Você está na página 1de 12

UPE - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO/CMN

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

ANDRESA LARISA DA SILVA BARBOSA, EUCLIDES GABRIEL ALBUQUERQUE


SILVA, JOERLYSON ISLAN DE LIMA ARAUJO, KAYLANE CAVALCANTI GOMES
DA CUNHA, YASMIN MARIA DA SILVA

UM ESTUDO GEOGRÁFICO ATRAVÉS DE IMAGENS DE CAMPO

NAZARÉ DA MATA
2023
1. Introdução

A princípio, a aula de campo é uma metodologia de ensino que transcende as


fronteiras das salas de aula tradicionais, proporcionando aos estudantes uma experiência
educacional envolvente e enriquecedora. Durante uma aula de campo, os alunos têm a
oportunidade única de sair do ambiente escolar convencional e explorar diretamente o mundo
real, aplicando teorias e conceitos aprendidos em sala de aula a contextos práticos e reais.
Essa abordagem pedagógica oferece uma variedade de benefícios, incluindo a promoção do
aprendizado ativo, o estímulo à observação crítica, o desenvolvimento de habilidades práticas
e a conexão mais profunda com o assunto em estudo. Além disso, à medida que a educação
continua a evoluir, a importância das aulas de campo como ferramenta educacional vital
continua a crescer, proporcionando uma educação mais completa e cativante aos estudantes.
Em relação à Biogeografia, a Geografia Agrária e a Geografia Urbana são
subcampos interligados da geografia que exploram diferentes aspectos da relação entre os
seres humanos e o ambiente. A Biogeografia, por exemplo, estuda a distribuição de espécies e
ecossistemas na Terra, considerando fatores naturais e humanos que influenciam essas
distribuições. Por outro lado, a Geografia Agrária se concentra na análise das práticas
agrícolas, uso da terra e questões relacionadas à produção de alimentos, examinando como a
natureza molda as atividades agrárias e vice-versa. Por fim, a Geografia Urbana se concentra
na organização, expansão e dinâmica das cidades, considerando aspectos como planejamento
urbano, crescimento populacional e impactos ambientais. A interseção entre esses campos
ocorre quando se investigam os efeitos das atividades agrícolas e urbanas na biodiversidade e
nos ecossistemas, bem como a influência do ambiente natural na configuração de áreas
urbanas e na produção agrícola, mostrando como essas áreas de estudo estão intrinsecamente
conectadas em nossa compreensão do espaço geográfico.
Adicionalmente, a geografia é uma disciplina intrinsecamente ligada à observação e
interpretação do espaço geográfico, e uma das ferramentas mais valiosas para realizar estudos
geográficos é o uso de imagens de campo. Essas imagens capturam a essência da paisagem e
permitem uma análise aprofundada das características naturais e humanas que compõem
nosso mundo. Nesse sentido, a Biogeografia, como disciplina que investiga a distribuição
geográfica de organismos vivos e os processos que a moldam, desempenha um papel crucial
na compreensão da interação entre a vida na Terra e seu ambiente físico. Para ampliar ainda
mais o aprendizado e enriquecer a experiência dos estudantes nesta área, as viagens de campo
na aula de Biogeografia emergem como ferramentas pedagógicas essenciais. Essas viagens
oferecem uma oportunidade única para os alunos explorarem ecossistemas naturais,
identificarem espécies, analisarem padrões de distribuição geográfica e compreenderem os
efeitos das atividades humanas sobre a biodiversidade.
Em suma, as aulas de campo representam uma abordagem pedagógica valiosa,
enriquecendo o aprendizado dos estudantes ao proporcionar experiências práticas e reais.
Além disso, ao explorar os subcampos interligados da Biogeografia, Geografia Agrária e
Geografia Urbana, podemos compreender melhor a complexa relação entre os seres humanos
e o ambiente que nos cerca. O uso de imagens de campo amplia ainda mais nossa
compreensão geográfica, enquanto as viagens de campo na Biogeografia oferecem
oportunidades únicas para explorar a biodiversidade e os ecossistemas. Em última análise,
esses elementos demonstram como a geografia, enriquecida por abordagens práticas e
interdisciplinares, contribui para uma compreensão mais completa e significativa do nosso
mundo e da interconexão entre seus componentes naturais e humanos. Portanto, investir na
promoção e expansão dessas abordagens educacionais é fundamental para cultivar uma
educação mais envolvente e enriquecedora para os estudantes, capacitando-os a compreender
e enfrentar os desafios complexos do nosso planeta

2. Galeria de Imagens

Figura 1 - A Falta de Educação Ambiental

Foto: Joerlyson Islan, 23/08/2023


Uma foto tem essa propriedade de ser um recorte instantâneo do tempo, ele deixa de
ser um fluxo para ser aquela captura que se petrifica no próprio tempo, como podemos ver,
esse recorte temporal nos faz pensar como a poluição ao meio ambiente é um problema
crescente em nossa sociedade, com consequências graves para a biosfera e para a qualidade de vida
das gerações futuras. Muitas pessoas ainda não compreendem a importância de conservar os recursos
naturais, pois, como presenciamos na aula de campo, esse lixo era retirado de dentro dessa lagoa. A
ausência de educação ambiental dos moradores ao entorno da lagoa também contribui para a
perpetuação de comportamentos prejudiciais, como esse descarte inadequado de resíduos e o
consumo excessivo de produtos descartáveis. Além disso, a falta de consciência ambiental
pode levar a uma exploração irresponsável dos recursos naturais, comprometendo a
capacidade do planeta de atender às necessidades das futuras gerações e para combater esse
problema relatado por essa fotografia retirada da cidade do Recife-PE, é crucial promover a
educação ambiental desde cedo, nas escolas e em casa, conscientizando as pessoas sobre a
interdependência entre a humanidade e o meio ambiente. Somente através da educação
ambiental podemos esperar criar uma sociedade mais sustentável e responsável em relação ao
seu impacto no planeta.
Figura 2 - Entre os Eco

Foto:Joerlyson Islan, 25/08/2023


Essa Fotografia é um recorte de tempo bastante integrante retirada da estufa do Serta
em Glória do Goitá-PE, ela nos conta que o mundo dos ECO pode andar em comunhão, pois
a economia também pode ser agroecológica, através dessa imagem podemos notar a junção
desses dois mundos, tido como destintos e transformando-se em algo próximo de uma
economia ambiental, onde busca equilibrar o crescimento econômico com a sustentabilidade
ambiental. além de ser intrigante essa imagem imagem é bastante inspiradora e revela a
essência de uma economia ambiental em ação, buscando a integração de práticas sustentáveis
no tecido da produção. O crescimento econômico e a proteção ambiental não são mais vistas
como metas opostas, mas sim como componentes interdependentes de um futuro equilibrado.
com isso essa foto nos lembra da nossa responsabilidade em promover essa união entre
ecologia e economia, buscando uma coexistência que beneficie tanto a humanidade quanto o
planeta que habitamos.
Figura 3 - Espaço dividido entre o concreto e o natural

Foto: Andresa Larisa, 23/08/2023


Ao observar atentamente as sacadas laterais do prédio que se encontra ao centro da
imagem, pode-se notar um grande quantitativo de plantas que claramente foram postas, em
ambiente que não condiz com o seu habitat natural.
A partir disso é possível analisar diversos fatores e dentre eles, está a evolução do
trabalho paisagístico de interiores, que utiliza de plantas de diversas espécies e que nem
sempre são nativas brasileiras como forma de adorno em moradias, trazendo a problemática
de perda de espaço de reprodução das espécies nativas, se contar com o fato de que
possivelmente as plantas darão vida à novas mudas.
Outro ponto a ser destacado e que traz certa controversa à questão, é o fato de que o
espaço utilizado para comportar a construção, era antes utilizado como lar para diversas
espécies vegetais e animais que acabaram sendo afugentadas por não terem mais condições
ideais de manutenção da vida. E para tentar de certa forma "compensar", a indústria
paisagística passa a vender a ideia de levar o verde para mais perto das pessoas com seus
projetos que unem o concreto e o natural.
Apesar dos pontos negativos apresentados, é importante que se pense em áreas
verdes nos diversos lugares possíveis para uma melhor circulação de ar, diminuição da
temperatura, pela beleza ofertada pelos espaços verdes e entre outros.
Figura 4 - Itamaracá e seus encantos

Foto: Kaylane Cavalcanti, 24/08/2023


A Ilha de Itamaracá possui cerca de 65 km quadrados, antiga vila de pescadores,
possui aproximadamente 18 mil habitantes, o turismo é a principal atividade econômica. A
vegetação que lá habita é a floresta para fenolio e restinga. No segundo dia da Excursão
didática logo após deixarmos a pousada em Olinda fomos em direção à Ilha de Itamaracá,
para uma visita técnica no ICMbio-CMA centro Nacional de pesquisa em conservação de
mamíferos aquáticos, com a professora Solange Coutinho, onde iríamos ver peixe-boi,
chegando lá fomos assistir um curta-metragem sobre um pouco desse animal Fantástico,
Recebemos a notícia que quem iria nos receber o biólogo e pesquisador do ICMBio Lucas
Inácio dos Santos Melo , tinha sido deslocado para a praia do Pilar na Ilha de Itamaracá, para
coletar materiais e enterrar os restos mortais de uma cachalote , esta" baleia" tratava-se da
maior espécie de golfinho do tamanho jovem com cerca de 11 M. Os materiais coletados
foram levados para pesquisa do motivo da sua morte. Foi uma experiência surreal,
maravilhosa, única e Rara, foi proposta uma nova visita aos peixes boi. Logo após fomos
almoçar na praia onde lá fica localizado o Forte Orange , Onde Foi retirada a foto abaixo, o
forte Orange foi construído em 1631 pelos holandeses, é localizado à beira mar e abriga um
acervo contando toda a história que lá aconteceu e peças da época da invasão. Ao fazer a
análise das fotos que foi retirada por Kaylane Cavalcanti , de cima do Forte observa-se no
fundo a ilha Coroa do Avião e a coloração da água distintas em dois tons de verde claro e
escuro.
Figura 5 - Boa Viagem e suas maravilhas

Foto: Kaylane Cavalcanti, 23/08/2023


A praia de Boa Viagem fica localizada na zona sul do Recife. As praias vizinhas são
a do Pina e Brasília Teimosa. A Avenida/ praia de Boa Viagem é conhecida pela ocupação de
altos edifícios residenciais e hotéis. Sua Orla tem uma ciclovia e uma enorme calçada para
pedestres, e alguns quiosques. Na imagem analisada abaixo retirada também pela discente
Kaylane Cavalcanti observa-se inúmeros Coqueiros que tenham ao longo de toda a orla,
vegetação rasteira presente( vegetação presente em praias), observa-se também a coloração da
água devido à profundidade e os arrecifes de corais, em Boa Viagem já houve a presença de
tubarões portanto tem que tomar cuidado.
Figura 6 -

Foto: Euclides gabriel, 23/08/2023


Uma análise biogeográfica dessa imagem permite observar dois elementos
principais: a paisagem marítima e a vegetação presente nas casas em meio.
Em relação à paisagem marítima, é possível identificar a influência de fatores
biogeográficos relacionados ao clima e ao ambiente marinho. A proximidade do mar tem
impacto direto na temperatura, umidade e salinidade do ar, influenciando as condições
ecológicas da região. Esses fatores biogeográficos podem influenciar a distribuição e a
abundância de espécies marinhas, incluindo peixes, crustáceos, aves marinhas e algas.
Em relação à vegetação presente nas casas em meio, podemos inferir sobre a
influência de fatores biogeográficos relacionados ao uso do solo, à diversidade de espécies
vegetais e à disponibilidade de recursos. A presença de vegetação em meio urbano pode ser
explicada por fatores como a preservação de áreas verdes, o planejamento urbano, a escolha
de espécies resistentes e adaptadas ao ambiente urbano, além do impacto positivo da
vegetação na qualidade do ar e no bem-estar humano.
É importante ressaltar que uma análise biogeográfica mais detalhada exigiria
informações adicionais e conhecimento específico da região em questão, como o clima, a
geologia, a história natural, entre outros fatores.
Figura 7 -

Foto: Euclides gabriel, 23/08/2023

Na segunda imagem a resença de plantas nativas como palmeiras, samambaias e


comigo-ninguém pode na pousada onde nos hospedamos em Olinda, possui importâncias
tanto quanto ambientais. Purificação do ar, As plantas, por meio da fotossíntese, removem
dióxido de carbono da atmosfera e liberam oxigênio, melhorando assim a qualidade do ar que
respiramos. Ao cultivar plantas nativas em casa ou em pousadas, estamos contribuindo para a
preservação da biodiversidade local. As plantas nativas fornecem abrigo, alimento e habitat
para insetos, aves e outros animais, ajudando a manter o equilíbrio ecológico e a diversidade
de espécies. Conexão com a natureza: Ter plantas em casa ou em pousadas permite uma
maior conexão com a natureza, mesmo em ambientes urbanos. Essa conexão com a natureza
traz benefícios para a saúde e o bem-estar, ajudando a reduzir o estresse, melhorar a
disposição e promover a sensação de tranquilidade.

Figura 8 -
Foto:Yasmin Maria, 24/08/2023

Pistia é um gênero de plantas aquáticas da família arum Araceae. É o único gênero da


tribo Pistieae que reflete seu isolamento sistemático dentro da família. A única espécie que
compreende, Pistia stratiotes, é frequentemente chamada de repolho d'água, alface d'água,
repolho do Nilo ou flor de concha.
Planta herbácea aquática flutuante de água doce, possui raízes fasciculadas que ficam
dispostas verticalmente dentro d'água e estabilizando toda a planta; o caule é do tipo estolão;
as folhas são carnosas, aveludadas e na forma de roseta com cor verde-azulada na face
superior; possui flores minúsculas e unissexuais; já os frutos medem cerca de 1 cm de
comprimento que após a maturação liberam as sementes.
A planta desenvolve-se melhor a sol pleno e em temperaturas elevadas. Multiplica-se
por estolões e sementes.

Figura 8 -
Foto:Yasmin Maria, 24/08/2023

É notório que a cobertura vegetal mantém a sustentabilidade da terra e mantém a


umidade do solo, ajudando na decomposição e aumentando a matéria orgânica e nutrientes da
terra. Nesta imagem podemos observar que há muitas plantas e folhas mortas no solo, o
correto é que não as retire pois essas folhas e plantas auxiliam o solo tanto com nutrientes
quanto evitar o rápido ressecamento do solo mantendo o mesmo úmido por muito mais tempo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Como podemos ver ao longo desse estudo geográfico através da análise da paisagem, notamos
que as imagens apresentadas neste estudo refletem uma variedade de aspectos relacionados à
biogeografia e à interação entre seres humanos e o ambiente natural. Cada fotografia nos
apresenta a uma reflexão sobre questões ambientais, ecológicas e geográficas.
REFERÊNCIAS:
Rangel, T. F., & Diniz-Filho, J. A. F. (2005). Biogeografia ecológica e evolutiva: história,
métodos e perspectivas. Editora Roca.
Haesbaert, R. (2007). O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à
multiterritorialidade. Bertrand Brasil.
Santos, M. (1996). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. Editora Hucitec.
Corrêa, R. L. (2008). O espaço urbano. Ática.
SILVA, João. Ecologia de Zonas Costeiras. 2022. Disponível em:
[https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8670499]. Acesso em:
02/08/2023

Você também pode gostar