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DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA
RESUMO
repensar o papel da geografia, uma disciplina que, até início da década de 1970,
limitava-se à descrição e memorização dos fatos.
No entanto, a partir de meados dos anos 1970, a ciência geográfica obte-
ve grandes avanços teórico-metodológicos, buscando fornecer subsídios tanto
para melhor compreender o espaço em que vivemos, quanto para assumir um
compromisso com a transformação social.
Tais mudanças nos levam ao entendimento de que ensinar geografia pas-
sou a ser uma tarefa mais complexa.
Caderno de Geografia, Belo Horizonte, v. 13, n. 20, o. 91-101, 1" sem. 2003
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A EDUCAÇÃO CARTOGRÁFICA E O PAPEL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA
J Define-se como Ensino Fundamental o período que compreende o primeiro ciclo (13 e 23 séries),
segundo ciclo (3" e 43 séries), terceiro ciclo (53 e 63 séries) e quarto ciclo (73 e 8' séries) da Educação
Básica, com duração mínima de oito anos.
(...) no fim do século XIX ou no começo do século XX, que se opera a separação
entre a profissão de geógrafo e a do cartógrafo e a primeira se transforma pro-
fundamente: os interlocutores do geógrafo, que tinham sido, até então, homens
de ação e de poder, são substituídos por jovens estudantes, futuros professores.
Essa época marca, portanto, uma transformação considerável na evolução da-
quilo que se chama a "geografia". (p. 217)
E=i.
D
real, numa folha de papel jornal ou no piso da sala de aula ou da quadra de es-
portes, utilizando-se giz. Após ser feito o contorno da mesma no papel ou no
chão, pode-se trabalhar a noção de lateralidade. Depois de dividir o desenho
na altura da cintura, encontra-se a parte de cima e a parte de baixo. As noções
de direita e esquerda podem ser desenvolvidas, dividindo-se o desenho no sen-
tido vertical.
Diversas outras atividades, como a representação da planta da sala de
aula, com a distribuição das carteiras em fileiras e colunas, auxiliam na intro-
dução da noção de coordenadas (localização), escala etc.
A educação cartográfica deve ser entendida como um processo que se
inicia desde os primeiros anos da escolarização, tendo como base a participa-
ção efetiva da criança na construção dos conceitos/conteúdos da cartografia.
Deve-se, pois, possibilitar ao aluno a oportunidade de ser sujeito do co-
nhecimento, participando ativamente do processo ensino-aprendizagem. Ativi-
dades simples, desenvolvidas cotidianamente, tais como as discutidas aqui, es-
timulam o aluno a construir conceitos, estabelecer comparações entre os diver-
sos lugares, tornando a construção do conhecimento geográfico, por meio de
mapas, algo prazeroso e significativo.
ABSTRACT
Referências
AGUIAR, V. T. B. de. Cognição e representação geográfica de espaço. Sociedade e
natureza. Uberlândia, v. 11, n. 21, p. 57-65, jan/dez, 1999.
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São Paulo: Atual, 1996.
ALMEIDA,R. D de. Do desenho ao mapa: iniciação cartográfica na escola. São Paulo:
Contexto, 2001.