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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

CURSO DE PSICOLOGIA

SEMINÁRIOS INTEGRATIVOS

MANAUS- AM

2021
ALYCIA CUNHA DA SILVA

BENEDITA GIOVANNA VAZ VIEIRA

GABRIELA ESTER DA SILVA LABORDA

LUCAS MIZAEL DO PRADO BENLOLO

RAFAELA ANDRADE CRUZ

OS IMPACTOS PSICOLÓGICOS NO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO LUTO


NAS FAMÍLIAS NO DECORRER DA PANDEMIA COVID 19.

Trabalho para obtenção de nota referente a


disciplina Seminário Integrativo, requisito
parcial para cumprimento do plano, do
Curso de Psicologia/UNINORTE,
ministrado pelo Professor Marcos
Alcântara. Turma UNN0120110NMA.

MANAUS- AM

2021
Sumário

RESUMO ................................................................................................................................... 4

INTRODUÇÃO COM JUSTIFICATIVA ................................................................................. 5

METODOLOGIA ...................................................................................................................... 6

REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................... 8

RECURSOS ............................................................................................................................. 14

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 17


RESUMO

Considerando a complexidade da pandemia do Corona Vírus – 19 (COVID-19), é essencial


destacar seus impactos na saúde mental das famílias. A pandemia trouxe mudanças
significativas na vida das pessoas em geral, mudando sua qualidade de vida e recursos. A morte
de entes queridos e a forma de despedida sofreu uma mudança brusca, fazendo com que muitas
famílias não pudessem se despedir como gostariam, acarretando na elaboração inadequada do
luto. O presente artigo tem como finalidade analisar e refletir a influência e os impactos desse
luto mal elaborado nas famílias, e de que forma o acompanhamento psicológico com o manejo
na Abordagem Sistêmica pode beneficiar na elaboração do luto dos indivíduos que tiveram a
perda abrupta de um ente querido pela contaminação da COVID-19, identificando as
consequências causadas pela falta de acompanhamento necessário. O desenvolvimento do
trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa, de campo exploratório através de um questionário
disposto às famílias que sofreram a perda de um membro familiar, fazendo uma comparação
entre a família que recebeu acompanhamento psicológico e outra que não recebeu, de diferentes
faixas etárias, ambos os sexos, residentes da cidade de Manaus-Am-Brasil, buscando respostas
à problemática deste estudo.

Palavras-Chave: Elaboração do Luto. Famílias. COVID-19. Saúde mental. Acompanhamento


Psicológico. Abordagem sistêmica.

ABSTRACT

Considering the complexity of COVID-19 pandemic, it's essential to highlight their impacts in
the mental health of families. The pandemic brought significant changes in people's lives in
general, changing their quality of life and resources. The death of loved ones and the farewell
form suffered a sudden change, making many families not to say goodbye as they would, by
ending in the inappropriate elaboration of mourning. The present article has as purpose to
analyze and reflect the influence and impact of this inappropriate mourning in families, and
how the psychological accompanying with the systemic approach can benefit from the
elaboration of the mourning of the individuals who had the abrupt loss of a loved one by the
contamination of the covid-19, identifying the consequences caused by lack of accompaniment
necessary. The development of the job is a qualitative research, exploratory field through a
questionnaire willing to a family that suffered the loss of a family member, making a
comparison between the family who received psychological accompanying and other who
doesn't, of diferenct ages, both sexes and residents of the city of Manaus-AM-Brasil, searching
answers to the problem of this study.

Key words: Grief elaboration. Families. COVID-19. Mental health. Psychological


Accompanying. Systemic Approach

INTRODUÇÃO COM JUSTIFICATIVA

Em março de 2020, o site oficial da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde


(Una-Sus 2020) informou que o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros
Adhanom, declarou através de um pronunciamento público, que a organização elevou o estado
da contaminação pelo coronavírus à uma pandemia. O surto, além de afetar uma região,
espalhou-se por diferentes continentes, até envolver o mundo todo.

Neste cenário da pandemia de covid-19, convém salientar que devido ao rápido avanço
da doença e o excesso de informações disponíveis, algumas vezes discordantes, se torna um
âmbito favorável para alterações comportamentais impulsionadoras de adoecimento
psicológico, que podem gerar consequências graves na Saúde Mental do indivíduo (PEREIRA
ET AL., 2020, P. 05 APUD C. K. T. LIMA ET AL., 2020)

Aprender a lidar com o vírus foi a maior dificuldade da sociedade como um todo, pois
foi um fato novo diante das pessoas e não havia conhecimento de como combatê-lo,
colaborando para o aumento de casos e óbitos. A realidade a qual se conhecia começou a ter
direcionamentos diferentes, aqueles que não conheciam a experiência do sofrimento da perda
de alguém próximo, passaram a vivê-la de forma súbita.

Silva, Jardim e Santos (2020, p. 3349 – 3350) relatam em sua pesquisa que, foi estimado
um excesso de 39.146 óbitos no Brasil, dos quais 23.979 ocorreram entre homens e 15.167 entre
mulheres. Com esse acréscimo de óbitos referente a contaminação pelo coronavírus, a ruptura
no seio familiar ocorreu de forma brusca, acarretando na dificuldade de elaboração do luto,
contribuindo muitas vezes para o adoecimento psicológico dos membros deste ambiente.

Dantas et al. (2020, p. 520 apud CARR, BOERNER & MOORMAN, 2020, p. 427)
exemplifica que:
Mortes são angustiantes porque elas desafiam noções de uma morte idealizada, elas
impedem que membros da família tenham conversas significativas e resolvam
“negócios inacabados”, desencadeiam dor pelo sofrimento da pessoa amada, e elas
fazem os membros da família se sentirem culpados por não terem conseguido proteger
seus entes queridos da situação devastadora.''

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É imensurável a dor que cada indivíduo sente diante da perda de alguém e as
consequências psicológicas desenvolvidas nesse período. O papel social e clinico da psicologia
ao longo desse processo foi (e continua sendo) de extrema importância para possibilitar uma
melhor compreensão e administração de sentimento pela perda causado nas pessoas.

O psicólogo irá acolher essa dor emocional da família e irá os ajudar a chegar em um
caminho de aceitação, experienciando as etapas que, por inesperada situação, foram
ultrapassadas.

Ramos (2016, p. 12 apud WEISS, 1988, CIT. POR SHAPIRO, 1994) expressa que o
papel do psicólogo é fundamental na medida em que ajuda a pessoa enlutada a lidar ou encarar
a perda de forma adaptativa e ajustada, propiciando uma reorganização das crenças acerca de
si mesmo e do mundo. Pretende-se que o indivíduo estabeleça um novo equilíbrio que lhe
permita, não propriamente ultrapassar a perda, mas aprender a viver com ela.

Por fim, mediante o exposto, durante a elaboração deste, nota-se através do mapeamento
por meio da técnica do estado da arte, que há uma escassez na publicação de conteúdos
referentes ao tema.

E, visando a relevância do mesmo, buscou-se frisar a importância do acompanhamento


psicológico para famílias que tiveram a perda de pessoas no contexto pandêmico.

O intuito para o levantamento de dados, é fazer uma pesquisa qualitativa, envolvendo


duas famílias distintas e apresentar entrevistas abertas, e através disso, fazer a análise do
conteúdo e comparação da família que teve o acompanhamento psicológico e a outra que não
teve esse acompanhamento.

Diante desta problemática, pode-se constatar que o estudo mais aprofundado sobre a
importância do atendimento psicológico na Abordagem Sistêmica, para auxiliar no processo de
desenvolvimento do luto saudável no decorrer da pandemia covid-19, é essencial para o
contexto atual da sociedade, que vivencia de forma frequente a perda de um familiar.

METODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa onde busca-se compreender e


mostrar a importância do acompanhamento psicológico em indivíduos que perderam familiares
em decorrência do covid-19, a primeira etapa do processo de pesquisa foi definir o tema a ser
trabalhado e a abordagem que seria utilizada. As etapas seguintes foram: delimitar a pergunta

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norteadora, realizar a pesquisa em portais acadêmicos confiáveis sobre o tema, criação dos
objetivos geral e específicos, e por fim, a elaboração de um questionário que poderá ser
direcionado para o público-alvo.

Para delimitar o assunto abordado e a pergunta norteadora, foi utilizada uma técnica de
pesquisa chamada “estado da arte”, Ferreira (2002) diz que essa técnica traz em comum o
desafio de mapear e discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos de
conhecimento. A partir da realização desta técnica foi possível conhecer materiais científicos
que puderam embasar e nortear o trabalho nas etapas seguintes.

Souza et al (2021) dizem que a pesquisa bibliográfica está inserida no meio acadêmico
e tem a finalidade de aprimoramento e atualização do conhecimento, através de uma pesquisa
cientifica de obras já publicadas. Foram utilizadas 33 (trinta e três) publicações (artigos, livros,
revistas, periódicos) que ajudaram na composição deste trabalho, as mesmas foram encontradas
em diferentes locais de acesso, como por exemplo: Scielo, Google Acadêmico e Pepsico.

A definição dos objetivos geral e especifico se deu após a leitura do material


apresentado, que serviu de embasamento daquilo que se pretende alcançar com a pesquisa
realizada, que:
Objetivo geral descreve uma abordagem geral na qual o projeto pretende alcançar,
sempre com uma abordagem ampla, enquanto que os objetivos específicos descrevem
os objetivos pontuais na qual o projeto irá desenvolvendo etapa após-etapa a fim de
alcançar o objetivo geral (CIRIBELLI, 2003 apud PRAÇA, 2015).

Os autores Araújo, Pimenta, Costa (2014) dizem que o objetivo geral da pesquisa deve
dialogar intimamente com a questão norteadora do trabalho. A questão norteadora desta
pesquisa busca incitar sobre os processos psicológicos advindos da perda de um familiar e o
objetivo geral sintetiza o contraste que existe entre as famílias que tiveram acompanhamento e
daquelas que não foram amparados por um profissional de psicologia. Os objetivos específicos
buscam alinhar-se e propõe uma visão ampla sobre os processos do luto que essas pessoas
desenvolvem após perderem uma pessoa para a covid-19.

Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho busca descrever por meio da abordagem
sistêmica a relevância do atendimento psicológico a partir da comparação das famílias que
recebem e não recebem este acompanhamento. Os objetivos específicos visam: 1-Identificar os
possíveis benefícios da participação de indivíduos enlutados no atendimento psicológico com
a abordagem sistêmica para o processo de elaboração do luto; 2-Verificar quais as implicações

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do luto no contexto familiar e 3- Pontuar as consequências individuais causadas pela falta de
acompanhamento psicológico após a perda de um familiar.

Após a confirmação do primeiro caso de infecção do vírus do Covid-19 no Amazonas,


em 16/03/2020 foi publicado no Diário Oficial do Estado, o decreto de nº 42.061, que
considerou a necessidade de adoções de medidas preliminares e temporárias, a fim de evitar
circulação do vírus no estado. No Art. 1 deste documento, foi decretada situação de emergência
na saúde pública no estado do Amazonas, pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias, tendo em vista
a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) decorrente da
Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV), nos termos da portaria nº188, de 3 de
fevereiro de 2020 do Ministério de Estado da Saúde. No mesmo documento, foi recomendado
no Art. 3 a suspensão de atividades em instituições privadas por até 15 dias, prazo esse que foi
prorrogado.

REFERENCIAL TEÓRICO

Surgimento do pensamento sistêmico

Em 1930, o biólogo austríaco Ludwig Von Bertalanffy apresenta a Teoria Geral dos
Sistemas e, em 1940, e o matemático norte-americano Norbert Wiener inicia a elaboração da
Cibernética. Ambas as teorias tiveram desenvolvimento paralelo no século XX e configuram
os limites paradigmáticos para a Teoria Sistêmica, em conjunto com a influência da Teoria da
Comunicação Humana, criada por Gregory Bateson e Paul Watzlawick (GOMES et al, 2014)

Em meio ao contexto da Segunda Guerra Mundial, as ideias de Bertalanffy não foram


bem aceitas em um primeiro momento. O biólogo conhece então, a Teoria da Cibernética que
florescia nos Estados Unidos e passa a ser influenciado por ela. Em 1960, Bertalanffy começa
a ministrar conferências nos Estados Unidos e em 1967 e 1968 publica a Teoria Geral dos
Sistemas por meio de uma editora canadense e, em função da maior propagação de suas ideias,
que passam a estar disponíveis em língua inglesa, a Teoria ganha visibilidade (Vasconcellos,
2010)

A Teoria Geral dos Sistemas também é conhecida por Teoria Sistêmica. Contudo, elas
são diferentes, visto que a Teoria Geral dos Sistemas é mais ampla e abarca todas as áreas do
conhecimento (Física, Química, entre outras). Já a Teoria Sistêmica está mais voltada para a
área da Psicologia. Para fins práticos, elas serão utilizadas como sinônimos, o que não se mostra
errôneo, mas faz-se essa ressalva para fins didáticos e de esclarecimento (COSTA, 2010)

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Bertalanffy confere importância ao Pensamento Sistêmico como um movimento
científico por meio de suas concepções de sistema aberto e de sua Teoria Geral dos Sistemas.
De acordo com o autor, organismos vivos são sistemas abertos que não podem ser descritos
pela termodinâmica clássica, que trata de sistemas fechados em estado de equilíbrio térmico ou
próximo dele. Os sistemas abertos podem se alimentar de um contínuo fluxo de matéria e de
energia extraídas e devolvidas ao meio ambiente. Mantêm-se, portanto, afastados do equilíbrio
em um estado quase estacionário ou em equilíbrio dinâmico (CAPRA, 2006)

O objetivo da Teoria Geral dos Sistemas se constituía em estudar os princípios


universais aplicáveis aos sistemas em geral, sejam eles de natureza física, biológica ou
sociológica. Bertalanffy conceitua sistema como um complexo de elementos em estado de
interação. A interação ou a relação entre os componentes torna os elementos mutuamente
interdependentes e caracteriza o sistema, diferenciando-o do aglomerado de partes
independentes (VASCONCELLOS, 2010). A Teoria Geral dos Sistemas combina conceitos do
Pensamento Sistêmico e da Biologia (Costa, 2010), incidindo na generalização do Modelo
Organicista, ou seja, na noção de que o universo pode ser pensado como um grande organismo
vivo (PINHEIRO, CREPALDI, & CRUZ, 2012). Assim, pressupõem-se que os fenômenos não
podem ser considerados isoladamente, e sim, como parte de um todo.

Sendo assim, o todo emerge além da existência das partes e “as relações são o que dá
coesão ao sistema todo, conferindo-lhe um caráter de totalidade ou globalidade, uma das
características definidoras do sistema” (VASCONCELLOS, 2008, P.199). Os conceitos básicos
de sua teoria são: globalidade, não-somatividade, homeostase, morfogênese, circularidade e
equifinalidade (VASCONCELLOS, 2010). Segue abaixo uma breve descrição de cada um
desses conceitos.

De acordo com a globalidade, todos os sistemas funcionam como um todo coeso e


mudanças em uma das partes provocam mudanças no todo. O conceito de não-somatividade
afirma que o sistema não é a soma das partes, devendo-se considerar o todo em sua
complexidade e organização; assim, embora o indivíduo faça parte da família, ele mantém sua
individualidade. A homeostase é o processo de autorregulação que mantém a estabilidade do
sistema preservando seu funcionamento. A morfogênese é o processo oposto a homeostase, ou
seja, é a característica dos sistemas abertos de absorver os aspectos externos do meio e mudar
sua organização. A circularidade, também chamada de causalidade circular, bilateralidade ou
não-unilateralidade, diz respeito à relação bilateral entre elementos, sendo que esta relação é
não linear e obedece a uma sequência circular. O último conceito, equifinalidade, refere que em

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um sistema aberto, o resultado de seu funcionamento independe do ponto de partida, ou seja, o
equilíbrio é determinado pelos parâmetros do sistema; diferentes condições iniciais geram
igualdade de resultados e diferentes resultados podem ser gerados por diferentes condições
iniciais. Desta forma, nos sistemas fechados o estado de equilíbrio é dado pelas condições
iniciais (BARCELLOS & MORÉ, 2007; OSORIO, 2002; VASCONCELLOS, 2010)

A Teoria Geral dos Sistemas também fez uso do conceito de retroalimentação ou


feedback que emergiu na cibernética, o qual garante a circulação de informações entre
elementos do sistema. A retroalimentação pode ser negativa, o que acontece quando esse
mantém a homeostase, ou positiva, ocorre quando o sistema responde pela mudança sistêmica
(morfogênese) (VASCONCELLOS, 2010)

A prática sistêmica no campo da Psicologia

Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas proposta por Bertalanffy, na Cibernética


de Wiener e na Teoria da Comunicação, formulada por Bateson e Watzlawick, surge a prática
sistêmica. Capra destaca que “com o forte apoio subsequente vindo da Cibernética, as
concepções de Pensamento Sistêmico e de Teoria Sistêmica tornaram-se partes integrais da
linguagem científica estabelecida, e levaram a numerosas metodologias e aplicações novas”
(1996, p. 53). Atualmente, as áreas de aplicação do Pensamento Sistêmico são planejamento e
avaliação, educação, negócios e administração, saúde pública, sociologia, ciências da terra,
desenvolvimento humano, ciências cognitivas, dentre outras (CABRERA, COLOSI &
LOBDELL, 2008)

No campo da Psicologia Clínica, até a década de 1940, a prática terapêutica era orientada
pela Psicanálise e a ideia hegemônica era a de que o comportamento humano era regido por
forças intrapsíquicas. Como consequência da Segunda Guerra Mundial, houve um movimento
de união das famílias e tornaram-se mais fortes as críticas à Psicanálise por não dar a ênfase
necessária aos contextos ambientais. A Teoria Sistêmica passa a ganhar força trazendo a
proposta de mudança no foco das teorias clínicas do indivíduo para os sistemas humanos, ou
seja, do intrapsíquico para o interrelacional. Dessa forma, nas décadas de 50 e 60, ocorre um
movimento de combinação entre abordagens já consolidadas, tais como a psicanalítica, e novos
conceitos baseados na Teoria dos Sistemas, na Cibernética e na Teoria da Comunicação. Desta
combinação nasce uma “nova perspectiva sobre a complexidade e reciprocidade do

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comportamento humano e seu desenvolvimento dentro da rede de relações e da cultura da
comunicação dentro da família” (KREPPNER, 2003, P. 202)

De acordo com a Perspectiva Sistêmica, os sistemas devem ser vistos como estruturas
organizadas hierarquicamente que precisam ser analisadas em sua totalidade: desde os aspectos
macro, como a ordem social, passando por níveis intermediários, como as culturas das
comunidades locais, até atingir um nível mais proximal (ou de microanálise), como as escolas
e a família (SIFUENTES, DESSEN & OLIVEIRA, 2007). Conforme Grandesso (2000), a
mudança de foco do intrapsíquico para o interrelacional representou uma transformação
paradigmática à medida que passou a configurar outro sistema de pressupostos para informar a
concepção dos problemas humanos e das práticas da Psicologia. A ênfase passa a ser dada aos
contextos e formula-se a postulação de uma causalidade circular retroativa e recursiva para os
fenômenos, o que favoreceu a abertura do campo da psicoterapia para a interdisciplinaridade e
ampliou as fronteiras para a compreensão da pessoa humana para além do psicológico.

O Pensamento Sistêmico passa a ser o substrato de propostas de intervenção para a


clínica de família. Dessen (2010) ressalta a relevante contribuição da Teoria Sistêmica da
família, a partir da segunda metade do século XX, visto que trouxe um novo olhar para o
contexto familiar. A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um
sistema complexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como
o conjugal e o parental (KREPPNER, 2000). O estudo de Costa (2010) destaca brevemente os
momentos cruciais da construção teóricometodológica que caracterizaram o início da Terapia
de Família e marcaram seu desenvolvimento. A autora também apresenta as diferentes Escolas
de Terapia Familiar, desde aquelas fortemente influenciadas pela Cibernética até aquelas que
assimilaram as contribuições do Construtivismo e do Construcionismo Social.

O que é o luto?

Parkes (1998) e Bromberg (2000) explicam que o luto é uma reação normal em resposta
a um stress devido ao rompimento de uma relação significativa. Segundo Parkes (1998), o luto
é a expressão do descontentamento para a privação e perda de alguma pessoa, ou objeto,
considerado essencial e que fora anteriormente oferecido. Nesta representação, estão
envolvidas duas personagens: uma que é perdida e a outra que lamenta esta falta. De acordo
com Bromberg (1996), “só existe luto quando tiver existido um vínculo que tenha sido rompido

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(p.101)”. Embora o luto seja uma reação normal a uma perda, o uso deste termo se vê,
geralmente, reservado para a perda de uma pessoa, em especial, uma pessoa amada.

Franco (2008), expressa que:


... (o luto) trata-se de um processo por ser uma experiência que não se coloca
estatisticamente em dado momento da vida, que requer que eventos aconteçam, que
percepções se deem e atuem sobre esses eventos, que novas situações se apresentem
e possam ser significadas. É um processo particular, não há dois processos idênticos.
(FRANCO, 2008. P.398).

Para Freud (1915, p. 249) o termo luto pode ser entendido como “a reação à perda de
um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o
país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante”. Para o autor (1917, p.78) “o luto
tem uma missão psíquica muito especifica a efetuar: sua função é desligar dos mortos as
lembranças e as esperanças dos sobreviventes”. Assim, o enlutamento é descrito como um
trabalho de elaboração de uma perda, onde há o deslocamento da libido de um objeto para outro.
Durante este processo, ocorre uma inibição do ego em função da demanda de energia psíquica
envolvida e da percepção do mundo como pobre e vazio sem a pessoa amada. Somente após o
fim deste trabalho o ego fica livre e a libido é deslocada para outro objeto.

A partir disto, tem-se que a experiência do adoecimento gera luto, pois, este “é uma crise
porque ocorre um desequilíbrio entre a quantidade de ajustamento necessária de uma única vez
e os recursos imediatamente disponíveis para lidar com a situação (FRANCO, 2008. p.399).”
Em concordância, Parkes (2009) explica que, todos os acontecimentos que provocam mudanças
na vida e desafiam o mundo interior, provocam uma crise no sujeito. O autor utiliza o termo
mundo presumido para os aspectos do mundo interno, que são tidos como verdadeiros. Estes
aspectos formam a parte mais valiosa do equipamento mental, já que contem suposições que
permitem reconhecer objetos e planejar ações, de acordo com a necessidade. Tudo que se
considera importante, faz parte do mundo presumido. O trabalho de luto se mostra para o autor
como uma reorganização deste mundo interno, e devido a ser uma tarefa cognitiva, leva tempo
se for imposta de repente.

Elaboração do luto na família com a perspectiva Sistêmica

Por este tópico, será proposto a compreensão do luto na família com o olhar sistêmico,
sendo que De acordo com a abordagem sistêmica, a terapia familiar não é uma terapia da
família, mas com a família, o que implica num modelo de trabalho relacional. A terapia familiar

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não pretende adaptar ou trazer definição de um único modelo de família, mas utilizar os vários
elementos e significados contextualizando-os, através de uma intervenção conjunta com os
diversos membros deste sistema (RODRIGUES, 2015)

Na atual conjuntura, definir família é um processo complexo, já que seu conceito, bem
como sua organização vem se transformando ao longo do tempo. Porém, pontuar sua função
pode ser o início para se chegar à compreensão do seu papel. Gameiro (1992) fala que a família
é uma rede complexa de relações e emoções, a qual não pode ser pensada de forma isolada.
Compreende a família como um sistema, que produz e sofre influência de outros sistemas, ou
seja, é um todo globalizado, compreendido a partir de um olhar holístico.

A família tem um papel muito importante de nutrir e proteger os seus descendentes,


funciona enquanto transmissora de valores éticos, estéticos, religiosos e culturais. Partindo
desse aspecto, a família se organiza por meio de estruturas, em que as relações são definidas,
bem como seu papel e função, e apesar de sua estrutura única, sofre influência das expectativas
sociais (OSÓRIO, 2006)

Para Osório (2006), família é um lugar muito importante, é um espaço onde seus
membros ofertarem seus afetos e desafetos, e por causa disso, podem superar conflitos advindos
do existir. Pode ser o lugar de acolhimento e identificação da dor sentida, existindo troca e
suporte para superar perdas e vivenciar o luto (RODRIGUES, 2015)

A família se constitui como o primeiro recurso à oferta de assistência ao membro


enlutado, o lugar de cuidado necessário; por conhecer seu membro, é capaz de perceber
possíveis alterações no seu comportamento através de mudanças na rotina que a perda pode
acarretar e, ao perceber alteração do enlutado, pode oferecer suporte para seu sofrimento
(RODRIGUES, 2015)

Pensar no processo de luto no campo familiar é uma proposta de incluir todos que estão
enlutados na reorganização do desequilíbrio instalado, deixando de ser uma experiência
individualizada para uma troca, onde se encontra o amparo para a dor, quando mutuamente
servirão de suporte às necessidades que emergirem da família. E sua elaboração em conjunto
traz a possibilidade de se pensar que há conquistas no luto, por descobrir alianças e cuidados
que poderiam não vigorar antes da perda (RODRIGUES, 2015)

O luto é um processo que torna os pensamentos guiados pela emoção, quando se têm
mais reações emocionais do que em qualquer outro evento vital (BOWEN, 1998), um processo

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delicado que pode ter diversas interferências na comunicação, considerada muito importante na
reelaboração dentro da família.

Segundo Bertalanffy (1975), a comunicação se dá através do sistema aberto em que os


membros conseguem e permitem que suas emoções, sentimentos e pensamentos se
comuniquem, através de uma troca recíproca, ou ao contrário, os membros evitam comunicar
sobre a perda, dada a dificuldade da situação, denominado de sistema fechado.

Franco (1995) diz que a desorganização causada pelo luto solicita uma reorganização
que pode ser dada com os instrumentos e recursos da própria família. Por ser um momento de
crise familiar, é exigido que se recomponha tanto o aspecto relacional como emocional.

A crise ocorre justamente porque os membros da família estão passando pelo processo
de perda ao mesmo tempo, e ainda precisam prosseguir com suas rotinas e continuar dando
conta de seus papéis sociais. Torna-se indispensável, então, o rearranjo familiar, em que podem
ser necessárias algumas mudanças nos papéis para vivenciar a ausência do objeto perdido,
quando possíveis identidades podem ser criadas (RODRIGUES, 2015)

Por compreender ser um momento muito delicado que necessita de orientação e apoio,
o psicólogo pode ser convocado para ajudar o sistema familiar, por possuir conhecimento
teórico, habilidades e competências no manejo e orientação, com propostas de auxiliar a família
a passar pelo luto e reorganizar a vida. Assim, a intervenção do psicólogo surge com a proposta
de acolher a família enlutada e servir como mediador, na tentativa de reduzir o sofrimento,
usando técnicas e intervenções que auxiliem a superar a perda em menor tempo (RODRIGUES,
2015)

RECURSOS

Este trabalho busca clarificar a relação existente entre famílias que perderam um
indivíduo e os processos psicológicos advindos dessas perdas. E através disso distinguir as
consequências existentes entre as famílias que tiveram acompanhamento psicológico e aquelas
que não tiveram.

A segurança dos envolvidos nessa pesquisa é prioridade, por esse motivo serão
utilizados recursos que respeitem o distanciamento social. A alternativa em questão trata-se de
um questionário elaborado de acordo com aquilo que se pretende alcançar no contexto
apresentado.

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Para que se possa alcançar resultados referente ao projeto, e, ainda assim respeitar as
normas estabelecidas pelos órgãos públicos, será elaborado um questionário através da
plataforma Google Forms com perguntas relacionadas ao tema delimitado. Sabe-se que o
cenário pandêmico do covid-19 ocasionou muitas perdas repentinas refletindo em diversos
impactos psicológicos na dinâmica familiar, e por isso há a necessidade de investigar as formas
distintas em relação ao enfretamento do luto.

Por uma questão de segurança, muitas mudanças foram surgindo à medida que ia se
conhecendo o covid-19, inclusive costumes que dizem respeito aos rituais fúnebres. Nesses
aspectos, muitas pessoas se depararam com sentimentos “novos” encontrando dificuldades em
lidar com tal situação.

Como exposto acima, a aplicação da prática para a coleta de dados será através de uma
entrevista online. Para chegar aos participantes que já passaram e passam por essa experiência,
será necessário contatar psicólogos parceiros que atuam na área e que estejam disponíveis a
colaborar com o trabalho. Os entrevistados receberão perguntas especificas que possibilite
explorar suas percepções e vivencias acerca do luto e de seus impactos na saúde mental.

No quadro a seguir, serão apresentadas as perguntas feitas para os participantes.

1) Qual o grau de parentesco entre você e a pessoa vítima do covid-19? (Ex: pai, mãe,
tio, esposo, filho e etc.)
2) Qual o grau de parentesco entre você e a pessoa vítima do covid-19? (Ex: pai, mãe,
tio, esposo, filho e etc.)
3) Que sintoma (s) de viés psicológico você atribui ao fato de ter perdido um ente
querido por consequência do covid-19?
4) Como você lidou com o luto?
5) Se tivesse que listar 3 fatores importantes sobre ser acompanhado por um profissional
de psicologia, quais você citaria?
6) Você foi acompanhando por um (a) profissional de psicologia? Se sim, indique as
melhorias atribuídas a partir deste acompanhamento. Se não, indique os motivos pelos
quais isso não veio a acontecer.

CONCLUSÃO

O luto é uma experiência pessoal para cada indivíduo, a pessoa fica enlutada de sua
maneira, não existindo uma forma melhor ou pior de normalizar o processo. Diante dos itens

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expostos, será notório com os resultados do questionário que a não elaboração do luto gerará
inúmeras consequências para a vida familiar e individual. Os familiares enfrentarão muitos
desafios durante todo o processo do luto, desde os sentimentos de angústia, dor, sofrimento até
conseguirem saber lidar com a morte abrupta do familiar.

Em decorrência da percepção que o questionário irá trazer, será possível perceber que o
apoio psicológico e emocional irá ser de suma importância para que essas famílias consigam se
preparar para lidar e passar por todas as fases necessárias de um luto adequado e saudável. Os
impactos negativos do luto não resolvido ocasionam consequências psicológicas negativas,
como ansiedade, depressão, irritabilidade, desunião familiar, tristeza e muitos outros. O apoio
psicológico oferece inúmeros benefícios, tornando-se necessário para que o indivíduo consiga
recuperar e encontrar um novo sentido para a vida.

Por ser uma temática recente, a limitação de artigos e bases para elaborar o presente
estudo foi dificultosa, a questão do luto durante a pandemia ainda é algo que está sendo
abordado. Apesar das dificuldades, foi possível trabalhar com as informações que estão
disponíveis para o conhecimento do tema proposto, e dessa forma, conseguimos trazer as
informações necessárias e precisas para a elaboração do presente artigo. Contudo, vale ressaltar
a relevância desta pesquisa para a promoção do bem-estar, qualidade de vida e saúde mental
das famílias enlutadas em geral.

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