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Distinguir as diversas formas de integração económica (sistema de preferências aduaneiras, zona de comércio livre, união aduaneira, mercado

comum/mercado único, união económica e união monetária), apresentando as principais vantagens da integração.

Integração económica
Integração económica - Integração das economias
Vantagens Desvantagens
nacionais em espaços económicos mais vastos, através da
eliminação das barrreiras à livre circulação de bens,
- Maior possibilidade de alcançar o pleno emprego dos fatores de produção.
serviços e fatores de produção (trabalho e capital).
- Maior eficiência na afetação dos recursos de cada economia.
- Maior possibilidade de garantir o crescimento económico. - Disparidades no desenvolvimento económico e social entre
Integração pode ser:
1. Formal - Aumento da produção, devido à divisão do trabalho e à especialização os particulares no processo de integração.

2. Informal efetuadas.

- Obtenção de economias de escala, devido ao alargamento da dimensão


1. Formal
Diz-se quando esta é definida formalmente através do dos mercados. - Resistência dos aparelhos nacionais às regras de
estabelecimento de acordos entre dois ou mais países. - Criação ou desenvolvimento de atividades dificilmente compatíveis com a disciplina coletiva.
Exemplo da integração formal foi o que se verificou dimensão nacional.
quando Portugal começou a fazer parte formalmente, por
- Formulação mais coerente e rigorosa das políticas económicas.
via da sua adesão plena, da Comunidade Económica
Europeia (CEE) a partir de 1986. - Transformação das estruturas económicas e sociais. - Resistência psicológica das populações.
- Reforço da capacidade de negociação.
2. Informal
Diz-se quando dois ou mais países estreitam as relações - Diluição dos problemas da balança de pagamentos.
comerciais entre si, sem que tenha sido estabelecido
- Intensificação da concorrência. - Formação da opinião pública.
qualquer acordo escrito entre as partes.
Exemplo de integração informal foi o que se verificou - Vantagens para os consumidores.
com o comércio entre Portugal e Espanha antes da adesão
- Maior circulação da inovação e dos avanços tecnológicos.
à Comunidade Económica Europeia, em 1986.
Tipo de Integração Caracterísitcas Exemplos
Sistema de preferências aduaneiras Vantagens aduaneiras comuns que não são aplicados a outros países. Commoonwealth
Livre circulação de mercadorias.
EFTA (Associação de Comércio Livre)
Zona de Comércio Livre (reduzem ou eliminam as barreiras alfandegárias que incidem sobre troca de
( Reino Unido, Portugal, Áustria, Dinamarca, Noruega, Suécia e Suíça)
mercadorias dentro da zona de comércio).
Pauta Aduaneira Comum com países externos à União.
União Aduaneira + Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo)
Livre circulação de mercadorias/bens.
Livre circulação de pessoas, serviços, bens e capitais.
Mercado Comum (ou mercado +
único) Livre circulação de mercadorias/bens Mercado Comum (criado pelo ato único Europeu em 1987)
+
Pauta Aduaneira Comum com países externos à União
Politicas económicas comuns + dentro da União alguns países podem criar
uma união monetária (moeda única e politica monetária).
União Económica e Monetária (a) +
liberdade de circulação (pessoas, serviços, bens e capitais).

Progressiva transferências dos poderes soberanos para entidades supranacionais


União Política
que exercem a soberania comum. (b)
- poderes soberanos: Poder Presidencial; Poder Executivo (governo); Poder Legislativo
(Assembleia da República); Poder Judicial.

(a) é um processo de natureza económica que se enquadra noutro mais amplo, de índole
política, a construção de uma união política.
Notas
(b) acrescenta a ideia de nacionalidade e moeda comum e amplia a livre circulação.

Nota:

- poderes soberanos: Poder Presidencial; Poder Executivo (governo); Poder Legislativo (assembleia de República); Poder Judicial

PRINCIPAIS ETAPAS DO SEU PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA


Ano Instituição Países Objetivo
CECA - - consolidar a paz
França, Alemanha, Itália,
1951 Tratado Paris Comunidade Europeia do Carvão e - e constituir um mercado comum do carvão e aço
Bélgica, Holanda e Luxemburgo
do Aço (duas importantes matérias-primas para a reconstrução económica).
CEE -
Comunidade Económica Europ eia - principal objetivo da criação de um mercado comum para todos os produtos.
1957 Tratado de Roma CEEA (EUROATOM) - Para alcançar esse fim, a CEE fixou como meta intermédia a constituição de uma união aduaneira, que foi dada
Comunidade Europeia de Energia como concluída no início dos anos 70 do século XX.
Atómica (EUROATOM)
Três novos países aderiram ao
processo de integração europeia:
1973
Reino Unido, Irlanda e
Dinamarca
1981 Adesão da Grécia
Assinado Acto Único
Adesão de Portugal e Espanha à
1986 Europeu – 1ª altereação
CEE
ao tratado de Roma
• Instituiu o Mercado Único Europeu (ou Mercado Interno)
• livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais;
• abolição das fronteiras e uma maior facilidade de os cidadãos europeus circularem, residirem
e trabalharem em todo o espaço comunitário
• o reforço da coesão económica e social, de forma a reduzir as disparidades de desen-
volvimento entre regiões, graças à maior intervenção dos fundos estruturais (FEOGA, FEDER e FSE);
Entra em vigor o Acto • o reforço da cooperação em matéria monetária.
1987
Único Europeu • a harmonização das regras relativas às condições de trabalho, higiene e segurança ;
• o reforço da investigação e desenvolvimento de forma a aumentar a competitividade da indústria
europeia;
• a proteção do ambiente, através de ações de prevenção e de legislação comunitária;
• o reforço das instituições comunitárias , através da criação do Conselho Europeu, do
reforço dos poderes do Parlamento Europeu e do alargamento das competências da Comissão
Europeia.

1992 Tratado de
Maastricht
• a criação de uma União Política;
ou Tratado da União • a criação de uma União Económica e Monetária (Estabilidade dos preços;
Europeia estabilidade monetária;
solidez das finanças públicas).
1994 Aderiu a Áustria, Suécia e
Finlândia
1999 Criação da moeda única - o euro (só escritural)
2002 Criação física da moeda _ notas e moedas
Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) – Os Estados – membros comprometem-se a que:
• o défice do orçamento de Estado não exceda 3% do PIB
• e a que a dívida pública não ultrapasse 60% do PIB
2002/2008 Crise do Euro 1) Alguns Países da Zona Euro (Portugal incluido) têm economias frágeis:
• elevado endividamento externo.
2) Estes países correm o risco de falência dada:
• Juros de empréstimos elevados;
• E dificuldade em obtter financiamento.
3) Estas circunstâncias orginam instabilidade na Zona Euro.
4) Exigiu medidas por parte da União.
• Maior intervenção do Banco Central Europeu (BCE) no âmbito da política monetároia;

Para além das regras:


• défice do orçamento de Estado não exceda 3% do PIB
• e a que a dívida pública não ultrapasse 60% do PIB
foram introduzidas medidas adicionais:
• supervisão mais estreita dos orçamentos dos Estados-menbros e da situação da dívida (TRATADO
ORÇAMENTAL).
• Criação de um fundo de resgate (MECANISMO EUROPEU DE ESTABILIDADE)
• Descida da taxa de juro de referência (próximo do zero);
• E cedência de liquidez aos bancos através da COMPRA DE OBRIGAÇÕES DE DÍVIDA PÚBLICA
pelo BCE.

NAFTA - Tratado Norte-Americano de Livre Comércio


ASEAN - Associação de Nações do Sudeste Asiático
MERCOSUL - Mercado Comum do Sul, bloco econômico criado em 1991, que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
A União Económica e Monetária (UEM) consiste no processo de harmonização das políticas económicas e monetárias dos
Estados-membros da UE com vista à criação de uma moeda única.
Calendariazação da UEM:
• 1ª fase, que decorreu entre 1990 e 1994
- caraterizou pela:
- adoção de legislação e de reformas tendentes à livre circulação de capitais,
- pela harmonização do desempenho económico dos vários Estados-membros e pelo aumento das
verbas destinadas a corrigir os desequilíbrios regionais.
• 2ª fase, que se iniciou a 1 de janeiro de 1994 e que terminou em dezembro de 1998,
- caraterizou-se pela criação do Instituto Monetário Europeu (IME), composto pelos Governadores dos
Bancos Centrais da União, sendo encarregue de preparar o caminho para o nascimento do Banco Central
Europeu (BCE);
- Estabeleceu-se ainda o processo de independência dos Bancos Centrais nacionais;
• 3ª fase, iniciada a 1 de janeiro de 1999, marcou a entrada em funcionamento da UEM.
- Foram fixadas irrevogavelmente as taxas de conversão das moedas nacionais relativamente à moeda única
(o euro) de acordo com os países fundadores da UEM.
- As moedas nacionais foram substituídas pelo euro, passando estas a ser apenas subunidades da nova
moeda única, embora a entrada em circulação do euro sob a forma de moeda física viesse a acontecer em janeiro de
2002.

PARA ACEDEREM À 3.ª FASE DA UEM, os Estados-membros teriam de cumprir um conjunto de critérios de
convergência das suas economias, tal como definido no Tratado de Maastricht, designados por critérios de convergência
nominal ou critérios de Maastricht.
Assim, os países teriam de, cumulativamente, cumprir os seguintes critérios:
• estabilidade de preços: a taxa de inflação média, verificada no período de um ano que antecede a data de
avaliação, não pode exceder em mais de 1,5 pontos percentuais a taxa de inflação média dos três Estados-membros
com melhores resultados em termos de estabilidade de preços;
• situação das finanças públicas: o défice não pode exceder 3% do PIB, a menos que esteja a diminuir substancial
e continuadamente e que se situe perto desses 3%. Além disso, a dívida pública não pode ser superior a 60% do
PIB, a menos que esteja a diminuir suficientemente e a aproximar-se a um ritmo satisfatório desses 60%;
• durabilidade da convergência: a média da taxa de juro a longo prazo, verificada no período de um ano que
antecede a data de avaliação, não pode exceder em mais de 2 pontos percentuais a média da taxa de juro a longo
prazo dos três Estados-membros com melhores resultados em termos de estabilidade de preços;
• observância das margens de flutuação normais previstas pelo mecanismo de taxas de câmbio do Sistema
Monetário Europeu (SME), pelo menos durante dois anos, sem grandes tensões.

CRITÉRIOS DE CONVERGÊNCIA
No âmbito do Tratado de Maastricht podem ser considerados dois tipos de critérios de convergência:
• a convergência real (aproximação dos níveis de rendimento médio (taxa de variação real do PIB per capita, do
RNB per capita ou do PIB, etc) .
• a convergência nominal (critérios de seleção para a entrada na área euro (taxa de inflação, défice
orçamenta,dívida pública, taxa de câmbio).

CONVERGÊNCIA REAL tem em consideração, nomeadamente:


• o desenvolvimento;
• o crescimento e o emprego;
• PIB per capita, corrigido de acordo com os indicadores relativos ao poder de compra (ver nota).
Nota: Existe desigualdade regional evidente entre os países que aderiram à UE desde 2004 (ao nível do
desenvolvimento; do crescimento económico e o emprego).

Critérios de CONVERGÊNCIA NOMINAL que deverão ser cumpridos pelos Estados membros, para a adoção da
moeda única, aparecem definidos no Artº 109º-J do Tratado.
- estabilidade monetária ou dos preços
§ a taxa de inflação não ultrapassar em 1,5% a média das taxas dos 3 estados com
melhores resultados
Exemplo:
• Inflação = 2% (dos 3 estados com melhores resultados)
• Inflação do Estado Candidato: 3%
• Estado Candidato Aceite (3-2= 1 inferior a 1,5%)
§ a taxa de juro não pode exceder em mais de 2 pontos percentuais a média da taxa de juro a
longo prazo dos três Estados-membros com melhores resultados em termos de estabilidade de
preços;
- finanças públicas
§ Défice orçamental em relação ao PIB inferior a 3 %
§ Dívida pública em relação ao PIB inferior a 60%

- estabilidade cambial
§ permanência pelo menos nos últimos 2 anos no mecanismo de taxas de câmbio do SME.

Após a criação do euro os estados-membros da U.E. perderam a autonomia na política Monetária (que passa a ser
conduzida pelo BCE, independente em relação ao poder político) e cambial (os bancos centrais de cada país só
poderão utilizar a sua reserva oficial com autorização do BCE).

Relativamente à política orçamental cada estado definirá a sua política, no entanto esta deverá estar de acordo com
os limites impostos pelos critérios de convergência nominal tendo em atenção que o grande objetivo é a
convergência real.

O PROCESSO DE ALARGAMENTO (ESTADOS—MEMBROS)


• 1951 — França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo (6 Estados)
• 1973- Reino Unido, Irlanda e Dinamarca (9 Estados)
• 1981— Grécia (10 Estados)
• 1986 — Portugal e Espanha (12 Estados)
• 1995 — Áustria, Suécia e Finlândia (15 Estados)
• 2004 — Malta, Chipre, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Hungria, República Checa,
Eslováquia e Eslovénia ( 25 Estados)
• 2007- Roménia e Bulgária ( 27 Estados)

• 2013 — Croácia ( 28 Estados)

A União Europeia funciona essencialmente em torno de três instituições, cada uma das quais com
poderes e funções distintos: o Parlamento Europeu, o Conselho de Ministros e a Comissão Europeia.

Parlamento Europeu:
• é o principal componente democrático do sistema da UE, composto por membros diretamente eleitos pelos
cidadãos europeus.
• Tem por missão dar seguimento às preocupações e prioridades dos cidadãos europeus e representar as suas
posições políticas em função dos resultados eleitorais.
• Juntamente com o Conselho, cuja aprovação é necessária, o Parlamento Europeu é responsável pela análise,
alteração e aprovação da legislação europeia e pela aprovação do orçamento anual da União Europeia, com
base nas propostas efetuadas pela Comissão Europeia.
• Funções: responsabilidades legislativas, orçamentais e de supervisão

Conselho da União Europeia (OU Conselho de Ministros OU Conselho):


• instituição que representa os governos dos Estados-Membros da União Europeia, composto pelos ministros
responsáveis pelos temas e questões em debate.
• juntamente com o Parlamento Europeu, cuja aprovação é necessária, o Conselho analisa, altera e aprova a
legislação europeia proposta pela Comissão Europeia.
• Funções: define as orientações e prioridades políticas gerais da União Europeia

Comissão Europeia:
• órgão "executivo" da União Europeia, a Comissão Europeia apresenta propostas legislativas ao Parlamento
Europeu e ao Conselho e é responsável pela execução da legislação adotada.
• A Comissão Europeia é igualmente responsável pela implementação da política da União Europeia, assim
como pela gestão dos programas e ações na UE e em todo o mundo.
• A Comissão é composta por um comissário de cada Estado-Membro da UE, cada um deles responsável por
uma determinada pasta, e é liderada por um Presidente.
• Funções: defende os interesses gerais da UE, mediante a apresentação de propostas legislativas e a
execução da legislação, das políticas e do orçamento da UE
Nota: O orçamento anual da UE é aprovado pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu. O projeto de orçamento
é proposto pela Comissão Europeia.

Conselho Europeu
O Conselho Europeu define as orientações e prioridades políticas gerais da UE e de\

Os membros do Conselho Europeu são os chefes de Estado ou de Governo dos 27 Estados-Membros da UE e os


presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia.

Tribunal de Justiça da União Europeia


• Missão: velar por que o direito europeu seja interpretado e aplicado da mesma forma em todos os países da
UE e garantir que as instituições e os países da UE respeitam o direito europeu.
• Membros:
o Tribunal de Justiça: um juiz de cada país da UE e 11 advogados-gerais
o Tribunal Geral: dois juízes por cada país da UE
Banco Central Europeu
• Funções: gerir o euro, assegurar a estabilidade dos preços e conduzir a política económica e monetária da
UE
• Membros: Presidente e Vice-Presidente do BCE e governadores dos bancos centrais de todos os países da
EU.

VANTAGENS E DESAFIOS DO ALRGAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA


Vantagens
• aumento do número de consumidores;
• reforço do crescimento económico e da criação de novos empregos;
• melhoria da qualidade de vida dos cidadãos europeus;
• reforço do papel da UE no plano internacional;
• reforço da paz, da estabilidade e da prosperidade na Europa;
• reforço das jovens democracias.
Desafios
• aumento do número de Estados-membros.
• aumento das disparidades económicas e sociais entre os Estados-membro
RESPOSTA OS DESAFIOS COLOCADOS
• Reforma das instituições e órgãos da UE;
• Reorientação dos fundos comunitários (para que exista convergência real)
Nota: Desafios adicionais para Portugal
Promover a produtividade e eficiência em Portugal:
✓ Criando condições para atrair investimento estrangeiro através da aplicação de reformas fiscais e laborais, da
desburocratização dos processos adminstrativos e de melhorias, ao nível da justiça
✓ Apoiando a formação dos cidadãos para melhorar a produtividade e, simultaneamente, combater o desemprego
✓ Reforçando a investigação e o desenvolvimento.

REORIENTAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS [Existe desigualdade regional, evidente entre os países que
aderiram à UE desde 2004 e os restantes. Por isso, os fundos procuram a convergência real (aproximação) entre os
países].
• tornar a agricultura dos países do alargamento mais produtiva e mais sustentável;
• tornar estes países mais atrativos em termos de investimento estrangeiro;
• implementação de estratégias para o crescimento;
• investimento em capital humano.
REFORÇO DAS VERBAS DESTINADAS AOS FUNDOS COMUNITÁRIOS

FUNDOS COMUNITÁRIOS

OBJETIVOS

FEDER - Fundo Europeu de Combater as desigualdades regionais e promover a


Desenvolvimento Regional coesão económica e social.
ESTRUTURAIS

FEADER - Fundo Europeu Agrícola Financiar projetos de desenvolvimento rural e melhorias


para o Desenvolvimento Rural estruturais na agricultura dos Estados-membros
TIPOS DE FUNDOS

Ajudar os pescadores na fase de transição para uma


FEAMP - Fundo Europeu dos
pesca sustentável e ajudar as comunidades costeiras.
Assuntos Marítimos e das Pescas
Principal instrumento da Europa para promover o
FSE - Fundo Social Europeu emprego e a inclusão social.

Destina-se aos Estados-membros cujo Rendimento Nacional Bruto por habitante seja inferior a
FUNDO DE
COESÃO
SOCIAL

90% da média da União.


Tem como objetivos o financiamento de projetos nos domínios do ambiente e das redes
transeuropeias de transportes.

APROFUNDAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA

O aprofundamento significa caminhar no sentido de mais integração.


O grande objetivo do aprofundamento da UE tem sido realizado no sentido de aproximar a Europa dos seus cidadãos
e aprofundar a democracia.
A questão do aprofundamento tem caraterizado o processo de integração europeu desde a sua origem.
O aprofundamento, em conjunto como alargamento, exigiu da União a reformulação das Políticas Comunitárias, de
forma a reforçar a coesão económica e social, e a convergência real das economias dos Estados-membros.

POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA

PAC (Política Agrícola Comum)


• melhorar a produtividade agrícola;
• garantir preços acessíveis aos consumidores;
• melhorar o nível de vida dos agricultores

PESC (Política Externa e de Segurança Comum)


• reforço da segurança da união;
• promoção da cooperação internacional;
• consolidação da democracia;

PCP (Política Comum das Pescas)


• promover a sustentabilidade das pescas;
• garantir um nível de vida justo para as comunidades piscatórias.
Política Regional
• combater as desigualdades estruturais existentes entre as várias regiões da União;
• promoção de uma igualdade de oportunidades efetiva entre as pessoas .
ORÇAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA

Elaborado anualmente pela Comissão Europeia e apresentado ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Uniãio
Europeia para discussão e aprovação, nele constando a previsão das receitas e das despesas para um dado ano.

Receitas
• das contribuições dos Estados-membros (cerca de 1% da riqueza criada nos países);
• dos recursos próprios tradicionais, constituídos pelos direitos de importação aplicados a produtos provenientes
de países terceiros;
• uma percentagem do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) aplicado em cada Estado-membro.
Despesas destinam-se ao financiamento das variadas atividades e intervenções comunitárias e traduzem as
prioridades e as orientações políticas prosseguidas pela UE.
Das várias despesas podemos destacar:
na Europa
• o financiamento de ações de formação para o desenvolvimento de competências e o incentivo às empresas
na apostar, em inovação e criação de emprego;
• a proteção do ambiente e o desenvolvimento rural e regional; construção de grandes infraestruturas; ajuda
de emergência em caso de catástrofes naturais;
• os custos do funcionamento da UE (cerca de 6% do total de despesas), o que inclui os custos de
funcionamento de todas as instituições e as despesas de tradução e de interpretação para as 23 línguas
oficiais da UE.
no estrangeiro — programas de apoio aos países em desenvolvimento e aos países candidatos e potenciais
candidatos à EU.
NOTA. Além do orçamento anual, a EU dispõe ainda de um orçamento plurianual (de longo prazo). Este
orçamento destina-se ao financiamento das políticas europeias para um horizonte temporal de 7 anos.

AFIRMAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA NO MUNDO


União Europeia desempenha um importante papel na cena mundial quer através da sua ação diplomática quer no
comércio, na ajuda ao desenvolvimento e na participação organizações internacionais
➢ consolidação da paz;
➢ na ajuda ao desenvolvimento;
➢ na defesa dos direitos humanos;
➢ no reforço da segurança em todo o mundo;
➢ na resposta a situações de crise e ajuda humanitária;
➢ na promoção do desenvolvimento sustentável e na defesa do ambiente.

ESTRATÉGIA 2020
A Estratégia Europa 2020 é um plano para dez anos com vista ao crescimento da União Europeia.
Esta Estratégia visa, não só a saída da crise, mas também a revisão do modelo de crescimento económico e a
criação das condições necessárias para obter um tipo diferente de crescimento: um crescimento mais inteligente,
sustentável e inclusivo.
Objetivos
➢ Emprego: aumentar para 75% a taxa de emprego na faixa etária dos 20-64 anos;
➢ I&D: aumentar para 3% do PIB o investimento da UE em I&D;
➢ Alterações climáticas e sustentabilidade energética;
➢ Educação: reduzir a taxa de abandono escolar precoce para menos de 10%;
➢ Luta contra a pobreza e a exclusão social.
POPULAÇÃO
População portuguesa apresenta características semelhantes à população europeia:
• envelhecida,
• com uma das mais baixas taxas de natalidade da Europa;
• esperança de vida própria dos países desenvolvidos.
• A percentagem de pessoas em idade ativa está a diminuir
• a percentagem de idosos está a aumentar, o que terá impacto nas despesas sociais com pensões/reformas e
com cuidados de saúde.
Segundo o Eurostat, em 2017, quase um quinto (19,4%) da população da UE tinha 65 anos ou mais.

PRODUTO
O crescimento da atividade produtiva em Portugal acompanha a evolução registada no espaço da União Europeia,
dada a sua dependência dos mercados europeus. A atividade produtiva portuguesa cresce quando se verifica uma
maior procura dos nossos bens por parte dos parceiros europeus e pelo mercado interno. O produto per capita,
depois da quebra registada no período da crise e da assistência financeira, tem vindo a recuperar, embora com
valores abaixo da média europeia.

COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA
O mercado único, com as suas quatro liberdades de circulação, criou oportunidades de crescimento para as
empresas, mas aumentou o desafio da competitividade dada a maior concorrência. Vários fatores
concorrem para a competitividade das empresas e das economias: produtividade, a qualificação dos
recursos humanos e a Inovação.
A produtividade do país, em 2017, representava 66,4% da média europeia. Para este baixo valor contribuía a
insuficiente qualificação dos trabalhadores e o fraco investimento em inovação.
Fator comum à inovação e aos recusos humanos
PRODUTIVIDADE

O que é a inovação?
Em termos económicos, a inovação consiste no desenvolvimento e aplicação de ideias e
tecnologias que melhoram os bens e serviços ou tornam a produção dos mesmos mais eficiente.
Porque precisamos de inovação?
Um dos benefícios mais importantes da inovação é o seu contributo para o crescimento
económico. Dito de forma simples, a inovação pode conduzir a uma maior produtividade, o
que significa que os mesmos fatores de produção geram mais produto. Com o aumento da
produtividade, são produzidos mais bens e serviços, ou seja, assiste-se a um crescimento da
economia.

Capacitação dos Recursos Humanos


A capacitação de recursos humanos está intimamente ligada ao crescimento económico através
do efeito que provoca sobre a produtividade do trabalho, seja nos jovens que ingressam no
mercado de trabalho, seja nos adultos para se manterem a par dos desenvolvimentos tecnológicos
e processos produtivos.

EMPREGO, DESEMPREGO, NÍVEL DE VIDA E JUSTIÇA SOCIAL


A entrada de Portugal na UE foi acompanhada de fortes expetativas de melhoria do nível de vida.
O acesso ao trabalho e à saúde, a universalização da proteção social, o consumo de atividades de
diversão, o acesso a bem culturais são indicadores de nível de vida.

O país tem criado melhores condições de vida para a população. No entanto, o nível de riqueza e de bem-estar,
medido pelo PIB per capita, mantém-se afastado da média europeia, tendo-se registado uma maior divergência
nos anos mais recentes, dada a permanência das fragilidades estruturais da nossa economia e os efeitos da crise
económica.
No entanto, a recuperação económica foi sendo acompanhada pelo aumento do emprego e das remunerações,
bem como pela diminuição significativa da taxa de desemprego

PORTUGAL LIDA COM PROBLEMAS DE NATUREZA SOCIAL:


• o envelhecimento da população, que traz problemas relacionados com a manutenção da população activa
e a forma como vão ser financiadas as políticas de Segurança Social no futuro;
• verifica-se um empobrecimento da população, que, devido à actual crise económica, tem tendência para se
agravar ainda mais.
Com a entrada de novos países da UE, o nosso país enfrenta também a diminuição dos apoios comunitários.
Assim, é importante PROMOVER A PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA em Portugal:
✓ Criando condições para atrair investimento estrangeiro através da aplicação de reformas fiscais e laborais, da
desburocratização dos processos adminstrativos e de melhorias, ao nível da justiça
✓ Apoiando a formação dos cidadãos para melhorar a produtividade e, simultaneamente, combater o desemprego
✓ Reforçando a investigação e o desenvolvimento.

POLÍTICA MONETÁRIA DO BCE


A função do BCE consiste em manter a estabilidade de preços (este é o melhor contributo que a política
monetária pode dar para o crescimento económico e a criação de emprego).
Manter os preços estáveis assegurando que a inflação - a taxa a que o nível geral de preços dos bens e serviços
varia ao longo do tempo - permanece baixa, estável e previsível.
Visa uma taxa de inflação de 2% a médio prazo (O compromisso face a este objetivo é simétrico: consideramos uma
inflação demasiado baixa tão desfavorável como uma inflação demasiado elevada).

Fonte: https://www.ecb.europa.eu/ecb/tasks/monpol/html/index.pt.html

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Como o Eurosistema mantém os preços estáveis?
O objetivo de manutenção da estabilidade de preços é atingido convencionalmente através do controlo das taxas de
juro. Assim, o Conselho do BCE define as taxas de juro oficiais do Eurosistema, ou seja, as taxas de juro a que o

EUROSISTEMA CEDE LIQUIDEZ ao sistema bancário e ABSORVE LIQUIDEZ do sistema bancário.

Para o efeito, o Eurosistema UTILIZA COMO INSTRUMENTOS


• As operações de mercado aberto,
• as facilidades permanentes
• e a imposição às instituições de crédito de constituição de reservas mínimas.

O Eurosistema pode também adotar outras medidas de política monetária, nomeadamente compras de ativos
financeiros e operações de refinanciamento com caraterísticas especiais.

ATIVOS FINANCEIROS (O QUE SÃO?)


Estas aquisições acentuam o carácter expansionista das condições monetárias e financeiras, tornando o recurso a
financiamento mais barato para os Estados, as empresas e as famílias. Tendem, assim, a apoiar o investimento e o
consumo e, em última instância, contribuem para o retorno das taxas de inflação a valores próximos, mas abaixo, de
2%.
Atualmente estão em curso quatro programas de compra de ativos, globalmente incluídos no programa de compra de
ativos – APP, através do qual são adquiridos títulos de dívida privada e pública para fazer face aos riscos associados a
um período prolongado de níveis baixos de inflação:
• o programa de aquisição de instrumentos de dívida titularizada (ABSPP), anunciado a 2 de outubro de 2014;
• o programa de aquisição de obrigações hipotecárias (CBPP3), anunciado a 2 de outubro de 2014;
• o programa de aquisição de obrigações de dívida soberana (PSPP), anunciado a 22 de janeiro de 2015;
• o programa de aquisição de títulos de dívida de empresas (CSPP), anunciado a 10 de março de 2016.

VANTAGENS DA ESTABILIDADE DE PREÇOS, INFLAÇÃO BAIXA E DE TAXAS DE JUROS BAIXAS:


− o credito aos consumidores é mais acessível, o que facilita a aquisição de habitação e bens duradouros;
− o investimento empresarial é incentivado, repercutindo-se positivamente na atividade produtiva e no
emprego;
- uma inflação baixa favorece principalmente as familias com menores rendimentos, o que contribui para
uma maior coesão social.

12.4. Portugal no contexto da União Europeia


O alargamento da União Euro peia a 28 países fez de Portugal um país ainda m ais perif érico tendo -se agravado o
fo sso em termo s eco nó mico s e po lítico s. No en tan t o , estas am eaças do alargam en to devem se r tran sfo rm ad as em
o po rtunidades de crescimen to para Po rtugal , que deve co ntinuar a apo star na m elho ria da sua pro du tividade , em
m anter es távei s as co ntas pública s, no crescimen to do tecido em presarial e na fo rm ação do s seus recu rso s hum ano s.

Po rtugal também tem feito pro gr esso s , apre sen tand o m elho rias ao nível do turism o , do de sem prego , da
co nso lidação de co ntas, entr e o utro s . Mas ai nda lida co m pro blem as de natureza so cal, no m eadam en te, o
envelhecimento da po pulaçã o que traz pro blemas relacio nado s co m a m anutenção da po pulação ativa e a fo rm a de
financiar as po líticas de Segu rança So cial no futuro .

Com a entr ad a na Uni ão Euro pei a dos novos pa ís es , o n os s o p aís te m enfr enta do a di minu ição dos
apo ios co munit ári os con ce di dos , no meadament e, na s áreas r espei tante s à agricul tura e às pe scas .

As s im, é i mpor tant e prom over a pro dut ivi da de e e fici ênci a de Portu ga l :

Criando co ndiçõ es para at rair in ves timento es tr angeiro , at ravés da aplicação de refo rm as fiscais . labo rais , d a
desburo cra tizar ão do s pro cesso s administ rati vo s e de m elho rias ao nível da justica;
Apo iando a fo rmação do s cidadão s numa perspetiva de lo ngo prazo (fo rm ação para a vida), para m elho rar a
pro dutividade e, simultaneamen te , co mbater o desem pr ego ;
Refo rçando a inves tigação e o de senvo lvimento na s áre as que po dem perm i tir o aum en to da co m peti tividade, o
surgimen to de no vas o po rtunidades de negó cio e o desenvo lvim ento de pro jeto s m aio r valo r acrescen tado .

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