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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE

MOÇAMBIQUE (ISCTEM)
Escola Superior de Economia, Gestão e Negócios (ESEGN)
DISCIPLINA: Economia

Capítulo III

Teoria de Produção e
Custos
1
REGRAS

2
Conteúdos
3.1. Organização e tipos de empresas
3.2. Produção e Custos (Curto Prazo)
3.3. Produção e Custos (Longo Prazo)
3.4. Maximização de produção e minimização de custos
3.5. Rendimentos à Escala e Economias de Escala
3.6. Curva da Oferta, Elasticidades e Excedente do Produtor
Empresas, Produção e Custos (Introdução)

Curva de Oferta
Teoria da Produção
(relações entre a quantidade produzida
e as quantidades de insumos utilizados)
Teoria da Firma

Teoria dos Custos de


produção
(inclui os preços dos insumos)
3.1. Organização e tipos de
Empresas
Organização e tipos de Empresas
 As organizações são grupos estruturados de pessoas que se
juntam para alcançar objetivos comuns.

 Características comuns a todas as organizações:


 Têm um propósito ou uma finalidade que lhe conferem
uma razão para existir.
 São compostas por pessoas.
 Têm uma estrutura que define e delimita qual é o
comportamento e as responsabilidades de cada um de
seus membros.
Organização e tipos de Empresas

• Pessoas
• Informações
• Conhecimento
• Espaço Organização Objetivos
• Tempo
• Dinheiro
• Instalações
Organização e tipos de Empresas
Forma jurídica (S.quotas, e S.
Anómica)
Lucrativas Proprietário (público vs privado)
(Empresas) Dimensão (Micro, Pequena, Média,
Grande)
Sector (Primário, Secundário e
Organizações Terciário

Não-Lucrativas
Instituições de Estado, ONG’s
3.2. Produção e Custos
(curto prazo)
Empresas, Produção e Custos (Conceitos básicos)
Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado.

Factores de Produção
• Trabaho
Produtos
• Capital
Processo de Produção • Bens & Serviços
• Terra Finais

•Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que


produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de
insumo;
•Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que
permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo
de produção. 10
Função de Produção
Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física de
fatores de produção (L,K,Te) e a quantidade física do produto (q) em
determinado período de tempo.

𝑞 = 𝑓 𝐿, 𝐾, 𝑇𝑒

Observação: função de produção  função de oferta


•Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de
produção.
•Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas
dos fatores de produção.

11
Produção (Conceitos Básicos)
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a
produção varia.
Ex: o capital físico e as instalações da empresa

Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade


produzida varia.
Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas

Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de


produção fixo;

Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis.


Produção (Curto Prazo)
Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado
período de tempo.
PT = q
Produto Médio (PMe): é a relação entre o nível do produto e a
quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo.

𝑃𝑇 𝑞
𝑃𝑀𝑒𝐿 = = produto médio de trabalho ;
𝐿𝐿
𝑃𝑇 𝑞
𝑃𝑀𝑒𝐾 = = (produto médio do capital)
𝐾 𝐾

Produto Marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma variação


de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado
período de tempo.
Δ𝑃𝑇 Δ𝑞 𝑑𝑞
𝑃𝑀𝑔𝐿 = = ou (produtividade marginal da mdo)
Δ𝐿 Δ𝐿 𝑑𝐿
Δ𝑃𝑇 Δ𝑞 𝑑𝑞 13
𝑃𝑀𝑒𝐾 = = ou (produtividade marginal do capital)
Δ𝐾 Δ𝐾 𝑑𝐾
Tabela da relação entre a PT e o nr de Trabalhadores

Área no. No. de trabalhadores Produção Total (em toneladas)

1 1 10
2 2 24
3 3 39
4 4 52
5 5 61
6 6 64
7 7 65
8 8 64
Representação gráfica (PT, PMgL e PMeL)
70

PRODUÇÃO DE MILHO
60

50

40
CURVA DE PRODUÇÃO TOTAL

30

20

10

1 2 3 4 5 6 7 8
NÚMERO DE TRABALHADORES
Efeito da Inovação Tecnológica
Produção
por período A produtividade do trabalho
de tempo C pode aumentar à
medida que
ocorram melhoramentos
100 tecnológicos, mesmo que
B Q3
cada processo
produtivo seja
caracterizado por
rendimentos decrescentes
do trabalho.

A
50 Q2

Q1

Trabalho por
período de tempo
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tabela (PT, PMgL e PMeL)

Produto Produto
Área n° N° de Relação terra- Produção médio por marginal do
trabalhadores trabalho total trabalhador trabalhador
1…….. 1 10,00 10 10,0 -
2…….. 2 5,00 24 12,0 14
3…….. 3 3,33 39 13,0 15
4…….. 4 2,50 52 13,0 13
5…….. 5 2,00 61 12,2 9
6…….. 6 1,67 66 11,0 5
7…….. 7 1,43 66 9,4 0
8…….. 8 1,25 64 8,0 -2
Representação gráfica de PMgL e PMeL)

PRODUTO MARGINAL 15 PRODUTO MÉDIO


PRODUTO MEDIO E

10

PRODUTO
5 MARGINAL

0
1 2 3 4 5 6 7
8

-5
0 NÚMERO DE TRABALHADORES
Lei dos Rendimentos Decrescentes
◼ À medida que o uso de determinado insumo aumenta, chega-se a um
ponto em que as quantidades adicionais de produto obtidas tornam-
se menores (ou seja, o PMg diminui).

◼ Quando a quantidade utilizada do insumo (trabalho) é pequena, o


PMg cresce à medida que o seu uso aumenta. Isso ocorre em
decorrência da maior especialização.

◼ Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é grande, o PMg


decresce em decorrência de ineficiências.

A lei dos rendimentos decrescentes diz que a medida que aumentamos


um dos factores de produção (L), mantendo os restantes fixos (K,Te), a
produção aumenta, mas a ritmos decrescentes.
19
Representação gráfica dos Estágios
de Produção
C

PT
B

✓Estágio I:ineficiente, PMg>PMe.


✓Estágio II: eficiência, PMg=PMe.
✓Estágio III: ineficiente, PMg negativo

A ESTÁGIO III

ESTÁGIO II

ESTÁGIO I

L
PMgL A PMe=PMg
PMeL B

C PMeL

L
PMgL
Produto Total, Produto Médio e Produto Marginal
No ponto A, o PMgL atinge o seu máximo, ou seja, começa a
actuar a lei dos rendimentos decrescentes que afirma que, a
medida que aumentamos um factor de produção variável,
mantendo os restantes fixos, a produção aumenta mas a
ritmos decrescentes.

No Ponto B, atinge-se a utilização óptima do factor variável


(ponto de eficiência técnica do factor trabalho). Neste ponto
o PMeL atinge o seu máximo (PMeL=PMgL)

No ponto C, a produção atinge o seu máximo, com máxima


eficiência da utilização do factor fixo, o PMgL é nulo, bem
como apartir deste ponto a produção é decrescente
Estágios de produção (I,II e III)
Podemo possível distinguir três estágios de produção.
• No primeiro estágio da produção, o PMeL é crescente. O
produtor não tem interesse em situar-se neste estágio onde
estaria a desperdiçar factor fixo, pois poderia aumentar
simultaneamente o PMeL e o PT com a mesma quantidade de
factor fixo.

• No terceiro estágio da produção o PMgL é negativo, o PT é


decrescente, o que se traduz num desperdício de factor
variável, pelo que o produtor não terá interesse em nele operar.

• É, pois, no segundo estágio da produção que o produtor terá


interesse em operar de modo a evitar incorrer em desperdício
de factores. Neste estágio o PT é crescente, mas o PMeL
encontra-se já numa fase decrescente.
Exercícios de Consolidação
Exercício 1 a). Dada a seguinte função Produção q=480L2-L3 .
Determine:
a) A expressão analítica do PMgL e PMeL
b) A partir de que quantidade do factor variável começa a actuar a
lei dos rendimentos decrescentes? Qual é o volume de produção,
PMgL e PMeL neste ponto
c) Qual é o nível de emprego do factor variável no qual ele
compatível com a eficiência técnica? Qual é o volume de
produção, PMgL e PMeL neste ponto?
d) Calcule o número de trabalhadores que maximizam a Produção,
bem como o referido volume de produção, PMgL e PMeL.
e) Calcule a elasticidade produto em relação ao factor trabalho.

23
Exercícios de Consolidação
Exercício 1b) Estude a seguinte função produção para K=4
q = 2 KL+3 K2L2 - KL3

a) A expressão analítica do PMgL e PMeL


b) A partir de que quantidade do factor variável começa a actuar a
lei dos rendimentos decrescentes? Qual é o volume de produção,
PMgL e PMeL neste ponto
c) Qual é o nível de emprego do factor variável no qual ele
compatível com a eficiência técnica? Qual é o volume de
produção, PMgL e PMeL neste ponto?
d) Calcule o número de trabalhadores que maximizam a Produção,
bem como o referido volume de produção, PMgL e PMeL.
e) Calcule a elasticidade produto em relação ao factor trabalho.
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Exercícios de Consolidação
Exercício 2. Dada a função de produto total: q = 4L + 6L2 - 0,4L3
a) Determine as expressões do produto médio e do produto
marginal de trabalho.
b) Calcule a quantidade de produção e do factor trabalho no ponto
onde a lei dos rendimentos decrescentes começa a actuar?
c) Na sua opinião, que quantidade do factor trabalho é
aconselhável para a empresa produzir: com L = 6 ou 11.
Justifique a sua resposta.
d) Calcule a quantidade de produção e do factor trabalho onde a
utilização do factor trabalho atinge o seu máximo.
e) Calcule e interprete o significado do produto médio e do
produto marginal do trabalho neste caso.
f) Calcule a quantidade máxima que a empresa pode produzir.
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Conceito e Tipos de Custos
▪ Admitindo-se que o objectivo do produtor é a maximização do
lucro, i.e., a maximização da diferença entre o total da
receita obtida e o conjunto dos custos suportados, justifica-se
que se analise com algum detalhe a componente subtractiva
do lucro: LT = RT - CT.

▪ Nesta definição, deve entender-se o custo na acepção


económica do termo, ou seja, como custo de oportunidade.

▪ Como tal integram-no, para além dos custos explícitos, os


custos implícitos (não passíveis de relevação contabilística),
como sejam: o juro alternativo do capital investido; o
rendimento alternativo que o empresário obteria se não se
ocupasse da empresa; o prémio de risco
Conceito e Tipos de Custos
Receita Total
Custo Económico Lucro
Custos Explícitos Custos Implícitos ou Económico ou Puro
Custo de Oportunidade
Custos Lucro Normal Lucro Anormal ou
Contabilíticos Extraordinário
Lucro Contabilístico

▪ Se o Lucro económico for nulo, significa que o Lucro é normal


(conhecido como custo de oportunidade do capital)
corresponde ao Lucro contabilístico. Porém, se o Lucro
económico é negativo, significa que o lucro contabilístico está
abaixo do lucro normal, e o empresário abandona a actividade
no longo prazo.
Custos de Curto Prazo
Custo Total (CT = CF+CV): soma do custo variável total com o custo fixo total.
Custo Fixo (CF): mantém-se fixa, quando a produção varia. Ex.: Aluguéis,
depreciação, etc.
Custo Variável (CV): varia com a produção, ou seja, depende da quantidade
produzida. Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas,
etc.
CFT
Custo Fixo Médio (CFMe): CFMe =
q
CVT
Custo Variável Médio (CVMe): CVMe =
q
𝐶𝑇
Custo Médio (CMe): 𝐶𝑀𝑒 =
𝑞
CMe = CVMe + CFMe
Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos marginais
referem-se às variações de custo, quando se altera a produção, ou seja, é o
custo de se produzir uma unidade extra de produto.
Δ𝐶𝑇 𝑑𝐶𝑇
𝑪𝑴𝒈 = ou 𝑪𝑴𝒈 =
Δ𝑞 𝑑𝑞
Relação entre Função Produção e Custos
C
Custo total de C???
Produto Total Q produzir (Q)
Q
PT
B
B A

A ESTÁGIO III

1
ESTÁGIO II
CMe
CMg
ESTÁGIO I

B’

PMgL PMe=PMg
L CVMe
A
PMeL B B
A
PMeL
C

L L L
Comparação entre Curto e Longo Prazo
Custo total de
produzir (curto
Custo total de
prazo) produzir (longo
B prazo)
A

B’
B’
A
CF

CMe
CMg CMg

CMe B’
B’

B CVMe
A
A

O
Custo Total, Custo Fixo Médio e Custo Marginal
No ponto A, o CMg atinge o seu mínimo, ou seja, começa a
actuar a lei dos custos crescentes equivalente a lei dos
rendimentos decrescentes. Neste ponto, o PMgL atinge o seu
máximo

No Ponto B, atinge-se o CVMe atinge o seu mínimo, que


equivale a PMeL atingir o seu máximo (utilização óptima do
factor variável ou ponto de eficiência técnica do factor
trabalho). Neste ponto, tal como PMeL = PMgL, então CVMe =
CMg

No ponto C, o CMe atinge o seu mínimo, e quando P=CME, o


lucro=0. No longo prazo, onde onde não existem custos fixos,
este ponto separa as economias e deseconomias de escala.
Estágios de produção
Podemo possível distinguir três estágios de produção.
• No primeiro estágio da produção, o CVMe é decrescente
antes de atingir o seu mínimo, pelo que, o produtor não está
interessado em produzir neste ponto, pois ele pode obter
maior produção a custos variávies por unidade menores e
com PMeL e PT maiores.

• É, pois, no segundo estágio da produção que o produtor terá


interesse em operar de modo a evitar incorrer em
desperdício de factores. Neste estágio o CVMe e CMg são
crescentes e já atingiram o seu mínimo.

• A natureza da função de custos não nos permite determinar


nem analiticamente, nem graficamente a separação entre o
segundo e o terceiro estágio
Relação entre Produção e Custos
 CT  CT L  1 CT  1
CMe =  CMe = *  CMe = *   CMe = * PL
 Q  Q L  PMeL L  PMeL
 CT  CT L  1 CT  1
CMg =  CMg = *  CMg = *  CMg = * PL
 Q   Q L  PMgL L  PMgL

Elasticidades da Produção e Custos


 Q %Q  Q Q L
 L
E =
%L
  L
E = *
L Q
 E Q
L = 
PMgL *
1
  PMeL

 CT %CT  CT CT Q
 Q
E =
%Q
  Q
E = *
Q CT
 E CT
Q = CMg*
1
  CMe

 CT %CT  CT CT L
 L
E =
%L
  L
E = *
Q CT
 E CT
Q = CMg*
1
  PL
Exercícios de Consolidação
Exercício 3: Dada a seguinte função Custo CT=500+q3-
15q2+300q. Determine:
a) Trata-se de uma função de custo de curto ou longo prazo?
b) As expressões do CV, CF, CFMe, CMe, CVMe, CMg
c) A partir de que volume de produção começa a actuar a lei dos
rendimentos decrescentes? Qual é CF, CV, CFMe, Cme, CVMe,
CMg neste ponto?
d) Em que volume de produção atinge-se a eficiência técnica?
Qual é CF, CV, CFMe, Cme, CVMe, CMg neste ponto?
e) Calcule o volume de produção onde o CMe = CMg. Qual é CF,
CV, CFMe, Cme, CVMe, CMg neste ponto?

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Exercícios de Consolidação
 Exercício 4. A empresa Beta, opera num mercado de
concorrência perfeita vendendo malha para confeição de
roupa diversa. A informação relativa aos custos de curto
prazo: CT = 3q2 – 16q2 + 50q + 90. Sabendo que o factor
capital é fixo e o preço de capital é de 18 u.m, preço de
trabalho é de 14 u.m e o preço de venda é de 100u.m.
Justificando sempre a sua resposta,
a) Quantas unidades de capital são utilizadas na produção? E o
valor do custo fixo
b) Qual a quantidade a produzir e o preço a praticar no ponto de
eficiência técnica (na utilização do factor variável).
c) Qual a quantidade a produzir quando começa actuar a lei dos
rendimentos marginais descrescentes.
d) Calcule a elasticidade custo-produção
35
Exercícios de Consolidação
 Exercício 5. A função custo total de uma determinada
empresa é dada por: CT = q3 – 6q2 + 25q + 100
a) Determine as funções de custo fixo, de custo variável, de
custo médio, de custo marginal, de custo médio, de custo
variável médio e do custo fixo médio.
b) Será que esta situação da empresa representa rendimentos
crescentes, constantes ou decrescentes à escala? Justifique
detalhadamente a sua resposta mostrando claramente as
principais diferenças entre os dois casos.
c) Imagine que a empresa produz no momento 2,5 unidades.
Será que a lei dos rendimentos decrescentes actua neste caso
ou não? Justifique detalhadamente a sua resposta, quando
começa e termina a actuar a lei neste caso concreto.
36
3.3. Produção e Custos
(longo prazo)
Função Produção ( 2 inputs e 1 output)
Sem perda de generalidade, vamos assumir que o nosso
produtor usa dois inputs para produzir um input
Vamos interpretar um dos inputs como trabalho, L, e o
outro input como capital, K

Exercício 6. Na produção de consultas médicas, usam-se


como inputs o tempo do médico e da sua assistente (que
agregamos como factor Trabalho) e o consultório e
equipamento (que agregamos como factor Capital).
Sendo o processo produtivo condensado na função de
produção Y = 5.L0.6.K0.3, qual será o nível de produção de
utilizar 10 unidades de trabalho/dia e 50 unidades de
capital?
R. Y = 5.100.6.500.3 = 64 consultas/dia.
Isoquanta
 Considerando que o nível de output é fixo, f(K, L) = q. A
função de produção (com dois inputs e um output) pode
ser representada graficamente como uma linha de nível
q sobre o domínio dos inputs.
 Esta linha de igual quantidade de produção representa
todas as combinações possíveis de inputs (i.e., todos os
cabazes de factores) que permitem atingir esse nível de
produção. Segue a mesma lógica curva de indiferença de
nível q com U(x,y) = q
 Sendo que a função de produção já traduz os locais de
eficiência, então a isoquanta traduz as menores
quantidades de inputs que permitem atingir o nível de
produção considerado. 39
Mapa de Isoquantas
Isoquanta: significa de igual
quantidade. Pode ser definida
como sendo uma linha na qual
K
todos os pontos representam
infinitas combinações de 6
fatores, que indicam a mesma
quantidade produzida. Uma
firma pode apresentar várias 4
q3 = 3.000
isoquantas de produção (mapa
de produção). q2 = 2.000
2
q1 = 1.000
A escolha de uma isoquanta,
L
corresponde à escolha que a 50 80 150
firma deseja produzir,
dependendo dos custos de
produção e da procura pelo 40
produto.
Algumas Propriedades das Isoquantas
São decrescentes
Significa que o aumento da utilização de um dos factores de
produção é preciso reduzir o outro, para manter o mesmo nível
de produção.

São Convexas (TMST decrescente):


Significa que a medida que se aumenta a utilização de um
determinado factor de produção, o sacrifício do outro factor é
cada vez menor:
Exemplo, o uso trabalho e terra na produção de milho e
pretendo manter o mesmo nível de produção.
Quando uso 100h de trabalho, para diminuir o trabalho numa
hora tenho que aumentar a terra em 10m2,
Quando uso 200h de trabalho, já só preciso de aumentar a terra
em 8m2.
Exercícios de Consolidação
 Exercício 7. Na produção de comunicações telefónicas, a
tecnologia condensa-se na função produção: Q(L, K) = 10L0.1.K0.8,
 i) determine a TMSTK,L (de capital por trabalho) quando K= 100 e L
= 10u

f 'L L−0.9 K 0.8 K 100


TMSTk , L = = 0.1 −0.2 = 0 .125 * = 0.125 * = 1.25
f 'K 8L K L 10

 Significa que se aumentarmos a utilização do factor capital em 1


unidade, temos que reduzir a utilização do trabalho em 1,25
unidades, mantendo o mesmo nível de produção

42
Taxa Marginal de Substituição Técnica
 Taxa Marginal de Substituição Técnica: A proporção de
substituição que permite manter o mesmo nível de produção.
 Em termos geométricos a TMST é dado pela tangente à isoquanta.
 Estando o trabalho no eixo das abcissas, a TMST traduz quantas
unidades de capital eu tenho que sacrificar para poder aumentar a
quantidade de trabalho em 1 unidade, mantendo o mesmo nível de
produção.
 É equivalente à TMS da Teoria do Consumidor

 Obtemos a TMST directamente as partir das derivadas parciais da


função de produção

K Q' L PMg ' L


TMS K , L = = =
L Q' K PMg ' K 43
Custos : Longo Prazo
No longo prazo não existem custos fixos, todos os custos
são variáveis, sendo assim, um agente econômico:
1. Opera no curto prazo e;
2. Planeia no longo prazo.

Os empresários têm um elenco de possibilidades de


produção de curto prazo, com diferentes escalas de
produção (tamanho), que podem escolher.

Podemos ter 2 tipos de funções de custo no longo prazo:


a) A função custo com ausência do custo fixo CT=f(q)
b) A função de isocusto
Isocusto
Isocusto: conjunto de todas
as combinações possíveis de K
Isocusto
factores de produção (K, L)
que mantém constante o
custo ou orçamento total da
empresa.

Dados os preços dos fatores,


se a empresa aumenta a
contratação de um factor,
deverá reduzir a aquisição
de outro factor, se deseja
manter constante o L
orçamento gasto →
Inclinação negativa.
3.4. Maximização da Produção e
Minimização de Custos (Longo
Prazo)
Maximização da Produção (segue o mesmo
princípio da teoria do consumidor)
Na maximização da
produção, procuramos K
determinar a quantidade de
cada factor de produção que
permite atingir o máximo de
produção possível , dado um
determinado orçamento e
preço de factores de
produção

 f l Pl  f l f k L
 =  =
 f k pk   Pk pl
CT = LP + KP CT = LP + KP
 l k  l k

47
Minimização de Custos (segue o mesmo
princípio da teoria do consumidor)
Na minimização de custos
Procuramos determinar a
K
quantidade de cada factor
de produção que permite
atingir o mínimo custo
possível, dado um
determinado nível de
produção e preço de factores
de produção

 f l Pl  f l f k
 =  = L
 f k pk   Pk pl
Q = f ( L, K ) Q = f ( L, K )
 
48
Exercícios de Consolidação
Exercício 8. Na produção de “uma aula de Judo com Y alunos”, a função de
produção (de longo prazo) é Q(L, K) = 10.L0.8.K0.5 Sendo que os preços de
mercado dos Mestres e do Dojo são 50Mt/h e 5Mt/m2, respectivamente
 i) determine o nível óptimo de factores de produção para produzir uma
aula com 100 alunos.
 ii) Sendo que, de forma imprevista, é necessário aumentar rapidamente o
nível de produção para uma aula com 200 alunos, determine a resposta
em termos de factores de produção.

 f l f k  8L−0.2 K 0.5 5L0.8 K −0.5


 =  =  K = 6.25L  K = 18.155m 2
 pl pk   50 5   1.3 
q = f (l , k ) 100 = 10 L0.8 K 0.5 L = 4  L = 2.9h
 

 Só é possível aumentar o trabalho do Mestre:

200 = 10L0.818.1550.5  L = 6.9h


49
Exercícios de Consolidação (alteração do preço)
Exercício 9. Na produção de “aulas de ginástica”, a tecnologia
condensa-se na função produção,
q(l, k) = L0.7.K0.2 aulas,
 i) Sendo pK = 0.05Mt/u. e pL = 15Mt/h, determine o custo mínimo de
produzir 1000 aulas.
 f l f k  0.7l −0.3 0.2
k 0.2l 0.7 −0.8
k l = 821.25
p =  = k = 85.71 l 
 l p   15 0.05    k = 68678
−
k
1000 = l 0.7 k 0.2 − c = 15452.60Mt
  

 ii) Determine as mudanças que ocorrem se o preço da mão de obra


subir para pL = 16Mt/h.
 0.7l −0.3 k 0.2 0.2l 0.7 k −0.8 k = 85.71 l l = 789.84
 =  
 16 0 .05    k = 72214
1000 = l 0.7 k 0.2 − c = 16248Mt
   50
Exercícios de Consolidação (procura de factores)
Exercício 10
Na produção de “contas bancárias” é utilizado capital (instalações,
computadores, etc.) e trabalho (funcionários) segundo a proporção
 q(L, K) = 10L0.5.K0.8 contas.
 Determine as funções procura de trabalho e de capital para um nível de
produção de 100000contas.
 f l f k  5l −0.5 k 0.8 8l 0.5 k −0.2 k = 1.6 l. pl / p k l = 893.94( p k / pl ) 0.6154
 =  =  
 pl p k   pl pk  
q = f (l , k ) 100000 = 10l 0.5 k 0.8 10000 = l 1.3 (1.6 p / p ) 0.8 k = 1430.3( p / p ) 0.3846
   l k  l k

 A quantidade procurada de trabalho é decrescente com o preço unitário do


trabalho (e crescente com o preço unitário do capital).
 A quantidade procurada de capital é decrescente com o preço unitário do
capital (e crescente com o preço unitário do trabalho).
 Estes dois inputs são factores de produção substitutos.
 Da mesma forma podemos calcular algumas elasticidades (produção, custo,
procura por factor trabalho, etc
51
Exercícios de Consolidação (função custo de longo prazo)
Exercício 11.
Ex.3.10. Na produção de sardinha, a tecnologia condensa-se na relação
q(L, K) = 5ln(L) + 10ln(K) cabazes.
Determine a função custo (de LP) para cada nível de produção q quando os
preços de mercado do trabalho e do capital são 25Mt e 5Mt, respectivamente.

 f l f k  5.1 / L 10.1 / K
 =  =  K = 10 L  K = 10 exp(q / 15 − 1.535)
 pl p k   25 5  
q = f (l , k ) q = 5Ln( L) + 10 Ln( K ) q = 10 Ln(10) + 15Ln( L)  L = exp(q / 15 − 1.535)

C (q) = 25L + 5K = 75 exp(q / 15 − 1.535)

Da mesma forma que na teorida do consumidor determinamos várias funções,


incluindo o cálculo de elasticidades, o mesmo pode ser aplicado para a teoria
do consumidor, em função da sua relevância.
52
3.5. Rendimentos de
Escala/Economias de Escala, de
Escopo
Economias de Escala
Economias de Escala

 Economias de escala: redução no custo médio de longo prazo à


medida que se expande a escala de produção. Ex. Esmagamento de
soja, siderurgia, petroquímicos básicos.
 Reais
 De trabalho
 Técnicas
 Estoques de segurança
 Informação, P&D
 Propaganda e marketing
 Gestão
 Pecuniárias
 Menores preços para: matérias-primas, juros, aluguel, trabalho, frete
Economias de escala: trabalho
 Maior contingente de trabalhadores
 Divisão de trabalho: maior especialização, maior
habilidade, maior produtividade, economia de tempo
(passagem entre uma atividade e outra).
 Permiteadotar automação da produção: linha de
montagem.
Economias de escala técnicas
 Características do capital fixo
 Relação técnica entre quantidade de insumo para
construção de um compartimento e volume
proporcionado de armazenagem
 Capital de grande porte e indivisível. Ex.
Ferrovias, alto-forno na siderurgia
 Economia no preparo de máquinas. Gasta-se o
mesmo tempo para se produzir pouco ou muito.
Ex. Set up de máquinas ferramentas com comando
numérico, adaptação de linhas de produção
 Diluição de custo fixo no lançamento de produtos
no mercado: pesquisa de mercado e
desenvolvimento de produto
 Redução da proporção de equipamentos de
reserva para casos de quebra, reduz risco de
interrupção da produção.
Economias de escala técnicas

2m 10 m

Superfície = 2x2x6 = 24m2 Superfície = 10x10x6 = 600m2


Capacidade = 2x2x2 = 8m3 Capacidade = 10x10x10 = 1.000m3
Sup/Capac = 3 m2 de Sup/Capac = 0,6 m2 de construção
construção para cada m3 para cada m3 de capacidade
de capacidade
Economias de escala: estoques de
segurança

 Estoques de segurança proporcionalmente menores,


menor risco de falha de abastecimento do mercado
 Maior diversificação de mercados (e distribuidores) e
fornecedores reduz risco de elevação inesperada da
demanda ou de falha de fornecedores
 Ex. Indústria de bebidas (cervejas, refrigerantes)
Economias de escala: informação, marketing,
custos de comunicação, gestão
 Dilui custos com informação: tecnologia,
mercados, regras, legislação, análises, etc.
 Dilui custos com propaganda, construção de
reputação, principalmente os elevados
custos de TV
 Dilui custos com gestão: adoção de
controles, sofisticados e caros softwares de
gestão, competentes e caros CEOs (Chief
executive officer).
Economias de escala pecuniárias

 Economias no preço de aquisição de fatores de


produção devido:
 ao maior poder de barganha,
 redução do custo de negociação de grandes volumes
para poucos clientes
 e a redução de risco de descumprimento de contrato
(menor mortalidade de grandes empresas).
 Preço da matéria-prima
 Preço da propaganda
 Preço do frete
 Taxa de juros (menor taxa devido ao volume negociado e a
maiores garantias oferecidas pelas grandes empresas
 Preço do trabalho (aceitar menor salário em troca da
estabilidade em grandes empresas)
Deseconomias de Escala

 Queda na eficiência administrativa


 Perda de informação, rotinas burocráticas e controle,
decisões lentas
 Problemas técnicos e econômicos
 Distânciapara obter matéria-prima (frigoríficos,
mineração, cimento), distância mercado consumidor
(alimentos e bebidas)
 Volume demandado de matéria-prima pode aumentar
tanto que aumenta o seu preço
Rendimentos à Escala ou Economias de Escala
Definição: análise das vantagens e desvantagens que a
empresa tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão,
seu tamanho, demandando mais fatores de produção.
Q( K , L) = A  K  L

Os retornos à escala são dados pela soma dos


expoentes, ( + ), que são tidos como elasticidades da
produção, em relação a alteração dos factores de
produção.

LnQ=LnA+ LnK + LnL (Quando quisermos fazer uma


estimação empírica)
Rendimentos à Escala ou Economias de Escala
▪ Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de
10% na quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de
capital, implica em um aumento de mais de 10% na produção (
+  >1). Na função custo são tidos como Economias de Escala,
quando o CMe é decrescente.

▪ Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os


fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a
produção cresce numa proporção menor ( + <1). Nos
custos, são tidos como deseconomias de escala, quando o CMe
é crescente

▪ Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de


produção crescerem numa mesma proporção, a produção
cresce na mesma proporção, neste caso, a produtividade média
dos fatores de produção são constantes ( +  = 1). Na função
custo, este ponto é conhecido como Escala mínima Eficiente.
Economias de Escopo
 O que são:
 Redução no custo conjunto na produção de diferentes produtos
 Motivos
 Sinergias: a produção de um produto reduz o custo de produção dos
demais.
 Ex.: mel e laranja, culturas consorciadas (banana e cacau),
aproveitamento de subprodutos industriais (carne e rações, carne e sebo
industrial, leite e manteiga, farelo e óleo de soja), bioenergia, (suco de
laranja, bagaço, óleo)
 Aproveitamento do mesmo capital fixo: equipamentos, capital humano
ou informações podem ser usados na produção de diferentes produtos.
 Ex.: leite e suco de laranja pasteurizados, crédito e seguro, tratores e
implementos.
Exercícios de Consolidação
Exercício 12.
Considere que o processo de produção de farinha é descrito pela
seguinte função: Q = 40L0,5K0,5, onde L é o no de horas por
trabalhador e K é no de horas por máquina.
a) Determine a inclinação da Isoquanta e a Taxa Marginal de
Substituição Técnica de capital por trabalho.
b) Admitindo que L e K custam respectivamente 5 e 10 u.m e que a
empresa ambiciona produzir a um custo de 1000u.m, determine a
quantidade óptima de L e K e a produção total.
c) Ache a inclinação de Isocusto.
d) Calcule o Produto marginal do capital e trabalho neste ponto de
equilíbrio e a TMSTK,L.

66
Exercícios de Consolidação (função custo de longo prazo)
Exercício 13.
1A empresa Cerâmica de Vila Pery, que produz vasos destinados a
tratamento de flores, tem como função de produção a longo prazo:
Q = 5KL. O factor trabalho tem o preço de 20 mt/h e o factor capital tem
o preço de 10 mt/ h maquina
a) Será que esta função apresenta rendimentos decrescentes a escala?
Justifique
b) Apresente a expressão analítica da isoquanta
c) Determine a taxa marginal de substituição técnica de capital por
trabalho no ponto de equilíbrio
d) Se a empresa pretender produzir 20 vasos de cerâmica, qual o ponto
óptimo de factores produtivos a utilizar.

67
3.6. Curva da Oferta,
Elasticidades e Excedente do
Produtor
Oferta
• Oferta é a disposição de venda dos produtores
• A quantidade oferecida são a unidades de um bem que os
produtores desejam vender a diferentes níveis de preço.
• A curva da oferta representa várias combinações das quantidades
oferecidas e preços praticados de um bem;
• As quantidades oferecidas podem variar tendo em conta os
seguintes determinantes da oferta:
• Preço do bem;
• Preço dos factores ou insumos de produção
• Preço de bens substitutos;
• Tecnologia
• Expectativas (de endimento, de preços de bens substitutos,
de preço de bens complementares)
Curva da Oferta (representação gráfica)
Se o preço de um bem Preço do
aumenta, mantendo tudo Livro(Mts)
resto constante, os
empresários ficam s
estimulados a produzir mais. 80
Para produzir mais, os 60
custos serão maiores,o
preço do bem deve ser
40
aumentado 20
Lei da Oferta – quanto
maior o preço de um bem,
coeteris paribus, maior será 0 5 10 15 20
a quantidade oferecida. Quantidade oferecida de livros

Nota: Apesar de a função da oferta ser q=f(p), a representação gráfica da oferta é feita
com recurso a função inversa da mesma “p=f(q)”, isto é, isolando o “p”.
Determinantes da Oferta

Variáveis que afetam a Oferta

qs x= f( px, pfp , ps , T, M): Função Geral da Oferta

qd = quantidade oferecida do bem x


px = preço do bem x
pfp = preço dos factores de produção
pc = preço dos bens substitutos
T = tecnologia
M = metas do empresário

Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se


recorrer à hipótese coeteris paribus (mantendo tudo resto
constante)

71
Determinantes da Oferta
Nota:
Variações da oferta  Variações da quantidade oferecida

Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta,


em virtude de alterações de cada uma das seguintes
variávies( pfp, pn, T, M), coeteris paribus

Variações da quantidade oferecida: refere-se ao


movimento ao longo da própria curva de oferta, em
virtude da variação do preço do próprio bem pi ,
mantendo-se as demais variáveis constantes (coeteris
paribus).

72
Variação da quantidade oferecida em
função do preço

A variação da Preço do
quantidade Livro(Mts)
oferecida em
função do s
preço provoca 80
movimenos ao
longo da curva 60
da oferta 40
20

0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros

73
Variação da oferta de um bem “x”em função
do custo dos factores de produção “Pfp”
a) Aumento do preço do
Preço do Redução
fator de produção, Livro(Mts)
coeteris paribus, há uma Aumento da oferta.
redução na oferta do
s” s s’
bem. 80
a)
b) Redução do preço do 60 b)
fator de produção, 40
coeteris paribus, há um 20
aumento na oferta do
bem.
0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros

74
Variação da oferta de um bem “x” em função do preço
de outro bem substituto “y”

a) Aumento do preço do
Preço do Redução
bem substituto “y”, Livro(Mts)
coeteris paribus, há uma Aumento da oferta.
redução na oferta do
s” s s’
bem “x” 80
a)
b) Redução do preço do bem 60 b)
substituto “y”, coeteris 40
paribus, há um aumento 20
na oferta do bem “x”

0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros

75
Variação da oferta de um bem “x” em função
da tecnologia “y”
Preço do Redução
a) Aumento da tecnologia, Livro(Mts) Aumento da oferta.
coeteris paribus, há um
aumento na oferta do
s” s s’
bem. 80
60 b)
b) Redução da tecnologia, a)
coeteris paribus, há uma 40
redução na oferta do 20
bem.

0 5 10 15 20
Quantidade oferecida de livros

76
Oferta da Firma e Oferta de Mercado

A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas


individuais, que produzem um dado bem ou serviço.
𝑛

𝑄mercado = ෍ 𝑞firmas individuais


𝑗=1
para j = 1,2,3, . . . 𝑛

Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas


das firmas individuais.

77
Determinantes da Oferta (Resumo)

Variações da quantidade oferecida

Movimento ao longo da
Preço
curva de oferta

Variações da oferta

Preços dos Insumos


Preços dos Bens Substitutos
Tecnologia Desloca a curva de oferta
Objetivo do empresário
Número de Vendedores

78
Elasticidade-preço da procura (revisão)
◼ É uma variação percentual na quantidade procurada, dada uma
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a
sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.
◼ A Elasticidade-preço da procura é sempre negativa. Seu valor é
expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a
Epd = -1,5 ).

𝑞1 −𝑞0
Δ%𝑞 𝑞𝑜 𝑝0 𝑞1 −𝑞0 𝑝 Δ𝑞 𝑝 𝑑𝑞
𝐸𝑝𝑑 = = 𝑝1 −𝑝0 = ∗ = ∗ = ∗
Δ%𝑝 𝑞𝑜 𝑝1 −𝑝0 𝑞 Δ𝑝 𝑞 𝑑𝑝
𝑝0

Nota:
Δ𝑞 𝑑𝑞
= → é a primeira derivada ou inclinação da função da procura
Δ𝑝 𝑑𝑝
79
Elasticidade preço da Oferta
Variação percentual na quantidade oferecida, dada uma variação
percentual no preço do bem, coeteris paribus.
𝑞1 −𝑞0
Δ%𝑞 𝑞𝑜 𝑝0 𝑞1 −𝑞0 𝑝 Δ𝑞 𝑝 𝑑𝑞
𝐸𝑝𝑠 = = 𝑝1 −𝑝0 = ∗ = ∗ = ∗
Δ%𝑝 𝑞𝑜 𝑝1 −𝑝0 𝑞 Δ𝑝 𝑞 𝑑𝑝
𝑝0
Nota:
Δ𝑞 𝑑𝑞
= → é a primeira derivada ou inclinação da função da oferta
Δ𝑝 𝑑𝑝
𝐸𝑝𝑠 >1 →Bem de oferta elástica.
𝐸𝑝𝑠 <1 → Bem de oferta inelástica.
𝐸𝑝𝑠 =1 → Elasticidade-preço de oferta unitária
𝐸𝑝𝑠 = 𝟎 →Bem de oferta perfeitamente inelástica
𝐸𝑝𝑠 = ∞ → Bem de oferta perfeitamente elástica
80
Elasticidades e Incidência Tributária
◼ Os governos utilizam impostos para arrecadar receita
para objetivos públicos, porém apresentam impactos
como:
◼ desestímulo a atividade do mercado;
◼ queda na quantidade vendida;
◼ compradores e vendedores compartilham o ônus do imposto.

◼ Incidência tributária é o estudo da distribuição do ônus


de um imposto.
◼ Como se divide o ônus de um imposto?
◼ Como os efeitos dos impostos sobre os vendedores se
comparam com os efeitos sobre os compradores?
Nota: As respostas para esta questões dependem da elasticidade da procura e da
elasticidade da oferta.
Outras elasticidades do produtor (revisão)
 Q %Q Q L
E L =
%L

  E LQ = 
*  E LQ = PMgL *
L Q
1
  PMeL

 CT %CT  CT Q
 EQ =
%Q
  EQCT = *
Q CT

 EQCT = CMg *
1
  CMe

 CT %CT  CT L
E L =
%L
  E LCT = *
Q CT

 EQCT = CMg *
1
  PL

◼ Na função de produção de Cobb-Douglas( + ) são tidos como


elasticidades da produção, em relação quantidade dos factores de
produção
◼ Com base na função da procura dos factores de produção podemos
ter a elasticidade preço da procura dos factores de produção.
◼ O mais importante é conhecer o conceito e a fórmula da
elasticidade, tudo resto é deduzível
Excedente do Consumidor (revisão)
Excedente do consumidor: ganho em bem-estar do
consumidor medido pela diferença entre o valor que o
consumidor está disposto a pagar e o que ele pagou
efectivamente.

83
Excedente do Produtor
Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do
produtor receber no mercado um preço maior que aquele
mínimo que viabilizaria sua produção (diferença entre o
valor que o produtor recebe com o que ele estava disposto a
receber).

84
Excedente do Consumidor e Produtor
O equilíbrio num mercado perfeitamente competitivo
garante a maximização do bem- estar dos agentes
económicos, na medida em que é maximizada a soma do
excedente do produtor com o excedente do consumidor

85
Exercícios de Consolidadação

Exercício 14
1. Dados qd= 22 – 3p (função procura)
qs= 10 + 1p (função oferta)
a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva
quantidade.
c) Calcule o nível de bem-estar do consumidor e do
produtor (dica: Calcule o excedente do
consumidor e do produtor)
Exercícios de Consolidadação

Exercício 15
Suponha uma curva de procura do bem Beta dada por
Qd = 475 – 50P
e uma curva de oferta dada por: Qs = 25P + 25.
a) Calcule a quantidade e o preço de equilíbrio.
b) Calcule o excedente do consumidor
c) Calcule o valor que o consumidor estaria disposto a
pagar.
d) Calcule a elasticidade-preço da procura e da oferta
neste ponto de equilíbrio.

87
Exercícios de Consolidadação

Exercício 16

10. As funções de procura e oferta do milho em


Matolândia são dadas por:
P = 20 + 10Qs e P = 30 – 10Qd
a) Calcule a quantidade e o preço de equilíbrio.
b) Determine os excedentes do produtor e do
consumidor

88
Exercícios de Consolidadação
Exercício 17
2. Dados:
qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R
qsx = 2 + 0,1.px
e supondo a renda R = 100, pede-se:

a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x.


b) Calcule e interprete o valor do excedente do consumidor e do
produtor;
c) Supondo um aumento de 20% da rendimento, determinar o
novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x.
d) Calcule a variação do bem estar do consumidor e do produtor
no novo nível do rendimento
Exercícios de Consolidadação
Exercício 18
3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto
são dadas, respectivamente, pelas seguintes equações:

Qs = 48 + 10.p
Qd = 300 – 8.p

Onde Qs, Qd e P são respectivamente, quantidade oferecida,


quantidade procurada e o preço do produto.
a) Qual será a quantidade transacionada nesse mercado,
quando ele estiver em equilíbrio ?
b) Calcule o Excedente do Consumidor e Elasticidade Preço
90
da Procura no ponto de equilíbrio
Exercícios de Consolidadação
Exercício 19
Com uma justificação detalhada, diga se as seguintes afirmações são verdadeiras
ou falsas:
 a) A oferta é sinónima da quantidade oferecida.
 b) A curtíssimo prazo, todos factores são fixos, enquanto que a longo prazo,
todos factores são variáveis.
 c) Quando a função de produção decresce, a função de custo total também
decresce.
 d) Para aumentar a receita total de uma empresa, devia-se aumentar o preço
do seu produto.
 e) A elasticidade cruzada entre o peixe e carne é positiva.
 f) O custo explicito é maior que o custo contabilístico, e o custo contabilístico é
menor que o lucro económico.
 g) A procura do sal é elástica.
 h) A curva isocusto é decrescente porque queremos manter o nível da produção
constante. 91
Apêndice Matemático (Derivadas Parciais e Implícitas)
Z ' x = x  −1 y 
Seja z = f ( x, y ) = x y  derivadas parciais    −1
Z ' y = x y
Derivação de uma função ímplicita (regra geral → regra de cadeia)

z = f ( x, y ) = x  onde  y = f (t )  z ' = z ' *x' + z ' * y '


Seja y 
 x = f (t )
t x t y t

Derivação de uma função com uma das var iáveis implícitas

Seja f ( x, y ) = z , onde → y = f ( x)  f ( x, y ) − z = 0  f ' x *x' x + f ' y * y ' x  y ' x = f ' x / f ' y


f f
 f x f y  f f y  y  y
  = − x   = − x = − x
f'
Isto é→ * + * = 0   *1 + *
 x x y x  x y x  x f  x f f 'y
y y
 y U ' x UMgx
Por isso Quando U = f ( x, y )  TMSy, x = = − =
 x U ' y UMgy
Apêndice Matemático (Optimização com 1 variável )
f’(x0)>0 e f’’(x0)>0, significa que f é crescente (inclinação positiva) e
com concavidade virada para cima (existe um mínimo local). O valor f
da função aumenta a ritmos (taxas) crescentes. f’(x0)=0 (mínimo
local) f’’(x0)= 0 (ponto de inflexão)

f’(x0)>0 e f’’(x0)<0, significa que f é crescente (inclinação positiva) e


com concavidade virada para baixo (existe um máximo local). O valor f
da função aumenta a ritmos (taxas) decrescentes. f’(x0)=0 (máximo
local) f’’(x0)= 0 (ponto de inflexão)

f’(x0)<0 e f’’(x0)>0, significa que f é decrescente (inclinação


negativa) e com concavidade virada para cima (existe um mínimo f
local). O valor da função diminui a ritmos (taxas) decrescentes.
f’(x0)=0 (máximo local) f’’(x0)= 0 (ponto de inflexão)

f’(x0)<0 e f’’(x0)<0, significa que f é decrescente (inclinação


negativa) e com concavidade virada para baixo (existe um máximo f
local). O valor da função diminui a ritmos (taxas) crescentes. f’(x0)=0
(mínimo local) f’’(x0)= 0 (ponto de inflexão)

93
Apêndice Matemático (optimização sem restrições de n-
variáveis)
Condições de Primeira Ordem (necessárias)
Seja y = f ( x, y, z )

 Fx = 0  x = ? fxx fxy ... fxn


 
 y
F = 0  y = ? fyx fyy ... fyn
 z = ? H=
 z
F = 0  ... ... ... ...
Condições de Segunda Ordem (Hessiano) fnx fny ... fnn
fxx fxy fxz H1
fxx fxy H2
H= H = fyx fyy fyz Hn
fyx fyy fzx fxy fzz
H 1  0
H 1  0 
H =  H 2  0 → min f ( x, y )
H  0 
H = 1 min f ( x, y ) H =  H 2  0 → min f ( x, y ) H  0
 n
H 2  0 H  0
 3  H impar  0
H  0 H = → max f ( x, y )
H = 1 max f ( x, y ) H 1  0
   H par  0
 2
H 0
H =  H 2  0 → max f ( x, y )
H  0
 3
Apêndice Matemático (Optimização com
restrições de n-variáveis)
Condições de Primeira Ordem (necessárias)
Seja f ( x, y ) s.a g ( x, y ) = R  L = f ( x, y ) − .g ( x, y ) − C 

Lx = 0  f x − . p x = 0 x = ?
  
 y
L = 0   y
f −  . p y = 0  y = ?
   = ?
 
L = 0 x
 x . p + y. p y = R 

Condições de Segunda Ordem (Hessiano aumentado)


0 gx gy ... gn
0 gx gy 0 gx gy
gx Lxx Lxy ... Lxn
H = gx Lxx Lxy H 2 = gx Lxx Lxy
H = gy Lyx Lyy ... Lyn
gy Lyx Lyy gy Lyx Lyy
... ... ... ... ...
gn Lnx Lny ... Lnn
H  0 → max f ( x, y )
H  0 → min f ( x, y ) H 2  0; H 3  0; H n  0 → max f ( x, y )
H 2  0; H 3  0; H 4  0.... → min f ( x, y )
OBRIGADO

Egas Daniel
Email: egasdaniel@gmail.com
Contacto: 84 619 4591 / 87 38 25 261

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