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1.1 SÍNTESE.
No século XX, Arthur Higgins foi um dos mais importantes professores da Educação Física
do então Distrito Federal. Ao passar os anos, a Educação Física saiu de um quase empirismo
pedagógico e passou a merecer um espaço no sistema mais amplo da educação. Em fins do
século XIX, na Europa introduziu nas escolas a prática de exercício físico, e junto a ele os
benefícios à saúde.
Talvez o território mais fértil para as inadequações foi o escolar. E o professor de educação
física passou a assumir o papal de educador físico, e não atendendo mais as prioridades do
homem total. Historicamente ficou identificado com hábitos militares, assim organizando
treinamentos de ordem unida para desfiles e comemorações cívicas. Antes de mais nada se
tornou disciplinador. E se reflete a esse procedimento a detestar o exercício físico. Voltaram a
fazer o exercício físico por indicações médicas, que não se referem à atividade física.
Hoje estão redescobrindo o valor do exercício. Ligarem públicos e abertos se tornaram um
espaço comum para se exercitar. Os estímulos seriam de escolas e academias que estariam a
um processo definitivo de conscientização da educação física, e com ajuda da indústria de
materiais esportivos.
No início de 1970 a grande imprensa divulgava a corrida, que talvez fosse o exemplo
ilustrativo do furor ginástico que tomou conta da grande parcela da população capaz de
atender a estes apelos. Após o futebol braseiro ganhar no México, transformou-se para
muitos, em verdadeira religião. Seguindo matematicamente as tabelas que os levariam a uma
formidável condição atlética, mas não observaram o item mais importante: o rendimento
interno. Sem se dar conta se existiam limitações no rendimento cardíaco, acima dos quais
riscos.
A especialização prematura e a prática exacerbada dos esportes tendem a sacrificar os mais
fracos em nome de uma elitização esportiva ideologicamente justificada. Esvazia-se, dessa
forma, a utopia humanista que considera o esporte capaz de colaborar para uma sociedade
melhor e um homem mais humano.
2.1 SÍNTESE.
Pretende mostrar ou, pelo menos, tentar mostrar o que o educação física se depara,
inicialmente, com um problema. Um passeio histórico irá melhorar a compreensão dos seus
vários aspectos, demonstrando a interação da educação física com diversas manifestações de
cultura humana. Passeio mostrará o caminho de onde encontramos elementos que satisfaçam
a nossa pretensão. Se tal não encontrar, fique com um ponto de dúvidas. Já será um bom
começo.
3.1 SÍNTESE.
A atividade física vem sendo aperfeiçoada a cada século que vai passando, começando a
predominar no período pré-histórico. Eles dependiam do movimento, do ato físico, para cada
vez ficarem melhor na sua atividade de caça, pesca e até mesmo para uma caminhada de um
acampamento ao outro. A sua situação nomadismo e seminomadismo, o homem dependia de
sua força, velocidade e resistência para sobreviver. Suas constantes migrações em busca de
moradia faziam com que ele se desgastasse por realizar longas caminhadas, onde ele enfrenta
batalhas, corria, saltava e nadava em busca de seu próximo território.
Por ser um dos únicos a possuir o polegar, desenvolveu a preensão, por oposição daquele
dedo aos demais, sendo capaz de atirar objetos, onde isso facilitou ao aperfeiçoamento,
dentre seus principais objetos sendo o arco e flecha e lanças. Eles praticavam exercício físico
diariamente, sendo o estímulo deles para a caça e a pesca, era a base da sua economia.
Posteriormente, eles começaram um processo de sedentarização, quando começaram a usar
novas técnicas rudimentares, como a agricultura e a criação de animais como fonte principal
de renda. Foi necessário o aprimoramento das habilidades físicas para a otimização de gestos
e a construção de ferramentas que possibilitam maior sucesso e menor esforço nas práticas de
sobrevivência.
Logo após o homem se tornar sedentário, deu-se início às lutas pela posse de terras. Era fácil
deduzir o que acontecia com aqueles que eram sedentários, não tinham mais o mesmo fôlego
para lutas, onde então, eles acabavam sendo derrotados. Os agressores possuíam maior vigor
físico devido a sua atividade física mais intensa, os outros já plantavam e criavam, só
instalar-se nos seus novos territórios, agora, aproveitavam seus momentos de ócio num
treinamento visando ao sucesso diante de novos e possíveis ataques.
Uma das atividades físicas mais significativas para o homem antigo foi a dança. Utilizavam
para mostrar suas qualidades físicas e expressar os seus sentimentos, onde isso é carregado
até a nossa atualidade.
À medida que o homem entra num estágio definitivo de sedentarização, seu espaço ocioso
aumentava, levando ao surgimento de uma concepção esportiva para as atividades que, até
então, eram praticadas apenas por razões guerreiras, ritualísticas, etc... Foram sendo criadas
as atividades lúdicas levava ao aparecimento de uma hierarquia de valores ético-sociais, e
tanto os vencedores como os vencidos deveriam aceitar os resultados com esportividade.
Com tantas mudanças eles começaram a criar as suas civilizações e ter a sua própria
cultivada, onde a cada tempo que passava o número só aumentava. Sua cultura foi evoluindo
constantemente, dando início a um novo período da História, a Antiguidade Oriental. Os
exercícios físicos continuam merecendo seus destaques alcançando a pré-história, mas ainda
foi a época que deu a origem a uma educação física que pudesse ser denominada científica,
porém já era possível uma análise mais apurada das atividades físicas. Podemos arriscar uma
classificação em que identificámos finalidades de ordem guerreira, terapêutica, esportiva e
educacional, aparecendo sempre a religião como pano de fundo, como em todas as
realizações orientais.
Os chineses podem ter sido uns dos primeiros a racionalizar o movimento humano, criaram,
provavelmente, o mais antigo sistema de ginástica terapêutica que se tem notícia, o Kung-
Fu(a arte do homem), onde a pessoa executava os movimentos nas mais diversas posições,
obedecendo os critérios de respiração. Há que se ressaltar, ainda, aspecto religioso dessa
prática que, além de curar enfermidades do corpo, servia para torná-lo um “leal servidor da
alma”.
A China talvez seja a possuidora da mais antiga história do esporte, seguramente, foi a que
mais influenciou a educação física no Extremo Oriente. Os chineses foram hábeis caçadores,
lutadores, nadadores praticantes de esgrima, hipismo e de um esporte que até hoje chamamos
de futebol. É do poeta chinês Li-You, do início da era cristã, o trecho que mostra o conteúdo
ético-pedagógico dos jogos esportivos.
5.1 SÍNTESE.
Roma foi herdeira direta dos povos etruscos e gregos, notando-se que tiveram influência dos
etruscos no campo artístico é esportivo, já a maior influência foi dos gregos se adaptando às
singularidades dos romanos que usavam essa prática de forma mais utilitária e aplicando o
seu ideal coletivo que caracterizou o mundo romano.
Os romanos praticavam suas atividades físicas no gigantesco campo de Marte, onde os
romanos se reuniam para um treinamento capaz de deixá-los aptos para cumprir seus ideais
expansionistas e compromisso cívico. “Doce e belo e morrer pela pátria”, disse Horácio.
Sabemos que era praticado equitação, corridas de velocidade e resistência, natação, pugilato,
luta, arco e flecha, esgrima, entre outras práticas.
O esporte grego tinha atividades chamadas de “ludos” as quais não implicava
necessariamente em ter uma competitividade, e tinha o espírito humanista da educação grega,
completamente diferente dos romanos que levavam o esporte como uma competição e tinham
atletas profissionais eles, que nem de longe podem ser comparados aos seus colegas gregos,
tanto em quesito ético como estético. A ginástica perdeu o sentido belo e artístico, agora teria
um cenário muito mais sério com ginásios, palestras e estádios, muito diferente do grego com
seus circos e anfiteatros.
A história da educação física em Roma é contada por suas instalações esportivas, onde eram
realizados festivais religiosos "ludi ``, o mais antigo palco foi o circo Máximo, concebido
para realizar corridas de bigas muito apreciada pelos romanos além de corridas a pé, lutas e
eventos religiosos. Já o mais famoso foi o coliseu, que abrigava mais de cem mil pessoas. Os
circos e anfiteatros já representavam a decadência do império da civilização romana, essas
instalações viraram palco de sacrifícios humanos e lutas de gladiadores, contexto já este da
política pão e circo.
Os romanos, por influência grega, edificaram seus estádios que foram principal palco dos
jogos olímpicos que não tiveram a mesma grandeza sem o espírito esportivo dos gregos.
Assim como os jogos helênicos quando os romanos copiaram um modelo já decadente dos
mesmos.
5.2 ENSAIO AUTO REFLEXIVO/ CRÍTICA.
7.1 SÍNTESE.
O Renascimento foi um movimento intelectual, estético e social que representou a decadência
da estrutura feudal do início do século XIV. Representou uma nova concepção do mundo e do
homem, havendo um redescobrimento da individualidade, do espírito crítico e da liberdade
do homem. A uma grande transformação na cultura, economia, religião, política e com
grande impacto nas artes, filosofia e ciência. A educação física passa a fazer parte do
currículo escolar e volta a ser assunto dos intelectuais.
Livre das amarras do autoritarismo, o movimento renascentista foi rico em tratados
pedagógicos, agora aplicada, uma pedagogia liberal. Apesar da descoberta da imprensa, essa
educação ainda é para minorias, desfrutada apenas pela burguesia. Voltada para o ensino
superior, foi cultivada principalmente nas cortes. O salto a corrida, natação, equitação, o jogo
da pelota a dança e a pesca passam a constituir o currículo básico educacional da elite com
ideal da educação cristã
A partir daí muitos filósofos passaram a falar sobre a importância educacional dos exercícios
físicos, Da Vinci escreveu Estudo dos movimentos dos músculos e articulações, Rabelais
defende práticas naturais para a educação, jogos e adeptos e Montaigne importância da
atividade física para um corpo saudável, Francis Bacon desenvolvimento físico por aspecto
filosófico.
Todos precursores de nova tendência que virá a dar base para a inclusão dos esportes,
ginástica e jogos nas escolas e fundamentos para educação física escolar.
Entre os pensadores que, numa fase pós-renascentista, influenciaram a Educação tradicional e
da educação física, Locke e a Rousseau são os principais cujas influências acompanham o
pensamento educacional até a atualidade.
Locke foi o representante de uma teoria que formulava um conceito disciplinar de educação.
Em contrapartida, Rousseau de uma tendência naturalista para o terreno pedagógico. Para
Locke, a educação utilizaria a repressão e a disciplina das tendências naturais, tendo como
objetivo principal a formação do
caráter. Rousseau, entretanto, não acreditava que a educação tivesse como objetivo principal
instruir, reprimir ou modelar o ser humano. Ambos deram destaque à Educação Física como
parte da Educação. Locke dispensa-lhe uma orientação médica, aconselhando que as crianças
sejam sujeitas a um regime de vida bastante rigoroso, condição essencial para a manutenção
da saúde. Rousseau, assim como Locke, dedica especial atenção aos exercícios físicos para as
crianças.
A Idade Moderna continuou o seu caminho, trilhado ao longo dos 200 anos que separaram o
Renascimento dos tempos contemporâneos. É no século XVIII onde podemos encontrar os
reais precursores de uma Educação Física que iria se firmar no horizonte pedagógico do
século seguinte.
8.1 SÍNTESE.
Vários fatores foram determinantes para o renascimento físico que ocorreu na idade
contemporânea entre eles: o crescimento das cidades diminuíram os espaços livres para a
prática de exercícios, a especialização profissional e as máquinas fizeram com que as pessoas
ficassem por horas numa mesma posição contribuindo significativamente para problemas
posturais enquanto os jovens aumentaram suas horas de estudos resultando os mesmos
problemas para os jovens (OLIVEIRA, 2017).
Segundo Oliveira (2017), durante o século XIX destacaram-se 4 correntes importantes para o
renascimento da educação física. A corrente alemã, ia ao encontro das necessidades do povo.
O importante era formar o forte. "Viver quem pode viver" era o lema.
Na corrente nórdica, principalmente na Dinamarca foi criado (1804) um instituto militar de
ginástica, o mais antigo estabelecimento especializado do mundo. Quatro anos após,
inaugurou-se um instituto civil de ginástica, também para formação de professores de
Educação Física (OLIVEIRA, 2017).
A corrente francesa foi da maior importância, pois dela chegaram os primeiros estímulos que
vieram a constituir os alicerces da Educação Física brasileira. Em 1819 foi fundado o
primeiro instituto de ginástica para o Exército e para as escolas civis. O que caracterizava a
ginástica francesa era o seu marcante espírito militar e uma preocupação básica com o
desenvolvimento da força muscular (OLIVEIRA, 2017).
É importante assinalar, em virtude da influência que exerceu sobre a Educação Física
brasileira, a criação do instituto de ginástica do Exército francês, em 1852, na Escola de
Joinville-le Pont (OLIVEIRA, 2017, p. 20).
A corrente inglesa é a única das quatro, nesse período, com uma orientação não-ginástica. A
Escola Inglesa incorporou, no âmbito escolar, o esporte com uma conotação verdadeiramente
educativa, haja vista a importância que era dada ao fair-play (OLIVEIRA, 2017).
Fora da esfera escolar, a importância creditada ao esporte atingiu a sua culminância na
Inglaterra, de onde se difundiu inicialmente para a Europa e, depois, para a América
(OLIVEIRA, 2017, p. 20).
9.1 SÍNTESE.
A análise evolutiva da Educação Física ao longo do século XX começa com uma personagem
considerada como a figura mais representativa do cenário esportivo contemporâneo.
Pierre de Fredy, barão de Coubertin, era um francês que tinha formação em filosofia, além de
se interessar por música, poesia, literatura, história e, é claro, pela prática esportiva.
Em nome dos trabalhadores e da juventude forjou o humanismo da sua obra, sendo, porém,
no âmbito esportivo que ficou historicamente dimensionado.
Após introduzir o esporte no sistema educacional francês, parte para a sua grande missão,
está a nível internacional: restaurar os Jogos Olímpicos.
Depois de conseguir a adesão de diversos países à causa olímpica, convoca um Congresso
internacional, na Universidade de Sorbonne, que definiria os princípios do amadorismo e o
ano oficial (1896) do renascimento dos Jogos.
Apesar de muitas de suas atividades revelarem um elevado sentimento patriótico -
exacerbado pela derrota francesa na guerra com a Prússia - não se pode considerar Coubertin
o líder de nenhuma das correntes, nem mesmo a francesa, em virtude do caráter universalista
das suas ideias.
Os ideais do fundador do olimpismo contemporâneo são ilustrados na doutrina olímpica: "O
importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas tomar parte; o importante na vida não é
triunfar, mas esforçar-se; o essencial não é haver conquistado, mas haver lutado". Pierre de
Coubertin faleceu na Suíça, onde foi enterrado, mas o seu coração - conforme o seu desejo -
foi levado para Olímpia, na Grécia, onde jaz sob uma coluna de mármore.