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EDUCAÇÃO FÍSICA
3° MILÊNIO
1° ANO SSA
HISTÓRIA DA GINÁSTICA NO BRASIL – ESCOLAS, METODOS E O CONEITO GREGO.
GINÁSTICA - MODALIDADES
Presente cada vez mais na rotina da população mundial, a ginástica é classificada em duas modalidades: as
competitivas, como nas Olimpíadas e torneios mundiais, e as não competitivas, como as praticadas nas
academias. A forma de exercícios como um todo se desenvolveu de forma efetiva na Grécia antiga, através
dos soldados.
GINÁSTICA - MODALIDADES
Em sua tradução, a palavra ginástica que vem do grego Gymnastiké, significa a arte de fortificar o corpo e
também dar-lhe agilidade. A modalidade se tornou um esporte olímpico a partir da Grécia, uma vez que os
gregos começaram a utilizá-la nos Jogos de 1896, contudo somente para homens. As mulheres só foram
liberadas para competir 32 anos mais tarde, nas Olimpíadas de Amsterdã.
GINÁSTICA - MODALIDADES
A ginástica desembarcou no Brasil através dos imigrantes alemães, no século XIX. Fixado no Rio Grande do
Sul, os europeus trouxeram os ensinamentos de Friedrich Ludwig Christoph Jahn, e aos poucos foram
introduzindo os equipamentos na prática dos exercícios. Se difundindo aos poucos com as criações de
associações nos estados, o esporte teve o seu primeiro torneio nacional realizado em 1950, que contou com a
presença de atletas gaúchos, paulistas e cariocas. No ano seguinte, a modalidade se filiou à Confederação
Brasileira de Desportos (CBD).
A estreia do país nos Jogos Olímpicos se deu em 1980, na Rússia. Desde então, o Brasil, vem se destacando
em competições internacionais e evoluindo na progressão do esporte, se espelhando em outras potências
consagradas da modalidade.
A ginástica surgiu no Brasil no início do século XIX, trazida por imigrantes europeus, em geral mestres de
dança. As aulas de dança foram o primeiro passo para a prática da ginástica rítmica. Os homens, na mesma
época, só faziam ginástica no Exército, com base em princípios da ginástica sueca.
GINÁSTICA - RESULTADOS
A primeira participação do Brasil no esporte em uma Olimpíada foi em Moscou-1980, com Claudia
Magalhães e João Luiz Ribeiro. Em Los Angeles-1984, Gerson Gnoatto e Tatiana Figueiredo, que terminou
na 27º colocação, representaram nossa ginástica. Luisa Parente, que ganhou os Jogos Pan Americanos de
1991, também participou das Olímpiadas de 1988 e 1992; No masculino, Guilherme Saggese Pinto terminou
em 89º lugar em Seul, enquanto Marco Antônio Monteiro ficou com a 84º posição nos Jogos de Barcelona. A
ginasta Soraya Carvalho conseguiu se classificar para as Olimpíadas de Atlanta-1996, mas não pôde
competir devido a uma lesão no tornozelo. Nos Jogos de Sydney, em 2000, o Brasil conseguiu levar, pela
primeira vez, duas ginastas às Olimpíadas (Daniele Hypólito e Camila Comin). Daniele Hypólito entrou para
a história da ginástica brasileira ao terminar a competição em vigésimo lugar, o melhor resultado do país nos
Jogos Olimpícos.
GINÁSTICA - ESCOLAS
O Movimento Ginástico Europeu
Na Europa, no século XIX, era comum apresentações de ruas de funâmbulos, acrobatas e artistas.
Nos meios urbanos, são diferentes manifestações lúdicas de caráter popular realizadas com base nas atividades circenses que se impõem [...]. Suas apresentações
aproveitavam dias de festas, feiras, mantendo uma tradição de representar e de apresentar-se nos lugares onde houvesse concentração de pessoas do povo. Artistas,
estrangeiros, errantes. Situados no limite da marginalidade fascinavam as pessoas fincadas em vidas metrificadas e fixas. Eram ao mesmo tempo elementos de barbárie
e de civilização nos lugares por onde passavam (SOARES, 2002, p. 24, 25).
O grande fascínio gerado por tais exibições passou a ser motivo de apreensão do Estado, “pois seu modo de ser e viver desafiava as instituições, tão caras à
sociedade que as inventara de modo tão profundo” (SOARES, 2002, p. 25). Desse modo, como reação a tais acontecimentos, surge o Movimento Ginástico Europeu, um
processo de sistematização da Ginástica, com o intuito de moralizar os indivíduos e a sociedade.
Embasado nas ciências biológicas e influenciado pela Revolução Industrial em ascensão, difundia o higienismo e trazia como princípios a utilidade dos gestos e
economia de energia. De caráter disciplinador, ordenativo e metódico, exigia o afastamento de seus vínculos populares, do uso do corpo como simples entretenimento.
Surgia aí a chamada Ginástica Científica que deu origem aos Métodos Ginásticos (SOARES, 2002).
“Estes métodos foram sistematizações criadas por médicos, pedagogos ou militares que tentavam organizar a prática das atividades físicas” (FIORIN, 2002, p. 25-
26). Tinham em comum a valorização da saúde por meio da prática regular de exercícios físicos associados à transmissão de preceitos sociais extremamente patrióticos,
e se diferenciavam por serem específicos às necessidades de suas populações.
A ascensão destes Métodos se difundiu por toda a Europa, dotada de um sentimento nacionalista como forma de causar melhorias físicas aos jovens que
enfrentariam as guerras da época, bem como melhorias étnico-raciais à nação (FIGUEIREDO; HUNGER, 2010, p.193).
Encontramos aqui quatro principais escolas: A Escola Alemã, A Escola Sueca, A Escola Francesa e a Escola Inglesa. As três primeiras serviram de
suporte para o surgimento dos principais métodos ginásticos, o que resultou nos três grandes movimentos ginásticos da Europa: o Movimento do
Oeste na França, o Movimento do Centro na Alemanha, Áustria e Suíça e o Movimento do Norte englobando os países da Escandinávia; enquanto
que a Escola Inglesa voltou-se para as atividades desportivas (SOUZA, 1997).
Como o foco de estudo desse trabalho é a Ginástica, nos aprofundaremos apenas nas três primeiras escolas e seus respectivos métodos.
ESCOLA ALEMÃ
De caráter extremamente nacionalista, a ginástica surge na Alemanha com o objetivo de preparar os corpos para a defesa da pátria, uma
vez que esse país ainda não havia conquistado sua unidade territorial e vivia sob a constante ameaça de guerras. “Era preciso, portanto,
criar um forte espírito nacionalista para atingir a unidade, a qual seria conseguida com homens e mulheres fortes, robustos e saudáveis”
(SOARES, 2002, p.53). Para tanto, seus idealizadores apoiaram-se nas ciências biológicas, para desenvolver seus métodos.
Em 1760, inspirado nas doutrinas pedagógicas de Jean Jacques Rousseau (1712-1778) e John Locke (1632-1704), Johann Bernard
Basedow (1723-1790) iniciou um processo de estruturação, denominado Método Alemão, que posteriormente atingiu o ápice com os
trabalhos de Johann Christoph Friedrich Guts-Muths (1759-1839), Adolph Spiess (1810-18540 e Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852). Guts-
Muths foi considerado o Pai da Ginástica Pedagógica. Para ele, deveria ser organizada pelo Estado e ministrada todos os dias e para
todos. Spiess preocupou-se com a inserção da ginástica nas escolas e procurou colocá-la no mesmo plano das demais disciplinas
escolares. Jahn, principal responsável pela disseminação do método entre a população, trouxe ao seu sistema o caráter militarista e
extremamente patriótico, chegando a criar termos próprios, como por exemplo a palavra “Turnen” que significa ginástica (RAMOS, 1982).
Os exercícios tinham objetivos que transcendiam a forma física. “O turnen também tinha um exercício moral: alcançar
autoconfiança, autodisciplina, independência, lealdade, e obediência. Essas eram as metas a serem atingidas por meio
de atividades completas e informais” (PUBLIO, 2005, p. 17).
ESCOLA ALEMÃ
Os exercícios ginásticos, coordenados paulatinamente, foram grupados em dezessete famílias: marchar, correr, saltar,
tomar impulso (no cavalete e no cavalo), equilibrar, exercícios de barra, exercícios de paralela, trepar, arremessar, puxar,
empurrar, levantar, transportar, esticar, lutar braço a braço, saltar arco e pular corda. [...] Além dos exercícios citados,
quando as atividades podiam ser realizadas ao ar livre, a natação, a marcha, a equitação, a esgrima, a luta e os exercícios
bélicos eram previstos nos programas. A corrida, o arremesso e o salto realizados sob variadas formas constituíam, com
suas práticas, verdadeira escola de atletismo (RAMOS, 1982, p. 188).
Também derivado da Escola Alemã temos o Método Natural Austríaco. Em 1926, após o desmembramento do império provocado pela
Primeira Grande Guerra (1914-1918), iniciou-se uma grande reforma com o intuito de regenerar física e moralmente a juventude por meio
dos exercícios físicos (MARINHO, S/D). Desenvolvido em um país formado por vários povos, com diversas línguas, costumes e hábitos, tal
método de ginástica sofreu bastante influência dos métodos já existentes, gerando correntes de pensamentos que se diferenciavam em
movimentos ginásticos independentes.
Buscando ser uma oposição ao Método Alemão, dominado por exercícios violentos em aparelhos, o sistema austríaco foi uma variação
original de ideias interessantes, mais das ciências médicas do que pedagógicas. Sua maior qualidade consistia no fato de buscar ser
interessante para as crianças e incentivar a juventude a manter uma postura correta, despertando uma consciência higiênica e o desejo de
cuidar do corpo para alcançar a saúde. Entretanto, errou pela ausência de condições de execução e pela falta de controle de intensidade,
esquecendo a influência educativa e formativa dos exercícios físicos. Seus principais idealizadores foram Margarete Streicher e Karl
Gaulhofer. Margarete esforçou-se para levar às escolas uma ginástica “natural”, com aplicação de higiene (MARINHO, S/D).
ESCOLA ALEMÃ
Considerando as formas de exercícios naturais, Gaulhofer aconselha o seguinte: 1) – respirar, andar, sentar,
levantar, rodar, saltar; 2.º) – correr, trepar, carregar, jogar, suspender-se; equilibrar-se, e outros atos do
trabalho humano; 3º) – movimentos executados em atitudes dos trabalhos ou nas da vida habitual, seja de pé,
ajoelhado, acocorado, ou sentado; 4º) – provas para vencer obstáculos ou resistências, 5º) – exteriorização
dos conhecimentos adquiridos: artísticos ou acrobáticos; 6º) – exercícios fundamentais de aplicação: balançar-
se, levantar-se, carregar, atirar, empurrar, trepar, lutar; 7º) – jogos e esportes, passeios, auto-defesa, natação
e outros exercícios em grupo (MARINHO, S/D, p. 407)
Vemos que ambos os métodos surgiram a partir de necessidades militares. Formar indivíduos aptos a defender a pátria era
imperativo para essas sociedades, para isso, além de fortalecer seus corpos era necessário despertar o espírito nacionalista,
atribuindo um aspecto moral aos exercícios físicos.
Ou seja, a Escola Alemã se baseou nas ciências biológicas para transformar a ginástica em um meio de educação em
massa capaz de atender às necessidades do Estado. Característica também encontrada nas demais escolas, mas o que as
diferencia são seus distintos anseios.
A Escola Alemã resultou na modalidade competitiva atual Ginástica Artística (PUBLIO, 2005) e “foi a base para a
estruturação da “Ginástica Moderna”, que é a atual Ginástica Rítmica” (FIORIN, 2002, p.27).
ESCOLA SUECA
Idealizada por Pehr Henrick Ling (1776–1839), a ginástica sueca surgiu com a finalidade de extirpar os vícios da sociedade, em especial o
alcoolismo. Com a missão de regenerar a população, possuía um caráter não acentuadamente militar, mas sim “pedagógico” e “social”.
Deveria gerar indivíduos fortes que pudessem ser úteis à pátria, como soldados ou trabalhadores civis (SOARES, 2004).
Ling acreditava que seu método assegurava a saúde, por ser essencialmente respiratório, e a beleza, por seus efeitos corretivos e
ortopédicos. Por isso, o destinou a todos, independente de sexo, idade ou condições materiais e sociais, dividindo-o em quatros partes:
Ginástica Pedagógica ou Educativa – para todas as pessoas, tinha como objetivo assegurar a saúde, evitar a instalação de doenças, vícios e
defeitos posturais e desenvolver normalmente o indivíduo; Ginástica Militar- com as mesmas características da pedagógica, acrescentando
os exercícios de preparação para a guerra; Ginástica Médica e Ortopédica – também baseada na pedagógica, objetivava eliminar vícios e
defeitos posturais, sendo específica para cada caso; Ginástica Estética – mais uma vez apoiada na pedagógica buscou o desenvolvimento
harmonioso do organismo, utilizando-se da dança e de movimentos suaves para proporcionar beleza e graça ao corpo (MARINHO, S/D).
Levando em consideração os princípios estabelecidos dentro das ciências biológicas, Ling criou exercícios livres sem aparelhos, de
execução fácil e estética, além de saltos no cavalo, cambalhotas, jogos ginásticos, patinação e esgrima. Tudo associado a cantos alegres e
disciplina militar (RAMOS, 1982).
5º- Equilíbrio;
12º - Marchas ou movimentos de pernas, executados mais rapidamente que os outros para preparar saltos;
13º - Saltos;
Ainda preocupados com os aspectos psicológicos, buscavam a variação dos exercícios. “O professor deve estar municiado de uma quantidade
bastante grande de exercícios a fim de não repeti-los com muita frequência. A variação é um elemento importante, pois além do lado psicológico,
influi, também fisiologicamente” (SILVA, S/D, p. 27).
Objetivando melhorar a forma física da população, foi introduzida nas escolas americanas em 1860 por Dio Lewis (MARINHO, S/D). “[...] era
dedicado ao homem gordo, ao homem fraco ou enfermiço, aos jovens e às mulheres de todas as idades – as classes que mais necessitavam de
treinamento físico. [...] Não havia ninguém, nem nenhum sistema que tivesse contemplado estes [...]” (MARINHO, S/D, p. 265). Por fim, deveria
ser uma ginástica simples, fundamentada na ciência e cativante (MARINHO, S/D).
para a região póstero-superior do tronco (parte superior da espádua); para a região póstero-inferios do tronco (parte inferior da espádua); para
a região lateral do tronco (laterais); de equilíbrio;gerais de ombros e espáduas (Wood) ou gerais de espáduas e ombros (Skartrom); Saltos e
corridas (Skarstrom) ou sufocantes (Wood)” (MARINHO, S/D, p. 268).
Ao analisarmos o Método Sueco e a Calistenia, percebemos que tal escola voltou-se para a saúde, física e mental, da população, possuindo
muito mais o caráter médico e pedagógico do que militar.
Esse viés médico trouxe conceitos para as Ginásticas Fisioterápicas de SOUZA (1997), além do fato de seu grande evento em homenagem ao
seu idealizador Per H. Ling servir de inspiração para a Gymnaestrada, principal manifestação da Ginástica Geral (FIORIN, 2002).
ESCOLA FRANCESA
A Ginástica na França baseou-se nas idéias dos alemães Jahn e Guts Muths e, apresentava além do caráter moral e
patriótico, uma preocupação com o desenvolvimento social. Objetivava formar o homem “completo e universal”, sem
desvincular-se do utilitarismo, tão abordado pela ginástica científica, buscando o desenvolvimento da força física, da
destreza, agilidade e resistência (SOARES, 2004).
Para Ramos (1982), esse movimento teve como principais representantes o Método Francês desenvolvido por D.
Francisco de Amoros e Ondeaño (1770-1848), George Demeny (1850-1917) e o Método Natural pensado por Hébert
(1875- 1957).
Inspirado em Pestalozzi, Amoros negou veementemente toda e qualquer forma de empiria, seus exercícios eram
completamente explicados por enunciados científicos, comprovando a relação existente entre a sua ginástica, a saúde da
população e a tão desejada utilidade dos gestos (SOARES, 2002). “Admitia no sistema três tipos de ginástica: civil, militar
e médica. Condenava o funambulismo, que no dizer de Amorós, começa onde a utilidade do exercício cessa” (RAMOS,
1982, p.219).
ESCOLA FRANCESA
Demeny, discordando do método sueco de Ling, propôs exercícios ginásticos completos, arredondados e contínuos
(RAMOS, 1982). Voltou-se para a saúde da mulher, combatendo “hábitos elegantes”, tais como cintas, salto alto,
porta-seios; condenava os meios de sustentação artificiais (SOARES, 2004).
“O método (Francês) para alcançar os seus objetivos preconiza sete formas de trabalho: jogos, flexionamentos,
exercícios educativos, exercícios mímicos, aplicações, desportos individuais e coletivos” (RAMOS, 1982, p. 222).
Marinho (S/D) descreve a abordagem de exercícios de marcha, corrida, salto, lançamentos, lutas, esgrima,
utilização de pesos e halteres, ginástica de aparelhos, remo, ciclismo, natação e salvamento e desportos coletivos.
O Método Francês, oriundo da Escola Francesa, foi adotado em todos os estabelecimentos de ensino brasileiros
em 1929 (SOARES, 2002), e trouxe as propostas pedagógicas que embasaram a Educação Física escolar brasileira
no período republicano (RESENDE, SOARES e MOURA, 2009).
A Escola Francesa inclui ainda a obra de Georges Hébert. O chamado Método Natural de Hébert repudia todas
as formas de exercícios analíticos, artificiais ou formais, conhecidos sob a denominação de ginástica. Pretendia
“utilizar os gestos de nossa espécie para adquirir o desenvolvimento físico completo [...], além de atender às
dificuldades inerentes à vida moderna, particularmente à falta de tempo e à falta de espaço” (MARINHO, S/D, p.
122).
ESCOLA FRANCESA
Encontram- se nesse programa características naturistas: resistência corporal ao frio, endurecimento, utilização do
meio natural como terreno de exercício, exercícios utilitários, nudez controlada. Todo o trabalho toma por base a
utilidade das ações e representa um retorno à natureza adaptado à vida urbana moderna e concernente às
atividades práticas da vida em sociedade (Hébert, 1941a apud SOARES, 2003, p. 26).
Privilegiava a natureza e a qualidade do trabalho em detrimento da qualidade de execução. Classificou os
exercícios em 10 grupos fundamentais de acordo com as funções úteis da vida cotidiana. Sendo eles: a marcha, a
corrida, o salto, o movimento quadrúpede, a escalada, o equilíbrio, o arremesso, o levantar, a defesa e a natação.
Os treinos deveriam ser ao ar livre para submeter o corpo às diferentes temperaturas, tinha a corrida como
elemento base e cada um deveria trabalhar no seu ritmo e capacidade (MARINHO, S/D).
O que Hébert deseja é aumentar as resistências orgânicas, realçar as aptidões para a execução de exercícios
naturais e utilitários (os seus 10 grupos) e, sobretudo, desenvolver a energia, a qualidade de ação, a virilidade,
para então subordinar esse conjunto de qualidades físicas bem treinadas a uma moral altruísta, física, inclusive
(SOARES, 2003, p. 28).
METODOS – RESUMO
Surgindo de uma necessidade do Estado, o Movimento Ginástico Europeu reformulou a sociedade europeia, difundindo preceitos
higienistas, nacionalistas, pedagógicos e morais por meio da prática da Ginástica. Os métodos resultantes desse processo compartilhavam
características básicas, mas buscavam ser específicos aos interesses de cada nação, chegando a discordarem em alguns aspectos.
Essa relação ocorreu de forma bastante dinâmica e trouxe uma rica diversidade de práticas e conceitos, o que resultou não apenas na
estruturação e sistematização da Ginástica no século XIX, mas também nas origens da Ginástica Atual. Dessa forma, buscou-se
caracterizar e relacionar tais métodos, a fim de compreender a gênese da Ginástica como a conhecemos hoje.
Das quatro Escolas criadas no Movimento Ginástico Europeu: Alemã, Sueca, Francesa e Inglesa; apenas as três primeiras influenciaram
as práticas gímnicas. A Escola Alemã, de caráter essencialmente militarista, abrangeu os métodos Alemão e Natural Austríaco; a Sueca
possuía um viés médico, de onde surgiram os métodos Sueco, Dinamarquês e a Calistenia; e a Escola Francesa trazia aspectos mais
acentuadamente pedagógicos e foi composta pelos métodos Francês e Natural de Hébert.
A escola Alemã influenciou diretamente a modalidade competitiva Ginástica Artística e indiretamente a Ginástica Rítmica. A Escola
Sueca já abordava os conceitos das Ginásticas Fisioterápicas de Souza (1997) e serviu de inspiração para a Ginástica Geral. E a Escola
Francesa auxiliou o desenvolvimento da Educação Física escolar.
Apesar da escassez de material que abordasse o histórico da Ginástica e do Movimento Ginástico Europeu, conseguimos identificar suas
características principais e relacionar suas diversas metodologias, encontrando, nas mesmas, as raízes de manifestações gímnicas atuais.
O que comprova a relevância do conhecimento desse período que trouxe tantas contribuições não apenas para a Ginástica, mas também
Ginastica artística
A ginástica artística, também chamada de ginástica olímpica, é uma modalidade esportiva que envolve um
conjunto de movimentos.
Esses movimentos exigem precisão, força, flexibilidade, agilidade, coordenação e equilíbrio. Portanto, o
domínio do corpo é uma das principais características desses atletas.
GINÁSTICA ARTÍSTICA
Quem pratica a ginástica artística são chamados de ginastas. Embora inicialmente ela era praticada somente
por homens, hoje essa modalidade está presente em ambas categorias (masculina e feminina).
No início, essa modalidade era chamada de ginástica olímpica. Somente mais tarde e com a inclusão da
ginástica rítmica desportiva e da ginástica de trampolim ela passou a ser chamada de ginástica artística.
GINÁSTICA ARTÍSTICA
Regras
Geralmente as provas de ginástica artística tem o foco na perfeição dos movimentos. Numa sequência pré-
determinada, os ginastas executam uma série de movimentos que ocorrem nos aparelhos e no solo.
GINÁSTICA ARTÍSTICA
Aparelhos
Além de movimentos no solo e os saltos realizados pelos ginastas, a ginástica olímpica reúne diversos
aparelhos. Os ginastas usam uma espécie de tala nas mãos para realização desses movimentos.
Para as categorias femininas e masculinas os equipamentos utilizados são diferentes. Assim, para a prática
masculina os principais aparelhos são seis aparelhos sendo eles, Cavalo com alças; Argolas; Mesa de salto;
Barras paralelas; Barra fixa e por fim, Solo.
A Ginástica Artística Feminina compreende um conjunto de 4 especialidades (aparelhos): Saltos, Trave,
Paralelas Assimétricas e Solo.
Aparelhos Ginástica artística
Ginástica rítmica é um tipo de ginástica desenvolvida com movimentos corporais baseados nos elementos do
balé e da dança teatral, numa mistura de arte, criatividade e capacidade física, cuja execução é realizada em
sincronia com a música.
Esse ramo da ginástica, também chamado de Ginástica Rítmica Desportiva – GRD, foi reconhecido como
modalidade esportiva essencialmente feminina em 1962 pela Federação Internacional de Ginástica. Portanto,
nas Olimpíadas e Campeonatos apenas as mulheres participam da competição individualmente ou em
equipe.
As apresentações da ginástica rítmica variam entre 2min15s e 2min30s para equipes e entre 1min15s e
1min30s para execuções individuais.
GINÁSTICA RÍTMICA
É a ginástica indicada para manutenção da boa forma e do bom desempenho das funções orgânicas. Praticada
em academias ou na forma de atividade física livre, respeitando uma frequência, intensidade e duração
adequadas. Englobam todas as modalidades que têm por objetivo a aquisição ou a manutenção da aptidão
física do indivíduo normal e/ou atleta. Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na
rotina da humanidade sempre associada a um estilo de época, a caça dos homens das cavernas para a
sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito ou de cunho militar
como o exemplo na formação das legiões romanas com suas longas marcha e treinos, mas essa relação entre
a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa
evolução.
Contorcionismo
O contorcionismo ou contorção é a forma de acrobacia que envolve flexões e torções no corpo humano. A prática do
contorcionismo é desenvolvida em espetáculos de circo, é a arte de maravilhar as pessoas através do corpo. É
amplamente conhecido e admirado em todo mundo desde a antiguidade. A base desta arte está na capacidade de
dobrar articulações de modo incomum, ou seja, muito mais do que uma pessoa pode dobrar. A contorção é uma arte
circense que se destacam tanto os homens quanto as mulheres, é uma arte que tem como objetivo mostrar a
flexibilidade do corpo humano. Segundo um estudo da Universidade de Hertfordshire (Inglaterra), essa flexibilidade
está ligada à genética dessas pessoas. As crianças que começam a desenvolver a flexibilidade desde os 7 anos
podem atingir um excelente desempenho. Após os treze anos é mais difícil conseguir um resultado satisfatório.
Ginástica laboral
Ginástica laboral
Com o objetivo de prevenir lesões e outras doenças provocadas pela atividade ocupacional, os exercícios (que duram
em média entre 5 e 15 minutos) trazem muitos benefícios. São exemplos à redução de fadiga e o aumento de
produtividade. Muitas pessoas não fazem exercícios alegando principalmente a falta de tempo. Levam, assim, uma
vida sedentária. É o caso de quem trabalha no computador, ou os trabalhadores que executam movimentos repetitivos
durante dias inteiros. Para eles, a introdução de práticas de exercícios físicos ao longo da atividade laboral traz uma
série de benefícios.·.
A ginástica laboral surge da necessidade de prevenir ler e dort, doenças que afetam os músculos. A sua prática data
de 1925 na Polônia. Depois, foi a vez da Holanda e da Rússia e, ainda mais tarde, da Alemanha, Bélgica, Japão e
Suécia. Em 1968 foi os Estados Unidos a direcionar a sua atenção para essa modalidade de atividade física. No Brasil,
a prática data de 1901. A primeira empresa a proporcionar ginástica aos seus funcionários foi a Fábrica de Tecidos
Bangu, sendo seguida pelo Banco do Brasil. Com o passar do tempo mais importância foi sendo dada ao assunto.
Assim, surgiu o curso superior nessa área na Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, em 1999. Cada vez mais as empresas têm a tendência de se preocupar com a saúde dos funcionários. Isso
Ginástica localizada
A ginástica localizada são exercícios que utilizam de movimentos repetitivos e focados em determinados grupos
musculares, cada seção de repetição deve ser separada por uma pausa para o descanso dos músculos. Além da
definição dos músculos a ginástica localizada proporciona um bom condicionamento físico, força, flexibilidade e
resistência e melhora o sistema respiratório e a coordenação motora. Na ginástica localizada são usados vários
equipamentos como os alteres pesos de perna e bastões para aumentar o trabalho muscular realizado nas aulas, os
alteres, são usados normalmente para realizar os exercícios para os braços, ombros, peito e costas os bastões e
pesos são para trabalhar as pernas, panturrilha e glúteos.
A ginástica localizada possui uma série de exercícios que envolvem músculos específicos do corpo, mas antes do
iniciar os exercícios é preciso realizar alongamento para preparar e aquecer os músculos e depois do treino para
relaxar e evitar dores. Os exercícios são divididos em dois grupos, membros superiores e membros inferiores,
realizando os exercícios por meio de séries. As séries possuem repetições e intervalos de 40 a 60 segundos. Primeiro
são trabalhados os membros superiores começando pelos tríceps e seguindo com bíceps, ombros, peitoral e costas.
São trabalhados também os músculos abdominais depois os membros inferiores que são as coxas, glúteos e
panturrilha.
Hidroginástica
Uma modalidade física onde a ausência da gravidade diminui o risco de contusão, proporcionando bem -estar ao
praticante que não sentirá o suor em seu corpo por conta da água o hidratando constantemente. A Hidroginástica é a
principal modalidade para terceira idade e pessoas em recuperação motora. Este exercício nasceu após a evolução da
hidroterapia que começou na Europa durante o século XVIII. Médicos brasileiros prescreveram banhos de mar para
seus pacientes apenas no início do século XX. E foi na Alemanha que a ginástica na água nasceu chegando ao Brasil
por volta dos anos 1980. Inicialmente seu público-alvo era apenas idosos, cenário que mudou ao longo dos anos,
incluindo outros grupos de pessoas como adultos e gestantes com objetivos distintos
GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO
Condicionamento Aeróbico
Quando você sai para um mergulho matinal, para correr ou fazer sua rotina de 30 minutos no elíptico, você
está colocando seu corpo através de condicionamento físico aeróbico.
O objetivo principal do condicionamento aeróbico é usar grupos musculares maiores por longos períodos,
aumentando sua resistência no processo. O exercício aeróbico pode reduzir o peso, aumentar a resistência,
fortalecer o coração e manter as artérias limpas.
GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO
Condicionamento anaeróbico
O exercício anaeróbico, que às vezes é chamado de condicionamento físico metabólico, envolve exercícios
curtos e intensos que usam músculos de contração rápida. A ginástica de condicionamento físico
metabólico abrange exercícios como burpees, pular corda, e movimentos de agachamento.
De acordo com algumas pesquisas, quatro minutos de treinamento intervalado equivalem a trinta minutos na
esteira, quando se compara a capacidade de aumentar a resistência cardiovascular, e ainda tem o benefício
adicional de aumentar a resistência muscular.
GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO
Condicionamento Cardiorrespiratório
Quando você se exercita regularmente, a necessidade de energia em seu corpo aumenta. Para que o corpo
consiga produzir energia suficiente, o oxigênio precisa estar disponível em sua corrente sanguínea em
abundância.
Para transportar esse oxigênio, o coração bate mais rápido e como acontece com qualquer músculo, quanto mais
o coração funciona, mais forte ele se torna, fazendo com que o bombeamento do sangue seja processo mais fácil
e demande menos esforço do organismo.
Exercícios de condicionamento também ajudam a fortalecer seus pulmões. Para suprir a corrente sanguínea com
o oxigênio necessário para gerar energia, os pulmões devem inalar e exalar oxigênio suficiente para sustentá-lo
durante o exercício.
Isso aumenta sua frequência respiratória e ajuda a aumentar a quantidade de tempo que você consegue se
exercitar sem perder o fôlego.
FUNCIONAL
Como um método de exercício que aumenta a potência, e por vezes o tamanho, de um músculo ou grupo de
músculos, o treinamento força faz parte de uma rotina de exercícios equilibrada. Junto com os exercícios
cardiovasculares (aeróbicos) e os métodos de flexibilidade, ele faz parte de uma rotina de exercícios
completa. Uma rotina de exercícios equilibrada, é um tipo de treino que é obrigatório para a melhoria da
saúde.
Força
Uma das principais funções do treinamento de força é construir a resistência anaeróbia, adquirida através do
uso de resistência. Durante o exercício, a resistência atua em oposição às contrações musculares, fazendo
com que o músculo trabalhe mais do que o normal, e assim, construindo e aumentando a resistência
anaeróbica e a força.
O treinamento com pesos é uma das formas mais comuns de treinamento de força voltado para a resistência.
Um ou mais dos principais grupos musculares são utilizados durante os exercícios de força, como por
exemplo: glúteos, quadríceps, abdutores, adutores, etc. Um profissional de fitness ou um personal trainer
podem personalizar um treino de força para grupos musculares específicos.
Exercícios de força são executados em séries e repetições. Série é um grupo de repetições sucessivas.
Repetição é o número de vezes que um movimento ou exercício foi concluído durante o treinamento de
força.
Ginástica de conscientização corporal
A ginástica de conscientização corporal pode ser definida como atividades físicas que combinam
movimentos lentos e suaves com exercícios de respiração para fortalecer a conexão entre corpo e mente.
Indo além de um treino formado por série de repetições, esse tipo de ginástica nos ensina a respeitar os
limites dos nossos músculos e, também, a reconhecer nossa própria força!
Como resultado, é possível ter uma vida mais ativa e proteger a sua autoestima contra os sintomas da
depressão e da ansiedade. Uma vez que a ginástica de conscientização corporal marque presença frequente
na sua agenda de compromissos, o processo de dar atenção ao seu corpo se tornará cada vez mais fácil.
O pilates e a yoga são as atividades físicas mais citadas quando o assunto é sobre ginástica que desenvolve
consciência corporal.
Ginástica holística
Ao corrigir a postura e aliviar a tensão acumulada em nossos músculos durante os afazeres diários, a
ginástica holística traz a proposta de fortalecer nosso equilíbrio de modo global. Ou seja, os movimentos
focam na respiração e no tônus muscular que te ajudam a relaxar a noite para dormir melhor, ter mais
disposição de dia e focar naquilo que mais deveria importar na sua vida: o seu bem estar!
Ginástica laboral
Provando que a ginástica de conscientização corporal pode ser algo fácil de ser feito e incluído no seu dia a
dia, a modalidade de ginástica laboral é um ótimo exemplo para entendermos juntas! As atividades são de
curta duração, não levando mais de 15 minutos para serem feitas corretamente.
As séries de alongamento da região da cabeça e dos membros superiores e inferiores são capazes de
melhorar a sua qualidade de vida profissional, já que trabalham a percepção corporal e corrigem os vícios
que criamos no ambiente de trabalho.
Eutonia
Imaginação, consciência e movimento são a base do método criado na década de 1930 pela professora alemã
Gerda Alexander. Ao induzir a aluna a focar sua atenção nos pontos de tensão do corpo, a professora
ensina como identificar e cuidar das nossas próprias dores.
Na Eutonia, os movimentos podem contar com acessórios como vara de bambu ou podem ser feitos apenas
com o próprio corpo. O objetivo será sempre o mesmo: melhorar o tônus muscular, criando condições para
que nosso corpo esteja forte o suficiente para dar conta dos nossos afazeres cotidianos!
Tai chi Chuan
Essa modalidade de ginástica alternativa reforça a nossa habilidade de controlar a mente, ser flexível e
combater a depressão e o estresse. Uma de suas premissas é encarar os movimentos suaves como exercícios
que estimulam sua energia interna (chi) a fluir por todo o corpo, gerando bem estar físico e psíquico.
Automassagem
Amassar, deslizar e apertar levemente os músculos do nosso corpo usando as próprias mãos despertam tantas
emoções boas que podem ser a resposta mais simples quando nos perguntamos qual é a melhor ginástica
corporal!
O prazer de fazer uma automassagem no começo ou final do dia auxilia não apenas no controle da ansiedade
ou das dores musculares, mas também é um método delicioso para entrar em contato com você
mesma (literalmente!). Usando um hidratante ou óleo corporal bem cheiroso, você ativa sua percepção
sensorial de diversas maneiras, deixando ainda mais especial esse momento sozinha, não é mesmo?
Exercícios de relaxamento
Quando mencionamos exercícios para relaxar, a meditação é uma das primeiras técnicas que especialistas
indicam para reduzir o ritmo de pensamentos frenético e te incentivar a viver o presente. Mas nem todo
mundo consegue se adaptar a quietude que a meditação exige - e não há nada de errado nisso, lindeza!
Se somos únicas e vivemos cada experiência a partir de perspectivas diferentes, encontrar a ginástica que
estimula a conscientização corporal não deve ser uma missão frustrante e que não combina com os nossos
próprios gostos.
Quais são os benefícios da ginástica de
conscientização corporal?