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Arcénia Ivone Filimone Bila

Dalfa da Marlícia Arlindo Cossa

Deolinda Agostinho Mahumane

Euridice Sónia Mahuaie

Crescimento Populacional e Problemas Ambientais

Licenciatura em Ensino de Geografia

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2021
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Arcénia Ivone Filimone Bila

Dalfa da Marlícia Arlindo Cossa

Deolinda Agostinho Mahumane

Euridice Sónia Mahuaie

Crescimento Populacional e Problemas Ambientais.

4º Ano Regime Laboral

Trabalho a ser entregue aos


docentes da disciplina de
Gestão Ambiental para fins
avaliativos.

Docentes: PhD: Octávio Manuel de Jesus

PhD: Domingos António Gonçalo Ferrão

Mestre: David Chitlhango

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2022
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Índice pág

Introdução.......................................................................................................................04

Objectivos.......................................................................................................................04

Metodologia....................................................................................................................04

Conceitos Básicos...........................................................................................................05

Crescimento Populacional...............................................................................................05

Problemas Ambientais....................................................................................................07

Conferências Mundiais em prol do meio Ambiente.......................................................10


Conclusão.......................................................................................................................13
Referências Bibliográficas..............................................................................................14
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Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Gestão Ambiental e tem como


principal objectivo abordar sobre o crescimento populacional e problemas ambientais
que afectam o meio ambiente. O crescimento acelerado da população, embora tenha
sido um processo mundial, tem-se concentrado, principalmente, nos países
subdesenvolvidos, onde as taxas de natalidade são muito altas e as taxas de mortalidade
vêm declinando. Esse crescimento elevado da população tem promovido profundas
discussões e teorias sobre esse tema desde o século passado. (LUCCI Et al., 2005, p.
316). Os problemas ambientais estão associados ao desequilíbrio provocado pelo
choque de relação entre homem e a natureza, no momento em que o homem começou a
evoluir em seu modo de vida. A concentração da população em ambientes urbanos é
cada vez maior. Esse fenómeno gera um crescimento desordenado e acelerado,
provocando uma serie de mudanças no meio ambiente.

A relação entre o homem e o meio ambiente tem se tornado cada vez mais insustentável,
pois, com o crescimento populacional avançando continuamente, a vida sustentável do
planeta está cada vez mais escassa. A população tem crescido assustadamente, e, com
isso, o consumismo tem aumentado. Com o crescimento desordenado das grandes
cidades e as grandes devastações das áreas verdes, a extinção de plantas e animais
silvestres está aumentando a cada dia.

Objectivos

Objectivo Geral

 Analisar os impactos do crescimento populacional no meio Ambiente.

Objectivos Específicos

 Identificar os Impactos ambientais causados pelo homem;


 Mencionar as consequências do crecimento populacional no meio Ambiente.

Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu-se a uma pesquisa bibliográfica a partir


da identificação e análise de artigos científicos, dissertações e teses relacionadas às
temáticas.
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Conceitos Básicos

Ambiente – é o meio em que o homem e os outros seres vivem e integram entre si e


com o próprio meio e inclui: o ar, a luz, a terra e a água; os ecossistemas, a
biodiversidade e as relações ecológicas; toda matéria orgânica e inorgânica; todas as
condições sócio-culturais e económicas que afectam a vida da comunidade (OMBE.
MANDALA & NHAMPOSSE. 2007).

Segundo FERNANDES e SAMPAIO (2008) problemas ambientais estão relacionados


ao modo de vida das sociedades ocidentais, no que se refere à produção e consumo e,
portanto, aos problemas sociais e económicos. É uma problemática eminentemente
social que surge da forma como a sociedade se relaciona com natureza. Pode-se tratar
do efeito de uma contaminação, como um derrame de petróleo no oceano ou a
emanação de gases tóxicos na atmosfera.

Segundo BASTOS (2006) o ritmo de crescimento populacional é um dos fatores que


determinam o tamanho da força de trabalho de uma economia. Neste sentido, a
dinâmica demográfica pode se constituir em elemento que contribui em elemento que
contribui para pressionar o mercado de trabalho, pois um crescimento populacional
elevado requer maior capacidade de geração de emprego pela economia para absorver
produtivamente as pessoas que ingressam no mercado de trabalho.

População - em demografia, é o conjunto de habitantes em um certo espaço


geográfico.

Crescimento Populacional

Grandes debates sobre o crescimento populacional surgiram a partir da revolução


industrial. Depois de um longo período de crescimento lento entre a idade média e
meados do século XVIII, a população começou a aumentar num ritmo surpreendente e,
para muitos, alarmantes. Considerando-se todo o tempo da presença do homem na
Terra, calcula-se que somente por volta de 1830 o planeta alcançou o seu primeiro
bilhão de habitantes. (VESENTINI. 2012).

A revolução industrial que teve início na Inglaterra (século XVIII) e expandiu se para
outros países europeus, foi acompanhada por um crescimento demográfico sem
precedentes na história. No século XIX, o crescimento vegetativo da população
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europeia chegou a atingir entre 1,0 e 1,5% ao ano. Esse elevado índice de crescimento
populacional na Europa foi resultado da elevação das taxas de natalidade nas principais
regiões em processo de urbanização e industrialização e, principalmente, da redução
generalizada nas taxas de mortalidade (MOGNOLI & ARAÚJO. 2005).

A população mundial cresceu acelerado após a 2ª Guerra Mundial, quando a população


das regiões menos desenvolvidas começou a crescer dramaticamente. Durante o século
XX, cada bilhão adicional foi atingido em um curto período de tempo. A população
humana entrou no século 20 com 1,6 bilhão de pessoas e encerrou o século com 6,1
bilhões. A população mundial cresceu de 2,5 bilhões em 1950 para 6,7 bilhões em 2008;
e a proporção vivendo nos países em desenvolvimento da África, da Ásia e da América
Latina e o Caribe, expandiram de 68% para mais de 80%. Índia e China, com mais de
um bilhão cada em 2008, constituem certa de 37% do total. A população mundial era de
cerca de 250 milhões de habitantes no ano 1 da era Cristã e passou para 500 milhões,
em 1500. Dobrou em mil e quinhentos anos. Por volta de 1800, a população mundial
atingiu um bilhão de pessoas (dobrou em cerca de 300 anos) e as consequências iniciais
da Primeira Revolução Industrial sobre o planeta foram apenas residuais até aquele
momento. Ao redor de 1922, a população mundial atingiu dois bilhões de pessoas
(dobrou novamente em cerca de 120 anos) e as transformações econômicas provocadas
pela Segunda Revolução Industrial começaram a transformar o mapa do mundo.
Paralelamente à difusão do modo de produção e consumo industriais, o volume da
população mundial continuou a crescer, chegando a 4 bilhões de habitantes em 1975
(dobrou em 53 anos). Nos 13 anos seguintes houve um acréscimo de mais 1 bilhão de
habitantes e, em 1999 (11 anos depois) a população do mundo chegou a 6 bilhões
(ALVES, 2007).

Ao contrário do que ocorreu nos países subdesenvolvidos, nos países desenvolvidos as


taxas de natalidade diminuíram a partir do final do século XIX. Tal fato decorre da
melhoria das condições de saneamento básico e a descoberta de vacinas e antibióticos.
Mais tarde, foram acontecendo outras melhorias para a população como: os métodos
anticoncepcionais, a urbanização e a participação cada vez maior das mulheres no
mercado de trabalho. Todos estes fatos, entre outros, contribuíram para a redução das
taxas de natalidade. A diminuição do crescimento demográfico nos países
desenvolvidos, por outro lado, trouxe um problema que eles tentam resolver: uma
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população com um grande número de idosos. Hoje, esta faixa etária representa um
aumento dos encargos para com a previdência social (ALMEIDA; RIGOLIN, 2002).
O grande aumento ocorrido com a população mundial tem sido responsabilizado com
frequência pela destruição do meio ambiente. Consequentemente, os países
subdesenvolvidos têm sua parcela de culpa nesta problemática, pelo motivo do
acelerado crescimento populacional nesses países é maior. Sendo assim, o controle das
taxas de natalidade nesses países passou a ser uma prioridade, na expectativa de se criar
um planeta mais sustentável. O avanço tecnológico e científico, ao mesmo tempo que
trouxe vantagens e progressos na área da saúde, telefonia, acesso a informação, trouxe a
destruição da natureza e do próprio ser humano.
Na dinâmica populacional, há dois processos que provocam o crescimento populacional.
São elas:
Crescimento Vegetativo ou Natural – corresponde à diferença entre nascimentos e os
óbitos; é expresso em percentagem. A taxa de crescimento vegetativo é a diferença entre
a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade verificada em uma população em
determinado período (geralmente um ano). Quanto maior é a diferença maior é o
crescimento populacional. Se a diferença entre essas duas taxas for positiva,
significaque a população aumentou; se for negativa indica que a população diminuiu; se
as duas taxas se igualarem, registra-se crescimento zero, logo a população permanece
estável.
Crescimento horizontal ou migração líquida- equivale à diferença entre o número de
imigrantes e o de emigrantes. Esse número só será positiva se o número de imigrantes
for superior ao de emigrantes (MOGNOLI & ARAÚJO. 2005).
Problemas ambientais

O grande aumento da população, da industrialização e do consumismo trouxe riscos e


alterações no sistema ambiental, segundo PAIVA (2011) e MARTINE (1993), são:

 Queimadas (poluição atmosférica, reduz os nutrientes do solo);


 Para suprir a necessidade da população, áreas imensas são destinadas à
agricultura que causa o empobrecimento do solo e desequilíbrio do ecossistema
com a escolha da monocultura e o uso de adubos fertilizantes;
 Substituição da cobertura vegetal pelas pastagens, compactação do solo gerado
pelos rebanhos. O solo compactado dificulta a infiltração da água e aumenta o
escoamento superficial, podendo gerar erosões.
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 Erosão, redução e desaparecimento da vegetação nativa, aumento da salinidade,


desertificação, contaminação dos alimentos que a terra produz;
 Devastação e contaminação de ecossistemas, resultantes da expansão de
aglomerações e da população;
 Desmatamentos e degradação do solo, que causam a destruição da
biodiversidade;
 Enorme impacto devastador provocado na flora e nos próprios seres humanos,
através da poluição dos rios, lagos e oceanos (despejo de grande quantidade de
elementos que não são biodegradáveis como os plásticos, a maioria dos
detergentes e os pesticidas, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das
águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática).
 Os rios poluídos com o despejo de esgotos, além de resíduos tóxicos das grandes
fábricas;
 Destino incorrecto do lixo por parte da população, que atira objectos nos cursos
de água.
 Popuição da água por derramamento de petróleo;
 O surgimento de novos bairros afetam a natureza e, devido á falta de
planeamento, a interferência humana prejudica ainda mais a saúde do planta;
 Poluição do ar, ocasionando perdas, algumas irrecuperáveis, como uma grande
quantidade de espécies de mamíferos e de aves extintos nas últimas décadas;
 As fábricas ou indústrias poluindo o ar (os fumos e os gases dos altos-fornos
contribuem para o aparecimento de nevoeiros cada vez mais tóxicos), poluíção
sonona (ruído excessivo);
 Algumas indústrias emitem altos níveis de dióxido de carbono óxidos de enxofre
e todos os produtos químicos que actualmente ameaçam destruir a camada de
ozono, especialmente os que contêm cloro os chamados clorofluorcarbonetos
(CFC) gases constituídos por cloro, fluor e carbono, muito utilizados em
frigoríficos, aparelhos de ar condicionados, indústria electrónica, produção de
espumas sintéticas usadas no combate de incêndios, artigos de limpeza,
embalagem de aerossóis.
 A destruição das florestas tropicais e o aumento da quantidade de gases e outras
substâncias poluentes (com destaque para o dióxido de carbono) tem vindo a
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acentuar o efeito de estufa, com o consequente e indesejável aumento da


temperatura na troposfera. Como consequência teremos:
 Modificação do clima e alteração do equilíbrio térmico;
 Modificação no regime das precipitações e no ciclo natural da água;
 A fusão dos gelos das grandes calotes polares, o que provocará profundas
alterações na fauna e na flora e a elevação do nível médio dos oceanos,
submergindo vastas zonas costeiras que provocarão a emigração de dezenas de
milhares de pessoas, a redução das áreas de cultivo, a salinização das fontes de
água doce, aumento da extensão dos desertos e desenvolvimento de doenças;
 O desmatamento para consumo de lenha e a exploração da área de extração
mineral;
 Degradação e modificação da paisagem;
 O lixo hospitalar que ainda causa transtornos no manejo de descarte;
 Todos os anos são colocados grades frotas de veículos nas ruas e, apesar da
fiscalização, o grau de poluíção emitidos pelas descargas dos veículos ainda é
preocupante.

O modelo de sociedade de consumo que caracteriza a vida urbana actual implica o uso
de recursos naturais, em particular, os energéticos, em grande escala e a deposição de
resíduos resultantes do consumo crescente. Os autores da obra Limites de Crescimento,
Meadows et al. (1992), também chamaram a atenção para os problemas ambientais
associados ao desenvolvimento da sociedade urbana e de consumo, tendo em conta,
especialmente, o crescimento populacional e a elevada densificação urbana. Portanto, o
rápido crescimento populacional e o aumento da densidade demográfica a ele associado
tem e terá o condão de produzir danos ambientais de enorme magnitude, cujas medidas
de contenção ainda estão longe de responder ao problema, dada a inexistência de
medidas de gestão urbanas eficientes.
Um exemplo concreto é a gestão de resíduos sólidos e águas residuais. Nas cidades
moçambicanas, os aterros a céu aberto são a forma comum de tratamento de resíduos
sólidos. Quanto às águas residuais, a maioria são simplesmente descarregadas em
terrenos baldios ou directamente em águas superficiais e no mar sem tratamento prévio
(Banco Mundial, 2010). O rápido crescimento urbano e o aumento da densidade
demográfica urbana pressupõem o aumento da quantidade de resíduos sólidos e águas
residuais.
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Na ausência de medidas eficazes de gestão urbana, as consequências para o ambiente


urbano podem ser catastróficas. Os centros urbanos mais importantes de Moçambique
situam-se no litoral. Sendo Moçambique um país propenso à ocorrência de fenómenos
hidrológicos e atmosféricos intensos, tais como ciclones e inundações, especialmente, à
subida do nível médio das águas do mar devido às mudanças climáticas, o aumento da
população urbana implica o aumento de pessoas e infra-estruturas expostas ao risco de
eventos naturais extremos. Os recentes ciclones, nomeadamente Idai e Kenneth, que
assolaram a costa moçambicana mostraram a vulnerabilidade das cidades
moçambicanas ao causarem danos avultados nas cidades costeiras, em particular na
cidade da Beira (Hansine & Arnaldo. 2019).
Conferências Mundiais em prol do meio Ambiente
O homem tem se sensibilizado com a situação do planeta e com a escassez dos recursos
naturais. Infelizmente, alguns dos problemas causados pelo ser humano são
irreversíveis, mas em contrapartida ainda existem muitas formas de contribuir para uma
qualidade de vida melhor no planeta. A criação de organizações internacionais foi uma
das formas de se pensar e estabelecer metas encontradas nas principais conferências
mundiais sobre o meio ambiente.
A conferêcia de Estocolmo (1972)
Esta conferência teve como objetivo discutir as consequências da degradação do meio
ambiente trouxe o conceito de contaminação trans fronteiriça, reconhecendo que a
contaminação ambiental ultrapassava os limites políticos e geográficos, abordando
também as políticas de desenvolvimento humano e a busca por uma visão comum de
preservação dos recursos naturais.
Seus objetivos Principais.
 Discutir as mudanças climáticas;
 Discutir a qualidade da água;
 Debater soluções para reduzir os desastres naturais;
 Reduzir e encontrar soluções para a modificação da paisagem;
 Discutir as bases do desenvolvimento sustentável;
 Limitar a utilização de pesticidas na agricultura;
 Reduzir a quantidade de metais pesados lançados na natureza.
Essa conferência foi de grande importância para controlar o uso dos recursos naturais
pelo homem, e lembrar que grande parte destes recursos além de não serem renováveis,
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quando removidos da natureza em grandes quantidades, deixam uma lacuna, ás vezes


irreversível, cujas consequências virão e serão sentidas nas gerações futuras.
Eco 92
A Eco-92 ou Rio-92 foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro. Esta conferencia também ficou conhecida
por outros nomes: Cúpula da Terra, Cimeira do Verão, Conferência do Rio de Janeiro.
Foi a partir da Eco-92 que surgiram iniciativas relevantes que foram a base da política
ambiental brasileira nos últimos anos, principalmente na consolidação de mecanismos
de participação da sociedade nos programas de governo. Foi o caso do Programa Piloto
para Conservação das Florestas Tropicais do Brasil, o PP-G7, responsável pela
implementação de diversos projetos, pela estruturação dos órgãos estaduais de meio
ambiente e pela consolidação de um forte movimento socioambientalista
(MINISTÉRIO DA CULTURA, 2008, p. 448).
Durante a Eco-92 conclui-se que os países desenvolvidos, os mais industrializados, cuja
população tem alto poder aquisitivo, são os que mais poluem o ambiente e que as
nações em desenvolvimento precisam de suporte econômico e financeiro para que
cresçam de modo equilibrado. (CAMPOS, TADASHI, 2014, p. 50).
Estabelecimento alguns documentos de dentre eles a Agenda 21, “documento assinado
por 170 países participantes da Eco-92, que apresenta uma série de formulações e
diretrizes para o “desenvolvimento sustentável”, dentre elas, a elaboração de uma
Agenda 21 local pelos governos “locais””. (ACSELRAD, MELLO, BEZERRA, 2006,
p.33).
Protocolo de Kyoto
O protocolo de Kyoto é um tratado internacional firmado por 160 países em que Kyoto,
Japão, em dezembro de 1997. Tem como objetivo reduzir as emissões globais de gases
do efeito estufa -- principalmente dióxido de carbono (CO2) e metano – em cerca de
5,2%, até 2012, com base nos níveis de emissão de 1990, no período entre 2008 e
2012.O efeito estufa e o aquecimento da atmosfera pela retenção de calor terrestre sob
uma capa de gases, como carbônico. Esse fenômeno natural é agravado pela intervenção
do ser humano na natureza com a queima de combustíveis fósseis, como petróleo e
carvão (PESSINI, BARCHIFONTAINE, 2007, p. 91).
Este protocolo depois de ser transformado em lei, determinou que os 36 países
industrializados desenvolvessem ações práticas contra a emissão dos seis gases (dióxido
de carbono, metano, óxido nitroso, hidrofluorcarbono, perfluorcarbono e hexafluoreto
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de enxofre) considerados por estudiosos como os maiores causadores do aumento do


efeito estufa.
O Protocolo de Kyoto representou o primeiro passo para redução das emissões. Em
2012 ele expirou, mas a ONU e alguns governos assumiram o compromisso de fazer
novas reuniões e um novo acordo ou uma emenda do Protocolo de Kyoto com novas
metas a serem cumpridas, apesar de haverem países que gostariam de extingui-lo.
Rio + 20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, foi
realizada em 2012, na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo desta conferência foi à
renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da
avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas
principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.
A conferência teve dois temas principais: a economia verde no contexto do
desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para
o desenvolvimento sustentável.
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Conclusão
O crescimento populacional demonstra que a humanidade está acompanhando, há várias
décadas, desde a Revolução Industrial, as consequências de um sistema que visa apenas
lucro e produtividade direcionados ao crescimento econômico. A urbanização não
organizada gera diversos problemas sociais e ambientais, destacando-se: desemprego,
criminalidade, desmatamentos, queimadas, resíduos químicos despejados em rios,
poluição do ar, entre outros. Na atualidade, é possível perceber que as grandes empresas
estão preocupadas com as questões ambientais e vem adotando uma política sustentável.
Mas isso não é o suficiente, já que alguns problemas ambientais existentes são
persistentes e requerem transformações que vão desde o meio de produção até o de
consumo.
A aceleração do crescimento populacional tem contribuído muito com o estrago da
natureza. A qualidade de vida está cada vez mais pior, principalmente nas grandes
cidades, onde existe uma quantidade maior de veículos nas ruas e fábricas poluidoras. É
necessário, urgentemente, implantar a educação ambiental. O crescimento populacional
fez com que as indústrias se expandissem, a tecnologia fosse evoluída, proporcionando
vantagens para o homem, como conforto e comodidade, fazendo aumentar o
consumismo e destruído o meio ambiente.

Ao contrário do que era pouco provável, está acontecendo um processo de


transformação, onde as empresas e as pessoas de uma forma geral estão se
conscientizando da importância da preservação e conservação dos recursos naturais,
essa conscientização ainda precisa ser ampliada, pois este movimento torna as pessoas
capazes de observarem seus atos e mudá-los, caso os mesmos estejam afetando de
maneira negativa a vivência do ser humano.
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Referências Bibliográficas

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e seus impactos sobre a pobreza e o meio ambiente. Aparte, IE/UFRJ, Rio de Janeiro,
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