Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TEMA:
Dedicamos este trabalho, aos nossos pais por terem participado neste trabalho
financeiramente e moralmente, a professora da cadeira por ter nos facultado e confiado o
tema para efeito de defesa
2|Página
AGRADECIMENTO
A DEUS, que na Sua inesgotá vel gratuidade, que nos fez participar da sua encarnaçã o e
muito providencialmente, continua a proporcionar-nos vida, saú de e inteligência. Também
os nossos reconhecimentos vã o a todos quantos de formas directas e indirectas
contribuíram para que este humilde trabalho se tornasse realidade.
3|Página
ÍNDICE
DEDICATÓRIA...............................................................................................................................3
AGRADECIMENTO........................................................................................................................4
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................6
CRESCIMENTO POPULACIONAL E MEIO AMBIENTE.....................................................................7
RELAÇÃO ENTRE CRESCIMENTO POPULACIONAL E MEIO AMBIENTE..........................................7
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO EM ÁFRICA TRAVA DESENVOLVIMENTO, AFIRMA ESTUDO........8
O ESTADOS MAIS POBRES NÃO BENEFICIAM DOS INVESTIMENTOS PRIVADOS..........................9
DEBATE CONTROVERSO EM TORNO DO PLANEAMENTO FAMILIAR............................................9
INVESTIMENTO PRIORITÁRIO NA SAÚDE E EDUCAÇÃO.............................................................10
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO E O FUTURO DE ÁFRICA.......................................................11
A EDUCAÇÕ AMBIENTAL EM ANGOLA.......................................................................................13
RECOMENDAÇÕES QUANTO AO AUMENTO POPULACIONA:.....................................................16
RECOMENDAÇÕES QUANTO AO MEIO AMBIENTE:....................................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................18
4|Página
I- INTRODUÇÃO
O conceito de ambiente, cada vez mais, tem sido apreendido sob diferentes
perspectivas. As Ciências Sociais demoraram muito para incorporar as questõ es
ambientais em seus respectivos temas de pesquisa e, apenas recentemente, é possível
perceber mais estudos sistemá ticos sobre populaçã o e ambiente.
5|Página
II- CRESCIMENTO POPULACIONAL
E MEIO AMBIENTE
Nã o há como falar de crescimento populacional sem se referir aos cuidados que devem
ser tomados com o meio ambiente. O meio ambiente vem sofrendo perdas, pois seus
recursos naturais sã o a fonte necessá ria que permitem vida a todos os processos e acçõ es
realizados por empresas e organizaçõ es, pois somos todos dependentes de recursos como
madeira, papel, borracha, combustíveis, alimentos para realizaçã o de açõ es, produzir bens
e serviços.
Há quem acredite que a á gua irá valer mais do que ouro e petró leo no futuro e hoje este
cená rio nã o é mais coisa de filme de ficçã o. Em muitos países a á gua mineral já é
considerada um artigo de luxo, pois a utilizaçã o rotineira provem de á gua reciclada que é
devidamente tratada pelas companhias responsá veis e disponibilizada para consumo, seja
para irrigaçã o, limpeza de moradias, higienizaçã o e até consumo.
6|Página
III- RELAÇÃO ENTRE CRESCIMENTO
POPULACIONAL E MEIO AMBIENTE
Actualmente com o avanço das tecnologias para se preservar e conservar a vida, o
crescimento da população têm se tornado cada vez mais admirável, mostrando números
realmente expressivos.
Com um maior aumento no número populacional é preciso utilizar uma maior área
superficial para alocá-los devidamente. Com esse crescimento, o impacto causado na
preservação do meio ambiente foi negativo. O crescimento da população trouxe consigo o
aumento do consumo, exigindo assim, uma maior extracção das matérias-primas e recursos
oferecidos pela natureza.
Os atuais sistemas económicos pregam a cultura da “maior aquisição de terras”, onde menos
pessoas possuem mais terras.
Um pensamento universal tem se levantado para fazer do meio ambiente um lugar mais bem
cuidado pela humanidade, onde o principal objectivo é reverter o quadro, até então praticado,
mostrando que é possível crescer em população sem reduzir o meio ambiente.
7|Página
IV - CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
EM ÁFRICA TRAVA
DESENVOLVIMENTO, AFIRMA
ESTUDO
Os nú meros ilustram o dilema: entre 1960 e 2015 foram canalizados para Á frica cerca
1,6 biliõ es de dó lares norte-americanos – mais do que para qualquer outra parte do
mundo. Segundo o estudo "Fertility, growth and the future of aid in sub-Saharan Africa" -
"Fertilidade, crescimento e o futuro da assistência na Á frica a sul do Saará ”, numa traduçã o
livre, o investimento nã o surtiu efeito. Mais de 40% da populaçã o continua pobre.
Nã o se trata de uma constataçã o nova. Países doadores como a Alemanha decidiram por
isso fomentar os investimentos privados no continente. Nesse â mbito o governo federal
alemã o lançou, no ano passado, a iniciativa "Compact with Africa”. A teoria por detrá s
desta parceria é o aumento dos investimentos por parte de empresas alemã s que criará
postos de trabalho e prosperidade em Á frica.
8|Página
conceito nã o se aplica aos países verdadeiramente pobres, constatam os investigadores. E
concluem que estes Estados nã o deixarã o de ser dependentes de ajuda ao
desenvolvimento no século 21.
Cilliers concorda com os críticos que consideram a assistência ao desenvolvimento
desprovida de sentido. A ajuda contribuiu para reduzir a mortalidade infantil, prolongar a
expectativa de vida e permitir aos africanos frequentarem a escola por mais tempo, admite
o estudo. Mas nã o é o suficiente: Estimativas actuais indicam que 38% das pessoas
permanecerã o pobres até 2030. E pouco adianta que os doadores aumentem o
financiamento. "A assistência nã o consegue acompanhar o crescimento demográ fico”,
explica o investigador. Os cá lculos apontam para 2,5 mil milhõ es de pessoas em Á frica até
2050 – o dobro da populaçã o actual.
Por isso, diz Cilliers, nã o basta fomentar o crescimento econó mico: "A Á frica tem que
enfrentar o desafio demográ fico”, afirma. Segundo pesquisas demográ ficas citadas pelo
estudo, impõ e-se uma reduçã o da natalidade no continente para alterar a relaçã o entre a
populaçã o que trabalha e os seus agregados familiares. Actualmente a média é de 4,8 filhos
por cada mulher.
9|Página
Muitas comunidades religiosas recusam igualmente a noçã o de um controle da
natalidade. "A Á frica é um continente muito religioso. Por isso temos que falar nã o apenas
com os líderes políticos, mas também com os líderes religiosos”, diz Frank Heinrich, vice-
director da comissã o para a Á frica da fracçã o da Uniã o Cristã -Democrata (CDU) no
parlamento alemã o.
O estudo sugere aos países doadores e aos governos africanos que invistam no sistema
de saú de e educaçã o. Porém, os Estados Unidos da América, que até recentemente eram os
maiores investidores no sector de saú de em todo o mundo, mudaram de estratégia. O
governo do Presidente Donald Trump só financia o trabalho de organizaçõ es de
assistência que rejeitem categoricamente a interrupçã o voluntá ria da gravidez.
Outros doadores nã o consideram a questã o demográ fica uma prioridade, diz o
presidente da Fundaçã o Alemã para a Á frica, Ingo Badoreck. O Fundo das Naçõ es Unidas
para a Populaçã o (FNUAP) "tem um défice de financiamento que roça o absurdo”, diz
Badoreck. Também a Alemanha podia contribuir muito mais, conclui.
V- O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO E
O FUTURO DE ÁFRICA
Ultrapassá mos a barreira dos sete mil milhõ es de indivíduos. Sabemos que as marcas do
“boom” populacional trazem consigo incertezas acerca de como conseguimos suportar
tantas pessoas em condiçõ es decentes no futuro, quando estamos ainda muito aquém das
Metas do Desenvolvimento do Milénio para 2015.
Em Á frica, a taxa de fertilidade média ronda os cinco filhos por família, enquanto em
Angola, revelam dados divulgados pelo Instituto de Bem-Estar da Populaçã o – IBEP (2008-
2009), a taxa por mulher é de 6,4, o que ultrapassa a maioria dos países africanos e em
nú mero muito superior ao registo mundial, que é de cerca 2,5 filhos por mulher.
10 | P á g i n a
Este dado coloca Angola entre os países com maior crescimento populacional em Á frica,
com uma taxa de 8 por cento ao ano.
Sabe-se que para muitas sociedades africanas o êxito de uma uniã o conjugal mede-se
pela quantidade de filhos que se traduz na capacidade destes perpetuarem a família. Outro
dado que contraria o equilíbrio do bem-estar reside na crença da mulher africana em que
os filhos representam prosperidade e amparo emocional na sua velhice.
Erradicar a fome é, neste momento, a maior bandeira do continente, mas a FAO admite
ser necessá rio que, até 2050, a produçã o de alimentos cresça entre 70 a 100 por cento
para responder à procura das famílias, pelo que a auto-suficiência alimentar é algo
distante.
Um gesto simples como lavar as mã os pode fazer cair a mortalidade em mais de 50 por
cento das crianças africanas, mas 37 por cento dos 884 milhõ es de pessoas que nã o tem
acesso à á gua potá vel, nem a condiçõ es sanitá rias, vivem em Á frica. O saldo traduz-se em
15 milhõ es de mortes por doenças infecto-contagiosas por ano. Quem o afirma é a
Organizaçã o Global Health Council.
Angola tem um défice de dois milhõ es de habitaçõ es sociais, sem contar com o ritmo de
11 | P á g i n a
crescimento acelerado da populaçã o. Se essa lacuna fosse suprida, havia mais de 12
milhõ es de pessoas com acesso a habitaçã o condigna.
Tudo isto se reflecte naquilo em que o relató rio (IDH 2011), divulgado pelo PNUD na
primeira semana de Novembro, coloca Angola em 148º lugar, duas posiçõ es atrá s em
relaçã o ao ano passado, numa lista que inclui os 187 países membros da ONU. Três países
africanos estã o no final da lista: Repú blica Democrá tica do Congo, Níger e Burundi.
Angola é casa para cerca de 14 milhõ es de pessoas, das quais aproximadamente 50%
vive em á reas urbanas, particularmente na faixa litoral.
No entanto, a maioria da populaçã o vive ainda em á reas rurais, sendo que uma fatia
grande está a regressar à s suas terras de origem depois de terminada a guerra que
devastou o país. Essa populaçã o, particularmente nas zonas rurais, utiliza os recursos
naturais como sistema de suporte das suas vidas. O ambiente natural é, desta forma, a base
para o desenvolvimento da qualidade de vida dessas populaçõ es e das suas geraçõ es
futuras.
Recursos como a lenha, á reas para pastoreio e prá tica da agricultura e pecuá ria, a á gua,
fauna e flora, assim como os ecossistemas frá geis, estã o continuamente sob pressã o para
satisfazer as necessidades da populaçã o. Estes recursos estã o cada vez mais ameaçados
devido ao aumento populacional e à má distribuiçã o da riqueza, à pobreza extrema que
12 | P á g i n a
afecta vá rias á reas do nosso país, concomitante com um consumismo irracional nalguns
sectores da sociedade. Aliado a isto, está a fraca qualidade de ensino e o deficiente acesso à
educaçã o já referidos.
É neste cená rio, e tendo por base a perspectiva de reconstruçã o nacional e de melhoria
da qualidade de vida das populaçõ es, que é vital o papel da educaçã o e sensibilizaçã o
ambiental de todos os angolanos.
É por esta razã o que os educadores ambientais em Angola têm trabalhado com
comunidades rurais, instituiçõ es ambientais, a juventude estudantil e a comunicaçã o
Relató rio do Estado Geral do Ambiente em Angola – MINUA 2006 Cap. 2, pá g. 26 social no
desenvolvimento das capacidades e conhecimentos dos cidadã os para responder a
mudanças ambientais e sociais e poderem desenvolver formas de vida mais sustentá veis.
13 | P á g i n a
nã o formal ou informal, deve ter como base o pensamento crítico e inovador em qualquer
lugar ou época (NGO Fó rum Treaty, 1992). Com base neste princípio e em outros
documentos internacionais a Juventude Ecoló gica Angolana (JEA) faz a seguinte destrinça
entre os três tipos de educaçã o ambiental (JEA, 2000):
O fraco investimento havido no sector social faz com que ainda hoje se verifiquem graus
acentuados de má nutriçã o, analfabetismo, desestruturaçã o social e outros, o que resulta
em elevadas taxas de mortalidade e morbilidade.
14 | P á g i n a
Contudo, paralelamente, as á reas urbanas encontram-se em expansã o em funçã o do
rá pido crescimento da populaçã o residente e da contínua chegada de pessoas. De facto a
concentraçã o de bens e serviços nas zonas urbanizadas (o que já se verificava antes da
independência), bem como o desenvolvimento desequilibrado entre as diferentes cidades
e entre as cidades e o campo, constituem factores que têm desencorajado o regresso dos
deslocados para as zonas de origem apó s a assinatura do ú ltimo acordo de paz, o que
permitiria o descongestionamento das grandes cidades, onde as infra-estruturas (de
saneamento, de comunicaçã o, de saú de, de educaçã o, etc.) estã o degradadas e incapazes
de responder à procura resultante do aumento da populaçã o.
- Declínio da qualidade das á guas superficiais e subterrâ neas. Muitas cidades e vilas
situam-se ao longo da costa marítima ou nas margens dos rios. A á gua drenada das
superfícies compactas das zonas urbanas e canalizada através dos sistemas de drenagem,
desemboca nos sistemas aquá ticos adjacentes, afectando-os negativamente, provocando
gases malcheirosos e centros de reproduçã o de vectores de malá ria;
- Resíduos só lidos acumulados que reduzem o valor estético de muitas á reas nas
cidades.
15 | P á g i n a
• Promover estudos e pesquisas contínuas e aprofundadas sobre assentamentos humanos,
respectivo saneamento e abastecimento de á gua, saú de e educaçã o, de forma a suprir a
actual carência de informaçã o neste campo;
• Projectar casas e/ou residências econó micas, adequadas do ponto de vista geográ fico,
energeticamente eficientes;
• Rever e desenvolver uma política de uso das terras urbanas para distinguir as á reas
consignadas a vá rios usos específicos e implementar as correspondentes normas
ambientais;
• Estabelecer uma autoridade eficiente de gestã o de bacias hidrográ ficas e uso da terra
encarregue de formular e reforçar a gestã o e desenvolvimento das bacias hidrográ ficas
para todos os maiores sistemas de rios;
• Efectuar avaliaçõ es e aná lises de impacte ambiental nas á reas propostas para os
reassentamentos humanos;
16 | P á g i n a
internacionais, em paralelo com o desenvolvimento da capacidade das instituiçõ es
nacionais de formaçã o. O desenvolvimento profissional e a formaçã o devem estar
estreitamente ligados ao treino e formaçã o ao nível comunitá rio para responder
efectivamente à s necessidades locais e desenvolver a capacidade de gestã o dos recursos
ao nível das comunidades;
• Estabelecer uma rede de pontos focais para o ambiente, um ponto focal em cada
ministério, governo provincial e administraçã o municipal, para assegurar que as questõ es
ambientais sejam devidamente considerados e que a legislaçã o e política seja respeitada
no desenvolvimento e implementaçã o de projectos;
17 | P á g i n a
VII- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento sustentá vel nã o deve ser apresentado como um slogan político. As
condiçõ es ambientais já estã o bastante prejudicadas pelo padrã o de desenvolvimento e
consumo actual, deste modo, o desenvolvimento sustentá vel pode ser uma resposta aos
anseios da sociedade.
18 | P á g i n a