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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL - PEA
1. IDENTIFICAÇÃO
DADOS
EMPREENDIMENTO BLACK FREE CALÇADOS EIRELI
CNPJ 04.919.016/0001-53
BAIRRO Araguaia
E-MAIL ag.consultoriame@hotmail.com
2. INTRODUÇÃO
A educação ambiental surgiu como uma nova forma de encarar o papel do ser humano
no mundo. A partir da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental realizada
em Tbilisi (EUA), em 1977, iniciou-se um amplo processo em nível global orientado para criar
as condições que formem uma nova consciência sobre o valor da natureza e para reorientar a
produção de conhecimento baseada nos métodos da interdisciplinaridade e nos princípios da
complexidade. Na medida em que parte de reflexões mais aprofundadas, a educação
ambiental é bastante subversiva. Na busca de soluções que alteram ou subvertem a ordem
vigente, propõe novos modelos de relacionamentos mais harmônicos com a natureza, novos
paradigmas e novos valores éticos. Com uma visão holística e sistêmica, adota posturas de
integração e participação, onde cada indivíduo é estimulado a exercitar plenamente sua
cidadania. A educação ambiental aparece como um despertar de uma nova consciência
solidária a um todo maior. É com a visão do global e com um desejo de colaborar para um
mundo melhor, que se pode propor um agir local. Daí a importância de integrar
conhecimentos, valores e capacidades que podem levar a comportamentos condizentes com
este novo pensar. Em um mundo mais ético, todas as espécies têm direito à vida e as
relações humanas são mais justas.
A educação ambiental não substitui ou ultrapassa as disciplinas acadêmicas; precisa e
aplica todas elas.
Quem se engaja no processo acha-o intelectualmente excitante e diretamente útil na
solução real de problemas urgentes.
Com o crescimento populacional a degradação do meio ambiente se agrava seguindo
um efeito cascata, se traduzindo na fonte de um dos maiores males que assolam a sociedade
em virtude de consequências como o aquecimento global, escassez de água potável e de
alimentos, poluição e contaminação de solo, água e ar, extinção de exemplares da fauna e da
flora, entre outros que afetam as diversas classes econômicas e intensifica sua força nas
classes de menor renda. O planeta está doente, nossa civilização se desenvolveu sem
cuidados e devido a essa “falta de cuidados” pagamos um preço alto.
A história da cultura humana e da sua interação com o planeta físico que a suporta é a
história de um potencial ainda não concretizado.
Para ter ideia do potencial do planeta azul e da raça humana que nele habita, todas as
nações e povos precisam compreender como funcionam os sistemas naturais; precisam ter
acesso à informação sobre a real situação do planeta e precisam de técnica e instrumentos
para um gerenciamento ambiental criterioso, eficiente e produtivo. É necessário
comprometer-se a usar os recursos terrestres com sensibilidade, de modo a permitir a todos
o acesso justo às suas riquezas.
A tarefa fundamental de um programa de educação ambiental é desenvolver essa
compreensão, difundir a informação, os instrumentos e as técnicas, e ainda inspirar o
engajamento.
A maior parte da população mundial vive em cidades devido aos mais variados fatores,
tais como, migração interna, mecanização da agricultura, processo de industrialização, busca
de melhores oportunidades de emprego e qualidade de vida, etc. Em 1996 a população
urbana do país ultrapassou 67% da população total (IBGE 2000). O número de regiões
metropolitanas aumentou de 9, em 1995, para 17 em 2000.
A importância da Educação Ambiental é citada ainda na constituição nacional, mais
precisamente na lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a educação ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências que a define no
CAPÍTULO I, da seguinte forma:
“Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
3. JUSTIFICATIVA
As presentes gerações vêm presenciando o desenrolar de cenas paradoxais, que podem
ser percebidas como características deste final de milênio, marcado pela intrínseca relação
entre fenômenos de barbárie referentes ao processo de aprofundamento das desigualdades
sociais e a continua negação de condições de acesso aos bens e serviços sociais à grande
parcela da população mundial, que convive com a violação de seus direitos fundamentais,
como o direito à vida, através do acesso à alimentação, à moradia, à saúde, à educação, e
AG Consultoria Ambiental e Segurança do Trabalho Ltda.
Rua Treze de Maios, N.º 12,Sala 102, Centro, CEP: 35.650-000, Pitangui/MG
Site: www.agconsultorias.com.br | E-mail: ag.consultoriame@hotmail.com
Contato: +55 (37) 3271-4772 | +55 (37) 98806-5076
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5. OBJETIVOS
atingiria, em sua totalidade, as classes etárias, impondo o início de um processo que levaria,
a longo prazo, ao alcance da necessariamente urgente sociedade sustentável estreitando a
interação da empresa com a comunidade à qual está inserida e incentivando a produção de
conhecimentos, políticas, metodologias e práticas de educação ambiental.
6. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
a. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Black Free Calçados Eireli; CNPJ: 04.919.016/0001-53, estabelecida á Rua Nilton Cezar
de Araújo, Nº 107, Anexos 115 e 125, no Município de Nova Serrana, Minas Gerais, tendo o
Sr. Alex Moreira Lopes como seu contato e representante ambiental do empreendimento.
b. DADOS DO EMPREENDIMENTO
“O empreendimento está situado em uma área correspondente à região urbana da
cidade de Nova Serrana, região centro-oeste de Minas Gerais, nas coordenadas:
Latitude: 19º 52’ 56,90” e Longitude: 44º 39’ 28,39”.
A área total construída da empresa é de aproximadamente 7.469,50m². O
empreendimento dista 1 km e 253,94 metros do centro do município de Nova Serrana
pertencendo a Bacia Hidrográfica Federal do Rio São Francisco e Bacia Hidrográfica Estadual
do Rio Pará, tendo como curso d’água mais próximo a sub-bacia do Rio Lambari. O
abastecimento de água é feito através de fornecimento via Concessionária Local (Copasa).
7. INFORMAÇÕES ESÉCÍFICAS
8. METODOLOGIA
Com base nas informações anteriores, o artigo 225* da Constituição federal, que
impõe ao poder público e a coletividade o dever de defender os meios naturais, discorre a
proposta da institucionalização da mudança de hábitos (educação ambiental):
Na empresa:
Na comunidade:
Implantação de sistema de coleta seletiva; objetivando e proporcionando um
adiantamento do processo produtivo, com a triagem parcialmente iniciada.
Orientação aos empregados/comunidade, sobre o que fazer com o lixo orgânico para
que não haja uma homogeneização dos resíduos recicláveis e não recicláveis.
Entende-se que é uma alternativa benéfica para comunidade e faz-se um objetivo o
oferecimento de mini cursos anuais e o primeiro deles pode ter como tema a
compostagem, que é a “reciclagem” da matéria orgânica que se transforma em
adubo orgânico (composto) e deixa de comprometer a qualidade dos resíduos
9. IMPLANTAÇÃO
• O primeiro passo é difundir as ideias e ouvir o máximo de sugestões possíveis,
principalmente as advindas do público alvo.
• Ouvido o público, o passo seguinte é verificar a viabilidade das proposições e
sua afinidade com o programa, fase em que a ideia principal do programa toma
forma, bem como seu rumo e diretrizes.
• Traçado o planejamento é hora de difundir as informações com divulgação,
palestras, cartazes, panfletos, propagandas, etc, por todos os meios possíveis como
rádio, TV, internet, jornais. É de suma importância a edição de cartilha ou manual,
com texto explicativo.
• Coleta seletiva: deve ser precedida da geração de dados por gravimetria e/ou
quarteamento dos resíduos separando-os por comunidade, empresa, escola. A
geração desses dados implicará na adequação dos coletores ao tipo de resíduos com
base na RESOLUÇÃO CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 que estabelece o
código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação
de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta
seletiva.
1. Mudanças na matéria-prima;
2. Otimização da produção e boas práticas de organização (Housekeeping);
3. Mudança de Tecnologia;
4. Mudança no Produto;
5. Reutilização / Reciclagem interna e externa;
10. METAS
O programa busca induzir aos colaboradores/comunidade a inteligência e o
comprometimento com a questão ambiental.
Propõe de forma simples, alcançar níveis de sustentabilidade e qualidade de vida a
todos os indivíduos atendidos e promover o engajamento de forma objetiva da política
ambiental da empresa, o que gera consequências diretas e positivas junto à legislação
ambiental ultrapassando os limites de um simples cumprimento de dever.
12. INDICADORES
Os indicadores necessitam ser quantificados desde a implantação do projeto.
Um indicador de qualidade que pode ser tomado como universal neste projeto, é o
lixo. Ele implica na qualidade da matéria prima e a presença ou não de materiais de
diferentes classes em coletores e/ou transportadores iguais indica o insucesso da
coleta seletiva tornando necessário o ataque à causa raiz, que é a triagem por parte
da comunidade.
Acompanhamento do consumo energético e consumo elétrico por parte da empresa.
Outro indicador é o aterro ao qual se destinam os materiais que não podem ser
reciclados e já não tem mais uso. A reciclagem diretamente beneficiada pela coleta
seletiva, o sistema de compostagem proposto para que a comunidade faça uso e o
reaproveitamento de resíduos culmina em uma drástica diminuição da quantidade e
da diversidade do lixo que necessita ser aterrado, caso contrário se subverte em um
indicador de insucesso do PEA.
O interesse local pode ser medido também com a criação de mural interativo do PEA,
onde as pessoas possam introduzir pensamentos, ideias, ler notícias locais não só
sobre meio ambiente, e, elogiar, criticar, tirar dúvidas e ver fotos do programa.
13. MONITORAMENTO
Segundo a DN COPAM 110 não existe um tipo de monitoramento padrão ficando a
necessidade de adequar-se à solicitação do órgão competente, contudo, todos os passos
serão registrados e descritos criando uma espécie de manual, constando passo a passo tudo
o que foi que está e que será realizado dentro do presente PEA.
Este material deve ficar a disposição dos que por ele se interessem, no próprio
empreendimento, ou em um possível centro do PEA, de acordo com a situação econômica
da empresa, ou da disponibilidade de verbas oriundas do tripé que compõe o alvo principal
deste programa.
SILVA, CLEBER APARECIDO. Educação ambiental no ensino infantil, Divinópolis, junho – 2007.
PÁDUA, S.; TABANEZ, M. (orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São
Paulo: Ipê - 1998.
Comissão mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Nosso futuro comum, Rio de
Janeiro, FGV, - 1991.
Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente Estocolmo, Suécia -1972.
ANEXO 1:
1. INTRODUÇÃO:
O Brasil é o segundo país com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás
apenas da Rússia. Entretanto, o desmatamento está reduzindo de forma significativa a
cobertura vegetal no território brasileiro. São aproximadamente 20 mil quilômetros
quadrados de vegetação nativa desmatada por ano em consequência de derrubadas e
incêndios.
Esse processo acarreta vários fatores negativos ao meio ambiente, entre eles se
destacam: perda da biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de gás carbônico na
atmosfera, alterações climáticas, erosões, entre outros.
O desmatamento no Brasil ocorre principalmente para a prática da atividade
agropecuária. Porém, a construção de estradas, hidrelétricas, mineração e o processo
intensivo de urbanização contribuem significativamente na redução das matas.
Conforme cálculos do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, a área desmatada na
Amazônia até o ano de 2002 era superior ao tamanho do território francês. Isso se deve
principalmente à extração de madeira e atividade agropecuária. De acordo com pesquisas
do Ministério do Meio Ambiente, foi constatado que 80% da extração da madeira na
Amazônia ocorrem de forma ilegal.
A Mata Atlântica perdeu aproximadamente 93% da sua cobertura vegetal, restando
apenas 7%. Do território brasileiro, 15% era ocupado pela a Mata Atlântica. Hoje é
considerada a quinta área mais ameaçada do planeta.
O Cerrado, a partir da década de 1950 intensificou-se o desmatamento em sua área.
Isso ocorreu principalmente pela expansão das fronteiras agrícolas e políticas públicas para a
ocupação do centro-oeste brasileiro. A intensa urbanização e as atividades agropecuárias
são os principais responsáveis pelo desmatamento do Cerrado. Conforme estudos do
Ministério do Meio Ambiente, 67% do bioma sofreu modificação.
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A Caatinga teve sua vegetação reduzida pela metade devido ao desmatamento. São
aproximadamente 500 mil hectares devastados por ano.
A busca por um desenvolvimento econômico imediatista é o principal responsável
pelos desmatamentos no Brasil, desprezando um possível desenvolvimento social e
ecológico. O que futuramente acarretará problemas em grandes proporções.
2. SOBRE O PROGRAMA
O “Programa Plante uma Árvore, Plante uma Vida” é uma ação da Black Free
Calçados Eireli, voltada à restauração florestal de mata nativa em áreas degradadas, dentro
dos limites do bioma Cerrado o qual está inserida. O programa consiste na conscientização
de seus empregados quanto à preservação de áreas, matas, nascentes, combate ao
desmatamento e replantio de mudas em áreas a serem restauradas ou áreas de mata ciliar
que devem ser refeitas.
Dessa forma, realiza-se a convergência entre empresa que tem interesse de fomentar
o plantio de árvores nativas, financiando-as, e sociedade que tenha a demanda de
restauração. A adesão ao programa se dá de forma voluntária por seus empregados.
O Black Free se compromete em oferecer toda a orientação necessária para o
preparo do solo, plantio, manutenção das árvores e doação das mudas através de palestras
anuais a seus empregados.
O restauro florestal é projetado levando-se em conta critérios de máxima diversidade
de espécies e respeitando as características do ecossistema local. Sempre é plantado um mix
de diferentes espécies nativas, respeitando critérios da dinâmica de sucessão ecológica e
condições específicas do local escolhido, visando restaurar a vegetação nativa da área ao
mais próximo possível de sua condição original.
Assim sendo, a empresa torna-se responsável pelo plantio de praticamente uma
floresta inteira, com manutenção regular até seu pleno desenvolvimento.
3. OBJETIVOS
Melhorar a capacidade hídrica dos rios e nascentes, controlando a erosão do solo e
reduzindo o assoreamento dos rios;
Promover a consciência ambiental junto aos seus empregados, buscando melhorar
seus conhecimentos e práticas junto ao ecossistema o qual estão envolvidos.
Certificar essas ações através de relatórios e programas, atribuindo uma imagem
positiva da empresa junto à sociedade, fornecedores, funcionários e ao mercado.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO