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Já na metade do século, cerca de 1 milhão de cientistas apenas nos EUA, 1,5 milhões
na URSS e um grande foco também localizado na Europa, que aliás, perdeu no século XX o
protagonismo que detinha até então. Os governos passam a investir abertamente grande parte
de seus orçamentos em prol da tecnologia. Percebemos também a “fuga dos cérebros” de
países em desenvolvimento que perderam seus pesquisadores como consequência,
principalmente, da falta de investimento do país natal ou por questões envolvendo crises
políticas. Um fato que nos chama atenção é o da Guerra Fria entre Estados Unidos e União
Soviética, em que uma das maneiras encontradas pelas potências de competirem foi por meio
da ciência.
construir um corpo máquina, forte e dócil a serviço do pensamento da classe dominante, tendo
em vista o nascente capitalismo. Contribuindo, Freire (1991) ressalta que nesse período, as
aulas enfatizavam a reprodução mecânica dos movimentos (treinamento físico), destacando-se
o desenvolvimento das capacidades físicas. Esta prática revelou uma Educação Física
preocupada com a preparação, recuperação e manutenção da força de trabalho (atendimento à
ordem social, política e econômica da época).
Segundo Medina (1983), nas últimas duas décadas do século XX muitos pesquisadores
propuseram que a Educação Física passasse a se preocupar com o ser humano em movimento,
sendo este entendido como um fenômeno histórico e cultural. Para esses pesquisadores a
Educação Física deveria caracterizar-se como área de conhecimento e como tal preocupar-se
com a construção e o entendimento da motricidade humana. Trata-se do fazer e, além disso,
compreender o que está sendo feito para um saber ser do sujeito, pois que somos sujeitos
inacabados e complexos.
Desde movimento, surgiram diversas abordagens que propuseram novas práticas para
a Educação Física, dentre elas destacam-se as abordagens: Crítico-Superadora e Crítico-
emancipatória. De acordo com Freire (1992), com base nessas abordagens a ação docente na
disciplina de Educação Física deixaria de reproduzir uma ideologia vigente na classe
dominante, como foi durante quase todo o século XX. Assim, ao longo dos anos seguintes a
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO TECNOLÓGICO
esse movimento renovador e até os dias atuais, a Educação Física passou por constantes
transformações que a colocaram como componente curricular obrigatório e que deve tratar da
cultura corporal do movimento.
Referências