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Projeto de
Iniciação Científica:
2 METODOLOGIA
3 DESENVOLVIMENTO
Fonseca (2011) refere que no que concerne à maturidade escolar a ansiedade vai
sofrendo variações, num estudo onde participaram estudantes do ensino médio e
estudantes do ensino superior, demonstrou-se que durante o período escolar os alunos
desenvolvem estratégias para lidar com as pressões do cotidiano, que permitem reduzir
os estados depressivos e ansiosos.
A própria natureza da adolescência, um estado entre dois paradigmas, definido por
duas negativas (não sou criança, mas também não sou adulto), contribui para aumentar
este sentimento. A percepção, verdadeira ou falsa, de que "não valho nada", "não tenho
futuro" ou ainda de que "não vale a pena fazer nada para mudar a minha vida",
acrescentando as dificuldades atuais do adolescente e, sobretudo, as dificuldades postas
pela exigência da escola e do futuro: entrar para a universidade, lidar com colegas e
professores, arranjar um emprego são condições que, em qualquer meio, podem
privilegiar o estado depressivo (FONSECA, 2011).
De acordo com Fonseca (2011) os jovens que sofrem de depressão e ansiedade
moderada ou severa podem enfrentar uma diminuição do seu desempenho escolar. À
medida que os sintomas de depressão aumentam a capacidade de concentração do
estudante e a energia física e mental, e assim diminui a motivação. As alterações do
sono, a baixa autoestima e autoavaliação negativa que normalmente acompanham a
depressão também prejudicam o desempenho acadêmico.
Segundo Wong et al (2006), a idade que se inicia os muitos problemas de saúde
mental é o período de faculdade 18 a 24 anos. Ele afirma que os jovens que ingressam
no ensino superior podem enfrentar novas mudanças sociais e intelectuais que poderão
contribuir para um aumento do risco de sofrer de depressão, ansiedade ou stress. A
entrada no Ensino superior seja um momento alegre e de muita felicidade por estar
iniciando uma nova fase, pode ser um acontecimento estressante para alguns alunos. Os
estudantes do primeiro ano estão particularmente em risco uma vez que enfrentam uma
série de novos desafios durante o período de transição de começar uma nova vida na
universidade ou faculdade.
Assim os alunos podem não procurar ajuda por causa de preocupações com a
confidencialidade e finanças e por medo de aceitação. Tais preocupações fazem com
que os alunos mantenham os seus problemas emocionais para si, reforçando o estigma e
tornando a vida muito mais difícil do que o necessário (TOWNSEND, 2003). O
Colégio Real de Psiquiatria de Londres (Royal College of Psychiatrics, 2011) afirma
que aprendizagem em um ambiente construtivo e estimulante pode aumentar a
autoconfiança e o sentimento de realização, especialmente se leva a recompensas
tangíveis, tais como arranjar emprego no final do curso. O ensino superior também pode
promover a socialização, a independência e autossuficiência. Os desafios são tratados e
resolvidos e as identidades são formadas.
Durante os cursos superiores de Saúde, como o caso da enfermagem, medicina,
psicologia dentre outros existem um processo de desenvolvimento, no qual o aluno deve
aprender a lidar: com sentimentos de vulnerabilidade; com a gestão do crescente volume
de informações; com o planeamento da carreira profissional; com o estresse dos estágios
práticos (fadiga, pacientes difíceis); com problemas relativos à qualidade do ensino e ao
ambiente educacional; com o estresse que está vinculado a características individuais e
situações pessoais (GARRO et al., 2006).
Eisenberg, Golberstein e Hunt (2009) desenvolveram um estudo a análise do
conteúdo dos questionários revelou que, a depressão era o distúrbio mental com maior
prevalência. Cerca de 14% dos alunos padeciam de sintomatologia depressiva, 3% de
sintomatologia ansiosa e 3% de distúrbios alimentares. Deste modo, os autores
concluíram que a depressão influencia significativamente o baixo desempenho
acadêmico e aumenta a probabilidade de abandono escolar, aparecendo
significativamente associada à ansiedade.
3.4 Suicídio
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ENTREVISTA
Vitória Maysa Lima Carvalho
10/03/2001, 22 anos
Diagnostica com depressão desde 2013
• A maioria dos dias eu já acordo indisposta, sem energia pra fazer as coisas mais
simples como escovar os dentes, tomar um banho, e até mesmo café.
• Os afazeres mais simples são como um peso. Casa, higiene básica e principalmente no
trabalho, comer também porque ou eu como muito ou quase não como.
• Tento me cuidar, me forçar a sair, procurar por coisas do meu interesse e compras,
mesmo sabendo que tudo é temporário e sinto que vivo em um loop.
• Sim, sempre em um poço sem fundo, como um buraco negro, tenho medo do meu
futuro pois não tenho expectativas.
• O Tempo todo.
REFERÊNCIAS