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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

NÚCLEO DE SAÚDE
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

OBSERVAÇÕES GRUPOS DE SEMINÁRIOS


AVII INTERVENÇÕES EM CRISES

Alunas: Hanna Lima -


01058512
Rafaella Rendson Brito - 1093070
Disciplina: Intervenções em Crises

Recife , 2021
Crises Ansiosas

As crises ansiosas têm como principal característica a somatização de


manifestações fisiológicas. O indivíduo que sofre com essas crises geralmente têm
como sintomas taquicardia, sensação de garganta fechando, sudorese excessiva,
tremores, falta de ar, sensação de desmaio, náusea e desconforto abdominal, que
acabam causando a sensação de quase morte seguida de um medo de morrer
avantajado. Essas crises trazem algumas características como a diminuição de
satisfação com a vida, isolamento social e dificuldades no cumprimento de prazos
curtos.

Após o início da pandemia de covid, muitas pessoas começaram a enfrentar


crises ansiosas, porém não obtinham conhecimento suficiente para entender como
lidar, por isso, pretendeu-se a necessidade da criação de redes de apoio através de
aplicativos com intuito de amenizar as consequências do pânico generalizado e
isolamento social. Esses aplicativos foram de grande valia para o público em geral,
mas não substituem o trabalho de uma equipe multiprofissional constituída por
psicólogo, psiquiatra, nutricionista e educador físico. O processo de tratamento de
crises ansiosas depende de vários fatores, como boa alimentação, prática de
exercícios físicos, acompanhamento psicoterapêutico e em casos mais pontuais um
acompanhamento psiquiátrico.

A intervenção do psicólogo é de extrema importância em casos que


apresentam crises ansiosas, seu papel inicial é de acolhimento, mostrando para o
paciente que na presença do profissional uma nova categoria de relação será criada,
sendo o acolhimento a principal característica para a criação deste vínculo. Outra
intervenção significativa é a identificação de distorções cognitivas, trazendo sempre
o questionamento para o paciente se às situações de seu cotidiano foram
amplamente compreendidas ou distorcidas no processo de interpretação, causando
assim um sofrimento exacerbado. A aplicação de técnicas de respirações
diafragmáticas também são de suma relevância na intervenção, no momento de
crise é comum que o paciente esqueça a melhor forma de respirar, por isso a
aplicação dessa técnica pode ser usada em um momento de crise quando o
paciente está sozinho, promovendo assim sua autonomia ao lidar com adversidades.
Crise Física HIV-AIDS

Quando se fala em IST (infecções sexualmente transmissíveis) é importante


entender a diferença entre HIV e AIDS. Muitos soropositivos (indivíduos que obtêm
o vírus do HIV) vivem anos sem apresentar sintomas da doença mas ainda sim
podem transmitir o vírus ao ter relações sexuais sem proteção, compartilhamento de
seringas ou atraves da transmissão vertical (da mãe para o filho).

A AIDS tem três fases, sendo sua primeira infecção aguda, ocorrendo a
infecção do vírus HIV que ataca diretamente o sistema imunológico, variando de 3 a
6 semanas para ocorrer. O organismo só começa a criar anticorpos de 30 a 60 dias
após a infecção. Os primeiros sintomas são semelhantes ao de uma gripe, causando
gripe e febre, por isso muitas vezes passam despercebidos. A segunda fase é
marcada pela interação entre as células de defesa e rápida mutação do vírus, sendo
chamada de assintomática, pois geralmente esse processo não é suficiente para o
surgimento de novas doenças, sendo a forma de manifestação da doença. Esse
desenvolvimento pode durar muitos anos. A última fase é chamada de sintomática,
é nela que os frequentes ataques das células de defesa conseguem destruí-las,
tornando o organismo mais fraco e vulnerável a infecções. Os sintomas mais
comuns dessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A baixa
imunidade causa o aparecimento de doenças, sendo assim atingindo o estágio mais
avançado da doença, a AIDS.

A exclusão patológica é muito comum em casos de HIV e AIDS. Ocorre a


exclusão social, marginalizando indivíduos soropositivos ou que são portadores da
síndrome de imunodeficiência dividida, causando sequelas sociais graves, como
dificuldade para conseguir empregos e sendo desconsideradas como parceiros
amorosos ou sexuais, sendo de extrema valia um acompanhamento psicológico.

A intervenção dos psicólogos nesses casos precisa gerar algumas


características pontuais como o estabelecimento de aliança terapêutica, ampliação
da consciência do indivíduo sobre sua participação no processo, auxílio para o
indivíduo lidar com seus sentimentos, promover sua autonomia, assistência na
organização interna e externa para diminuir crises e minimizar seus quadros de
ansiedade.
Crise Física - Dor Crônica

A dor crônica tem uma prevalência, é constante e existe uma dificuldade para
localizar o agente causador. A fibromialgia é uma das mais comuns, sendo mais
habitual em mulheres e tem algumas características como: fadiga, inatividade,
ansiedade, dificuldade de concentração, problemas de sono, baixa produtividade e
depressão. Uma grande queixa da maioria dos indivíduos que têm fibromialgia é a
falta de compreensão da família sobre sua situação, o que acaba tornando mais
difícil o convívio com a doença. Não existe causa certa para fibromialgia, mas se
acredita que alguns gatilhos emocionais podem desencadear crises, como: abuso
sexual, estresse pós-traumaticos e depressão.

O tratamento para a fibromialgia vai depender de uma equipe


multiprofissional, tendo acompanhamento com reumatologista, fisioterapeuta,
psicólogo e em alguns casos o psiquiatra. Quanto mais o paciente não está disposto
a trabalhar com uma equipe multidisciplinar mais ele vai necessitar de medicações,
sendo o psicólogo um profissional importante nesse processo.

O psicólogo vai ser importante para avaliar psicologicamente como a dor afeta
a vida do paciente, quais fatores desencadeiam a dor, facilitando assim o processo
de toda a equipe de multiprofissional. O cuidado paliativo é outra opção que pode
promover uma melhor qualidade de vida para quem tem dor crônica, mostrando ao
paciente perspectivas diferentes de como lidar com seu sofrimento.

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