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Áurea Augusta Rodrigues da Mata, Fernando José de Paula Cunha, Fernando Silveira Filho,
Francisco de Assis Alves Bezerra, George Paiva Farias, Goretti Vieira, Nilvania, Barbosa Rodrigues,
Rodrigo Wanderley de Sousa Cruz, Rosário de Fátima de Albuquerque Holanda
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O termo educação física na Grécia antiga não era utilizado, mas, para efeitos didáticos
decidimos manter a nomenclatura no texto.
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“Função exercida com o intuito de desenvolver os programas de estudos sobre a ginástica, com
o sentido de formação do homem num crescente domínio de si, pela libertação dos seus instintos,
desejos e paixões submetidas à razão” (LOBATO, 2001)
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prestígio comparados aos do médico e era também responsável pela formação
do caráter dos jovens atenienses.
Dando um salto histórico, surge com o Renascimento uma nova forma de
ver o mundo, e a inclusão da ginástica, jogos e esportes na escola passa a ser
vista como base para a educação física escolar.
CURIOSIDADE___________________________________________________
Junto com as idéias de força, energia, resistência, velocidade, destreza, vigor,
estava a formação do caráter. O desenvolvimento do caráter era associado a
ginástica e, deveria contribuir para o desenvolvimento da coragem, ousadia,
perseverança e às vezes a sabedoria e amor ao bem. (OLIVEIRA, 1999).
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entre si, acrescidas de atividades ligadas à vida prática e aos divertimentos
(HÉBERT apud SOARES, 2004, p. 27).
No século XVIII, foi fundada na Alemanha a primeira escola com um
currículo no qual a ginástica e as disciplinas intelectuais tinham o mesmo valor.
A corrente alemã representa um notável impulso aos exercícios físicos e, com
isso, a ginástica passou a ser incluída entre os deveres da vida humana. A nova
ginástica alemã – a palavra Gymnastik foi traduzida para o Alemão como
Turnkunst, que significa „arte da ginástica‟ – ia ao encontro das necessidades
do povo, pois os exercícios físicos não eram meios de educação escolar, mas,
sim, de educação do povo. O importante era formar o forte. “Viver quem pode
viver” era o lema.
Quando a Alemanha foi derrotada por Napoleão, em 1805, foi criado por
Friedrich Ludwing Jahn (1778 – 1852) um modelo de ginástica militar que tinha
o objetivo de fortalecer física e moralmente a juventude alemã. Janh deixa como
contribuição para a educação física a criação de aparelhos como a barra fixa,
barras paralelas e o cavalo, sendo, portanto, um dos precursores da ginástica
olímpica com aparelhos (BREGOLATO, 2008).
Na Suécia, Pehr Henrick Ling (1776 – 1839) apropria-se das ideias
naturalistas alemãs para dividir a ginástica em quatro vieses: militar, médica,
estética e pedagógica. Em 1813, Ling funda o Real Instituto Central de Ginástica
de Estocolmo, que serviu de modelo para os demais países europeus e, elabora
o livro “Bases Gerais da Ginástica” (1839).
Arrasados em virtude da guerra com a Rússia, os suecos pretendiam que
a ginástica colaborasse para elevar a moral de seu povo. Esperavam obter, por
meio de uma ginástica estudiosa e racional, uma raça livre do aumento constante
do alcoolismo e tuberculose que assolavam o país. Hjalmar Ling (1820-1886)
desenvolveu a ginástica pedagógica, também conhecida por ginástica educativa,
e Josef Gottfrid Thulin (1875-1965) inovou o método criando o Instituto de
Ginástica de Lund, que visava à ginástica infantil.
A ginástica sueca preocupava-se com a execução correta dos exercícios,
emprestando-lhes um espírito corretivo. Uma das maiores contribuições suecas
para a ginástica foi o grande impulso que deu a uma antiga tendência desse
povo: a “ginástica para todos”, que surgiu em 1912 com o objetivo de ampliar a
prática de atividades físicas para a totalidade da população.
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Na França, a ginástica foi introduzida por militares, que dominaram o
panorama da educação física ao longo do século XIX nesse país. Em 1819, foi
fundado o primeiro instituto de ginástica para o Exército e para as escolas civis.
O “Manual de Educação Física, Ginástica e Moral” (1836), escrito por Francisco
Amoros y Ondeano (1770-1840), foi adotado na Escola Militar de Joinville em
1852. Essa escola também recebeu as contribuições de Georges Demeny (1850
– 1917), com “Mecanismo de Educação do Movimento” (1924), e Philipe Tissié,
(1852-1935) com “Tratado da Ginástica Nacional”.
O que caracterizava a ginástica francesa era seu marcante espírito militar
e uma preocupação básica com o desenvolvimento da força muscular, não
sendo, pois, adequada a ambientes escolares. Apesar disso, as autoridades
francesas atribuíram a derrota na guerra franco-prussiana, em 1870, à
degeneração física e moral do povo. Dessa forma, foram criadas leis obrigando
a inclusão da ginástica no currículo escolar, com a mesma finalidade anterior:
melhorar a condição física e moral do povo.
CURIOSIDADE___________________________________________________
“No final do século XIX e início do século XX, existia um debate entre os
defensores do esporte (na Inglaterra) e os defensores da ginástica (no continente
Europeu), ou seja, os sistematizadores dos métodos ginásticos, quanto ao meio
mais adequado da educação física da juventude. No entanto, menos conhecidas
entre nós no Brasil são as críticas oriundas das organizações de ginástica e
esportiva de trabalhadores europeus (Alemãs, Belgas, Francesas, Suíças e
Inglesas principalmente). A classe trabalhadora em países como a Bélgica, a
Tchecoeslováquia, a França e principalmente a Alemanha criou uma
organização de clubes de ginástica e, posteriormente, também de esportes,
própria, que procurava diferenciar-se das organizações ginásticas e esportivas,
“burguesas‟. Esse movimento produziu textos (de jornais e livros) em que os
princípios que norteavam suas atividades, bem como as críticas, estavam bem
expressos” (BRACHT, 2003, p. 24).
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A CHEGADA DA GINÁSTICA NO BRASIL
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TEXTO DE APOIO________________________________________________
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estacionária e pelos saltos deu lugar à chamada “ginástica de baixo impacto”,
que garante a mesma eficiência cardiorrespiratória, mas não apresenta os riscos
de lesões musculoesqueléticas acarretadas pelos exercícios de alto impacto.
Dessa forma, as aulas de ginástica tornaram-se mais seguras e menos lesivas,
consequentemente beneficiando os alunos.
O uso da marcha acompanhada de movimentos vigorosos de braços,
elevação do joelho com um dos pés em contato com o solo, deslocamentos
laterais e passos de jazz combinados em forma de coreografias deram à
ginástica aeróbica uma característica mais suave, sendo recomendada até
mesmo para pessoas obesas, mulheres grávidas e idosos. Assim, a ginástica
aeróbica passou a representar uma “velha nova” opção de treinamento para
milhares de pessoas de ambos os sexos, várias idades e diferentes níveis de
condicionamento físico.
Os exercícios, muito parecidos com aqueles utilizados nas odiosas
sessões de ginástica calistênica das escolas secundárias ou como castigo para
os soldados relapsos nas tropas do exército, reaparecem mais fortes do que
nunca na década de 1980, constituindo uma excelente alternativa de
condicionamento físico.
A combinação de exercícios simples, acompanhados de músicas alegres,
fez da ginástica aeróbica um dos maiores fenômenos socioesportivos nas
décadas de 1970 e 1980, pois nenhuma atividade física conseguiu reunir, em
um curto espaço de tempo, tanta gente para fazer exercício.
Atualmente, a ginástica aeróbica mudou de nome, mas os fundamentos
fisiológicos continuam os mesmos. Os milhares de adeptos em todo mundo, que
antes tinham como única alternativa a “vovó aeróbica”, passaram a praticar
novas modalidades de exercícios aeróbicos, agora conhecidos pelos seguintes
nomes: dança aeróbica, funk, hip-hop, street dance, aero-bahia, afro-aeróbica,
ginástica jazz, axé aeróbica, samba aeróbico, body jam, hidroaeróbica, entre
outros.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT, Valter. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. Ed. Unijuí, 2003.
DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA Jr., Osmar Moreira. Para ensinar educação física:
possibilidades de intervenção na escola. Papirus, 2008.
OLIVEIRA, Vitor Marinho. O que é Educação Física. Ed. Brasiliense, 11ª edição, 1999.