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CONTABILIDADE SOCIAL

AS CONTAS NACIONAIS NO BRASIL

PROFª ELENILDES SANTANA PEREIRA


Sistema de Contas Nacionais
(SCN)
✓ Não há um padrão único de contas para todos
os países pois, estes apresentam
especificidades nas estruturas econômica e
social, na disponibilidade e qualidade dos
dados, nos métodos de pesquisa, na tipologia
censitária etc.

Necessidade de alguma homogeneidade para


que seja possível a realização de comparações
entre os vários países.
Padronização dos SCN
➢ Estudos coordenados pela Organização das Nações
Unidas (ONU): metodologia para sistemas de contas
nacionais (Systems of National Accounts – SNA).

▪SNA 1952 – Primeiro manual de contas nacionais,


coordenado por Richard Stone.

▪SNA 1968- Revisão geral do SNA 1952.

▪SNA 1993 – Esforço conjunto da ONU, FMI, Banco


Mundial, Comissão das Comunidades Européias,OCDE
para elaboração de um sistema atualizado, flexível e
harmônico.
Contas Nacionais no Brasil
➢1947: Criação do Núcleo de Economia na
Fundação Getúlio Vargas (RJ). Objetivos:
acompanhar a evolução dos preços.
Elaborar o balanço de pagamentos.
Calcular a renda nacional

➢ 1948-1955: Cálculo da renda nacional ao


custo de fatores na FGV-RJ.

➢ 1956-1985: Cálculo das contas nacionais


baseada na metodologia da ONU (SNA
1968) é responsabilidade do Centro de
Contas Nacionais da FGV-RJ.
Contas Nacionais no Brasil
➢1986-1995: Cálculo das Contas nacionais com
base na metodologia da ONU (SNA 1968) é
responsabilidade da Fundação IBGE.
▪ A alteração mais significativa foi a substituição do
antigo sistema de cinco contas por um sistema de quatro
contas ( as atividades do governo não aparecem numa
conta própria, mas diluem-se nas outras 4 contas).

➢A partir de 1996: Cálculo das Contas nacionais


com base na metodologia da ONU (SNA 1993) é
de responsabilidade da Fundação IBGE que
modifica o sistema brasileiro visando adaptá-lo
as novas recomendações.
O Sistema Vigente até 1996
▪ O Sistema de contas Nacionais passou a ser
representado, desde 1987, sob a forma de 4
contas:
i) Conta Produto Interno Bruto (referente a
conta de produção);
ii) Conta Renda Nacional Disponível bruta
(referente a conta de apropriação)
iii) Conta de Capital;e,
iv) Conta Transações Correntes com o resto do
mundo.
O Sistema Vigente até 1996
1) Conta Produto Interno Bruto
Débitos Créditos
1.1. Produto Interno Bruto a custo de 1.4 –Consumo final das famílias (2.1)
fatores (2.4)
1.1.1 – Remuneração dos empregados 1.5 – Consumo final das
(2.4.1.) Administrações Públicas –APU (2.2)
1.1.2 – Excedente operacional bruto 1.6 – Formação Bruta de Capital Fixo
(2.4.2.) (3.1)
1.2 – Tributos Indiretos (2.7) 1.7 – Variação de Estoques (3.2)
1.3- Menos : Subsídios (2.8) 1.8 – Exportações de bens e serviços
(4.1)
1.9 – Menos: Importações de bens e
serviços(4.5)
Produto Interno Bruto a preços de Despesa Interna Bruta a preços de
mercado mercado
O Sistema Vigente até 1996
2) Conta Renda Nacional Disponível Bruta
Débitos Créditos
2.1 - Consumo final das famílias (1.4) 2.4 - Produto Interno Bruto a custo de
fatores (1.1)
2.2 – Consumo final das Administrações 2.4.1. – Remuneração dos empregados
Públicas –APU (1.5) (1.1.1)
2.3 – Poupança bruta (3.3) 2.4.2. – Excedente operacional bruto (1.1.2)

2.5 – Remuneração de empregados, líquida,


recebida do resto do mundo (4.2 – 4.6)

2.6 – Outros Rendimentos, líquidos,


recebidos do resto do mundo (4.3 -4.7)
2.7 – Tributos Indiretos (1.2)
2.8- Menos : Subsídios (1.3)
2.9 – Transferências unilaterais, líquidas,
recebidas do resto do mundo (4.4-4.8)
Utilização da Renda Nacional Disponível Apropriação da Renda Nacional
Disponível
O Sistema Vigente até 1996
3) Conta Capital
Débitos Créditos
3.1 – Formação Bruta de Capital Fixo 3.3- Poupança bruta (2.3)
(1.6)
3.1.1 - Construção 3.4- Menos:Saldo em transações
correntes com o resto do mundo (4.9)
3.1.1.1 – Administrações Públicas
3.1.1.2 – Empresas e Famílias
3.1.2 – Máquinas e equipamentos
3.1.2.1 – Administrações Públicas
3.1.2.2 – Empresas e Famílias
3.2 - Outros
1.7 – Variação de Estoques (3.2)

Total da formação bruta de capital Financiamento da formação bruta


de capital
O Sistema Vigente até 1996
4) Conta transações correntes com o
resto do mundo
Débitos Créditos
4.1- Exportação de bens e serviços (1.8) 4.5- Importação de bens e serviços
(1.9)
4.2 – Remuneração de empregados 4.6 – Remuneração de empregados
recebida do resto do mundo (2.5 +4.6) paga ao resto do mundo (4.2 -2.5)
4.3 – Outros rendimentos recebidos do 4.7 – Outros rendimentos pagos ao
resto do mundo (2.6 +4.7) resto do mundo (4.3 -2.6)
4.4 – Transferências unilaterais 4.8 – Transferências unilaterais pagas
recebidas do resto do mundo (2.9 +4.8) ao resto do mundo (4.4 -2.9)
4.9 – saldo das transações correntes
com o resto do mundo (3.4)
Recebimentos Correntes Utilização dos Recebimentos
Correntes
O Sistema Vigente até 1996
5) Conta complementar – Conta corrente das administrações públicas
Débitos Créditos
5.1 Consumo final das APUs 5.6 – Tributos indiretos
5.1.1 – Salários e encargos 5.7 – tributos diretos
5.1.2 – Outras compras de bens e serviços 5.8 – Outras receitas correntes líquidas

5.2- Subsídios 5.8.1 – Outras receitas correntes brutas


5.3- Transferências de assistência e 5.8.2- menos: outras despesas de
previdência transferências
5.4 – Juros da dívida pública interna 5.8.2.1-transferências intragovernamentais

5.5- Poupança em conta corrente 5.8.2.2 –transferências


intergovernamentais
5.8.2.3 - transferências ao setor privado
5.8.2.4 - transferências ao exterior
Total da utilização da receita corrente Total da receita corrente
O novo formato das contas
nacionais no Brasil
▪ Sistema vigente a partir de 1997;
▪ Referência: SNA 1993
▪ O Sistema atual conta com um instrumento
rico em informações, denominado Tabela de
Recursos e Usos além das Contas
Econômicas Integradas.
“ As mudanças implementadas pelo SNA 1993,
não são mudanças de fundamentos , mas de
forma” (PAULANNI; BRAGA 2007).
O novo formato das contas
nacionais no Brasil
✓ Contas Econômicas Integradas (CEI) – mostra
valores referentes ao total da economia nacional
(tabelas de síntese) e dos setores institucionais.

✓ Tabelas de Recursos e Usos (TRU) – mostra valores


referentes ao total da economia nacional e segundo
os produtos e as atividades econômicas.

✓ Contas intermediárias dos setores institucionais.

✓ Contas satélites.
O novo formato das contas
nacionais no Brasil

“ ...apesar de nos referirmos agora NÃO mais


a créditos e débitos mas SIM a recursos e
usos, continuam a ser válidos os princípios
contábeis que nortearam todo o sistema de
contabilidade nacional até hoje desenhados”.
(PAULANNI; BRAGA 2007).
Tabela de Recursos e usos
Tabela de Recursos e usos
Tabela de Recursos e usos
Contas Econômicas Integradas
Apresentação de contas selecionadas
✓ Tabela 1 – Conta 0: Conta de bens e serviços.

✓ Tabela 2 – Contas de produção, renda e capital


(CEI.Contas 1, 2 e 3.1).

✓ Tabela 3 – Conta das transações do resto do


mundo com a economia nacional.

✓ Tabela 18 – Receita tributária, por esfera de


governo
✓ Contas satélites.
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas
Contas Econômicas Integradas

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