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FACULDADE CATHEDRAL

FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA

AS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO ABANDONO NO


IDOSO

ANA CLAUDIA SOUSA SILVA

JANILCE CAMPOS MORAIS

LAURICE TAÍS ARAÚJO RÊGO

BOA VISTA

2013
ANA CLAUDIA SOUSA SILVA

JANILCE CAMPOS MORAIS

LAURICE TAÍS ARAÚJO RÊGO

AS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DO ABANDONO NO


IDOSO

Projeto realizado para a obtenção da nota do


1º bimestre da disciplina de Tópicos em
Psicologia do desenvolvimento, ministrada
pelo Profº. Esp. Servulo dos Santos Silva.

BOA VISTA

2013
1 OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Apresentar o resultado do trabalho do psicólogo no processo de enfrentamento do


abandono do idoso.

1.2 Objetivos Específicos

 Expor à sociedade sobre a criticidade e a vulnerabilidade que o abandono


representa ao idoso.

 Abordar as fases do abandono no idoso.

 Avaliar à realização de planos de ação que atuem no enfrentamento do


abandono do idoso.

2 JUSTIFICATIVA

Este trabalho tem como intuito informar à sociedade sobre, o comportamento do

idoso a partir do abandono, tendo em vista que, este é um dos maiores causadores de

patologias associadas ao psicoemocional, evidenciando dessa forma a não promoção

da saúde e bem-estar para com os idosos.

Conforme Koogan (2002), o Brasil está atualmente entre os dez países de maior

população idosa do mundo. As previsões estatísticas indicam ainda, que em 2025, o

Brasil ocupará o sexto lugar nessa classificação, com cerca de 32 milhões de pessoas

com mais de 60 anos de idade (KOOGAN, 2002).


De acordo com os índices de idosos constituintes em nossa sociedade,

percebemos a necessidade de abordarmos um tema pouco promovido nas discussões

acadêmicas, comunitárias e sociais como um todo.

Para Fraiman, “o envelhecimento não é somente um momento na vida do

indivíduo, mas um processo extremamente complexo, que sem explicações tanto para a

pessoa que o vive como para a sociedade que o assiste” (FRAIMAN apud CONVERSO;

IARTELLI, 2007).

O abandono do idoso constitui-se indubitavelmente, como um dos grandes e

significativos desencadeadores de patologias relacionados ao estado emocional do

indivíduo, implicando paulatinamente, em uma saúde debilitada.

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é definida como “o

completo bem estar físico, psíquico e social, ocorrendo conjuntamente, e não apenas a

ausência de doenças ou enfermidades” (OMS apud MARCOS, p.5).

Sendo assim, acredita-se que o interesse neste fim, consolida-se com o real

intuito de proporcionar à sociedade, um conhecimento arraigado nos preceitos éticos e

sociais que as pesquisas de campo, exploratória e, bibliográficas científicas requerem,

bem como, a prestação de serviço público, ás sociedades boavistense e acadêmicas.

Acerca da pesquisa exploratória, Gil (2002):

Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o

problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se

dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou
a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo

que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado

(GIL, 2002, p. 41).

Contudo, fomentando a valorização e implementação de ações sociais, políticas

públicas dentre outras ações, que beneficie o apoio psicossocial e emocional aos idosos

abandonados no município de boa vista.

3 O IDOSO E AS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS


PROVENIENTES DO CONTEXTO DO ABANDONO

As consequências psicológicas do abandono no idoso referem-se às co-


morbidades do abandono, e, por conseguinte, às formas de enfrentamento mais
eficazes que o psicólogo elaborará de acordo com os mecanismos psicoterapêuticos
a sua disposição.

No intuito de conhecer a dinâmica dessas consequências, as patologias


inerentes às últimas são desencadeadas de modo silencioso por este fator precípuo,
o abandono, porém, diagnosticadas em sua maioria em um estado com
sintomatologias elevadas.

É relevante salientar que, um idoso abandonado não é somente aquele que


não possui família ou cuidadores. Muitas vezes o idoso com uma família e
cuidadores pode sim estar em situação de abandono.

Segundo Brasil (2007), “a violência intrafamiliar pode se manifestar de várias


formas e com diferentes graus de severidade. O abandono/negligência é
caracterizado pela falta de atenção para atender às necessidades da pessoa idosa”
(BRASIL, 2007, p. 44 – 46). O conceito de abandono provém da percepção que o
próprio idoso tem de seu contexto biopsicossocial.
As doenças psicológicas com maior incidência em idosos abandonados são a
depressão e as demências. Os primeiros sintomas destas patologias são
visualizados a partir da compreensão da solidão, tanto pelos idosos, quanto pelas
pessoas que “os cercam”.

A solidão emerge a partir da percepção do idoso de estar sem ninguém que o


cuide, ou lhe dê atenção. “Nestas condições facilmente se verificam estados
emocionais caracterizados por uma tristeza profunda e por sinais de depressão”
(FÉLIX, 2011).

4 A DEPRESSÃO NO IDOSO ABANDONADO

A depressão é uma doença que não escolhe faixa etária. Sendo assim, na
fase idosa ela pode ser mais devastadora, principalmente no que tange aos idosos
abandonados, pois estes visualizarão a situação mediante uma conotação
deformada e sem nenhuma perspectiva de melhora devido à realidade em que
encontram-se.

“A característica mais importante da depressão nos idosos é de que ela


assume muitas formas” (COHEN apud COHEN, 1995, p. 117). A terminologia
depressão tem uma conotação deturpada devido ao fato de referir-se a uma gama
de estados que os sinais e sintomas podem apresentar (COHEN, 1995).

Conforme o autor acima citado, o quadro da depressão pode ser apresentado


mediante cinco aspectos (COHEN, 1995: 119 - 120):

Sentimento: deprimido, triste, melancólico, na fossa.

Pensamentos: expressões de desespero, inutilidade, culpa, de que nada é


interessante; pensamentos de suicídio, morte; dificuldade para pensar ou se
concentrar.

Comportamento: fuga do envolvimento social, menos ativo, irritável.

Físico: sono agitado, falta de apetite, perda de peso, cansaço, impulso


sexual reduzido.
Atividade: dificuldade para realizar as tarefas e atividades normais.

Entende-se desta forma que, a depressão é desencadeada por múltiplos


aspectos. Ou seja, “há um entrecruzamento de vários fatores: psicológicos,
biológicos, sociais, culturais, econômicos, familiares, entre outros que fazem com
que a depressão se manifeste em determinado sujeito” (BRASIL, 2007, p. 103).

Sendo assim, aos idosos abandonados, a depressão apresenta-se como um


notório fator de risco. Os fatores de risco “são os acontecimentos internos ou
externos que colocam em perigo o equilíbrio psíquico” (MORAGAS, 2010, p. 97). E,
dessa forma, a vulnerabilidade psicossocial em que os mesmos estão, contribui para
que um quadro já complexo torne-se ainda mais desafiador no que concerne às
possibilidades de tratamento.

Conforme Brasil (2007), o tratamento da depressão tem como objetivo:

À promoção da saúde e a reabilitação psicossocial; à prevenção de


recorrências, a piora de outras doenças presentes e do suicídio; a melhora
cognitiva e funcional; e ajuda para que a pessoa idosa possa lidar com suas
dificuldades. A associação entre essas opções aumenta o potencial de
resposta (p.105). A psicoterapia para as pessoas idosas não é diferente da
indicada em qualquer outra idade, mas necessita de algumas adaptações
técnicas e conceituais. Possuem altas taxas de eficácia em especial as
terapias centradas em problemas presentes, pois fornecem a pessoa
recursos adicionais para enfrentamento de problemas. A psicoterapia é um
tratamento eficaz, ajuda o indivíduo a desenvolver recursos internos para
lidar com seus problemas e dificuldades. Essa técnica só pode ser praticada
por profissional de saúde capacitado e preparado (p.106).

Dessa forma, a qualidade de vida do idoso abandonado seria resgatada,


possibilitando numa perspectiva mais ampla, a visualização menos sofrida e
dolorosa de sua real situação.

5 AS DEMÊNCIAS NO IDOSO ABANDONADO


As demências constituem-se como um grave corpo patológico gradativo
devido as suas várias tipologias reversíveis e irreversíveis e, ao modo como ela
atinge o indivíduo idoso, deixando-o paulatinamente, mediante uma disfunção em
seu quadro neurobiológico, dependente e sem autonomia em suas atividades
diárias.

A sintomatologia mais frequente nos quadros demenciais reversíveis são


relacionados causuisticamente com os seguintes fatores patológicos e co-mórbidos:
“neurobiológicos (hidrocefalia de pressão normal, tumor e hematoma subdural
crônico), infecciosos (Meningite crônica, AIDS, neurossífilis), nutricionais (deficiência
de vitamina B12, ácido fólico, tiamina e niacina) e alcoolismo crônico” (BRASIL,
2007:109).

No entanto, no que refere-se às doenças demenciais irreversíveis, os


sintomas são mais difíceis de serem detectados pois, com o passar do tempo, eles
tornam-se complexos tanto para diagnosticá-los quanto para tratá-los,
paliativamente.

Os tipos de demências irreversíveis mais visualizadas são a doença de


Alzheimer (DA) e demência vascular. A doença de Alzheimer (DA) “é uma doença
cerebral degenerativa primária (...). Têm como características perda de memória e
declínio cognitivo lento e progressivo” (Brasil, 2007, p. 108 – 109).

O tratamento da DA tem como intuito estabelecer uma melhora e/ou


estabilidade na qualidade de vida do paciente por ela acometido através de
utilização de fármacos, associada à psicoterapia de apoio.

“Os sintomas e o sofrimento podem ser diminuídos, pode ser amparada a


capacidade de reação e preservada a dignidade do paciente e da família. Devem ser
esses os objetivos de qualquer plano de tratamento” (COHEN, 1995, p.165).

No que concerne aos idosos abandonados com DA, a psicoterapia


funcionaria como uma terapêutica que visaria o resgate social, no sentido de retirá-
los da zona de risco e vulnerabilidade social, bem como dar-lhes o conforto de
serem cuidados, aceitos e valorizados.
A demência vascular na maioria dos casos apresenta-se abruptamente
mediante um acidente vascular cerebral. “A demência vascular não é uma doença,
mas sim, um grupo heterogêneo de síndromes com vários mecanismos vasculares e
mudanças cerebrais relacionados a diferentes causas e manifestações clínicas”
(BRASIL, 2007:111).

Sobre a demência vascular, o autor acima citado corrobora que:

Demência, para fins diagnósticos, é uma síndrome caracterizada pelo


comprometimento de múltiplas funções corticais superiores (...). O
comprometimento das funções cognitivas é usualmente acompanhado e, às
vezes, antecedido por alterações psicológicas, do comportamento e da
personalidade. Para o diagnóstico é essencial que tais déficits causem
significativo comprometimento das atividades profissionais, ocupacionais e
sociais do indivíduo (...). O tratamento das pessoas com demência deve ser
iniciado assim que é feito o diagnóstico, havendo maior possibilidade de
resposta. A pessoa idosa com suspeita de demência, (...), deverá ser
encaminhada para a atenção especializada, respeitando-se os fluxos de
referência e contra-referência locais e mantendo sua responsabilização pelo
acompanhamento (BRASIL, 2007, p. 112 – 113).

Contudo, aos pacientes que estão sitos em uma contextualização de risco


eminente, é necessário haver toda uma estrutura que possibilite um diagnóstico
conciso, e um tratamento eficaz. Tendo em vista que, um tratamento eficaz, é aquele
no qual possibilita a amenização ou mesmo, a erradicação dos fatores de risco para
que a intervenção psicoterápica tenha seus objetivos alcançados mediante o plano
de enfrentamento da doença ou síndrome, visando primordialmente, o bem-estar
biopsicossocial do idoso abandonado.

6 COMPORTAMENTO EMOCIONAL, AFETIVIDADE,


VULNERABILIDADE E FRAGILIDADE

O envelhecimento é uma fase natural na vida de qualquer ser humano e traz


consigo o amadurecimento, as transformações físicas, psicológicas, sociais,
espirituais e as vivências de crises nas mudanças, que na maioria das vezes não
são escolhidas pela pessoa idosa e sim pelo meio em que vive, emergindo
resistências, negação e tentativa de fuga dos desafios.
O comportamento emocional do idoso abandonado tanto institucional como
domiciliar é um sentimento de estar sozinho, de solidão, de perdas, de inutilidade
entre outros e a falta do apoio, carinho, afeto, atenção, compreensão e aconchego
da própria família os tornam ainda mais fragilizados tanto emocionalmente como
fisicamente.
As situações que levam ao abandono são provocadas pela condição de
fragilidade do idoso, que pode passar a depender de outras pessoas, pela perda da
autonomia e da independência, pelo esfriamento dos vínculos afetivos e pela
conduta do grupo de relações ou ausência dele. Porém há uma subjetividade pois
em algumas situações depende muito do idoso no que se refere ao enfrentamento
de tal situação que pode gerar um sentimento de abandono ou não, depende muito
das circunstâncias objetivas e subjetivas de cada indivíduo.
Além do abandono na velhice ser um sentimento de tristeza e de solidão,
provocado por circunstâncias relativas a perdas, as quais se refletem basicamente
em deficiências funcionais do organismo e na fragilidade das relações afetivas e
sociais, que por sua vez conduzem a um distanciamento, podendo levar ao
isolamento social, pode também desencadear um quadro psicopatológico que pode
ser construído nas relações consigo mesmo e com o meio em que vive, que por sua
vez pode-se originar de herança genética ou da influência do meio social onde estão
inseridas. (FRAGOSO et al., 2003).
O estar sozinho, desamparado, desprotegido, o ser esquecido, deixado pelos
filhos, deixado de lado, desvalorizado, desconsiderado, isolado, negligenciado,
afastado da família, excluído da sociedade e do convívio familiar, o sentimento de ter
perdido o amor dos filhos, perda da autonomia, são sentimentos que fazem parte do
cotidiano da maioria dos idosos abandonados seja em uma instituição ou domicilio
possibilita a fragilização psicológica desses indivíduos desencadeando ao
desenvolvimento de doenças psicossomáticas e psicopatológicas de variadas faces,
na medida em que os espaços profissionais, sociais e familiares diminuem
gradualmente, á medida que os anos vão passando.
A depressão é a psicopatologia mais frequente em idosos abandonados.
Conforme Araújo (2003):
(...) é uma manifestação de sintomas inter-relacionados a fatores psíquicos,
orgânicos, hereditários, sociais, econômicos, religiosos, entre outros, vem
se apresentando na sociedade pós-moderna com índice bastante elevado,
ocasionando um sofrimento que interfere significativamente na diminuição
da qualidade de vida, na produtividade e incapacitação social do indivíduo,
atingindo desde crianças a pessoas idosas, rompendo fronteiras de idade,
classe socioeconômica, cultura, raça e espaço geográfico. (ARAÚJO et
al.,2003, p.183).

Essa manifestação de sintomas é sofrida pelos idosos abandonados,


justamente pelo sentimento de solidão, de perdas, de despersonalização, de
desvalorização, amargura, melancolia, falta de afetividade da parte de seus
familiares que os levam á essa patologia. (CASARA et al.,2004).
A família é o meio natural de inserção do ser humano. Quando há ausência
ou rompimento dessa inserção, o idoso vive com o sentimento de solidão,
depressivo. A família é a esperança do idoso como forma de manutenção das
relações familiares e das possibilidades de evitar o isolamento
podendo ser uma solução para evitar o sentimento de abandono, mas não garante
necessariamente que esse sentimento não exista. Pelo contrário, depende dos
vínculos estabelecidos ao longo da vida e da força dessas relações.
Independente do idoso ser “abandonado” ou não em uma instituição ou
domicílio, a família precisa e deve apoiá-lo, dar atenção, cuidado, afeto,
compreendê-lo e acompanhar o seu idoso em todo o processo de adaptação, pois a
preocupação com o mesmo dará a tranquilidade e segurança para uma melhor
adequação á nova realidade que se encontra.

7 O ENFRENTAMENTO DO ABANDONO
O momento de ruptura com os laços afetivos até então estabelecidos, implica
a necessidade do enfrentamento no sentido de estabelecer novas relações.

Esse idoso encontra-se fragilizado, devido à perda de papéis ocupacionais e


às perdas afetivas, que provocam diferentes graus de ansiedade, isso depende da
história pessoal, da disponibilidade de suporte afetivo, do nível social e dos valores
de cada um.

O individuo idoso, aquele que vive a última etapa do ciclo vital, circunstâncias
essa que por si só restringe as perspectivas de futuro e de vida, sente ainda mais
agravado o seu estado de velhice, por não saber o que fazer dos seus dias, por
estar sempre entre o aborrecido e melancólico. Toda essa situação leva o idoso a
um desequilíbrio social, pois suas relações interpessoais ficam comprometidas, com
consequências psíquicas e biológicas, levando-o não raras vezes, à dependência e
ao alheamento.

Conforme Aguiar (2010) analisa-se que a demanda de idosos em situação de


abandono requer um olhar nas particularidades vivenciadas na relação
sujeito/idoso/família, que acabam vivenciando outras situações anteriores ao
abandono dos vínculos familiares e institucional, quando, por exemplo:

 A família deixa de ampará-lo com as devidas necessidades (banho, comida,


remédio no horário, levar ao medico, roupas limpas, etc.)
 Deixar de dar assistência em todas e quaisquer dificuldade;
 Abandonar no hospital, na rua, em casa;
 Negar o acesso à saúde, tais como fornecimento de medicamento,
atendimento domiciliar em saúde;
 Violar o direito de acesso ao transporte público gratuito;
 Não respeitar sua condição peculiar e suas limitações;
 Algumas dessas situações, aparentemente pode não parecer ser tão
graves, no entanto podem expressar em outra forma, outro tipo de
abandono, ainda mais cruel, por não ser aparentes, são mais difícil de
serem identificados, e por vez acabam sendo toleradas. (AGUIAR, 2010,
p.108).

Portanto a situação do abandono do idoso não consiste em apenas não ter


uma família, ou ser abandonado por esta, mas sim, de um modo geral estar
desamparado, vivenciando uma situação de vulnerabilidade e risco social, ao estar
inserido em um contexto de desproteção de seus direitos fundamentais.

Em se tratando de envelhecimento, se comparar o Brasil com vários países


desenvolvidos, constatam-se diferenças marcantes principalmente por três aspectos
fundamentais: o tempo que a população levou para envelhecer; e como se dá o
processo de envelhecimento individual; e as condições para viver a velhice.

 A Europa levou cem anos para envelhecer. No Brasil, isso se deu em


três décadas, a partir de 1970. Esse processo acelerado dificulta à
sociedade, ao estado, à família e ao próprio idoso no preparo e as
providências para enfrentar a velhice de forma digna;
 As fases de vidas anteriores à velhice, as condições, o modo de vida, e
ainda, os fatores internos que determinam o processo individual de
envelhecimento são muito distintos entre as pessoas;
 A situação socioeconômica da maioria da população brasileira que
envelhece é precária, não lhe oferecendo meios para atender
satisfatoriamente às necessidades básicas para viver na velhice. A
sociedade e o estado também não dispõem dos meios adequados e
não estão aptos a promover a preparação do indivíduo para a velhice,
a manter a inserção social do idoso e a garantir, por meio de políticas
sociais, o mínimo necessário para a sua subsistência.

Devido a essa complexidade fisiológica, psicológica e social, é muito difícil


compreender a velhice, delinear seu inicio e até mesmo conceituá-la.

O processo de envelhecimento não só representa muito mais que uma


simples mudança na vida do idoso, como também a mudança de seu ambiente físico
para outro. Representa a necessidade que o idoso tem para estabelecer novas
relações em todos os aspectos desse novo ambiente. O idoso considera-se
abandonado, ansioso e com medo. O abandono no idoso faz a troca do meio e
provoca a passagem de um mundo amplo e público para um mundo restrito e
privado, fazendo com que o idoso se recolha a estado mutismo, perdendo sua vez
no diálogo, ficando relegados à “suave violência do silêncio” (WINKIN apud PRETI
apud CASARA, 2004).

Isso é provocado pelo abandono que acaba segregando os idosos,


condenando-os a uma vida isolada, silenciosa, introspectiva.

As conversas ficam escassas, cortam-se as marras com a família e com a


comunidade, quase sempre com resultados desastrosos.

Circunstâncias essas que lhes impõe a perda dos laços diretos com seu
contexto histórico, suas referências pessoais e, principalmente, com suas relações
familiares. A perda dessas relações faz com que o idoso sinta o abandono com a
quebra dessas relações com os seus, suas experiências vividas, com seus papéis,
ocorrendo, assim, mudanças progressivas nas crenças que o idoso tem a seu
respeito e a respeito dos outros que lhe são significativos (WINKIN apud PRETI
apud CASARA, 2004).

Essas perdas influenciam consequentemente no acreditar em si mesmo e nas


condições que ainda tem que enfrentar para se manter e se sentir vivo. Elas se
confirmam no momento que o idoso é abandonado, deixando para trás os papéis
desempenhados onde, ao não ter perspectivas para reassumi-los, acaba
percebendo que o seu eu não o mais personaliza, tornando-se, mais um entre os
membros de um grupo coletivo. Dessa forma, deixa de ser reconhecido como
sempre foi, para ser mais um.

8 A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO ABANDONO DO IDOSO

O processo de envelhecimento, é singular, assim como o grau de conflitos


que representa o avançar da idade também está relacionado com a trajetória
pessoal. Sabe-se que o trabalho do psicólogo não se baseia só na modificação da
condição biológica ou de condições sociais, mas fundamenta-se na expectativa de
mudanças internas que permitam viver melhor aquilo que se apresenta como conflito
assim como lidar com as novas possibilidades que se revelam.

Na diversidade do trabalho aqui apresentado, observa-se um traço comum: o


psicólogo utilizando a grupalidade como um recurso terapêutico. O grupo entre
idosos torna-se uma potência no qual o saber psicológico serve justamente para
intermediar construções de laços sociais ao atribuir ao velho um lugar de sujeito,
local de enfrentamento de confrontos numa sociedade que exclui como a nossa.

Os participantes desses grupos, narram suas historias de vida - como


atravessam e foram atravessados por angústias, sofrimentos e alegrias – são
constantemente solicitados a se posicionarem, possibilitando assim a compreensão
de antigas experiências e a modificação de formas atuais de sentir e lidar com seu
cotidiano. (ARAÚJO et al., 2003).

Assim o profissional da psicologia poderá ser visto rompendo barreiras


institucionais, estabelecendo parcerias com serviços e estabelecimentos da própria
comunidade para ampliar o campo de pertinência na velhice e fazer funcionar, na
prática, a idéia de rede social. Nesse sentido, cabe ao psicólogo garantir na sua
atuação a especificidade de seu saber para que assim possa trabalhar ele mesmo,
em equipes interdisciplinares. (ARAÚJO et al., 2003).

Procura-se dar maior visibilidade às práticas psicológicas focadas no


envelhecimento humano, convidando os leitores – os futuros interlocutores – a
compartilharem dos conhecimentos e experiências aqui expressos, com o propósito
de fortalecer ainda mais a luta para a integração do idoso como cidadão.
Renunciando assim, essa imagem maravilhosa que congela a possibilidade de lidar
com árdua riqueza das contradições, encarando os idosos como coparticipantes, é
uma postura essencial. A conversa entre o trabalho visa mapear atuações e
subjetividades, e, oferecer a possibilidade de construir novos conhecimentos a partir
deste. (ARAÚJO et al., 2003; CASARA, 2004).

A psicoterapia em grupos vem propiciar maior identificação e conduzir a uma


concepção de um grupo saudável e ativo, onde vê-se possibilidades de viverem
novas experiências e participar de novas atividades e de resgatar o sentido da
existência, utilizando assim, a coletividade como um dos recursos terapêuticos. O
idoso ingressa no grupo com intuito de enfrentar problemas individuais. Os idosos
encaram junto com a coordenação do psicólogo, a constituição de coletivo ativo com
a responsabilidade de refletir sobre as situações que ali se colocam sobre a vida de
cada um. Esse grupo abre a possibilidade de proporcionar, entre outras coisas, um
espaço para:

a. Estabelecer novas relações que criam um caminho e estímulo para se


vincularem a novos projetos;
b. Superar o sentimento de exclusão e de afastamento da vida social,
elevando a autoestima e o sentido de pertinência ao ver e ser visto pelo
outro;
c. Um maior contato com a realidade social;
d. Ressignificar a própria historia;
e. Mudanças de percepção através da construção de esquemas coletivos de
elaboração;
f. Redefinições de formas de socialização e de descoberta de identidade
para os indivíduos que sofreram ou estão sofrendo intensas modificações
em seu modo de viver;
g. A vivência de diversos sentimentos, como admiração, ciúmes, rivalidade e
inveja, numa situação protegida na qual estes podem ser vividos e
elaborados;
h. A segurança propiciada pela presença do psicólogo facilita o
compartilhamento da intimidade.

9 DISCUSSÃO

De acordo com Machado et al. (2010) o abandono do idoso é um tipo de


violência caracterizado pela negligência a este indivíduo por parte de seus familiares
e/ou cuidadores, concernente aos cuidados básicos, que desencadeiam patologias e
co-morbidades de natureza psíquica e emocional, levando o idoso a sentir-se sem
apoio e abandonado. “A violência ou negligência pode ocorrer com qualquer idoso,
em qualquer relacionamento, incluindo aquele que há expectativa de confiança ou
onde alguém ocupa uma posição de poder ou autoridade”. (MACHADO et al., 2010,
p.11).

Segundo Brasil (2007), “a violência intrafamiliar pode se manifestar de várias


formas e com diferentes graus de severidade. O abandono/negligência é
caracterizado pela falta de atenção para atender às necessidades da pessoa idosa”
(BRASIL, 2007, p. 44 – 46).

É possível visualizar que, o idoso abandonado sente-se marginalizado no que


refere-se ao contexto social. O convívio com as demais pessoas sejam elas
familiares, amigos e parentes faz com que o idoso tenha bem-estar e qualidade de
vida, pois o convívio social possibilita ao ser humano a troca de experiências e
conhecimentos acerca da vida e dos acontecimentos cotidianos.

Isto possibilita ao idoso a constante elaboração e reelaboração de situações


anteriormente ignoradas; logo, fazendo com que o indivíduo idoso mantenha em
constante atividade os seus aspectos cognitivos, intelectuais e emocionais. Este, o
aspecto emocional mantém-se ativo a partir das constantes elaborações e
reelaborações, em virtude da fase idosa representar o momento de constantes
reflexões, onde acredita-se ser possível a concretização de anseios anteriormente
pensados.

Sobre a representação da qualidade de vida do idoso abandonado Aranha


(2003) corrobora que:

Estudar e tentar entender as possíveis representações é algo um tanto


complexo, que envolve não só o conhecimento dos meios sociais nos quais
os indivíduos encontram-se inseridos, mas também a estrutura psíquica que
os sustentam e os resultados deste processo. (ARANHA apud SOUZA et
al., 2010, p. 10).

No entanto, ao idoso abandonado, a abstinência do convívio social, as


elaborações e reelaborações, o anseio em concretizar alguma idealização são
aspectos, ou melhor, tornam-se aspectos inexistentes na práxis na qual o idoso
abandonado encontra-se. É relevante salientar que encontra-se, forçadamente, por
consequência de um contexto em que predominou a negligência.

No contexto do abandono, percebe-se que o idoso está sujeito a diversos


tipos de patologias, a saber, depressão e demências. Estas implicam,
principalmente, em prejuízos e desequilíbrio às instâncias, psíquica e
psicossomática, do próprio idoso abandonado. “O comprometimento das funções
cognitivas é usualmente acompanhado e, às vezes, antecedido por alterações
psicológicas, do comportamento e da personalidade”. (BRASIL, 2007, p. 112 – 113).

Pode-se inferir que mediante o trabalho psicoterápico realizado pelo


Psicólogo capacitado, ao idoso que fora abandonado será possibilitado, caso o
mesmo queira, um tratamento psicológico que visa criar recursos internos que eleve-
o a sentir-se capaz de enfrentar o estado no qual ainda se encontra.
“A investigação acerca da qualidade de vida do idoso gradativamente ganha
mais espaço na área da saúde, uma vez que, com o aumento desta população,
cresce também a necessidade de se conhecer e compreender tal assunto”. (SOUZA,
2010, et al., p. 11).

E, diante dessa perspectiva, o Psicólogo atuará no sentido do enfrentamento


à ausência de qualidade de vida ao idoso abandonado. Desse modo, o foco do
trabalho do Psicólogo não será a qualidade de vida em si, mas sim, tê-la como uma
ferramenta a ser implantada no cotidiano do idoso que fora abandonado a fim de
que o mesmo reencontre a sua identidade, ou mesmo, crie-a a partir de agora,
propiciando-lhe condição de vida digna e salutar com o enfoque em sua reinserção
social.

O abandono na velhice é um sentimento de tristeza e solidão, onde na


maioria das vezes é provocado por diversas circunstâncias em decorrência da
própria velhice. Por exemplo, as situações de fragilidade em que o idoso com sua
incapacidade funcional é gradativamente isolado do convívio familiar, fazendo com
que aumente o sentimento de dependência e de um ser totalmente incapaz.

O idoso sente, percebe e sofre com a situação do abandono, levando ao


impedimento de viver e conviver plenamente e de permanecer inserido na família e
na sociedade, isso devido à fragilidade funcional, afetiva e social, podendo levar a
um distanciamento de tudo e de todos, culminando em um isolamento social.

Para Casara (2004), o sentimento de abandono está relacionado:

Ao estar indefeso, a falta de intimidade compartilhada e a


pobreza de afetos e de comunicação tendem a mudar
estímulos de interação social e de interesse com a própria vida.
(CASARA, 2004, p. 08).

É de fundamental importância que a família esteja presente na vida do idoso,


pois sem o devido apoio o idoso se sente muito sozinho, levando a mudança de seu
comportamento emocional e é preciso todo um cuidado especial da família para com
o idoso para que ele se sinta importante e útil para sua família e a sociedade.
A família é uma construção social influenciada pela cultura e contexto
histórico, sendo uma instituição importante para a organização humana na
sociedade. Nessa construção são encontrados vários aspectos como a afetividade,
solidariedade, sentimentos e ações presente na maioria das famílias. E, quando
nessa família tem um idoso, esses sentimentos precisam e devem ser mais
aflorados para com esse idoso e também precisam saber lidar e adaptar com as
diferenças desse idoso.

Para Brêtas et al. (2007), as adaptações no âmbito familiar serão mais ou


menos fáceis:

Dependendo das relações afetivas desenvolvidas pelos seus


membros, construídas no decorrer da convivência. Assim, o idoso
poderá ser respeitado ou não pelos seus familiares, dependendo das
histórias individuais e coletivas vividas pelos membros de cada família.
(BRÊTAS et al., 2007, p.07).

Em estudos realizados referentes ao abandono do idoso constatou-se que há


diversas formas de abandono, assim como: o abandono asilar, abandono
institucional e outros, conforme pesquisa bibliográfica evidenciou-se que o abandono
do idoso não fica restrito somente nas ruas, asilo, hospitais ou em instituições
sociais.

O abandono do idoso está inserido em todos os contextos, principalmente no


âmbito familiar que é para ser um lugar de acolhimento para o idoso, o mesmo
sente-se abandonado na sua própria casa. Esse abandono fica sendo evidenciado
nas ruas, hospital, nas instituições sociais e na própria casa do idoso.

Segundo Aguiar (2010) analisou, a demanda de idoso em situação de


abandono requer um olhar das particularidades vivenciadas na relação sujeito/
idoso/ família, que acabam vivenciando outras situações anteriores ao abandono
dos vínculos familiares e institucionais.

Em relação ao abandono do idoso no âmbito familiar percebe-se que esse


abandono é imperceptível para os familiares. A família não percebe esse abandono,
mas o indivíduo idoso sim percebe o abandono.
O abandono do idoso é difícil de ser definido porque quase sempre o próprio
idoso minimiza esse abandono com explicações sociais ou atribuindo a fatores
externo da vida dos seus familiares e cuidadores (WILSON; GORZONI, 2008,
p.200).

Portanto a situação do abandono do idoso não consiste em apenas ter uma


família, ou ser abandonado por esta, mas sim, de modo geral estar desamparado,
vivenciando uma situação de vulnerabilidade e risco social, ao estar inserido em um
contexto de desproteção dos seus direitos fundamentais. (AGUIAR, 2010).

A atuação do Psicólogo no abandono do idoso é imprescindível, pois o


mesmo vai atuar sobre o ambiente do idoso com base nos conhecimentos
oferecidos pela psicologia da percepção e por estudos sobre satisfação, motivação e
atitudes. O psicólogo vai dar suporte à família e ao próprio idoso abandonado,
proporcionando assim condições para que o idoso possa viver bem no seu
ambiente. (SCHAIE; SCHOOLER apud NERI, 2000).

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração e execução da pesquisa bibliográfica concernente à atuação do
psicólogo frente às consequências psicológicas do idoso em situação de abandono
caracterizaram-se, pelo aprendizado acerca desta temática ainda pouco explorada.
Assim, esta pesquisa foi estruturada a partir de aportes teóricos que tinham como
objeto de estudo, temáticas afins.

Desde a delimitação do tema, decidiu-se efetuar uma pesquisa que


representasse de forma objetiva e clara, toda a problemática envolta do mesmo,
bem como as possibilidades de enfrentamento a partir da psicoterapia escolhida,
(onde em sua maioria opta-se pela terapia grupal), analisada e realizada pelo
Psicólogo. Desse modo, percebeu-se a relevância da ação psicoterápica do
profissional competente e eficaz em sua atividade e, portanto, sensível ao contexto
exposto.

Pôde-se observar que, o idoso abandonado é aquele que não recebe os


cuidados, atenção e o acolhimento inerentes e necessários à sua condição
decorrente de um processo biológico natural que, em seus pormenores, pode eliciar
um processo psicossocial não construtivo ao seu bem-estar. Logo, a situação do
idoso abandonado representa um estado de demasiada vulnerabilidade e criticidade,
pois o mesmo viverá como um “refém” suscetível às mazelas biopsicossociais
provenientes do abandono.

Constatou-se que, cientificamente não existem fases do abandono do idoso.


Porém, há momentos e/ou estados (solidão, sentir-se sozinho, afastar-se do
convívio social espontaneamente ou energicamente) na vida do idoso abandonado,
que predizem aspectos emocionais que podem vir a fomentar o desencadeamento
de patologias prejudiciais à manutenção da saúde psíquica salutar.

No que tange aos planos de ação que visem à execução de políticas públicas
ao resgate social e à melhoria da qualidade de vida do idoso abandonado, foi
imperceptível a visualização dos mesmos no decorrer do processo de pesquisa
bibliográfica. Portanto este projeto tem como um de seus significativos objetivos, a
fomentação de planos de ação para a implantação de políticas públicas que
ratifiquem a necessidade da atividade do Psicólogo, como um profissional
imprescindível ao resgate do bem-estar biopsicossocial do idoso abandonado.

Contudo, este trabalho nos proporcionou o conhecimento pormenorizado e


fundamentado teoricamente no que concerne ao abandono do idoso. Imprimiu-nos a
visão elucidada e explanada sobre o trabalho, e, o dinamismo da atividade do
Psicólogo ao idoso nesta situação.

Dessa forma, evidenciou-nos que o conhecimento é um saber construído


paulatinamente e diariamente, onde o compromisso na atividade em grupo eleva-
nos a acreditar que uma atividade assim realizada, agrega epistemologias cada vez
mais complexas ao constructo dos acadêmicos que anseiam, verdadeiramente,
serem profissionais competentes na atividade a realizarem.
11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Elaboração do Projeto FEV MARÇ ABRIL MAIO JUNH


Elaboração do Tema do Projeto X
Efetuação dos Objetivos, da Justificativa
e do Cronograma X x x x
Entrega da Primeira Parte do Projeto X
Realizar a obtenção de Dados referente
à Pesquisa de Campo elaborando a sua
Qualificação. X x
Quantificação dos investimentos na
Elaboração do Projeto (Impressão
R$19,25; Encadernação R$ 2,50. Total:
R$ 21,75). x X X
Dar continuidade à elaboração
Bibliográfica do Projeto. x X X X

Apresentar o Projeto na Faculdade. X X


12 REFERÊNCIAS

AGUIAR,Tassiany, Maressa,Santos; SERIBELI,Nathália,Hernandes. O idoso em


situação de abandono: demanda para o serviço social no âmbito do Ministério
Público do Estado de São Paulo. Disponível
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