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Universidade Estácio de Sá

Educação física – Bacharelado

Lázaro Wesley de arruda lins


Emanoel dos Santos Santana
Álvaro Márcio Alcântara Olímpio
José Mateus Costa de Barros
Eduardo da Silva Ramos

Teoria e prática das ginástica de solo

Maceió, AL

2023
APRESENTAÇÃO.

GINÁSTICA DE SOLO

1. História da Modalidade Em tempos remotos, as sociedades aprenderam a utilizar o exercício


físico como forma de defesa e ao mesmo tempo de recreação ou ocupação de tempos livres. Só com
a civilização grega surgiu uma forma mais preciosa e definida de exercício físico e desporto. O
exercício era desenvolvido devido às necessidades da constante rivalidade entre cidades estado. A
prática destes exercícios tinha apenas objetivos militares e é neste contexto que pela primeira vez é
usada a palavra ginástica. Os jovens e adolescentes praticavam ginástica sem roupa, e assim, a
palavra grega gumnus (nu) formou a raiz para todos os aspectos relacionados com este tipo de
atividade. A ginástica era nesta altura praticada ao ar livre.

A civilização grega seguiu o mesmo destino de outras grandes civilizações, nunca deixando de ser
uma civilização baseada na escravatura, acabando por sucumbir à ganância, ciúme e rivalidade que
mais tarde conduziram à sua queda. Foi com esta queda, que se fez sentir por toda a Europa, que as
atividades desportivas conheceram um período de estagnação não havendo por isso registos em
relação às mesmas, com excepção dos jogos e acrobacias que os saltimbancos exibiam nas feiras e
cortes da nobreza.

Apenas com o Renascimento se voltou a dar importância às atividades desportivas e principalmente


à ginástica. J.F.C. Guts Muths estudou o uso que a sociedade grega dava aos exercícios físicos e a
partir deste formulou uma base para a Educação Física. J.F.Jahn (alemão) e P.H. Ling (sueco)
continuaram o seu trabalho durante os princípios do séc. XIX (19), dando início a uma nova era na
ginástica. Jahn e Ling desenvolveram dois estilos muito próprios de ginástica que ainda hoje servem
como referência, tendo sido o primeiro grande passo para o desenvolvimento desta modalidade.
Enquanto a ginástica de Ling era um sistema de educação do movimento, a ginástica de Jahn
ultrapassava o simples quadro corporal.

o entanto, o importante é que este progresso não é exclusivamente devido a razões técnico
desportivas, a ginástica de então é, antes de mais, um sistema concebido para desenvolver as
qualidades físicas dos indivíduos. Este sistema insere-se, entre outros, como um meio de reeducar as
populações e de lhes dar a força física e moral necessária para se defenderem contra os eventuais
inimigos.

O primeiro passo institucional deu-se em 1832 na Suíça com a criação da primeira Federação de
Ginástica. Neste mesmo ano foi organizado a primeira grande Festa Gímnica Federal (Turnfest) em
Aarau, que desde então se repete anualmente. A partir deste evento o incremento da ginástica é tal,
que no final do séc. XIX (19)o número de associações de ginástica, distribuídas pela maior parte dos
países europeus, geram um movimento social e político impossível de ignorar.

Entretanto, em 1881, surge a Federação Europeia de Ginástica que mais tarde passa a designar-se
por Federação Internacional de Ginástica, a qual consagra o movimento iniciado em 1832 na Suíça.
O primeiro torneio Internacional realizou-se em Invers em 1903 que só em 1934 passou a designarse
por Campeonato do Mundo. Só em meados do séc. XX, mais precisamente em 1952, as competições
internacionais passaram a integrar países não europeus tendo sido admitida inicialmente a
participação dos Estados Unidos.
o Brasil, embora o número de praticantes mulheres pareça mais expressivo que de homens
praticantes (NUNOMURA, 2006), a GA masculina vem se destacando no cenário internacional, como
é o caso dos ginastas Diego Hypólito, Arthur Zanetti e Sérgio Sasaki. Sérgio Sasaki obteve a 10ª
posição no individual geral nas Olimpíadas de Londres em 2012, ou seja, a melhor classificação do
Brasil no individual geral em Olimpíadas. Esses fatos demarcam o momento especial da GA no Brasil
e alimentam perspectivas de maior divulgação e interesse pela sua prática entre os diversos grupos
sociais.

- Quem criou a ginástica solo?

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Friedrich Ludwig Christoph Jahn

O alemão Friedrich Ludwig Christoph Jahn, apaixonado pelo esporte, criou a primeira escola de
ginástica artística em 1811. O pai da ginástica, como ficou conhecido, além de aperfeiçoar a
modalidade também criou alguns saltos e os aparelhos cavalo com alças, trave, barras paralelas e
horizontais.

• A ginástica de solo é um aparelho em quase todas as ginásticas — exceto a ginástica de trampolim


—, além de ser uma prova. Na ginástica artística é as duas coisas, nas demais modalidades é
somente o trabalhado em si. Desde 1900, nos Jogos de Paris, está presente em Olimpíadas — como
um dos aparelhos pertencentes a disputa de exercícios combinados — e desde 1932, como um
exercício individual.

História

O acrobata italiano, Archange Tuccaro (1536—1616) escreveu um livro de aproximadamente 400


páginas sobre saltos livres. Tal livro fora publicado no ano de 1598, ilustrando e descrevendo cada
uma das rotinas acrobáticas. Desse modo, pode-se dizer que Tuccaro é o pai desta metodologia de
exercícios livres, hoje chamada de solo.

Mais recentemente, os exercícios de solo — tido como livres, por aparatos não serem usados —
foram preteridos até o ano de 1923, quando um protocolo com sugestões fora enviado à FIG. Neste
documento foram sugeridos regulamentos para a prova em campeonatos mundiais para as
competições do individual geral e em finais por aparelhos. Em 1930, fora disputada a primeira prova
em um Campeonato Mundial e em 1932, a primeira prova realizada em uma competição Olímpica.

A disciplina de exercícios no solo foi introduzida no programa olímpico nos Jogos de 1932. O
primeiro campeão olímpico foi o húngaro Istvan Pelle. O atleta mais bem sucedido dos Jogos
Olímpicos ainda é Nikolai Andrianov, da antiga União Soviética, com três medalhas consecutivas —
duas de ouro e uma de prata. O evento de senhoras estreou em Helsínquia 1952, e foi conquistado
por Ágnes Keleti da Hungria. Larissa Latynina, da União Soviética, foi campeã olímpica do solo em
três Jogos consecutivos, entre 1956 e 1964.

Aparelho

O solo, enquanto aparelho propriamente dito, é um estrado de dimensão 12m x 12m— medida está
para provas de ginástica artística —, feito de um material elástico que amortece eventuais quedas e
ajuda ao impulso dos saltos. Suas dimensões, conforme mudam-se as modalidades, diminuem ou
aumentam. Para a ginástica rítmica, são 14 m x 14 m, por exemplo.

Características das competições


O solo, nas modalidades rítmica, aeróbica e acrobática, não é uma prova em si, mas o aparelho onde
são realizados todos os eventos destas ginásticas anteriormente citadas. O tablado acabou por
popularizar-se sob o nome de solo e assim é chamado e reconhecido.

Na ginástica aeróbica, suas dimensões são 10 x 10 m e nele realizam-se as performances onde os


próprios ginastas são os aparelhos, que demonstram sincronia, flexibilidade e energia. Já na
ginástica acrobática, as dimensões do tablado são iguais as da modalidade artística, 12 x 12 m, e nele
os atletas também são os aparelhos, que executam os movimentos com precisão, sincronia, força e
coordenação. Por fim, na rítmica, o solo é onde as ginastas realizam, dentro das dimensões de 13 x
13 m ou 14 x 14 m,[6] os movimentos com flexibilidade, coordenação, sincronia e leveza. Durante
essas competições rítmicas as atletas usam aparelhos que as complementam em suas rotinas.

Ginástica artística

Sua sigla, para provas internacionais regulamentadas pela Federação Internacional de Ginástica, é
FX.

O solo é um aparelho na ginástica artística, disputado como modalidade olímpica por ambos os
sexos. Os exercícios no solo fazem parte do concurso geral, onde se selecionam os oito melhores
atletas para a final da especialidade. O tablado amortece eventuais quedas e ajuda ao impulso dos
saltos. A prova consiste em executar diversos exercícios acrobáticos, com movimentos de equilíbrio,
estáticos e de força. Para as provas femininas existe ainda a elegância, expressão coreográfica e a
sincronia com a música como exigências.

A norte-americana Shawn Johnson em Pequim 2008.

Os exercícios têm uma duração de 50s a 70s para os homens, e 70s a 90s para as mulheres. Os
exercícios femininos têm a particularidade de incluir acompanhamento musical, escolhido pelas
atletas e pelos treinadores. A única restrição é que a música seja instrumental, podendo conter
também voz humana desde que não cantada/com letra. Uma coreografia é frequentemente
aproveitada para vários exercícios de solo, em particular os realizados no mesmo evento desportivo.
O contrário é menos comum: a atleta Dina Kotlonga da Rússia, foi notada nos Jogos de pequim de
1996, por apresentar duas coreografias completamente diferentes para o concurso geral e para a
final de solo, por exemplo.

O exercício tanto no masculino quanto no feminino possui movimentos próprios. A maioria das
coreografias inclui de três a cinco séries acrobáticas. Segundo o Código de Pontos, o ginasta precisa
demonstrar competência em diversos elementos obrigatórios. Para as senhoras, estas incluem
expressão artística, um giro de pelo menos 540 graus, um duplo salto e séries acrobáticas realizadas
para a frente e para trás. No exercício masculino são obrigatórias sequências de piruetas, acrobacias
e paradas de mãos na lateral do aparelho (quina do tablado).[8] Tanto na ginastica masculina como
na feminina os atletas precisam "cravar" todos os movimentos para não serem descontados, pois as
acrobacias são avaliadas em força, precisão e equilíbrio, além da parte artística exclusivamente na
ginástica feminina.

A pontuação depende do grau de dificuldade, expressão artística (na ginástica feminina),


demonstração dos elementos obrigatórios e qualidade geral do exercício. São feitas deduções para
erros de execução, quedas e faltas, como a saída do perímetro do estrado. Os ginastas podem usar
pó de lubrificante nas mãos e pés para dar maior aderência.

Algumas das faltas que penalizam os atletas são:


no final do movimento (rotativo), na chegada ao solo, o ginasta dá um passo à frente para se
equilibrar; sair da área demarcada de 12 x 12 m; falta de altura na execução de um elemento;
falta de sincronia com a música (terminar sua coreografia antes ou depois do término da mesma).

Tais deduções são feitas de 0,1 à 1,0, em valor, para erros pequenos a erros gravíssimos.

- Solo: Prova que combina dança com movimentos acrobáticos. As apresentações têm duração entre
70 e 90 segundos e a ginasta deve sempre utilizar toda a área do tablado. A área do tablado é de 12
metros X 12 metros."

• Ginástica Artística no Brasil

A ginástica artística chega ao Brasil em finais do século XIX. Trazidos por imigrantes europeus, foi nos
Estados da região do sul que ela teve início.

Em 1858 foi fundada em Santa Catarina a Sociedade de Ginástica de Joinville. Dez anos depois, foi
fundada em Porto alegre outra organização dessa modalidade: a Sociedade de Ginástica de Porto
Alegre (Sogipa).

No início do século XX, Rio de Janeiro e São Paulo começaram a praticar ginástica olímpica em clubes
da cidade. O primeiro campeonato nacional ocorreu em 1950 entre atletas paulistas, cariocas e
gaúchos.

Em 25 de novembro de 1978 foi criada a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), órgão


responsável pela modalidade no país.

Logo, ela filiou-se à Federação Internacional de Ginástica (FIG), responsável pela organização de
competições mundiais.

A primeira competição olímpica brasileira foi realizada em Moscou em 1980. Desde então, essa
modalidade vem crescendo no país. Merecem destaque os ginastas Daiane dos Santos e Diego
Hipólito, ambos campões mundiais.

- Como são realizados os exercícios de solo?

As características dos exercícios no solo são movimentos executados com a resistência do próprio
corpo, que podem ser realizados em uma aula individual ou coletiva, em que todos os alunos fazem
o mesmo repertório de exercícios comandados pelo instrutor.

- O que é permitido na ginástica de solo?

Durante a apresentação das séries, os ginastas não podem ultrapassar as bordas da área demarcada.
Nas rotinas, os ginastas realizam elementos de diversos tipos, sendo os mais comuns as passadas de
elementos acrobáticos, os apoios, nas provas masculinas, e os elementos de dança, nas provas
femininas.

• Salto e Solo

Tanto as mulheres como os homens realizam movimentos no solo e saltos.

Mediante uma corrida inicial curta, os atletas desenvolvem um impulso necessário para dar um
salto. Por fim, eles pousam os pés num colchão.
Salto

Ginasta após o salto

Na prova de solo, giros, saltos, passos e movimentos acrobáticos são realizados pelos dois grupos.
Eles não podem ultrapassar o limite da quadra em forma de quadrado com 12 metros de lado.

Os homens têm 70 segundos para realizar os movimentos. Já as mulheres, têm 90 segundos.

Na prova de solo masculina não há música para acompanhar os movimentos. Na feminina, por sua
vez, há um fundo musical. Prova de solo

Ginasta em prova de solo

Os juízes atribuem notas relacionadas com a execução de cada movimento de acordo com o grau de
dificuldade. Se os ginastas cometem erros, alguns pontos são retirados.

• Regras

Geralmente as provas de ginástica artística tem o foco na perfeição dos movimentos. Numa
sequência pré-determinada, os ginastas executam uma série de movimentos que ocorrem nos
aparelhos e no solo.

•Qual o objetivo da ginástica do solo?

Praticando a ginástica de solo, a criança passa a conhecer o próprio corpo, seus limites e seus
movimentos. Ela aumenta gradativamente o seu repertório motor, desenvolve equilíbrio e
coordenação motora.

Recorde de pódios, melhor posição no quadro de medalhas, primeira campeã do individual


geral. A ginástica artística do Brasil mostrou que está em um novo patamar, que pode
crescer a caminho das Olimpíadas de Paris e se aproximar cada vez mais das potências da
modalidade no Mundial da Antuérpia, em 2023.

Quais foram as primeiras escolas de ginástica?

Em 1811, o professor alemão, Friedrich Ludwig Jahn, considerado o pai da Ginástica, fundou a
primeira escola de ginástica para homens, em Berlim. Foi o começo da ginástica, como conhecemos
hoje.

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