c) usando o resultado obtido em b), se a série é ou não convergente.

3. Averigue se as seguintes séries numéricas são séries geométricas. Em caso afirmativo,


calcule a sua razão e, sempre que possível, a soma da série:

 4 2n 
  
1 1
a)  2n ; b)  n
; c)
n 1 n 1 n 1

4. A partir de definição, isto é, calculando S n , indique qual a natureza das séries indicadas,
calculando a sua soma sempre que possível:
  

 n(n  1) ;  (n  1)n ; n
1 1 1
a) b) c)
n 1 n2 n2
2
1

5. Indique, justificando, quais das seguintes séries numéricas são séries geométricas
convergentes:
 2n  
 n 1 n8 1
a)    ; b)  ; c)  nn  2
n 1  n  2  n 1 n n 1

6. Determine a natureza das seguintes séries de Mengoli:


  
1 n  2 1
a)  nn  1 ; b)  ln n  c)  2n2  9
n2 n 1 n2

7. Para cada uma das séries determine o limite do termo geral da sucessão geradora (u n) e com
base apenas nesse limite indique, se possível, qual a natureza da série:
    
n2  n  3 n2  n 3n 2  5n n3 1
 e  2n  n
1
a) ; b) ; c) ; d) ; e) ;
n 1 2n 2  1 n 1
n
n 1
3
5 n 1 4n 2  1 n 1
2
2

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 24
 5n 
 1
  n(n  3)
1
f) 1   ; g)
n 1 
n n 1

8. Diga se as seguintes séries geométricas são convergentes ou divergentes, calculando a sua


soma sempre que possível:
  n  n   n  n 1
1  1 1 1
a) 
n 1
5n ; b)    ;
n 1  
3
c)    ;
n 1 
7
d)   3n ;
n 1
e)    ;
n 1  
4
f)   
n2  
2

9. Aplicando Critério d´Alembert, classifique quanto à sua natureza as séries de termo geral:
3n (3n)! 4 n .n! en
a) a n  ; b) a n  ; c) a n  ; d) a n  ;
n! (n! ) 2 nn (3n  1)!
n! (n!) 2 2n  1
e) a n  ; f) a n  ; g) a n 
nn 2n
2
nn  3

10. Aplicando o Critério de Cauchy, estude quanto à sua natureza as séries de termos não
negativos cujos termos gerais são:
n2 2n n
 n   2n   1 1 1 
a) a n    ; b) a n    ; c) a n  1   2  3  ;
 n5  3n  5   n n n 
3n n2
n  4n  1   n 
d) a n  ; e) a n    ; f) a n   
3n  3n  3   n  1

Respostas:
1 1 5 1 5  52
1. a) S1  u1  ; S 2  u1  u 2  ; S 3  u1  u 2  u 3  ;
5 52 53
1
n 1 1
1  5  5  5  5  ... 5
2 3 4
5n ; 1
b) S n  n
 c) S  ; converge.
5 4 4

1 1 1 1 1 1 1 1 1
2. a) S1  u1   ; S 2  u1  u 2   ; S 3  u1  u 2  u 3   ; b) S n   n 1
; c) S  ;
2 4 2 8 2 16 2 2 2
converge;
1 1 4
3 . a) Geométrica; r  ; S  1 b) Série não geométrica; c) Geométrica; r   ; S  ;
2 2 3
4 . a) S=1; convergente; b) S=1; convergente; c) S=3/4; convergente;
5 . a) Não é; b) Não é; c) Não é;
23
6. a) Convergente; S  1 ; b) Divergente; c) Convergente; S 
90
7. a) divergente; b) nada se pode concluir; c) nada se pode concluir;
d) divergente; e) divergente; f) divergente;
g) nada se pode concluir;
8. a) divergente; b) S=1/2; convergente; c) S= -1/8; convergente;
d) divergente; e) S=1/3; convergente; f) S=1; convergente;
9. a) convergente; b) divergente; c) divergente; d) convergente;
e) convergente; f) convergente; g) nada se pode concluir.
10. a) convergente ( e 5 ); b) convergente (4/9); c) nada se pode concluir;
d) convergente; e) divergente; f) convergente

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 25
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 5: Séries de Termos Não Negativos, Séries


alternadas. Critério de Convergência para séries de termos não
negativos. Resto de uma série.

1. Estude, por comparação, a natureza das seguintes séries:

 
2 1 1
a) n ; b) n 2
1
; c)  n 1
; d) n 1  n ; e)  2n
1
3
1
; f)  3
1
;
n 1 n 1 n2 n 1 n 1 n2
n3 3n  5 2n  n 2
 n5 ; n   2n  1  n
11 1 3
g) h) ; i) ; j) l) ; m) .
n6 n 1
3
 3n 2  2 n 1
3
n5  3 n 1 n 1 n.2 n n 1
3
1

2. Usando o critério que achar mais adequado, estude a natureza das seguintes séries:
2n nn
 n! ; 3 n  (ln n) 3  n!
1 n 1 n!
a) b) n
; c) n
; d) n
; e) n
; f) ;

 2n 1 ;  n.2   (n  1)
1 1 1 1
g) h) n
; i) ; j) 2
.
n
3. Recorrendo ao Critério de Leibnitz, classifique as séries:

(1) n 1 (1) n 1

(1) n .n 2
 
(1) n 1
a) n 1 n
; b) 
n 1 n3
; c)  2
n 1 n  1
; d)  2n  1
;
n 1
 
(1) .n n
(1) . ln n
n
e) n 1
2n  1
; f) n 1
n 1
;

4. Estude quanto à convergência as séries seguintes:


2n

 3n 2  
5n 
(1) n
a)  (1)  2  ;
n
b)  (1) n . ; c)  ;
n 1  8n  9  n 1 n! n 1 ( n  1)(n  2)

2n  1 1 1 1 3 3 3 
4n
d)  (1) n 1 ; e)1     ... ; f) 3     ... ; g)  (1) n
.
n2 n(n  1) 2 3 4 2! 3! 4! n 1 n2
5. Calcule o resto de ordem 100 das séries:
 

 n
1 1
a) ; b)
n 1
n(n  1) n2
2
1

Respostas:
1. a) divergente; b) convergente; c) divergente; d) divergente;
e) convergente; f) divergente; g) divergente; h) convergente;
i) convergente; j) divergente; l) convergente; m) divergente;
2. a) convergente; b) convergente; c) convergente; d) convergente; e) divergente; f) divergente; g)
divergente; h) convergente; i) divergente; j) convergente.
3. a) convergente; b) convergente; c) divergente; d) convergente;
e) divergente; f) convergente;
4. a) absolutamente convergente; b) absolutamente convergente;
c) absolutamente convergente; d) condicionalmente convergente;
e) condicionalmente convergente; f) absolutamente convergente; g) divergente
1 201
5. a)  0,009900990 b)  0,009950495
101 20200

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 26
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 6: Limite de uma função. Limites em IR. Limites


laterais.

1. Para cada uma das funções que se seguem


- determine o domínio;
- estude a paridade;
- determine os limites e as assímptotas horizontal e vertical se existirem;
- faça um esboço do gráfico usando somente as informações recolhidas acima.
4x  1 1 5x  1
a) f ( x)  2 x 3  5x  4 ; b) f ( x)   ; c) f ( x)  ;
2 4x  1 4 x

x 2  3x  1
d) f ( x)  ( x  2)(1  x) ; e) f ( x) 
2
; f) f ( x)   x 2  x  5 ;
3x  2

1 x2 x2 x3
g) f ( x)  ; h) f ( x)  ; i) f ( x)  ; j) f ( x)  ;
x 1
2
x2  9 x 1 x2 1

x 2  3x
k) f ( x)  2 x 3 ; l) f ( x)  x 2  1 ; m) f ( x)  ; n) f ( x)  2( x) 3 ;
x

x2 x2 x x2


o) f ( x)  ; p) f ( x)  ; q) f ( x)  ; r) f ( x)   2
x2  9  x2  9 x 2
x 9

2. Esboce um gráfico possível para uma função admitindo os seguintes limites:

a) lim f ( x)  2  b) lim f ( x)  4  c) lim f ( x)   d) lim f ( x)  1


x  x  x  x 
 
lim f ( x)  2 lim f ( x)  4 lim f ( x)   lim f ( x)  1
x  x  x  x 

lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)  


x 1 x 0 x 2 x 1

lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)  


x 1 x 0 x 2  x 1

lim f ( x)  
x 3

lim f ( x)  
x 3

e) lim f ( x)  0  lim f ( x)   f) lim f ( x)  2  lim f ( x)  


x  x 0 x  x 1
lim f ( x)  0  lim f ( x)   lim f ( x)  2  lim f ( x)  
x  4 x  x 4 
x
3

lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)  


x 0 
x
4 x 1 x 4 
3

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 27
2. g) lim f ( x)  0  h) lim f ( x)  0  i) lim f ( x)  0 
x  x  x 

lim f ( x)  0  lim f ( x)  0  lim f ( x)  0 


x  x  x 
lim f ( x)   lim f ( x)  
x 0  x 0 
lim f ( x)   lim f ( x)  
x 0  x 0 

lim f ( x)  1
x 4 
lim f ( x)  1
x 4 

3. Para cada uma das funções seguintes


- determine a assímptota oblíqua
- estude a posição do gráfico em relação a esta assímptota;
- determine o seu domínio;
- calcule os seus limites;
- esboce o gráfico com base no domínio, limites e assímptotas determinados.
3 x 1 2x 2  2x  4
a) f ( x)  2 x  1  ; b) f ( x)  x  ; c) f ( x)  ;
x 1 x x

 x 2  3x  4 x 2  4x  5 ( x  3)( x  2)
d) f ( x)  e) f ( x)  ; f) f ( x) 
x 1 x4 x2

 x2 1 ( x  1)( x  2)
g) f ( x)  ; h) f ( x)  x  1  ; i) f ( x)  ;
x 1 x x 1

 x 2  5x  1 3x x2 x2  5
j) f ( x)  ; k) f ( x)   ; l) f ( x)  .
x x 1 x 1 x

Respostas:
2
1 
D : IR /   D : IR /4 D : IR /  
3
4 D : IR
D : IR lim f ( x)   lim f ( x)  5 lim f ( x)  
x  
x   lim f ( x)   x  
 x  
1.a) lim f ( x )   ; b) lim f ( x )   ; c) lim f ( x )  5 ; d) ; e) lim f ( x)  
x   x   x   lim f ( x)   x  
x  
lim f ( x)   lim f ( x )   lim f ( x)   lim f ( x)  
x   1 x4
x x
2

lim f ( x)  
4 3
lim f ( x)   x4 lim f ( x)  
1
x 2
4 x
3

D : IR D : IR
f) xlim f ( x)   ; g) lim f ( x)  0  ;
  x  
lim f ( x)   lim f ( x)  0 
x   x  

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 28
D : IR 3;3 D : IR / 1;1

lim f ( x)  0 D : IR /1 lim f ( x)  
x   x  

lim f ( x)  0  lim f ( x)   lim f ( x)   D : IR


x   x   x  

h) lim f ( x)   ; i) lim f ( x)   ; j) lim f ( x)   k) lim f ( x)   ;


x  3 x   x  1 x  

lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)  


x  3 x 1 x  1 x  

lim f ( x)   lim f ( x)   lim f ( x)  


x 3 x 1 x 1

lim f ( x)   lim f ( x)  
x 3 x 1

D : IR /0
D : IR /  1;1 lim f ( x)  
x   D : IR D : IR
l) lim f ( x)   ; m) lim f ( x)   ; n) lim f ( x)   ; o) lim f ( x)  0 
x   x   x   x  

lim f ( x)   lim f ( x)  3 
lim f ( x)   lim f ( x)  0 
x   x 0  x   x  

lim f ( x)  3
x 0

D : IR / 3;3
lim f ( x)  0 
x  
D : IR /0
lim f ( x)  0  lim f ( x)  0 
x   x  

p) lim f ( x)   ; q) lim f ( x)  0  r) o mesmo que p)


x  3  x  

lim f ( x)   lim f ( x)  
x  3  x 0 

lim f ( x)   lim f ( x)  
x 3 x 0 

lim f ( x)  
x 3

Gráficos:
1. a) b) c)

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 29
d) e) f)

g) h) i)

j) k) l)

m) n) o)

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 30
p) q) r)

3
3. a) AO: y = 2x –1; lim  0   f(x) está acima da AO
x  x 1
3
lim  0   f(x) está abaixo da AO
x  x  1

D : IR / 1
lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  
x   x   x  1 x  1

3. Gráficos:

a) b) c)

A.O. : y  2 x  1
A.O. : y  x  1 A.O. : y  2 x  2

d) e) f)

A.O. : y   x  2 A.O. : y  x A.O. : y  x  1

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 31
g) h) i)

A.O. : y   x  1 A.O. : y  x  1 A.O. : y  x  4

j) k) l)

A.O. : y   x  5 A.O. : y  x  2 A.O. : y  x

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 32
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 7: Funções Reais de Variável Real (continuação)

1. Calcule os seguintes limites:


5x 4  2 x 2  9 x 2  5x  1 5x 3  2 x  9 3x 3  2 x 2  8
a) lim ; b) lim ; c) lim ; d) lim ;
x  x3  2 x   x3 x  x3  2 x  x5  2
x 2  5x  6 ( x  2) 2  9 x3  2x 2  x  2 x 1  1 x
e) lim ; f) lim ; g) lim ; h) lim ; i)
x 3 x3 x 1 x 1
3 x 1 x  7x  6
3 x  0 x
x2
x 1  2
x
 1 5   x   2
lim ; j) lim   2 ; l) lim   ; m) lim 1   ;
x 3 x  3 x  x 6 x   x  1
x 3
x  2 1    x  
 x
2x x 3
 3  x 
p) lim 1  x  x ;
1
n) lim 1   ; o) lim   ;
x   x  1
x  
 x   x 0

2. Indique, justificando, quais das seguintes funções são contínuas:


x x2 1  x3
a) f ( x)  ; b) f ( x)  ; c) f ( x)  ;
x x2 1 x
 x 2 ....quando....x  3.  x 2 ....quando....x  3.
d) f ( x)   ; e) f ( x)  
2 x  1.....quando...x  3 4 x  3.....quando...x  3
( x  1)( x  4)  x  1 ....quando....x  0
f) f ( x)  ; g) f ( x)  
x4  x  2....quando.....x  0

3. Determine o valor das constantes a e b de modo que as funções sejam contínuas:


2.............quando....x  1.

 x  1....quando....x  1
3

a) f ( x)   2 ; b) f ( x)  ax  b.....quando....  1  x  3

ax .......quando.....x  1  2..........quando......x  3

4. Determine  e  de modo a que a seguinte função seja contínua no intervalo 0;1 :

2  ...............quando....x  0.

 x x
2
f ( x)   2 .....quando....0  x  1
 x  4x  3
1  3.............quando......x  1

5. Para cada uma das funções abaixo indicadas,


5.1.determine o domínio;
5.2. diga se são contínuas, determinando os limites necessários para o efeito;
5.3. se não forem contínuas, indique os pontos descontinuidade e diga de que tipo de
descontinuidade se trata
5.4. determine todas as assímptotas que existirem
5.5. usando só as informações das alíneas anteriores, faça um esboço do seu gráfico
Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 33
1 x2  4  x3 x2  x 1
a) f ( x)  ; b) f ( x)  ; c) f ( x)  2 ; d) f ( x)  ;
( x  1) 2 x2 x 1 ( x  1) 2
x3 2x  3 3x 2  2 x  1
e) f ( x)  ; f) f ( x)  2 ; g) f ( x)  ; h) f ( x)  x  ln x
( x  1) 2 3x  4 x x2
x  ln x e2x e x  ex
i) f ( x)  ; j) f ( x)  e 2 x 3 ; l) f ( x)  ; m) f ( x)  ;
x x 1 2
ln x x 1
n) f ( x)  ; o) f ( x)  ln( x  1) 2 ; p) f ( x)  1  ln x ; q) f ( x)  2
x x x6

Respostas:
1. a)  ; b)  ; c) 5; d) 0 ; e) 1; f) 2; g) 1/2 ; h) 1; i) 1/2; j) 1/5; l) e; m) e 2 ;
n) e 6 ; o) e; p) e.
2.a) Não; b) Não; c) Não; d) Não; e) Sim; f) Não; g) Não.
3.a) a = 2; b) a = -1; b = 1.
1
4.   2 ;  
2
5.a) D : IR \ 
1 ; lim f ( x)  0  ; lim f ( x)  0  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x  x  x 1 x 1
b) D : IR \ 0; lim f ( x)  1 ; lim f ( x)  1 ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
 
x  x  x 0 x0

c) D : IR \  1;1; lim f ( x)   ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  
x  x x 1 x 1 x 1 x 1

d) D : IR \   
1 ; lim f ( x)  1 ; lim f ( x)  1 ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x  x  x 1 x 1
e) D : IR \ 
1 ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x  x  x 1 x 1

 4
f) D : IR \ 0; ; lim f ( x)  0  ; lim f ( x)  0  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
 3  x x  x 0 x 0
x
4
x
4
3 3
g) D : IR \ 2; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x x x 2 x2
h) D : x  0;; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x  x0

i) D : x  0;; lim f ( x)  1 ; lim f ( x)   ; j) D : IR; lim f ( x)  0  ; lim f ( x)  ;


x  x 0 x  x 

l) D : IR \  
1 ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  0 ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x  x  x 1 x 1
m) D : IR; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ; n)
x  x 
o) D : IR \ 
1 ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x  x  x 1 x 1
p) D : x  0;; lim f ( x)  ; lim f ( x)   ;
x  x0

q) D : IR \  2;3; lim f ( x)  0 ; lim f ( x)  0  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  ; lim f ( x)  

x  x  x 2 x 2 x 3 x 3

5. a) b) c)

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 34
d) e) f)

g) h) i)

j) l) m)

n) o) p)

q)

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 35
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 8: Derivada de uma função num ponto.


Interpretação geométrica da derivada. Regras de derivação.
Derivabilidade e continuidade.

1.Utilizando a definição, calcule a derivada das seguintes funções:


a) f ( x)  5x 2  3 ; b) f ( x)  5x 2  3x  7 ; c) f ( x)  x2 1 ;
x 1
d) f ( x)  4  x  3; e) f ( x)  2 xe x  3x ; f) f ( x) 
2x

2. Utilizando a definição calcule a derivada das seguintes funções, nos pontos indicados:
a. f ( x)  2 x 2  5 , no ponto de abcissa x  1; b) f ( x)  x  1 , no ponto P(2,1);

c)  
f ( x)  x 2  1 x  1 , no ponto Q(0,1); d) f ( x) 
x2
x2
, no ponto A(2,1)

3. Determine, se possível, a equação da recta tangente às seguintes funções:


a) f ( x)  x 2  1 no ponto de abcissa x = 2; b) f ( x)  x  2 no ponto P(-2;0);
c) f ( x)  x  2 no ponto Q(-1;1); d) f ( x)   x  1 no ponto de ordenada y= 1;
e) f ( x)  ln x no ponto P(e;1).
Construa o gráfico de cada uma das funções e das tangentes determinadas.

4. Diga, justificando, quais das seguintes funções possuem tangente horizontal no ponto dado:
a) f ( x)   x 2  1 no ponto de abcissa x = 0; b) f ( x)   x 2  1 no ponto P(1, -2);

c) f ( x)  x 3  6 x no ponto de abcissa 2 ; d) f ( x)  senx no ponto de abcissa x  ;
2
Faça o esboço do gráfico de cada função. Verifique as suas respostas, desenhando rectas
tangentes ao gráfico de f(x) no ponto indicado.

5. Aplicando as regras de derivação, determine as derivadas das seguintes funções:


2
a) f ( x)  ; b) f ( x)  senx  cox ; c) f ( x)  e x  ln x ; d) f ( x)  e x  senx ;
x 53

2 4 x 3 2
e) f ( x)  e 5 x ; f) f ( x)  3 x ; g) f ( x)  arccox 4 x ;
h) f ( x)  arcsen 4 x ; i) f ( x)  arcsen5x ; 
j) f ( x)  arctg 3  x 3 ; 
l) f ( x)  arc sec x 2 ; m) f ( x) 
2x
; 
n) f ( x)  ln x 2  3 ;  o) f ( x)  ln
x 1
x2
;
x 1 2

e2x e x  ex x  ln x
p) f ( x)  ln( x  1) 2 ; q) f ( x)  ; r) f ( x)  ; s) f ( x) 
x 1 2 x

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 36
Respostas:
x 1
1. a) f ´(x)  10 x ; b) f ´(x)  10 x  3 ; c) f ´(x)  ; d) f ´(x)  ;
x 2 1 2 x  31
3
f) f ´(x)  2 xe x  2e x  3 ; g) f ´(x)  ;
2  x 2
1 3
2. a) f ´(1)  4 ; b) f ´(2)  ; c) f ´(0)  1; d) f ´(2)  .
2 4
1 3 1
3. a) y  4 x  3 ; b) Não é possível; c) y  x ; d) y   x  1 ;
2 2 2
4. a) Sim; b) Não; c) Sim; d) Sim;
 6x 2
1
5.a) f ´(x)  ; b) f ´(x)  cos 2 x  sen 2 x ; c) f ´(x)  e x  ln x  e x 
x 3
5  2
x

 10 x  4 ;
2 4 x 3 2
d) f ´(x)  e x  senx  e x  cos x ; e) f ´(x)  e 5 x f) f ´(x)  3x 2  3 x  ln 3 ;
4  4x 3 5
g) f ´(x)  ; h) f ´(x)  ; i) f ´(x)  ;
1  8x 2 1  x8 1  25 x 2
 3x 2 2x  2x 2  2
j) f ´(x)  ; l) f ´(x)  ; m) f ´(x)  ;
x 6  6 x 3  10 x2  x4 1 x 4  2x 2  1
2x 1 2
n) f ´(x)  ; o) f ´(x)  ; p) f ´(x)  ;
x 3
2
x  1  x  2 x 1
 3x 2 e x  ex
q) f ´(x)  ; r) f ´(x)  ; s)
x 6  6 x 3  10 2

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 37
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 9: Estudo completo de funções: função


exponencial e função logarítmica.

1.Faça o estudo completo das funções:


e 2 x 1 x e 2 x 1 x
a) f ( x)  ; b) f ( x)  2 x 1
; c) f ( x)  ln ; d) f ( x)  ln 2 x 1
;
x e x e
e 2 x 1 2x  1 e 2 x 1 2x  1
e) f ( x)  ; f) f ( x)  2 x 1 ; g) f ( x)  ln ; h) f ( x)  ln 2 x 1
2x  1 e 2x  1 e
2.Analise os seguintes gráficos. Quais poderiam representar as funções que estão abaixo :
a) b)

c) d)

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 38
e) f)

1. f ( x)  e  e 2. f ( x)  ln x 1; 3. f ( x)  ln x  ln( x  1) ;
x x 1
;
x x
4. f ( x)  ln 5. f ( x)  x  5 x ; 6. f ( x)  ln
2
;
x 1
2
x 1

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 39
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 10: Função inversa. Funções trigonométricas


Inversas. Regra de L´Hospital.

1. Faça o estudo completo de cada uma das funções f :    , a seguir indicadas. Sem
determinar a expressão da função inversa, construa num mesmo plano cartesiano, os gráficos
1
de f (x) e de f ( x) :
1 ex
a) f ( x)  2 x  1 ; b) f ( x)  ; c) f ( x)   1; d) f ( x)  x 1
x 2
2. Determine a inversa das funções indicadas no exercício anterior, faça o seu estudo e construa
o seu gráfico. Compare com os gráficos obtidos no exercício anterior.

3. Considere as seguintes funções f :    . Verifique se elas admitem inversa. Nos casos


negativos, indique em que restrição do seu domínio admitem inversa. Determine então a
inversa de cada uma :
2x  4
b) f ( x)  ; b) f ( x)  x 2 ; c) f ( x)   x 2  4 ; d) f ( x)  x 3
3x  6
1
4. Construa, num mesmo plano cartesiano os gráficos de f (x) e de f ( x) das funções
indicadas no exercício anterior.

5. A função cujo gráfico está representado na figura ao lado admite inversa.


Porquê? Diga se algum dos gráficos a seguir indicados, pode ser um
esboço do gráfico da sua função inversa:

6. Dada a função f ( x)  2  arcsen(2 x  1) determine:


a) Domínio de f (x)
1
b) f (0) e f ( )
6
c) Contradomínio de f (x)

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 40

d) As soluções da equação f ( x)  2 
3
1
e) f ( x)

7. Aplicando a regra de L´Hospital, determine os seguintes limites:


x3  2x 2  x  2 sec 2 x  2tgx ex tgx  senx
a) lim ; b) lim ; c) lim ; d) lim
x 1 x3  7x  6  1  cos 4 x x   x 5 x 0 x  senx
x
4
x
e 12x
e  ex  2 ln sen(mx)
e) lim ; f) lim ; g) lim x 2 .e  x ; h) lim ;
x 0 x x 0 1  cos x x  x 0 ln senx
x 1  2 ln x
i) lim ; j) lim ; l) lim (1  x 2 )1 / x ; m) lim (e 3 x  5 x)1 / x
x 3
x  2 1 x   3
x x 0 x 

sen 5 x e5 x  1 cos 3 ( x / 2) 4 x  sen 4 x


n) lim ; o) lim ; p) lim ; q) lim
x 0 3x x 0 3x x  sen x x 0 x3
7
2
x3 ln x
r) lim 3 x ; s) lim 2 ; t) lim x(e x  1) ; u) lim x.tg  
x  e x  x x  x 
 x

Respostas:
1 x 1 1 1 1
2. a) f ( x) 
; b) f ( x)  ; c) f ( x)  ln 2( x  1)
2 x
6x  4
3. a) f 1 ( x)  ; b) f 1
( x)  x , na restrição 0, ; c) f 1
( x)  4  x , na
3x  2
restrição 0, ; d) f 1
( x)  3 x
7. a) ½ ; b) ½ ; c)  ; d) 3 ; e) 2 ; f) 2 ; g) 0 ; h) 1; i) ½ ; j) 0 ; l) 1; m) e 3 ;
n) 5/3; o)  ; p) 0; q) 32/3; r) 0; s) 0; t) 2; u) -7.

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 41
Universidade Eduardo Mondlane
Departamento de Matemática e Informática

Curso de Licenciatura em Matemática


Análise Matemática I – 1º. Ano – 2º. Semestre - 2019

Ficha de Exercícios nº. 11: Cálculo Diferencial. Aplicações.

1. O custo total de produção de U unidades de um certo produto é dado por:


C (U )  aU 2  bU  c , U>0, sendo a, b e c constantes positivas.
C (U )
a) Mostre que a função do custo médio de cada unidade dada por A(U )  tem um
U
c
mínimo em U  ;
a
b) Indique o valor mínimo do custo médio;

2. Um clube de desportos tenciona alugar um avião e cobra aos seus membros 10% de
comissão sobre o preço que eles pagam na compra de bilhetes. Este preço é combinado
pela companhia aérea. O custo para 60 passageiros é de $800 por pessoa. Para cada
pessoa adicional a partir de 60, todos os passageiros (incluindo os 60 iniciais) têm um
desconto de $10. O avião pode levar, no máximo, 80 passageiros.
a) Quanto se ganha de comissão quando forem 61, 70, 80 e 60+x passageiros?
b) Determine o número de passageiros que maximiza a comissão total ganha pelo
referido clube de desportos.

3. Uma empresa vai patrocinar a realização de um seminário de formação para funcionários


seus. Para tal, terá que suportar as seguintes despesas:
- 2.000,00 MT pelo aluguer da sala, que leva no máximo 150 pessoas;
- 100,00 MT por pessoa, para material e lanche;
- pagamento do transporte (ida e volta) dos participantes para a localidade onde se
realiza o seminário. O preço do bilhete de ida e volta é de 100,00 MT por pessoa, se
forem 90 pessoas. Por cada pessoa a mais acima das 90, todas as pessoas
beneficiam de um desconto de 1,00 MT.
Sabe-se que a empresa irá enviar ao seminário pelo menos 90 funcionários. Por outro
lado, o desconto no transporte, só é válido para até 60 pessoas acima de 90.
Assim:
a) Indique para que número de pessoas será máxima a despesa total feita pela empresa;
b) Calcule a despesa total feita pela empresa para a participação de 100, 120, 145 e 150
funcionários. Confirmam-se os resultados obtidos em a)?
c) Suponha que participaram 150 funcionários. Se a empresa cobrasse aos próprios
funcionários a sua participação, quanto deveria cobrar, no mínimo, por pessoa, para
que a empresa não tivesse nenhuma despesa directa?

1 3
4. A função de produção duma firma é Q( L)  12L2  L , onde L representa o número de
20
operários, L  0,200 .
a) Qual é o tamanho da força de trabalho que maximiza a produção Q(L) ?
b) Qual é o tamanho da força de trabalho que maximiza a produção média por operário,
Q( L)
dada por ?
L

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 42
5. Uma indústria produz um produto A, que possui um preço de venda V = 300 $/barril. O
custo fixo de produção é Cf = 50 $/barril, enquanto os custos variáveis são expressos em
função do volume de produção P do processo, de forma que Cv ( P)  0,1P  9000.P 1 (em
$/barril). Determine o volume de produção para que:
a) o valor dos custos variáveis por unidade de produção sejam mínimos;
b) o valor do lucro seja máximo.

6. Durante várias semanas, o departamento de trânsito de uma certa cidade vem registando
a velocidade dos veículos que passam por um certo cruzamento. Os resultados mostram
que entre as 13 e 18 horas, a velocidade média neste cruzamento é dada
aproximadamente por v(t) = t3 – 10,5 t2 +30 t + 20 km/h, onde t é o número de horas após
o meio-dia. Qual o instante, entre 13 e 18 horas, em que o trânsito é mais rápido? E qual o
instante em que ele é mais lento?

7. Uma fábrica de frascos destinados a produtos de conserva pretende o seguinte:


- construir uma embalagem cilíndrica com a capacidade de 48  cm3,
- a base inferior é do mesmo material que a superfície lateral, e custa 2 € por m 2,
- a base superior do cilindro é de um material mais caro, que custa 3 € por m 2.
Presume-se que não há perdas de material.
Determine, com aproximação às centésimas:
a) as medidas da altura e do raio da base do cilindro, de modo a minimizar o custo do
material.
b) O custo do material usado no fabrico de uma embalagem com as dimensões
determinadas em a).

8. Diga se cada uma das proposições abaixo é verdadeira ou falsa. Apresente uma
demonstração caso ela seja verdadeira e um contra-exemplo caso ela seja falsa:
a) Seja f uma função derivável em a, b . Se f(a) = f(b), então existe c ∈ a, b tal que
f ´(c)  0 .
b) Seja f uma função contínua em [a, b]. Se f(a) = f(b), então existe c ∈ a, b tal que
f ´(c)  0 .

9. Aplicando os Teoremas do Cálculo Diferencial, da d a a f u n ç ão f ( x)  4 x 3  9 x 2  5x


verifique se existe algum ponto de f (x) em [0, 1] cuja reta tangente tenha
inclinação nula

10. D a d a a f u n ç ão f ( x)  4 x 3  9 x 2  5x verifique se é possível encontrar, através do


 5
teorema de Rolle, algum ponto ( a , b ) e m q u e f ´(a)  0 c o m a  1;  ,
2  

11. Mostre que a equação x 3  3x  1  0 possui uma única solução real.

12. Mostre que a função y  f ( x)  8x 3  30 x 2  24 x  10 possui uma única raiz real no


intervalo  3,2 .

13. Para cada um dos casos abaixo, encontre pelo menos um valor de c ∈ a, b tal que
f (b)  f (a)
 f ´(c)
ba
a) y  f ( x)  x 2  2 x  1 , com a  0 e b  1 ; b) y  f ( x)  x 2 / 3 , com a  0 e b  1 .

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 43
1 1
c) y  f ( x)  x  , com a  e b  2 ; d) y  f ( x)  x  1 , com a  1 e b  3 .
x 2

Respostas:
▣ 1. b) Amín (U )  2 ac  b .
▣ 2.a) 4.819USD, 4.900 USD e 4.800 USD; C( x)  (60  x)(800  10 x) ; b) 70 passageiros
▣ 3.a) 145 ; b) 21.000; 22.400; 23.025; 23.000; c) 153,33 MT
▣ 4.a) L=160 *
b) L = 120

▣ 5. a) 300; b) 1250

▣ 6. O trânsito é mais rápido às 14h, quando os carros passam pelo cruzamento a uma
velocidade média de 46 km/h; o trânsito é mais lento as 17h, quando os carros passam pelo
cruzamento a uma velocidade média de 32,5 km/h.
▣ 7. a) r = 2,8 cm; h = 5,77 cm; b) 0,018

Análise Matemática I – Licenciatura em Matemática. DMI. UEM. 2019. Regente: Ida Alvarinho 44

Você também pode gostar