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Contrato de comissão
Por meio do contrato de comissão, uma parte (comitente) contrata outra (comissário) para que realize
negócios para compra e venda de bens por sua conta e risco, seguindo as suas instruções, mas em nome
do próprio comissário. Isso significa que, no contrato de comissão, o comissário irá celebrar os negócios
(compras e vendas de bens) em seu próprio nome, sem revelar a identidade do comitente.
Esse contrato é muito utilizado em operações comerciais nas quais o comitente não quer, por algum
motivo, aparecer no contrato. É o caso, por exemplo, de empresas que se valem de comissários para
terem maiores chances de conseguir descontos ou dilações de prazos na compra de produtos.
Neste instrumento será possível prever os bens que serão comprados ou vendidos, a forma de
remuneração do comissário, o prazo de duração do contrato, entre outras questões.
assinando apenas como seu representante, enquanto na comissão, o comissário age em nome próprio,
mantendo segredo sobre a identidade do comitente.
No caso da representação comercial, também temos duas diferenças fundamentais em relação à comissão,
quais sejam: (i) o representante comercial pode intermediar negócios que envolvam produtos e serviços,
enquanto o comissário apenas negocia produtos; e (ii) o representante comercial apenas intermedeia o
negócio, transmitindo-o para os seus clientes, enquanto o comissário fecha o negócio ele mesmo e em seu
nome. As mesmas diferenças valem para o contrato de agência ou distribuição e para o de corretagem, que
muito se assemelham à representação comercial.
A diferença para o contrato de venda em consignação (estimatório) - além do fato deste apenas prever a
venda de produtos, enquanto na comissão também é possível realizar compras -, na comissão, o comissário
é remunerado por seus serviços. Na venda em consignação, o consignatário apenas tem lucro se vender o
bem por preço maior que aquele pago pelo consignante.
Se o contrato que você procura não se encaixar em nenhuma dessas hipóteses, é possível também, para
alguns casos, utilizar o modelo genérico de parceria empresarial.
Nos casos de comissão civil, ou seja, para uma compra ou venda eventual de bens, as partes poderão
descrever no corpo do contrato os bens que serão comprados ou vendidos. Nesse caso, as partes deverão
indicar, para a compra de produtos, o preço máximo que o comitente está disposto a gastar com o bem, e,
para a venda de produtos, o preço mínimo pelo qual deverá ser vendido. Há, também, a possibilidade das
partes listarem os bens e os seus respectivos preços máximos e mínimos em um documento à parte, que
será um anexo contratual, integrante deste contrato.
Já no caso da comissão mercantil, as partes poderão especificar os tipos de produtos que serão
negociados pelo comissário. Contudo, por ser um negócio regular, não há como especificar, no contrato, os
bens a serem comprados ou vendidos, já que eles são alterados com frequência. Portanto, é importante que
o comissário sempre atue seguindo as ordens e instruções passadas pelo comitente, sob pena de arcar
com os prejuízos que der causa com a celebração do negócio.
O Direito aplicável
O contrato de comissão é regulado pelo Código Civil (Lei Federal n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002), em
seus artigos 693 a 709.
https://www.wonder.legal/br/modele/contrato-comissao 2/3
22/06/2019 Contrato de Comissão - Modelo, Exemplo - Word e PDF
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