Você está na página 1de 33

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Curso de Turismo
Disciplina: Economia do Turismo
Campus de Foz do Iguaçu

COMÉRCIO
INTERNACIONAL

Professora: Dra. Taíse Fátima Mattei


6. COMÉRCIO INTERNACIONAL
• O comércio internacional é a troca de bens e serviços ou
capitais através de fronteiras internacionais ou territórios;
• O comércio internacional é o conjunto de operações comerciais
realizada entre países e que são regidas por normas estabelecidas
em acordos internacionais;
• O comércio internacional segue acordos bilaterais ou regras
negociadas em órgãos internacionais, como a Organização
Mundial do Comércio (OMC) e blocos regionais, como o
Mercosul e a União Europeia.
6. COMÉRCIO INTERNACIONAL
• Por que existe comércio internacional?
Porque os países não conseguem produzir tudo o que as pessoas
residentes necessitam;
Por meio do comércio internacional o excedente produzido
internamente pode ser vendido a outros países e as pessoas
podem ter acesso à mercadorias e serviços que não estão
disponíveis internamente;
6.1. IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
• A melhor forma de analisar o desempenho do comércio
internacional de um país;
• Esse indicador registra as importações e exportações de bens e
serviços;
Exportação: venda de mercadorias ou serviços para outros países;
dependem da renda do resto do mundo e da taxa de câmbio;
Importação: compra de mercadorias ou serviços vindo de outros
países; dependem da renda interna e da taxa de câmbio.
6.1. IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Se o saldo da balança comercial for positivo, significa que o país
está exportando mais do que importando - SUPERÁVIT;

Se for negativo, o valor das importações ultrapassa o das


exportações - DÉFICIT
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
• Para que as transações internacionais ocorram, para que os
preços entre os países sejam comparados, e que haja conversão
entre as diferentes moedas existem as taxas de câmbio;

Taxa de câmbio: mostra a relação de troca entre duas moedas


diferentes, ou ainda, o preço de uma moeda em termos de outra,
preço relativo entre diferentes moedas.
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
• As taxas de câmbio mais usadas no Brasil são: dólar e euro;
• A taxa de câmbio do dólar é R$4,02 reais por dólar: 1 dólar
custa 4,02 reais;
• A taxa de câmbio do euro é R$4,465 reis por euro: 1 euro custa
4,46 reais;
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
Desvalorização, depreciação, valorização ou apreciação do
câmbio: são conceitos muito comuns e muito utilizados, mas
diferentes.
 Apreciação e depreciação cambial: referem-se a mudanças
na taxa de câmbio quando esta flutua, em função das ações do
governo e das forças de mercado;
 Valorização e desvalorização cambial: dizem respeito a
mudanças na taxa de câmbio quando esta é fixa, refletindo
decisões deliberadas do governo.
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
Vamos falar mais em apreciação e depreciação:
 
Apreciação: representa uma queda na taxa de câmbio de uma
moeda.
Ex.: 1 dólar - R$4,00 reais
1 dólar - R$2,00 reais
Real está valendo mais, se apreciou;
 
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
Vamos falar mais em apreciação e depreciação:
 
Depreciação: representa um aumento na taxa de câmbio.
Ex.: 1 dólar - R$4,00 reais
1 dólar - R$6,00 reais
Real está valendo menos, se depreciou;
 
 
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
Quando o câmbio está apreciado, mais baixo, real está valendo
mais, é bom para importar;

Quando está depreciado, nível alto, real vale menos, bom para
exportar, porque recebe em dólar e este vale mais.
 
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
Regimes de Câmbio são as formas como as taxas de câmbio
podem ser determinadas:
 
Câmbio Fixo: quando a autoridade monetária de um país define o
nível da taxa de câmbio e se compromete a mantê-la por meio da
compra e venda de divisas;
Se existir pressão para câmbio se elevar, e o governo quer manter
ele fixo, ele deve vender divisas na economia;
Se existir pressão para o câmbio começa a cair, e o governo quer
manter fixo, deve comprar as divisas excedentes.
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO

Câmbio Flutuante: Quando a autoridade monetária não interfere e


o preço das moedas é determinado pelo mercado;
Se tiver excesso de moeda, o câmbio cai;
Se tiver falta, o câmbio aumenta;
Atualmente é o regime adotado pelo Brasil.
 
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO

Flutuação suja: o BC deixa a taxa de câmbio livre, flutuante, mas


intervém quando acha necessário.
 
Bandas Cambiais: o governo delimita um nível mínimo e máximo
para a taxa de câmbio, e se compromete a manter nesse patamar.
Só interfere se o câmbio superar os limites impostos.
 
6.2. TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES DE
CÂMBIO
• O mercado de câmbio é bastante controlado pelos bancos centrais
dos países.
• No Brasil, apenas empresas registradas no Banco Central podem
legalmente realizar operações de câmbio (compra e venda de
moedas estrangeiras).
• A maior parte das operações de câmbio no Brasil é realizada
através de bancos e outros tipos de intermediários financeiros.
• Além destas empresas, um pequeno conjunto de agências de
turismo e hotéis também possuem autorização para operações .
6.3 POLÍTICA EXTERNA
• As formas com que o governo pode intervir são chamados
instrumentos de política comercial.
• São os instrumentos de políticas que os países adotam para
influenciar no comércio internacional.
• As principais são: tarifas de importação, subsídios às exportações,
cotas de importação; restrições voluntárias às exportações;
requisitos locais e barreiras burocráticas;
 
 
6.3 POLÍTICA EXTERNA
Tarifas de importação: a mais simples das políticas;
É um imposto cobrado quando um bem é importado;
São usadas pelos governos como uma fonte de renda, mas, também,
como forma de proteger setores locais específicos;
As tarifas estão perdendo importância: governos modernos estão
utilizando barreiras não tarifárias como cotas de importação (limites
sobre quantidade importada) e restrição de exportação (limitação
sobre quantidade exportada).
 
 
6.3 POLÍTICA EXTERNA
Subsídios às exportações: é um pagamento a uma empresa ou
indivíduo que embarca um bem para o exterior.
Os efeitos de um subsídio à exportação são exatamente o inverso da
tarifa.
 
 
6.3 POLÍTICA EXTERNA
Cotas de importação: é uma restrição direta à quantidade de algum
bem que pode ser importada;
O país sede limita a quantidade que seus residentes poderão
importar de outros países;
A restrição é normalmente executada por meio da emissão de
licenças a alguns grupos de indivíduos ou empresas;
Ex.: EUA têm cota de importação de queijo estrangeiro. As únicas
empresas que podem importar queijo são determinadas; cada uma
tem direito de importar um número máximo de toneladas de queijo
por ano;  
6.3 POLÍTICA EXTERNA
Restrições voluntárias às exportações: também conhecida como
acordo de restrição voluntária;
É um cota de comércio imposta pelo país exportador, em vez de
pelo importador;
Um país limita a quantidade que seus residentes poderão exportar;
Quem perde nesse caso é o país importador, porque comprará
menos do que gostaria;
Geralmente são impostas por pedido de alguns países importadores,
para limitar as vendas para alguns importadores concorrentes e para
proteger suas indústrias nacionais;
6.3 POLÍTICA EXTERNA
Requisitos locais: é uma regulamentação que exige que uma fração
específica de um bem final seja produzida domesticamente ou que
exige que uma parcela mínima do preço do bem represente o valor
adicionado local;
Foram muito utilizadas pelos países em desenvolvimento que
tentavam deslocar sua base de manufaturas da linha de montagem
para bens intermediários;
O efeito seria uma proteção para a indústria interna, limitando a
quantidade importada;
 
6.3 POLÍTICA EXTERNA
Barreiras burocráticas: quando um governo deseja restringir
importações informalmente e impõe procedimentos sanitários, de
segurança e alfandegários, de modo a estabelecer obstáculos ao
comércio;
Ex.: doença em animal para de comprar carne.
 
 
6.4 TURISMO E O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
• Turismo contribui para geração de divisas.
• O movimento de turistas é responsável por um grande movimento
de capitais entre os países.
• O destino turístico  fornece bens e serviços ao turista e recebe
recursos financeiros.
• O turismo representa um dos principais componentes do comércio
internacional.
 
6.4 TURISMO E O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
• O comércio internacional de serviços apresenta algumas
características distintas do comércio de bens.
• O comércio internacional de bens exige deslocamento do produto.
• Já o comércio internacional de serviços não exige deslocamento do
produto.
• No turismo, a mobilidade é uma característica do consumidor, e
não do produto.
• Quando turista brasileiro compra serviços de hospedagem em um
hotel na Itália, é o turista que se desloca, não a hospedagem.
 
6.4 TURISMO E O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
• Turismo emissivo: movimentos de turistas brasileiros que viajam
ao exterior. Constitui uma atividade de importação brasileira.
• Turismo receptivo: movimentos de turistas estrangeiros que vêm
ao Brasil. Constitui uma atividade de exportação brasileira.

• O turismo receptivo é uma importante fonte de moeda estrangeira


de diversos países.
 
6.4 TURISMO E O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
• A taxa de câmbio causa diferentes efeitos sobre o turismo doméstico.
• Quando a moeda brasileira perde valor (deprecia-aumenta tx câmbio)
as viagens para o exterior ficam mais caras e, consequentemente, o
turismo doméstico é favorecido.
• A depreciação da moeda brasileira também aumenta o turismo
receptivo internacional, ampliando a demanda por produtos turísticos
no Brasil.
• Se o aumento da demanda não for acompanhado por aumento da
oferta, os preços podem subir, e o turismo doméstico for
desincentivado. 
6.4 TURISMO E O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
•Texto: https://administradores.com.br/artigos/contribuicao-do-turismo-
para-o-desenvolvimento-da-economia
• A atividade turística é uma das mais importantes no setor econômico e
da geração de emprego e renda, assim como a criação de novos
negócios e aumento da produção de bens e serviços.
• O setor representa 7,9% do PIB nacional e é responsável por 6,59
milhões de empregos (2019).
6.4 TURISMO E O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
•Texto: https://administradores.com.br/artigos/contribuicao-do-turismo-
para-o-desenvolvimento-da-economia
• De acordo com os dados do Ministério do Turismo do Brasil,
referentes ao ano de 2017, foram 6,6 milhões de turistas do mundo que
entraram no país, gerando uma receita cambial de 6 bilhões de dólares
americanos, segundo dados da Organização Mundial do Turismo
(OMT).
• Ao todo, foram mais de dez milhões de desembarques internacionais
feitos nos aeroportos brasileiros em 2017. O Turismo injetou US$ 163
bilhões no Brasil em 2017.
6.4 TURISMO E O COMÉRCIO
INTERNACIONAL
•Texto: https://administradores.com.br/artigos/contribuicao-do-turismo-
para-o-desenvolvimento-da-economia
• Segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), a
contribuição do Turismo para o PIB nacional deve registrar crescimento
de 2,5% em 2018 e chegar a 8,2% em 2028.
REFERÊNCIAS
PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de economia.
Cengage Learning, 2012.

 
KRUGMAN, P. e OBSTFELD, M. Economia internacional: teoria e
política. 6. ed. São Paulo:
Pearson, 2005.
 
SANTOS, G.; KADOTA. D. Economia do Turismo. São Paulo: Editora
Aleph, 2012.
ATIVIDADES
1. Defina exportação e importação de bens e relacionada ao
turismo.
2. Considere um aumento da taxa de câmbio do real em relação
ao dólar de R$3,50 para R$4,00, o que isso significa?
Explique.
3. Diferencie os principais tipos de regimes cambiais.
4. Quais os principais instrumentos de política internacional?
Taíse Fátima Mattei
Obrigada!

Você também pode gostar