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Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3

Cadernos PDE

I
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
UMA PRÁTICA CARTOGRÁFICA PARA ALUNOS DO 6ªANO DO
ENSINO FUNDAMENTAL II

Jociane Luzia Góss Menetrier1

Elaine Cristina Soares Surmacz2

RESUMO: O Ensino de Geografia é um dos métodos de alfabetização da sociedade na leitura do


espaço geográfico em suas distintas escalas e formas, e para que isso aconteça, os conhecimentos
cartográficos se apresentam como um instrumento importante. Observa-se, que grande parte dos
alunos que saem do ensino fundamental I, apresentam defasagem no entendimento da cartografia.
Assim, dentro de uma proposta de intervenção pedagógica, no Colégio Estadual La Salle – Ensino
Fundamental e Médio, localizado no município de Pato Branco – Paraná, propõe-se, analisar e
compreender as variadas formas de expressão gráfica das temáticas tratadas no ensino de Geografia
com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II. Para respaldar teoricamente as ações de
intervenção pedagógica, buscou subsídio na perspectiva crítica de estudiosos do ensino da
Cartografia, como Castellar (2010), Francischett (2004), Almeida (2011), Katuta (2002), Passini
(2007), Simielli (2007) dentre outros. O estudo concluiu que a cartografia é um eixo importante não
apenas para os alunos iniciantes, mas para toda a sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Cartografia. Localização. Geografia.

INTRODUÇÃO

Uma parcela significativa dos alunos que concluem o Ensino Fundamental I


Chegam ao 6º ano do Ensino Fundamental II apresentando dificuldade de
entendimento dos conteúdos cartográficos. As observações realizadas em sala de
aula durante anos como professora da rede pública de ensino do Estado do Paraná
indicam que os professores do Ensino Fundamental I, possuem limitações quando
trabalham conteúdos da disciplina geográfica, em especial os cartográficos. Esse
contexto, ajuda a compreender o porquê dos alunos chegarem ao Ensino
Fundamental II com um déficit de aprendizagem elevado em cartografia.
Em sala, os alunos não dominam os conceitos, os elementos cartográficos e
as técnicas elementares da Cartografia, o que vem dificultar na hora da leitura e da
interpretação de um mapa. Não raro, muitos nunca fizeram uma leitura de mapa,
logo apresentam dificuldade de se orientar no espaço.

1
Professora da rede pública de ensino do Estado do Paraná, participante do PDE 2014, graduada em
Geografia Licenciatura. E-mail: jomenetrier28@gmail.com

2
Professora orientadora do Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Centro Oeste -
UNICENTRO- Campus – CEDETEG - Guarapuava/PR. Mestre em Educação e Ensino de Geografia.
E-mail: elainesurmacz@gmail.com
O Ensino de Geografia precisa deixar claro a sua finalidade de formar um
sujeito que consiga ler o espaço, analisar o sistema e as estruturas que produzem a
sua organização, e ainda realize estudos e pesquisas reorganizadoras e
reconstrutoras do espaço.
De acordo com Callai (2005) a Geografia é uma ciência que ajuda a ler o
mundo, ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens que
podemos ver são resultados da vida em sociedade, dos homens na busca de
sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o
papel da Geografia na escola.
Diante do contexto apresentado, o objetivo desse trabalho é o uso da
prática cartográfica como recurso de orientação e localização, por meio de
intervenção pedagógica nas aulas de Geografia do Colégio Estadual La Salle Ensino
Fundamental e Médio, localizado no município de Pato Branco – Paraná, dentro do
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, com alunos de 6º ano do Ensino
Fundamental II.
A intervenção didático-pedagógica realizada buscou ampliar conceitos
geográficos como: a latitude, a longitude e as coordenadas geográficas; desenvolver
noções básicas de alfabetização cartográfica e atividades envolvendo fusos
horários. E ainda, a compreensão das principais escalas, uso da tecnologia (internet)
como complemento do aprendizado em sala de aula e a interpretação de imagens
de satélites. Além da observação e analise de diferentes imagens. Buscando ainda,
relacionar o tema de estudo a textos e imagens; desenvolvendo assim, habilidades
necessárias para a construção do conhecimento cartográfico na escola.

REVISÃO DA LITERATURA

A Cartografia e o Ensino de Geografia

Andrade (1987, p. 14) conceitua a Geografia como “a ciência que estuda as


relações entre a sociedade e a natureza”. Nesse sentido, a Geografia, devido ao seu
objeto de estudo, precisa aproximar-se de outros ramos das ciências, como a
Cartografia, a Matemática, a História, a Antropologia, a Sociologia, a Meteorologia, a
Geologia, a Psicologia, entre outras. Para a Geografia, essas ciências são
importantes, pois colaboram para a análise e pesquisa geográfica de forma
substancial.
A cartografia é a “arte de conceber, de levantar, de redigir e de divulgar os
mapas”. Sendo percebida também como: “a representação, sobre uma superfície
plana, folha de papel ou monitor de vídeo, da superfície terrestre, que é uma
superfície curva” (JOLLY, 2004, p.5).
No Ensino de Geografia, algumas vezes o produto da Cartografia (mapa)
serve somente para localização e descrição de elementos espaciais. Isso ocorre ,
segundo Francischett (2004, p. 124) porque “a maioria dos professores que
trabalham com o ensino concebem a Cartografia como a técnica de representar e ler
mapas, desvinculada do contexto da Geografia. Isso traz sérios prejuízos para o
aluno”.
Já nos primórdios de sua institucionalização, ocorrida a partir do século XIX, a
Geografia contemporânea apresenta a preocupação com a questão do uso dos
mapas. Karl Ritter, considerado um dos primeiros geógrafos contemporâneos,
realizou diversos trabalhos onde, não raras vezes, aparecem mapas de várias
regiões do globo (Europa, África, Ásia, etc.). Mesmo assim, sua posição em relação
aos mapas era bastante crítica. Para Ritter os mapas não deveriam ser entendidos
diretamente como um “instrumento” mais sim como um “modelo” inanimado da
Terra, havendo necessidade, portanto, de se tomar precauções para o seu uso
Dessa forma, não poderiam também ser considerados como fundamento para o
conhecimento geográfico e sua utilização deveria ser primordialmente como modelo
de base para o ensino. (MATIAS, 1996).
Conhecer o espaço em que se vive é manter certo domínio sobre ele. Para
muitas espécies vivas o domínio do espaço é essencial. Esse é o caso da espécie
humana. Para dominar o espaço imediato os homens primitivos aprofundaram seus
conhecimentos sobre ele, explorando-o, e depois registrando em cascas de árvores
e paredes de cavernas, através de desenhos, o que de mais importante
encontravam. Com esses mapas os homens das cavernas podiam imaginar
trajetórias e indicar lugares (JOLLY, 2004).
Para Matias (1996) o jogo entre o conhecimento e fé acompanhou o
progresso da cartografia pela história humana. Hoje, temos inúmeros instrumentos
facilitadores do trabalho de conhecer o espaço e tomar decisões sobre ele e esse
enorme avanço foi fruto da preocupação e do desejo. Obviamente o avanço foi lento
e gradual. Até se conseguir, por exemplo, a forma da terra arredondada, muito
trabalho foi realizado.
A Cartografia como linguagem, é de amplo valor ao Ensino de Geografia, pois
se trata de um importante meio de comunicação e informação geográfica. O mapa,
um dos seus produtos, sempre esteve associado ao seu ensino. Assim a
Cartografia, no Ensino de Geografia, ajuda a localizar o objeto de estudo, a entender
por que aqui e não em outro lugar; a saber, como é esse lugar; o porquê desse lugar
ser assim; por que as coisas estão dispostas dessa maneira; qual a significação
desse ordenamento espacial; quais as consequências desse ordenamento espacial
(JOLLY, 2004).
É evidente que a cartografia escolar atual é herdeira da modernidade.
Cabendo a ela, por meio do professor de geografia, introduzir o aluno no mundo dos
mapas, explicando-lhe as bases fundamentais, as simbologias, a utilidade, e a
magia, despertando nele o interesse por este verdadeiro texto em desenho, de fonte
abstrata de conhecimento, dos quais não se pode abrir mão.
O jogo entre o conhecimento e fé acompanhou o progresso da cartografia
pela história humana. Hoje, temos inúmeros instrumentos facilitadores do trabalho
de conhecer o espaço e tomar decisões sobre ele e este enorme avanço foi fruto
desta preocupação e deste desejo. Obviamente o avanço foi lento e gradual. Até se
conseguir, por exemplo, a forma da terra arredondada, muito trabalho foi realizado
pontuando as informações obtidas sobre coordenadas geográficas e elementos de
um mapa.
De posse dessas informações começamos aplicar nossa implementação. As
aulas de cartografia não podem ser aulas isoladas do contexto: “agora mapas;
depois teoria…” (KATUTA, 2002, p.44) dá mesma forma que se criticou há algum
tempo o isolamento da geografia física do contexto da humanização do espaço,
pode-se criticar hoje o que muitos livros trazem conteúdos de cartografia
fragmentados, sem qualquer ligação com o conteúdo específico do capítulo que
conclui.
Entende-se que a educação é um processo de formação do ser humano, que
objetiva prepará-lo para a vida, dotando-o de conhecimentos e habilidades que o
tornem capaz de compreender o mundo e intervir conscientemente para modificar a
realidade em que vive, de modo a edificar uma sociedade livre, justa e solidária.
Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008, p. 83),
“propõem-se que os estudos sejam lidos, pelos estudantes como se fossem textos,
passíveis de interpretação, problematização e análise crítica, e que jamais sejam
meros instrumentos de localização dos eventos e acidentes geográficos”.
Para Katuta (2002), a importância do uso da linguagem cartográfica no ensino
de Geografia, resulta de uma construção teórica prática que vem desde os anos
iniciais e segue até o final da Educação Básica.
Assim o domínio da leitura de mapas é um processo de diversas etapas
porque primeiro é acolhida à compreensão que o aluno tem da realidade em
exercícios de observar e representar o espaço vivido, com o uso da escala intuitiva e
criação de símbolos que identifiquem os objetos. Depois são desenvolvidas as
noções de escala e legenda, de acordo com os cálculos matemáticos e as
convenções cartográficas oficiais.
No entanto, o que se percebe é que professores e alunos de todos os níveis
de ensino ainda possuem grandes dificuldades para lidar com conteúdo de
cartográfico. Observa-se que há um distanciamento entre as mudanças que ocorre
na Geografia acadêmica e na escolar.
Para Carvalho (2008) o mesmo acontece entre a maneira como os alunos se
relacionam com o conhecimento e o que acontece em sala de aula e, assim,
estamos, mais uma vez, diante da impossibilidade entre a Geografia das
universidades e a da escola básica. O autor observa ainda que:

A realidade brasileira revela que o discurso adotado em sala de aula pelo


professor ainda está fundamentado, na maioria das vezes, nos manuais
didáticos e em discursos apreendidos da mídia. Nessa perspectiva, a
memorização passa a ser o objetivo das aulas, a partir das informações
obtidas por meio de jornais, programas de TV e internet (CARVALHO, 2008,
p. 10).

No entanto dentro da organização curricular, existem alternativas por parte do


professor. Ao mesmo tempo, o aluno chega à sala de aula sem saber o que irá
aprender, começando nesse ponto uma contradição na relação professor-aluno
(CARVALHO, 2008).
Outra contradição bastante vista e que se pode aconselhar é a escolha dos
conteúdos, que necessitaria estar relacionada com uma concepção geográfica para
que se possam fundamentar a seleção dos objetivos e a maneira como será
ensinada (CARVALHO, 2008).
Conferi que muitos conteúdos e conceitos ligados às áreas de cartografias e á
Geografia da natureza são muitas vezes deixados de lado.
Diante disso, pergunta-se: qual o papel do Ensino de Geografia nas séries do
fundamental I e II e do médio? Se for para contribuir para a formação do aluno e
ajudá-lo a entender o mundo em que vive, estabelecer relações entre a sociedade e
o meio físico, não é o caso de nos perguntarmos quais são os princípios que
norteiam a organização curricular da Geografia escolar?
Não se pode duvidar que, para responder a essas perguntas, é importante
definir os objetos de aprendizagem em função da interpretação que se fará do
fenômeno geográfico que será estudo. Portanto, a necessidade de se pensar sobre
o que pretendemos ensinar passa por explicar o como, o que e para que estamos
ensinando.
Ao responder essas questões, estamos também levando em conta o que
entendemos por saber escolar, partindo da análise da realidade e considerando que
queremos que nossos alunos ocupem um lugar na vida democrática, saibam fazer
escolhas e compreendam o lugar em que vivem.
O saber escolar encontra-se então, em um contexto de conhecimento e no
âmbito das relações sociais.
Segundo Castellar (2010, p.161) “A principal questão que se destaca está
relacionada com a aprendizagem e o domínio dos saberes. Quando o aluno apenas
memoriza, ou não vê objetivos no que aprende, acaba esquecendo os conteúdos
após aplica-los em uma avaliação”.
No entendimento de Carvalho (2008) ao se versar do domínio dos saberes,
entende-se que não é só aplicá-los de forma mecânica em situações do cotidiano,
mas compreendê-los para que, na aplicação, haja sentido e coerência com a
realidade, ou seja, articular as referências teóricas com a prática. A autora destaca
ainda que:
O desafio está na mediação entre o saber acadêmico e o saber escolar, na
medida em que o professor deve incorporara as mudanças propostas pelo
sistema escolar e organizar o currículo com base nos pressupostos teórico-
metodológicos da geografia e da pedagogia. (CARVALHO, 2008, p.11).

Espera-se, que em uma prática de ensino mais dinâmica, o aluno possa não
apenas dar significado, mas compreender o que está sendo ensinado. Optando por
uma metodologia de ensino que envolva o aluno na construção do conhecimento,
espera-se ainda que ele estude a partir de situações do cotidiano e relacione o
conhecimento aprendido para analisar a realidade, que pode ser a local ou a global.
Muitas vezes, é necessário ter uma referência na história, no passado e em outros
lugares do mundo para estabelecer relações com o local e compreender o entorno.
Nessa perspectiva, Carvalho (2008) acredita que é condição para a
aprendizagem significativa não apenas a estrutura do conteúdo, mas como ele será
ensinado, qual será a proposta didática para que estimule as estruturas cognitivas
do sujeito e também qual a base conceitual necessária para que o aluno possa
incorporar esse novo conhecimento ao que ele já sabe.
O professor, ao organizar os conteúdos, deve pensar sobre eles, planejá-los,
imaginar como será a aula e, em seguida, reorganizá-la, sendo esses procedimentos
a base de todas as ideias que se concretizam. Isto é, pensar em como se organiza a
aula, desde os objetivos e conteúdos até o passo-a-passo das atividades. Por isso,
vale considerar os objetivos que serão trabalhados com os alunos. Em linhas gerais,
podem-se destacar alguns objetivos para o ensino de geografia, levando em conta o
seguinte:
Compreender os conceitos geográficos a partir do uso da linguagem
cartográfica e gráfica; reconhecer e fazer uso dessas linguagens e outras com
diferentes gêneros textuais, imagens, audiovisuais, documentais para explicar,
analisar e propor soluções que utilizem os conceitos geográficos em situações do
cotidiano. Nesse caso, na visão de Castellar (2010, p.4):

O professor irá valorizar a capacidade de leitura e escrita do aluno, iniciando


uma atividade interdisciplinar para aprofundar conceitos geográficos. Ao
utilizar imagens, vídeos, obras de artes ou um texto literário, pode-se
estimular o aluno a compreender os conceitos geográficos, considerando
não só a capacidade cognitiva, mas os aspectos afetivos e culturais,
potencializando a aprendizagem significativa. É importante entender que
essas linguagens não são instrumentos ou meras ferramentas, mas são
utilizadas como propostas voltadas para o processo de aprendizagem e
para a ampliação do capital cultural do aluno.

Deve-se considerar que o currículo escolar não é permanente, pois na visão


de Carvalho (2008) os conteúdos podem ser substituídos a medida que ocorram
mudanças na realidade e no mundo tecnológico e científico. No entanto, eles são
construídos social e culturalmente, o que significa que a escola tem um papel
importante ao possibilitar a difusão do conhecimento em um contexto social, cultural
e histórico. É essencial ainda na visão de Carvalho (2008) dar a todos não o ensino
de geografia, mas uma “educação geográfica” cujo fim é conseguir que os homens
não se sintam mal nos seus espaços e meios.
Dentro de suas próprias paisagens e regiões, mas também nas paisagens e
regiões de civilizações que não são as suas [...]. Sendo assim conhecerão as
origens e as evoluções e, compreendendo-as, estarão aptos a agir e transformá-las
com conhecimento de causa (SCHOUMAKER, 1999, p. 32). O autor complementa
afirmando que:
A educação geográfica contribui para que os alunos reconheçam a ação
social e cultural de diferentes lugares, as interações entre as sociedades e a
dinâmica da natureza que ocorrem em diferentes momentos históricos, isso
porque a vida em sociedade é dinâmica, e o espaço geográfico absorve as
contradições em relação aos ritmos estabelecidos pelas inovações no
campo da informação e da técnica, o que implica, de certa maneira,
alterações no comportamento e na cultura da população dos diferentes
lugares (SCHOUMAKER,1999, p. 32).

No entanto, com a ampliação do acesso à mídia, multiplicaram-se as


informações do mundo e, para muitos alunos e alguns professores, o conhecimento
geográfico está transmitido pela TV e internet.
Observa-se, portanto, que a Geografia é mais do que possuir essas
informações, e estuda-las significa relacioná-las aos métodos de análise e
processos de aprendizagem. Cabe destacar a importância do papel da Geografia
como disciplina escolar para conhecer o mundo e compreender o mundo.
Na educação geográfica, para obter a compreensão necessária do mundo, é
importante formular hipóteses a partir de observações, para posterior comprovação
e análise. O passo fundamental para esse processo de análise é ter a prática
científica articulada com o desenvolvimento teórico, ou seja, a dimensão da prática
pedagógica e da epistemologia da ciência geográfica.

A orientação: contextualização e uso escolar

A “orientação e as Corridas de orientação” podem se tornar metodologias


extremamente interessantes enriquecedoras no contexto da Cartografia Escolar e da
Geografia. Assim, segundo Friedmann (2003), os dicionários costumam listar muitas
definições para a palavra orientação, entre eles destacam-se “determinar uma
posição ou direção em relação aos pontos cardeais” e “determinar uma direção a
seguir, a fim de atingir um destino específico”. De modo geral, esses significados
descrevem o que é orientação (FRIEDMANN, 2003).
A bússola de orientação (ou bússola de campo) tem sua base plana
transparente e seu desenho básico surgiu na Suécia, na década de 1930. A sua
concepção combina vários recursos com intuito de facilitar sua operação. “Pode-se
dizer que a bússola de orientação combina quatro instrumentos: uma bússola, um
escalímetro, um transferidor e um esquadro”(FRIEDMANN, 2003, p.27).
Para Batista et. al. (2008) as diversas técnicas de uso são todas baseadas na
combinação de dois procedimentos básicos: a) determinar a direção correspondente
a do azimute; b) determinar o azimute correspondente a uma direção. Logo, a
relação entre a direção referencial da bússola e dos demais azimutes permite
conhecer diversas direções, bem como facilita a localização e orientação no espaço.
Para o autor “o trajeto, em uma Corrida de Orientação, costuma ser definido
por pontos de passagem que terão de ser percorridos de forma sequencial, sendo
conhecidos formalmente como pontos de controle” (BATISTA, et. al.,2008, p.4). O
critério básico de classificação perpassa pelo “menor tempo obtido no percurso
completo: ponto de partida, postos de controle – na sequencia correta – e ponto de
chegada. (...) Os tempos de partida e de chegada de cada participante são anotados
e o respectivo tempo de percurso é obtido pela simples diferença entre esses
momentos” (FRIEDMANN, 2003, p.67).

METODOLOGIA, RESULTADOS E DISCUSSÕES

O projeto de intervenção foi materializado no Colégio Estadual La Salle,


Ensino Fundamental e Médio, localizado no Município de Pato Branco – PR. Os
alunos selecionados para a implementação, foram alunos do 6º ano do ensino
fundamental II. A proposta intervenção pedagógica se deu a partir da elaboração de
um caderno pedagógico de título “Cartografia: uma prática cartográfica para os
alunos do 6ºano do ensino fundamental II”. Para tanto, fez-se uso de textos
historiográficos, fotografias, vídeos, mapas com diversidades temáticas, filmes
didáticos, atlas geográficos, cartas simples, planta do município de Pato Branco,
papel vegetal, placa de isopor e rosa-dos-ventos.
Pautando-se no embasamento teórico, compreendendo a importância e a
necessidade do contato com a cartografia nos primeiros anos escolares, procurou
desenvolver ações que tenham uma aprendizagem significativa de investigação.
Nesse trabalho, a ênfase foi dada na dinâmica do método dialético (prática-teoria-
prática), no qual o processo de investigação deve ser revisado, e considerado assim,
a historicidade dos fatos.
Aos alunos, foi disponibilizado um questionário com dez questões fechadas, o
intuito foi realizar um diagnóstico da turma sobre o entendimento a respeito da
temática a ser trabalhada. Responderam o questionário 25 alunos do 6ª ano do
período vespertino e como resultado tivemos: A questão de um versava sobre “você
já ouviu falar em cartografia?” 32% dos alunos disseram que sim , 68% disseram
não. Nessa situação é possível perceber que o conteúdo cartográfico trabalhado em
sala de aula com o aluno não é entendido por ele como significativo e de uso
cotidiano.
Na segunda questão temos “o que é mapa para você?” Um recurso de
orientação ou algo que propicia a você segurança? 89% dos alunos disseram
que o mapa é um recurso de orientação e 11% disseram que é algo que vem
propiciar segurança. Aqui temos a relação do mapa com a orientação espacial.
Na terceira questão traz “você sabe par que servem as linhas que traçam
o mapa?”. Apenas 10% dos alunos disseram saber, mas quando questionados não
souberam responder e 90% deles disseram não. O que nos diz haver a necessidade
de melhorar a qualidade e a forma de explicar esse tema em sala de aula e de forma
mais concreta e significativa para o aluno.
Na questão de número quatro temos “para que serve a escala de um mapa
?” 87% disseram ser para aumentar o tamanho de uma área no desenho e 13%
disseram ser para redução de área. Essas respostas dão conta que os alunos têm a
noção do uso da escala.
Na questão de número cinco temos “você sabia que através da legenda do
mapa conseguimos fazer a leitura desse mapa?” 55% dos alunos disseram ter
essa informação e 45% disseram não saber. Na questão de número seis perguntou-
se “como você se orienta para vir para a escola?” 80% dos alunos disseram ser
pelos nomes de ruas ou pontos de referências e 20% por meio de placas de trânsito.
Na questão sete perguntou-se “você sabe de que lado o sol nasce?” 79%
disseram sim e 21% disseram não saber. Essa situação reforça a necessidade de
um ensino relacionado ao cotidiano vivido. Na questão de número oito perguntou-se
“você já trabalhou com atlas” 100% dos alunos disseram não ter trabalhado. Essa
situação vem reforçar a necessidade de maior contato com materiais cartográficos
para além do livro didático.
Na questão de número nove perguntou-se “quando você precisa se
orientar, que instrumento usa?” 1% dos alunos fizeram referência a bússola, 90%
ao GPS (Sistema de Posicionamento Global) e 9% mencionaram os mapas. Na
ultima questão a de número dez perguntou-se “você conhece a rosa dos ventos?”
99% dos alunos disseram sim e 1% disse não. O trabalho com a rosa dos ventos é
uma atividade que está inserida nos conteúdos de Geografia desde as séries iniciais
do Ensino Fundamental e assim justifica essa intimidade dos alunos. Posterior a
esse diagnóstico inicial, foi possível traçar as ações de intervenção pedagógica.
Para tanto, foram divididas as estratégias de ação em oito passos, que foram
trabalhadas em 32 aulas, com uma turma de 25 alunos como já mencionado.
1ª passo - Inicialmente foram feitas apresentações para os alunos do 6° ano,
turma A do período vespertino, com explicações e informações sobre o Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE).
Posteriormente, foram apresentados aos alunos conteúdos com ênfase na
prática social vivida por eles, baseada em fatos históricos, reais e nos
conhecimentos dos alunos pré-existente sobre Cartografia. A intervenção
pedagógica se deu em oito etapas.
1ª etapa - os alunos percorreram os espaços da escola e os fotografaram,
tanto os espaços abertos como os fechados, bem como, pontos de referências
dentro e no entorno da escola.
2ª etapa - desenvolveu-se com os alunos uma atividade entendida como
lúdica. Um grande labirinto, no qual os alunos tentam encontrar saídas através do
uso da lateralidade. Nessa aula foi confeccionado uma rosa dos ventos e trabalhada
a posição do homem em relação a Terra e seus movimentos. Após trabalhar a teoria
do tema orientação, pontos cardeais, colaterais e subcolaterais, levou-se os alunos
para uma atividade prática. A intencionalidade estava no reconhecimento pelos
alunos das direções e que as indicassem corretamente, localizando o nascente e o
pôr do sol e denominando os pontos de orientação, tendo como referência o próprio
pátio da escola.
Também foi realizada uma atividade com roteiros, nessa, os alunos deveriam
identificar as direções corretas e assim cumpririam a tarefa.
3ª etapa - dentro da perspectiva lúdica, os alunos produziram um relógio do
sol, após assistirem um vídeo tutorial, que mostrava passo a passo a confecção.
Nessa atividade foi possível observar que os alunos do 6º ano, não conseguiram
atingir o objetivo proposto. E isso se deu devido às condições meteorológicas na
data, outro fator que contribuiu para de forma negativa foi o grande número de
alunos.
4ª etapa – Deu-se continuidade ao trabalho com aplicação de atividades
referentes ao desenho de mapas (mental) sobre o espaço conhecido, relacionado e
habitado por eles. Vivenciando o conteúdo, com uma de planta baixa da escola, em
grupos os alunos fizessem comparações e argumentação sobre o mapa realizado
por eles e a planta baixa real da escola. Para tanto fizeram uso de símbolos
cartográficos. Nessa atividade o objetivo foi a compreensão de conceito real do
lugar, do espaço geográfico onde vivem.
5ª etapa – Nessa etapa a opção foi pela aula de campo. O local escolhido foi
o quarteirão do colégio. Os alunos fotografaram os pontos de referências, e fizeram
observações. Posteriormente os alunos desenharam o croqui do quarteirão da
escola, indicando o nome das ruas por onde passaram.
Em seguida, em equipes e de posse de fotocópias de um trecho do guia de
ruas da cidade, fizeram uso de uma cartolina e puseram no centro da mesma
diversas fotos produzidas pelos alunos, indicando sua localização no mapa.
Nesse sentido, para a educação geográfica, além de priorizar, em suas
abordagens nas aulas, as análises sobre a organização dos arranjos espaciais das
cidades em função do desenvolvimento industrial e agrário regional, nacional e
mundial, deve também considerar as semelhanças entre os continentes no que se
refere à fauna e a flora.
Entender esses arranjos e as transformações que ocorrem no espaço passa
por compreender que, ao mapear os lugares e os fenômenos, também se deve
considerar o tempo social.
7ª etapa – entendendo que a educação geográfica contribui para que os
alunos reconheçam a ação social e cultural de diferentes lugares, as interações
entre as sociedades e a dinâmica da natureza que ocorrem em diferentes momentos
históricos, isso porque a vida em sociedade é dinâmica, e o espaço geográfico
absorve as contradições em relação aos ritmos estabelecidos pelas inovações no
campo da informação e da técnica, o que implica, de certa maneira, alterações no
comportamento e na cultura da população dos diferentes lugares.
O estudo dos fenômenos geográficos em escalas de análise possibilita
superar a falsa dicotomia existente entre o local e o global, na medida em que
amplia-se o olhar. Ou seja, ao mesmo tempo em que se estudam o lugar de vivência
e outros que existem no mundo, o senso comum é rompido, o que favorece a
ordenação dos conteúdos geográficos, o que muitas vezes acaba gerando um
discurso descritivo do espaço geográfico.
Por isso, introduzir Google Earth como uma ferramenta que pode ser utilizada
para realização do mapeamento participativo. A grande popularidade, com interface
e ferramentas de manuseio simples. Nessa atividade desenvolveu-se a noção
espacial e a representação cartográfica usando Google Earth.
Os alunos trouxeram seus tablets e celulares, para trabalharem a localização
da escola na cidade, no Paraná, na América, no mundo. Assim eles fizeram com o
local onde eles moram, ou seja, a casa deles.
7ª etapa – Percebeu-se que a Terra se desloca de oeste para leste em sua
rotação, o que dá a impressão que o sol se desloca de leste para oeste. Deste
modo, entre dois pontos que estejam em longitudes diferentes, aquele que estiver
mais a leste passará primeiro sob o sol, apresentará horas mais avançadas, do que
o outro a oeste.
Tendo em vista a dinâmica do trabalho em questão, como conciliar um mundo
de rápidos deslocamentos e mais rápidas comunicações com a hora verdadeira ou
solar?
Iniciou-se com uma animação, por meio de atividades lúdicas e interativas o
aprendiz é motivado a compreender de forma “mais atrativa” os conceitos chaves
dos fusos horários. Justifica-se a importância deste conteúdo por se tratar de uma
questão atual e com aplicação na vida cotidiana do educando. Entender as horas,
nos diferentes lugares do mundo, torna-se indispensável no atual mundo
globalizado. Neste momento apresentamos o globo terrestre escolar que já possui a
inclinação adequada. Juntamente com os alunos e utilizando a tabela de fuso
horário, analisamos o que estava acontecendo. Porque existe essa diferença de
horário? Após a análise e demonstração da maquete pedimos aos alunos que
simulassem uma conversa com alguém do outro lado do mundo.
O registro da atividade foi através da construção de uma estória com o tema:
Meu amigo mora no outro lado do mundo. Para desenvolver essa atividade solicitou-
se aos alunos que fizessem uma estória contando como seria conversar com
alguém que está a 24 horas de diferença de fuso horário. A sala foi dividida em trio,
os alunos escolheram o local com auxílio do atlas escolar, depois do texto pronto
apresentarão a turma.
8ª etapa- o desafio proposto para esse material foi “uma prática cartográfica
para alunos do 6ªano do Ensino Fundamental II”.
Parte-se do princípio de valorização do conhecimento prévio dos alunos, de
sua realidade. Dessa forma, cabe a geografia abordar de forma reflexiva o papel dos
atores sociais no seu espaço, entendendo o conjunto de objetos e ações que o
formam (FERNANDES, GEBRAN, 2010). Assim,
Portanto a partir dessas práticas desenvolvidas com os alunos, foi montado
um livrinho ilustrado com atividades de revisão do conteúdo trabalhado.
Diante da proposta de Intervenção Pedagógica, após a aplicação e
desenvolvimento dos conteúdos propostos, foi possível perceber que os processos e
as ações realizadas foram de grande relevância para o ensino da Geografia, tanto
para o professor quanto para o aluno. Na prática docente foi possível associar os
conteúdos abordados em sala à realidade vivida e observada pelos alunos no
espaço geográfico onde os mesmos estão inseridos.
Em se tratando de um conteúdo que insere o estudo da leitura cartográfica no
espaço e no lugar de vivência, é algo de grande valia para os aluno do 6° ano, uma
vez que trabalhar com situação problema que estejam diretamente ligados ao
cotidiano dos alunos, fará com que eles possam ser melhores preparados para
contribuírem com conhecimentos fundamentais sobre o assunto, já que a grande
relevância do ensino da Cartografia juntamente com a geografia se dá pelo fato de
que aos poucos os alunos estarão sendo inseridos no mundo das representações
gráficas e começarão a conhecer o mundo das projeções, adquirindo uma noção
crescente da linguagem cartográfica, desenvolvendo assim o seu conhecimento
através de uma aprendizagem significante e não apenas por mera reprodução de
conhecimento.
Por meio dos recursos audiovisuais e cartográficos houve uma melhor
aproximação, facilitando assim a observação, identificação, análise, compreensão e
interpretação dos lugares, havendo uma interação entre professor, aluno e o
material utilizado.
Trabalhando com mapas foi possível perceber que havia algumas limitações
por parte de alguns alunos, pelo fato de que os mesmos não tiveram nos primeiros
anos escolares, um maior contato com o ensino da cartografia, o que fez com que
esses alunos necessitassem de mais atenção e maiores informações a respeito do
conteúdo que estava sendo desenvolvido.
Nas experiências contemporâneas da prática docente e da escola, são muito
grandes, por isso, tanto a escola como o professor, precisa estar ligados a vida
social atual, para que possam cumprir bem o seu papel perante a sociedade.
Ao final da intervenção, novamente foi apresentado aos alunos o mesmo
questionário diagnóstico inicial. Agora com a finalidade de avaliar a forma trabalhada
da temática.
Todas as respostas apresentaram conhecimento e entendimento das
questões apresentadas. Relacionaram as atividades realizadas em sala com a vida
cotidiana e compreenderam a necessidade dos conhecimentos cartográficos no dia
a dia. As atividades atingiram os objetivos e ainda reafirmou a necessidade do
professor criar diferentes formas de apresentação dos conteúdos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso da linguagem cartográfica é de fundamental importância para o


desenvolvimento do cidadão em suas atividades diárias, desde uma simples
indicação de um caminho entre a casa e o local de estudo até mesmo em situações
mais complexas que necessitem de uma análise mais apurada do espaço a sua
volta, as noções cartográficas devem estar presente no intelecto das pessoas,
todavia como já foi explanado, alfabetizar cartograficamente os alunos, desde as
séries iniciais, corresponde em uma atividade pedagógica fundamental para o bom
desenvolvimento da cognição visual do aluno, não só para o seu aprendizado dos
conteúdos geográficos mais também para a vida do aluno que passara a conhecer a
representação do espaço em que vive.
É importante ressaltar a necessidade em ensinar Cartografia nas escolas, de
certo modo partindo das séries iniciais, que são fundamentais para que o indivíduo
venha no futuro compreender conceitos não apenas geográficos, mas de diversos
âmbitos de suas relações sociais.
É preciso que a dinâmica da escola permita a manifestação do conhecimento
de professores e alunos, com suas histórias, com suas experiências, com seus
saberes e sua cultura. É importante fazer com que o aluno possa ir construindo seu
conhecimento geográfico de forma crescente no mundo das projeções cartográficas,
permitindo também que os mesmos compreendam melhor o processo de produção e
transformação do espaço geográfico de forma crítica e dinâmica, buscando um
conhecimento cientificamente produzido.
Sendo assim, pode-se concluir que a cartografia é realmente um eixo
importante não apenas aos alunos iniciantes, porém para toda a sociedade mesmo a
cartografia essa que é pouco explorada nos ensinos mais “adiantados” que não
mostra perspectiva de uso e não faz dominar conceitos que perdem a importância
diante da deficiência, ora de profissionais qualificados, ora de materiais para o
ensino cartográfico.
Dessa forma, tanto professor quanto o aluno podem perceber através da
prática e da teoria, o valor entre o significado das aulas e da importância da escola
para ambos, indo além do senso comum. Todo o desenvolvimento do trabalho, as
descobertas, avanços e frustrações foram socializadas no Grupo de Trabalho em
Rede (GTR) a fim de compartilhar as diferentes situações de ensino.

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