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GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

Antônia Flavia Lima Barbosa


Antônia Silviane Alves dos Santos
Cesarina Barbosa de Sousa
Lindoura Maria Alves Santos da Costa
Solange Santos de Sousa

A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS DO TSI NA QUALIDADE DE VIDA


DO IDOSO

FORTALEZA
2019
Antônia Flavia Lima Barbosa
Antônia Silviane Alves dos Santos
Cesarina Barbosa de Sousa
Lindoura Maria Alves Santos da Costa
Solange Santos de Sousa

A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS DO TSI NA QUALIDADE DE VIDA


DO IDOSO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado junto à Universidade
Paulista - UNIP, para obtenção do título
de Bacharelado em Serviço Social.

Orientadora: Prof. Esp. Marcela


Barroso Maciel.

FORTALEZA
2019
Antônia Flavia Lima Barbosa
Antônia Silviane Alves dos Santos
Cesarina Barbosa de Sousa
Lindoura Maria Alves Santos da Costa
Solange Santos de Sousa

A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS DO TSI NA QUALIDADE DE VIDA


DO IDOSO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ã Universidade Paulista –
UNIP, como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharelado em
Serviço Social

Orientadora: Prof. Esp. Marcela


Barroso Maciel

Aprovado em _______/______/__________.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Prof. Marcela Barroso Maciel

__________________________________________________________________

___________________________________________________________________
AGRADECIMENTOS

Dedicamos este trabalho em primeiro lugar a Deus, que nos concedeu saúde
e forças para superarmos todos os momentos difíceis a qual nos deparamos ao
longo da nossa graduação.

Aos nossos familiares por serem essenciais em nossas vidas e aos nossos
amigos por incentivarem a sermos pessoas melhores e não desistirmos dos nossos
sonhos.

Gostaríamos de deixar o nosso profundo agradecimento ao corpo docente e


coordenação da Universidade Paulista- UNIP, que contribuíram para nossa
formação acadêmica.

A nossa orientadora Marcela Barroso Maciel, por todo apoio e paciência ao


logo da elaboração do nosso projeto de pesquisa.
RESUMO

É visível o crescente fenômeno do envelhecimento da população em todas as


sociedades economicamente desenvolvidas ou em desenvolvimento. Segundo a
Organização das Nações Unidas (UNO) a expectativa de vida do brasileiro é de 74,9
anos e atingirá 81,2 anos até 2050. Portanto estes não apenas estão presentes em
maior número como também estão vivendo mais anos. Com esse processo de
envelhecimento percebe-se uma maior preocupação com a qualidade de vida nessa
fase, assim, o presente estudo objetivou-se compreender como o trabalho
desenvolvido nos projetos do TSI no SESC-Fortaleza contribui para a qualidade de
vida do idoso. Tendo como referencial teórico as concepções e conceito acerca do
envelhecimento e velhice, qualidade de vida para o idoso e a garantia de uma
velhice protegida, projetos sociais do TSI no SESC-Fortaleza. É uma pesquisa que
se caracteriza como exploratória, qualitativa, bibliográfica e de campo. Com
utilização das técnicas de observação in loco e questionário estruturado. A pesquisa
foi realizada dentro do Trabalho Social com Idosos (TSI) na cidade de Fortaleza/CE.
Com amostragem de 8 integrantes. Verificou-se que os projetos desenvolvidos no
TSI, através de trocas de conhecimento e vivências é de suma relevância para uma
melhor qualidade de vida para os idosos. Conclui-se que os projetos direcionados ao
idosos formulados pelo TSI trabalhando a inclusão social, autoestima e socialização,
fazendo com que compreendam as mudanças e transformação nessa etapa da vida.

Palavras chaves: Velhice e Envelhecimento, Qualidade de vida, TSI.


ABSTRACT

The growing phenomenon of aging of the population in all economically developed or


developing societies is visible. According to the United Nations (UNO) the life
expectancy of brazilians is 74.9 years and will reach 81.2 years by 2050. So these
are not only present in greater numbers but are also living longer years. With this
aging process, a greater concern is perceived with the quality of life in this phase,
thus, the present study aimed to understand how the work developed in the
PROJECTS of THE in SESC-Fortaleza contributes to the quality of life of the elderly.
Having as theoretical framework the conceptions and concept about aging and old
age, quality of life for the elderly and the guarantee of a protected old age, social
projects of the TSI in SESC-Fortaleza. It is a research that is characterized as
exploratory, qualitative, bibliographic and field. Using on-site observation techniques
and semi-structured questionnaire. The research was carried out within social work
with the Elderly (TSI) in the city of Fortaleza/CE. With sampling of 8 members. It was
found that the projects developed in the TSI, through exchanges of knowledge and
experiences, is of paramount relevance for a better quality of life for the elderly. It is
concluded that the projects directed to the elderly formulated by the TSI working on
social inclusion, self-esteem and socialization, making them understand the changes
and transformation at this stage of life.

Key words: Old Age and Aging, Quality of Life, TSI.


LISTA DE SIGLAS

TSI Trabalho Social com Idosos


SESC Serviço Social do Comércio
OMS Organização Mundial da Saúde
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. CAMINHO DA PESQUISA:

2.1 Aproximação do objeto

2.2 Percurso Metodológico

3.CONCEPÇÕES E CONCEITO ACERCA DO ENVELHECIMENTO E DA VELHICE

3.1 ELEMENTOS PARA COMPREENSÃO DO PRECESSO DE


ENVELHECIMENTO
3.1.1 Aspecto Biológico
3.1.2 Aspecto Psicológico
3.1.3. Aspectos Sociais

4. QUALIDADE DE VIDA PARA O IDOSO E A GARANTIA DE UMA VELHICE


PROTEGIDA

4.1 Proteção social ao idoso: Contexto Histórico

4.2 Projetos sociais para idosos

4.3 Projetos sociais no TSI no Sesc-Fortaleza

5 UMA ANÁLISE SOBRE A IMPORTÂNCIA DESSE PROJETO NA VIDA DOS


IDOSOS ATENDIDIOS PELO TSI

5.1 Sujeito da pesquisa

5.2 A percepção do idoso sobre a qualidade de vida


1 INTRODUÇÃO

O crescimento da população de idosos e da longevidade, em números


absolutos e relativos é um fenômeno mundial e está ocorrendo a um nível sem
precedentes, atingindo todas as classes.

Nas últimas décadas tanto os países desenvolvidos como aqueles em


desenvolvimento, como é o caso do Brasil, estão passando pelo envelhecimento
populacional, desencadeado pelas quedas nas taxas de fecundidade e natalidade e
pelo aumento da busca pela qualidade de vida, dando ênfase nas melhorias das
condições de saúde, alimentação, habitação e saneamento básico, dentre outros
aspectos. A junção desses fatores propicia um crescimento na expectativa de vida
dos idosos.

Utilizando como base a última década (2001 a 2010) os estudos do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a faixa etária de 51 a 59
anos obteve as maiores taxas de crescimento da população brasileira (cerca de
32%). É importante destacar esse segmento, pois é o que representará o
contingente de idosos das próximas décadas. Já o grupo com 70 anos ou mais
cresceu cerca de 31% de 2001 a 2010.

Esta realidade também se estende à realidade do Ceará e de Fortaleza.


Estudos do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará – IPECE (2012)
demonstram que nos últimos dez anos (2001 a 2010) Fortaleza passou a ocupar a
12ª posição entre as capitais com maior número de idosos.

De acordo com o Estatuto do Idoso ao considerarmos como idosas pessoas


aquelas com idade igual ou superior a 60 anos, critério etário estabelecido pela
referida legislação para classificar alguém como idoso no Brasil, reconhecendo,
todavia, que, além do aspecto cronológico, a velhice está permeada por múltiplas
dimensões, como a social, a psicológica, a cultural e a econômica, entre outras.
Esse crescimento populacional do segmento envelhecido traz novas necessidades,
demandando serviços, politicas públicas e benefícios assistenciais e previdenciários
voltados para os idosos, possibilitando um envelhecimento com maior qualidade de
vida e dignidade.
Dessa maneira, nos últimos anos, fez-se necessário pensar e discutir acerca
dos direitos e do bem-estar da pessoa idosa, bem como acerca da criação de
políticas públicas e sociais que pudessem atender a essa população. Assim,
podemos citar a Constituição Federal de 1988, a Lei Orgânica da Assistência Social
(Lei Federal nº8.742), a Política Nacional do Idoso (Lei 8842/94), o Estatuto do Idoso
(Lei 10.741/2003) e a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), de 2004.
Essas legislações são consideradas como grandes avanços, representando
conquistas para a cidadania e os direitos da pessoa idosa.

É importante destacarmos o fato de que essas legislações e o avanço na


concepção de cidadania da pessoa idosa não significam apenas frutos de
concessões do Estado, mas produto de várias pressões e tensões dos movimentos
sociais, os quais lutaram ativamente para que os direitos deste segmento fossem
ampliados e efetivados.

É nesse âmbito que surgem programas e projetos voltados para os idosos,


visando trabalhar as diversas dimensões do envelhecimento e promover sua
integração na sociedade, bem como oferecer espaços de participação e convívio
social, como os grupos de convivência.

O Serviço Social do Comércio (SESC) – Fortaleza foi o locus da pesquisa,


pois dentro da instituição são desenvolvidos projetos e atividades que visam
promover e resgatar a sociabilidade intrageracional da pessoa idosa. Diante disso,
se fez necessário compreender como o trabalho desenvolvido no Trabalho Social
com Idosos (TSI) contribui para a qualidade de vida do idoso inseridos no projeto.
Trazendo como objetivos específicos: Apontar os benefícios proporcionados aos
idosos atendidos pelo TSI-SESC Fortaleza; Identificar a percepção do idoso quanto
a sua qualidade de vida dentro do projeto e Identificar o perfil dos idosos atendidos.

Cabe ressaltar o fato de que o público feminino são maioria nos grupos de
convivência, tanto porque as mulheres são mais longevas do que os homens como
porque sempre dedicaram mais tempo aos cuidados com a saúde e qualidade de
vida. Além disso, segundo Abigalil, Ferrino e Leite (2006), a mulher, sob o prisma
histórico, sempre esteve mais restrita ao âmbito privado, o que as leva a sentirem-se
mais protegidas em tais equipamentos sociais, ao passo que os homens sempre
gostaram mais de ocupar espaços públicos, como praças e bares, sendo por esse
motivo que continuam a fazê-lo durante a velhice.

A presente pesquisa terá como abordagem qualitativa, exploratória,


bibliográfica e pesquisa de campo. Sendo utilizado como instrumentais a observação
e questionário fechado com múltiplas escolhas.

Para uma melhor compreensão do leitor sobre a realidade pesquisada, o


trabalho de conclusão de curso foi divido em cinco capítulos: O primeiro capitulo
apresenta uma visão geral sobre a metodologia utilizada na pesquisa; o segundo
capitulo de titulo “ Concepções e conceito acerca do envelhecimento e a velhice”
que traz elementos para compreensão desses processos, mencionando diferentes
conceitos; o terceiro capitulo de titulo “Qualidade de vida para o idoso e a garantia
de uma velhice protegida” abordando o contexto histórico da proteção social e os
projetos sociais desenvolvidos pelo Trabalho Social com Idosos (TSI); quarto
capitulo de titulo “ Uma analise sobre a importância do projeto +50 na vida dos
idosos atendidos pelo TSI, elencando o sujeito da pesquisa e a percepção do idoso
sobre a qualidade de vida e ultimo capitulo refere-se as considerações finais.

A partir dos elementos supracitados essa pesquisa converge para sua


consolidação em assuntos sequenciais e complementares.

2.CAMINHO DA PESQUISA:

2.1 Aproximação do objeto

No decorrer do processo acadêmico como estudantes de graduação do curso


de Serviço Social, despertou-se nos pesquisadores compreender como a qualidade
de vida do idoso contribui para um envelhecimento ativo. Esse despertar deu-se
início a partir das visitas realizadas as instituições que trabalham com idosos.

Ao Abordar essa temática com o grupo de pesquisadores foi possível


identificar que uma delas tem uma vivência no cotidiano profissional voltada ao
cuidado com o idoso. Nesse dado momento foi possível identificar também que outra
participante do grupo de pesquisa tem um/a parente que presta serviços no ramo de
alimentação inserido/a no do Serviço Social do Comércio (SESC-Fortaleza). Diante
disso, intensificou-se o interesse de abortar a temática dentro do Trabalho Social
com Idosos (TSI) desenvolvido pelo do Serviço Social do Comércio (SESC-
Fortaleza.)

A partir das informações supracitadas despertou-se um maior interesse em


compreender as contribuições que o Trabalho Social com Idosos (TSI) traz para uma
melhor qualidade de vida para os idosos inseridos no projeto. Iniciando assim, os
estudos relacionados a qualidade de vida e projetos sociais. Diante disso foi
encaminhado para o Serviço Social do Comércio- SESC um ofício, juntamente com
o pré-projeto para realização da pesquisa in loco.

No segundo momento os pesquisadores participaram de uma reunião com a


coordenação do projeto. Visando a aproximação com o campo de pesquisa, onde foi
disponibilizado as datas e horários para realização da pesquisa.

No terceiro momento foi possível observar a interação entre idosos e


sociedade em geral no compartilhamento de experiências e vivencias através IV
FÓRUM COMUNITÁRIO SOBRE O ENVELHECIMENTO que aconteceu no dia 06
de novembro de 2019 com localização do evento na quadra da paróquia da Piedade
na Rua Joaquim Torres- Fortaleza- CE. Organizado pelo SESC, com o projeto
Cidadania Ativa que tem como objetivo a promoção da cidadania e do protagonismo
da pessoa idosa, incentivando a reivindicação de seus direitos e o desenvolvimento
de projetos para melhorar a qualidade de vida na comunidades onde vivem. O
público alvo atendido pelo Cidadania Ativa, são protagonistas do SESC e
protagonistas do controle social, que atuam em cinco comunidades: Bom Jardim,
Monte Castelo, Pici, Joaquim Távora e Papicu. Nesse dado momento houve várias
apresentações, incluído o coral, grupo de teatro com o projeto “Um olhar Histórico
sobre Fortaleza”, criação litaria, entre outros.

2.2. Percurso metodológico

Esta pesquisa é de caráter exploratório, qualitativo, bibliográfico e de campo.


Para uma compreensão de como foi realizada a pesquisa é necessário entender o
que significa o termo pesquisa e as formas de caráter citadas acima.

Segundo o autor Gil (2007, p.91) pesquisa é definida como.


(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar
respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por
um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema
até a apresentação e discussão dos resultados.

Portanto ao pesquisar o individuo está à procura de respostas para algo, logo


ao iniciar uma pesquisa é preciso que exista uma dúvida e uma pergunta na qual
possivelmente se obterá uma resposta.Já para os autores Marconi e Lakatos (2010,
p. 139) a pesquisa é. “um procedimento formal, com método de pensamento
reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para
conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.

Quanto ao seu aspecto, predomina-se a qualitativa que de acordo com


Minayo et al,. (2011) “A pesquisa qualitativa operacionaliza dados advindos da
vivência, experiência, do cotidiano e da compreensão das estruturas e instituições,
como os resultados da atividade humana.”.

É uma investigação voltada para aspectos qualitativos de uma determinada


questão onde é possível identificar e analisar os dados que não podem ser
calculados. No que diz respeito à pesquisa bibliográfica para o autor Gil ela

É elaborada como base em material já publicado. Tradicionalmente, esta


modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros revistas,
jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos. Todavia, em
virtude da disseminação de novos formatos de informação, estas pesquisas
passaram a incluir outros tipos de fontes, como discos, fitas magnéticas,
CDs, bem como o material disponibilizados pela Internet. (2010, p. 29).

Ou seja, é um levantamento bibliográfico no qual pode ser realizados por


meio de livros, artigos, sites da internet dentre outros. Uma revisão sobre as
principais teorias questionadas. De acordo com Moresi a pesquisa de campo (2003)
“É uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um
fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas,
aplicação de questionários, testes e observação participante ou não.”

Sendo assim é correspondente à observação, coleta, análise e interpretação


de fatos e fenômenos que ocorrem dentro de seus proveitos, circunstâncias e
ambientes naturais de vivência.
A realização do material empírico teve inicio no mês de outubro e termino em
novembro 2019, onde foram utilizadas as técnicas de observação, aplicação de
questionários com questões fechadas e de múltiplas escolhas, que nos permitiram
caracterizar os sujeitos; compreendendo sobre a importância do trabalho social com
idosos desenvolvido no SESC fortaleza e sua contribuição para a qualidade de vida
dos mesmos.

A pesquisa de campo limitou-se a apenas ao questionário por orientação da


coordenadora do SESC devido aos projetos ocorrerem de forma seletiva.

Nesse sentido definimos como objeto de nossa pesquisa as idosas participantes do


projeto +50 que é um grupo fechado para idosas do SESC fortaleza, que tenham a
partir de 50 anos de idade onde as mesmas compartilham suas historias,
experiências dentre outras questões, as participantes tem a oportunidade de se
expressar juntamente com suas colegas de grupo.

No momento da aplicação do instrumental de questionário, nossa atenção foi


voltada para os relatos das idosas, depoimentos e afirmações apresentadas pelas
mesmas.

3. CONCEPÇÕES E CONCEITO ACERCA DO ENVELHECIMENTO E


DA VELHICE

“A sabedoria é a essência da conquista. É


iniciada nos sonhos, desenvolvida na
coragem, eternizada no tempo.”
Bruno Raphael da Cunha Dobicz

Ao falar sobre velhice lidamos com um tema até certo ponto controverso, uma
vez que saber ao certo quando uma pessoa é realmente idosa, para isto temos
como referência a definição do Estatuto do Idoso (2003) que tratando da idade
cronológica define que a pessoa é idosa com idade igual ou superior a 60 anos.

A Organização Mundial da Saúde faz distinção entre a população de países


desenvolvidos, trazendo como idade limite para que uma pessoa seja considerada
idosa a idade de 65 anos, por outro lado fixa a mesma Organização, uma idade
inferior no que refere aos países em desenvolvimento, sendo estes considerados a
partir dos 60 anos de idade. Essa definição foi definida pela Organização das
Nações Unidas por conta da Resolução 39/125, durante a Primeira Assembleia
Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento da População, relacionando-se
com a expectativa de vida ao nascer e com a qualidade de vida que as nações
propiciam aos seus cidadãos.

A partir de 2039, haverá mais idosos do que crianças vivendo no Brasil,


evidência de uma trajetória de envelhecimento populacional que se percebe mais
real a cada ano que se passa. Em 2010, a porcentagem da população com 65 anos
ou mais não ultrapassava os 7,3%. Em 2034, será o dobro disso. Voltando mais no
tempo, a mudança demográfica é ainda mais visível. Em 1945 a expectativa de vida
no país era de 43 anos. O crescimento da população idosa converge com a busca
por um envelhecimento saudável.

Na época contemporânea, a velhice ainda é vista sob o ponto de vista


negativo, sempre associado a doenças e ainda a perdas de capacidades físicas e
motoras, com isto o idoso perde espaço com relação aos mais jovens no que e se
refere a oportunidades, uma vez que é visto como um ser ultrapassado e q não
maneja bem as ferramentas tecnológicas. É o que assevera, (SCHINEIDER e
IRIGARAY P. 587).

As concepções de velhice nada mais são do que resultados do que uma


construção social e temporal feita no seio de uma sociedade com valores e
princípios próprios, que são atravessados por questões multifacetadas,
multidirecionadas e contraditórias. Na época contemporânea, florescer do
século XXI, ao mesmo tempo em que a sociedade potencializa a
longevidade ela nega aos velhos seu valor e a importância social.

Para compreender o que é envelhecimento e velhice faz-se necessário


conceituar, podemos ver na literatura que abordam o tema autores diferenciando o
que seja as duas fases do indivíduo, podemos citar, por exemplo, a definição trazida
por Costa (1998, p.26).

Envelhecimento: processo evolutivo, um ato contínuo, isto é, sem


interrupção, que acontece a partir do nascimento do indivíduo até o
momento de sua morte [...] é o processo constante de transformação.
Velhice: é o estado de ser velho, o produto do envelhecimento, o resultado
do processo de envelhecer.
Declara ainda o autor referindo-se a contexto social do idoso no que se refere
ao aspecto econômico onde há uma valorização do novo, desta forma, tem-se em
mente que o velho seria ultrapassado, restringindo oportunidades para pessoas com
idade avançada. (SCHINEIDER e IRIGARAY P. 587)

Vive-se em sociedade de consumo na qual apenas o novo pode ser


valorizado, caso contrário, não existe produção e acumulação do capital.
Nesta dura realidade, o velho passa a ser ultrapassado, descartado, ou já
está fora de moda.

Para BEZERRA, apud Ribeiro, (2009) o envelhecimento não deve ser


considerado como um período de perdas e incapacidades, pois muitos idosos
podem ter a sua capacidade funcional preservada. O importante é a maneira como
os indivíduos percebem e lidam com as situações da vida e com as transformações
do envelhecimento, a qual determina, em grande parte, a pessoa ter uma velhice
saudável ou não.

Para Simone BEAUVOIR, (1970, p. 468). Um dos fatores preponderantes na


velhice que seria a experiência vivida, não há mais espaço no mundo atual,
condições para compartilhar de tais vivencias, uma vez que a sociedade atual
parece não valorizar o passado rico de aprendizado, já que o idoso é visto apenas
como ser ultrapassado.

Muito longe de oferecer ao indivíduo um recurso contra seu destino


biológico, assegurando-lhe um futuro póstumo, a sociedade de hoje o
rechaça, ainda vivo, para um passado ultrapassado. [...] Outrora, imaginava-
se que em cada um, ao longo dos anos, acumulava um tesouro: a
experiência.

Ainda segundo a autora, remediar as circunstâncias psicossociais dos idosos,


não poderia por si só, embora reconheça que seria importante melhorar o presente,
não seria a solução para o problema da última idade. BEAUVOIR, (1970, p. 663).

A entrada na velhice depende de vários aspectos que vão além do


cronológico, pode-se dizer que em países em que a expectativa de vida é de 40
anos, a concepção de velhice é completamente diferente de outro cuja essa
expectativa é de 70 anos de idade. FARINATTI. (P. 14; 16). A velhice ainda segundo
o autor, é constituída paulatinamente para o que concorrem varáveis biológicas e
sociais. (p. 22).

O envelhecimento causa algumas modificações naturais no individuo, quase


sempre confundidas com enfermidades, desde físicas até psicológicas, afetando
assim a locomoção bem como o raciocínio de pensa ou simples reflexos para
realizar coisas simples e cotidianas, denominada de senescência. Com isso
percebe-se ao longo dos anos aspectos que identificam o processo de
envelhecimento que por si só não pode ser visto como enfermidades. o que
observado pelo Ministério da saúde (Brasília 2006);

Dois grandes erros devem ser continuamente evitados. O primeiro é


considerar que todas as alterações que ocorrem com a pessoa idosa sejam
decorrentes de seu envelhecimento natural, o que pode impedir a detecção
precoce e o tratamento de certas doenças e o segundo é tratar o
envelhecimento natural como doença a partir da realização de exames e
tratamentos desnecessários, originários de sinais e sintomas que podem ser
facilmente explicados pela senescência.

Não se pode, entretanto, definir a velhice apenas sob um aspecto e sim


verificar as várias mudanças que acontecem ao longo dos anos, segundo
SCHNEIDER e IRIGARAY, (2008 p.585) a velhice pode ser compreendida a partir
da relação que se estabelece entre os diferentes aspectos, biológicos, psicológicos e
sociais. Dos quais serão abordados aqui os itens.

3.1 ELEMENTOS PARA COMPREENSÃO DO PRECESSO DE


ENVELHECIMENTO

3.1.1 Aspectos biológicos

O envelhecimento biológico é um processo gradual, que caracteriza- se por


alterações funcionais do organismo. Fazendo com que a pessoa idosa tenha mais
dificuldade de adaptação ao meio social. Assim, tornando-o cada vez mais
suscetível as doenças. Podendo ser uma experiencia positiva, de forma natural,
sendo capaz de conviver bem as debilidades apresentadas no decorrer dos anos,
favorecendo o envelhecimento ativo (é o que chamamos de senescência). Porém, o
que o acontece frequentemente é o envelhecimento patológico, quando o indivíduo
sofre consequências negativas das doenças e problemas que podem atingir o idoso
(é o que chamamos de senilidade).
Definido por SCHNEIDER E IRIGARAY (2008 p.590) como idade biológica,
está ligada as transformações corporais e mentais que ocorrem ao longo do
processo de envelhecimento, tempo como base, lógico, o passar dos anos. Os
autores ainda apresentam alguns outros fatores externos de caráter biológico que
segundo eles, inicia-se desde o nascimento e perdura por toda existência;
A partir dos 40 anos, a estatura do indivíduo diminui cerca de um centímetro
por década, principalmente devido à diminuição da altura vertebral
ocasionada pela redução da massa óssea e outras alterações
degenerativas da coluna vertebral. A pele fica mais fina e friável, menos
elástica e com menos oleosidade. A visão também declina, principalmente
para objetos próximos. A audição diminui ao longo dos anos, porém
normalmente não interfere no dia-a-dia.

Estas mudanças, vale salientar, acontecem de forma individual, ou seja, como


a devida intensidade de acordo com o estilo de vida de cada um. É importante
ressaltar que tais alterações aconteceram individualmente em cada idoso. Coube-lhe
aceitar, adaptar-se ou modificar-se de acordo com as novas mudanças surgidas com
a idade. Veras M. L. M, et al. (2015, p. 116).
Para que os efeitos da idade biológica possam ser amenizados ou menos
sentidos se faz necessário e recomendado por profissionais que os idosos evitem a
ociosidade, com práticas de exercícios embora que leve, é o que pontua Veras, M.
L. M. et al; (2015, p. 116-117).
Os discursos mostram que a prática regular de atividade física proporciona
vários benefícios para os idosos. Dentre os benefícios, eles destacam a
melhoria de saúde, como uma melhor convivência com a dor além de
contribuir para o aumento da densidade óssea, auxílio no controle do
diabetes, na artrite, doenças cardíacas, diminuição da depressão, benefícios
que os idosos podem não tomar conhecimento, mas indubitavelmente irá
influenciar diretamente na sua qualidade de vida.

3.1.2 Aspectos psicológicos

Levando em consideração a especificidade de cada indivíduo pode-se dizer


que a velhice por ser um processo contínuo e inevitável tem como característica
também fatores psicológicos como assim bem conceitua RODRIGUES (2012 p. 42)
Os aspectos psicológicos, nesta etapa da vida, são muitos e por vezes
difíceis de se lidar. A emoção torna-se mais complicada de gerir, a
motivação que em alguns casos deixa de existir e é substituída por
desilusão e a própria personalidade das pessoas Idosas se altera porque há
um desfasamento entre o ritmo e ao estilo da vida passada e o presente.

É claro que neste sentido está incluso a aceitação das mudanças biológicas já
citadas anteriormente que influenciam no psicológico do idoso, por perceber suas
limitações ao realizar pequenas tarefas, vem com isso a dificuldade de adaptar-se a
novas realidades.
São inúmeras as alterações psicológicas que um indivíduo sofre ao longo dos
anos segundo RODRIGUES (2012 p. 42), pode-se enumerar algumas delas;

- Certo declínio na manifestação da afetividade, dos interesses, das acções,


das emoções e dos desejos;
- Prejuízo da memória de fixação, como, por exemplo, esquecer nomes de
pessoas, coisas, ou mesmo onde colocou determinados objetos;
- Acentuação das características da personalidade. Traços do tipo, por
exemplo: rigidez, egocentrismo, desconfiança, irritabilidade, avareza,
dogmatismo, autoritarismo, que tenham existido na juventude, tendem a
exacerbar-se;
- Dificuldade na assimilação ou mesmo aversão a ideias, coisas e situações
novas;
- Apego maior aos valores já conhecidos e convencionados, aos costumes e
às normas já instituídas;
- Depressão/ alteração de humor;

Ainda assevera a autora que é preciso levar em conta todas estas


manifestações uma vez que podem transformar-se em graves patologias, impedindo
o Idoso de viver a sua vida de maneira independente. Também é importante saber
quais os aspectos psicológicos de risco no Idoso. RODRIGUES (2012 p. 42).
Para SCHINEIDER e IRIGARAY (2018 P. 592) há uma significativa e clara
mudança na capacidade cognitiva do idoso levando-o ter lapsos de memória,
dificuldade de aprendizado e falhas de atenção, orientação e concentração,
comparativamente com suas capacidades cognitivas anteriores.
Ainda segundo SCHINEIDER e IRIGARAY (2018 P. 592) apud Neri (2001)
define a idade psicológica como “a maneira como cada indivíduo avalia em si
mesmo a presença ou a ausência de marcadores biológicos, sociais e psicológicos
da idade, com base em mecanismos de comparação social mediados por normas
etárias”.
É preciso entender que deve haver um equilíbrio entre o envelhecimento
psíquico e biológico, isso é importante para melhorar qualidade de vida e as
relações com os outros. RODRIGUES (2012 p. 44).

3.1.3. Aspectos sociais

No Brasil em 1960 com o processo de envelhecimento populacional nas


regiões mais desenvolvidas, iniciou-se um declínio da fecundidade em todas as
faixas etárias, devido ao avanço dos métodos contraceptivos, melhorias no sistema
de saúde, facilidade ao acesso à educação, o desenvolvimento profissional
qualificado e também o alto custo para se ter um filho nos países mais
desenvolvidas no país. Já nos países subdesenvolvidos as taxas de fertilidade são
mais elevadas, crescente níveis de pobreza, precário acesso aos serviços de saúde.
Na década de 70 esse processo de envelhecimento já começou se estendendo
paulatinamente às demais regiões urbanas, rurais e todas as classes sociais.

De acordo com o censo do IBGE (2018), o contingente feminino acima de 60


anos ganha destaque nesse grupo com 16,9 milhões, enquanto os homens são 13,3
milhões, o número de mulheres em todas as regiões no Brasil é superior ao de
homens. A longevidade desse segmento se deve a fatores como: proteção
hormonal, maior utilização de serviços de saúde, menor uso de drogas lícitas
(cigarro e álcool) e ilícitas (cocaína, maconha, tabaco, crack, heroína).

O avanço de conquista no campo tecnológico, epidemiológico e das ciências


médicas a população têm se destacado no crescimento numérico e a longevidade
tem aumentado constantemente, proporcionando uma verdadeira revolução na
sociedade, assegurando qualidade e expectativa de vida. No entanto, esse
fenômeno trará uma série de desafios para a sociedade com relação a repercussão
na demanda de políticas públicas e sociais voltadas para atender esse público
etário.

Numa abordagem de Santos (1990, p.22) “Ser velho representa um


afastamento do mundo social” o idoso precisa aceitar essa nova fase da vida,
envelhecer não significa se excluir da sociedade, é o momento de renovar-se
usufruir de todas as formas, a socialização é fundamental para mantê-lo ativo.

A idade social, entretanto, caracteriza-se pela vivência de novos hábitos por


parte de indivíduos que se identificam com outras pessoas de sua faixa etária,
criando assim, expectativas de relacionamentos que envolvem aspectos culturais e
sociais. O que se percebe é a busca por novos tipos de atividade que se enquadrem
dentro das limitações destes indivíduos como já citadas neste trabalho. As novas
características são percebidas pelas vestimentas, hábitos e linguagem há de certa
forma, ligação com as idades cronológica e psicológica, (Shroots e Bierren,1990.
apud SCHNEIDER e IRIGARAY)

Nesse contexto se destaca o processo da feminilização da velhice que é a


predominância de mulheres na população idosa. Essa tendência é uma
consequência da desigualdade quantitativa de gêneros, as condições estruturais e
econômicas relacionados as situações de renda, muitas vezes refletem na saúde,
âmbito familiar, a morbimortalidade masculina que é associada a exposição a fatores
de risco que atingem os homens com maior frequência.

Com relação a participação nas atividades econômicas, é importante a


inclusão da pessoa idosa no mercado de trabalho, pois através dele se constrói a
identidade do sujeito, influenciando no desenvolvimento físico, emocional e
cognitivo, adquirindo crescimento pessoal, desenvolvendo novas habilidades,
contribuindo para as relações interpessoais e intergeracionais para usufruir das
oportunidades de diálogo e adaptar-se às novas mudanças.

A expansão da economia capitalista durante a década de 80 com a ocasião


do processo de industrialização surge novas características na reestruturação
produtiva e flexibilização do trabalho o qual passam a requerer o aumento na
produtividade, qualificação do empregado, a inserção da mulher no mercado de
trabalho e o novo padrão de consumo.

O percentual de idosos acima de 60 anos no mercado de trabalho representa


7,9 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A múltiplos
fatores que contribuem para esse segmento continuar no mercado de trabalho
alguns deles são o baixo valor da aposentadoria quando não é suficiente para cobrir
os gastos ou não foi alcançado o tempo de contribuição e a idade mínima. Ainda
podemos destacar o complemento da renda para ajudar a família, a satisfação de
trabalhar o qual pode influenciar o indivíduo a permanecer trabalhando, o vínculo na
empresa criada com os amigos e entre outros.

A aposentadoria pode representar uma fase em que os idosos aproveitam


para descansar, participar de atividades e projetos, passar o tempo com a família,
cuidar da saúde, descobrir outros interesses na vida, um período que se precisa
planejar um novo projeto de vida.

Ao pensar em se aposentar o idoso precisa fazer um planejamento e se


preparar para se adaptar essa nova fase de pós-aposentadoria, para os que não se
organizam em relação a sua saída do trabalho podem até ocasionar dificuldades
emocionais, angústias e doenças para lidar com a perda do convívio do trabalho e
das relações sociais.

Proporcionando novas experiências, descobertas, metas, objetivo é preciso


manter-se ativo. Com envelhecimento rápido da população aliada a idades
avançadas e a conquista da longevidade, exige a necessidade do apoio de seus
familiares, da sociedade para assegurar bem-estar e a qualidade de vida, do estado
para amparar e garantir o direito e a proteção ao idoso.

“A família, a sociedade e o estado têm o dever de amparar as pessoas


idosas, assegurando sua importância na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.” Artigo 230 da
Constituição Federal (1988, p. 60).

Em todas as fases da vida a família exerce uma importância fundamental no


fortalecimento das relações é através do ambiente familiar que está ligando ao bom
envelhecimento é de suma importância para sua estabilidade emocional, incluindo a
relações de afetividade e união familiar. A família tem o papel de auxiliar, dar apoio
ao idoso, garantindo sua autonomia e respeitando sua dignidade.

Cada membro exerce seu papel, pois todos possuem suas funções na
sociedade, na família e na vida política do país, respeitando a individualidade de
cada um, que possa distinguir suas qualidades e possa contribuir com o meio em
que vive.
A importância de vínculos dentro de atividades destinados aos idosos, trazem
alterações nas relações interpessoais, melhorando o desenvolvimento de sua
autoestima, recuperação da memória, desenvolvimento da sociabilidade, as relações
com familiares e amigos, a qualidade de vida, fortalecendo o papel do idoso.Com o
processo de envelhecimento, a sociedade tem passado por várias mudanças no
perfil demográfico, epidemiológicas, sociais, tecnológicas, socioeconômicas
contribuindo para a melhoria de vida dos idosos. Compreender as novas formas de
mudanças na estrutura social e o papel da família, os vínculos interpessoais para
melhorar as relações intergeracionais.

4. QUALIDADE DE VIDA PARA O IDOSO E A GARANTIA DE UMA


VELHICE PROTEGIDA

“A menos que modifiquemos à nossa


maneira de pensar, não seremos capazes
de resolver os problemas causados pela
forma como nos acostumamos a ver o
mundo”
Albert Einstein

Ao realizar pesquisas sobre o conceito do termo qualidade de vida observa-se


diversas definições o que acaba tornando-o complexo para uma definição precisa.
De acordo com a organização mundial da saúde (OMS) para o indivíduo a definição
de qualidade de vida se dá a posição em que ele se encontra em sua vida.

A qualidade de vida é a percepção que o indivíduo tem de sua posição na


vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive,
e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um
conceito muito amplo que incorpora de uma maneira complexa a saúde
física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível de dependência,
suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características
proeminentes no ambiente. (OMS, 1994).

Com os idosos ocorre com diferentes causas sendo elas sociais, cognitivas,
biológicas e culturais, ele se encontra em meio às diversidades do dia a dia como os
padrões estabelecidos pela sociedade, os seus próprios objetivos, expectativas e
suas preocupações em relação ao estado em que se encontram seja ele financeiro
ou social.

A qualidade de vida é geralmente relacionada ao bem-estar por meio da


educação, da saúde, da moradia, dentre outros. Proporcionar a si mesmo esses
elementos com êxito é uma forma de garantir o seu bem-estar, como também
manter relacionamentos familiares e sociais acaba gerando uma satisfação.

Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS) obter uma boa qualidade de


vida requer não somente estes fatores, mas também a oportunidade de ter e
proporcionar o lazer, o afeto, a proteção, exercer sua identidade, sentir paz de
espirito independente de religião alguma, ter qualidade de vida é estar bem consigo
mesmo e sentir a reciprocidade em sua volta.

Para garantir a qualidade de vida na velhice é necessário que os fatores que


asseguram esta qualidade sejam identificados pelos profissionais que iram trabalhar
com os idosos e pelos próprios idosos. Mesmo com as perdas afetivas, doenças e
mudanças ao longo da vida a longevidade é algo importante para este público, pois
com ela é possível identificar diferentes graus de ansiedade causados pelos
momentos vividos.

Algo que implica fortemente na qualidade de vida é a sensação de inutilidade


que pode ocorrer com o idoso como também não ter um suporte familiar para
ampará-lo e incluir o mesmo em atividades feitas entre os familiares observando
sempre como ele está reagindo às atividades propostas.

Ter um momento de lazer com a família onde o idoso tem a oportunidade de


contar suas inúmeras histórias, passar o seu conhecimento e consequentemente
aprender com os demais seria algo que poderia fortalecer o vínculo familiar. “À
medida que um indivíduo envelhece, sua qualidade de vida é fortemente determinada por
sua habilidade de manter autonomia e independência” (OMS, 2005, p. 14).

Manter a sua autonomia e independia como é citado acima remete ao fato


individuo se sentir útil e de poder contribuir com suas habilidades tanto para seus
familiares como para a sociedade. O mesmo segundo a OMS ao manter tais
aspectos tem a sensação de bem-estar, de poderem estar inseridos em atividades
físicas e sociais por meio de sua autonomia e independência.
4.1 Proteção social ao idoso: contexto histórico

Quando refere- se a proteção social ao idoso é importante levar em


consideração as construções históricas acerca da velhice e bem-estar social dentro
da sociedade capitalista. Envelhecer com dignidade é um direito básico que requer
atenção, necessidade de cuidados e assistência.
O sistema de proteção social ao idoso está estruturado em termos legais que
visam a garantia de direitos sendo eles básicos e especiais, através de políticas de
seguridade social e de outras medidas que visem uma melhor qualidade de vida na
velhice.
Uma das primeiras formas de previdência social no Brasil foi o Decreto-lei n°
4.682/23 sancionada em 24 de janeiro de 1923, denominada Lei Eloy Chaves,
determinando a criação de caixas de aposentadorias e pensões nas empresas
ferroviárias, sendo que, só podia ser concedido tal benefícios aos operários que
atingissem a idade avançada e por casos de invalidez, tornando-se incapaz de
exercer qualquer tipo de profissão.
Dentre os benefícios, a pensão por morte e a assistência médica. Garantia
essa, conquistada devido aos movimentos ocorridos nos anos 1917 e 1919, onde os
operários realizaram greves gerais em todo o país devido as péssimas condições de
trabalhos, sem nenhuma garantia trabalhista como: jornada de trabalho definida,
férias, aposentadoria ou pensão.
“A previdência social passou a incorporar de forma seletiva e controlada
aquelas frações de classe que, por estarem inseridas nos setores mais
dinâmicos da economia, tinham seu poder de barganha aumentado.” (Dias e
Cabral,1997, p.13).

Agora, a aposentadoria que antes era restrita, foi estendida para os demais
participantes do sistema sem distinção de gênero, sendo assim, mulheres com 30
anos de serviços prestados e os homens com 35, tinham o direito de receber o valor
do seu benefício, desde que, a soma dos anos de serviços prestados e a idade da
pessoa seja equivalente à 85 e 95 pontos. Esses movimentos ocorridos em 1917 a
1919 reafirmaram a importância da luta pela garantia de direitos, dando ênfase na
luta por uma melhor qualidade de vida na velhice.
Levando-se em consideração os marcos históricos podemos dizer que
Constituição federal de 1988 é o maior, a nova constituição trouxe avanços
significativos e resultantes das lutas e reivindicações no campo da proteção social,
favorecendo assim aos que competem nesta lei, garantindo todos os direitos nela
estabelecidos e efetivando as normas assim dispostas. O papel da família é de
extrema importância para que o idoso se sinta seguro com seus entes queridos, o
meio familiar é visto como base de incentivo e um suporte para apoiar e acolher o
idoso. reafirmou a importância da luta pela garantia de direitos, dando ênfase na luta
por uma melhor qualidade de vida na velhice.
Conforme, a Constituição Federal de 1988, no Art. 230 para sermos mais
específicos, diz que “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as
pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.”
Além da Constituição de 88, surgiu em 04 de janeiro de 1994, através da lei
8.824 A política nacional do idoso, tendo como objetivo em seu 1º art. “assegurar os
direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia,
integração e participação efetiva sociedade”.

Ou seja, refere-se a garantia concedida aos idosos, dando aos mesmos a


possibilidade de uma melhor qualidade de vida e sua inserção na sociedade. A lei
8.842/94 foi o primeiro amparo a pessoa idosa, sendo reconhecido pelo estado o
envelhecimento cronológico dela, assegurando os direitos a pessoas com idade a
partir de 60 anos, ignorando outros aspectos do envelhecimento.
A política nacional do idoso foi criada no intuito de assegurar os direitos
sociais do idoso e inseri-lo na sociedade garantindo aos mesmos uma vida saudável
e digna, tendo como base cinco princípios que estão estabelecidos no art.3°
informando de quem é o dever de assegurar tais direitos, fala também sobre a
discriminação que os idosos sofrem na sociedade por serem vistos como pessoas
incapazes de realizar algo ou de contribuir para algum evento.
Além da política nacional do idoso, existem atualmente políticas estaduais,
municipais e planos setoriais que atuam juntos a sociedade na formulação e no
controle de políticas destinadas a população idosa. A partir da política nacional do
idoso foram divulgados outros documentos com teor de lei ou normativos.
Dentre eles o mais significativo, que assumiu o papel fundamental na
reafirmação das garantias e direitos da pessoa idosa foi o estatuto do idoso, lei n°
10.741, 1 de outubro de 2003. concretizando avanços e a valorização do idoso na
sociedade. Assegurando a melhoria na qualidade de vida e seus direitos
preservados e executados. Inseridos dentro do estatuto artigos que buscam garantir
o direito à vida, à liberdade, ao respeito, à dignidade, saúde, educação, cultura,
esporte e lazer, profissionalização e do trabalho, previdência social, assistência
social, habitação, transporte, medidas de proteção, entidades de atendimento ao
idoso, fiscalização das entidades de atendimento, acesso à justiça…
No art.3 do Estatuto Nacional do Idoso(Lei n°10.741de 1°de outubro de 2003)
diz que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público
assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, à cultura, à esporte, ao lazer, ao trabalho, à liberdade à
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Trazendo a
responsabilidade não só para o estado, mas para a família e sociedade, tornando-se
responsáveis pela proteção e valorização de vida dos idosos\inseridos dentro do
contexto atual.
Nos art. 8° e 9° do Estatuto Nacional do Idoso (Lei n°10.741de 1°de outubro
de 2003) dizem que:

“O envelhecimento é direito personalíssimo e a sua proteção um direito


social, nos termos desta lei e da legislação vigente. “

“É obrigação do estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à


saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um
envelhecimento saudável e em condições de dignidade.”

Observa-se que os art. 8° e 9° basicamente se complementam, pois, o art.8°


fala sobre a importância de envelhecer com qualidade e o 9° relata a função do
estado em garantir estes direitos com qualidade, onde o estado é obrigado a cumprir
a efetivação de políticas públicas sociais que garantam tais feitos.
No capítulo II do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. Art.10 do
Estatuto Nacional do Idoso (Lei n°10.741de 1°de outubro de 2003) é obrigação do
estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a
dignidade, como pessoa humana e sujeito dede direitos civis, políticos, individuais e
sociais, garantidos na constituição federal.
Liberdade como princípio básico primordial garantido através da Constituição
Federal tendo como aspectos o direito de ir e vir; expressar sua opinião; ter crença e
culto religioso; buscando a participação na vida familiar e comunitária; a participação
de esportes e de diversões entre outros.
Dentre os demais direitos inseridos no Estatuto do idoso, analisando o art.20
do Estatuto Nacional do Idoso (Lei n°10.741de 1°de outubro de 2003) que diz que:
“O idoso tem direito a educação, cultura, esporte lazer, diversões, espetáculos,
produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade” e art.23° do
Estatuto Nacional do Idoso (Lei n°10.741de 1°de outubro de 2003) fala que:

Participação de idosos em atividades culturais e de lazer será


proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por
cento) de nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de
lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.

Os presentes artigos inclusos no capítulo V Da Educação, cultura, esporte e


lazer. Mostram que o idoso pode participar de diversas atividades desenvolvidas
pelo estado, garantindo uma participação ainda mais ativa devido há descontos
disponibilizados para a pessoa idosa.
Ao analisar os artigos 43°, 44° e 45°do Estatuto Nacional do Idoso (Lei
n°10.741de 1°de outubro de 2003) vemos sobre as medidas especificas de
proteção, onde acontece muitas vezes os idosos terem os seus direitos ameaçados
ou violados por familiares, instituições, estado ou pelo próprio idoso. Neste caso
cabe ao ministério público ou poder judiciário determinar qual será a medida
estabelecida a favor do idoso, podendo ele ter um acompanhamento temporário, ter
um vínculo maior restaurado com a família ou até mesmo a inclusão em um
programa comunitário sendo temporário ou fixo.
Do art.59° à art.62° do Estatuto Nacional do Idoso (Lei n°10.741de 1°de
outubro de 2003) relata sobre a infração das normas de proteção ao idoso,
informando quais serão as medidas tomadas para quem infringir estas normas
causando desconforto e más consequências para os envolvidos. Tendo como
exemplo:
O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa,
contado da data da intimação, que será feita: I – pelo atuante, no
instrumento de autuação, quando for lavrado na presença do infrator; II –
por via postal, com aviso de recebimento.
Assim, é primordial que a sociedade, a família e o estado compreenda como o
idoso se sente em relação a descriminação e ao seu sofrimento, proporcionando ao
idoso um entendimento maior sobre a sua verdadeira identidade, assim ele
entenderá que independente de sua idade ele ainda é muito importante para a
sociedade e que é preciso que ele também tenha essa convicção.

Atualmente a sociedade ainda tem uma visão negativa sobre a velhice pois
esta fase é relacionada como um momento de dependência, há casos de idosos
com mobilidade mais afetada, vinculadas há algumas doenças, porém deve-se
aprender a lidar com cada fase da vida, chegar a velhice é considerada uma dadiva,
significa que vivenciou e enfrentou diversas situações e driblou a morte precoce.

No entanto, a busca por rejuvenescimento com procedimentos estéticos e/ou


exercícios físicos e/ou alimentação saudável torna-se cada vez maior, uns na
tentativa de lutar contra esse fenômeno natural, outros por motivos de saúde,
visando apenas ter um envelhecimento saudável.

Porém, é importante ressaltar que enquanto seres humanos temos que


compreender que a velhice é algo inevitável e que só temos a colecionar
aprendizados no decorrer dessa jornada chamada vida, precisamos entender que a
população idosa também faz parte da sociedade ativa e que contribuem tanto como
nós, talvez até mais por terem mais conhecimento a repassar. Por isso é de extrema
importância que a proteção social aos idosos seja garantida e que possamos dividir
o conhecimento independentemente da idade.

4.2. Projetos sociais para idosos


De acordo com os estudos relacionados a temática, observa-se que os
projetos sociais têm como objetivo dar respostas positivas as demandas
apresentadas pela questão social, que tem como origem na Revolução Industrial,
período que o trabalho artesanal perdeu seu espaço sendo substituído pela
máquina. Trazendo como base a produção capitalista, surgindo assim a classe
operaria e a burguesa, resultando em conflitos do capital e o trabalho. Trazendo o
crescimento desordenado das cidades, principalmente nas áreas periféricas,
desvalorização da mão-de-obra, desigualdade social lavando ao pauperismo.
Assim, o projeto social busca, por meio de um conjunto integrado de
atividades, transformar uma parcela da realidade reduzindo ou eliminando um déficit
ou solucionando um problema, para satisfazer necessidades de grupos que não
possuem meios para solucioná-las por intermédio do mercado (CEPAL, 2000;
NOGUEIRA 1998).

No mundo há diversos projetos criados para a população sendo destinadas


aos jovens, adultos, crianças, idosos, comunidades, igrejas, escolas, pessoas com
deficiência dentre outros. Assim como no Brasil, também há projetos voltados para
uma melhor qualidade de vida na velhice, visando a inclusão do idoso em espaços
socio-ocupacionais, a fim de proporcionar um envelhecimento ativo. Tendo como
exemplo: Faça um Idoso Feliz-MG; Vida e Movimento- SP; Projeto Velho Amigo- SP;
Oficina da Memória- AL; Portal do Idoso Empreendedor-SC; Trabalho Social com
Idosos-SESC; Cidadania Ativa- CE.

O trabalho social com idosos do Sesc inicia-se na década de 1960 e, segundo


seus técnicos é decorrente de sua finalidade precípua: O SESC, instituição de direito
privado com sede e foro na capital da Republica organizado e dirigido pela
Confederação Nacional do Comercio, tem por finalidade estudar, planejar e executar
medidas que contribuam para o bem-estar social e a melhoria do padrão de vida dos
comerciários e suas famílias e, bem assim, para o aperfeiçoamento moral e cívico
da coletividade, através de uma ação educativa que, partindo da realidade social do
país, exercite os indivíduos e os grupos para adequada e solidaria integração numa
sociedade democrática[…](Sesc, Resolução CNCn.24/68).

O trabalho social com idosos marcou a expansão dos serviços do Sesc para a
comunidade, apesar de incluir também comerciários aposentados no primeiro grupo
de convivência para idosos. Hoje, a instituição atende acerca de 100 mil idosos no
país nos programas: “Grupo ou Centro de Convivência de Idosos”; “Escola Aberta
para a Terceira Idade” ; “Trabalho de Pré-aposentadoria”; “Programa Sesc
Gerações”; “Trabalho Voluntario na Terceira Idade’, que objetivam a socialização,
autonomia e melhoria da autoestima com a reconstrução da própria imagem do
idoso.

Esse trabalho social com idosos é parte da metodologia de trabalho em grupo


do Sesc e das suas áreas prioritárias de ação, o lazer sociocultural e a educação, a
qual encontrou nas experiencias desenvolvidas com idosos, nos Estados Unidos e
na Europa, as suas diretrizes, objetivos, atividades propostas e o diagnóstico da
situação dos idosos.

4.3 Projetos sociais do TSI no SESC- fortaleza


Os primeiros grupos de convivência organizados pelo SESC datam da década
de 60, foram aglutinados no mesmo espaço social, com os seguintes objetivos:

 Incentivar a integração social dos idosos, melhorando suas condições de vida


e promovendo a sua socialização, atualização cultural e a descoberta de
novas habilidades, numa perspectiva de inserção social;
 Auxiliar os idosos a preencher seu tempo livre com práticas e relações
saudáveis, mas sobretudo a redimensionar sua vida, a ver o envelhecimento
sob um novo prisma, em que a natureza fragilizada física dos mais velhos
pode ser harmonizada com dignidade;
 Promover a valorização do idoso como fonte e repositório da memória
histórica, proporcionando sua reintegração e participação nos processos
sociais (SESC, 2004, p.6).
A unidade SESC-Fortaleza dispõe de teatro, ginásio de esportes, área de
convivência, biblioteca, lanchonete e restaurante, academia e piscinas. Oferece
ainda cursos de dança, ballet, canto, ginástica, judô, natação, hidroginástica,
musculação e futsal. O Sesc Fortaleza desenvolve atividades educativas, além de
realizar um excelente trabalho com grupo da terceira idade, o TSI – Trabalho Social
com o Idoso. Na área de cultura, a unidade é responsável pelo fomento da arte e
formação de plateia na região, com cursos e atuação em várias linguagens como
dança, artes plásticas, teatro e música.

O Trabalho Social com Idosos (TSI) atua no Ceará desde 1983, e atualmente,
só na Unidade Fortaleza do Sesc atende mais de 1.500 idosos. que visa estimular a
convivência grupal com ações voltadas para os interesses e características dos
idosos atendidos, trabalhando a pessoa idosa em sua integralidade por meio do
desenvolvimento de ações e projetos que atendem às diversas dimensões do
envelhecimento.

Ao fazer parte do TSI, o idoso pode participar de atividades gratuitas como:


curso de idiomas, reuniões de integração, bailes temáticos, dinâmicas, vivências,
palestras, oficinas, seminários, trabalhos manuais, canto coral e criação literária,
entre outras. É possível ainda participar de atividades com valores subsidiados,
como é o caso do curso de informática, aulas de Gerontomotricidade, Reflexologia,
Lian Gong, Terapia Ocupacional e Dança Sênior. Tendo como:

Linhas de Trabalho:
 Promoção da saúde e qualidade de vida
 Direitos sociais e cidadania
 Memorias e histórias de vida
 Expressões artísticos culturais
 Intergeracional idade
 Protagonismo e autonomia da pessoa idosa
Diretrizes:
1. Relações Intergeracionais
2. Gerontologia como tema transversal
3. Envelhecimento Ativo
4. Protagonismo do Idoso
Junto ao envelhecimento trazemos várias questões sociais decorrente de uma
sociedade capitalista. Onde na maior parte das vezes a valorização e bem-estar
social é voltada a juventude. “O mundo fecha os olhos aos velhos, assim como os
delinquentes, as crianças abandonadas, aos aleijados, aos deficientes, todos
estigmatizados, nivelado em um mesmo plano” (BEAUVOIR,1970, p.16).

A família é considerada base para as relações interpessoais desses idosos, é


função da família cuidar, proteger e dar suporte nesta fase tão crucial da vida.
Porém, nem todos tem esse apoio dentro do ambiente familiar, pois há idosos que
não são compreendidos pelos próprios parentes, isso quando tem alguém como
companhia, pois parte deles moram sozinhos. Fazendo que eles busquem nos
projetos desenvolvidos pelo TSI, suprir essas necessidades enquanto pessoa.

O Trabalho Social com Idosos (TSI) traz projetos voltados a pessoa idosa que
buscam proporcionar a valorização e inclusão do idoso na sociedade. Muitos dos
idosos inseridos nesses projetos sentem-se mais vivos pois buscam um ambiente
para socialização com outros indivíduos, realizando a troca de experiencias e
conhecimentos, onde encontram um espaço para serem ouvidos, pois alguns
buscam apenas encontrar uma pessoa que esteja disposta a escutá-los.
5 UMA ANÁLISE SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROJETO +50 NA
VIDA DOS IDOSOS ATENDIDOS PELO TRABALHO SOCIAL COM
IDOSOS (TSI)

“A qualidade da vida depende dos


sentimentos que escolhemos
cultivar.”
Pe. Fabio de Melo

5.1 Caracterização do projeto +50

Dentro dos projetos do Trabalho Social com Idosos (TSI) foi selecionado o
projeto +50, que é um grupo fechado, seletivo, para mulheres que discutem
questões sobre aposentadoria, sexualidade, relação de gênero dentre outros
assuntos sob o envelhecimento feminino na saúde e qualidade de vida., que
também estimula reflexões sobre aspectos biopsicossociais, contribuindo para a
melhoria da compreensão das questões do envelhecimento.

Os interessados em participar das atividades devem dirigir-se ao setor do


TSI nas unidades do Sesc na unidade de Fortaleza, para obter informações sobre
o período de inscrições, levando os seguintes documentos: registro geral, cadastro
de pessoa física e comprovante de residência, em seguida é feito uma entrevista
para conhecer o perfil e apresentar as atividades que são realizadas pelo TSI.

Após todo esse processo é feita uma solicitação para adquirir o cartão Sesc,
cobrando uma taxa para a confecção e realizar o pagamento da anuidade do
projeto, proporcionando ao usuário e sua família várias vantagens e tendo
acessibilidade as atividades como palestras, bailes temáticos, oficinas, seminários
entre outros.

Atualmente participam 48 pessoas, formado por mulheres acima dos 50


anos, esses encontros acontecem na instituição do Sesc

5.2 Sujeito da pesquisa


Este tópico complementa a pesquisa desenvolvida, objetivando uma melhor
compreensão sobre a qualidade de vida dos idosos inseridas nas atividades
realizadas pelo projeto +50.

Através desse estudo foi possível analisar opiniões e pensamentos dos


idosos, conceituando o que seria qualidade de vida para eles.

Para analisar o perfil dos integrantes do grupo foi elaborado um questionário


com perguntas fechadas sobre idade, estado civil, o tempo que está frequentando o
grupo, a escolaridade, com quem reside e se é aposentada, com amostragem de 8
pessoas. As falas de idosas, serão trazidas aleatoriamente com a sequência de:
Idosa I, Idosa II, Idosa III e Idosa IV.

Conforme gráfico abaixo:

Idade

13% 70 e 71 anos
62 a 68 anos
38%
acima de 80

50%

A faixa etária idade das idosas participantes estão entre 62 a 83 anos. Sendo
50% de 62 a 68 anos; 37% de 70 a 71 anos e com idade superior a 80 anos
representam 13%. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –
PNAD (2013) cerca de 13% da população do país são idosos. Já o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2013) calcula que esse percentual será
de 33,71% em 2060. Isso significa que nos próximos 40 anos estima-se que a
população idosa no Brasil será quase o triplico.
Relacionado ao tempo de participação nos projetos do Trabalho Social com
Idosos- TSI, observa-se que estão inseridas a mais de 3 anos, tendo assim, um
engajamento maior das mesmas nos grupos de convivência, que é um lugar para
trocar ideias, de socializar-se, fazer amizades, contribuindo com a autoestima e
desenvolvendo suas potencialidades.

Considera-se também de grande importância as atividades que são


desenvolvidas em contato com outras pessoas da mesma faixa etária: a
convivência, os exercícios físicos moderados são atividades que
proporcionam melhora na autoestima do idoso, consequentemente sua
qualidade de vida. (Ribeiro et al 2002, p.91)

Ao perguntar sobre quão satisfeitas estavam com as atividades


proporcionadas pelo Trabalho Social com idosos do SESC, 87% responderam que
estavam muito satisfeitas e 13% estão satisfeitas.

Referente ao estado civil, observa-se que entre os participantes da pesquisa:


60% são casadas;30% solteiras e 10% viúvas.

De acordo com os dados a maioria são aposentadas, e 70% estão satisfeitas


com sua situação financeira e 30% não estão satisfeitos.

Quando perguntado com quem essas moravam 87% das participantes


responderam que moram com alguém da família, enquanto 13% moram sozinhas. É
de suma importância para o idoso ter vínculos familiares pois é nele que constrói
uma base de transformação para qualquer indivíduo. Segundo a linha de
pensamento de Caldas (2002, p.51) diz que: “A família e os amigos são a primeira
fonte de cuidados para com os idosos”

Quanto ao grau de escolaridade, 17% das participantes tem o fundamental


completo; 41% finalizaram o ensino médio; 28% tem o ensino superior completo e
14% são pós-graduadas. Diante disse se faz necessário ressaltar a importância da
alfabetização, seja ela em crianças, adultos ou idosos, pois a falta desse
aprendizado pode dificultar a inserção do indivíduo na sociedade atual,
principalmente no processo de envelhecimento.

De acordo com (BERZINS, 2003) a falta de educação pode interferir também


na vida social, na autoestima e na exclusão de qualquer indivíduo, seja na infância,
na juventude, na fase adulta e até mesmo na velhice. No entanto, o grau de
instrução tem influenciado muito na qualidade do bem-estar e no bem viver de
algumas pessoas idosas, principalmente para aquelas que apresentam grau
altíssimo de escolaridade e que ao longo de suas vidas ocuparam bons lugares no
mercado de trabalho e assim poderão ter expectativa de boas condições no
processo de seu envelhecimento.

Sobre a situação financeira dos participantes 75% disseram estarem


satisfeitos e 25% insatisfeitos.

5.3. A percepção do idoso sobre a qualidade de vida

Como dito anteriormente entende-se que envelhecer não é sinônimo de


adoecer, o idoso atualmente pode viver tranquilamente bem em sua velhice longe de
doenças, antes de mais nada é primordial a aceitação, pois nesta fase à uma
debilidade funcional, e para conseguir um envelhecimento ativo vai depender de
alguns fatores como atividades físicas de acordo com os limites funcionais do
organismo, alimentação saudável, aspectos psicológicos, sociais e principalmente
com o apoio da família, considerando esses fatores é possível sim ter um
envelhecimento saudável e ativo.

Segundo Zimerman (2000) ressalta que para viver bem é preciso aprender a
conviver com essas limitações. Pode-se diminuir os problemas com exercícios
físicos, exercícios de memória, boa alimentação, bons hábitos, participação em
grupos etc.

Mediante a isso, buscou-se um interesse maior sobre a concepção dos idosos


inseridos no TSI sobre a qualidade de vida para eles, para tal foi inserido dentro do
questionário na opção 9 a seguinte pergunta: Para você, em uma palavra, o que
significa qualidade de vida?

Esse questionário foi respondido por 8 idosas, dentre as participantes duas


responderam à pergunta com a palavra saúde, pois segundo elas quem tem saúde
tem tudo. De acordo com Campos (2010) a saúde é um termo bastante amplo, pois deve
abarcar as diversas dimensões da vida seja a física, mental, social e espiritual, são todas
importantes, pois devemos considerar que o ser humano é constituído de corpo, mente e
espírito. Quando perguntado se estavam satisfeitas com sua saúde, 50% estão muto
satisfeitas; 37% estão satisfeitas e 13 % insatisfeitas. Conforme a OMS (1947 apud
SILVA et al, 2007, p. 145) “saúde é o estado completo de bem-estar físico, psíquico
e social e não meramente ausência de doença ou enfermidade”.

Outra participante respondeu que qualidade de vida é estar bem consigo


mesmo, pois aceitação é o mais importante.

Dois deles informaram que para eles seria Alegria, além dessas, também foi
obtido respostas como: Companheirismo; Longevidade e a Participação de
atividades.

Sobre as relações sociais e pessoais (família, amigos, parentes, conhecidos e


colegas) 62% informam estarem muito satisfeitos; 25% estão satisfeitos e 13% estão
muito insatisfeitos.

Dos dados obtidos, sobre estarem satisfeitos com suas vidas, identificou-se
que 70% estão muito satisfeitos e 30% estão apenas satisfeitos. Pois a inserção dos
idosos nos projetos desenvolvidos pelo SESC contribui para uma melhora nos
aspectos biológicos, culturais e psicossociais. Segundo Neri (1993, p.10)

a qualidade de vida na velhice implica em diversos fatores: Avaliar a


qualidade de vida na velhice implica adoção de múltiplos critérios de
natureza biológica, psicológica e socioestrutural. Vários elementos são
apontados como determinantes de bemestar na velhice: longevidade, saúde
biológica, saúde mental, controle cognitivo, competência social,
produtividade, eficácia cognitiva, status social, renda, continuidade de
papéis familiares e ocupacionais e continuidade de relações informais em
grupos primários.

5.4. Projeto 50+ e sua importância na vida dos idosos

No decorrer da aplicação do questionário as idosas relatavam suas vivencias


e atividades que realizam no seu cotidiano, sendo assim foi estendido o tempo de
aplicação por percebermos a necessidade que tinham de serem ouvidas. A seguir
alguns relatos dessas idosas que destacam a importância desse projeto em suas
vidas.

“Participo dos projetos do Trabalho Social com Idosos (TSI) há cerca de 20


anos, pensei em desistir várias vezes, pois moro longe e tenho que me
levantar muito cedo para estar nos horários das atividades aqui, mas todo
início de ano decido continuar e realizo a inscrição novamente para
participar de algum projeto. Projetos do SESC são maravilhosos e ja
participei de grupos de dança, teatro, coral. Encontro dentro dos projetos e
atividades do TSI motivação e incentivo para continuar” ( Idosa 1)

“Eu gosto muito do daqui do SESC e desse projeto, mas não tenho como
vir sempre, por conta da distância que é um pouco longe, venho quando
posso e procuro aproveitar cada minuto aqui com minhas amigas.” (Idosa 3)

Percebe-se que a um vínculo entre os projetos e a qualidade de vida dessas


idosas, pois nas falar em destaque observamos que mesmo com a distância e com
as dificuldades as idosas se propõem a ir, porque é um momento de lazer, de
despertar um olhar diferenciado sobre a maneira de vida. proporcionando assim,
uma melhor sociabilidade, fazendo com que elas não fiquem isoladas e não se
sintam sozinhas, regatando a autoestima, a inclusão social, contribuindo para uma
melhor qualidade de vida.

Minha irmã esta hospitalizada em fase terminal, estou muito triste com isso,
tenho chorado muito. O único lugar em que me sinto bem e me faz esquecer
um pouco dos problemas é quando participo dos projetos do TSI.( Idosa 2)

“Eu era uma funcionária pública e fui induzida a pedir minha aposentadoria,
no momento pensei que fosse o melhor pra mim, mas depois me arrependi
principalmente pela parte financeira, meus filhos estão formados e casados,
vivendo suas vidas, e me sinto muito sozinha. Então aqui nos projetos
ocupo minha mente, converso e me sinto bem.” (Idosa 4)

Os projetos favorecem a socialização e inclusão do idoso na sociedade, sem


sentir-se tão desamparado,

Diante dos relatos acima ratificamos a importância da inserção dos idosos


dentro do Trabalho Social com Idosos (TSI)como contribuição para uma melhor
qualidade de vida. Fazendo com que o envelhecimento seja uma experiencia
positiva. De acordo com Lima (2005, p. 18):

A atividade do fazer humano é essencial ao equilíbrio físico, psicoemocional


e social do idoso, na medida em que favorece o continuar vivendo, mesmo
que fatos negativos possam interpor-se ao processo de envelhecimento.
Estimula-o a continuar a fazer planos, estabelecer os contatos sociais,
tornando-o ativo, participante de sua comunidade, autônomo, aos olhos da
sociedade, um velho sem o estigma de velho.
Portanto a inclusão dessas idosas no projeto mais +50 possibilita uma nova
percepção e aceitação nessa fase de mudanças e transformações que ocorrem
nessa etapa da vida, resgatando a autoestima, ampliando conhecimento através das
trocas de experiencia que contribui na construção de uma nova realidade.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa se propôs a compreender como o Trabalho Social com


Idosos (TSI) contribui para qualidade de vida, para isto se fez necessário
debruçarmos no conhecimento das concepções a cerca do envelhecimento e da
velhice, mencionando seus diferentes conceitos.

Dentre eles, destacamos que o conceito de envelhecimento é o processo


evolutivo, um ato contínuo, e sem interrupção e acontece a partir do nascimento do
indivíduo até o momento da morte. E velhice é o estado de ser velho, o produto do
envelhecimento.

No decorrer da pesquisa ficou perceptível que a inserção das idosas nos


projetos possibilita uma aceitação nessa fase de mudanças e transformações que
ocorrem nessa etapa da vida, resgatando a autoestima, ampliando conhecimento
através das trocas de experiencia que contribui na construção de uma nova
realidade.

REFERÊNCIAS

ALVARENGA, L. N. et al. Repercussões da aposentadoria na qualidade de vida


do idoso. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v. 43, n. 4, Dez., 2009.

BEAUVOIR, Simone de. A Velhice, Tradução de Maria Helena Franco Monteiro. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira,1990.
BERZINS, Marília. Envelhecimento Populacional: Uma conquista para ser
celebrada. Serviço Social e Sociedade, Cortez, n 75, p.20, out.2003.
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BRASIL, DECRETO Nº 4.682 - DE 24 DE JANEIRO DE 1923. Dispõe da LEI ELOY
BRASIL, DECRETO Nº LEI Nº 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994. Dispõe sobre a
Política Nacional do Idoso. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8842.htm acesso em 24 Out.2019
BRASIL, Lei n°10.741de 1°de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto Nacional do
Idoso. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741compilado.htm
acesso em: 24 Out.2019
BRASIL. Ministério da Saúde. Envelhecimento e saúde da Pessoa Idosa. Disponível
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pdf Acesso em:24 Out.2019
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília :
Ministério da Saúde, 2006.
CALDAS, C.P.,2002. O idoso em processo demencial. O impacto na família. In:
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CHAVES. Disponível em: http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/23/1923/4682.htm


acesso em:24 Out.2019
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1998.
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https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-da-saude/velhice-e-qualidade-de-vida-
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www.journalofagingandinnovation.org/wp-content/uploads/3-Qualidade-vida-
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VERAS. Mara Luiza de Melo, et al. Processo de envelhecimento: um olhar do


idoso, Revista interdisciplinar, 2015.

APÊNDICE
Apêndice A-

QUESTIONÁRIO QUALIDADE DE VIDA

Idade: _____
Tempo nos Projetos do SESC: __________
Estado civil: ( ) Solteiro/a ( )Casado/a ( ) Separado/a ( ) Viúvo/a
Aposentado/a: ( ) sim ( ) não
Com quem mora:_________________
1. Grau de Escolaridade
( ) Alfabetizado ( ) Não Alfabetizado
( ) Fundamental Completo ( )Fundamental Incompleto
( ) Médio Completo ( ) Médio Incompleto
( ) Superior Completo ( ) Superior Incompleto
( )Pós graduação ( ) Outros_______________
2 . Quão satisfeito você está com as atividades proporcionadas pelo Trabalho
Social Com Idosos do SESC?
( ) Muito Insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
3. Em que medida você tem oportunidade de atividades de lazer?
( ) Nada
( ) Pouquíssimo
( )Bastante
( ) Extremamente
4. Quão satisfeito você está com sua saúde?
( ) Muito Insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
5.Quão satisfeito você está com sua vida?
( ) Muito Insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
6. Quão satisfeito você está com sua situação financeira?
( ) Muito Insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
7. Em geral, você se sente contente?
( ) Nada
( ) Pouquíssimo
( )Bastante
( ) Extremamente
8. Quão satisfeito você está com suas relações sociais e pessoais (família,
amigos, parentes, conhecidos e colegas)?
( ) Muito Insatisfeito
( ) Insatisfeito
( ) Satisfeito
( ) Muito satisfeito
9. Para você, em uma palavra, o que significa Qualidade de vida?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Apêndice B-

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