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Unidade curricular:

INTRODUÇÃO À
CONTABILIDADE E FINANÇAS

2022/2023
2. AS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
E SEUS
ELEMENTOS
FACTOS P A T R I MO N I A I S

Qualquer entidade necessita, para


exercer a sua atividade, de um certo
conjunto de elementos
• Máquinas
• Edifícios
• Mercadorias
• Dinheiro
• Ferramentas

O conjunto de valores utilizados pela


entidade na sua atividade económica
constitui o seu património.
FACTOS P A T R I MO N I A I S

Caracter Pecuniário

Seja qual for a sua natureza todos


os elementos patrimoniais são
suscetíveis de representação
monetária
FACTOS P A T R I MO N I A I S

MEDIDOS SUMARIADOS CLASSIFICADOS RECORDADOS

GERAÇÃO DE INFORMAÇÃO
A Organização Dinheiro Investidores
Dinheiro e financiadores
Financiamento
Dinheiro
Trabalhadores
Serviços
Aquisição de Dinheiro
recursos, mão de Fornecedores
obra, materiais... Bens e serviços e credores

Bens e serviços
Clientes
Dinheiro
Dinheiro
Produção e venda Serviços Estado
de bens e serviços
Bem estar social Público
Imagem em geral
NATUREZA DOS FLUXOS

Recebimentos
Financeiros
Pagamentos
Óptica
Contabilística
Proveitos/Rendimentos
Custos/Gastos
Reais
Activos
Passivos

Óptica Receitas
de
Compromisso Despesas
PRESSUPOSTOS DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Regime de Acréscimo QUANDO Reconhecer

os efeitos das transações e de outros acontecimentos são


reconhecidos quando eles ocorram (e não quando caixa ou
equivalentes de caixa sejam recebidos ou pagos) sendo
registados contabilisticamente e relatados nas demonstrações
financeiras dos períodos com os quais se relacionem
PRESSUPOSTOS DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Continuidade Que valor Reconhecer

Daqui que seja assumido que a entidade não tem nem a


intenção nem a necessidade de liquidar ou de reduzir
drasticamente o nível das suas operações; se existir tal
intenção ou necessidade, as demonstrações financeiras
podem ter que ser preparadas segundo um regime diferente
e, se assim for, o regime usado deve ser divulgado.
Fluxos Reais

Activos
Regime de Acréscimo
Passivos

BALANÇO

Os registos são efetuados nas datas de ocorrência dos fluxos


reais e/ou financeiros e afetam o Balanço a partir
do período em que ocorreu a sua vertente patrimonial
Gestos do quotidiano
• Almoçar num restaurante

RECEITA ESCOLHA DO PRATO DESPESA

CONSUMO DA
RENDIMENTO GASTO
REFEIÇÃO

RECEBIMENTO QUITAÇÃO DA RELAÇÃO PAGAMENTO

VENDEDOR OPERAÇÃO
COMPRADOR
ECONÓMICA
Gestos do quotidiano
• Almoçar num Self-Service

RECEITA ESCOLHA DO PRATO DESPESA

RECEBIMENTO QUITAÇÃO DA RELAÇÃO PAGAMENTO

CONSUMO DA
RENDIMENTO GASTO
REFEIÇÃO

VENDEDOR OPERAÇÃO
COMPRADOR
ECONÓMICA
A FACE DO BALANÇO
Balanço

ACTIVO NÃO CORRENTE


Conjunto de
ACTIVO bens e
direitos
ACTIVO CORRENTE

Riqueza da
CAPITAL PRÓPRIO entidade

PASSIVO NÃO CORRENTE


PASSIVO Conjunto de
Obrigações
PASSIVO CORRENTE
ATIVO

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado


de acontecimentos passados e do qual se espera que fluam
para a entidade benefícios económicos futuros

Os benefícios económicos futuros incorporados num ativo são o


potencial de contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de
caixa e equivalentes de caixa para a entidade

Contas de Ativo
Representam e medem os elementos do património que
constituem bens e direitos da empresa
ATIVO

Os benefícios económicos futuros incorporados num ativo podem


fluir para a entidade de diferentes maneiras:

a) Usado isoladamente ou em combinação com outros ativos na


produção de bens ou serviços para serem vendidos pela
entidade;

b) Trocado por outros ativos;

c) Usado para liquidar um passivo; ou

d) Distribuído aos proprietários da entidade.


PASSIVO

Passivo é uma obrigação presente da entidade proveniente de


acontecimentos passados, da liquidação da qual se espera que
resulte um exfluxo de recursos da entidade incorporando
benefícios económicos

Contas de Passivo
Representam e medem os elementos patrimoniais
que representam recursos alheios à empresa (as
obrigações que a empresa contraiu com terceiros)
PASSIVO

A liquidação de uma obrigação presente envolve geralmente que a


entidade ceda recursos incorporando benefícios económicos a fim de
satisfazer a reivindicação da outra parte. A liquidação de uma
obrigação presente pode ocorrer de várias maneiras:

a) Pagamento a dinheiro;

b) Transferência de outros ativos;

c) Prestação de serviços;

d) Substituição dessa obrigação por outra;

e) Conversão da obrigação em capital próprio.


CAPITAL PRÓPRIO

Capital próprio é o interesse residual nos ativos da entidade


depois de deduzir todos os seus passivos.

Contas de Capital Próprio


Representam e medem a participação do proprietário
ou proprietários da empresa no seu financiamento.
CAPITAL PRÓPRIO

A quantia pela qual o capital próprio é mostrado no balanço está


dependente da mensuração dos ativos e dos passivos.

Normalmente, a quantia agregada do capital próprio somente por


coincidência corresponde ao valor de mercado agregado das ações da
entidade ou à soma que poderia ser obtida pela alienação quer dos
ativos líquidos numa base fragmentária quer da entidade como um
todo segundo o pressuposto da continuidade.
Fluxos Reais

Gastos
Base de Acréscimo
Rendimentos

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Os registos são efetuados nas datas de ocorrência dos fluxos


reais e afetam as demonstrações dos resultados dos períodos
em que ocorrem

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO


FACE DA DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS
Demonstração
de Resultados
(+) RENDIMENTOS
(-) GASTOS NEGÓCIO
(=) RES. “EBITDA”
(+) RENDIMENTOS DEPRECIAÇÃO
(-) GASTOS AMORTIZAÇÃO
= RESULTADO “EBIT”
(+) RENDIMENTOS VERTENTE
(-) GASTOS FIN. FINANCEIRA
(=) RESULTADO “EBT”
(-) IMPOSTOS ESTADO
(=) RES. LIQUIDO 23
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

Classe 6

Reduções nos benefícios económicos durante o período


G
A contabilístico na forma de:

S 1. exfluxos ou reduções de ativos, ou


T 2. de aumentos de passivos
O
que resultem em reduções no capital próprio, que não sejam os
S
relacionados com as distribuições aos participantes no capital
próprio.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

Resultam de diminuições de ativos ou aumentos de


GASTOS passivos (ou mesmo de uma combinação dos dois)
G CORRENTES durante um período, como consequência da atividade
A
principal da empresa
S
T Diminuições no património líquido, enquanto resultado de
O operações periféricas à atividade da empresa ou por
S PERDAS acontecimentos acidentais, ou por outras circunstâncias,
referenciadas a um determinado período de tempo, exceto as
que resultam da distribuição de resultados
GASTOS: RECONHECIMENTO

• tenha surgido uma diminuição dos benefícios económicos


futuros, relacionada com uma diminuição num ativo ou com
um aumento do passivo

• que possam ser quantificados com fiabilidade


GASTOS: RECONHECIMENTO

• exista uma correlação direta entre os gastos incorridos e a


obtenção de elementos específicos de proveitos
(balanceamento)

• exista uma correlação indireta entre os gastos incorridos e


a obtenção de elementos específicos de proveitos exige-se
procedimentos racionais e sistemáticos

Contas de Gastos
Classe 6: Representam as variações patrimoniais
modificativas negativas
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

R Classe 7

E
N Aumentos nos benefícios económicos durante o período
D contabilístico na forma de:
I
1. influxos ou melhorias de ativos, ou
M
E 2. de diminuições de passivos

N que resultem em aumentos no capital próprio, que não sejam os


T relacionados com as contribuições dos participantes no capital
O próprio.
S
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

R Resultam de aumentos de ativos ou diminuições de


E
passivos (ou mesmo uma combinação dos dois), durante
N RÉDITOS
um período, como consequência da atividade principal
D
da empresa
I
M Aumentos no património líquido, enquanto resultado de
E operações periféricas à atividade da empresa ou por
N acontecimentos acidentais, ou por outras circunstâncias,
T GANHOS
referenciadas a um determinado período de tempo,
O
exceto as que resultam de contribuições dos detentores
S
do capital
RENDIMENTOS: RECONHECIMENTO

• tenha surgido um aumento dos benefícios económicos


futuros, relacionada com um aumento num ativo ou com
uma diminuição do passivo

• que possam ser quantificados com fiabilidade

• transferência para o comprador os riscos e recompensas


significativos da propriedade do ativo vendido
RENDIMENTOS: RECONHECIMENTO

• probabilidade da retribuição proveniente da venda dos


bens

• Conhecimento do valor dos gastos incorridos ou a incorrer


na produção ou na compra dos bens

• Probabilidade de devolução dos bens

Contas de Rendimentos
Classe 7: Representam as variações patrimoniais
modificativas positivas
ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ACTIVO

BALANÇO PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO

RÉDITOS
RENDIMENTOS
Classe 7
DEMONSTRAÇÃO GANHOS
DOS
RESULTADOS GASTOS
GASTOS
Classe 6
PERDAS
RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

PROBABILIDADE DE BENEFÍCIOS
ACTIVO ECONÓMICOS FUTUROS M
OBRIGAÇÃO PRESENTE INCORPORANDO E
BALANÇO PASSIVO EXFLUXO DE RECURSOS N
S
CAPITAL PRÓPRIO U
R
A
RÉDITOS NCRF - 20 Ç
RENDIMENTOS Ã
O
DEMONSTRA GANHOS
ÇÃO F
DOS Associação entre os
I
RESULTADOS gastos incorridos e a
GASTOS Á
obtenção de
GASTOS V
Rendimentos
E
PERDAS L
BALANCEAMEN
RÉDITOS GASTOS
TO
f(r)
RESULTADO

DO
GANHOS PERDAS
PERIODO

RENDIMENTOS GASTOS
RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: A CONTA

No registo das operações que ocorrem em cada


organização é necessário movimentar contas
através de um quadro de contas racionalmente:
• Classificadas
• Ordenadas
• Codificadas

Em Portugal, esse quadro de contas é o


CÓDIGO DE CONTAS do Sistema de
Normalização Contabilística (SNC)
CONTA – CLASSES:
1. Meios Financeiros Líquidos

2. Contas a receber e a pagar

Contas das classes 1 a 5


3. Inventários e Ativos Biológico
Contas do Balanço

4. Investimentos

5. Capital, Reservas e Result. transitados

6. Gastos Contas das classes 6 e 7

7. Rendimentos
Contas de Gastos e
Rendimentos (DR)

Contas da classe 8
8. Resultados
Contas de Resultados
CONTA – REQUISITOS

HOMOGENEIDADE

• Uma conta só deve conter os elementos que


obedeçam à característica comum que a define.

INTEGRALIDADE

• Uma conta deve conter todos os elementos que


possuem a característica comum por ele definida
CONTA – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

A conta é representada em forma de T

• Sobre a linha horizontal, ao centro, inscreve-se o título da


conta
• Qualquer valor lançado do lado esquerdo corresponde a
um débito;
• Qualquer valor lançado do lado direito corresponde a um
crédito
CONTA – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Débito Título Crédito

DEBITAR UMA CONTA CREDITAR UMA CONTA


CONSISTE EM INSCREVER UM CONSISTE EM INSCREVER UM
VALOR NO LADO DO DÉBITO VALOR NO LADO DO CRÉDITO
CONTA – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

D Título C

Data Descritivo Valor Data Descritivo Valor

Total do Débitos (D) Total do Créditos (C)

Saldo: é a diferença entre D>C saldo devedor (Sd)


o total dos débitos e D<C saldo credor (Sc)
o total dos créditos D=C saldo nulo (So)

Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se ao lado cuja soma


é de menor valor.
CONTA – REGISTO DIGRÁFICO

Todo o débito numa conta dá lugar a um crédito noutra(s)


conta(s), de igual valor (e vice-versa).

Isto significa que todo o facto patrimonial dá origem a registo


em duas ou mais contas.

A partida dobrada representa um registo que representa


"algo que vai, simultaneamente a outro algo que vem",
portanto, são lançamentos de débito e crédito, de igual
valor.
CONTA – REGISTO DIGRÁFICO

Partidas São sempre movimentadas, pelo menos, duas contas.


Dobradas
Se efetuarmos um débito em uma ou mais contas,
devemos efetuar um crédito de valor equivalente em
uma ou mais contas.

Não há débito sem o correspondente crédito.

Soma dos débitos sempre igual à soma dos créditos.

Soma dos saldos devedores igual à soma dos saldos


credores.
CONTA – MOVIMENTAÇÃO

BALANÇO
ATIVO CAPITAL PRÓPRIO
Caixa
Capital Social

D.O Resultado > 0


Aumenta o CP
Resultados
Aumenta o
Clientes crédito dos
1.000
sócios sobre a
empresa PASSIVO
Inventários Fornecedores

Investimentos Financ. Banc.


O PROCESSO CONTABILÍSTICO
E AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Balanço

Diário Razão Balancete DF

DR

DF – Demonstrações Financeiras

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