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FUNDAMENTOS TEÓRICOS DOS

APARELHOS FITA E MAÇA

Prof. Me Marcus Vinícius Patente Alves


MAÇA
• Desde 1928, as maças fazem parte dos programas de
GR. Entretanto, somente no VI Campeonato do Mundo
de Ginástica Rítmica (1973), elas foram introduzidas
em um exercício obrigatório individual, e no ano de
1975 em exercícios livres individuais pode-se afirmar
que as maças são consideradas um dos aparelhos mais
difíceis de serem trabalhados na GR, pois
obrigatoriamente a ginasta deve manejar os dois
aparelhos quase sempre um em cada mão, ou quando
um estiver no ar ou solo o outro deve estar em
movimento, e ainda quando estas estiverem na mesma
mão seu manejo deve ser contínuo e próprio.
Os grupos técnicos das maças
• pequenos círculos; molinetes; lançamentos e
recuperações com ou sem rotação das maças
durante o voo do aparelho; batidas; manejo:
impulsos – balanceios – circunduções dos braços
impulsos – balanceios - circunduções do
aparelho; movimentos em oito; movimentos
assimétricos.
• Segundo Schmid (1985), as maças são excelentes
para auxiliarem no aprendizado dos movimentos
de balanceio, permitindo também, o
desenvolvimento de uma postura correta, ritmo,
força de braços e ombros.
MATERIAL
• De madeira, plástico ou acrílico.
ELEMENTO CORPORAL OBRIGATÓRIO
• EQULÍBRIO
MEDIDAS
• Tamanho: De 40 a 50 cm
• Peso: 150 gr cada
• Elas tem forma semelhante a de uma garrafa,
a parte grossa é chamada de corpo, a parte
fina é chamada de pescoço e a esfera, cabeça
(3cm de diâmetro).
Elementos característicos das maças
• Pequenos círculos;
• Molinetes;
• Lançamento com ou sem rotação das maças durante a
suspensão do aparelho (um ou dois), lançamentos
assimétricos e recuperações;
• Batidas;
• Movimentos assimétricos;
• Manejo: impulso, balanceios, circunduções dos braços;
Impulsos, balanceios, circunduções do aparelho e dos
braços, movimentos em oito, rotações livres das maças
e rolamentos das maças.
Grupos técnicos do aparelho maça
• Pequenos círculos
• molinetes
• Lançamentos com ou sem rotações das maças
durante o voo (uma ou duas)
• Batidas
• Manejo: impulsos, balanceio, circunduções,
movimento em oito, movimentos
assimétricos.
MANUSEIO DO APARELHO
• São dois os tipos de manejo:
• Manejo livre ou móvel – Maça segura pela cabeça
com giro livre.
• Manejo fixo - Maças seguras pelas mãos,
firmemente, semelhante à empunhadura do
estilete da fita, como um prolongamento dos
braços, com empunhadura normal (mão em
pronação) ou invertida (mão em supinação). As
maças também poderão ser seguras pelo pescoço
ou pelo corpo.
PEQUENOS CÍRCULOS
• São movimentos de rotação interna ou externa,
dos punhos e consequentemente das maças. Eles
podem ser realizados no plano horizontal, com as
mãos em pronação (pequenos círculos por baixo
da mão) ou em supinação (pequenos círculos por
cima das mãos); nos planos frontal, dorsal, sagital
e horizontal.
• A maça é mantida entre o polegar, o indicador e o
dedo médio, tornando-se os principais pontos de
contato. Isto permite que a cabeça da maça gire
entre esses dedos, dando então mais liberdade à
ação.
MOLINETES
• São pequenos círculos realizados com grande
rapidez na execução, executados com duas
maças alternadamente, com intervalos
permanentes de 180º entre elas, através de
movimentos de cruzar e descruzar dos punhos
que devem permanecer em contato
permanente. As maças podem executar
molinetes horizontais, verticais ou oblíquos.
Podem ser duplos e triplos.
LANÇAMENTOS E RECUPERAÇÕES
• São movimentos de muita precisão. O impulso
que antecede ao lançamento pode ser realizado
através de um balanceamento ou circundução.
• O voo da maça acontece através de giros verticais
ou horizontais, sem giros, com lançamentos de
uma das duas maças, simultaneamente ou
alternadamente. Os lançamentos podem ser
classificados como pequenos médios
(aproximadamente três metros) ou grandes
(acima de três metros).
• Os lançamentos e as recuperações das maças são
executados pela cabeça, mas elas podem ser
lançadas e recuperadas pelo pescoço ou pelo
corpo, na condição de que os movimentos sejam
contínuos.
• Os pequenos lançamentos com rotações das
maças durante o voo podem ser executados no
plano vertical ou horizontal. Entretanto, nas
rotações das duas maças, é preciso que haja
sincronismo no seu movimento.
• Nos lançamentos assimétricos, as maças
descrevem movimentos em sentidos e/ou planos
diferentes durante o voo.
BATIDAS
• Nas batidas, é preciso ter uma boa
sincronização com ritmo da música. As batidas
com as maças podem ser executadas com
precisão, batendo-se as maças uma contra a
outra ou contra o solo, produzindo diferentes
sons.
MANEJO
• Impulsos, balanceios, circunduções dos braços.
Impulsos balanceios, circunduções do aparelho.
Movimentos em oito e movimentos assimétricos.
• Balanceamento no plano frontal, com transferência de
peso (dois tempos), seguido de passo cruzado e de
circulação dos braços (dois tempos), batendo as maças
no final de cada movimento;
• Balanceamento assimétrico do plano frontal (os braços
se afastam e se cruzam à frente do corpo), seguido de
circunduções também assimétrica. Eles são
característicos das maças, e podem ser tanto
combinações de elementos pertencentes a diferentes
grupos, com combinações de elementos do mesmo
grupo.
• Balanceamento simétrico no plano sagital (os
dois braços vão simultaneamente para trás ou
para frente, em dois tempos), seguido de
circundução simétrica, terminado atrás do
corpo (extensão de ombro).

• Realizar mais dois tempos de balanceamentos


seguidos de circundução, voltando à posição
inicial.
FITA
• A fita é de todos os aparelhos da GR o mais
vistoso, que chama mais atenção. O seu manejo
possibilita desenhos contínuos e fluentes do
aparelho, tornando sua exploração uma
constante descoberta de novas formas.

• Gaio (1996) acredita que “A fita é sempre uma


atração especial para as crianças e até mesmo
para as pessoas que gostam de assistir as
apresentações ou competições de ginástica
rítmica desportiva” (p. 176).
• Pelo seu comprimento oficial (6 metros) se torna
um aparelho difícil de ser manipulado, exigindo
movimentos amplos dos braços e um trabalho
contínuo e fluente.

• Mas não se deve desconsiderar a utilização de


fitas mais curtas, papel crepom, papel higiênico,
faixas, e para a confecção do estilete pode-se
utilizar bambu ou uma varinha de madeira.
• Resgatando o Código de Pontuação
(2013/2016), os grupos técnicos da fita são:
serpentina; espirais; impulsos, balanceios,
circunduções e movimentos em oito;
lançamentos e recuperações; escapadas;
passagens através ou sobre a fita com todo o
corpo ou uma parte.
ELEMENTO CORPORAL OBRIGATÓRIO
• PIVOT
MEDIDAS
• Estilete: Comprimento: De 50 a 60 cm.
• Diâmetro: Até 1 cm.
• Fita: Largura: De 04 a 06 cm
• Comprimento: 5 m (juvenil) e 6 m (adulto –
oficial)
Elementos característicos da fita
• Serpentinas;
• Espirais;
• Lançamentos e recuperações;
• Échapper (solturas);
• Lançamentos Bumerangue;
• Passagem através ou sobre o desenho da fita com
todo o corpo ou parte dele;
• Manejo: impulsos, balanceios, circunduções e
movimentos em oito, rotações do estilete ao
redor da mão e rolamento do estilete no corpo.
Grupos técnicos do aparelho fita
• Serpentinas,
• Espirais,
• Manejo: impulso, balanceios, circunduções,
movimentos em oito.
• Lançamentos
• Lançamentos Bumerangue
• Escapadas
• Passagem através ou por cima do desenho da fita
com todo o corpo ou com uma parte do corpo
MANUSEIO DO APARELHO
• O aparelho deverá ser seguro suavemente na ponta do
estilete encostado no meio da palma da mão, colocado
entre os dedos polegar e médio. O dedo indicador fica
estendido sobre o estilete e os dedos médio, anelar e
mínimo reforçam a empunhadura.

• Movimentos relaxados de flexão, extensão ou de


rotação do punho é que vão determinar os desenhos a
ser mostrado pela fita. O braço permanece estendido,
mas flexível. A fita não poderá tocar o corpo da ginasta
ou partes dele, a não ser nos movimentos em que ela
segura o aparelho para executar movimentos
específicos.
SERPENTINAS
• São movimentos da fita determinados por
enérgicas flexões e extensões alternadas do
punho: o desenho deverá ser regular e
mantido em toda extensão da fita.
• Cada desenho deverá apresentar de 4 a 5
figuras, no mínimo.
ESPIRAIS
• São movimentos sequenciados de rotações
rápidas e suaves do punho, auxiliado, algumas
vezes, por movimento do cotovelo e
antebraço, formando pequenos círculos que
sucedem a intervalos regulares, do início ao
final de fita.

• Mínimo de 4 a 5 figuras.
LANÇAMENTOS E RECUPERAÇÕES
• Por causa do peso muito leve do aparelho, os
lançamentos são movimentos de difícil
execução. O movimento deverá partir do
ombro e o impulso que é dado pelo punho no
movimento de lançar a fita deverá ser rápido e
firme.
• Durante o lançamento, a fita deverá planar no
ar durante certo tempo, descrevendo uma
parábola ou uma linha reta.
• A recuperação deverá ser feita pela ponta do
estilete e em casos específicos pela ponta da fita.

• O aparelho, ao retornar à mão da ginasta, não


poderá tocar o solo.

• É importante que todo o corpo participe do


movimento de lançar e recuperar a fita. Executar
o lançamento bumerangue.
ÉCHAPPER
• São os pequenos ou médios lançamentos do
estilete, com ou sem impulso.
MANEJO
• IMPULSOS, BALANCEIOS, CIRCUNDUÇÕES E
MOVIMENTOS EM OITO.
• A fita deve participar do desenho em toda sua
extensão, os movimentos devem ser
executados energicamente e com
continuidade de modo que a fita esteja
sempre em movimento, de forma que a fita se
mantenha no espaço e nunca no solo.
• Todos os movimentos são conduzidos pelos
punhos, o antebraço ou o braço de acordo
com a sua amplitude.
IMPORTANTE
• Se a fita “estala” se enrola na ginasta, forma nós
ou laços, é sinal de que o manejo do aparelho
não está correto.
• Exigir movimentos alternados com as mãos
direita e esquerda desde o início da
aprendizagem.
• Ensinar primeiro o manejo do aparelho sem
deslocamentos e depois de dominados os
elementos básicos, vá introduzindo os
deslocamentos mais simples até chegar aos mais
complexos.

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