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Comércio Interno: efetuado dentro do território do país. Pode ser nacional, regional e
local.
A princípio, poderia se pensar que o comércio internacional nada mais seria do que
o prolongamento do comércio interno. De fato, tanto o comércio externo quanto o interno
apresentam várias semelhanças no que se refere a determinados aspectos:
a) Mercado Cambial
Como visto uma das principais diferenças entre o comércio nacional e o internacional
deve-se a que, dentro de um país, o intercâmbio realiza-se com a mesma moeda,
enquanto que no comércio internacional cada país tem sua própria moeda. A
heterogeneidade de moedas dos diferentes países torna mais complexa as relações
econômicas internacionais, pois surge o problema da troca entre eles.
Um sistema desenvolvido de comércio internacional somente pode funcionar se existe
um mercado onde uma moeda pode ser trocada por outra. Esse é o papel atribuído ao
mercado de divisas ou mercado cambial.
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Os mercados de divisas são os mercados nos quais se compram e vendem as moedas
dos diferentes países.
Nesse mercado faz-se a troca de moeda nacional pelas moedas dos países com os
quais se mantêm relações econômicas, originando um conjunto de ofertas e demandas de
moeda nacional em troca de moedas estrangeiras.
O mercado de câmbio tem as seguintes finalidades:
CORRETOR CORRETOR
VENDEDORES COMPRADORES
Num mercado livre, a taxa de câmbio será determinada pelas forças da oferta e da
demanda. Nessas circunstâncias, diz-se que a taxa de câmbio é flexível ou flutuante.
Tipo de
Câmbio
(Real/Dólar) D$ S$ (Oferta de divisas)
Superávit
1,20
Eixo das ordenadas: medimos a taxa de câmbio, isto é, o preço em reais de um dólar.
Eixo das abcissas: mede-se a quantidade de divisas. É o valor total em dólares das
entradas das exportações e dos investimentos estrangeiros no Brasil.
A curva S$ reflete a oferta de divisas, a curva D$ mostra a demanda brasileira de divisas.
À taxa de câmbio de R$ 1,00/dólar, o mercado está em equilíbrio. Quando o real se
desvaloriza, passando a valer R$ 1,20/dólar haverá superávit de divisas; e se o real
valoriza-se para R$ 0,80/dólar, surgirá um déficit de divisas.
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Quem demanda e quem oferta divisas?
$ $
Demanda de Divisas (D ) Oferta de Divisas (O )
Importações Brasileiras (bens e serviços) Exportações Brasileiras (bens e serviços)
Taxa à qual é possível trocar moeda de um país pela moeda de outro país.
Taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de
outro país, ou seja, compara o preço de bens domésticos e internacionais na economia
doméstica. A taxa de câmbio real é o preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros,
em relação à uma cesta brasileira.
Onde:
𝑒.𝑃∗ E = taxa de câmbio real
𝐸= e = taxa de câmbio nominal
𝑃 P* = índice de preços do país estrangeiro (inflação)
P = índice de preço no mercado nacional (inflação)
País dê o certo (método Indireto): quando a taxa cambial indica o número variável de
unidades de moeda estrangeira que serão trocadas por uma unidade de moeda nacional.
País dê o incerto (método Direto): quando a taxa cambial indica o número variável de
unidades de moeda nacional que serão trocadas por uma unidade de moeda estrangeira.
a.7) Arbitragem
juros porventura pagos a uma outra parte para obtenção dos recursos utilizados na
operação;
Os swaps normalmente são utilizados para operações com moeda e taxas de juros
e têm por objetivo a diminuição dos custos, o aumento dos lucros nas operações
financeiras, a proteção contra possíveis riscos e perdas, além da especulação nesses
mercados.
No mercado de swap, o que os participantes negociam é a troca de rentabilidade
entre dois ativos. Os respectivos fluxos de caixa serão permutados com base na
comparação de rentabilidade entre eles.
As operações de swaps fazem parte do mercado derivativos, que são contratos
para execução futura derivados de instrumentos originais, como títulos, ações e outros.
b.1) Histórico
b.2) Finalidades
b.3) Conceito
“The balance of payments is a statistical statement that summarizes transactions between residents and
non-residents during a period. It consists of the goods and services account, the primary income account,
the secondary income account, the capital account, and the financial account. Under the double-entry
accounting system that underlies the balance of payments, each transaction is recorded as consisting of two
entries and the sum of the credit entries and the sum of the debit entries is the same”
(Balance of Payments and International Investment Position Manual, Washington, D.C.: International Monetary Fund, 2009, 6th ed., pág.
9).
Desde jan/2001: Bacen divulga o BP usando metodologia do FMI – 5a. Versão Manual
do Balanço de Pagamentos (1993).
Mudanças de 2015
• Balanço de rendas Rendas primárias
• Transferências unilaterais correntes Rendas secundárias
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TRANSAÇÕES CORRENTES – I, II, III e IV CONTA CAPITAL E FINANCEIRA – VI
b.5) Considerações
- subsídios às exportações;
Como, então, esses dólares vão parar nas mãos do governo, mais especificamente do
Banco Central?
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1.3 - Teorias de Comércio Internacional
a) O Mercantilismo
Principal problema dos mercantilistas: o fato de acreditar que a economia de uma nação
só auferiria benefícios em detrimento de perdas sofridas pelas economias de outras
nações.
b) Vantagens Absolutas
Adam Smith: “The Wealth of Nations” 1776, obra seminal onde foram destacados os
benefícios da divisão do trabalho, da especialização e das trocas, que poderiam ser
auferidas por todas as nações através do comércio exterior.
Ex.: suponha que o Brasil e o EUA possam produzir dois tipos de bens somente: café e
automóveis:
Brasil EUA
Produção mensal de automóveis (em mil unidades) 6 8
Produção mensal de café (em mil sacas) 3 2
Conclusão: se cada país produzir bens cujos custos comparativos são menores, ambos
os países sairiam ganhando, pois comprariam seus produtos a custos menores.
c) Vantagens Comparativas
David Ricardo (1817) – “On the Principles of Political Economy and Taxation”
No ponto de vista ricardiano, o comércio exterior para uma nação seria vantajoso até
mesmo nos casos em que ela pudesse produzir internamente a custos mais baixos do
que os da nação parceira, desde que, em termos relativos, as produtividades de cada
uma fossem relativamente diferentes.
Ex.: suponha que os EUA produzissem mais milho e mais soja por mês do que o Brasil:
Brasil EUA
Produção mensal de milho 4 6
Produção mensal de soja 1 3
Como mostra a tabela, os EUA ganham do Brasil tanto na produção de milho quanto na
produção de soja. Mesmo assim, valerá a pena os EUA se concentrar somente na
produção de soja.
Portanto, interessa aos EUA produzir soja, enquanto interessa ao Brasil produzir milho.
Críticas:
d) Teorema de Heckscher-Ohlin
existem produtos que usam intensivamente K e outros que usam intensivamente mão-
de-obra.
Cada país se especializará e exportará o bem que utiliza intensivamente seu fator
abundante.
Nestas condições, a previsão do modelo é a seguinte: os países ricos tenderiam a
exportar produtos capital intensivos (máquinas e equipamentos, por exemplo) ao passo
que os países mais pobres exportariam produtos mão-de-obra intensivos (tecidos,
vestuário, alimentos, etc).
A teoria também enfatiza as vantagens do livre comércio, já que os países
poderiam atingir um nível de bem-estar material superior sem recorrer ao protecionismo.
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e) Novas Teorias do Comércio Internacional
R. Vernon (1966)
Novos produtos e novos processos produtivos tenderiam a surgir nos países ricos
devido à demanda por produtos sofisticados e pela existência de capacidade empresarial
e de mão-de-obra altamente especializada para trabalhar em pesquisa e
desenvolvimento.
Nos últimos anos, dada a recessão global (desde 2008), a intervenção do governo tem
aumentado em todo o mundo. Intervenção do governo pode realmente adicionar valor?
Desde 1970, uma nova teoria, a teoria do comércio estratégico, foi desenvolvida para
resolver esta questão.
f) Vantagens Competitivas
A gestão das operações de comércio exterior no Brasil era realizada por diversos
órgãos de diferentes esferas do governo. Esses órgãos são responsáveis por legislar,
fiscalizar e incentivar as atividades de comércio exterior. De acordo com o Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC, 2014), era possível dividir essas
funções em quatro classificações:
Uma das alterações mais relevantes trazida pela Medida Provisória no 870/19 para
o comércio exterior brasileiro foi a criação de um novo Ministério da Economia, que
consiste na junção do poder de três pastas (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços – MDIC, Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão – MPOG). O novo Ministério incorporou também a Câmara de Comércio
Exterior – CAMEX, que permanece sendo um órgão colegiado.
Como consequência, questões relativas a comércio exterior, defesa comercial,
desenvolvimento da indústria e serviços foram incluídas na competência do Ministério da
Economia e ficarão a cargo da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos
Internacionais.