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MOÇAMBIQUE (ISCTEM)
Escola Superior de Economia, Gestão e Negócios (ESEGN)
DISCIPLINA: Economia
Capítulo III
Teoria de Produção e
Custos
1
REGRAS
2
Conteúdos
3.1. Organização e tipos de empresas
3.2. Produção e Custos (Curto Prazo)
3.3. Produção e Custos (Longo Prazo)
3.4. Maximização de produção e minimização de custos
3.5. Rendimentos à Escala e Economias de Escala
3.6. Curva da Oferta, Elasticidades e Excedente do Produtor
Empresas, Produção e Custos (Introdução)
Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida
e as quantidades de insumos utilizados)
Teoria da Firma
• Pessoas
• Informações
• Conhecimento
• Espaço Organização Objetivos
• Tempo
• Dinheiro
• Instalações
Organização e tipos de Empresas
Forma jurídica (S.quotas, e S.
Anómica)
Lucrativas Proprietário (público vs privado)
(Empresas) Dimensão (Micro, Pequena, Média,
Grande)
Sector (Primário, Secundário e
Organizações Terciário
Não-Lucrativas
Instituições de Estado, ONG’s
3.2. Produção e Custos
(curto prazo)
Empresas, Produção e Custos (Conceitos básicos)
Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.
Factores de Produção
• Trabaho
Produtos
• Capital
Processo de Produção • Bens & Serviços
• Terra Finais
𝑞 = 𝑓 𝐿, 𝐾, 𝑇𝑒
11
Produção (Conceitos Básicos)
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a
produção varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa
𝑃𝑇 𝑞
𝑃𝑀𝑒𝐿 = = produto médio de trabalho ;
𝐿𝐿
𝑃𝑇 𝑞
𝑃𝑀𝑒𝐾 = = (produto médio do capital)
𝐾 𝐾
1 1 10
2 2 24
3 3 39
4 4 52
5 5 61
6 6 64
7 7 65
8 8 64
Representação gráfica (PT, PMgL e PMeL)
70
PRODUÇÃO DE MILHO
60
50
40
CURVA DE PRODUÇÃO TOTAL
30
20
10
1 2 3 4 5 6 7 8
NÚMERO DE TRABALHADORES
Efeito da Inovação Tecnológica
Produção
por período A produtividade do trabalho
de tempo C pode aumentar à
medida que
ocorram melhoramentos
100 tecnológicos, mesmo que
B Q3
cada processo
produtivo seja
caracterizado por
rendimentos decrescentes
do trabalho.
A
50 Q2
Q1
Trabalho por
período de tempo
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tabela (PT, PMgL e PMeL)
Produto Produto
Área n° N° de Relação terra- Produção médio por marginal do
trabalhadores trabalho total trabalhador trabalhador
1…….. 1 10,00 10 10,0 -
2…….. 2 5,00 24 12,0 14
3…….. 3 3,33 39 13,0 15
4…….. 4 2,50 52 13,0 13
5…….. 5 2,00 61 12,2 9
6…….. 6 1,67 66 11,0 5
7…….. 7 1,43 66 9,4 0
8…….. 8 1,25 64 8,0 -2
Representação gráfica de PMgL e PMeL)
10
PRODUTO
5 MARGINAL
0
1 2 3 4 5 6 7
8
-5
0 NÚMERO DE TRABALHADORES
Lei dos Rendimentos Decrescentes
◼ À medida que o uso de determinado insumo aumenta, chega-se a um
ponto em que as quantidades adicionais de produto obtidas tornam-
se menores (ou seja, o PMg diminui).
PT
B
A ESTÁGIO III
ESTÁGIO II
ESTÁGIO I
L
PMgL A PMe=PMg
PMeL B
C PMeL
L
PMgL
Produto Total, Produto Médio e Produto Marginal
No ponto A, o PMgL atinge o seu máximo, ou seja, começa a
actuar a lei dos rendimentos decrescentes que afirma que, a
medida que aumentamos um factor de produção variável,
mantendo os restantes fixos, a produção aumenta mas a
ritmos decrescentes.
23
Exercícios de Consolidação
Exercício 1b) Estude a seguinte função produção para K=4
q = 2 KL+3 K2L2 - KL3
A ESTÁGIO III
1
ESTÁGIO II
CMe
CMg
ESTÁGIO I
B’
PMgL PMe=PMg
L CVMe
A
PMeL B B
A
PMeL
C
L L L
Comparação entre Curto e Longo Prazo
Custo total de
produzir (curto
Custo total de
prazo) produzir (longo
B prazo)
A
B’
B’
A
CF
CMe
CMg CMg
CMe B’
B’
B CVMe
A
A
O
Custo Total, Custo Fixo Médio e Custo Marginal
No ponto A, o CMg atinge o seu mínimo, ou seja, começa a
actuar a lei dos custos crescentes equivalente a lei dos
rendimentos decrescentes. Neste ponto, o PMgL atinge o seu
máximo
CT %CT CT CT Q
Q
E =
%Q
Q
E = *
Q CT
E CT
Q = CMg*
1
CMe
CT %CT CT CT L
L
E =
%L
L
E = *
Q CT
E CT
Q = CMg*
1
PL
Exercícios de Consolidação
Exercício 3: Dada a seguinte função Custo CT=500+q3-
15q2+300q. Determine:
a) Trata-se de uma função de custo de curto ou longo prazo?
b) As expressões do CV, CF, CFMe, CMe, CVMe, CMg
c) A partir de que volume de produção começa a actuar a lei dos
rendimentos decrescentes? Qual é CF, CV, CFMe, Cme, CVMe,
CMg neste ponto?
d) Em que volume de produção atinge-se a eficiência técnica?
Qual é CF, CV, CFMe, Cme, CVMe, CMg neste ponto?
e) Calcule o volume de produção onde o CMe = CMg. Qual é CF,
CV, CFMe, Cme, CVMe, CMg neste ponto?
34
Exercícios de Consolidação
Exercício 4. A empresa Beta, opera num mercado de
concorrência perfeita vendendo malha para confeição de
roupa diversa. A informação relativa aos custos de curto
prazo: CT = 3q2 – 16q2 + 50q + 90. Sabendo que o factor
capital é fixo e o preço de capital é de 18 u.m, preço de
trabalho é de 14 u.m e o preço de venda é de 100u.m.
Justificando sempre a sua resposta,
a) Quantas unidades de capital são utilizadas na produção? E o
valor do custo fixo
b) Qual a quantidade a produzir e o preço a praticar no ponto de
eficiência técnica (na utilização do factor variável).
c) Qual a quantidade a produzir quando começa actuar a lei dos
rendimentos marginais descrescentes.
d) Calcule a elasticidade custo-produção
35
Exercícios de Consolidação
Exercício 5. A função custo total de uma determinada
empresa é dada por: CT = q3 – 6q2 + 25q + 100
a) Determine as funções de custo fixo, de custo variável, de
custo médio, de custo marginal, de custo médio, de custo
variável médio e do custo fixo médio.
b) Será que esta situação da empresa representa rendimentos
crescentes, constantes ou decrescentes à escala? Justifique
detalhadamente a sua resposta mostrando claramente as
principais diferenças entre os dois casos.
c) Imagine que a empresa produz no momento 2,5 unidades.
Será que a lei dos rendimentos decrescentes actua neste caso
ou não? Justifique detalhadamente a sua resposta, quando
começa e termina a actuar a lei neste caso concreto.
36
3.3. Produção e Custos
(longo prazo)
Função Produção ( 2 inputs e 1 output)
Sem perda de generalidade, vamos assumir que o nosso
produtor usa dois inputs para produzir um input
Vamos interpretar um dos inputs como trabalho, L, e o
outro input como capital, K
42
Taxa Marginal de Substituição Técnica
Taxa Marginal de Substituição Técnica: A proporção de
substituição que permite manter o mesmo nível de produção.
Em termos geométricos a TMST é dado pela tangente à isoquanta.
Estando o trabalho no eixo das abcissas, a TMST traduz quantas
unidades de capital eu tenho que sacrificar para poder aumentar a
quantidade de trabalho em 1 unidade, mantendo o mesmo nível de
produção.
É equivalente à TMS da Teoria do Consumidor
f l Pl f l f k L
= =
f k pk Pk pl
CT = LP + KP CT = LP + KP
l k l k
47
Minimização de Custos (segue o mesmo
princípio da teoria do consumidor)
Na minimização de custos
Procuramos determinar a
K
quantidade de cada factor
de produção que permite
atingir o mínimo custo
possível, dado um
determinado nível de
produção e preço de factores
de produção
f l Pl f l f k
= = L
f k pk Pk pl
Q = f ( L, K ) Q = f ( L, K )
48
Exercícios de Consolidação
Exercício 8. Na produção de “uma aula de Judo com Y alunos”, a função de
produção (de longo prazo) é Q(L, K) = 10.L0.8.K0.5 Sendo que os preços de
mercado dos Mestres e do Dojo são 50Mt/h e 5Mt/m2, respectivamente
i) determine o nível óptimo de factores de produção para produzir uma
aula com 100 alunos.
ii) Sendo que, de forma imprevista, é necessário aumentar rapidamente o
nível de produção para uma aula com 200 alunos, determine a resposta
em termos de factores de produção.
f l f k 5.1 / L 10.1 / K
= = K = 10 L K = 10 exp(q / 15 − 1.535)
pl p k 25 5
q = f (l , k ) q = 5Ln( L) + 10 Ln( K ) q = 10 Ln(10) + 15Ln( L) L = exp(q / 15 − 1.535)
2m 10 m
66
Exercícios de Consolidação (função custo de longo prazo)
Exercício 13.
1A empresa Cerâmica de Vila Pery, que produz vasos destinados a
tratamento de flores, tem como função de produção a longo prazo:
Q = 5KL. O factor trabalho tem o preço de 20 mt/h e o factor capital tem
o preço de 10 mt/ h maquina
a) Será que esta função apresenta rendimentos decrescentes a escala?
Justifique
b) Apresente a expressão analítica da isoquanta
c) Determine a taxa marginal de substituição técnica de capital por
trabalho no ponto de equilíbrio
d) Se a empresa pretender produzir 20 vasos de cerâmica, qual o ponto
óptimo de factores produtivos a utilizar.
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3.6. Curva da Oferta,
Elasticidades e Excedente do
Produtor
Oferta
• Oferta é a disposição de venda dos produtores
• A quantidade oferecida são a unidades de um bem que os
produtores desejam vender a diferentes níveis de preço.
• A curva da oferta representa várias combinações das quantidades
oferecidas e preços praticados de um bem;
• As quantidades oferecidas podem variar tendo em conta os
seguintes determinantes da oferta:
• Preço do bem;
• Preço dos factores ou insumos de produção
• Preço de bens substitutos;
• Tecnologia
• Expectativas (de endimento, de preços de bens substitutos,
de preço de bens complementares)
Curva da Oferta (representação gráfica)
Se o preço de um bem Preço do
aumenta, mantendo tudo Livro(Mts)
resto constante, os
empresários ficam s
estimulados a produzir mais. 80
Para produzir mais, os 60
custos serão maiores,o
preço do bem deve ser
40
aumentado 20
Lei da Oferta – quanto
maior o preço de um bem,
coeteris paribus, maior será 0 5 10 15 20
a quantidade oferecida. Quantidade oferecida de livros
Nota: Apesar de a função da oferta ser q=f(p), a representação gráfica da oferta é feita
com recurso a função inversa da mesma “p=f(q)”, isto é, isolando o “p”.
Determinantes da Oferta
71
Determinantes da Oferta
Nota:
Variações da oferta Variações da quantidade oferecida
72
Variação da quantidade oferecida em
função do preço
A variação da Preço do
quantidade Livro(Mts)
oferecida em
função do s
preço provoca 80
movimenos ao
longo da curva 60
da oferta 40
20
0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros
73
Variação da oferta de um bem “x”em função
do custo dos factores de produção “Pfp”
a) Aumento do preço do
Preço do Redução
fator de produção, Livro(Mts)
coeteris paribus, há uma Aumento da oferta.
redução na oferta do
s” s s’
bem. 80
a)
b) Redução do preço do 60 b)
fator de produção, 40
coeteris paribus, há um 20
aumento na oferta do
bem.
0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros
74
Variação da oferta de um bem “x” em função do preço
de outro bem substituto “y”
a) Aumento do preço do
Preço do Redução
bem substituto “y”, Livro(Mts)
coeteris paribus, há uma Aumento da oferta.
redução na oferta do
s” s s’
bem “x” 80
a)
b) Redução do preço do bem 60 b)
substituto “y”, coeteris 40
paribus, há um aumento 20
na oferta do bem “x”
0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros
75
Variação da oferta de um bem “x” em função
da tecnologia “y”
Preço do Redução
a) Aumento da tecnologia, Livro(Mts) Aumento da oferta.
coeteris paribus, há um
aumento na oferta do
s” s s’
bem. 80
60 b)
b) Redução da tecnologia, a)
coeteris paribus, há uma 40
redução na oferta do 20
bem.
0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros
76
Oferta da Firma e Oferta de Mercado
77
Determinantes da Oferta (Resumo)
Movimento ao longo da
Preço
curva de oferta
Variações da oferta
78
Elasticidade-preço da procura (revisão)
◼ É uma variação percentual na quantidade procurada, dada uma
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a
sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.
◼ A Elasticidade-preço da procura é sempre negativa. Seu valor é
expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a
Epd = -1,5 ).
𝑞1 −𝑞0
Δ%𝑞 𝑞𝑜 𝑝0 𝑞1 −𝑞0 𝑝 Δ𝑞 𝑝 𝑑𝑞
𝐸𝑝𝑑 = = 𝑝1 −𝑝0 = ∗ = ∗ = ∗
Δ%𝑝 𝑞𝑜 𝑝1 −𝑝0 𝑞 Δ𝑝 𝑞 𝑑𝑝
𝑝0
Nota:
Δ𝑞 𝑑𝑞
= → é a primeira derivada ou inclinação da função da procura
Δ𝑝 𝑑𝑝
79
Elasticidade preço da Oferta
Variação percentual na quantidade oferecida, dada uma variação
percentual no preço do bem, coeteris paribus.
𝑞1 −𝑞0
Δ%𝑞 𝑞𝑜 𝑝0 𝑞1 −𝑞0 𝑝 Δ𝑞 𝑝 𝑑𝑞
𝐸𝑝𝑠 = = 𝑝1 −𝑝0 = ∗ = ∗ = ∗
Δ%𝑝 𝑞𝑜 𝑝1 −𝑝0 𝑞 Δ𝑝 𝑞 𝑑𝑝
𝑝0
Nota:
Δ𝑞 𝑑𝑞
= → é a primeira derivada ou inclinação da função da oferta
Δ𝑝 𝑑𝑝
𝐸𝑝𝑠 >1 →Bem de oferta elástica.
𝐸𝑝𝑠 <1 → Bem de oferta inelástica.
𝐸𝑝𝑠 =1 → Elasticidade-preço de oferta unitária
𝐸𝑝𝑠 = 𝟎 →Bem de oferta perfeitamente inelástica
𝐸𝑝𝑠 = ∞ → Bem de oferta perfeitamente elástica
80
Elasticidades e Incidência Tributária
◼ Os governos utilizam impostos para arrecadar receita
para objetivos públicos, porém apresentam impactos
como:
◼ desestímulo a atividade do mercado;
◼ queda na quantidade vendida;
◼ compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto.
CT %CT CT Q
EQ =
%Q
EQCT = *
Q CT
EQCT = CMg *
1
CMe
CT %CT CT L
E L =
%L
E LCT = *
Q CT
EQCT = CMg *
1
PL
83
Excedente do Produtor
Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do
produtor receber no mercado um preço maior que aquele
mínimo que viabilizaria sua produção (diferença entre o
valor que o produtor recebe com o que ele estava disposto a
receber).
84
Excedente do Consumidor e Produtor
O equilíbrio num mercado perfeitamente competitivo
garante a maximização do bem- estar dos agentes
económicos, na medida em que é maximizada a soma do
excedente do produtor com o excedente do consumidor
85
Exercícios de Consolidadação
Exercício 14
1. Dados qd= 22 – 3p (função procura)
qs= 10 + 1p (função oferta)
a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva
quantidade.
c) Calcule o nível de bem-estar do consumidor e do
produtor (dica: Calcule o excedente do
consumidor e do produtor)
Exercícios de Consolidadação
Exercício 15
Suponha uma curva de procura do bem Beta dada por
Qd = 475 – 50P
e uma curva de oferta dada por: Qs = 25P + 25.
a) Calcule a quantidade e o preço de equilíbrio.
b) Calcule o excedente do consumidor
c) Calcule o valor que o consumidor estaria disposto a
pagar.
d) Calcule a elasticidade-preço da procura e da oferta
neste ponto de equilíbrio.
87
Exercícios de Consolidadação
Exercício 16
88
Exercícios de Consolidadação
Exercício 17
2. Dados:
qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R
qsx = 2 + 0,1.px
e supondo a renda R = 100, pede-se:
Qs = 48 + 10.p
Qd = 300 – 8.p
93
Apêndice Matemático (optimização sem restrições de n-
variáveis)
Condições de Primeira Ordem (necessárias)
Seja y = f ( x, y, z )
Lx = 0 f x − . p x = 0 x = ?
y
L = 0 y
f − . p y = 0 y = ?
= ?
L = 0 x
x . p + y. p y = R
Egas Daniel
Email: egasdaniel@gmail.com
Contacto: 84 619 4591 / 87 38 25 261