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GINÁSTICA

A Educação de um modo geral, tem se desenvolvido desde os tempos mais remotos,


ampliando-se sempre pela ação do homem ao meio.
O homem sempre trouxe em seu íntimo, não a ação com técnicas nem a perfeição, mas a seu
modo e jeito. O gesto, movimento e exercício levam a educação do corpo em sua totalidade, ser BIO-
PSICO-SOCIO-ESPIRITUAL. A educação física, dentro da concepção da EDUCAÇÃO ATUAL, já se
encontra definida como ciência da educação, cujos processos educativos se realizam através de suas
técnicas (ginástica, o jogo da dança, o desporto, que visam sobre tudo desenvolver, formar e preparar o
indivíduo desde infância, maturidade a velhice, a fim de torná-lo apto a enfrentar os problemas de ordem
biopsicosocial, espiritual, constantemente mutáveis).
O QUE SIGNIFICA:
I - GINÁSTICA:
Originada do grego - GYMNASTIKE significa a arte de exercitar-se com o corpo. É citada desde
os mais antigos historiadores, e por estes considerada elemento indispensável à educação dos jovens. A
ginástica foi considerada elemento indispensável à educação dos jovens. A ginástica foi preconizada por
Sócrates, que acreditava tratar-se da formação do corpo que dizia: "não é o corpo, por mais bem constituído
que seja, o que por sua virtude fez virtuosa a alma que, quando boa, dá ao corpo, por sua virtude toda a
perfeição de que é capaz". Aristóteles que admitiu ser a ginástica juntamente com a gramática, música e
desenho uma das 4 partes em que a educação era dividida.
Atualmente, a ginástica é denominada como: séries de exercícios analíticos ou sintéticos,
fundamentada em razão de ordem científica e princípios doutrinários, representados por sistemas de
ginásticas ou métodos de educação física.
II - MOVIMENTO
Podemos defini-lo como todo gesto voluntário e involuntário, que se caracteriza sobre tudo por
um deslocamento de um lugar para o outro de corpo, ou parte dele.
Suas características variam segundo a idade, sexo e formação corporal o movimento portanto
não é um simples processo psicomotor, é um gesto que funciona para totalizar o individuo, isto porque ele
não é um meio de formação e transformação morfológica ou funcional, é um meio como dissemos de
formação total.
Atualmente, existem disciplinas como a Biomecânica ou Cinesiologia que estuda os
movimentos em todos os aspectos.
Na praticidade desta modalidade, o movimento é o meio que utilizamos para alcançar, entre
outros, os objetivos de educar e formar professores. O estudo cuidadoso dos movimentos, leva-nos a
distribuí-los em dois grandes grupos:
2.1. MOVIMENTOS REFLEXOS: São ações que se realizam independente de vontade, em
resposta a alguns estímulos.
Exemplos: comportamentais: flexão, extensão, alongamentos posturais e etc.
2.2. MOVIMENTOS BÁSICOS FUNDAMENTAIS: São padrões inatos de movimentos que se
constituem de uma combinação de movimentos reflexos, são a base elos movimentos complexos. E estes
podem ser:
a) Movimentos Locomotores: incluem os comportamentos que transportam o educando de um
lugar para o outro.
b) Movimentos Axiais ou s/locomoção: caracterizam-se por serem movimentos em torno do
eixo do corpo que envolvem os membros e partes do tronco. Exemplo: puxar, empurrar, agachar, flexionar
para frente, para trás, etc.
c) Movimentos de manipulação e preensão: são executados predominantemente com mãos e
os dedos. São movimentos que envolvem agarrar apertando ou agarrar segurando e soltando objetos.
Exemplo: pintar, driblar a bola, construir blocos, escrever, manipular instrumentos e etc.
III. MODALIDADES DA GINÁSTICA

1. Ginástica Rítmica
Modalidade atualmente praticada somente por mulheres é um esporte bastante plástico, que se destaca
pela elegância e beleza dos movimentos.
História
A Ginástica Rítmica começou a ser praticada desde o final da Primeira Guerra Mundial, mas não possuía
regras especificas nem um nome determinado. Varias escolas inovavam os exercícios tradicionais da
Ginástica Artística, misturando-os com música. Em 1946, na Rússia, surge o termo “rítmica”, devido à
utilização da música e da dança durante a execução de movimentos. Em 1961, alguns paises do leste
Europeu organizam o primeiro campeonato internacional da modalidade. No ano seguinte, a Federação
Internacional de Ginástica (FIG) reconheceu a GRD com um esporte. A partir de 1963 começaram a ser
realizados os primeiros campeonatos mundiais promovidos pela FIG. A maior parte dos aparelhos utilizados
atualmente foram , introduzidos nesta competição, com a exceção da fira e das maças.

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Em 1984, a GRD foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional e introduzida nos Jogos Olímpicos
daquele ano. No entanto, as melhores ginastas do mundo, provenientes dos países do Leste Europeu, não
participaram da competição devido ao boicote liderado pela ex-União Soviética. Assim a primeira medalha
de ouro olímpica do esporte ficou com a canadense Lori Fung. Em Seul-1988, o esporte conquistou o
publico e se popularizou .
Marina Lobach, da URSS, ficou com  a medalha de ouro, enquanto a búlgara Adriana Dunavska levou a
prata. Em Barcelona-1992, Aleksandra Timoshenko, competindo pela Comunidade dos Estados
Independentes, foi a vencedora. Em Atlanta-1996, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) introduziu a
competição de conjuntos nos Jogos Olímpicos. A Espanha conquistou a primeira medalha de ouro olímpica
dessa categoria.
“Nos Jogos Olímpicos de Sydney, no ano 2000, o conjunto da Rússia confirmou seu favoritismo enquanto a
Espanha nem se classificou para a final. No individual a vencedora foi Anna Bussukova, da Rússia.
     Em 2004, na Olimpíada de Atenas, Grécia, a Rússia confirmou seu favoritismo, ratificando a sua posição
na liderança mundial na modalidade, classificando-se em primeiro lugar, seguido da Itália em segundo e
Bulgária na terceira posição. No individual, a ginasta Alina Kabaeva da Rússia sagrou-se campeã olímpica,
seguida de Irina Tchachina também da Rússia e Anna Bessonova da Ukrania.”

Brasil na GRD

A Ginástica Rítmica foi introduzida no Brasil pela prof. Ilona Peuker, da Hungria, que chegou na Cidade do
Rio de Janeiro na década de 1950, quando ministrou vários cursos para profissionais da educação. Esta
professora formou a primeira equipe competitiva de GR chamado Grupo Unido de Ginastas (GUG),
alcançando grande sucesso devido a experiência e participação ativa da Prof. Ilona Peuker na ginástica
internacional. O Brasil participou pela primeira vez em um campeonato mundial de GR com uma ginasta
daquele grupo, a ginasta Daise Barros em 1971 na cidade de Copenhagen, Dinamarca. O Grupo Unido de
Ginastas representou o Brasil em campeonatos internacionais e Gimnastradas, tendo conseguido o 13º
lugar no Campeonato Mundial de GR em 1973 na cidade de Roterdam, Holanda, realizando exercícios de
Conjunto. As componentes daquela equipe posteriormente difundiram a GR pelo Brasil.
      Com a criação da Confederação Brasileira de Ginástica, no ano de 1978, esta modalidade começou a
evoluir devido ao apoio recebido, resultando na classificação de ginastas para disputarem Jogos Olímpicos:
a ginasta Rosane Favilla foi a primeira brasileira a participar dos Jogos Olímpicos, em 1984, Los Angeles,
USA, com exercícios individuais. Em 1988, na Olimpíada se Seul, Coréia, a ginasta Marta Cristina
schonhorst esteve presente realizando exercícios individuais.
O crescimento da CBG, o apoio das entidades governamentais ao esporte e o exaustivo trabalho de
ginastas e técnicas, levaram a um grande crescimento da GR, possibilitando a equipe Brasileira alcançar a
vitória em três Pan-americanos, nos exercícios de conjunto: Winnipeg, Canadá, em 1999, classificando o
Brasil para a Olimpíada de Sydney, na Austrália; Santo Domingo, República Dominicana, em 2003,
classificando o Brasil para a Olimpíada de Atenas na Grécia; Rio de Janeiro, Brasil, em 2007, classificando
o Brasil para as Olimpíada de Pequim, na China. Nas duas Olimpíadas com a participação da equipe
brasileira de Conjunto – Sydney e Atenas – o Brasil foi finalista, obtendo o resultado de 8º lugar.  
      Nos exercícios individuais destaca-se o resultado de 3º lugar no aparelho Maças, obtido pela ginasta
Taiane Montovanelli no Pan-americano de Santo Domingo e o resultado de 3º lugar no aparelho Arco obtido
pela ginasta Ana Paula Sheffer no Pan-americano do Rio de Janeiro.

2.Ginástica Artística
Ginástica é um esporte tanto emocionante quanto belo, que não requer somente coragem de seus
adeptos como também graça domínio do corpo.
Frase retirada do livro “O Prazer da Ginástica”.
A Ginástica Artística (Olímpica) é um conjunto de exercícios corporais sistematizados, aplicados com fins
competitivos, em que se conjugam a força, a agilidade e a elasticidade. O termo ginástica origina-se do
grego gymnádzein, que significa “treinar” e, em sentido literal, “exercitar-se nu”, a forma como os gregos
praticavam os exercícios.
HISTÓRIA 
Foi na Grécia que a ginástica alcançou um lugar de destaque na sociedade, tornando-se uma atividade de
fundamental importância no desenvolvimento cultural do individuo. Exercícios físicos eram motivo de
competição entre os gregos, prática que caiu em desuso com o domínio dos romanos, mais afeitos aos
espetáculos mortais entre homens e feras.Durante a sangrenta Idade Média, houve um desinteresse total
pela ginástica como competição e o seu aproveitamento esportivo ressurgiu na Europa apenas no inicio
do século XVIII. Foram então criadas a escola Alemã (caracterizada por movimentos lentos e rítmicos) e
sueca (à base de aparelhos). Elas influenciaram o desenvolvimento do esporte, em especial o sistema de
exercícios físicos idealizado por Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), o Turnkunst, matriz essencial da
ginástica olímpica hoje praticada.

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MODALIDADES
A ginástica artística (olímpica) baseia-se na evolução técnica de diversos exercícios físicos. Para os
homens, as provas são: barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, salto sobre a mesa, argolas e solo.
As mulheres disputam exercícios de solo(com fundo musical) salto sobre a mesa (1,25 m de
altura), paralelas assimétricas(de 2,50 m e 1,70m de altura), e trave de equilíbrio(de 10 cm de largura e 5
metros de comprimento).

JULGAMENTO E PONTUAÇÃO

Os exercícios de cada ginasta são avaliados por um Painel de Árbitros (Painel A e B). A principal função
do Painel A é avaliar o valor máximo do conteúdo do exercício, que é a Nota A. Ela compreende:
 Valor de Dificuldade: são considerados os 9 elementos de maior dificuldade mais a saída (nas
paralelas e solo). Na trave são considerados os 8 elementos de maior dificuldade mais o giro e a
saída. Esses elementos estão codificados de A (0,10 – elementos mais simples) a G (0.70 –
elementos mais complexos).

 Requisitos de Grupos de Elementos: São 05 (cinco) valendo 0.50p. cada um Valor de Ligação: É
obtido através de combinações únicas e de alto grau de dificuldade de elementos nas paralelas,
trave e solo.
A principal função do Painel B é avaliar as falhas de execução e apresentação artística, que
ocorrem durante o exercício.
 A Nota B compreende as deduções por falhas de execução e apresentação artística. Para
calcular a Nota B, soma-se o total de deduções de execução e apresentação artística, e subtrai-
se de 10.0p.
Cálculo da Nota Final:
Nota A + Nota B = Nota Final
Todas as informações referentes à avaliação dos exercícios estão contidas no Código de
pontuação da FIG, que rege a arbitragem internacional, e que tem a validade de um ciclo
olímpico.
COMPETIÇÕES
A ginástica faz parte das olimpíadas desde as competições de Berlim(1936) quando foram criadas as
categorias masculina e feminina, individual e por equipe. A cada dois anos realizam-se campeonatos
mundiais. Na Ginástica Olímpica Feminina, podem participar desses campeonatos e das Olimpíadas
ginastas de 16 anos de idade ou mais.
Na história dos jogos olímpicos, destaca-se o desempenho das ginastas femininas, como a soviética Olga
Korbut, medalha de ouro em Munique(1972), e a romena Nadia Comaneci, em Montreal (1976). Aos 14
anos, Comaneci obteve quatro vezes a nota dez do júri, alcançando ouro nos exercícios individuais, nas
barras assimétricas e na trave de equilíbrio.
A primeira participação do Brasil no esporte em uma Olimpíada foi em Moscou-1980, com Claudia
Magalhães e João Luiz Ribeiro. Em Los Angeles-1984, Gerson Gnoatto e Tatiana Figueiredo, que
terminou na 27º colocação, representaram nossa ginástica. Luisa Parente, que ganhou os Jogos Pan
Americanos de 1991, também participou das Olimpíadas de 1988 e 1992; No masculino, Guilherme
Saggese Pinto terminou em 89º lugar em Seul, enquanto Marco Antônio Monteiro ficou com 84º posição
nos jogos de Barcelona. A ginasta Soraya Carvalho conseguiu se classificar para as Olimpíadas de
Atlanta-1996, mas não pode competir devido a uma lesão no tornozelo.
Nos Jogos de Sydney, em 2000, o Brasil conseguiu levar, pela primeira vez , duas ginastas às
Olimpíadas(Daniele Hypólito e Camila Comin). Daniele Hypólito entrou para a história da ginástica
brasileira ao obter no Campeonato Mundial de 2001, em Ghent, a 1ª medalha de prata por aparelhos, no
solo. Em 2003, a ginasta  Daiane dos Santos entra para a história do esporte brasileiro ao se tornar a
primeira mulher a conseguir uma medalha de ouro individual.
Ela obteve esse feito no Campeonato Mundial em  Anaheim, nos EUA, ao sagrar-se campeã na prova de
solo, e pela primeira vez o Brasil consegue classificar uma equipe completa no feminino para os Jogos
Olímpicos. Diego Hypólito entra para a história da ginástica ao tornar-se campeão mundial de solo, em
Melbourne, na Austrália em 2005, e vice-campeão no ano seguinte em Aahrus, na Dinamarca.
E a ginasta Jade Barbosa conseguiu mais uma façanha para a ginástica brasileira, elevando o nome do
Brasil ao cenário internacional, conquistando a medalha de bronze no individual geral, no Campeonato
Mundial, em Stuttgart, 2007, uma das provas mais difíceis, pois a ginasta tem que ser excelente nos
quatro aparelhos.
Neste mesmo evento, Diego Hypólito sagrou-se bi-campeão na prova de solo masculino, e a equipe
feminina, além de conquistar o respeito das grandes potências da ginástica internacional, conseguiu o
feito histórico de se classificar  em 5º lugar na final por equipes, o melhor resultado já obtido em toda
história da ginástica brasileira!

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3. Ginástica Acrobática

É a mais nova modalidade da FIG e é caracterizada pala execução de exercícios de força, equilíbrio,
flexibilidade e agilidade. É um esporte bonito, dinâmico e espetacular para homens e mulheres. Engloba
muitos movimentos de solo da ginástica artística em suas series, movimentos rítmicos que ligam os
exercícios dinâmicos, estáticos e individuais.

Dividida em 05 Categorias:

1. Dupla mista
2. Dupla Feminina
3. Dupla Masculina
4. Grupo Feminino (03 integrantes)
5. Grupo Masculino(04 integrantes)

História 

A acrobacia foi desenvolvida em grande parte do século VII, devido à criação do circo. Mas, como esporte,
essa modalidade da ginástica é relativamente jovem. As primeiras competições mundiais datam de 1973 –
quando foi fundada a Federação Internacional de Esportes Acrobáticos(IFSA) – faz parte do programa dos
Jogos Mundiais (competições organizadas pelo ComitÊ Olímpico Internacional um ano após das
Olimpíadas). Em 1998, a IFSA se fundiu com a Federação Internacional de Ginástica
(FIG). Com isso, espera-se,que os Ginástica Acrobáticos possam logo fazer parte do programa dos Jogos
Olímpicos.
InformaçõesTécnicas
A GINÁSTICA ACROBÁTICA engloba em suas rotinas diversos movimentos de solo da Ginástica Artística;
os movimentos isolados (a acrobacia em si) são basicamente compostos por mortais, muitos deles
impulsionados pelos parceiros (exercícios dinâmicos), por equilíbrios e força (exercícios estáticos) e por
exercícios individuais(saltos, giros, equilíbrios e etc).
É um esporte dinâmico. Desenvolve em seus participantes – homens e mulheres de todas as idades –
coragem, força, coordenação motora, flexibilidade, habilidades de saltos e equilíbrio. Os acrobatas
executam rotinas com a cabeça, mãos e pés dos seus parceiros, criando um esporte belo e, ao mesmo
tempo, intrigante.
As rotinas são apresentadas em um tablado de 12x12 metros e acompanhadas por música e coreografia.
As séries são executada dentro de no Maximo 2 minutos e 30 segundos. Isso ajuda a enriquecer o
movimento de corpo e cultura musical dos ginastas.
A Ginástica Acrobática, por ter como principal característica a apresentação em par e grupo, requer um alto
grau de confiança e cooperação entre os seus participantes. O nível técnico das competições, em
praticamente todas as categorias, é bastante elevado. Devido a isso, os ginastas acrobáticos treinam no
mínimo 3 horas por dia e 5 vezes por semana.
Composição dos pares e grupos
- Nas Duplas temos o volante e o base. O volante executa os equilíbrios e os mortais e o base sustenta os
equilíbrios e lançamentos do volante partindo de posições diferentes.
- Nos Trios temos o volante, o intermediário e o base. O volante executa os equilíbrios e os mortais, o
intermediário sustenta o volante junto com o base nos equilíbrios e ajuda o base a lançar o volante nos
mortais. Os intermédios também podem atuar junto com o base auxiliando-o, passa neste caso a ser
“base” também.
- No Quarteto temos um volante, dois intermediários e o base, O volante executa os equilíbrios e os
mortais, os intermediários sustentam o volante junto com o base nos equilíbrios e ajudam o base a lançar o
volante nos mortais. O intermediário também pode ser lançado para um mortal junto com o volante.
- Nos pares mistos, o base é o  elemento masculino e o volante é o elemento feminino.
- Nos trios todos os elementos são femininos.
- Nos quartetos todos os elementos são masculinos.
(*) Rotina = seqüência de movimentos e exercícios apresentados em um determinado espaço de tempo
4. Ginástica Aeróbica

CONHEÇA
Definição
A Ginástica Aeróbica Esportiva (GAE) é uma modalidade onde se executam padrões de movimentos

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aeróbicos complexos, de forma continuada e com alta intensidade, originários da dança aeróbica
tradicional, utilizando a estrutura e o  estilo da música, e interpretando-a.
Padrões de Movimentos Aeróbicos são a combinação simultânea de passos básicos e movimentos de
braços executados de forma consecutiva, respeitando a característica da música para assim criar
sequências dinâmicas, rítmicas e contínuas, de movimentos de alto e baixo impacto.
A rotina (coreografia) deve demonstrar movimentos contínuos, flexibilidade, força,
agilidade e equilíbrio, além de utilizar os sete passos básicos e elementos de dificuldade com alto nível de
perfeição.
O ginasta deve apresentar-se de forma cativante e alegre, porém com naturalidade, sem expressões faciais
exageradas.

ORIGENS

Os exercícios aeróbicos foram estudados nas décadas de 60 e 70 pelo Dr.  Keneth Cooper que comprovou
sua eficiência para o emagrecimento e a melhoria das condições cardiovasculares dos indivíduos.
Baseados nestes conhecimentos se desenvolveram nos EUA alguns métodos de treinamento que
utilizavam música, passos de dança e exercícios de calistenia, dentre eles o Aerobic Dance.
Trazida para o Brasil no início da década de 80 com o nome de Ginástica Aeróbica,  esta motivante
atividade foi rapidamente difundida pelas academias de todo o país. Nesta mesma época já se criavam as
primeiras competições e organizações internacionais que as regulamentavam. Muitos atletas brasileiros de
talento se destacaram com o início da “febre” das academias e o chamado boom da Aeróbica.
A Federação Internacional de Ginástica (FIG) incluiu a Ginástica Aeróbica em seu programa de
modalidades esportivas em 1995, surgindo então a possibilidade de um futuro olímpico para a disciplina.
 SITUAÇÃOATUAL
Atualmente a GAE encontra-se plenamente estabelecida como modalidade esportiva da família da
Ginástica, e está difundida a nível mundial, com cerca de 45 países competindo internacionalmente , após
inúmeras transformações que resultaram em sua evolução.
No Brasil, continuamos encontrando talentos e formando destaques internacionais com vários ginastas
conquistando títulos mundiais.
Os Estados que se destacam na modalidade e que estão competindo a nível nacional são: Minas Gerais,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e São Paulo.
 EXERCÍCIOS
A GAE é composta por 7 Passos Básicos e 4 Grupos de Elementos de Dificuldade, além de elevações,
transições e ligações entre os movimentos. A duração total da coreografia é de 1 minuto e 45 segundos.

Os 7 Passos Básicos da GAE são:


-         Marcha
-         Jogging (Corrida)
-         Chutinho
-         Chute Alto
-         Polichinelo
-         Elevações de Joelho
-         Lunge (A Fundo)

Os 4 Grupos de Elementos de Dificuldade são:


-         Força Dinâmica: Ex. Flexões de Braços, Cortadas, Círculos de Pernas.
-         Força Estática: Ex. Esquadros, Pranchas.
-         Saltos: Ex. Grupado, Afastado, Carpado, Cortado, Tesoura.
-         Flexibilidade e Equilíbrio: Ex. Espacatos, Giros, Pegadas.

ARBITRAGEM
Os critérios de Arbitragem da GAE são:
1-     QUALIDADE ARTÍSTICA: avalia a composição da coreografia, o equilíbrio, a variedade, a colocação
no espaço e a integração dos movimentos com a música, assim como a adequação da coreografia ao
competidor, e sua capacidade de apresentá-la de forma original, cativante e com energia natural. A nota
máxima para este critério é de 10,0 pontos.
2-     EXECUÇÃO: avalia a perfeição de todos os movimentos da coreografia, havendo deduções quando
desvios ou erros são cometidos. A nota máxima para este critério é de 10,0 pontos.
3-     DIFICULDADE: avalia a validade dos elementos de Força Dinâmica, Força Estática, Saltos,
Flexibilidade e Equilíbrios, apresentados pelo ginasta, conforme os valores e requerimentos mínimos
citados no Código de Pontuação. A soma total dos valores dos elementos validados será dividida por 2 e
assim se dará a pontuação de Dificuldade.

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O Árbitro Chefe da competição controla o trabalho dos demais árbitros e dá deduções por vestuário
incorreto do ginasta, movimentos proibidos, entre outros, além de dar Advertências e Desqualificações.
Os 2 Árbitros de Linha observam as faltas de Linha (quando o ginasta pisa fora da área de competição) e o
Árbitro de Tempo controla a duração das músicas e dá dedução quando são muitos longas ou muito curtas.
A pontuação Final é a soma das notas de Qualidade Artística, Execução e Dificuldade menos as deduções
eventualmente ocorridas.

EQUIPAMENTO

A GAE utiliza uma área de competição de 7x7m para Individuais, Duplas e Trios, e 10x10m para Grupos.
Os equipamentos necessários para sua prática são: piso com amortecimento apropriado para absorver o
impacto dos movimentos executados e CD Player.
O Piso oficial de GAE é revestido de madeira e fica num palco de 80cm a 1m40cm de altura.

5.Ginástica de Trampolim

História
O Trampolim surgiu há centenas de anos. Embora não seja possível precisar exatamente a sua origem,
sabe-se que durante a Idade Média havia alguns precursores: os acrobatas de circo, que utilizavam tábuas
flexíveis nas suas apresentações; e os trapezistas, que realizavam novos saltos a partir do impulso da rede
de segurança.
  No entanto, o Trampolim como esporte foi criado apenas em 1936 por George Nissen.Em pouco tempo, foi
introduzido como modalidade esportiva nos programas de educação física em escolas, universidades e
treinamentos militares. Recentemente o Trampolim virou moda nas academias de ginástica de todo o
mundo.
Londres sediou em 1964 e 1965 as primeiras competições internacionais da modalidade. A  partir dessa
época, mais de 54 países já disputaram os Campeonatos Mundiais, realizados a cada dois anos.
O Trampolim chegou ao Brasil em 1975, trazido pelo professor José Martins de Oliveira Filho. Os
campeonatos regionais e nacionais logo se popularizaram. Em 1990, na Alemanha, o Brasil participou pela
primeira vez de um Campeonato Mundial. Desde então, o país vem, a cada campeonato mundial,
aumentando a sua participação e conquistando destacadas posições. 
Em 1997, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou a inclusão do Trampolim como modalidade
olímpica. Assim, o esporte participou pela primeira vez de Jogos
Olímpicos em Sidney, Austrália (2000).

Provas

 Essa modalidade da ginástica é dividida em 4 provas, sendo:


• Trampolim Individual: É a categoria mais popular e a única olímpica. O aparelho no qual são executados
os movimentos mede 5m x 3m x 1,15m e é conhecido pelo público em geral como “cama elástica”. O
ginasta adquire altura – cerca de 5 a 6 metros – e estabilidade com saltos preliminares. Ele então inicia a
execução de 20 elementos técnicos, sem interrupções, divididos em duas séries de 10 na preliminar e na
final executa outra série de 10 elementos que pode ser igual a uma das séries da preliminar.
• Trampolim Sincronizado: Esta prova tem as mesmas características que o Trampolim Individual, porém é
realizada com dois ginastas saltando simultaneamente em trampolins diferentes posicionados
paralelamente a uma distância de 2m.
• Duplo Mini-Trampolim: É um aparelho de proporções menores no qual o ginasta executa uma corrida
antes dos elementos técnicos. Após a corrida, o ginasta faz a aproximação e salta no aparelho, executando
quatro passadas com dois elementos técnicos diferentes, sendo duas passadas na preliminar e duas
passadas na final. Todas as passadas devem ser diferentes.
• Tumbling: Esta prova é executada numa pista de 26m, na qual o ginasta executa quatro passadas com
oito elementos acrobáticos em cada passada, sendo duas passadas na preliminar e duas passadas na final.
O ginasta deve manter o ritmo durante toda a execução.
Arbitragem:
São avaliados os seguintes critérios:
• Execução técnica: são cinco árbitros, exceto para o Trampolim Sincronizado com quatro árbitros, que
fazem esta avaliação, onde o ginasta parte da nota 10 e sofre deduções conforme a qualidade técnica dos
movimentos. Para chegar-se à nota de execução, elimina-se a maior e menor nota e somam-se as três
restantes.
• Dificuldade dos elementos: são dois árbitros que fazem esta avaliação. Cada elemento tem seu valor de
dificuldade e o valor final será de acordo com o apresentado para cada prova.
• Sincronizado: este critério é apenas para o Trampolim Sincronizado, no qual três árbitros avaliam o

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sincronismo dos ginastas. Para chegar-se à nota de sincronismo, elimina-se a maior e a menor nota e
multiplica-se por dois a nota restante.
A nota final do ginasta é a soma de todos os critérios.
6. Ginástica para Todos

“Essa é uma modalidade bastante abrangente que, fundamentada nas atividades ginásticas como (Gin.
Artística, Gin. Rítmica, Gin. Acrobática, Gin. Aeróbica e Gin. de Trampolim), valendo-se também de vários
tipos de manifestações, tais como: danças, expressões folclóricas e jogos, expressos através de atividades
livres e criativas, objetiva promover o lazer saudável, proporcionando bem estar físico, psíquico e social
aos praticantes, favorecendo a performance coletiva, respeitando as individualidades, em busca da auto-
superação pessoal, sem qualquer tipo de limitação para a sua pratica, seja quando às possibilidades de
execução, sexo ou idade, ou ainda quanto à utilização de elementos materiais, musicais e coreográficos,
havendo a preocupação de apresentar neste contexto, aspectos da cultura nacional, sempre sem fins
competitivos.”

Dentre os principais objetivos da Ginástica para Todos, 


podemos citar os seguintes: :

Oportunizar a participação do maior número de pessoas em atividade físicas de lazer fundamentadas nas
atividade gímnicas
Integrar varias possibilidade de manifestações corporais às atividades gímnicas;
Oportunizar a auto-superação sócio-cultural entre os participantes ativos ou não;
Manter e desenvolver o bem estar físico e psíquico pessoal;
Promover uma melhor compreensão entre os indivíduos e os povos em geral;
Oportunizar a valorização do trabalho coletivo, sem deixar de valorizar a individualidade neste contexto;
Realizar eventos que proporcionem experiências de beleza estética a partir dos movimentos apresentados
tanto aos participantes ativos quanto aos espectadores;
Desenvolver a cultura através das manifestações folclóricas;
Mostrar nos eventos as tendências da ginástica;

Gymnaestrada Mundial 

A Gymnaestrada Mundial é o festival internacional mais importante da Ginástica Geral, sendo este o evento
oficial da Federação Internacional de Ginástica para a modalidade, onde vários países se encontram
quadrienalmente para realizar apresentações, trocar informações sobre os trabalhos desenvolvidos em
seus países e discutir a Ginástica para Todos, como importante elemento para aprimoramento humano. 
O nome “Gymnaestrada” é um termo criado a partir de duas origens: “gymna” alude à “ginástica”! e “strada”
refere-se à “caminho”, determinando  o significado “caminho da ginástica”. Esta idéia simboliza um dos
conceitos fundamentais da Gymnaestrada Mundial. 
O idealizador Gymnaestrada foi o Holandês Jô Sommer, cuja idéia era realizar um evento sem a
preocupação com aspecto competitivo, isto é, um evento em que participantes comparecessem pelo prazer
de sua performance e sem limitações de qualquer tipo. Gymnaestrada Mundial

O ideal da Gymnaestrada sintetiza-se na seguinte frase:

“Os vencedores na Gymnaestrada são os participantes”


A Gymnaestrada é realizada desde 1953, sendo que a próxima acontecerá na cidade de Gotemburgo,
Suécia, no período de 04 a 10 de Julho de 1999. a seguir apresentamos um quatro resumo sobre
Gymnaestrada e a participação brasileira nas mesmas,

IV. ESTUDO DOS MOVIMENTOS BÁSICOS À MÃOS LIVRES


O trabalho específico da G.R.D. é iniciado com a aprendizagem das técnicas básicas do
movimento executado à mãos livres. Estas técnicas compreendem as várias formas de:
a) Movimentos Locomotores
I – ANDAR: transferência do peso do corpo de um pé para outro, sem perda do contato com o
solo.
Andar naturalmente
Andar molejando
Andar balanceando
Andar deslizado
Andar nas pontas dos pés

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Podemos ainda citar: Passos de valsa
Passo cruzado
Passo trocado
Passo mazurca
II – CORRER: movimento alternado das pernas provocando um deslocamento onde o peso do
corpo é transferido de um pé para o outro, perdendose, momentaneamente o contato dos pés com o solo.
Corrida natural
Corrida molejada
Corrida com a perna flexionada
III - SALTITAR: usado com freqüência na G.R.D., a sua fase de permanência no ar é curta e a
chegada ao solo, mais suave e mais rápida.
Saltito unido
Saltito com afastamento das pernas (lateral e frontal)
Primeiro saltito
Segundo saltito
Terceiro saltito
IV – SALTAR: movimento feito através de impulsão, no qual os pés perdem o contato com o
solo e o corpo permanece em suspensão no ar por um tempo mínimo.
Salto tesoura, grupado, arco, chutado, com reversão, aberto, spacart.
V – GIRAR: movimento de rotação de um corpo ao redor do seu próprio eixo. São executados
em: Apoio sobre um pé (pivô)
Apoio sobre os dois pés.
Com apoios das partes do corpo sobre o solo
Com o corpo no ar
b) Movimento sem Deslocamento ou Axiais
1- BALACEAR: movimentos amplos e oscilatórios dos membros superiores e inferiores,
complementados pela participação total do corpo. Tem como características principais: ALONGAMENTO E
A AMPLITUDE DE MOVIMENTO.
2- CIRCUNDUNZIR: são movimentos circulares, executados geralmente pelos braços, ao redor
das articulações escapulo-umeral, dos cotovelos e dos punhos. As articulações poderão ser executadas:
com movimentos simultâneos dos braços
com movimentos alternados dos braços
com movimentos do tronco
E se dividem em:
Pequenas circulações - punhos
Médias circundunções - cotovelos
Grandes circundunções - ombros
3- ONDULAR E FLEXIONAR: ondular são movimentos específicos que partem do centro do
corpo e se irradiam para suas extremidades. Flexão é aproximação das extremidades, fletir, dobrar-se.
4- EQUILÍBRIO: capacidade que o indivíduo tem para executar e manter qualquer movimento
com seu corpo contra a lei de gravidade. Os trabalhos são:
O equilíbrio dinâmico, o equilíbrio estático e o equilíbrio recuperado. São de grande importância
para uma composição de G.R.D., devendo ser usado em parcimônia e mantidos durante 2 seg., não
devendo dar impressão de pausa.
Variações dos movimentos (Evoluções)
Mudança de trajetória ou espaço à ser percorrido, podendo ser:
Em linha reta, linha zig-zag, triângulo, quadrado, círculo, serpente, arcos e oito.
O grupo de elementos à mãos livres para uma composição de G.R.D. são:
1.1. Deslocamentos variados;
1.2. Balanceamentos e circundações;
1.3. Flexões de tronco e ondas;
1.4. Equilíbrios;
1.5. Giros e pivôs;
1.6. Saltos
1.7. Formação e observância dos espaços e distâncias entre si, ainda nos primeiros treinos.
-Esses elementos poderão ser realizados em várias direções, vários planos, com ou sem
deslocamento, em apoio sobre um ou dois pés coordenados 'com variados movimentos de braços.
No estágio primário da formação das ginastas, grande importância exercem os exercícios
corporais gerais, pois fornecem a técnica elementar de movimentos. Geralmente esses se especializam,
entrando na G.R.D., os brinquedos pouco a pouco cedem lugar as atividades mais complicadas e intensas.

GINÁSTICA NAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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Durante muito tempo a Educação Física praticada na escola procurou-se sobretudo, através de
múltiplos métodos pedagógico, com o desenvolvimento das qualidades físicas, velocidade, força
resistência…, cuidando da aquisição e da manutenção de uma boa postura. Não se esqueciam da destreza,
mas esta era considerada apenas em nível de prenúncio de destreza ou de alguma habilidade.
Na moderna escola de educação infantil à 4ª série do 1° grau, no âmbito da pedagogia do
desenvolvimento e da formação, a melhor adequação da conduta a situações particulares tornou-se um
objeto essencial.
Essa constatação, aplicada à Educação Física acarreta duas conseqüências.
- Primeiro, uma análise mais sutil da destreza considerada como a aptidão para melhor se
adaptar a esta ou àquela circunstância.
- Em seguida, uma organização da prática pedagógica, que permite à criança dominar, mais
facilmente, situações encontradas em diferentes ocasiões.
Assim diferentes atividades podem ser dispostas esquematicamente em três categorias que,
aliás, se interpenetram:
1. Exercícios naturais e utilitários de adaptação ao meio físico (exercícios que preparam para
atletismo, natação e atividades ao ar livre)
2. Exercícios de cooperação e oposição, baseados na adaptação e na integração satisfatória
ao meio humano (jogos e iniciação esportiva).
3. Finalmente, ou talvez em primeiro lugar, exercícios que se baseiam em uma análise prévia
do gesto e que permitem melhor domínio corporal, quer pela prática de exercícios de forma fixa (ginástica e
dança clássica), quer pela prática de atividades de expressão corporal – dança livre).
Visando atingir esse último objetivo, a prática da ginástica, que se orienta para uma disposição
física sempre maior e mais fácil, é um meio privilegiado.
Com efeito, a ginástica Poe a criança em relação com seu próprio corpo; permite-lhe descobrir
diversos segmentos, exercer o jogo das articulações, sentir e realizar melhor os vários movimentos que elas
desencadeiam. É uma conscientização geral da existência do corpo, dos descolamentos em um espaço
onde as distâncias, os intervalos, as direções e os sentidos são avaliados e controlados. Uma relação se
estabelece entre as duas e as intensidades das atividades que se sucedem até construir, dentro do
equilíbrio entre ritmo e desgaste de energia, a harmonia que dá vida ao movimento.

Em ginástica, o corpo se encontra geralmente em situações e em posições incomuns. É o


momento de dominar os elementos sócio-afetivos: emoção, atenção e concentração. Na realidade, cada

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indivíduo tem em si reflexos de defesa que são, com freqüência, opostas à atividades planejada e se
traduzem por uma recusa inconsciente do movimento; bloqueio devido à timidez, à apreensão, ao medo, A
ginástica nos ensina a enfrentar progressivamente, a partir de situações seguras, situações mais perigosas,
a luta para vencer sozinho a dificuldade do problema proposta, a superar e a sentir o prazer de sair-se
vitorioso. É a afirmação própria e a da vontade de empreender a educação das qualidades de coragem, de
vontade, de “cran” e de audácia.
O aperfeiçoamento do gesto, isto é, sua execução cada vez mais correta, dinâmica e precisa,
necessita, por um lado, de um aprimoramento dos fatores biomecânicos, tais como: flexibilidade, rendimento
articular e muscular, resistência cárdio-pulmonar, relaxamento; e, por outro lado, de fatores neuro-motores
que condicionam: coordenação, tempo de reação, sentido do ritmo, equilíbrio.
A finalização se traduz por um movimento bem correto, ágil, cada vez mais eficaz e elegante,
como depurado e liberto da ganga constituída por todos os elementos incertos, inúteis ou inoportunos.

NOVA ORIENTAÇÃO PARA ORGANIZAÇÃO DE CLASSE

A ginástica é uma atividade da Educação Física e Esportiva cujo interesse aumenta com a
prática. Possibilita, a partir de exercícios espontâneos, adequados graças à prática de exercícios
elaborados, a realização de exercícios codificados cujos níveis variam do mais elementar ao mais elevado,
além disso, as aquisições obtidas em uma prática específica da ginástica encontram, naturalmente,
oportunidade de serem aplicadas a problemas que se apresentam em outros métodos de educação física e
esportiva (rotação, por exemplo)
A ginástica tradicional era muito pouco praticada na escola, pois os exercícios de forma fica,
que eram propostos, com freqüência executados “em fila”, não motivavam nem o aluno nem o professor.
Assim, tentamos tornar mais atraente essa aprendizagem colocando os alunos em situações favoráveis que
possibilitem a cada um encontrar, fácil e globalmente, uma resposta ao problema proposto. A aula será
apresentada em forma de circuito, durante o que todos os alunos da classe fazem evoluções
simultaneamente. Essa forma de atividade é semelhante àquelas que a Federação Francesa de Ginástica
preconiza, em nível de iniciação.
Esse circuito permite a evolução simultânea de todos os alunos, suprime esperas e propicia
maior número de tentativas. A atividade se desenvolve em ritmo regular. O interesse é constante e o
conjunto atende à necessidade de desgaste físico e de participação manifestada por crianças de seis a
onze anos.
Todo o material de que a escola dispõe é utilizado: banco, plinto, carneiro...mesmo o material
de pequeno porte: arcos, bastões, etc., distribuídos na sala onde servirão de balizas, de obstáculos a serem
ultrapassados ou evitados, de aparelhos que possibilitem apoios ou suspensões.

Renovação do Método Pedagógico


A preocupação primeira e essencial tem como ponto de partida a criança colocada diante de
uma situação.
A situação – problema, melhor do que qualquer outro processo, faz com que a criança
descubra sensações ligadas a uma resposta motora exata. Como as aquisições são sempre fruto de
experiências vividas, é necessário colocar a criança em situações que será capaz de dominar, a fim de
obter uma resposta de acordo com suas possibilidades.
Objetivos das situações
- Descobrir.
- Analisar.
- Aperfeiçoar
- Enriquecer.
- Combinar
Descobrir: Seu corpo – o espaço gimnico (sala e aparelhos).
Analisar: Passar da sensação à percepção de uma atividade.

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Aperfeiçoar: Aperfeiçoar a qualidade do movimento.
Enriquecer: Modificar em termos de correção ou de maior dificuldade.
Combinar: Associar, ligar, organizar elementos para a realização de uma seqüência que
constitui um conjunto.
Partindo da idéia de que cada fase da atividade tem um significado e deixa uma base, é preciso
imaginar diversas situações que, em contextos diferentes, levarão a criança a reencontrar e a explorar, em
novas circunstâncias, as aquisições motoras realizadas anteriormente.
Todas as situações propostas aos alunos são situações problemas que exigem uma resposta
global. Em caso de fracasso, ou ainda para atender a um desejo de aprimoramento, serão introduzidos
exercícios metódicos, tendo por objetivo sanar as insuficiências motoras que a prática global faz surgir.
Assim, será facilitada a aquisição de novas habilidades. Depois, será necessário retornar uma realização
global a nível de domínio cada vez mais aperfeiçoado.
Nesse tipo de trabalho, uma liberdade relativa permite ao professor colocar-se em situação de
observador. Durante a execução, faz o levantamento dos erros característicos, ajuda a criança com
dificuldade (dificuldade motora ou medo). As correções serão mais coletivas que individuais. Será facilitada
a busca de aperfeiçoamento do aluno, tentar-se-á compreender com ele os motivos do erro ou do fracasso;
este será levado a descobrir suas possibilidades e será levado a atingir seu objetivo.
De maneira geral, criar-se a um clima de segurança graças a uma atitude decidida e rigorosa,
ao emprego de vocabulário preciso e bem adequado, designando as coisas pelos respectivos nomes, sem
deixar de utilizar termos técnicos simples anteriormente explicados. Assim, evitar-se-á a confusão entre a
desejável não- direção e um perigoso “deixar à vontade”.
Esse novo aspecto pedagógico da aprendizagem da ginástica tem de levar em conta a
organização técnica. O exercício não é mais analisado, descrito e demonstrado de maneira precisa pelo
professor e depois imitado pelo aluno. Duas situações sucessivas são definidas e pede – se ao aluno que
encontre a meljor solução para se passar de uma situação à outra. Entretanto, para que o aluno possa
enfrentar novas dificuldades, ou mais difíceis de serem vencidas, é evidentemente necessário alertá-lo
contra reações práticas e aparentemente fáceis que poderiam conduzi-lo a hábitos motores que impedem
ou limitam progressos posteriores. É necessário também que o professor, nessa perspectiva de progresso,
oriente a acriança para realizações que permitirão, de antemão, ter respostas a situações futuras, cada vez
mais evoluídas.
O aproveitamento educativo dessa aprendizagem ultrapassa o âmbito da ginástica e da
Educação Física e Esportiva. A criança, que dominou a situação que lhe foi proposta, quer e pode explicar
como o conseguiu (quase sozinha). Sentirá necessidade de comunicar – se com os outros e utilizará,
naturalmente, texto livre, correspondência escolar, desenhos. Teremos acesso, assim, a essa prática
interdisciplinar extremamente satisfatória, tal como é apresentada no final da obra.

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PLANO DE AULA
(TRABALHO EM CIRCUITO OU SÉRIE)

A aula é dada em um circuito ou série que ocupa toda a superfície disponível e comporte até 7
ou 8 bases de trabalho que propõe, cada uma delas, uma situação original.
1. Em uma primeira etapa, a série terá por tema o estudo de um exercício.
Ex: Rotações á frente.
2. Depois, em uma segunda etapa, ou paralelamente, pode – se levar a criança a descobrir
outro exercício.
Ex: Rotações para trás.
3. Poderemos colocar o aluno em uma situação que possibilite uma execução constituída de
combinações de exercícios já trabalhados.
O movimento será enriquecido até constituir uma mini – combinação.
Durante a aula que começa com exercícios de ativação cárdio–pulmonares (à base de corridas,
saltitamentos...), serão alternados tempos fortes e tempos fracos:
- Tempos Fortes, durante os quais o ritmo dos exercícios executados na série será vivo e
constante.
-Tempos Fracos, que possibilitarão aos alunos a recuperação e durante os quais serão
retomados coletivamente: exercícios de flexibilidade, de fortalecimentos articulares e musculares realizados
com ou sem música. É nesse momento, de conscientização, durante os quais se tentará interiorizar as
sensações indispensáveis para a boa execução de respostas motoras.
A série pode ser utilizada de quatro formas diferentes, dependendo do objetivo educativo que
se pretender alcançar.
a) Os alunos são divididos em pequenos grupos pelas diversas bases de trabalho de série e
trabalham cada ponto exatamente como fariam em uma aula em oficinas de trabalho.
b) A criança vai livremente para a ou as bases de trabalho, onde se sentir mais à vontade.
c) A criança é encaminhada para as bases de trabalho que lhe apresentam maior dificuldade.

Preparação
Os alunos são envolvidos na operação e são eles que instalam o material nas diferentes bases
de trabalho (o mesmo para a arrumação).
Uma realização correta pressupõe uma divisão de responsabilidades e a organização de uma
atividade coletiva.
De uma aula para outra a disposição da série deve variar pouco. A progressão não deverá
acarretar a modificação de mais de duas bases de trabalho.

Vantagens
No desenvolvimento dos exercícios não ocorre perda de tempo.
Todos os alunos trabalham simultaneamente e cada um de acordo com seu ritmo, respeitando
as exigências aceitas coletivamente no início.
Afetivamente, o relacionamento professor-aluno melhora. O professor torna-se um conselheiro
amigo.
Ao mesmo tempo, o número de tentativas multiplica-se e a eficácia da aula aumenta
consideravelmente.
Não há, praticamente, “espectadores”. Todos os alunos são orientados no sentido de adquirir
uma maior responsabilidade individual.
Em cada grupo, relativamente autônomo em relação ao professor, as crianças ajudam-se,
aconselham-se, preparam-se mutuamente, atitude que cria um espírito de competição sadio e útil para
todos.
Constatou-se que os tímidos conseguem vencer mais facilmente, nesse clima de confiança e
de colaboração, os temores ou o amor-próprio que os inibem.

Recomendações
Um trabalho como que temos em vista só é viável em caso de planejamento pedagógico
coletivo escolha de um ciclo de trabalho, em conselho de professores, possibilitando, às classes que se
sucedem no ginásio, a utilização do material instalado para todo o período ou meio período. Uma classe de
maiores deve estar prevista no começo, para a instalação; uma outra classe de maiores no fim, para a
eficácia do trabalho que propomos só pode ser obtida se o ciclo de trabalho for continuo e suficientemente
longo, com aulas próximas umas das outras (trabalho de 1 trimestre no mínimo).

Atividade gímnica aplicações técnicas

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Constatamos que as evoluções e as atividades musculares pretendidas apresentam analogias,
apesar da diversidade dos aparelhos utilizados e das orientações dadas pelo professor, o que nos leva a
reagrupá-las em grandes temas:
Rotações à frente, para trás, longitudinais – apoio e posicionamento do dorso – suspensão –
postura alongamento – repulsão de braços – impulsão de pernas, etc..
Voluntariamente limitamo-nos, neste estudo, a 5 grupos de exercícios, cada um representando
um tipo de atividades que são realizadas em situações variadas mas semelhantes, simples depois
complexas, seguras depois acrobáticas, no lugar ou em movimentos, em aparelhos diferentes e adaptadas
à estatura dos alunos.
1. Rotações à frente
2. Rotações para trás.
3. Apoios e posicionamento do dorso.
4. Suspensões.
5. Posturas alongadas.
Foi preciso levar em conta as possibilidades dos professores não especializados e as aptidões,
bem diferentes, de meninos e meninas de 6 a 11 anos, que fazem parte de uma classe.
O conteúdo gímnico foi adaptado, sem alterações, mesmo na fase de familiarização, quanto ao
rigor e aos dados técnicos que são essenciais em todos os níveis.
Para não desencorajar ninguém, os quadros seguintes foram elaborados com uma
preocupação constante de simplicidade. O essencial é que, terminando a 4ª série, a criança tenha,
satisfatoriamente, tomado conhecimento da prática ginástica e que, ao entrar na 5ª série ou em uma
academia de ginástica, sinta vontade de continuar essa forma de atividade esportiva, enfrentando
dificuldades novas e cada vez maiores.
N.B.: Estas descrições traduzidas em parte a realidade do movimento, na medida em que não
apresentam com bastante clareza as relações de tempo (ritmo de execução).

Rotações
No passado, em ginástica, designava-se sob o termo de rolamento a atividade de girar sobre si
mesmo, para frente ou para trás.
Hoje, fala-se mais comumente em rotações.
Na prática esportiva, essas atividades são exploradas com muita freqüência. O ginasta as
realiza no solo e nos diversos aparelhos. E apesar de raramente apresentarem a mesmo dimensão especial
e o mesmo rítmo de execução, existe entre elas uma certa analogia.

RELAÇÕES EM DEPENDÊNCIAS COM POUCOS RECURSOS


Objetivo: Levar a criança a uma realização global da atividade.

No plano inclinado (trampolim coberto por um tapete)


Posição inicial de cócoras
Rolar para frente
(reconstituição do solo em declive)

No banco inclinado (bando sueco elevado em uma das extremidades)


Segurar as bordas do banco.
Rolar para frente.
(exigência: rolar seguindo um eixo)

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De joelhos no banco
Colocação das mãos em posição inferior, perto do banco.
Rolar para frente

Decúbito ventral no banco ou na parte superior do plinto


Colocação das mãos em oposição inferior, perto do banco.
Rolar para frente

Decúbito ventral no banco ou na parte superior do plinto


Colocação das mãos na extremidade do banco – cabeça no solo
Rolar para frente.

FOGOS GÍMNICOS
Objetivo: Conscientização da mobilidade do eixo corporal e o posicionamento das mãos

Posição inicial de cócoras


Desequilíbrio para trás, grupado
Voltar
Modificar a posição dos braços

Decúbito dorsal, pernas flexionadas: segurar o espaldar


Grupar – quadril alto

Decúbito dorsal, braços ao longo do corpo


Posição de vela, carpar.

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Finalizar pernas estendidas

Em pé: dorço na parede


Posicionar mãos (cotovelos fechados).

Grupado sobre as espáduas


Posição de mãos:
1. No solo (mãos espalmadas)
2. No banco (segurando)

SITUAÇÕES EM DEPENDÊNCIAS COM POUCOS RECURSOS


Objetivo: levar a criança a uma realização global da atividade

Sentado na parte superior do plano inclinado, mãos cruzadas ou não nas omoplatas
Rolar para trás
Finalizar de joelhos

Sentado na parte superior do plano inclinado


Rolar para trás
Levantar-se

Posição inicial sentado no banco inclinado: mãos posicionadas


Rolar para trás, segurando o banco
Levantar-se
(exigência: rolar seguindo um eixo)

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Posição inicial sentado no banco, braços para frente
Rolar para trás
Levantar pernas afastadas

Cócoras, mãos cruzadas ou Mão nas omoplatas


Rolar para trás
Finalizar de joelhos

DESLOCAMENTO EM QUADRUPEDIA – JOGOS GÍMNICOS


Objetivo: levar a criança à conscientização dos apoios sobre as mais e os pés.

Deslocamento em quatro apoios para frente, para trás ou lateralmente


“Marcha normal”
Passo travado.
Lento – rápido…
Em posição vertical.

Deslocamento em quatro apoio para frente, para trás lateralmente


Em posição dorsal.

Lagarta
Levar alternamente os pés para perto das mãos, conservando braços e pernas estendidos.

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Lagarta
Mesma situação em deslocamento para trás.

Elefante
Deslocar-se, braços e pernas estendidas.

APOIOS EM QUADRUPEDIA
Objetivo: conscientização da transferência do peso do corpo de apoio para outro.

Apoios em quadrupedia, em posição dorsal


Pés em um arco, descrever um círculo com as mãos
Mãos em um arco, descrever um círculo com os pés.

Apoios em quadrupedia em posição ventral


Mãos em um arco, descrever um círculo com os pés.
Pés em um arco, descrever um círculo com as mãos.

Passagem do apoio dorsal para o apoio facial

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Em apoio sobre uma Mão, em posição lateral
Mãos em um arco, descrever um círculo com os pés.
1 pernas flexionadas;
2 pernas estendidas.

Posição inicial – apoio em quadrupedia


1 elevar perna direito e braço esquerdo
2 elevar perna esquerda e braço direito.

DA QUADRUEDIA À TRIPEDIA
DA TRIPEDIA AO APOIO DE MÃOS
Objetivo: conscientização da transferência do peso do corpo para as mãos.

Deslocamentos em tripedia
Colocação das 2 mãos simultaneamente.
Depois colocação do pé, com elevação da perna livre estendida para frente, para trás.
(Possibilidade de utilizar os traçados no solo como pontos de referencia).

Posição inicial em afastamento Antero posterior


Colocação das mãos no solo: elevação da perna traseira estendida, perna de apoio estendida.
Levantar-se: mesmo exercício com a outra perna.

Deslocamento em tripedia dorsal.

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Carrinho de mão a dois
l ajudante – l executante.
O executante desloca-se para frente ou para trás, pernas seguras pelo ajudante.
No lugar, o executante flexiona e estende braços alternadamente.

Mesma situação, o executante desloca-se no banco.

PARADA DE MÃOS DINÂMICA: ESTRELA


Objetivo: conscientização dos apoios alternados

Tronco ereto diante do banco


Colocar sucessivamente no banco mão esquerda, mãos direito, etc..
Impulsão da perna esquerda e lançamento da perna direita.
Apoio rápido sobre as mãos, colocar pé direito e depois pé esquerdo.;
Variante: mesma situação, mãos no solo.

Treinamento para realização da estrela como tomada de apoios (mãos e pés)


No arco de um círculo estrela.

Posição inicial no banco


Apoios de mãos no banco
Apoios de pés em posição inferior.

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Com o ajudante
O ajudante para o executante em posição de parada de mãos, pernas afastadas.

Estrela.

MINI-COMBINAÇÕES
Rotações duplas ou combinadas no solo

Rotação à frente, grupada + rotação à frente, grupada

Rotação à frente, grupada + rotação à frente, em afastamento

Rotação à frente, grupada + pirueta + rotação para trás, estendida

Rotação à frente, estendida + meio giro + rotação para trás, em afastamento.

ROTAÇÕES DUPLAS E COMBINADAS A PARTIR DO APOIO OU DA SUSPENSÃO

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Rotação à frente + rotação para trás, nas barras paralelas

Rotação à frente + rotação para trás, nas cordas

Rotação à frente + rotação para trás, na barra fixa baixa

Corrida de impulsão + rotação à frente no plinto + queda + meio giro + rotação para trás.

ROTAÇÕES COMBINADAS NOS APARELHOS E NO SOLO

Rotação à frente na barra fixa + rotação à frente no solo

Rotação à frente nas argolas + rotação para trás no solo

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Rotação para trás nas barras assimétricas + rotação à frente + rotação para trás, no solo

Rotação à frente na barra fixa + rotação para trás + rotação à frente, afastada, no solo.
COMBINAÇÃO ROTAÇÕES + APOIO + EQUILÍBRIO…

Rotação à frente + estrela

Parada de mãos + rotação à frente + pirueta + equilíbrio glúteo + vela

Estabelecimento na trave + equilíbrio sobre uma perna + mortal para frente.

Rotação à frente estendida, em afastamento + flexão fácil + apoio sobre o dorso, pernas
estendidas para trás + vela.

V. QUALIDADES FÍSICAS

O trabalho da GRD desenvolve as qualidades físicas, também chamadas de valências físicas,


envolvidas diretamente com os movimentos da modalidade e que necessitam ser trabalhadas. A seguir, as
definições das valências físicas e suas divisões.
Velocidade - Qualidade física particular do músculo e das coordenações neuro-musculares que

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permite a execução de uma sucessão rápida de gestos que constituem, numa mesma ação, uma
intensidade máxima de duração breve ou muito breve (Tubino, 1979, p.180).
Força - Ação que causa uma mudança no estado de movimento de um objeto. É o produto da
massa de um objeto pela sua aceleração linear. A força é medida em newtons (N). Do ponto de vista
fisiológico, a força é a capacidade de exercer tensão contra uma resistência, que ocorre por meio de
diferentes ações musculares (Barbanti, 1994, p.130).
Equilíbrio - Combinação de ações musculares com o propósito de assumir e de sustentar o
corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade (Tubino, op. cit., p.180).
Coordenação - Integração do sistema nervoso central e da musculatura esquelética num
movimento ou numa seqüência de movimentos (Barbanti op. cit., p.62). Permite que o indivíduo assuma a
consciência e a execução, levando-o a uma integração progressiva de aquisições, favorecendo-o a uma
ação ótima dos diversos grupos musculares na realização de uma seqüência de movimentos, com o
máximo de eficiência e economia (Idem, p.180).
Ritmo - Qualidade física explicada por um encadeamento de tempo, uma mudança de tensão e
de repouso, enfim, uma variação regular com repetições periódicas. (Idem, p.180). É a fluência de
movimentos em repetições compassadas que fazem parte de um conjunto de movimentos (Marins e
Giannichi, 1996, p.111). É a ordem e a proporção no tempo e no espaço (PalIarés, 1983, p.23).
Agilidade - Qualidade de executar movimentos rápidos, ligeiros com mudanças de direção
(Barbanti, 1994, p.07).
Resistência - Capacidade de sustentar uma carga de trabalho, o mais longo tempo possível,
sem fadiga. É, também, a capacidade dos seres humanos de resistir à fadiga que ocorre durante um stress
físico até o final de uma tarefa e, em alguns casos, até a exaustão (Barbanti, op. cit., p.256).
Flexibilidade - Execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma
articulação, ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem Flexibilidade o risco de
provocar lesão (Dantas, 1999, p.57).
Descontração - Fenômeno neuro-muscular resultante de uma redução de tensão na
musculatura esquelética (Tubino, 1979, p.181).

Divisão Das Qualidades Físicas


Velocidade
Velocidade de Reação - Também chamada de tempo de reação. Capacidade de reagir a um
estímulo no menor tempo possível (Barbanti op. cit., p.29B).
Velocidade de Deslocamento - Capacidade máxima 'de um indivíduo em deslocar-se de um
ponto ao outro. É uma valência física, específica em provas de velocidade.
Velocidade dos Membros - Tempo gasto por um indivíduo para impulsionar seu corpo, ou parte
dele, no espaço (Marins e Giannichi, 1996, p.75, citando Johnson & Nelson). É a capacidade de mover os
braços, ou pernas, tão rápido quanto possível. É confundida com a velocidade de deslocamento; observa-se
a diferença entre dois corredores quando um demonstra maior freqüência nas passadas (maior velocidade
dos membros), mas não consegue imprimir maior velocidade que o outro (este tem maior velocidade de
deslocamento) (Tubino, op. cit., p.184).
Força
Dinâmica (Isotônica) - Tensão muscular produzindo movimento (Farinatti e Monteiro, 1992,
p.54). Envolve as forças dos músculos nos membros em movimento, ou então suporta o peso do corpo em
movimentos repetidos (Tubino, op.cit., p.185).
Estática (Isométrica) - Geração de tensão muscular contra uma resistência, sem, no entanto,
vencê-Ia ou ser vencida por ela (Farinatti e Monteiro op. cit., p.56). É utilizada durante a permanência em
posições de sustentação do peso do corpo sobre uma perna, por exemplo.
Explosiva - Capacidade de exercer o máximo de energia num ato explosivo. É também
conhecida como potência muscular (Marins e Giannichi, 1996, p.86).
Equilíbrio
Dinâmico - Capacidade de manter o equilíbrio enquanto se move (Barbanti, 1994, p.102). Esta
qualidade física é essencial para a Ginástica Rítmica Desportiva.
Estático - Equilíbrio conseguido durante a permanência numa determinada posição. A GRD
utiliza muito esta qualidade física em posições de sustentação em apenas uma perna, por exemplo.
Recuperado - Recuperação do equilíbrio após um movimento, característico do final dos saltos.
Resistência
Aeróbica - Obtenção da energia através de processos bioquímicos realizados em presença de
oxigênio.
Anaeróbica - É o trabalho realizado com déficit de oxigênio. Sua principal fonte de energia é o
ATP presente em pequena quantidade na célula, nos primeiro segundos da contração muscular. A GRD se
utiliza deste sistema durante a realização dos saltos, em deslocamentos rápidos e nos movimentos
estafantes, como, por exemplo, com o material corda.
Resistência Muscular Localizada (RML) - Envolve a capacidade de um músculo, ou

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grupamento muscular, em repetir movimentos (dinâmicos), ou manter um certo grau de tensão por algum
tempo (estático) (Gettman in ACSM,1994, p.164). Para suportar um determinado trabalho, é preciso que
este não seja muito intenso. ARMIL está presente em quase todos os movimentos da GRD.
Descontração
Total (relaxamento total) - É um processo para reduzir a tensão fisiológica, bem como a
psíquica (Barbanti, 1994, p. 254). Auxilia na recuperação de esforços físicos, realizados. Está ligada a
processos psicológicos e que deve ser sempre utilizada, após uma aula ou treinamento.
Diferencial - Permite a descontração de grupos musculares isolados. Chamada de relaxamento
diferencial, a descontração diferencial colabora para a eficiência mecânica dos gestos específicos ela
modalidade (Tubino, op. cit., p.214).
OBS: Durante a realização dos movimentos de GRD utiliza-se, constantemente, esta qualidade
física. Por exemplo, após os braços atingirem o ponto máximo durante a realização de um balanceamento,
segue-se a fase de descontração que oferece um novo impulso para a fase seguinte, que seria a realização
de um novo balanceamento.

VI. OS MOVIMENTOS A MÃOS LIVRES

Primeiramente, precisamos definir os planos utilizados pelos movimentos da GRD.


O plano frontal é utilizado por movimentos que passam pela frente do corpo, o dorsal é mais
requisitado durante a utilização de materiais passando por trás do corpo; o plano sagital é percorrido pela
lateral do corpo, e o plano horizontal é utilizado por movimentos realizados paralelamente ao solo.
Superior

Inferior
Figura 1: Planos anatômicos da orientação Fonte: Hay & Reid. 1985. p.07

Os planos de orientação direcionam os movimentos articulares realizados pelo corpo humano,


e são descritos por Pereira (1997):
Flexão: movimento de aproximação entre dois segmentos adjacentes, diminuindo o ângulo
articular.
Extensão: movimento de afastamento entre dois segmentos adjacentes, aumentando o ângulo
articular.
Rotação: ato de girar ou mover uma parte, ou segmento corporal, em torno do seu eixo.
Supinação: rotação lateral do antebraço de modo que a região palmar fique voltada para cima
(anterior, tendo como referência a posição anatômica).
Pronação: rotação medial do antebraço, de modo que a região palmar fique voltada para baixo
(posterior, tendo como referência a posição anatômica).
Abdução: movimento de uma articulação, em que um segmento é movido lateralmente,
afastando-se da linha média do corpo.
Adução: movimento de uma articulação, em que um segmento é movido em direção à linha
média do corpo.
Flexão plantar: flexão do tornozelo, em que a região plantar vai em direção ao solo,
proporcionando um aumento do ângulo formado pelo dorso do pé e a parte anterior da perna.
Dorsiflexão: flexão do tornozelo com uma diminuição do ângulo formado pelo dorso do pé e a
parte anterior da perna.
Eixo longitudinal: atravessa o corpo de cima para baixo, perpendicular ao eixo transversal.
(Barbanti, p.95)
Formação Corporal

24
Esta fase assume um papel de grande importância durante a execução de uma aula, pois nela
trabalham-se as qualidades físicas envolvidas na realização dos movimentos da GRD. Deve ser
desenvolvida a flexibilidade, para a realização de movimentos com grande amplitude que requeiram
elasticidade muscular e amplitude articular de membros inferiores, articulação do ombro e coluna vertebral.
A resistência muscular localizada é exigida no molejo, nos impulsos e balanceamentos, com atenção
especial durante a utilização de materiais. A força, principalmente explosiva de membros inferiores, é
exigida no treinamento dos saltos. Os equilíbrios estático, dinâmico e recuperado são necessários durante a
realização dos movimentos em posições sobre uma perna, sem deslocamento, após os giros, os saltos e os
saltitos.
O molejo
É utilizado para "amortecer" o movimento e, ao mesmo tempo, impulsionar o movimento
seguinte. Para Bizzochi e Guimarães (vol. I, p. 54), "o termo molejo provém da palavra mola e, como tal,
deve dar a quem o executa ti sensação de ter molas sob os pés". Consiste em semi-fle xionar e estender os
joelhos, de uma ou ambas as pernas, com ou sem deslocamento. O movimento, associado ao molejo,
torna-se mais "macio" e agradável, tanto para o executante, quanto para o observador. Deve ser trabalhado
no início do aprendizado, pois é associado à maioria dos movimentos da GRD.

Transferência de Peso
Segundo Erica Saur, "é o deslocamento do centro de gravidade, causando um desequilíbrio
momentâneo e, conseqüentemente, a tentativa do domínio do corpo na nova posição", Consiste em
transferir o peso corporal de uma perna para outra. Divide-se em transferência baixa e transferência alta. A
transferência baixa é realizada através da semi-flexão de um joelho, seguido do outro, transfe rindo, assim, o
peso do corpo de uma para a outra perna.
Transferência Baixa

A transferência alta é realizada com as pernas em extensão, transferindo o peso de uma perna
para a outra, em meia ponta. Isto é, eleva-se os calcanhares e apóia-se, apenas, sobre a parte anterior da
planta dos pés.
Transferência alta

A transferência pode ser realizada lateralmente (plano frontal), para a frente e para trás (plano
sagital), ou durante um deslocamento.
Balanceamentos
Os balanceamentos são movimentos de ir e vir dos braços, das pernas e do tronco, sendo os
braços os que mais realizam tal movimento.
Os balanceamentos podem ser simétricos ou assimétricos. Os simétricos são os
balanceamentos dos dois braços, utilizando-se o mesmo plano, e na mesma direção.
Os assimétricos são os balanceamentos dos braços, em direção oposta. Estes podem ser
realizados nos planos frontal, frontal/dorsal e sagital.

25
balanceamentos simétricos balanceamento assimétrico no plano frontal

balanceamento assimétrico no plano sagital

Os balanceamentos dos braços no plano frontal são realizados através dos movimentos
contínuos de abdução, adução e flexão horizontal da articulação do ombro. Já os balanceamentos no plano
sagital utilizam os movimentos de flexão e de extensão do ombro. Os balanceamentos dos braços sempre
são associados aos movimentos corporais. Eles podem ser utilizados durante os saltitos, passos, giros e
outros, ou realizados sem deslocamentos. Porém, nestes últimos, os balanceamentos devem ser
associados, simultaneamente, ao molejo de pernas unidas, com os objetivos de proporcionar suavidade ao
movimento. Em resumo, basta usar a criatividade e a versatilidade que os movimento da GRD oferecem.

Circunduções
As circunduções são movimentos circulares e podem ser realizados com pernas e braços,
sendo estes últimos os mais utilizados. As circunduções têm corno ponto fixo as articulações e são
realizadas no plano frontal ou sagital, associadas aos balanceamentos, transferências e movimentos
corporais. As circunduções podem ser simétricas, quando os dois braços percorrem a mesma trajetória, ou
assimétricas, quando os braços circundam em direções opostas. As circunduções simétricas e assimétricas
podem ser executadas nos planos frontal e sagital.

Circundação assimétrica no plano frontal

Circundação assimétrica no plano sagital

26
As circunduções exigem grande amplitude articular por parte do executante e devem sempre
respeitar o plano durante sua execução, Barbanti (1994, p.48) define a circundução como sendo um
“movimento que descreve uma área cônica, realizando-se em seqüência flexão, abdução, extensão e
adução". Por isso, ° trabalho de flexibilidade nas articulações mais exigidas deve ser intensificado.
Quando são utilizados os aparelhos, a solicitação é ainda maior. Alguns materiais de GRD
realizam circunduçães no plano horizontal que serão descritas, oportunamente, quando discutido cada
aparelho, especificamente.

PLANO DE AULA DE GRD

As partes componentes do plano de aula de GRD devem obedecer à seguinte disposição:


introdução, parte educativa e/ou formativa, parte aplicada e encerramento (Érica Saur, sd, p.31).
As aulas devem estabelecer entre si uma cadeia ele continuidade e de progressão, não
devendo constituir-se um elemento avulso, isolado. Cada aula corresponde a um elo de uma cadeia de
acontecimentos sucessivos, isto é, a continuação de uma aula anterior e, ao mesmo tempo, um início para a
aula seguinte.
Objetivos e características das diferentes partes da aula:
1ª Parte: Introdução (aquecimento)
Objetivo: visa aquecer e desinibir rapidamente os alunos e despertar o interesse pela atividade.
Característica: deve ser uma atividade vivificante e alegre. Utilizam-se locomoções ligeiras e
dinâmicas (andar, saltitar, correr), de fácil realização, executadas em grupos, aos pares, a três etc.
2ª Parte: Educação do movimento e/ou Formação corporal (formas básicas de movimento)
Destina-se à realização de movimentos naturais como estirar, apoiar, flexionar, circundar,
sentar, deitar, elevar etc. Deve consistir, também, de exercícios de fortalecimento e de condicionamento do
tronco, de braços e de pernas.
3ª Parte: Aplicação
Este é o módulo principal onde são aplicados os movimentos realizados na 2ª parte da aula.
Consiste na associação de dois ou mais movimentos, de jogos de movimentos de forma lúdica e de
composições de movimentos, no tempo e no espaço, subordinados à música.
4ª Parte: Encerramento (volta à calma)
É a Fase de descontração muscular que favorece a descontração nervosa. As atividades
empregadas nesta parte da aula não devem ser intensas. Utilizam-se marchas lentas de relaxamento,
comentários técnicos, atividades sensoriais, cantos etc. Em geral, 2 a 5 min. são suficientes.

PEDAGOGIA DOS MOVIMENTOS A MÃOS LIVRES

Seqüência pedagógica dos balanceamentos, associados ao molejo de pernas.


PI (posição inicial) - Pernas unidas.
O molejo de pernas é realizado, no momento em que as mãos estão passando por baixo da
trajetória, próximo aos joelhos. O molejo das pernas quando associado aos balanceamentos dos braços, dá
suavidade à execução, formando um conjunto agradável de movimentos corporais.
- Balanceamento simétrico no plano frontal - Os braços vão na mesma direção, de um lado
para o outro, passando pela frente do corpo, sem ultrapassar a altura do ombro.
- Balanceamento assimétrico no plano frontal Os dois braços vão em direção contrária,
abduzindo-se a 90º, e voltam, cruzando-se à frente do quadril.
- Balanceamento simétrico no plano sagital - Os dois braços executam, simultaneamente, o
balanceamento ao lado do corpo, para frente e para trás. Cada braço realiza o movimento no seu lado
correspondente.
- Balanceamento assimétrico no plano sagital Enquanto um braço executa o balanceamento
para a frente, o outro realiza o movimento para trás, passando ao lado do corpo.
- Circundução simétrica no plano frontal - Os dois braços, simultaneamente, descrevem um
círculo no ar, pela frente do corpo, indo na mesma direção.
- Circundução assimétrica no plano frontal - Os dois braços descrevem um círculo no ar em
direção contrária - os dois para dentro ou os dois para fora.
- Circundução simétrica no plano sagital - Os braços descrevem um círculo ao lado do corpo,

27
girando para a frente ou para trás.
- Circundução assimétrica no plano sagital - Este movimento tem um grau muito grande de
dificuldade. Enquanto um braço executa uma circundução para trás, O outro executa uma circundução para
a frente. Os braços se aproximam nas faces laterais da cabeça e do quadril.
A seqüência pedagógica é muito importante. Assim, após a realização dos educativos com PI
com pernas unidas, deve-se associá-los à transferência baixa de peso, durante os balanceamentos, e com
transferência alta de peso, durante as circunduções, no momento em que os braços passarem acima da
cabeça. Geralmente, durante os balanceamentos de braços, as pernas realizam apenas a transferência
baixa de peso, de um lado para o outro (semi-flexionando os joelhos), e quando os braços passam por cima
da cabeça, durante uma circundução, as pernas realizam a transferência alta de peso do corpo, isto é, o
peso do corpo é transferido com a perna estendida, de uma para outra, pela meia-ponta dos pés.

DESLOCAMENTOS: PASSOS E SALTITOS

- Passo motejado para frente e para trás - Andar transferindo o peso elo corpo através ela
semi-flexão c da extensão (molejo) alternada das pernas.

Passo molejado para frente

- Passo ponteado - Andar com extensão de Ilma· perna à frente, tocar o solo com a ponta do
pé, em seguida com o calcanhar e dar um passo à frente, trocando a perna para realizar uma nova
seqüência.

- Saltito unido - Saltitar com as pernas unidas e estendidas, realizando um molejo ao abordar o
solo, com o objetivo de amortecer a queda.

- Primeiro saltito para a frente e para trás - Elevar um joelho (perna e quadril semi-flexionados
a, aproximadamente, 90°) à frente do corpo, saltitando, alternadamente, sobre um pé só (uma vez sobre a
perna direita e outra sobre a esquerda), com deslocamento para a frente e para trás.
Geralmente, o movimento mais utilizado dos braços é o balanceamento assimétrico no plano
sagital, alternando-se um joelho com o braço oposto à frente. A partir deste movimento podem ser criados
vários outros como, por exemplo, balanceamentos e circunduções simétricas nos planos frontal e sagital.

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- Segundo saltito para a frente e para trás - Também chamado de galope. Consiste em elevar,
quase simultaneamente, os dois joelhos à frente do corpo, realizando-se um galope (ou uma pedalada no
ar). O pé que saiu primeiro do chão abordará, também, primeiro o solo. Deve-se sempre alternar a elevação
do joelho, solicitando que o executante realize o movimento, ora com a perna direita, ora com a perna
esquerda, para que não haja maior sobrecarga em um dos segmentos. Os braços podem estar
posicionados aos lados, abduzidos a 90°, ou realizando variações como circunduções, e balanceamentos
simétricos ou assimétricos.

Primeiro e segundo saltitos combinados para a frente e para trás – O aprendizado destes dois
movimentos associados e bastante difícil, pois requer uma grande coordenação motora. Realiza-se o
primeiro saltito com uma perna e o segundo saltito com a outra. Para se iniciar novamente a seqüência dos
dois saltitos, a perna que irá executar o primeiro saltito é a mesma que realizou o segundo saltito anterior.
Ex: 1º saltito/perna direi ta, 2°saltito / perna esquerda; em seguida, 1º saltito / perna esquerda,
2°saltito/perna direita, obrigando-se a alternar sempre a perna.

- Passo balanceado para a frente - Realiza-se uma transferência baixa do peso do corpo no
plano sagital. Isto é, um vai-e-vem do corpo, para a frente e para trás, sem tirar os pés do chão,
posicionados um à frente do outro. Logo após, dá-se um passo, trazendo-se o pé que estava atrás para a
frente e inicia-se nova transferência do peso do corpo. Ex: pé direito à frente e esquerdo atrás, com o peso
do corpo sobre esta perna. O peso do corpo é transferido para o pé da frente e depois para trás; o alu no dá
um passo à frente, troca a perna e inicia o movimento, novamente.

- Passo-troca-passo (ou passo trocado, ou passo-une-passo) para a frente e para trás -


Consiste em dar um passo com uma perna, trazer a perna que estava atrás, unir os pés, e dar outro passo
com a primeira perna. Este movimento sempre é realizado com alternância de pernas. Ex: dar-se um passo

29
com a perna direita, trazer a esquerda que está atrás, unir os perné1s e dar novo passo com a direita. Para
trás o mecanismo é o mesmo: dá-se um passo para trás com a perna esquerda, une-se a per na direita e dá-
se outro passo com a perna esquerda. Geralmente, utiliza-se o passo-troca-passo associado à circundução
dos braços no plano sagital.
- Passo balanceado seguido de passo-trocado. União dos dois passos anteriores. Executa-se o
passo balanceado e logo em seguida o passo-trocado, reiniciando a seqüência com a outra perna. Ex:
passo balanceado com a perna direita seguido de passo trocado, reiniciando-se o passo balanceado com a
perna esquerda.
- Passo balanceado seguido de passo cruzado para o lado – Este deslocamento é realizado no
plano frontal. Realiza-se uma transferência de peso do corpo para um lado e para o outro e, em seguida,
desloca-se para o lado, afastando-se e cruzando-se as pernas. Ex: transferência de peso para a direita e
para a esquerda, seguida de deslocamento lateral para a direita, cruzar a perna esquerda pela frente depois
afastar a perna direita.
- Passo-tesoura - Elevação de uma perna seguida da outra, estendidas à frente do corpo,
executando se uma tesoura no ar. Quando realizado para trás, este' movimento exige gré1nde extensão de
quadril e da coluna lombar.

passo tesoura para frente passo tesoura para trás

- Polca (ou terceiro saltito) com giro simples Também chamado de galope lateral.
Deslocamento no plano frontal, em que as pernas afastam-se lateralmente e, em seguida unem-se. São
executados dois saltitos, e logo após, dá-se um giro de meia-volta, pela frente do corpo, continuando-se o
deslocamento na mesma direção.
- Polca (ou terceiro saltito) com giro por fora São os mesmos dois passos laterais, porém o giro
de meia volta é realizado por trás do corpo, seguindo-se sempre na mesma direção.
- Passo de valsa - São três passos (três tempos) sucessivos realizados diagonalmente à direita
e à esquerda. É semelhante ao "chassé" utilizado no ballet.

- Passo cruzado no frontal - Afasta-se uma perna lateralmente e cruza-se a outra pela frente,
deslocando-se sempre na mesma direção, para a direita ou para a esquerda.

- Passo-pulo com pernas estendidas (ou flexionadas) - É o salto com um afastamento ântero-
posterior das pernas estendidas ou flexionadas. Uma perna eleva-se à frente e logo em seguida a outra
atrás, com o objetivo de buscar o maior espaço possível durante o salto. A perna da frente é a que aborda o
solo primeiro, após a fase de vôo. É o educativo para o salto "spacat".

30
Passo pulo
- Cadete simples ou associado à Polca - O cadete é um giro no ar em que se eleva uma perna
e depois a outra. O seu aprendizado associado ao galope lateral é mais fácil, pois este dá maior impulso e
elevação do solo. O cadete consiste em saltar elevando-se uma perna, depois a outra e, ao mesmo tempo,
gira-se no ar, abordando o solo com a perna contrária à de impulsão (a que impulsionou o solo para a
realização do salto). O cadete pode ser realizado com as pernas estendidas ou flexionadas.

- Movimentos em oito no plano horizontal- nestes movimentos os braços descrevem um oito no


ar, paralelo ao solo. Realizam uma circundução acima da cabeça e, logo em seguida, descrevem um círculo
à frente do corpo. Este movimento será melhor detalhado mais à frente, quando os materiais forem
descritos.

VII. APARELHOS DA GRD

Cada material tem os movimentos característicos, geralmente associados aos descritos no


capítulo anterior. Os materiais oficiais utilizados pela GRD são: bola, corda, fita, maças e arco. Estes têm
peso e dimensões exigidos em competições e pré-determinados no código de pontuação.
Porém, para o aprendizado, com o objetivo de utilizar-se a GRD como mais uma atividade
contribuinte para o desenvolvimento do esquema corporal e o aprimoramento da motricidade humana, os
aparelhos oficiais podem, perfeitamente, ser adaptados e confeccionados com matéria prima mais barata.
Também torna-se válida, neste caso, a utilização de aparelhos alternativos: lenços, materiais
de percussão como cocos divididos ao meio, pequenos bastões, pandeiros, faixas largas, tiras de papel ou
plástico, bandeiras e outros, elaborados através da criatividade do profissional interessado nesta
modalidade.
Os materiais utilizados na GRD têm o objetivo de desinibir, facilitar a realização do movimento
e favorecer a educação rítmica. Porém, SAUR (sd, p.27) lembra que o aparelho manual " perderá seu valor
educacional momento em que constituir um obstáculo à execução dos exercícios passar a ser apenas um
objeto de adorno."

MATERIAIS OFICIAIS

CORDA
Normas do Aparelho de acordo com o Código de Pontuação de GRD
Material: a corda pode ser de cânhamo ou de material sintético, sob a condição de que este
material possua as qualidades de leveza e de flexibilidade idênticas às cordas de cânhamo.
Comprimento: proporcional à estatura do/da ginasta.
Extremidades: sem empunhadura ou, simplesmente, apresentando um ou dois nós nas
extremidades que podem ser cobertas por um material antideslizante.
Forma: de diâmetro uniforme ou progressivamente mais espessa em sua parte central, sob a
condição de que este reforço seja do mesmo material da corda.
Cor: natural ou tingida (total ou parcialmente).
Grupos de elementos
 Saltos por dentro da corda aberta, segura pelas duas mãos, com giros para a frente e para
trás;
 Saltitas por dentro da corda aberta, segura pelas duas mãos, com giros para a frente e para
trás.
 Balanceamentos, circundações, rotações, movimentos em oito;
 Lançamentos.
OBS: Os saltitas são pequenos saltos elevados o suficiente a fim de que a corda possa
facilmente sob os pés. Os saltos são caracterizados por um movimento de suspensão nitidamente visível. A
corda não deve tocar o solo.
Estes elementos são coordenados aos elementos corporais e realizados com a corda aberta ou
dobrada, segura por uma ou duas mãos, com ou sem troca de mão, em diferentes planos e direções, com
ou sem deslocamento, em apoio sobre um ou dois pés e/ou com a corda girando ·em diferentes sentidos
(direções).
OB5: É igualmente possível executar-se os movimentos de enrolamento, de espirais e de

31
"quicadas". Estes movimentos não são típicos deste aparelho, porém, podem ser utilizados como elementos
de ligação, a fim de tornar-se o exercício mais variado.
Técnica de manejo
A corda deve ser mantida levemente de maneira que tenha toda a mobilidade necessária à
execução dos elementos próprios a este aparelho.
A corda pode ser segura com as duas mãos, em cada extremidade, no meio, uma das mãos no
meio e a outra na extremidade, corda aberta ou dobrada em dois, três ou quatro. As pontas da corda não
podem sobrar e para fora das mãos.
O impulso dado para os giros da corda é feito a través do trabalho de circundação dos punhos;
O ombro participa apenas do primeiro giro.
Durante todos os exercícios específicos da corda, o aparelho deve manter sempre um desenho
preciso. Os movimentos devem ser executados com continuidade, de maneira que a corda esteja sempre
em movimento e que os impulsos que se seguem sejam suficientes para vencer o peso do aparelho, que
não deve jamais perder a tensão, tornar-se "mole" ou "prostrado". A amplitude dos movimentos está em
relação ao ritmo (ritmo rápido: movimentos limitados - ritmo moderado: movimentos amplos).
Aprendizado
A corda é um material indicado para o início do aprendizado da GRD com aparelhos. Para ser
manuseada, ela, quase sempre, necessita das duas mãos, o que contribui bastante para o desenvolvimento
da habilidade de utilização dos dois lados do corpo, forçando o lado não dominante a acompanhar o
dominante. Ela proporciona, ainda, melhorias na condição física do executante como maior impulsão,
resistência aeróbica e anaeróbica (que dependerá do tempo de execução de alguns movimentos,
principalmente os estafantes) o aprimoramento da coordenação motora, entre outras.
A corda não deve ter empunhadura de madeira ou material similar, pois pode causar pequenos
acidentes durante a recuperação do aparelho após um lançamento.
As cordas de seda entrelaçada são as mais indicadas e facilmente encontradas em lojas de
material de pesca ou de ferragem. As que são apenas "torcidas" com o tem po vão se desenrolando,
tornando difícil o manuseio, e' correm o risco de se danificarem.
O tamanho da corda varia de acordo com O executante. As duas pontas devem chegar até a
altura do ombro, com o meio preso sob os pés.

MOVIMENTOS COM A CORDA

Familiarização
O primeiro movimento que uma pessoa faz quando pega uma corda é de querer pular. Esta é
sua característica fundamental. No entanto, é preciso alertar o aluno para que os joelhos semi-flexionem-se
ao abordar o solo, amortecendo a queda. A corda pode ser utilizada segura por uma ponta, dobrada em
duas, em três ou em quatro partes, segura por uma ou por duas mãos, ou, mais usualmente, aberta com
cada ponta segura em uma das mãos.

Quando a corda é utilizada dobrada em quatro partes, existe uma técnica especial para segurá-
la: uma das pontas deve estar segura entre os dedos polegar e indicador, juntamente com a extremidade da
dobra da corda. A outra ponta é colocada entre os dedos indicador e médio, para que uma das
extremidades fique segura pela mão quando as outras partes da corda forem soltas.

32
Todos os movimentos a mãos livres podem ser realizados com a corda, além daqueles
característicos apenas para este material. A familiarização com este aparelho não é muito diferente das
brincadeiras infantis em que participam duas, três ou mais pessoas:
- Em dupla, pular simultaneamente a mesma corda, com apenas uma pessoa "batendo" para a
frente e para trás .
- Um companheiro arrasta a corda pelo chão segurando apenas por uma ponta e o outro tenta
pisá-la ou pegá-la.
- Um colega tenta laçar o outro.
- Em dupla, um ao lado do outro e de mãos dadas, pular a mesma corda para a frente e para
trás. Trocar de lado e utilizar a outra mão para bater a corda.
- Em trio, dois colegas "batem" a corda e o outro pula parado ou com deslocamento para a
frente e para trás, sempre trocando de lugar para que todos vivenciem as diversas posições.
- A brincadeira do "reloginho": duas pessoas batem para que outra passe correndo sob a corda
em movimento, sem tocá-la.
- Duas pessoas batem a corda e ao mesmo tempo tentam pular a corda de outra dupla.
Os movimentos em dupla ou com mais participantes são interessantes pois motivam a aula e
proporcionam uma rápida desinibição.
Saltito por dentro da corda
-Corda aberta com uma ponta em cada mão para a corda, oito tempos para a frente e oito
tempos para trás com um saltito unido para cada diro da corda. Isto é, sem entrepulo entre os saltitos

saltito unido
- Em deslocamento, dar passos corridos por dentro da corda aberta, com giros para a frente,
sem entrepulo. Isto é, para cada giro da corda dar um passo, saltando-a com o pé direito e, imediatamente,
com o esquerdo.

- Segundo saltito para a frente e para traz (saltitas por dentro da corda aberta com passo
intermediário entre os saltitos).

33
-Primeiro saltito para frente e para trás. Este saltito deve ser executado com a corda passando-
se por baixo do pé de impulsão. Após a corda" passar sob o pé, o mesmo deverá tocar o solo e só então
trocar de perna.

- Saltitos unidos ou sobre um pé, com giros da corda, lateralmente ao corpo. Um braço está
elevado à frente do corpo e o outro atrás, com a corda girando para a direita ou para a esquerda. Inverter a
posição dos braços para realizar os giros da corda para o outro lado.

Balanceamentos
São realizados simultaneamente com molejo, quando as pernas estiverem unidas, ou com
transferência de peso, quando estiverem afastadas. Podem ser:
- Com a corda dobrada em duas partes, segura por uma das mãos, no plano frontal ou no
plano sagital - A corda desenha no ar um semi-círculo, aproximadamente até a altura do ombro.
No plano frontal ela vai para a direita e para a esquerda e no plano sagital, para a frente e para
trás, alternando-se sempre a mão que está segurando a corda. O braço deve alcançar a amplitude total no
final do movimento.
Cuide para que o material não esbarre no chão para não perder o "desenho". O braço sem
material pode estar posicionado ao lado, abduzido a 90° ou com a mão na cintura.

Balanceamento no plano frontal com a corda dobrada em dois

- Balanceamento nos planos frontal e sagital, com a corda aberta e segura pelas duas mãos
que devem estar um pouco separadas.

34
balanceamento no plano balanceamento com a corda
frontal com a corda aberta aberta no plano sagital

Circunduções
As circunduções são movimentos circulares completos e são importantes ligações entre
exercícios ou para mudança de formação durante uma série. Podem ser associadas aos balanceamentos,
aos saltitos, saltos e todos os deslocamentos.
As circunduções com a corda podem ser realizadas nos seguintes planos:
frontal - circundução à frente do corpo;
dorsal - circundução por trás do tronco;
sagital - circundução ao lado do corpo; horizontal- circundução paralela ao solo, acima da
cabeça, em volta do pescoço, da cintura ou próxima ao chão.

Movimento em oito
Estes são os movimentos em que a corda descreve um oito no ar, dobrada e segura por uma
mão, ou aberta e segura pelas duas mãos:
- Movimento em oito no plano sagital - A corda passa pelo lado direito e em seguida pelo lado
esquerdo do corpo. Ela pode ser dobrada e segura por uma das mãos, ou aberta e segura pelas duas.

- Movimento em oito nos planos frontal/dorsal- A corda faz uma circundução pela frente e, logo
em seguida, por trás do corpo.

Este movimento deve ser executado com cuidado por principiantes, pois a corda pode bater
no corpo e deixar marcas vermelhas.
- Movimento em oito no plano horizontal - A corda pode estar aberta, dobrada em duas ou em
quatro partes. Com a corda aberta, segura pelas duas pontas (com as mãos separadas), um braço, seguido
elo outro, descreve um círculo horizontal no ar sobre a cabeça, com a mão em supinação. Logo em seguida,
faz-se o mesmo à frente do corpo, com a mão em pronação.

Lançamentos
A corda pode ser lançada dobrada ou aberta, porém o fator mais difícil é a sua recuperação.
Por ser um material de pouca espessura e sem formato definido, o retorno da corda após o lançamento
deve ser trabalhado. Geralmente, utiliza-se uma circundução para impulsionar o lançamento. A corda pode
realizar uma ou mais rotações no ar, dependendo do impulso e da altura que o aparelho atingir. Ela pode
ser recuperada pelas duas pontas e, logo após, saltitar por dentro da corda ou segurá-la pelo meio deixando
as duas extremidades livres para executarem pequenas circunduções.
Como sugestão para se iniciar o aprendizado dos lançamentos, a corda pode ser segura

35
apenas por uma ponta:
- Com uma ponta da corda solta atrás, no solo, e a outra segura por uma das mãos, puxá-la e
segurar a outra ponta com a mesma ou com a outra mão.
- Lançar a ponta que está solta atrás, sobre o solo, recuperá-la com a outra mão e saltar a
corda para trás.
- Realizar o movimento em oito para trás, no plano sagital, com a corda aberta e segura pelas
duas mãos, soltar uma ponta da corda e recuperá-la com a mão livre.
- Realizar o movimento em oito no plano horizontal, soltar uma ponta da corda, puxá-la para
cima, recuperando-a com a mão livre.
- Girar a corda para trás, no plano sagital, dobrada em duas partes e segura por uma das
mãos, soltar uma ponta da corda e recuperá-la com a mesma.
- O mesmo movimento anterior (recuperando-se a corda com a outra mão), girá-la para trás e
saltar.
Os movimentos unilaterais devem ser trabalhados, também, para o outro lado, para que as
duas mãos sejam utilizadas.
Os lançamentos e as recuperações não obedecem regras nem planos pré-estabelecidos, por
isso podem ser trabalhados das formas mais criativas de movimentos com a corda
- Pular uma vez com a corda aberta e uma vez cruzando o braço à frente com giros do material
para a frente e para trás.

- Salto duplo - Passar a corda duas vezes sob os pés. Este movimento é mais fácil quando
realizado em deslocamento para a frente.

- Passo-troca-passo para frente, enrolando-se a corda no braço, e o mesmo movimento para


trás, desenrolando-a.
- Movimento em oito no plano sagital (dois tempos), com giro da corda para a frente ou para
trás, e saltitar a corda aberta.
- Balanceamento no frontal, com transferência de peso do corpo, seguido de giro do corpo,
passando-se a corda, acima da cabeça, descrevendo um círculo no plano frontal.

balanceamento no plano frontal de giro com circundução da corda

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- Balanceamento no plano sagital com a corda aberta e segura pelas duas mãos em dois
tempos, andar para a frente enrolando-se a corda em um braço e andar para trás desenrolando-a.
- Balanceamento no plano frontal, com transferência de peso, seguido de passo cruzado e de
circundução da corda, no mesmo plano, recomeçando-se para o outro lado.
- Balanceamento no plano frontal, transferência do peso do corpo, seguido de passo cruzado e
de movimento em oito nos planos frontal / dorsal, com a corda aberta, dobrada em duas partes, ou em
quatro (este movimenta se torna mais fácil elevando-se a corda acima da cabeça). Recomeçar para o outro
lado.

Movimento em oito no plano frontal/dorsal seguido de passo cruzado

- Balanceamento no plano frontal, girar e enrolar a corda na cintura. Girar para o outro lado,
desenrolando-a. O giro do corpo e do material deve ser realizado para o mesmo lado. Neste movimento, a
corda pode ser utilizada aberta com uma ponta em cada mão, ou dobrada em duas partes, segura apenas
por uma das mãos.
- Lançar a corda dobrada em quatro, recuperá-la com as duas mãos e saltitar por dentro.
- Lançar a corda, executar um rolamento e recuperá-la.
- Corrida com circundução horizontal acima da cabeça e execução de salto "spacat", passando
a corda sob as pernas afastadas e realizando uma circundução no mesmo plano.

Salto spacat

- Ajoelhado, circundução da corda acima da cabeça, realizar um giro sobre o quadril e ajoelhar
novamente passando a corda para a outra mão.'

- Partir da posição de pé, circundução da corda acima da cabeça, sentar, deitar, rolar o corpo
para o lado da mão sem material, sentar e levantar sem interromper a circundução da corda.
- Polca (galope lateral) - Saltar a corda quando as pernas estiverem unidas (observar para que
as pernas não se cruzem).

37
OBS: todos os movimentos devem ser executados para os dois lados.

BOLA
Normas do aparelho de acordo com o Código de Pontuação de GRD
Material: a bola pode ser de borracha ou de material sintético (plástico flexível).
Diâmetro: 18 a 20 em.
Grupo de elementos
 Lançamento por impulso ou empurrar;
 Quicardas;
 Rolamentos livres sobre o corpo ou sobre o solo;
 Circunduções, movimentos em oito com a bola em equilíbrio sobre uma das mãos.
OBS: É também possível efetuar-se os movimentos de rotação da bola .
Estes elementos poderão ser realizados com uma ou duas mãos, em todos os planos e
direções, em apoio sobre um ou os dois pés, com ou sem deslocamento, e serão coordenados com os
elementos corporais.
Técnica de manejo
Em razão da sua forma, a bola deve ser colocada' sobre a palma da mão que,
necessariamente, se amolda ao arredondado da bola. De acordo com Bizzocchi e Guimarães (vol. II, p.76),
dentre os materiais da GRD, na bola tem lima especificidade que a distingue dos demais: é o Único
aparelho que exclui a possibilidade de preensão. Os dedos podem estar unidos ou ligeiramente afastados.
Não é permitido apoiar a bola contra o antebraço, como também segurá-la com mão de garra com os
dedos.
Nos movimentos de quicar ativa (movimentos em que o executante não apenas solta o
material, mas dá impulso para a bola quicar) a mão acompanha o movimento da bola, para que esta não
faça barulho. Nos lançamentos por impulso, a bola desliza livremente sobre a ponta dos dedos. A
recuperação deve suceder-se sem ruído.
Os rolamentos livres (sobre o solo ou sobre o corpo) são aqueles em que a bola efetua, só e
livremente, seu trajeto, sem nenhum auxílio das mãos ou de qualquer parte do corpo. Nos rolamentos livres
a bola deve rolar sem sobressaltos sobre o solo ou sobre o corpo.
Os movimentos com a bola em equilíbrio sobre a palma da mão aberta, sobre o dorso das
mãos ou sobre uma parte do corpo devem ser executados de maneira a permitir, ao mesmo tempo, um
movimento corporal.
Aprendizado
A bola é muito conhecida e utilizada em muitas brincadeiras, atividade física ou desportiva, por
isso, torna-se atrativa e causa grande motivação. No momento da apresentação deste material, é comum
observarmos uma grande descontração que, por vezes, pode parecer desorganizada. No entanto, ao
mesmo tempo em que os participantes correm atrás da bola, arremessam-na, chutam-na, quicam-na, estão
familiarizando-se com o material. Passado este primeiro momento, o professor pode sugerir brincadeiras
com estafetas e piques, movimentos de percepção espacial, óculo-manual e pedal, até chegar-se aos
movimentos mais característicos da GRD.
Qualquer bola pode ser utilizada para o início do aprendizado, desde as de borracha, até as
confeccionadas pelos próprios alunos com jornal. Estas últimas são prejudicadas, apenas, nos movimentos
de quicar.

FAMILIARIZAÇÃO COM A BOLA

A bola pode ser manuseada com uma ou com as duas mãos, apoiada pela palma ou pelo
dorso das mãos.
- Rolar a bola sobre o solo e saltitar sobre ela.
- Andar lançando a bola de uma mão para outra, acima da cabeça.
- Andar quicando a bola com uma mão, depois com a outra.
- Quicar a bola à frente do corpo, dar um eira ele 3600 e recuperá-la com o dorso das mãos.
- Lançar a bola de trás para a frente, segura pelas duas mãos, passando-a por cima da
cabeça .

38
- Passar a bola para a outra mão, quicando por baixo de uma perna elevada à frente .
- "Enrolar" a bola na mão para a frente e para trás.
Lançamentos
- Lançar a bola em arco sobre a. cabeça, de uma mão para a outra.
- Lançar a bola no plano sagital, em trajetória curva, recuperando-a com um salto.

- Bola em uma das mãos (em supinação), realizar uma circundução do braço no plano
sagital, passando o braço abaixo, atrás, acima da cabeça, à frente e abaixo. Quando a bola passar nas
duas últimas posições, a mão estará em pronação e a bola contará apenas com a força da inércia para não
cair. Lançar a bula para a frente, com a mão em supinação, atrás do corpo. Este movimento deve ser
realizado com rapidez.

- Empurrar a bola para cima, em linha reta, recuperando-a com um balanceamento


para amortecer a chegada da bola na mão.

Associação de movimentos
Durante a realização dos movimentos de balanceamentos e circunduções, o braço livre pode
permanecer ao lado no prolongamento da linha do ombro, com a mão na cintura, ou acompanhar o
movimento do outro braço.
- Bola segura pelas duas mãos, balanceamento dos braços, seguido de circundução no plano
frontal, associada ao passo cruzado.

- Bola segura pelas duas mãos, balanceamento dos braços no plano frontal. associado ao
passo cruzado, quicando a bola a frente do corpo
- Bola segura pelas duas mãos, balanceamento dos braços, segundo de giro com
deslocamento elevando-os acima da cabeça, reiniciando se o movimento para outro lado.

39
- Balanceamento dos braços no plano frontal com transferência de peso, trocando a bola de
mão com um pequeno lançamento.
- Balanceamento no plano frontal, lançando-se a bola para a outra, por trás do tronco .

- Balanceamento seguido de passo cruzado no plano frontal, passando-se a bola em volta do


quadril trocando-a de mão. Pode-se realizar um giro de 360° durante a troca do material de mão.
- Passo-troca-passo nas diagonais 1 (direita) e 2 (esquerda), com circundução dos dois braços
no plano sagital. Soltar a bola ao final do passo para a frente e trocá-la de mão ao final do passo para trás.
Esta troca pode ser realizada pela frente, por trás do quadril ou dando um giro, passando a bola para a
outra mão, possibilitando a realização do passo-troca-passo para o outro lado.
- Movimento em oito no plano horizontal. Este parece ser o movimento mais difícil de se
realizar com este aparelho. A bola deve estar "apenada" e não "agarrada" pela mão. Este movimento é
como se tivesse nas mãos uma bandeja cheia de copos e você desenhasse um círculo horizontal acima da
cabeça e outro à frente do corpo, realizando-se sucessivas circunduções do pulso, fazendo-se um oito no
ar. A palma da mão deve estar sempre voltada para cima para que a bola não caia.

- Movimento em oito no plano horizontal com giro do corpo para o mesmo lado da mão que
segura o material.
- Em pé, sem parar de quicar a bolo, sentir, deitar, sentar novamente e voltar à posição de
pé.
- Rolar a bola e recuperá-Ia, apoiando-se o dorso da mão no chão para que ela suba
suavemente na palma da mão.

- Lançar a bola, realizar um rolamento lateral do corpo sobre o solo e recuperá-la com uma ou
duas mãos. Este movimento também pode ser realizado com rolamento da bola sobre o solo.
- Tesoura, quicando a bola ao lado do corpo ou quicando-a por baixo do quadril trocando-a de
mão.
- Passo-pulo, quicando a bola por baixo do corpo, entre o afastamento ântero-posterior das
pernas, trocando-a de mão.
- Rolar a bola parando-a com o dorso do pé.

40
- Rolar a bola em posição de equilíbrio sobre um.
- Rolar a bola em posição de equilíbrio sobre um pé (avião) e recuperá-la em posição semi-
ajoelhada (com apoio sobre um joelho) .

- Rolar a bola sobre um braço, passando-a para o outro pela frente ou por trás do tronco.

- Salto em arco (com uma perna flexionada atrás), quicando a bola à frente do corpo.
Recuperar a bola com o dorso das mãos (em pronação).

- Primeiro e segundo saltitos associados, quicando a bola (no primeiro) e segurando a bola (no
segundo)
- Dois saltitos laterais (polca) quicando a bola uma vez, à frente do corpo. Em seguida, realizar
o cadete elevando a bola acima da cabeça.

- Sentado com as pernas unidas e estendidas, apoiar a bola sobre os pés, realizar uma
pequena elevação das pernas e rolar a bola sobre o corpo.
- Passo cruzado no frontal: este movimento é uma seqüência pedagógica para o próximo
saltito. Consiste em andar lateralmente, afastando-se uma perna e cruzando a outra pela frente, afastando
novamente a primeira e cruzando a outra por trás. Assim sucessivamente, trocando a bola de mão no
momento em que as pernas se cruzam.

41
- Saltito cruzado no frontal: saltitar para o lado cruzando, alternadamente, uma perna à frente
da outra, trocando a bola de mão com um pequeno lançamento a cada saltito.
- Lançar a bola e recuperá-la com os braços cruzados acima da cabeça e as palmas das mãos
voltadas para dentro. Após a recuperação, trazer a bola para baixo, pela frente do corpo, segura pelas duas
mãos; passá-la por dentro dos braços, descruzá-los e afastá-los, segurando a bola com uma das mãos.

- Uma perna leve à frente, peso do corpo sobre a perna de trás, bola segura pelas duas
mãos. Levar a bola até o pé posicionado à frente, trazendo-a rente ao corpo até acima da cabeça. Este
movimento pode ser executado com as pernas unidas, ondulando o corpo durante a trajetória da bola, de
baixo para cima.

A bola, por ser pequena, necessita de uma participação maior do corpo exigindo-se uma
expressão corporal mais trabalhada com o objetivo de transmitir graciosidade e elegância através dos
movimentos. O corpo participa com extensão máxima durante a maioria dos movimentos.

ARCO
Normas do aparelho de acordo com o código de pontuação de GRD
O arco pode ser de madeira ou de material plástico, sob a condição deste não se deformar
durante o movimento.
 Diâmetro: O diâmetro interior do arco é de 80 a 90 em (para adultos).
 Cor: O arco pode ser de cor natural ou pintado (total ou parcialmente), com uma ou mais
cores. Pode ser encapado total ou parcialmente por uma fita adesiva.

Grupos de elementos
 Rolamentos sobre o solo ou sobre o corpo;
 Rotações - Em torno de uma das mãos ou de uma parte do corpo, em torno de um eixo do
arco (arco seguro, arco em apoio sobre o solo ou em parte do corpo, arco em suspensão).
 Impulsos, balanceament0s, circunduções, movimentos em oito;
 Passagem através ou por cima do arco;
 Lançamentos e recuperações.

42
OBS: Estes elementos poderão ser realizados, com ou sem troca de mão, em diferentes planos
e direções, com ou sem deslocamento, em apoio sobre um ou os dois pés, com uma ou duas mãos, e serão
coordenados com os elementos corporais.

Técnica de manejo
O contato da mão com o arco deve ser leve a fim de que o aparelho tenha toda a mobilidade
necessária à execução dos elementos que lhe são próprios. As formas de manejo do arco, como segurar o
arco com firmeza, são possíveis, porém, somente de modo passageiro.
A técnica deste aparelho é bastante difícil em razão de sua dimensão. O arco deve manter a
precisão dos planos durante os diferentes movimentos e as mudanças de planos devem ser lógicas.
Uma relação muito estreita entre a dinâmica, a amplitude e a velocidade de execução é
necessária e o manejo do arco deve ser acompanhado e favorecido pelos movimentos do corpo.

Obs.: O trabalho com o arco é possível nos planos: frontal, dorsal, sagital e horizontal. A
mudança de plano deve ser realizada com coerência sempre tomando-se a precaução de não haver
"quebra do plano".
O arco poderá ser utilizado com as seguintes empunhaduras:
- Mãos em pronação, seguro por uma ou as duas mãos (normal);

- Mãos em supinação, seguro por uma ou as duas mãos (invertida);

- Braços abduzidos e arco seguro por dentro, com as palmas das mãos voltadas para fora e
com os dedos mínimos para cima (interna); .

- Braços abduzidos e arco seguro por dentro e as palmas das mãos voltadas para dentro e
polegares para cima (externa).

- Arco seguro com empunhaduras diferentes para cada mão (mista).

43
Nas rotações e nas circunduções, o arco, geralmente, passa entre os dedos polegar e
indicador. Elas podem ser:
Internas: arco girando de fora para dentro;
externas: arco girando de dentro para fora.

Rotação interna Rotação externa

INTRODUÇÃO AO MATERIAL

Como sugestão para o trabalho de introdução a este material, pode-se montar um circuito
psicomotor com várias estações, utilizando-se os arcos dos próprios alunos:
1ª Estação: arcos enfileirados - Saltitar por dentro dos arcos com pernas unidas.
2ª Estação: duas colunas de arcos arrumados de forma que se coloque o pé direito dentro de
um arco e em seguida, o esquerdo, sempre do lado correspondente à perna. Deve-se colocar o primeiro
arco em posição que o executante seja obrigado a iniciar com o pé correto para percorrer com êxito a
estação.
3ª Estação: arcos dispostos em coluna - Saltitar dentro dos arcos sobre um pé.
4ª Estação: idem ao anterior, saltitando com o outro pé.
5ª Estação: arco pendurado a, aproximadamente, 0,55m do chão, arremessar uma bola de
meia ou de jornal dentro do arco ou passar por dentro dele.

Os circuitos psicomotores despertam grande motivação e podem ser utilizados como


introdução ou aquecimento da aula. Muitos outros poderão ser criados por meio da criatividade do professor
e dos alunos.
Familiarização
Bizzocchi e Guimarães (voI. II, p.33) recomendam o seguinte educativo para se iniciar o
trabalho com arco:
Segurar o aparelho à frente do corpo com os dedos polegar, indicador e médio, deixando-o
oscilar suavemente através de seu próprio peso, para a direita e para a esquerda, sucessivamente.
- Em dupla com apenas um material, rolar o arco para o colega.
- Em dupla, laçar o colega com o arco.
- Individualmente, rolar o arco e tentar passar por dentro dele em movimento, sem deixá-lo cair.

44
- Realizar rotações do arco em torno da mão, da perna, da cintura, do pescoço ou do braço.
- Lançar o arco e recuperá-lo com a mesma mão ou com a outra mão.
- Pular por dentro do arco com deslocamento para a frente e para trás.

- Em deslocamento, rotação do arco nos planos frontal e sagital.


OBS.: Durante as rotações, o arco deve passar entre os dedos polegar e indicador e executar
livremente este movimento sem que os dedos exerçam pressão sobre o material.

MOVIMENTOS COM O ARCO

A manutenção do plano do material é muito importante. Se o movimento está sendo executado,


por exemplo, no plano frontal, este deve ser bem caracterizado, sem inclinações que confundam a
identificação do plano de execução. Quando se quer trocar o' plano, por exemplo, do frontal para o sagital,
deve-se executar um movimento intermediário de "mudança", como um saltito por dentro do arco ou uma
rotação sobre o solo, tirando-o no plano desejado.
Durante a execução dos movimentos com o arco, o corpo todo participa do movimento,
estendendo-se em direção ao aparelho.
- Balanceamento no plano frontal com o arco seguro pela mão direita, trocando-o para a outra
mão após quatro tempos. Realizar o molejo com pernas unidas.
- Movimento em oito no plano sagital, com molejo de pernas unidas. O arco passa pelo lado
direito e esquerdo do corpo. Este movimento exige boa flexibilidade na articulação do punho.

- Movimento em oito no plano sagital (quatro tempos), apoiar o arco no chão e realizar uma
rotação sobre o solo.

- Impulso no plano horizontal (arco seguro em posição normal), com transferência de peso do
corpo, seguido de giro, trocando o arco de mão. Observar para que o arco não saia da posição horizontal,
descaracterizando, assim, o plano.

45
- O mesmo movimento anterior, realizando um giro do arco mais próximo ao corpo, em torno da
cintura, onde as mãos devem estar voltadas para baixo.
- Balanceamento no plano frontal, com transferência de peso do corpo (dois tempos). Realizar
um giro de 360°, elevar o arco acima da cabeça e completar uma circundução no plano frontal trocando-o
de mão.

- Balanceamento no plano frontal (dois tempos), com transferência de peso do corpo, seguido
de rolamento do arco sobre o solo, executando-se·, simultaneamente, o passo cruzado, ambos os
movimentos no plano frontal.
- Balanceamento no plano frontal, com transferência de peso (dois tempos), seguido de rotação
externa do arco atrás do corpo (plano dorsal), do mesmo lado da mão que está segurando o material.
A rotação do arco deve ser para fora (externa) possibilitando, ao seu término, que o arco esteja
em posição de realizar novo balanceamento, dando continuidade ao movimento.
Para tornar o movimento mais bonito e agradável ao observador, pode-se realizar uma
elevação da perna correspondente à do material durante a rotação no plano dorsal. Neste movimento não
há troca do material de mão, por isso deve-se solicitar para o aluno que o realize, também, para o outro
lado.

- Balanceamento no plano frontal, com molejo de pernas unidas (dois tempos), seguido de
circundução do arco pela frente do corpo, cruzar os braços acima da cabeça e trocá-lo de mão. Para que
este movimento seja realizado corretamente, as mãos precisam estar voltadas para trás, enquanto o braço
correspondente à mão que for receber o material deve ser cruzado pela frente do outro. Este movimento
pode ser associado ao passo cruzado no frontal, durante a troca de mão do material.

- Arco seguro nas laterais com empunhadura externa, pelas duas mãos, à frente do corpo:
balanceamento no plano frontal, com transferência de peso, seguido de passo cruzado no frontal.
- Arco em posição vertical, seguro por uma das mãos à frente e perpendicularmente ao corpo.
Balanceamento com o arco realizando um movimento de pêndulo à frente (dois tempos), girar o arco e
"enrolá-lo" no braço. Realizar mais dois balanceamentos e "desenrolá-lo". Repetir com o outro braço.
Durante os balanceamentos, promover a transferência de peso e nos movimentos de "enrolar" e
"desenrolar" do arco, realizar o passo cruzado no frontal.

46
- Arco atrás do corpo (plano dorsal) com empunhadura interna, seguro por uma das mãos de
cada lado, sem encostar no tronco. Transferência de peso do corpo seguido de giro de 360 0 com
deslocamento para o lado, com o arco sempre atrás do corpo.
- Idem à posição inicial do movimento anterior, sendo que apenas o corpo realiza um giro de
180°, fica de frente para o arco, continua girando até completar 360°, voltando à posição inicial. As mãos
seguram o arco no mesmo lugar enquanto este realiza uma rotação para O lado do giro do corpo.

- Arco atrás do corpo (plano dorsal), com empunhadura interna, seguro por uma das mãos de
cada lado: transferência do peso do corpo (dois tempos), seguida de giro com deslocamento para um lado.
Soltar uma das mãos do arco, passá-lo pela frente, segurá-lo com a outra mão e retorná-lo para trás do
corpo para a posição inicial, segurando-o novamente (o arco passa em volta do corpo). Realizar o
movimento para o outro lado.

- Movimento em oito no plano horizontal. O arco passa uma vez acima da cabeça e, em
seguida, uma vez à frente do corpo, sempre na posição horizontal. O pulso realiza circunduções com a
palma da mão voltada para cima (quando o arco estiver acima da cabeça) e para bai xo (quando o arco
estiver à frente do corpo). Pode ser realizado com giros do corpo para o mesmo lado que estiver girando o
arco. Realizar o movimento para o outro lado.

- Lançamento do arco para a frente, no plano sagital com uma das mãos, recuperando-o com a
mesma ou com a outra mão.

- Braço estendido para baixo e para trás: lançamento do arco por trás do corpo, no plano
sagital, em direção à frente do corpo.

47
- Lançamento do arco no plano horizontal, recuperando-o e entrando com o corpo no arco.

- Rotação do arco no plano frontal, lançá-lo e recuperá-lo com a mesma ou com a outra mão. O
arco não pára de realizar as rotações no momento da recuperação.

- Rolar o arco sobre o solo e ultrapassá-lo com passo-pulo ou tesoura, recuperando-o após o
salto. Movimento semelhante ao descrito com o material corda.
- Polca (dois tempos) e cadete com rotação do arco no plano horizontal acima da cabeça.
Fazer o movimento para o outro lado.
- Rotação interna do arco acima da cabeça, no plano horizontal. Partindo da posição de pé,
sentar, deitar, rolar sobre o solo com o corpo estendido (no sentido da rotação do aparelho), sentar
novamente e ficar de pé, sem parar a rotação do material.
- Apoiado sobre os joelhos, rotação interna do arco acima da cabeça, sentar, girar sobre o
quadril, na mesma direção da rotação do aparelho, e ajoelhar novamente. Dependendo do tipo de assoalho
e da habilidade do executante, pode-se dar um ou dois giros sobre o quadril, levantando-se, logo em
seguida e terminando-se o movimento na posição de pé.
- Rolamento do material sobre o solo com retroversão (retrocesso) do arco.

- Rotação do arco no plano frontal, realizar o salto "spacat" ou passo-pulo, trocando o arco de
mão por baixo da perna, sem interromper a rotação.

48
- Arco em posição vertical seguro pela mão direita: impulso do arco à frente do corpo (flexão e
extensão horizontal de ombro). Em seguida, passar o arco por dentro do corpo, sempre em posição vertical.
A primeira parte do corpo que entra no arco é a perna esquerda, seguida pelo tronco, tirando o arco pela
perna direita, ambas as pernas estendidas: Trocar o arco de mão e realizar para o outro lado. Para tornar
este movimento ainda mais bonito, porém mais difícil pode-se girar o corpo, durante a passagem, por dentro
do arco (o corpo e o arco vão para o mesmo lado).

FITA
Normas do Aparelho de Acordo com o Código de Pontuação de GRD
Estilete: De madeira, bambu, plástico ou fibra de vidro. Comprimento: 50 a 60 cm, incluindo-se
o anel de fixação da fita.
Fita: cetim, tafetá ou material semelhante. Largura de 4 a 6 cm (as de 5 cm são as mais
indicadas).
Grupos de elementos
 Serpentinas em diferentes planos;
 Espirais em diferentes planos;
 Impulsos, circunduções em diferentes planos.
 Movimentos em oito;
 Lançamentos e recuperações;
 Solturas do aparelho.
Estes elementos poderão ser realizados em diferentes planos e direções, com ou sem
deslocamento, em apoio sobre um ou os dois pés, com ou sem troca de mão, e serão coordenados com os
elementos corporais.

Técnica de manejo
Normalmente, o aparelho é seguro pelo estilete. Durante os movimentos, o estilete deve ser
mantido com firmeza, mas sem rigidez, a fim de acompanhar os movimentos da mão. Entretanto, em
determinados casos, o aparelho pode ser passageiramente seguro ele modo voluntário pela fita, ou mesmo
simultaneamente, pelo estilete e pela fita.
Manejo da fita
Durante todos os elementos específicos da fita, o aparelho deve estar sempre bem distribuído
no espaço e a forma do desenho deve ser exata, precisa e bem visível. A fita participa do desenho em toda
sua extensão. Os movimentos são executados energicamente e com continuidade, de maneira que a fita
esteja sempre em movimento, mantenha-se no espaço e jamais se torne "frouxa", "mole" ou "prostrada".
Todos os movimentos são conduzidos pelo punho, antebraço ou braço, de acordo com sua amplitude. O
estilete deve ser considerado como um prolongamento do braço. As serpentinas e os espirais são
executados pelo movimento do punho. As serpentinas devem ter de cinco a seis ondulações, no mí nimo.
Estas ondulações devem estar distribuídas em toda a extensão da fita.
A fita pode ser lançada pelo estilete ou pela fita, sob a condição de que neste último, o manejo
da fita se realize próximo à fixação, cerca de 50cm, no máximo. Durante os lançamentos, a extremidade do
estilete pode tocar o solo de forma voluntária e passageira.

Confecção da fita
Estilete: o mais utilizado é o de madeira, tem forma cilíndrica de, mais ou menos, 1 cm de
diâmetro (pode ser mais espesso na extremidade da empunhadura: utilizar a própria madeira ou fita
adesiva). Seu comprimento varia de 50 a 60 cm.
Deve ter um anel (parafuso com uma argola) preso na ponta onde é fixada a fita, através do
alfinete. Os estiletes de bambu podem perfeitamente substituir os de madeira.

Empunhaduras:
O estilete deverá ser seguro de duas maneiras, com o dedo indicador estendido sobre ele:
- Mão em pronação - Empunhadura normal;

- Mão em supinação - Empunhadura invertida.

49
Fita: Cetim ou tafetá
Largura: aproximadamente 5 em
Comprimento 7 metros (sendo 1 metro dobrado e costurado porem e importante que
não haja emendas)

OBS: a fita e fixada no estilete por um girador ou desembaraçador e um alfinete,


encontrados em lojas de artigos de pesca.

OBS: ------------ costura


Materiais alternativos
Este aparelho possui um visual muito bonito por ter a capacidade de “desenhar” no ar. Se a
escola ou os alunos não puderem adquirir a fita, existem algumas formas alternativas que oferecem efeito
semelhante. O inconveniente é que este material rasga-se com facilidade, porém, como é de fácil confec -
ção, não seria um grande problema a ser solucionado. Outra sugestão é a confecção de faixas com retalhos
de panos. Estas são mais largas e mais curtas, não passando de 2 metros de comprimento e de 15 a 20 cm
de largura, dependendo do peso do pano. A fixação no estilete deverá obedecer o mesmo critério do
utilizado pela fita.
Gaio (1996, p.177) sugere uma fita construída pelos próprios alunos, com canudinhos coloridos
picados enfiados num barbante, preso a um estilete de bambu.
Ou, ainda, o aluno pode, simplesmente, amarrar uma tira de pano na ponta de um palito de
churrasco e fazer a aula - fato ocorrido durante uma aula do curso de Educação Física do Centro
Universitário Moacyr Sreder Bastos (RJ) que não poderia deixar de ser citado. O importante é participar e
utilizar a criatividade, não s6 para a realização dos movimentos, como, também, para a confecção dos
materiais.

Movimentos com a fita


Algumas considerações importantes a respeito deste material:
- Todos os movimentos executados com uma das mãos devem ser trabalhados com a outra, na
mesma proporção.
- A fita não realiza apenas balanceamentos, pois estes são insuficientes para que o material
"desenhe" no ar. Os movimentos de Ir e vir ela fita são chamados de impulsos.
- Os espirais são movimentos seqüenciados de rotações rápidas e suaves do punho, auxiliado,
algumas vezes, por movimento do cotovelo e antebraço, formando pequenos círculos concêntricos que se
sucedem a intervalos regulares, do início ao fim da fita (Bizzocchi e Guimarães, vol. II, p.154). Podem ser
executados desenhando círculos no ar para fora (mexendo uma panela) ou para dentro. Os espirais podem
ser verticais (círculos perpendiculares ao solo), horizontais (círculos paralelos ao solo) ou oblíquos (círculos
oblíquos ao solo).

- As serpentinas são movimentos do punho para cima e para baixo (serpentinas verticais) ou da
direita para a esquerda (serpentinas horizontais), formando um desenho de zig-zag no ar.

50
- As ondas são ondulações maiores e mais espaçadas que as serpentinas. O movimento de
onda é realizado com a participação da articulação do punho e do antebraço.

ondas verticais
- As articulações do ombro e do punho são muito solicitadas, por isso, é imprescindível aquecê-
Ias antes da aula e realizar-se um bom trabalho de flexibilidade, principalmente no ombro.
- Antes dos movimentos com transferência de peso do corpo, deve-se realizar movimentos com
molejo de pernas unidas.
Associação de movimentos
- Circundução no plano sagital, em deslocamento para a frente com passo molejado
(circundução da fita para cima: à frente, acima da cabeça, atrás e à frente). Realizar o mesmo movimento
com deslocamento para trás (circundução da fita para baixo: à frente, abaixo, atrás, acima da cabeça e à
frente). Após ser assimilado, repetir o movimento com a outra mão.

- Circundução externa e interna no plano frontal, com deslocamento para a frente com passo
molejado. Após oito tempos, trocar o material de mão.

- Circundução no plano frontal com deslocamento lateral, com passo cruzado também no
frontal ou polca (oito tempos) trocando de mão.
- Espiral com a fita à frente do corpo, com deslocamento para trás (para que o material não
enrole na mão).

51
- Espiral no plano sagital, fita para o lado oposto ao braço que está com o material, com
deslocamento (passo ou corrida) para a frente.

- Idem ao movimento anterior, realizando movimentos de serpentinas verticais.


- Serpentinas horizontais à frente do corpo com deslocamento para trás. Alternar a mão de
execução.

- Serpentinas horizontais atrás do corpo (plano dorsal) com braço elevado acima da cabeça.
Alternar a mão de execução.
- Serpentina no plano horizontal acima da cabeça com deslocamento para a frente. No final do
movimento trazer a fita pela frente, de cima para baixo, levando-a para trás com um impulso e extensão de
ombro.

- Impulso da fita no plano horizontal (dois tempos), seguido de giro com deslocamento,
trocando a fita de mão (dois tempos). Repetir para o outro lado.

- Impulso no plano horizontal (dois tempos), segurar a ponta da fita fazendo ondas verticais
com giro de 360º (dois tempos). Após a assimilação, repetir o movimento para o outro lado.
- Impulso no plano frontal (dois tempos), seguido de passo cruzado e de circundução da fita
trocando-a de mão (dois tempos). Repetir para o outro lado.

- Impulso no plano frontal (dois tempos) com transferência de peso, seguido de giro do corpo e,
simultaneamente, circundução da fita, passando-a sobre a cabeça, trocando de mão (dois tempos). Repetir
para o outro lado.
- Passo-troca-passo com circundução da fita no plano sagital, para a frente e para trás (quatro
tempos), trocando a fita de mão.
OBS: Geralmente, durante a realização dos movimentos com troca de mão, não há
interrupções, devendo-se, imediatamente, realizar o movimento para o outro lado, seguindo-se, assim,
uma seqüência.

Movimentos em oito

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- Movimento em oito no plano horizontal. É composto de duas partes: o material desenha um
círculo horizontal acima da cabeça, com empunhadura invertida, e outro à frente do corpo, com
empunhadura normal, formando um 8. Este movimento se inicia com a circundução da fita para fora e o
corpo pode girar no mesmo sentido do aparelho. Repetir para o outro lado.

- Movimento em oito no plano frontal/dorsal: uma parte do oito é desenhada com uma
circundução à frente do corpo e a outra atrás do corpo, sucessivamente.

- Movimento em oito no plano sagital: a fita passa verticalmente e alternadamente, de um lado


c do outro do corpo.

- Movimento em oito no plano frontal: a fita desenha um oito deitado à frente do corpo.

OBS: Nos dois últimos movimentos, o aparelho pode ser seguro pelo estilete por uma das
mãos e a ponta da fita pela outra, fazendo os braços se cruzarem à frente do corpo.
Lançamentos
Como já mencionado, a fita pode ser lançada de várias maneiras:
- Lançamento da fita pelo estilete: consiste em segurar o estilete, apontá-lo para cima e para
frente e lançá-lo. Neste movimento a fita não consegue muito impulso e não vai muito longe, porém é o mais
indicado como início da seqüência pedagógica do lançamento.

- Lançamento pela fita e pejo estilete: segura-se a fita a uma distância de, aproximadamente,
40 cm após o ponto de fixação no estilete, enquanto este é seguro pelo meio e posicionado mais alto que a
fita. Solta-se apenas o estilete e, simultaneamente, realiza-se uma pequena circundução com ponto fixo na
fita, lançando-a para cima com o impulso oferecido pela circundução. Após o lançamento, o material
descreve uma curva descendente no ar e deve ser recuperado pelo estilete, antes que este caia. Também é
possível deixá-lo quicar no solo, segurar e puxar iI ponta da fita, até que o estilete venha até a mão. Este
movimento exige muita precisão.

- Lançamento pela fita: realizar um movimento enérgico da fita com uma circundução, um
espiral ou uma serpentina; soltar o estilete e imediatamente segurar a fita com a mesma mão,
aproximadamente a 40 cm do ponto de fixação.
Lançar a fita através de impulso para cima, recuperando-a antes que ela toque o solo. Para que
este lançamento seja bem sucedido, a soltura do estilete e o impulso pela fita devem ser rápidos.

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OBS: Durante a recuperação da fita, após um lançamento, deve-se realizar um vigoroso
impulso para que a fita não perca o desenho, pois esta chega quase sem força após o vôo.
A fita proporciona uma série de oportunidades para associações de movimentos. Podem ser
elaboradas séries individuais ou de conjunto, com o mesmo ou mais materiais.
Para se obter maior sucesso no aprendizado, as dimensões da fita podem ser alteradas de
acordo com a estatura do participante, principalmente para crianças.
Muitos movimentos realizados com outros materiais podem ser promovidos também com a fita,
com um ponto positivo: as mudanças de plano, neste material, são mais fáceis, por ser maleável e de rápida
troca de desenho no ar.

MAÇAS

Normas do Aparelho de Acordo com o Código de Pontuação de GRD


Material: madeira ou material sintético (plástico)
Comprimento: 40 a 50 cm de uma extremidade à outra
Peso: 150g, no mínimo, para cada maça
Forma: semelhante à uma garrafa. A parte mais grossa é chamada de "corpo" e a parte afilada,
de "pescoço". Termina por uma pequena esfera denominada de "cabeça" de 3 cm de diâmetro, no máximo.
É possível substituir-se a esfera por um alargamento da extremidade do pescoço. A cabeça pode ser
encapada por um material antideslizante, como, também, o pescoço e o corpo da maça.

Grupos de elementos
 Pequenos círculos das maças;
 Molinetes;
 Lançamentos e recuperações com ou sem rotação das maças durante o vôo;
 Movimentos assimétricos;
 Impulsos, balanceamentos e circunduções dos braços e do aparelho;
 Batidas.

OBS: É igualmente possível efetuar-se os movimentos de deslizar, rolar e empurrar.

Estes elementos poderão ser realizados com trabalho simultâneo ou sucessivo das maças, em
diferentes planos e direções, com ou sem deslocamento, em apoio sobre um ou dois pés, e serão
coordenados com os elementos corporais.

Técnica de manejo
Apesar da maça ser um dos materiais de mais difícil execução, ela pode ser utilizada ainda no
início do aprendizado, pois é excelente para os educativos dos balanceamentos e circunduções.
Dentre os materiais da GRD, este é o único em que se utiliza dois simultaneamente. Talvez a
solicitação dos dois lados do corpo dos membros superiores, o dominante e o não dominante, ao mesmo
tempo e, geralmente na mesma intensidade, seja a explicação para a maior dificuldade de manipulação das
maças, em relação aos outros materiais.
De acordo com Bizzocchi e Guimarães (vol, II, p.112), o trabalho com maças desenvolve:
 lima boa atitude corporal;
 a bilateralidade (é um aparelho ambidestro);
 a percepção visual periférica;
 o trabalho espacial em trajetórias retas e curvas.
Ainda segundo as autoras, o trabalho com maças deverá ser iniciado primeiramente com a
mão direita. Depois de dominado o movimento, este deverá ser aprendido com a mão esquerda. Apenas
após o domínio do aparelho com as duas mãos separadamente é que se deve' passar ao manejo
simultâneo das maças,
Uma interessante sugestão proposta por GAlO (1996, p,185) é a de se utilizar garrafas
plásticas de refrigerante vazias ou um par de meias cheias de papéis "estimulando atividades com as duas mãos
alternadamente ou simultaneamente (. .. ) com movimentos circulares, como os molinetes",
A maça é um material que exige muito das articulações do ombro e do punho. Por isso, deve-
se realizar um trabalho efetivo de aquecimento e alongamento das referidas articulações.

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A maça apresenta dois tipos de manejo:
 maças seguras firmemente pelas, mãos, como um prolongamento dos braços, com
empunhadura normal (mão em pronação) ou invertida (mão em supinação) - manejo fixo, semelhante à
empunhadura do estilete da fita;
 maça segura pela cabeça com giros livres - manejo livre ou móvel.

Movimentos com as maças


- Balanceamento no plano frontal, com transferência de peso (dois tempos), seguido de passo
cruzado e de circundução dos braços (dois tempos), batendo a maça no final de cada movimento (à direita e
à esquerda). Repetir para o outro lado.
- Balanceamento assimétrico no plano frontal (os braços se afastam e se cruzam à frente do
corpo - dois tempos), seguido de circundução também assimétrica (dois tempos). Ao término de quatro
tempos, os braços terminam cruzados à frente do corpo e, após mais quatro tempos, os braços terminam
abduzidos, na altura do ombro (90º).
- Posição inicial - braços posicionados à frente, na altura do ombro (flexão de ombro à 90°):
balanceamento simétrico no plano sagital (os dois braços vão, simultaneamente. para trás e para €rente em
dois tempos), seguido de circundução simétrica, terminando atrás do corpo (extensão de ombro).
Realizar mais dois tempos de balanceamento seguidos de circundução, voltando à posição inicial.
- Idem ao anterior, batendo as maças no chão ao final da seqüência de quatro tempos.
- Passo-troca-passo para frente e para trás, com circundução dos braços no plano sagital.

Pequenos círculos:
São movimentos de rotação interna ou externa, dos punhos e, conseqüentemente, das maças.
Eles podem ser realizados no plano horizontal, com as mãos em pronação (pequenos círculos por baixo da
mão) ou em supinação (pequenos círculos por cima da mão); nos planos frontal, dorsal, sagital e horizontal.

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