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para micro e pequenas empresas. Para que fosse possível, realizou uma
análise das micro e pequenas empresas, ressaltando diversos pontos que
teriam relevancia. A partir da verificação, entendeu-se que a micro e
pequenas empresas tem papel relevante, tanto em termos econômicos,
quanto sociais para o país. Também foi apurado que as micro e pequenas
empresas passam por diversos problemas, sendo o mais relevante para este
estudo suas deficiências gerenciais. Quanto ao planejamento financeiro, ele
se mostrou uma ferramenta de suma importância para as empresas em tela,
como um instrumento que melhora a dinâmica da empresa e aumenta sua
competitividade. Entretanto, diante do problema destacado acima, a
viabilidade de sua implantação mostrou-se limitada, já que seu
funcionamento depende de uma estrutura empresarial organizada e gerência
com razoável grau técnico, o que muitas vezes não se encontra nas micro e
pequenas empresas.
2.1. LEGISLAÇÃO
Na legislação brasileira, o tratamento diferenciado para as micro e pequenas
empresas tem início com a Lei 7.256/1984 Estatuto da Microempresa, tendo como
última norma a elas dedicada a Lei Complementar Federal 147/2014, cabendo
ressaltar que o diploma legal mais importante em relação a estas empresas é a Lei
Complementar Federal 123/2006, que será apreciada adiante.
Com base nas informações acima, pode-se afirmar que boa parte das
características das micro e pequenas empresas também se mostram como
obstáculos para seu funcionamento e sobrevivência. Isto se observa na carência de
capital, que por si só remete a outros empecilhos, como falta de capital de giro e
montante para investimentos.
As altas taxas de natalidade e mortalidade demonstram um despreparo
gerencial por parte dos empreendedores. A falta de distinção entre o capital entre as
pessoas física e jurídica, talvez um dos maiores motivos de falência em micro e
pequenas empresas.
Os registros contábeis pouco adequados comprometem a gestão, ao passo
em que não fornecem visibilidade e controle quanto à situação da empresa. A
contratação direta de mão-de-obra aliada à utilização de mão-de-obra semi ou não
qualificada, prejudicam a capacidade produtiva da empresa.
O baixo investimento em inovação tecnológica, seja por fatores culturais ou
financeiros, trava o crescimento e compromete a própria sobrevivência da empresa.
A maior dificuldade de acesso a financiamento de capital de giro, da mesma
forma que a baixa intensidade de capital, representa um dos maiores obstáculos
para as micro e pequenas empresas.
Por fim, a relação de complementaridade e subordinação com as empresas
de grande porte também é um sério entrave para as micro e pequenas empresas,
ao passo que, principalmente em situações de crises econômicas e de mercado,
estas são muito mais sensíveis que as primeiras, a título de exemplo, um problema
ou mudança decisória que compromete ou afeta apenas determinado setor de uma
empresa de grande porte, pode representar a falência de uma micro ou pequena
empresa a ele dependente. Então, o que se verifica é que a situação das micro e
pequenas empresas no Brasil ainda se apresenta bastante frágil.
2. O SURGIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
As MPEs(micro e pequenas empresas) surgiram na Europa há mais de 500
anos com as primeiras oficinas de artesões. Elas se localizavam próximas às
regiões de intenso comércio, como portos e feiras comerciais, onde os produtos
confeccionados pelos artesãos podiam ser vendidos. Não apresentavam um setor
específico de atuação, uma vez que produziam e comercializavam uma grande
variedade de produtos, de ferraduras a caixas, de roupas a armas. Também, nesta
época, já existiam empresas que prestavam pequenos serviços
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Manoel Soares De. A percepção dos empresários na gestão de micro e
pequena empresa na cidade de Santos e o processo de incubação. Disponível em:
http://biblioteca.unisantos.br:8181/bitstream/tede/497/1/Manoel%20Soares
%20Almeida.pdf acesso em 14 jan 2016