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PROJETO MULTIDISCIPLINAR

Introdução à Educação Física

JOÃO MARCOS DE SOUZA ARAUJO


Curso do Centro Universitário ETEP
em Convênio Interinstitucional com a Faculdade UniBF

Curso: Educação Física (Bacharelado)

Data de início no curso: 05/05/2023


Data de envio do trabalho: 04/07/2023

RESUMO

Educação Física ao longo dos tempos, vimos sua importância para cada período da
História, entendemos porque os gregos a valorizavam tanto, refletimos sobre a sua
negação durante a Idade Média e o seu ressurgimento a partir do Renascimento. Após o
movimento higienista que marcou o início da educação física escolar no Brasil, começou a
erguer-se o chamado militarismo. Nessa época, se passou a ter como objetivo escolar a
formação de sujeitos capazes de suportar o combate e a luta para atuarem na
guerra. Surge a partir daí a busca por indivíduos fisicamente perfeitos, de forma que
Paulo. Em 1922, surge a Escola do Centro Militar de Educação Física do Rio de Janeiro
e, a partir daí, passou-se a contratar militares para serem instrutores de ginástica nas
escolas.
A partir da década de 1930, a educação no Brasil passa por mudanças
abruptas, estimuladas pelas Revoluções de 1930 e 1932, pela promulgação da nova
Constituição Federal de 1934, pelo fim da República Velha e pelo início do período que
ficou conhecido como Estado Novo. No ano de 1937, o governo de Getúlio Vargas se fez
referência para a mudança no desenvolvimento da educação física.
Por fim, a educação física ainda é representada socialmente como uma profissão em
ascensão.
1 INTRODUÇÃO

Na antiguidade, o cotidiano do homem resumia-se praticamente a resolver duas


questões: atacar e defender. Usando o corpo para resolver muitos dos problemas que
enfrentava ao longo do dia, o homem realizava espontaneamente uma série de
movimentos inerentes à sua condição humana. A capacidade de realizar tarefas úteis,
aprendidas no convívio diário com os adultos, era necessária para garantir a
sobrevivência no ambiente inóspito em que as pessoas viviam.

A dança, entre outras formas de expressão corporal, tornou-se uma manifestação mística
de gratidão aos fenômenos naturais. Competir em jogos com regras que eventualmente
continham alguma estrutura fazia parte da rotina do homem da Idade da Pedra. No
prelúdio da civilização grega, a educação física era quase exclusivamente utilitária.
A Grécia ainda viu nascer as obras de Sócrates, Aristóteles e muitos outros filósofos que
atestavam o valor da educação física entre os gregos. Para Sócrates, mestre de Platão,
depois da música, era a ginástica que deveria educar os jovens. Em Atenas, a educação
do corpo era considerada de suma importância para a eficiência educacional.

Paidéia era o ensino do corpo e da mente para os gregos. Nesse sistema, devem ser
desenvolvidos estudos em todas as áreas do conhecimento. Esse entendimento se
estendia a todos, sendo semelhante para homens e mulheres. A Grécia antiga exigia que
todo grego fosse um competidor, devido ao seu alto espírito combativo. Os Jogos
Olímpicos foram abolidos após o declínio do espírito grego.
Na época do império, as práticas anteriores foram mantidas até certo momento, mais
tarde, tais práticas deram lugar aos espetáculos circenses. Nesse período, também eram
comuns as corridas de brigas e os exercícios de salto com touro. Nas lutas de
gladiadores o público era tão delirante quanto quem hoje assiste a algumas partidas de
futebol. O processo evolutivo que o corpo humano sofreu através dos tempos, trouxe
como resultado, em sua anatomia, um refinamento para os gestos motores em
comparação aos nossos ancestrais. Demonstrando que essas transformações traziam
vantagens, pois qualidades como a agilidade, destreza e força, entre outras, traziam aos
indivíduos privilégios em relação aos outros animais ou aos outros indivíduos menos
preparados dentro do próprio grupo. Podemos mencionar o polegar humano como
exemplo de desenvolvimento que possibilitou um avanço sobre outras espécies. A
sociedade grega antiga viveu um momento em que a atividade física era considerada
muito importante e estava diretamente ligada à intelectualidade e à espiritualidade em
forma de filosofia de vida e, até mesmo, relacionada com a mitologia da época.
Os gregos antigos pensavam que um corpo de aparência atlética era bem aceito
visualmente e demonstrava habilidades tais como a vitalidade, destreza, saúde e, é
claro, força. A atividade física era tão relevante na Grécia Antiga que os exercícios físicos
faziam parte da Academia de Platão, a primeira escola de filosofia do mundo ocidental.

EDUCAÇÃO FISICA DA ANTUIGIDADE A ATUALIDADE

Poucos estudos abordam as atividades físicas/exercícios físicos neste período. Seu estudo


depende da análise de documentos não-escritos, como restos de
armas, utensílios, pinturas, desenhos. O estudo do bipedismo pode ser um exemplo muito
rico para a compreensão desta importância. Talvez, a postura bípede seja a característica
mais importante do ser humano e, particularmente, para o estudo das atividades
físicas/exercícios.
Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar
para sobreviver. Para alguns autores, o andar bípede seria a real causa do
desenvolvimento das demais características humanas. Esta particularidade humana teria
permitido ao ser humano liberar as mãos para realizar outras tarefas, como construir e
manipular.
O libertar das mãos permitiu o manuseamento de objetos, que com o tempo aperfeiçoou e
deu origem ao crescimento do cérebro. Este aumento fez crescer a inteligência e a
memória terá permitido a aprendizagem de ações manipulativas complexas e a criação e
produção da linguagem a estruturação social foi sendo cada vez mais
complexa, acompanhando um modo de vida em evolução. Assim, o Homem conquistou a
Terra, tornando-se não Ser mais inteligente que conhecemos. Essa argumentação já seria
suficiente para mostrar a importância do estudo da pré-história para a Educação
Física, pois a capacidade de caminhar, correr, manipular objetos são habilidades
Porém, outras consequências desta evolução também revelam contribuições para a
reflexão na área de Educação Física e esportes. Como exemplo, é interessante
observar, conforme nos mostra Silva, que o futebol exige habilidades específicas dos
membros inferiores, exigindo dos pés o que teria sido reservado às mãos no processo
evolutivo. Porém, esta afirmação fica no plano superficial, pois foi justamente esta
evolução que permitiu ao Homem criar o Futebol e ter capacidade para o interpretar, para
o jogar. Uma pesquisa desenvolvida pelo antropólogo Sockol e publicada no periódico
«Proceedings of the Natural Academy of Sciences», sugere que o ser humano passou
Uma evolução biológica e/ou cognitiva pode ter facilitado um salto cognitivo e/ou biológico
que, por sua vez, possibilitou o aprimoramento biológico e/ou cognitivo, de forma contínua
e ininterrupta. O aperfeiçoamento das ferramentas, a adoção da caça organizada e as
práticas de reunião, o início da verdadeira organização familiar, a descoberta do fogo e, o
mais importante, embora seja ainda muito difícil identificá-la em detalhe, o apoio cada vez
maior sobre os sistemas de símbolos significantes para a orientação, a comunicação e o
autocontrole, tudo isso criou para o homem um novo ambiente ao qual ele foi obrigado a
adaptar-se. Algumas explicações sobre a origem do bipedismo podem exemplificar e
esclarecer este argumento. A necessidade de vigiar os arredores levou a um
comportamento de sentinela, ou seja, a postura ereta facilitaria reconhecer predadores e
presas.

No que se refere à adaptação social, o autor supracitado explica que a postura bípede
estaria ligada à intimidação do inimigo, do próprio grupo ou de grupos externos mais
fortes. O processo de evolução no Homem não pode ser unicamente visto como
À medida que a cultura, num passo a passo infinitesimal, acumulou-se e se
desenvolveu, foi concedida uma vantagem seletiva àqueles indivíduos da população mais
capazes de levar vantagem – o caçador mais capaz, o colhedor mais persistente, o melhor
ferramenteiro, o líder de mais recursos – até o que havia sido o Australopiteco proto-
humano, de cérebro pequeno, tornou-se o Homo sapiens, de cérebro grande, totalmente
humano. Submetendo-se ao governo de programas simbolicamente mediados para a
produção de artefatos, organizando a vida social ou expressando emoções, o homem
determinou, embora inconscientemente, os estágios culminantes do seu próprio destino
biológico. A partir de um olhar mais específico, é possível analisar que a característica
bípede , permitiu ao ser humano, durante seu processo de evolução, a possibilidade de
uma variedade de deslocamentos, entre eles a corrida, a prática de muitas modalidades
esportivas e exercícios físicos. 
Uma pesquisa realizada por Bramble e Lieberman , defende que a capacidade do ser
humano correr longas distâncias é responsável por sua postura bípede. Diferente de
outros animais, o ser humano não é um bom corredor de velocidade , mas ótimo corredor
de fundo, como a maratona. A necessidade em disputar a comida com outros animais, nas
savanas africanas, percorrendo longas distâncias, levou o ser humano à postura bípede. A
evidência fóssil indica que a corrida de resistência é a capacidade decorrida do gênero
Homo, aproximadamente dois milhões de anos atrás, e pode ter sido fundamental na
Atualmente, a corrida de longa duração é uma das principais formas de exercício e
lazer, mas as suas raízes podem ser tão antigas quanto a origem do gênero
humano . Portanto, a postura bípede, é defendida por vários autores, como a principal
característica que permitiu o ser humano continuar seu processo de evolução. Esta
perspectiva é um contraponto à idéia de outros autores que defendem a evolução do
cérebro como sendo o principal fator do desenvolvimento da espécie
humana. Porém, conforme argumentado acima, é mais coerente compreender que a
evolução humana é marcada pela constante interação entre os aspectos
biológicos, sociais e culturais.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Educação Física surgiu concomitantemente com o surgimento do homem sobre a


Terra. Quando o homem sentiu a necessidade de lutar, conquistar, fugir e caçar para
sobreviver começou também a procura pela melhoria de sua condição para executar
estas tarefas.
CONCLUSÃO

    É possível perceber que a Educação Física passou por profundas modificações,
consequências de todo o processo histórico e que, atualmente, ainda está em
mutação, sendo que este processo continuará ocorrendo com o passar dos anos. Em
tempos atrás, as mudanças ocorriam de forma mais lenta. Hoje em dia, com a
velocidade na transmissão de informações e com a facilidade ao acesso aos novos
estudos e publicações, acredita-se que as mudanças acontecerão de forma mais
rápida e mais abrangente.

    Todos os processos de evolução estão interligados à história do mundo. É


impossível separar história, sociedade e política dos movimentos proporcionados pela
classe defensora da Educação Física. Esses aspectos – história, sociedade, política e
os movimentos proporcionados pelos educadores físicos - sustentam e formam a base
do contexto atual da Educação Física Mundial.

    A evolução da história da Educação Física passou por várias fases; algumas
positivas e outras negativas. Estas fases construíram o conceito que a educação física
possui atualmente, ocupando a posição de destaque que a mesma possui na
sociedade. E as fases que virão, tornarão a prática da educação física, seja ela
escolar ou não, mais profissional e mais difundida, com objetivos cada vez mais
definidos e específicos, pois com a regulamentação da profissão em 1998, o acesso à
Educação Física está sendo defendida e proporcionada em escala maior para toda a
população, independente de classe social, idade, condição física, cor, religião, opção
sexual ou alguma deficiência física, motora ou mental.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 COSTA, M. G. Ginástica localizada. 2ª Ed., Rio de Janeiro. Ed. Sprint, 1998.


 DACOSTA, L. (org.) Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

 GODOY, Lauret. Os jogos olímpicos na Grécia antiga. São Paulo: Nova Alexandria,


1996.

 PEREIRA, M. M; MOULIN, A. F. V. Educação Física para o Profissional


Provisionado. Brasília: CREF7, 2006.

 RAMOS, Jair Jordão. Exercícios físicos na história a na arte. São Paulo: Ibrasa, 1983

 SILVA, N.P. Atletismo. 2ª Ed. São Paulo: Ed. Cia Brasil, 1998.

 STEINHILBER, J. Profissional de Educação Física Existe? Rio de Janeiro: Ed. Sprint:


1996.

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