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Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ)

Curso de Graduação em Psicologia


Psicofisiologia

ANA CRISTINA SEVERINO FERREIRA


JORDANA MARIA MARINS
KAIO JULIÃO VEIGA
THAYNARA FANELLI REZENDE

DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA DO ISOLAMENTO SOCIAL NO PERIODO


DA PANDEMIA COVID-19

Itaperuna, RJ
2021
ANA CRISTINA SEVERINO FERREIRA
JORDANA MARIA MARINS
KAIO JULIÃO VEIGA
THAYNARA FANELLI REZENDE

DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA DO ISOLAMENTO SOCIAL NO PERIODO


DA PANDEMIA COVID-19

Trabalho de Psicofisiologia do Curso de


Psicologia do Centro Universitário São José
de Itaperuna como requisito parcial para
avaliação da disciplina.

Professor: Bruno Borges

Itaperuna, RJ
2021
DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA DO ISOLAMENTO SOCIAL NO PERÍODO
DA PANDEMIA COVID-19
Ana Cristina Severino Ferreira1
Jordana Maria Marins2
Kaio Julião Veiga3
Thaynara Fanelli Rezende4

INTRODUÇÃO:

A depressão sempre esteve associada a diferentes contextos em que os


indivíduos estavam inseridos, sempre foi tratada como uma doença que alterava
vários fatores em diferentes ambientes até a pandemia do covid-195. Onde podemos
relacionar a depressão como uma expressão de um ambiente coletivo cercado pela
mesma variável, onde os indivíduos estão sendo submetidos a condições psíquicas
semelhantes, sendo necessário destacar que a depressão sempre foi empregada de
maneira ampla e até se buscando causas em vários âmbitos.
Fato inegável que a partir de uma visão fisiológica podemos determinar
questões mais objetivas para a explicação desse transtorno ou como versam muitos
autores uma doença, entretanto não existe aqui a pretensão de discutir o mérito de
tal mal que de forma incisiva vem nos afetando em um contexto comum. Definir
depressão é o primeiro passo para compreender como ela acomete nosso corpo e
as alterações das estruturas orgânicas que culminam no prejuízo de saúde mental
dos indivíduos segundo Wagner Luís Garcia Teodoro:
De uma forma ou de outra, sabe-se que na depressão existe uma
alteração de componentes envolvidos no processo de transmissão
do estímulo nervoso. Como causas dessas alterações, são
apontados fatores genéticos que predisporiam a pessoa a ter baixa
produção de neurotransmissores, fatores estressantes e questões

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Discente da Graduação de Psicologia na FSJ
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Discente da Graduação de Psicologia na FSJ
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Discente da Graduação de Psicologia na FSJ
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Discente da Graduação de Psicologia na FSJ
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O SARS-CoV-2 é um betacoronavírus descoberto em amostras de lavado broncoalveolar obtidas de
pacientes com pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, China,
em dezembro de 2019. Pertence ao subgênero Sarbecovírus da família Coronaviridae e é o sétimo
coronavírus conhecido a infectar seres humanos.
psicológicas, envolvendo pensamentos e emoções capazes de
provocar alterações fisiológicas.

A análise da depressão no contexto da covid-19 apresentou questões


ambientais de um processo analisado aqui de forma fisiológica, considerando que o
corpo perde a homeostasia psicológica e sem esse equilíbrio não produzimos uma
resposta a esse impulso externo, o corpo tende a sucumbir com o desequilíbrio nos
níveis de neurotransmissores na fenda sináptica alterando significativamente os
níveis de dopamina e serotonina dois hormônios responsáveis pelo equilíbrio
emocional.

ISOLAMENTO SOCIAL:

No inicio do ano de 2020 iniciou um ciclo marcante na vida das pessoas, no


qual a jornada do cotidiano de todos os indivíduos sofreu mudanças por conta do
processo de isolamento social. Um vírus denominado Covid-19 fez com que o
mundo paralisasse sobre as tais informações sobre essa nova doença corona vírus,
que por sua vez mobilizou milhares de pessoas por ser grave, acarretando diversas
complicações na saúde de uma pessoa que o contraísse. Para que não houvesse o
contágio dessa terrível epidemiologia, o afeto se tornou algo inviável como forma de
precaver.
Medidas foram realizadas para a intervenção de não propagar o contágio
deste vírus, condutas restritivas foram impostas pelo governo, de comércios
fecharem suas portas com a intenção de diminuir a aproximação para evitar contato
físico. Diante disso, os impactos financeiros começaram a ser notório perante uma
realidade que buscava se manter com suas vendas e lucros gerado pelo cotidiano,
como consequência dessa falta, o desemprego se tornou cada vez maior. Com os
desempregos recorrentes, a falta do contato físico e a complexidade de um vírus,
fizeram com que se agravasse algumas patologias.
Em situações de epidemia, o número de pessoas psicologicamente
afetadas costuma ser maior que o de pessoas acometidas pela
infecção, sendo estimado que um terço a metade da população
possa apresentar consequências psicológicas e psiquiátricas caso
não recebam cuidados adequados (CEPEDES 2020a; ORNELL et
al., 2020).

Em muitos dos casos epidemiológicos apresentaram sintomas de ansiedade


com o enfoque do medo de ter contraído a doença por questões psicológicas. A
depressão se tornou algo presente na vida de algumas pessoas pelo motivo de se
sentirem aprisionados e inseguras dentro de uma expectativa onde a vida se tornou
finita diante de tantas informações e mortes comunicadas pela OMS.

O estado mental dos profissionais de saúde (e outros que estão ao


seu lado, como motoristas, seguranças e trabalhadores da limpeza) é
motivo de preocupação especial nos documentos, devido a fatores
como a pressão, estresse e burnout ligados às longas horas de
trabalho, ao manejo de casos graves e ao medo da contaminação e
da morte, somados à distância da família e ao risco de ser
estigmatizado ou hostilizado em sua vizinhança como potenciais
transmissores do coronavírus (OMS, 2015; WHO, 2020; IASC, 2020).

É notório ressaltar a preocupação dos profissionais de saúde que estão de


frente a todos os casos dessa pandemia, diante das pressões vividas
frequentemente por meio dos pacientes contaminados, trazendo a preocupação de
não transmitir o vírus para aos seus familiares.

FORMAS DE TRATAMENTO DA DEPRESSÃO:

Os tratamentos para a depressão vem evoluindo ao longo do tempo,


considerando os aspectos fisiológicos na maioria das abordagens cientificas dão
conta de uma deficiência na produção de neurotransmissores que tem ação na
fenda sináptica, no caso da depressão a serotonina e a dopamina é apontada em
diversos estudos como o neurotransmissor principal para o equilíbrio das emoções
os antidepressivos tem em sua grande maioria a função de recaptar serotonina de
modo a deixar na fenda sináptica facilitando as sinapses e a homeostasia
psicológica e fisiológica.
A Associação Psiquiátrica Americana sugere, pelo menos, 16 a
20 semanas com doses completas após a melhora ou remissão
completa. 25 A Organização Mundial da Saúde sugere 6 meses
ou mais após a melhora.26 Entre 50% e 85% das pessoas
sofrendo de um episódio de depressão aguda irão ter um futuro
episódio, usualmente dentro de dois a três anos, se não for
tratado. Pacientes com um episódio prévio de depressão
apresentam um risco 10 vezes maior de recorrência de
depressão em relação àqueles indivíduos que não
apresentaram nenhum episódio prévio de depressão.

De certa forma apesar dos pareceres de inúmeras entidades a perspectiva de


tratamento ainda reside no uso de fármacos para o controle da depressão associado
com a terapia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A depressão é uma condição séria que não escolhe idade, cor, sexo, bolso e
se não se cuidar pode ser fatal. Faz com que o doente tenha uma perda total do
prazer pela vida e todos os aspectos que envolve a existência humana, o isolamento
social forçou os indivíduos a se adaptar ao que é tido e falado como novo normal,
hoje a preocupação de sobreviver tem sido o ponto de vista para dar um significado
a essa crise global, mesmo buscando um equilíbrio o surgimento da depressão
como um efeito direto do isolamento social tem levado os especialistas a buscar
tratamentos específicos mesmo diante do cenário em que o mundo se encontra, já
se questiona o uso somente de medicações para mediar essa condição que para
alguns autores é um transtorno e para outros uma doença, o importante na
realização dessas análises é fundamentar o novo, como fator de mudança para se
compreender a totalidade dos efeitos da depressão. A consciência da mudança na
prática clínica deve partir dos métodos que precisam de constante manutenção
principalmente no contexto de pandemia para atender a todos.

REFERÊNCIAS:

BEZERRA, Anselmo César Vasconcelos et al. Fatores associados ao


comportamento da população durante o isolamento social na pandemia de COVID-
19. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 2411-2421, 2020.

LIMA, Rossano Cabral. Distanciamento e isolamento sociais pela Covid-19 no Brasil:


impactos na saúde mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 30, p. e300214,
2020.

SCHMIDT, Beatriz et al. Impactos na Saúde Mental e Intervenções Psicológicas


Diante da Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19). 2020.

SOUZA, Fábio Gomes de Matos. Tratamento da depressão. Brazilian Journal of


Psychiatry, v. 21, p. 18-23, 1999.

TEODORO, Wagner Luiz Garcia. Depressão: corpo, mente e alma. Wagner Luiz
Garcia Teodoro, 2010.

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