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A importância das

mulheres no desporto
Maria Leonor Cotter
Nº. 18 | 10º E1| ESRDA
Ano letivo 2021/2022
Intenção do trabalho
Desde o surgimento do desporto profissional as mulheres
são descriminadas e proibidas de o praticar.
Em meados do século XX começaram a emergir as primeiras
participações femininas em competições oficiais, encetaram as
primeiras mulheres assalariadas com a pratica desportiva.
Apesar do progresso feminino que se tem vindo a registar as
mulheres continuam a ser alvo de descriminação.
O caso de Serena Williams é prova de tal. É única mulher
presente no Top 100 desportistas mais bem pagos (lista da
Forbes).
Ou seja, a descriminação presente nos tempos atuais ainda é
bastante acentuada.
Este trabalho visa perceber a evolução do percurso feminino
no desporto, assim como as origens da sua importância.
Introdução
O início dos Jogos Olímpicos não tem um data concreta.
Historiadores e iluminados concordam ter sido 756 a.C na
Grécia Antiga.
Na altura, e em tempos posteriores, as eminentes guerras
tornavam o desporto um treino militar organizado e não, lazer.
Antes do século XX, falar dos dois sexos significava introduzir
dois conceitos diferentes.
Fora, em tempos, instituída legislação de definia claramente
que desportos é que as mulheres podiam e não podiam
praticar.
Só nos finais no século XX foi introduzida uma mentalidade
clara e aberta ao conceito da feminidade e masculinidade. Em
1992, Saul António Gomes define a diferença de género como
única e exclusivamente a «condição biológica de ser homem ou
mulher».
Desde então, a mentalidade e os preconceitos têm vindo a
diminuir.
I
A exclusão das
mulheres no
desporto
"Artigo 54: Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com
as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de
Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país"
(DECRETO-LEI Nº 3.199, DE 14 DE ABRIL DE 1941)
Em 1941 no Brasil é decretado que as mulheres estão inibidas de praticar
desportos incompatíveis com as suas naturezas biológicas. A natureza biológica da
mulher foi, de forma tendenciosa, considerada uma limitação para a prática de
desporto. Deste modo, o sexo feminino acaba por ser excluído dos registos
desportivos competitivos.
Criada em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) incita desde sempre a
maior participação feminina no universo desportivo. Mesmo assim, a desigualdade
sofreu oscilações ao longo do tempo. Na maior parte dos países esperou-se um
registo mais regular de mulheres em competições oficiais.
Mais tarde, no Brasil, em 1965, são especificadas as práticas desportivas em que
as mulheres não poderão fazer parte. Nesta declaração são citadas as lutas de
qualquer tipologia, o futebol, o futebol de salão, o futebol de praia, o polo-aquático, o
rugby, o halterofilismo e o basebol. Para além da legislação tornada real, por todo o
mundo, eram publicadas revisas que descriminavam a participação das jovens na
maior parte dos desportos.
Nesta altura, Portugal aumenta (como nunca antes visto) o número de pessoas
federadas do sexo feminino. Desde o momento referido até aos dias de hoje, o
voleibol é o desporto que mais atrai as mulheres.
A imagem ao lado retrata o grupo das Marias, jogadoras de voleibol no SL Benfica
entre 1967 e 1971.
II
Cinco conquistas
femininas no
século X X-
Jogos Olímpicos em Paris
Em 1900, surgem os primeiros Jogos Olímpicos a contar com
a participação de mulheres.
Neste evento, destaca-se a madame Hélène de Pourtalès: a
primeira jovem a ganhar uma medalha de ouro. Esta senhora
suíça praticava vela juntamente com a sua equipa.
Nesta data, outras mulheres destacaram-se por atingir
objetivos, noutros tempos, inimagináveis nos seus países.
Atletismo
Em 1918, Marie-Louise Ledru tornou-se a primeira mulher a
competir na maratona de 42,195 Km.
A 29 de setembro do ano em questão a jovem francesa
completa a «The Tour de Paris Marathon » em 5 horas e 40
minutos.
Depois desta participação, só em 1952 volta uma mulher a
concorrer nesta prova.
Em 1952, Miroslava Binova, a representar a Chéquia,
completa a prova em 4 horas e 35 minutos.
Racismo no desporto
Em 1951, Betty Chapman foi a primeira mulher afro-
americana a quebrar a barreira da cor de pele e torna-se,
assim, a primeira mulher a praticar softball profissionalmente.
Esta incrível personalidade, não só deu passos muito
importantes para a igualdade de género no desporto como
para a música.
Futebol profissional
Em 1970, Itália torna-se o primeiro país do mundo a
contratar profissionalmente jogadoras femininas de futebol.
Embora se trate de funções só em part-time, este
acontecimento torna-se uma inspiração para inclusão das
mulheres no desporto pelo resto da Europa e futuramente o
mundo.
Rosa Mota
A, agora, ex-atleta Rosa Mota, em 1988, conquista a primeira
medalha de ouro portuguesa nos Jogos Olímpicos.
Na altura, este grande feito significou, para Portugal, uma
grande elevação do sexo feminino, visto que fora a primeira
vez que Portugal ganhara uma medalha de ouro por uma
mulher.
Ao longo da sua vida, Rosa Mota continuo a conquistar
medalhas e tornou-se um icon desportivo português.
III
A inclusão das
mulheres no
desporto
Em Portugal, todos os anos o número de praticantes femininas de desporto
aumenta, assim como o dos homens. Até à década 10 dos anos 2000, homens têm
sempre crescido em relação às mulheres. Porém, o esforço de inclusão feminina na
vida desportiva do nosso quotidiano nos últimos dez anos deu frutos.
Isto é, desde o ano 2010 até 2020, mesmo com uma pandemia, o número de
mulheres a começarem a praticar desporto registou um aumento maior que o dos
praticantes masculinos.
Neste período, o desporto feminino acrescentou em média 3527 atletas por ano,
considera-se, então, que entraram no desporto ao longo dos 10 anos mais de 35
mil desportistas. Durante este período, os homens estiveram em minoria, visto que
somaram-se cerca de 30 mil homens na circunstância referida.
Neste conjunto de atletas destaca-se claramente a opção pelo voleibol. Em segundo
lugar (por ordem decrescente de novas atletas a aderirem), a opção pelo atletismo,
em terceiro o basquetebol, em quarto a patinagem e em quinto o futebol.
Este tipo de conquistas em prole da igualdade de género contribuíram para que
houvesse a estimativa de paridade total entre sexos nos Jogos Olímpicos de Paris
em 2024.
IV Conclusão
É possível concluir que as mulheres ainda têm um caminho
pela frente em prole da igualdade.
Embora, o sexo feminino tenha conquistado terreno nesta
área, a realidade é que ainda existe desigualdade de género
de uma forma generalizada: quando se liga a televisão,
quando se abre o jornal e até mesmo quando se fala a
alguém de que se é próximo.
O desporto masculino continua a dominar, a expectativa é
que a situação fique igualitária.
Ao longo do estudo, foi possível perceber que os desportos
femininos com menos sucesso tratam-se de desportos em
equipa. Existe um maior número de desportos individuais
femininos a conquistar mais espectadores.
Bibliografia
Sapo Desporto (informação) – slide Ruth Janes (informação) – slide
Serena Williams (imagem) – slide Calcipédia (imagem) – slide
Lista da Forbes (informação) – slide Notícias ao Minutos (imagem) – slide
Maria Lenk (imagem) – slide
CartaCapital (informação) – slide
Diário de Notícias (imagem) – slide
Diário de Notícias (informação) – slide
Wikipédia (informação) – slide
InfluentialWomeninSportosHistory (imagem) - slide
ARRS.run (informação) – slide
NGBDLdocumentary (informação) - slide

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