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O AGRAVAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS QUADROS DE TOC DURANTE

A COVID19

Melissa Ferraz

Constanza Pujals

RESUMO

No existente artigo, tem como objetivo avaliar o agravamento do TOC, e identificar


fatores de risco no atual contexto da pandemia pela covid19, de acordo com os dados
divulgados pela OMS (organização mundial da saúde) bem como compreender o que
é, causas e consequências, ou seja torná-lo evidente socialmente; cabe a importância
de distinguir a intensificação por parte de comportamentos exagerados, entendendo os
limites da linha tênue adentro da patologia e cuidados necessários de prevenção,
ampliar informações; a partir de seus sintomas, considerando o grau de importância
necessário, isso porque o Transtorno Obsessivo Compulsivo vai além de uma
´´simples´´ mania, o mesmo prejudica tarefas importantes no dia a dia, perda do
horário; dificuldade de se relacionar, entre outros, considerando que nessa condição o
indivíduo sente preocupação intensa, e um sentimento exacerbado de angústia
ocasionando grande sofrimento, portanto com base nisso, discerne expandir o
problema para que o preconceito a respeito seja deixado de lado, a fim de solucionar o
problema buscando uma melhor intervenção eficaz para cada indivíduo.

PALAVRA- CHAVES: TOC, relação, alerta, pandemia.


ABSTRACT

In the existing article, it aims to assess the worsening of OCD, and identify risk factors
in the current context of the pandemic by covid19, according to data released by the
WHO (world health organization) as well as to understand what it is, causes and
consequences , that is, make it socially evident; it is important to distinguish the
intensification by exaggerated behaviors, understanding the limits of the fine line
within the pathology and necessary preventive care, expanding information; from its
symptoms, considering the necessary degree of importance, this is because the
Obsessive Compulsive Disorder goes beyond a ''simple'' mania, it affects important
daily tasks, loss of time; difficulty in relating, among others, considering that in this
condition the individual feels intense concern, and an exacerbated feeling of anguish
caused great suffering, so based on this, he discerns to expand the problem so that the
prejudice in this regard is put aside, in order to solve the problem seeking a better
effective intervention for each individual.

KEYWORDS: OCD, relationship, alert, pandemic.

INTRODUÇÃO

No que se diz respeito ao quesito Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)


compreendemos a dificuldade de reconhecer o assunto em meio social, isso porque o
tema é pouco discutido o que torna encoberto e difícil intervenção, alguns autores
abordam o assunto com mais transparência no presente contexto, isso porque Estamos
enfrentando nos dias atuais uma pandemia global (Covid19), onde exige muitas
precauções e limites a serem seguidos em favor da diminuição de casos, muitas vezes
difíceis pois a adaptação ao novo, faz com que modifiquemos nossas rotinas. Diante
desse cenário problemático é importante darmos ênfase às consequências que possam vir
ocorrer a partir disso.

Nessa perspectiva faz-se necessário compreender sobre o transtorno e suas


possíveis causas e efeitos para melhor alertar a sociedade. Este artigo tem como destaque
dados observacionais segundo a OMS (Organização mundial da saúde), nela transcorre
que: cerca de 4 milhões de pessoas sofrem algum tipo de TOC, e durante a pandemia está
sendo observado o crescente impacto, advindo de hábitos repetitivos feito por pessoas
com medo de algum elemento externo possível de contaminação, está entre as dez
maiores causas de incapacitação no mundo. O transtorno acomete cerca de 1,6 e 2,3 da
população, calcula-se que a cada 40 indivíduos 1 possui; os sintomas afetam com
predominância jovens e começa a ser aparentados cedo, muitas vezes na infância, se
incide mais em meninos sendo mais graves, associado a tiques/ transtorno de déficit de
atenção (TDAH).

De todos os transtornos mentais, o Transtorno


Obsessivo Compulsivo (TOC) foi considerado pela OMS
como a 10ª causa de incapacidade no mundo e no Brasil a
doença acomete cerca de 4 milhões. “É muito mais comum do
que a maioria das pessoas tem conhecimento e infelizmente
são muito desconhecidos os verdadeiros sintomas do TOC”,
afirma a psicóloga Alenir Mac´´. (IESB,2015).

Em conformidade da estatística apresentada, a pandemia sugere cuidados especiais


para prevenção, isso inclui a importância de lavar as mãos corretamente; onde por
consequência exige uma demanda na procura por produtos de limpeza enquanto
aliada, distanciamento social, uso de máscaras entre outros. Sabendo-se disso partimos
sob forma de analisar esses hábitos junto ao TOC, que eventualmente se trata da
alteração no comportamento frente a estímulos aversivos, considerados obstáculos
geradores de ansiedade e medo, onde a pessoa tende a proceder relativamente sobre
sua tensão neutralizando com pensamentos irracionais e atos involuntários.

Será retratado; será que os novos casos de TOC podem estar relacionados a
pandemia, e pessoas que possuem o problema, podem estar incluídas no agravamento do
transtorno frente a situação do Covid19. Observaremos a linha tênue entre os dois marcos
à proporção dos primeiros trabalhos envolvidos sobre o problema. Essa patologia era
encontrada em textos de Sigmund Freud como neurose obsessiva, associada à loucura, .
A primeira apresentação encontrada sobre a mesma foi feita pelo psiquiatra (Jules Falret
1824-1902), para explicar as categorias de manifestações psíquicas denominadas ́
́alienação moral ́ ́ foram descritas como ideias e atos compulsivos, ritualizados que
provocavam intenso sofrimento ao sujeito. Até a década de 80 o problema era
considerado raro, depois da publicação designada ao estudo feito pelo ECA (Estatuto da
criança e do adolescente), o TOC começou a receber mais atenção por parte dos
pesquisadores.

O verdadeiro transtorno desta enfermidade consiste,


sobretudo, em envolver-se incessantemente sobre as mesmas
ideias e sobre os mesmos atos, experimentando uma
necessidade de repetir as mesmas palavras e de realizar os
mesmos atos sem conseguir jamais satisfazer-se ou convencer
se, nem sequer antes evidências. (FALRET, 2005, p. 211).

METODOLOGIA

Este estudo diz respeito a uma revisão sistemática a partir de trabalhos


originais, baseia-se no tipo de pesquisa que investiga estratégias mediante aplicação de
métodos, orientando assim investigações futuras. Frente ao contexto apresentado é
possível levantar hipóteses compreendendo o quanto a Covid19 traz desconforto e
perturbações em âmbitos sociais, familiares considerando momentos de tensão, medo,
irritação; percebemos o quanto se torna excessivo o cuidado diante do cenário atual.

A busca de dados se deu em função da incidência no aumento e ocorrência em


casos de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), os portais acessados foram: Scielo,
Capes e Google Acadêmico, outras fontes como: Manual diagnóstico e estatístico dos
transtornos mentais (DSM-V) e manual de terapia cognitivo comportamental para o
transtorno obsessivo- compulsivo também foram utilizados na pesquisa. O tempo
previsto na elaboração do projeto foi de 10 meses com carga horária 3hrs/dia, foram
selecionadas amostras na população infantil, devido a possibilidades do TOC ser
apresentado desde cedo, a notoriedade se embasa no masculino isso porque pesquisas
sugerem que esse grupo, está mais vulnerável a contrair o vírus relacionando com os
cuidados regulares de ir ao médico, já nas mulheres será estudado o efeito
intensificador por conta da cautela advinda delas nesse período de pandemia; sendo
assim 25 artigos sobre a população suscetível para a doença associado ao grupo de
pessoas com quadros de TOC. A presente revisão trata de uma abordagem quantitativa
enquanto a explicação de fenômenos por meio da coleta de dados numéricos que serão
analisados através de métodos matemáticos (em particular, os estatísticos) ”
(RICHARDSON, 2008).
RESULTADOS

Os principais indicadores que contribuíram para a coleta de dados foram pesquisas de


países como: Canadá, Japão e Itália no ano de 2020, um ano depois do reflexo da
covid19 sobre o mundo, é importante evidenciarmos certos números:
- População brasileira segundo o IBGE em 2021: 213, 3 milhões de habitantes;

- Pessoas diagnosticadas com TOC chegou a 4 milhões;

- Concentração do TOC na pandemia- 3% da população.

Com base no que foi mostrado, a incidência do TOC na pandemia teve um aumento,
porém não tão significativo, associado a população total, o que torna efetivo continuar
pesquisando a respeito; o que mostra dificuldade de diagnóstico se insiste no estigma e
negligência, que encobre o TOC sobre os cuidados da pandemia, enquanto algo
normal.

No geral, o objetivo foi verificar o efeito que a doença traz, bem como o efeito
da resposta de estresse nos pacientes mais graves.

BENATTI et al. (2020) percebeu-se uma piora clínica, havendo surgimento de


novas obsessões e fenótipos de compulsões.

AARDEMA et al. (2020) concluiu-se uma forte probabilidade que efeitos


negativos da pandemia sejam mais fortes em indivíduos com TOC.

Já segundo MATSUNAGA et al. (2020), os resultados foram que apenas 10% da


amostra experimentaram gravidade dos sintomas obsessivos/compulsivos, sendo
afetados principalmente em indivíduos com sintomas associados à contaminação de
lavagem.

DISCUSSÃO

Diante dos resultados, o transtorno obsessivo compulsivo apresenta um campo vasto


mas pouco articulado, embora seja congruente a relação entre TOC e pandemia; é
limitado os estudos disponíveis da natureza. De acordo com o Neurocientista Miguel
Nicolelis, a covid19 está causando mais danos em crianças que sofrem do TOC do que
os adultos, foram apontados altos índices de ansiedade por medo de adoecer ou perder
um paciente para a doença. A psiquiatra Leticia Mameri, acredita que há uma condição
neuropsicológica onde para muitos a pandemia, só piorou, existe uma correlação entre
experiência traumática e o risco de desenvolver TOC. Nas observações gerais foi
constatado que:

Às crianças tem maior chance de serem afetadas pelo TOC;

Pessoas afetadas gravemente pela Covid19, tendem a redobrar os cuidados, podendo


ser gatilhos para o desenvolvimento do problema.

As pessoas possuintes já do TOC com rituais de lavagem, são mais agravadas em


tempos de pandemia do que outras, como por exemplo: verificação.

1. DESENVOLVIMENTO

O TOC é caracterizado, segundo o manual de diagnóstico e estatística de


transtornos mentais 1(DSM-V), como um transtorno mental definido pela presença
de obsessões e/ou compulsões). As obsessões são pensamentos persistentes que
causam uma intensa ansiedade ocasionando interferências nas atividades diárias do
sujeito, são ativadas induzindo o mesmo a praticar algo para afastar um risco
iminente. No que diz respeito às compulsões, incluem comportamentos repetitivos,
todavia atos voluntários que tem objetivo e uma finalidade a fim de prevenir
desastres aparentes exemplo: verificar as janelas (excessivamente).

Tipos de sintomas da obsessão:

- Medo de sujeira;

- Pensamentos agressivos;

- Preocupação com a ordem correta de objetos.

Alguns tipos de sintomas da compulsão;

1
DSM-V Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição.
- Mania de limpeza;

- Lavagem das mãos excessiva, organização excessiva.

Observação: Lembrando que há pessoas que apresentam os dois tipos.

1.1 FATORES CONTRIBUINTES

Se considerarmos em um ponto de vista social e econômico notamos que:


Pessoas com rendas menores representam um grupo com dados desiguais, cujo os
mesmos precisam produzir seus meios de sobrevivência relacionado ao grupo pelo
qual sua renda sobressai, relevando privilégios constituintes sem precisar fazer
muito esforço, para essas mesmas pessoas a probabilidade de contágio tem
redução, não é só essa perspectiva que torna a realidade crua, ao olhar as condições
de saúde fica evidente a diferença de propensão ao vírus no quesito
homem/mulher, de acordo com a Oms 68% das vítimas atingidas são homens, a
explicação é de que: Um gene TRIB 3 se diminui em algumas células do pulmão
tornando-se alvos do vírus; outro fator que tem contribuição é de nível biológico,
tanto estilo de vida e comportamento os homens tendem a beber, fumar mais, no
que diz respeito ao sistema imunológico e hormonal, o último nos homens podem
ser imunossupressoras onde acaba sendo viável à doenças infecciosas. Propondo
dados ao TOC nesse contexto, o mesmo também possui fatores colaborativos
enquanto sexo, idade, situação conjugal, grau de escolaridade e nível
socioeconômico, por ser um problema desconhecido e secreto fica difícil mensurar
ao certo a população constituinte do mesmo.

Fica expressivo os prejuízos que o transtorno causa, ora indivíduos evitam


situações muitas vezes relevantes, a fim de proteção perdendo e dificultando
relações sociais. Já mencionado às condições vulneráveis da Covid19 em mulheres
é porque elas são mais zelosas em seus comportamentos, agora dirigimos o foco
para atitudes excessivas que percorrem devido a situação, já que a pandemia exige
desdobramento na higiene pessoal e em ambientes, o fator intensificador em
mulheres em função do medo pode aumentar dando indícios a quadros de TOC, na
população masculina é que: A contaminação pode ser mais viável e agressiva. Na
recuperação ou apenas com informações em noticiários sobre óbitos para esse
grupo, faz com que a tensão aumente e hábitos antes não apropriado podem ser
apresentados/ desencadeados sob forma de prevenção, o alerta derivado desses
métodos deve ser introduzido, onde faz importância em diferenciar modo de vida
saudável da não saudável que de algum modo atrapalhe.

1.2 (RELAÇÕES, CAUSAS)

Na teoria da aprendizagem, os indivíduos mudam seu comportamento na


interação do seu meio, considerando a pandemia, o que sabemos sobre ela, não
basta, pois não vemos, o conhecimento de enfrentar algo sem saber onde está,
aumenta os pensamentos de declínio, a aquisição dos medos se dá na alteração do
comportamento em decorrência de experiências negativas externamente, é
importante entender que as reações emocionais patológicas podem ser aprendidas,
quando ocorrida a determinado estímulo, ou seja ações ao serem repetidas, passa a
provocar ansiedade, acredita-se que portadores de TOC em algum momento tenha
sido associado a emoções desagradáveis, estímulos como o medo da contaminação,
provocando aflições. Ao evitar se mantém o medo constante, já que o sujeito
impede de enfrentá-los. Pautando- se na teoria de Salkovskis, aborda que o excesso
de responsabilidade pode ser tendenciosa na origem das obsessões, os pensamentos
de falha, procurar reduzir e evitar danos, seriam a razão do indivíduo realizar rituais
perpetuando o TOC. Sem conseguir identificar sua verdadeira causa, o transtorno
obsessivo-compulsivo concerne a vários fatores tanto de bases biológica,
neuroquímica e psicológicos; um outro lado... pesquisas da neuroanatomia, descreve
que regiões corticais e subcorticais seriam responsáveis pela modelação de
comportamentos repetitivos, sugerem que os gânglios da base não filtrarem os
impulsos corticais, dessa forma impediria o sujeito de retirar seu foco de certas
preocupações, consideradas ́ ́irrelevantes ́ ́.

É de extrema importância compreender o quão o TOC traz prejuízos às pessoas


exemplos, conflitos familiares, demissões no trabalho, em razão da interferência na
produtividade, enfatizar o conteúdo para a sociedade faz com que, o preconceito diante
desse problema, deixe de ser um assunto tratado enquanto piada invalidando o sofrimento
das pessoas que convivem com o transtorno. Sabendo que o âmbito pessoal e social do
sujeito é afetado, o projeto tende a salientar informações sobre o tema, elevando o
conhecimento para além de uma simples mania por desconhecimento da natureza dos
seus sintomas, fazer com que os indivíduos distinguem o que é risco da necessidade,
incentivando às pessoas a procurarem meios de ajuda como: psicoterapias entre elas:
Cognitivo Comportamental (TCC)2.

Devemos prezar pela intervenção do problema, entendendo que possui um


nível de vergonha por parte dos portadores, já que em média demoram 6 a 17 anos
para procurarem tratamento adequado, foram identificados que na maioria dos casos
a demanda se refere à ansiedade, estresse desconsiderando os sintomas obsessivo-
compulsivo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente artigo foi apresentado o Transtorno obsessivo compulsivo,


diante da pandemia do coronavírus a pretensão inicial era especificar, se as pessoas
que não possuem algum sintoma, poderia vir desencadear o problema através dos
gatilhos que a covid19 abarca; bem como enaltecer o agravamento enquanto
mecanismo de causa para pessoas que sofrem com o TOC.

Foram considerados poucos artigos, pelo fato do tema ser menos falado;
portanto perece como foco explanar o assunto, para que o mesmo consiga atingir a
população geral, ajudando na mediação de intervenções cabíveis a cada caso, os
resultados obtidos servem para ampliar o tema, diante da importância de
identificação e quebra dos estigmas, buscando qualidade de vida
física/mental/social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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indicada para pensamentos automáticos, onde desencadeia fatores físicos e


21 TCC

emocionais, que interferem em âmbitos da vida pessoal e social das pessoas.


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Rapoport J. Desenvolvimento recente em Transtorno obsessivo- compulsivo.
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Volpato Cordioli A, Heldt E, Braga Bochi D, Margis R, Basso de Sousa M, Fonseca
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