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MATERIAL DE APOIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PARA O CURSO DE ENSINO PRIMÁRIO

CAÁLA, 2022

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO PRIMÁRIO


ISP-CAÁLA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSOR: Dr. ORLANDO YAMBISSA

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Tema 1: Desenvolvimento Histórico da Educação Física

A Educação Física é vista hoje como agente de saúde, estética, melhoria da condição atlética,
recuperação física, dentre outras funções, mas nem sempre se pensou assim.

Os relatos mais primórdios de atividades físicas vêm desde a época pré-histórica, quando já se
percebia uma preocupação pelo físico mais forte, porém, não com o intuito da beleza ou exercício e
sim de proteção. Desde então a Educação Física se adaptava às épocas e sociedades na medida em
que passava por mudanças e estágios, evoluindo a cada século para chegar à Educação Física que
conhecemos atualmente.

A evolução da Educação Física acontece gradativamente à evolução cultural dos povos, estando
interligada aos sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos das sociedades.

Porém, é necessário ressaltar que nem todos os povos atravessavam os mesmos estágios
simultaneamente. Enquanto o Egito dos Faraós já estava numa época Histórica, muito próximo dele,
muitas civilizações viviam no maior primitivismo.

Ainda hoje, em pleno século XXI podemos encontrar aglomerados humanos que vivem em estado
selvagem, como algumas tribos isoladas na floresta da Amazônia, interior da África ou nos desertos
da Austrália. Estas tribos vivem na verdadeira idade da Pedra.

Sub- Tema 1

Evolução da Educação Física ao longo dos tempos

Desde a pré-história a Educação Física vem sendo influenciada pela sociedade. Nessa época as
atividades físicas ficaram restritas a defender-se e atacar. A luta pela sobrevivência levou a
movimentos naturais. Para desenvolver estudos sobre a época, os pesquisadores se baseavam em
todos os tipos de objetos, como pedras trabalhadas ou rudimentares, fósseis de animais e de
humanos, pinturas rupestres, monumentos e, um pouco mais tarde, objetos e monumentos de bronze
e ferro, câmaras mortuárias, estradas, dentre outros.

Todos os exercícios físicos, qualquer que seja sua forma de realização, possuem suas raízes, de
forma hipotética ou verdadeira nas mais primitivas civilizações. Pode - se afirmar que todos os tipos
de exercícios físicos são provenientes de quatro grandes causas humanas: luta pela existência, ritos
e cultos, preparação guerreira e jogos e práticas atléticas.

O Homem primitivo deslocava-se de um lugar para outro a procura de alimentos, marchando,


subindo em árvores, escalando penhascos, nadando, saltando e lançando as suas diferentes armas
de arremesso. Assim o homem executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde
que se colocou de pé pela repetição contínua desses exercícios, na luta pela sobrevivência,
aperfeiçoava as funções, educando-as gradativa e inconscientemente.

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Porém, todo esse contexto é algo natural e quotidiano, e como Educação Física propriamente dita,
os primeiros registros tardaram a aparecer.

Em cada sociedade, povo ou país a Educação Física apresentava focos diferentes de interesse e
utilização. Na China a Educação Física era praticada em caráter de guerra, além da finalidade
terapêutica e higiênica.

Na Índia, a Educação Física era vista como uma doutrina a ser seguida, de foco fisiológico e com
indispensáveis necessidades militares. Foi onde teve origem a Yoga e exercícios ginásticos
aprofundados da medicina com técnicas de respiração e massoterapia. Buda atribuía aos exercícios
o caminho da energia física, pureza dos sentimentos, bondade e conhecimento das ciências para a
suprema felicidade do Nirvana, (no budismo, estado de ausência total de sofrimento).

No Japão, a Educação Física possuía fundamentos médicos, higiênicos, filosóficos, morais,


religiosos e guerreiros. Os samurais são um exemplo de guerreiros feudais originados da pratica da
Educação Física no Japão. Já no Egito, os exercícios Gímnicos formaram a ginástica egípcia dotada
de equilíbrio, força, flexibilidade e resistência. A existência da ginástica egípcia foi revelada em
pinturas nas paredes de tumbas.

Mas foi na Grécia que encontramos a civilização antiga que mais contribuiu para a Educação Física.
Novamente é visível a ligação que a sociedade e sua cultura têm com a história da Educação Física.
Foi na Grécia que surgiram os grandes pensadores, que contribuíram com vários conceitos, até hoje
aceitos pela Educação Física e pela pedagogia. Grandes artistas, pensadores e filósofos como Mirón,
Sócrates, Hipócrates, Platão e Aristóteles criaram conceitos como o de equilíbrio entre corpo e espírito
ou mente, citados por Platão. Também nasceram na Grécia os termos halteres, atleta, ginástica,
pentatlo, entre outros.

Após a tomada militar da Grécia, Roma absorveu a cultura desta civilização, porém a Educação
Física se caracterizou pelo espírito prático e utilitário, tendo assim uma visão voltada para a
preparação dos soldados e da população para a guerra. Foi no período romano que surgiu a famosa
frase “Mens sana in Corpore Sano”.

A Idade Média foi marcada pelo impacto do Cristianismo, repleta de ascentismo. Mesmo com isso,
estudantes continuavam a seguir as teorias de Aristóteles, enriquecendo o patrimônio dos
conhecimentos. Nesta época floresceu a arte gótica, surgiram as primeiras universidades, e com elas
personalidades geniais como Santo Tomás de Aquino. Considerada como “a Idade das Trevas”, o
culto ao corpo era considerado pecado e com isso, houve uma grande decadência da Educação
Física. Os exercícios Físicos ficaram retidos em torneios muito sangrentos.

No Renascimento, a Educação Física deu um salto em busca do seu próprio conhecimento. O


período da renascença fez explodir novamente a cultura física. A admiração e dedicação pela beleza
do corpo, antes proibida, agora renasce com grandes artistas como Leonardo da Vinci (1432-1519).
A escultura de estátuas e a dissecação de cadáveres fizeram surgir a anatomia, grande passo para a
Educação Física e a Medicina. A introdução da Educação Física na escola, no mesmo nível das
disciplinas tidas como intelectuais, se deve nesse período a Vittorino da Feltre (1378-1466) que, em
1423, fundou a escola “La Casa Giocosa” onde o conteúdo programático incluía os exercícios físicos”.
(PEREIRA; MOULIN, 2006, p. 19-20).

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O Iluminismo na Inglaterra era contra o abuso do poder no campo social. Esse período trouxe novas
idéias e, como destaque nessa época, temos dois grandes nomes: Rousseau e Pestalozzi. Rousseau
propôs a Educação Física como necessária à educação física infantil, introduzida nas escolas.
Pestalozzi foi o primeiro educador a chamar a atenção para 2 (dois) elementos fundamentais na prática
dos exercícios, a posição e a execução perfeita, sem os quais os praticantes não conseguiriam os
objetivos visados.

O marco da idade contemporânea teve como principal tema o surgimento da ginástica localizada,
onde tiveram como responsáveis quatro grandes escolas: a alemã, a nórdica (escandinava), a
francesa e a inglesa.

Deste período podemos citar grandes personalidades de destaque. Na escola alemã como pai da
ginástica pedagógica moderna Johann Cristoph Friederick Guts Muths, notável pedagogo. O fundador
e fomentador da ginástica sócio-patriótica foi Friedercik Ludwing Jahn, cujo fundamento era a força.
Seu lema era “vive quem é forte”. “Foi ele quem inventou a Barra fixa, as barras paralelas e o cavalo,
dando origem à Ginástica Olímpica”. (PEREIRA; MOULIN, 2006, p. 20).

Já na Escola Escandinava ou Nórdica, o grande destaque foi o sueco Per Henrik Ling, que teve de
lutar com energia e tenacidade ao procurar estabelecer ramos científicos aos exercícios físicos,
levando para a Suécia as idéias de Guts Muths. A ginástica sueca foi o grande trampolim para tudo o
que se conhece como ginástica atualmente. Como nos descreve em sua obra PEREIRA e MOULIN
(2006, P. 21) “Per Henrick Ling (1766-1839) foi o responsável por isso, levando para a Suécia as idéias
de Guts Muths após contato com o instituto de Nachtegall. Ling dividiu sua ginástica em quatro partes:
a pedagogia – voltada para a saúde evitando vícios posturais e doenças, a militar – incluindo o tiro e
a esgrima, a médica – baseada na pedagogia, evitando também as doenças e visando ainda a estética
– preocupada com a graça do corpo”.

Na Escola Francesa temos como elemento principal o espanhol naturalizado Francisco Amorós y
Ondeano. Ele dividiu a ginástica em civil e industrial, militar, médica e cênica. O método conhecido
como ginástica natural teve um francês como seu defensor. Georges Herbert (1875-1957) defendia
que a Educação Física deveria preconizar os movimentos naturais do ser humano, ou seja: correr,
trepar, nadar, saltar, empurrar, puxar, dentre outros.

Já a Escola Inglesa baseava-se nos jogos e nos esportes. Seu defensor era Thomas Arnold, quem
recriou os jogos olímpicos. A escola inglesa também teve uma enorme influência no treinamento
militar.

Com a propagação das idéias pelo mundo destas quatro grandes escolas, a Educação Física
passou a ser mais estudada, organizada e reconhecida. Ela conquistou seu espaço, ganhou cunho
científico e tornou-se indispensável na vida das pessoas, desde as crianças menores até as pessoas
maiores.

É possível perceber que a Educação Física passou por profundas modificações, consequências de
todo o processo histórico e que, atualmente, ainda está em mutação, sendo que este processo
continuará ocorrendo com o passar dos anos. Em tempos atrás, as mudanças ocorriam de forma mais
lenta. Hoje em dia, com a velocidade na transmissão de informações e com a facilidade ao acesso

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aos novos estudos e publicações, acredita-se que as mudanças acontecerão de forma mais rápida e
mais abrangente.

Todos os processos de evolução estão interligados à história do mundo. É impossível separar


história, sociedade e política dos movimentos proporcionados pela classe defensora da Educação
Física. Esses aspectos – história, sociedade, política e os movimentos proporcionados pelos
educadores físicos sustentam e formam a base do contexto atual da Educação Física Mundial.

A evolução da história da Educação Física passou por várias fases; algumas positivas e outras
negativas. Estas fases construíram o conceito que a educação física possui atualmente, ocupando a
posição de destaque que a mesma possui na sociedade. E as fases que virão, tornarão a prática da
educação física, seja ela escolar ou não, mais profissional e mais difundida, com objetivos cada vez
mais definidos e específicos, pois com a regulamentação da profissão em 1998, o acesso à Educação
Física está sendo defendida e proporcionada em escala maior para toda a população, independente
de classe social, idade, condição física, cor, religião, opção sexual ou alguma deficiência.

TEMA 2 : Desenvolvimento Físico da Criança


As mudanças no tamanho do físico e da aparência são manifestações visíveis de mudanças
complexas no desenvolvimento da criança. São alterações morfológicas e fisiológicas que acontecem
na infância.
Essa mudança é um processo contínuo e a variação do crescimento da criança não é uma constante.
O desenvolvimento físico pode mudar, pois ele é caracterizado por variações consideradas normais
entre a idade e o sistema orgânico envolvido.
Dois períodos de rápido desenvolvimento nas crianças são observados: durante a infância e na
puberdade. Na infância ele ocorre em torno dos 4 até os 7 anos e na puberdade entre os 12 até por
volta dos 16 anos.
Os padrões normais de crescimento são determinados por interacções complexas entre factores
genéticos, do meio ambiente e factores hormonais. Os padrões dos pais e também de crescimento
são fortemente preditivos e sinalizam a evolução e o crescimento durante a infância e a adolescência.
Depois de 3 anos de idade a altura de uma criança correlaciona-se significativamente com a estatura
dos pais. Existem até fórmulas matemáticas que podem predizer a altura média de uma criança
baseada na altura do pai e na da mãe.
Existe também uma grande variedade de factores do meio ambiente em que a criança vive que podem
afectar o seu crescimento. Além disso, tem se notado uma grande variação do crescimento em
determinadas épocas do ano. Elas influenciam o desenvolvimento físico sendo que as maiores taxas
de crescimento ocorrem no Verão e na Primavera.

A avaliação do crescimento de uma criança é determinada pela comparação com o crescimento de


outras crianças do mesmo sexo e idade, assim como a presença de concordâncias de padrões de
desenvolvimento definidos por padrões de crescimento em forma de curvas de evolução.

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Padrões Típicos de Crescimento
PESO: Logo após o parto da criança, ocorre uma perda de peso imediata. Ele é recuperado em torno
do 10º ao 14º dia do nascimento. A média de ganho de peso por dia do nascimento até o 6º mês gira
em torno de 20 gramas por dia. Do 6º mês até o 12º mês é de 15 gramas. O peso ao nascer dobra
em torno do 4º mês, triplica no final do primeiro ano e quadruplica, em média, ao final do 2º ano.
Durante o 2º ano, a média de ganho de peso por mês varia em torno de 250 miligramas. E depois dos
dois anos de idade, a média de ganho anual de peso até a adolescência gira em torno de 2,3 a 2,5
quilos.

ALTURA: No final do primeiro ano de vida a altura aumenta em torno de 50%, dobra no 4º ano e
triplica em torno dos 13 anos. A média de ganho em altura no 2º ano de vida gira em torno de 12 cm.
Depois dos dois anos de idade, a média anual de crescimento até a adolescência gira em torno de 5
cm.
Em relação aos gráficos de crescimento é de suma importância dizer que a melhor maneira de
observar o desenvolvimento da criança é avaliar seu grau de normalidade com medições pré-
estabelecidas. Estas medições seriadas no tempo promovem uma indicação mais acurada sobre o
crescimento da criança e seus progressos. Não basta fazer anotações aleatórias e esporádicas. Pela
falta de acompanhamento contínuo a criança poderá apresentar resultados falsos de desenvolvimento
físico. A evolução das medidas só é avaliada corretamente com medições seriadas. Essa metodologia
promove condições para a comparação da linha de crescimento da criança com as linhas de
crescimento consideradas normais dos gráficos estatísticos de peso e estatura.

Devemos sempre lembrar que embora existam dois grandes momentos de desenvolvimento - um na
infância e outro na adolescência - crianças normais podem apresentar a ocorrência destes picos de
forma um pouco mais tardia. A certeza de que a criança tem um crescimento normal e harmonioso só
é possível com o acompanhamento mensal feito pelo pediatra. É ele que acompanhará a criança e
sua evolução em toda sua infância e puberdade, sua característica de crescimento e de ganho de
peso.
Sub Tema 1: A Psicomotricidade e o desenvolvimento Motor
A psicomotricidade é a ciência que estuda a concepção do movimento organizado e integrado, em
função das experiências vividas pelo homem. Esta ciência é sustentada por três bases: o movimento,
o intelecto e o afeto.
Desenvolvimento motor é o termo designado para o processo de mudança no comportamento,
postura e movimento de um indivíduo ao longo da vida. Este processo sofre influência do conjunto de
características genéticas, relacionadas à predisposição para o movimento, e as experiências de cada
indivíduo. O movimento nasce de demandas intrínsecas (i.e. próprias de cada indivíduo) e extrínsecas
(i.e. externas, do ambiente), e depende de interações complexas entre diferentes componentes e
sistemas do corpo humano, principalmente neurofisiológicos e psicológicos.
Seu desenvolvimento e refinamento estão diretamente relacionados à dois mecanismos principais,
interligados entre si: o aprendizado motor e o controle motor. O primeiro corresponde à capacidade

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do indivíduo de executar uma determinada tarefa, através da produção ou melhora de uma habilidade
motora em função da prática extensiva e recorrente. Como resultado deste processo sistemático,
ocorrem mudanças permanentes no comportamento motor (i.e. produção, controle e alterações nas
atividades motoras) associadas à experiência. Exemplos simples de habilidades motoras adquiridas
através do processo de aprendizagem são os movimentos realizados ao tocar um instrumento,
praticar desportos ou dirigir um carro.
Já o controle motor resulta da integração de informações sensíveis
(visão, tato, olfato, audição, paladar) com o sistema nervoso central e o comportamento motor. Com
isto, o sistema nervoso consegue direcionar quais músculos devem ser utilizados na execução de um
movimento, sua respectiva ordem e velocidade, sejam estes atos voluntários ou reflexos.
Atos voluntários correspondem a movimentos complexos e propositais como, por exemplo, estender
a mão para pegar um copo de água; já os atos reflexos, são movimentos mais simples e rápidos como,
por exemplo, retirar rapidamente a mão de uma panela quente. Além desses movimentos, o controle
motor também é responsável pela postura corporal, a contração de músculos individuais,
compensação dos membros e a disposição mecânica de ossos, músculos e articulações, antes do
início de um movimento (inclusive durante o processo de aprendizagem motora). Movimentos rítmicos
como andar e mastigar, que combinam características de atos reflexos e voluntários, também estão
associados ao controle motor.
Embora o aprendizado, controle e desenvolvimento motor sejam processos relacionados entre si,
estes atuam em diferentes escalas de tempo: o controle motor acontece em pequenos intervalos de
tempo, geralmente frações de segundos, enquanto o aprendizado motor leva horas, dias e/ou
semanas. Ambos processos contribuem para o desenvolvimento motor, que se desenrola ao longo de
anos, e têm assim, diferentes fases de acordo com a faixa etária do indivíduo.
Fases do desenvolvimento motor
O desenvolvimento motor pode ser dividido em quatro fases:
 A fase motora reflexiva ocorre até os quatro primeiros meses de vida, e é caracterizada por
movimentos reflexivos involuntários, que formam a base para as fases seguintes do
desenvolvimento motor.
 A fase de movimentos rudimentares é uma das mais importantes para o desenvolvimento
motor do indivíduo, e se estende durante os dois primeiros anos de vida do bebê. Durante este
período são realizados os primeiros movimentos voluntários do indivíduo, que envolvem o
controle da cabeça, pescoço e músculos do tronco, entre outros.
 A terceira fase corresponde aos movimentos fundamentais, em que o indivíduo desempenha
uma variedade de movimentos estabilizadores, locomotores e manipulativos, e compreende o
período entre dois e sete anos de idade.
 Por fim, a fase de movimentos especializados é caracterizada pela realização de movimentos
complexos. A partir desta fase movimentos simples passam a ser integrados; por exemplo, o
ato de saltar passa a ser desenvolvido em atividades mais complexas como pular corda ou
desempenhar práticas desportivas como vôlei e basquete.

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FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO MOTOR
O Desenvolvimento Motor é influenciado por inúmeros fatores. Esses fatores podem ser
provenientes da interação entre:
– Exigências da tarefa motora (por exemplo: andar, correr, correr com obstáculos)
– Biologia do indivíduo (por exemplo: nascimento pré-termo ou não, restrição de crescimento
intrauterino, como vimos no post anterior)
– Condições do ambiente (por exemplo: alimentação, prática de atividade física, etc)
Desse modo, o acompanhamento da saúde deve ser feito de forma contínua a vida toda, assim
é possível prevenir ou reduzir o risco de problemas de saúde e suas complicações.
Nesse contexto, a prática de atividades físicas diversas é uma ótima dica para auxiliar o
desenvolvimento motor da criança!

-Tema 3: As Capacidades físicas:


As capacidades Físicas dividem-se em duas dimensões: Condicionais e Coordenativas
O que são Capacidades Físicas? São um conjunto de possibilidades que os indivíduos possuem, que
podem ser mantidas e desenvolvidas através do treino e que, geralmente representam a quantidade
de uma ação motora. O nível de prestação (“performance”) que um indivíduo consegue atingir nas
capacidades físicas traduz a sua Condição Física. Por isso, quando temos necessidade de correr ou
de fazer força, por qualquer razão, e somos capazes de o fazer, pensamos: “Estou com uma boa
condição física” ou “Estou em forma”.

Subtema 1 - As capacidades motoras:


São cinco as capacidades físicas que iremos de seguida abordar:
 Resistência
 Força
 Velocidade /Agilidade
 Flexibilidade
 Coordenação Motora ou Destreza Geral

 Resistência Capacidade de suportar física e psicologicamente a uma carga durante um


período de tempo suficiente para o aparecimento de um estado de fadiga (Adaptado de
Zinti, 1991). Podemos dizer também que a Resistência é capacidade de realizar um esforço
de certa intensidade e mantê-lo durante um longo período de tempo, sem perder a eficácia
de execução.
 Para melhorar a Resistência é necessário aumentar a eficácia do coração e dos pulmões,
submetendo a um exercício regular que se prolongue por bastante tempo. A intensidade
do exercício é importante. Para o treino da resistência, a observação da frequência
cardíaca constitui um indicador importante da intensidade a que se está a realizar o
exercício.

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A contagem dos batimentos do coração pode ser feita durante 15 segundos seguidos; multiplicando
o número obtido por quatro (4), obtêm-se a frequência cardíaca por minuto. Quer dizer que a zona
óptima para o trabalho aeróbio, por exemplo de um jovem de 15 anos se situa entre 133 e 174
batimentos/minuto. Acima do valor máximo, a atividade entra na zona de esforço anaeróbio.
A resistência tem como variantes a Resistência Aeróbia (que implica um equilíbrio entre o Oxigénio
gasto e o recebido) e a resistência Anaeróbia (que implica esforços com dívida de Oxigénio). O teste
de condição física (Vaivém) pertencente à bateria de teste do Fitnessgram, é uma das formas de
avaliarmos a nossa resistência, tendo como principal objetivo a medição da Resistência Aeróbia.
 Força é a capacidade motora que permite vencer uma resistência exterior com base na
contração muscular. Tem como variante a força máxima, a força rápida e a força resistência.
Os testes de condição física que realizamos nas aulas para medir a força são o teste de força
média (Abdominal) e o teste de força superior (Extensões de braços), ambos pertencentes à
Bateria de Testes do Fitnessgram.
 Velocidade É a capacidade de um indivíduo realizar ações motoras no mínimo de tempo
possível e com o máximo de eficácia, Dado que a velocidade é caracterizada por esforços de
curta duração e de grande intensidade, à máxima velocidade de execução possível, é
necessário realizar intervalos que permitam uma boa recuperação entre os esforços.
Relativamente às repetições, devem-se fazer as possíveis, desde que a fadiga não seja um
elemento inibidor para o desempenho da velocidade. Como tal, deverá existir um maior
repouso após o esforço intenso.
 Flexibilidade Consiste na capacidade de realizar movimentos corporais de grande amplitude,
numa articulação ou num grupo de articulações (Adaptado Zatsiorsky, 1966). O seu estado de
desenvolvimento tem influência na melhoria da execução técnica, na prevenção de lesões.
Esta capacidade está dependente da atividade física dos músculos, ligamentos, tendões e
ossos que envolvem a articulação. A temperatura dos músculos, sob o efeito de exercício de
ativação geral (aquecimento), favorece um melhor fluxo sanguíneo nas fibras musculares e,
por conseguinte o alongamento das mesmas. Um dos testes de condição física que realizamos
nas aulas para avaliar a Flexibilidade é o teste do “Senta e Alcança” pertencentes à Bateria de
Testes do Fitnessgram.
 Coordenação Motora Traduz-se na possibilidade de um indivíduo utilizar de forma eficaz,
vários movimentos combinados, sem perca de qualidade (representa, normalmente, a maior
facilidade ou dificuldade, com que realizamos ações combinadas, por exemplo: Na dança,
quando realizamos marcha ou outro passo, é imprescindível que exista coordenação entre o
passo que estamos a realizar e o tempo musical).

Benefícios da Atividade Física para a Saúde


O que é Atividade Física?
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos
esqueléticos, que resulta em gastos energéticos maiores que os níveis de repouso, como por exemplo:
andar, dançar, correr, pedalar, fazer compras a pé, subir e descer escadas, fazer jardinagem, enfim,
levar uma vida mais ativa. Por outras palavras, não são necessários níveis muito altos de prática de
atividade física, horas intermináveis de exercícios ou dor e sofrimento.

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Para aproveitar as vantagens da atividade física, é suficiente integrar-se exercício físico na vida diária,
tal como caminhar, andar de bicicleta, correr, combatendo o sedentarismo e seus riscos para a vida
humana. Nos dias hoje, tem-se verificado uma elevada evidência de que a inatividade física e a falta
de exercício estão relacionados com o desenvolvimento de perturbações de saúde, sendo uma das
principais causas de morte prematura e de incapacidade nos países desenvolvidos.

Quais são os benefícios concretos que podemos esperar da atividade física regular? São muitas
as vantagens que decorrem da prática regular de atividade física, não se limitando apenas ao simples
controlo do peso nem aos benefícios cardiovasculares. Seguidamente apresenta-se algumas das
principais vantagens para a saúde de ser fisicamente ativo. Nas doenças Cardiovasculares:
 Melhora a pressão Arterial;
 Previne as doenças das artérias coronárias;
 Melhora o colesterol e outras gorduras do sangue. No sistema Locomotor:
 Evita a osteoporose (perda de densidade óssea);
 Postura mais correta;
 Fortalecimento muscular;
 Previne e melhora as dores crónicas das costas. Na Qualidade de Vida
 Aumenta a capacidade funcional para as tarefas da vida diária;
 Gera sensações de bem-estar e prazer.

Quais os mínimos necessários de Atividade Física recomendada?


Está definido que o mínimo dos mínimos de Atividade Física que qualquer pessoa necessita é 30
minutos todos os dias, de forma espontânea, independentemente de ser contínua ou fracionada em
dois ou três períodos. Andar a pé 30 minutos por dia já corresponde a este patamar mínimo e se for
num passo mais enérgico será ainda melhor. Para que toda a população compreenda as orientações
atuais, elas costumam expressar-se através da chamada pirâmide da atividade física apresentada em
baixo.

Pirâmide da Atividade Física À medida que se sobe na pirâmide aumenta a intensidade das várias
atividades físicas mas decresce a necessidade da sua frequência semanal. Por outras palavras, as
atividades menos intensas para proporcionarem os mesmos benefícios necessitam ser diárias ou
quase e o inverso, vai - se aplicando à medida que aumenta a intensidade. Assim, e porque o fator
que mais se correlaciona com os riscos causados pela prática de atividade física é a sua intensidade,
pode-se concluir que a atividade física ligeira e moderada (Base da Pirâmide (Nível 1)), desde que
diária ou quase, já proporciona ganhos muitos significativos de saúde, a muitos níveis. Por isso todos
temos a necessidade de ser ativos, pelo menos meia hora diária. Se quisermos beneficiar ainda mais
a saúde pode-se substituir ou acrescentar esta atividade, em 3 a 5 dias da semana, por atividade física
formal (Nível 2 da Pirâmide), em que se privilegie o trabalho cardiovascular (marcha mais rápida,
corrida lenta, bicicleta, remo ou afins) e a flexibilidade. É referir que este tipo de esforços tanto se pode
praticar em ambiente de Ginásio como no exterior.
Para ganhos adicionais deve-se incluir trabalho de força (Nível 3 da Pirâmide), vulgarmente designado
de musculação, 2 a 3 vezes por semana, mas isso não dispensa o trabalho cardiovascular que é o

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principal. Isto já vai implicar maior consumo de tempo e deslocação a um local onde haja quem oriente
este tipo de trabalho (por exemplo: ginásio ou clube). O quarto e último nível corresponde ao desporto
de competição, que em termos de saúde é facultativo, pois os benefícios que vai trazer serão
desproporcionadamente pequenos para a sua grande intensidade.

Benefícios da Alimentação e do Repouso para a Saúde Para além da prática regular de exercício
físico, temos que ter em conta para a nossa saúde e para a melhoria da Aptidão Física, pelo menos
mais dois fatores – Alimentação e Repouso. Mais importante que a quantidade é a qualidade e a
variedade dos alimentos que ingeres. Deves variar os alimentos, tomar sempre um bom pequeno-
almoço, comer lentamente, mastigando bem, beber água com frequência e evitar gorduras, doces, sal
e não ingerir bebidas alcoólicas.
Se não dormires o suficiente é impossível recuperares as energias despendidas e repor o equilíbrio
do organismo para o dia seguinte. Na tua idade deves dormir entre 9 e 10 horas por noite.

Subtema 2 - Métodos para o desenvolvimento das capacidades motoras.

“Quando se procura desenvolver uma das nossas capacidades motoras, todas as outras são
influenciadas.
A grandeza dessa influência depende de dois factores:

 A característica da sobrecarga utilizada;


 O nível de treino físico.

Nas pessoas com baixos níveis de preparação física, os exercícios para o desenvolvimento de uma
capacidade específica terão efeitos nas demais.
É preciso considerar o facto de que o maior grau de desenvolvimento de uma capacidade motora
específica (força, resistência, velocidade, etc.) pode somente ser alcançado se as outras forem
também desenvolvidas a um certo nível. Por isso, o desenvolvimento de todas as capacidades
motoras deve ser harmonioso.
O desenvolvimento das capacidades motoras não é linear, existindo períodos mais ou menos
propícios denominados fases sensíveis. A capacidade de treino é particularmente elevada nesses
períodos.”

Tema 5 A aula de educação física:


Subtema 1 - A planificação e organização de uma aula de Educação Física:
 A planificação de aula,
 Tipo de aula
 Estrutura da aula.

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 Métodos de ensino usados em educação física

A planificação e organização de uma aula de Educação Física


Quando falamos na criação e na execução de uma boa aula de Educação Física, planejamento e
organização são essenciais. Afinal, esses são os caminhos para se destacar no mercado e garantir
um cronograma de atividades criativo, que apresente novidades e seja atrativo para os alunos.
O primeiro passo para organizar uma aula de Educação Física ideal é entender o perfil da sua turma.
É preciso conhecer os alunos, sua faixa etária, preferências e cultura local. Afinal, tudo isso influencia
diretamente a identificação que eles vão ter com as atividades propostas e, consequentemente, a
participação da turma como um todo.
O cronograma de atividades de uma escola pública na periferia precisa ser avaliado de forma diferente
de um desenvolvido para uma escola particular em um bairro nobre. Afinal, os alunos têm realidades
e demandas distintas para serem trabalhadas. Além disso, a estrutura oferecida por cada local,
provavelmente, também será bem discrepante
Entender quem são os seus alunos vai facilitar muito na hora de definir os objetivos da aula. Assim, é
possível criar uma aplicação adequada dos conteúdos de acordo com a realidade daquele grupo. Por
exemplo., uma turma da educação infantil vai ter necessidades diferentes de um grupo do ensino
fundamental, e você precisa levar isso em consideração.
Planejar atividades para todos os alunos, sem distinção de gênero, também é muito importante. Ainda
é comum encontrar professores que dividem os desportos entre meninos e meninas. Com isso,
acabam desestimulando a participação da turma como um todo.
Independentemente do sexo de cada um, os alunos podem gostar dos mesmos desportos. Assim,
você, como professor, precisa trabalhar a igualdade entre eles, evitando competições ou comparações
desnecessárias.
Durante a etapa de organização das aulas, pense em atividades que possam ser realizadas por todos
e que despertem o interesse da grande maioria alunos — na medida do possível, é claro. O grande
desafio é entender de que forma você pode deixar o conteúdo atrativo e acessível para a turma.

Faça aulas inclusivas


Por falar em acessibilidade, é muito importante criar um cronograma que tenha aulas mais inclusivas.
Você tem algum aluno com necessidades especiais na turma? É essencial desenvolver estratégias
para incluí-lo nas atividades, mostrando que a Educação Física pode ser uma disciplina para todos.

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Se esse não for o seu caso, não tem problema. Ainda é possível pensar em temáticas inclusivas para
as suas aulas. Assim, você conscientiza os alunos sobre a importância da acessibilidade e ainda
estimula a criatividade para descobrir novos jogos e brincadeiras.
Cada vez mais é comum encontrar empresas e projetos que trabalhem a inclusão e a acessibilidade
para todos. Por que não abordar isso em sala de aula? Essa pode ser uma boa oportunidade para os
alunos entenderem seus privilégios e as limitações enfrentadas por pessoas com deficiência.

Estrutura da aula de Educação física

Estrutura da aula de Educação física

1. Parte Inicial ou 2. Parte Principal 3. Parte Final ou


Preparatoria ou retorno
Fundamental À calma

Objectivos - Preparar o - Desenvolver e - Assegurar as


organismo para aperfeiçoar as condições que
enfrentar as tarefas habilidades motoras proporcionem o
da parte fundamental básicas especificas retorno a calma

Curva de esforço - Intensidade -Período de maior -Intensidade


Crescente intensidade Decrescente

Actividades -Formações e - Exercícios para - Exercícios de


alinhamentos desenvolvimento relaxamento
- Exercícios de das capacidades - Jogos sensoriais
ordem físicas gerais e - Jogos Rítimicos
- Exercícios de especificas - Formação e
activação Cardio- - exercícios de alinhamentos
pulmunar habilidades motoras -Análise conjunta, do
-Exercicios básicas e trabalho realizado
Segmentares especificas

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‘’Aquecimento’’  Ginástica -Informação sobre a
 Atletismo aula seguinte
 Andebol
 Basquetebol
 Voleibol
 Futebol
Distribuição do
tempo 10 min 25 min 5 min
45 Min

Obs: Os restantes 5 minutos são distribuídos ao longo da aula para aspectos


organizativos.

 Métodos de ensino usados em educação física

MÉTODO SINTÉTICO OU GLOBAL

O Método Global é um método de ensino do desporto que parte do todo para o específico, do jogo
para a técnica, ou seja, nesse método o aluno aprende a jogar, jogando, em situações reais de jogo
ou simuladas. O professor deve estar sempre observando, orientado, dando feedback para aprimorar
a aprendizagem.
VANTAGENS DO MÉTODO GLOBAL
 Os alunos ficam mais motivados pois estão sempre jogando
 Técnicas e Táticas podem ser aprendidas juntas
 Estimula o desenvolvimento técnico criativo
DESVANTAGENS DO MÉTODO GLOBAL
 A evolução Técnica do aluno pode ser mais lenta
 Não permite trabalho individualizado para superação de deficiências técnicas
 Dificulta trabalhar objetivos técnicos específicos

MÉTODO PARCIAL OU ANÁLITICO


O Método Parcial de Ensino do Desporto é método de ensino do desporto em “partes”, diferente do
método Global a metodologia Parcial de ensino dos Desportos tem foco no aprendizado das técnicas,
em sérias de repetições de exercícios voltados para aprendizagem de técnicas esportivas.
VANTAGENS DO MÉTODO PARCIAL OU ANÁLITICO
 Aprendizagem detalhada dos fundamentos técnicos do Desporto
 Correção de deficiências técnicas são mais precisas
 Treinamento pode ser individualizados para superar as deficiências técnicas de cada aluno
DESVANTAGENS DO MÉTODO PARCIAL OU ANÁLITICO

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 Pode ser desmotivante pela ausência da prática do jogo em si
 Limita o desenvolvimento da criatividade
 Não permite o trabalho tático por ser uma ação técnica isolada

MÉTODO MISTO DE ENSINO


O Método Misto é método de ensino de educação física que mistura o Método Global e Parcial, ou
seja, o professor usará os dois métodos para desenvolver a aprendizagem desportiva
A principal vantagem da utilização do Método Misto de ensino desportiva é eliminar as desvantagens
que os métodos envolvidos possuem, ou seja, proporciona aos alunos uma aprendizagem específica
e global dos desportos.

Metodo ‘’ Situação de problema ou resolução de problemas’’


Este método consiste em apresentar aos alunos um problema físico-psiquico para que o tentem
resolver. Geralmente apresenta-se uma situação incompleta, dando-lhes oportunidade de descobrir
ou criar algo novo para completar a situação, fomentando as suas capacidades criativas. O problema
apresentado deve ser resolúvel por mais de uma via.
Ao apresentar o problema, o professor não deve emitir sugestões, elogios, ou reprovações; deve dar
tempo aos alunos para pensarem criativamente, mesmo que nem sempre obtenham os melhores
resultados. Se aluno pede ajuda o professor presta-a já que essa também é sua missão.
As principais vantagem deste método são:
 Estimular a espontaneidade e a criatividade dos alunos;
 Os alunos descobrem por si só, os movimentos básicos;
 Cada aluno trabalha mediante as suas capacidades e ritimo;
 O aluno pensa, intervem activamente, decidindo o que fazer, como e porquê.
As suas principais desvantagem são:
 Aprendizagem lenta;
 Diminui a actividade, tanto em volume, como em intensidade
 Pode induzir ás interpretações técnicas por parte do aluno

Metodo Directo ou de Comando Directo


Este método é o mais usado em ginástica. Realça a personalidade e o protagonismo do professor, em
detrimento da participação activa dos alunos.
Este método divide-se em quatro fases: 1ª fase – voz explicativa; 2ª fase- voz prevetiva ( chamada de
atenção); 3ª fase – voz executiva ( Comando do inicio do exercício ) 4º fase- correção de faltas

1º fase - Voz explicativa


Mediante a voz explicativa, o professor anuncia o exercício. O comando deve ser feito em voz alta,
clara precisa e sem perca de tempo. Se o exercício é conhecido pelos alunos, passa-sse de imediato
a voz seguinte, a preventiva, se os alunos não o conhecem faz a sua demonstração de forma breve e
com rigor técnico, daí a importância professor ser um bom executante.

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Se o professor não consegue executar uma boa demonstração, pede a um aluno que esteja mais
adiantado e em quem tenha confiança técnica, ou faz uma explicação clara ao ponto de os alunos
poderem visualizar o exercício

EXPRESSÃO MOTORA

PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Como se sabe, os períodos críticos das qualidades físicas e das aprendizagens psicomotoras
fundamentais situam-se até ao final do 1.o Ciclo. A falta de actividade apropriada traduz-se em
carências frequentemente irremediáveis.
Por outro lado, o desenvolvimento físico da criança atinge estádios qualitativos que precedem o
desenvolvimento cognitivo e social. Assim, a actividade física educativa oferece aos alunos
experiências concretas, necessárias às abstracções e operações cognitivas inscritas nos Programas
doutras Áreas, preparando os alunos para a sua abordagem ou aplicação. Estas evidências justificam
a importância crucial desta Área, no Ensino Primário, como componente inalienável da Educação.
O conteúdo deste Programa assegura, também, condições favoráveis ao desenvolvimento social da
criança, principalmente pelas situações de interacção com os companheiros, inerentes às actividades
(matérias) próprias da E. F. e aos respectivos processos de aprendizagem.
Além disso, a realização deste programa proporciona um contraste com a sala de aula que pode
favorecer a adaptação da criança ao contexto escolar.

Nesse contraste, restabelece-se o equilíbrio das experiências escolares, aproximando-as do ritmo e


estilo da actividade própria da infância, tornando a escola e o ensino mais apetecíveis.
Do ponto de vista das necessidades de desenvolvimento multilateral das crianças, a principal
exigência que o currículo real dos alunos deve satisfazer é a continuidade e a regularidade de
actividade física adequada, pedagogicamente orientada pelo seu professor. O Programa desenha um
«continuum» de desenvolvimento pessoal, através das experiências (actividade do aluno) que estão
indicadas pelos seus efeitos desejáveis (objectivos).
Estes efeitos ou benefícios desta Área estão explicitados sinteticamente em capacidades gerais,
visadas no conjunto dos quatro anos (objectivos gerais da E. E. F. M.), coerentes com as finalidades
da E. F. de todo o ensino básico.
Essas capacidades encontram-se especificadas a seguir, em objectivos mais concretos, «situados»
num (ou vários) anos de curso, expressando, em ermos de habilidades, as competências das crianças
(nas matérias seleccionadas), características daquelas capacidades.
Assim, os professores encontram neste Programa as principais competências psicomotoras, nas
matérias de cada uma das sete áreas da E. E. F. M., numa progressão harmoniosa e flexível, da 1ª a
4ª Classe. Estas competências são acessíveis a todas as crianças e admitem diferentes
modos (ou qualidades) de execução e aperfeiçoamento. Ao seleccionar e organizar as actividades da
turma para promover esses efeitos (o currículo real), o Professor deverá considerar as aptidões dos
alunos, os seus interesses e as características da dinâmica social da turma, de acordo, evidentemente,
com os objectivos e também com os recursos atribuídos a cada escola para viabilizar esses objectivos.

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Algumas áreas específicas da E. E. F. M. surgem com características que convém esclarecer. Em
Deslocamentos e Equilíbrios e Perícias e Manipulações (1ª, e 2ª Classe) encontram-se competências
representativas das acções motoras fundamentais, cujo domínio permite à criança desta
idade estruturar a sua disponibilidade de adaptação aos principais tipos de actividade física. Esta
melhoria das qualidades perceptivomotoras não só culmina uma etapa do desenvolvimento da criança,
como constitui a base necessária, no momento oportuno, para aprendizagens mais complexas,
indicadas pelos objectivos dos anos seguintes. Certas áreas são especificadas com maior abertura do
que outras, quando os professores podem optar por uma variedade de alternativas para obter
efeitos idênticos (o caso da área de Jogos, particularmente nas 1ª e 2ª Classes) ou quando factores
subjectivos, como a expressividade, são essenciais (é o caso das Actividades Rítmicas Expressivas).
Nas situações (turmas ou escolas) em que essa actividade for possível, recomendamos que seja
considerada prioritária. Importa ainda esclarecer que a inclusão de uma área designada por Jogos
não significa que nela se pretende reduzir todas as situações de carácter ou «tonalidade» lúdica
(prova, exploração, experiência de superação).
Pelo contrário, o conjunto das experiências da criança na E. E. F. M. deve ter um carácter lúdico, numa
atitude e ambiente pedagógico de exploração e descoberta de novas possibilidades de ser e realizar(-
se). Neste entendimento, reconhecem-se na actividade lúdica das crianças
determinadas formas típicas da infância (ou introduzidas pelo professor, preparatórias das etapas
seguintes de desenvolvimento). Foram estas
«formas» que considerámos na área de Jogos. Interessava traçar um plano de «perspectiva» do
desenvolvimento das crianças, e foi isso que tentámos fazer num duplo sentido:

— Perspectiva de realização das potencialidades de adaptação oferecidas pela infância. Assim,


procurámos explicitar os modos de actuação correspondentes às prioridades gerais de
desenvolvimento multilateral e de estruturação do comportamento motor.

— Perspectiva de valorização pedagógica da expectativa das crianças de serem «já» capazes de


tarefas mais ousadas e aliciantes, próximas dos feitos que os mais velhos exibem, brincando e
descobrindo, nessas brincadeiras, novas capacidades e dificuldades a vencer.

Refletir sobre as práticas corporais significa buscar a superação de uma visão que vinculou, por muito
tempo, a Educação Física a uma perspectiva tecnicista voltada para o desenvolvimento de aptidões
físicas, o que priorizou, historicamente, na escola, a simples execução de exercícios físicos destituídos
de uma reflexão sobre o fazer corporal.

Ao analisarmos a constituição histórica da Cultura Corporal – fundamento dos estudos e do ensino da


Educação Física escolar – compreendemos que suas raízes estão na relação homem-natureza, na
ação humana de transformar a natureza para retirar dela sua subsistência. As primeiras ações
humanas sobre a natureza constituiriam as sociedades e seus diferentes modos de produção.
A relação homem-natureza possibilitou a constituição da materialidade corpórea humana.
Não nascemos pulando, saltando ou até mesmo manuseando objetos (ESCOBAR, 1995), mas fomos
nos adequando às necessidades que o meio impunha. Para uma criança que acaba de nascer é
impossível andar, pois sua constituição corporal não lhe permite realizar tal movimento.

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Esta mesma criança dará seus primeiros passos somente quando sua materialidade corpórea estiver
preparada, impulsionada pelas necessidades que o meio imprimir, seja para alcançar um objeto fora
do seu alcance ou para locomover-se até determinado local de seu interesse.
No trabalho pedagógico, o ensino da constituição histórica da materialidade corporal está organizado
pelos fundamentos teóricos da Cultura Corporal e pelos Conteúdos Estruturantes – Jogos, desportos,
Danças, Lutas e Ginástica – que, tradicionalmente, compõem os currículos
escolares da Educação Física e identificam a disciplina como campo do conhecimento.

Os Conteúdos Estruturantes possibilitam a abordagem pedagógica das diversas manifestações


corporais que foram se constituindo ao longo do desenvolvimento histórico da humanidade.
As discussões e as práticas fundamentadas na Cultura Corporal possibilitam a problematização de
questões importantes para o desenvolvimento crítico do aluno e a desnaturalização de alguns
conceitos como, por exemplo, o de que a competitividade individualista, dos tempos atuais, é inata ao
ser humano.
O ser humano é entendido, aqui, como social, histórico, inacabado e, portanto, em constante
transformação. Essa compreensão exige da Educação Física uma abordagem teórica que
contextualize as práticas corporais, relacionando-as aos interesses políticos, econômicos, sociais
e culturais que as constituíram. Na sociedade capitalista, as práticas corporais têm a função de
preparar o futuro trabalhador para o mercado de trabalho. Assim, a competição e superação de
dificuldades baseiam-se no princípio da individualidade. A organização coletiva e solidária é relegada
a um segundo plano.

A Cultura Corporal, como fundamento para o estudo e o ensino da Educação Física, possibilita
a análise crítica das mais diversas práticas corporais, não restringindo o conhecimento da disciplina
somente aos aspectos técnicos e táticos dos Conteúdos Estruturantes.

Os objetivos e significados da prática desportiva eram diferentes para cada classe social. Para a elite,
o desporte distraía seus filhos, que ocupavam o tempo somente com o estudo. Para a classe
trabalhadora, os chamados jogos populares estavam ligados às suas raízes culturais. A elite
considerava vulgar o desporto realizado pelos trabalhadores, por essa razão, impôs outra forma de
prática desportiva mais adequada aos costumes criados e valorizados pela elite.

DEBATE:

 Será que a atividade física como factor isolado pode promover a saúde?
 Ser magro é saudável? Devemos fazer uso de dietas e sacrificar nosso corpo em busca de um
corpo “sarado”?
 Qual é a sua opinião sobre aquelas pessoas chamadas de atletas de final de semana, que só
praticam
alguma forma de atividade física no final de semana, e que acabam ficando com o corpo todo
doído? Esse tipo de atividade traz algum beneficio? Por quê?

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Para termos saúde não basta apenas praticarmos algum tipo de atividade física regularmente, pois
saúde envolve, além do comprometimento pessoal, políticas públicas e medidas sociais que atendam
às reais necessidades dos indivíduos.
Algumas medidas sociais adotadas em vários programas de políticas públicas tendem a transferir a
responsabilidade da saúde pública para os indivíduos.

OBJECTIVOS GERAIS DO ENSINO DA EXPRESSÃO MOTORA


1. Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas:
• Resistência Geral;
• Velocidade de Reacção simples e complexa de Execução de acções
motoras básicas, e de Deslocamento;
• Flexibilidade;
• Controlo de postura;
• Equilíbrio dinâmico em situações de «voo», de aceleração e de apoio
instável e/ou limitado;
• Controlo da orientação espacial;
• Ritmo;
• Agilidade.
2. Cooperar com os companheiros nos jogos e exercícios, compreendendo e
aplicando as regras combinadas na turma, bem como os princípios de
cordialidade e respeito na relação com os colegas e o professor.
3. Participar, com empenho, no aperfeiçoamento da sua habilidade nos
diferentes tipos de actividades, procurando realizar as acções adequadas
com correcção e oportunidade.

OBJECTIVOS POR BLOCO


4. Realizar acções motoras básicas com aparelhos portáteis, segundo uma
estrutura rítmica, encadeamento ou combinação de movimentos,
conjugando as qualidades da acção própria ao efeito pretendido de
movimentação do aparelho.
5. Realizar acções motoras básicas de deslocamento, no solo e em
aparelhos, segundo uma estrutura rítmica, encadeamento, ou combinação
de movimentos, coordenando a sua acção para aproveitar as qualidades
motoras possibilitadas pela situação.
6. Realizar habilidades gímnicas básicas em esquemas ou sequências no
solo e em aparelhos, encadeando e ou combinando as acções com fluidez
e harmonia de movimentos.
7. Participar em jogos ajustando a iniciativa própria e as qualidades motoras
na prestação às possibilidades oferecidas pela situação de jogo e ao seu
objectivo, realizando habilidades básicas e acções técnico-tácticas
fundamentais, com oportunidade e correcção de movimentos.
8. Patinar com equilíbrio e segurança, ajustando as suas acções para orientar
o seu deslocamento com intencionalidade e oportunidade na realização de

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percursos variados.
9. Combinar deslocamentos, movimentos não locomotores e equilíbrios
adequados à expressão de motivos ou temas combinados com os colegas
e professor, de acordo com a estrutura rítmica e melodia de composições
musicais.
10. Escolher e realizar habilidades apropriadas em percursos na natureza, de
acordo com as características do terreno e os sinais de orientação,
colaborando com os colegas e respeitando as regras de segurança e
preservação do ambiente.

BLOCO 1 — PERÍCIA E MANIPULAÇÃO


• Realizar acções motoras básicas com aparelhos portáteis, segundo uma
estrutura rítmica, encadeamento ou combinação de movimentos,
conjugando as qualidades da acção própria ao efeito pretendido de
movimentação do aparelho.
1.o ANO
1. Em concurso individual:
1.1. LANÇAR uma bola em precisão a um alvo fixo, por baixo e por cima,
com cada uma e ambas as mãos.
1.2. RECEBER a bola com as duas mãos, após lançamento à parede,
evitando que caia ou toque outra parte do corpo.
1.3. RODAR o arco no solo, segundo o eixo vertical, saltando para dentro
dele antes que finalize a sua rotação.
1.4. Manter uma bola de espuma no ar, de forma controlada, com TOQUES
DE RAQUETE, com e sem ressalto da bola no chão.
1.5. DRIBLAR com cada uma das mãos, em deslocamento, controlando a
bola para manter a direcção desejada.
1.o e 2.o ANOS
2. Em concurso individual:
2.1. LANÇAR uma bola em distância com a «mão melhor» (a mão mais
forte) e com as duas mãos, para além de uma marca.
2.2. LANÇAR para cima (no plano vertical) uma bola (grande) e RECEBÊ-LA
com as duas mãos acima da cabeça (o mais alto possível) e perto do
solo (o mais baixo possível).
2.3. ROLAR a bola, nos membros superiores e nos membros inferiores
(deitado) unidos e em extensão, controlando o seu movimento pelo
ajustamento dos segmentos corporais.
2.4. PONTAPEAR a bola em precisão a um alvo, com um e outro pé, dando
continuidade ao movimento da perna e mantendo o equilíbrio.

2.5. PONTAPEAR a bola em distância, para além de uma zona/marca, com


um e outro pé, dando continuidade ao movimento da perna e
mantendo o equilíbrio.
2.6. Fazer TOQUES DE SUSTENTAÇÃO de um «balão», com os membros
superiores e a cabeça, posicionando-se no ponto de queda da bola.
3. Em concurso a pares:
3.1. CABECEAR um «balão» (lançado por um companheiro a «pingar»),
posicionando-se num ponto de queda da bola, para a agarrar a seguir
com o mínimo de deslocamento.

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3.2. PASSAR a bola a um companheiro com as duas mãos (passe «picado»,
a «pingar» ou de «peito»), consoante a sua posição e ou deslocamento.
RECEBER a bola com as duas mãos, parado e em deslocamento.
4. Em concurso individual ou estafeta, ROLAR O ARCO com pequenos «toques»
à esquerda e à direita, controlando-o na trajectória pretendida.
2.o ANO
5. Em concurso individual:
5.1. LANÇAR uma bola em precisão a um alvo móvel, por baixo e por cima,
com cada uma e ambas as mãos.
5.2. IMPULSIONAR uma bola de espuma para a frente e para cima,
posicionando-a para a «BATER» com a outra mão acima do plano da
cabeça, numa direcção determinada.
5.3. Fazer TOQUES DE SUSTENTAÇÃO de uma bola de espuma com uma e
outra das faces de uma raquete, a alturas variadas, com e sem ressalto
da bola no chão, parado e em deslocamento.
5.4. SALTAR à corda no lugar e em progressão, com coordenação global e
fluidez de movimentos.
5.5. LANÇAR o arco na vertical e RECEBÊ-LO, com as duas mãos.
5.6. PASSAR por dentro de um arco e rolar no chão, sem o derrubar.
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6. Em concurso individual ou estafeta:
6.1. DRIBLAR «alto e baixo», com a mão esquerda e direita, em
deslocamento, sem perder o controlo da bola.
6.2. CONDUZIR a bola dentro dos limites duma zona definida, mantendo-a
próximo dos pés.
7. Em concurso a pares:
7.1. RECEBER a bola, controlando-a com o pé direito ou esquerdo, e
PASSÁ-LA, colocando-a ao alcance do companheiro.
7.2. Fazer TOQUES DE SUSTENTAÇÃO para o companheiro, com as mãos,
antebraços e ou cabeça, posicionando-se no ponto de queda da bola,
para a devolver.

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Referências:

Cech, Donna J.; Martin, Suzanne Tink. Motor Development. In: Cech, D. J. and Tink, S.
(eds.), Functional Movement Development Across the Life Span-E-Book. Elsevier Health Sciences, p:
45-67. 2011.

Gallahue, D. L.; Ozmun C. J. Compreendendo o Desenvolvimento Motor: bebês, crianças,


adolescentes e adultos. 3 ed. São Paulo: Phorte Editora, 2003.

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