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6.1. Introdução
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• Parcela de ar ascendente
• Expande-se devido ao decréscimo de pressão
• Temperatura decresce (-0,98°C/100m)
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Fatores Externos
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Figura 6.3. Exemplos de fatores externos que afetam à temperatura do solo. Fonte:
http://www.ufrgs.br/leaa/arquivos/aulas/AGR5011/aula5_1%20Temperatura%20do%20solo.pdf.
Figura 6.4. Curso diário do balanço de radiação e temperatura do solo. Fonte: Tubelis &
Nascimento (1988).
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Fatores Intrínsecos
Tipo de Solo
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Relevo
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Cobertura do Terreno
Cobertura Vegetal
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Diária
Varia com a profundidade. Nas camadas mais superficiais, varia de acordo com
a incidência de radiação solar, tendo o valor máximo entre 12 e 14 horas. Em
profundidades maiores, ocorre atraso de fase dos extremos (Figura 6.9).
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Figura 6.9. Variação da temperatura do solo em diferentes horários. Fonte: Sentelhas &
Angelocci (2009).
Anual
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Figura 6.10. Variação anual da temperatura do solo. Fonte: Sentelhas & Angelocci (2009).
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6.3. Temperatura do Ar
Condução Molecular
Processo lento de troca de calor sensível, que ocorre pelo contato entre as
moléculas de ar, Assim, esse processo tem extensão espacial limitada e fica restrito à
camada limite superficial (Figura 6.13).
Figura 6.13. Processo de condução molecular de calor sensível. Fonte: Pezzopane (2010).
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Difusão Turbulenta
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Fatores Topoclimáticos:
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Fatores Microclimáticos:
Diária
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Anual
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GD
1
2
t x t n t n tb GD (
t x tn
2
) tb
GD
t t 2
2t t
x b
x n
GD n.GD
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Assim como para os vegetais, o conceito dos graus-dia também pode ser
aplicado ao desenvolvimento dos insetos, já que todo inseto requer certa quantidade
constante de energia, expressa em termos da temperatura do ar, para completar seu ciclo
de desenvolvimento. Isso apenas não é válido para pragas que tem boa parte de seu ciclo
no interior do solo, onde a temperatura varia pouco.
Como os insetos não produzem calor metabólico, eles dependem da temperatura
do ambiente para regular suas taxas de desenvolvimento. Assim existem temperaturas
basais inferior e superior, respectivamente, aquém e além das quais os insetos
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paralisam seu desenvolvimento. Isso explica porque é mais comum vermos revoadas de
insetos no verão. Isso não ocorre no inverno. Abaixo da temperatura basal inferior têm-
se a Zona de Hibernação. Acima da temperatura basal superior a Zona de Estivação
Reversível. Além dessas zonas, atingem-se as temperaturas letais para os insetos.
A aplicação prática do sistema de graus-dia para os insetos seria na
Determinação do número de gerações de uma praga em diferentes regiões: sabendo-se
a Tmed anual das localidades abaixo, pode-se determinar a duração média do ciclo da
praga ao longo do ano e com isso o número de gerações. Essa informação é fundamental
e estratégica para a adoção de práticas de controle.
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6.5.1. Temperatura do Ar
Termômetros = Medidores
Todo termômetro que usa uma substância líquida como elemento sensível é
constituído de:
Órgão Sensível: Dentro do órgão sensível, que no termômetro é chamado de
bulbo, encontramos a substância termométrica, geralmente mercúrio ou álcool.
Tubo Capilar: É fabricado de vidro, onde a substância termométrica (álcool ou
mercúrio) se dilata/contrai com o aquecimento/resfriamento. Dentro dele existe
vácuo.
Escala: A partir de uma escala graduada e para cada altura atingida é feita a
leitura da temperatura. O Brasil segue o Sistema Internacional (SI), assim, a
escala é dada em graus Celsius (oC).
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# Termômetro de Máxima:
a. Finalidade: Medir exclusivamente a maior temperatura ocorrida num dia, que é
chamada de temperatura máxima (tx).
b. Funcionamento: A substância termométrica usada é o mercúrio. A medida que a
temperatura aumenta o mercúrio se dilata e a coluna indica valores sempre
maiores. Quando a temperatura diminui a tendência do mercúrio seria de se
contrair, porém isso não ocorre, devido a um estrangulamento existente no tubo
capilar. Assim, ficará apenas indicada a maior temperatura do dia.
c. Leitura: A leitura é feita diariamente às 12:00 GMT e 24:00 GMT (No Brasil:
09h e 21h).
d. Manejo: Após a leitura, devemos preparar o aparelho para a próxima observação.
Então devemos abaixar a coluna de mercúrio até o valor da temperatura do
momento, onde para que isso ocorra temos que rodar (girar) o termômetro.
e. Instalação: Este termômetro de máxima é instalado no abrigo meteorológico ou
termométrico, colocado num suporte apropriado, quase na horizontal com o
bulbo ligeiramente inclinado para mais baixo, para se evitar efeito da gravidade
sobre a movimentação da coluna.
# Termômetro de Mínima:
a. Finalidade: Medir a menor temperatura que ocorre num dia, que é chamada de
temperatura mínima (tn).
b. Funcionamento: A substância termométrica usada é o álcool. O álcool fica no
interior do tubo capilar, onde se encontra uma mini haste de metal em forma de
haltere, que é responsável pela indicação na escala da menor temperatura do dia
(a parte do haltere que fica mais afastada do bulbo é aquela que faz a indicação).
O álcool se contrai pela diminuição da temperatura e o menisco da coluna de
álcool carrega consigo o haltere. Quando a temperatura aumenta, o álcool se
dilata, porém não leva o haltere. Assim, ele ficará sempre marcando a menor
temperatura ocorrida.
c. Leitura: A leitura é feita diariamente às 12:00 GMT e 24:00 GMT (No Brasil:
09h e 21h), devendo se desprezar a maior das leituras.
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Figura 6.28 - Termômetros de Máxima e de Mínima. Fonte: Sentelhas & Angelocci (2009).
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O lado da máxima termina num reservatório parcialmente cheio com álcool, para
permitir a dilatação dos líquidos. O lado da mínima termina num reservatório totalmente
cheio com álcool. Quando há elevação da temperatura, há dilatação tanto do mercúrio
como do álcool, e há movimentação em direção ao reservatório parcialmente vazio
(único caminho possível). Com esse movimento, o indicador da temperatura máxima é
levado também para cima (lado parcialmente cheio). Quando há resfriamento, tanto o
mercúrio como o álcool se contraem, mas o álcool se contrai mais, e a movimentação
das colunas agora é em direção ao reservatório totalmente cheio de álcool. Esse lado
marca a temperatura mínima.
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6.30). No caso apresentado, os metais são o cobre e o constantan. Uma vantagem desse
tipo de termômetro é que eles geram sinais elétricos que podem ser registrados ou
armazenados em sistemas automatizados de aquisição de dados; outra vantagem é
permitir miniaturização.
Na Figura abaixo (Figura 6.31) vemos sondas de termopar, nas quais uma junção
é o sensor e a outra junção se encontra conectada ao sistema de aquisição de dados
(referência).
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Figura 6.34. Imagem mostrando o local onde está localizado o sensor de temperatura em
uma estação meteorológica automática. Fonte: Pereira et al. (2000).
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Termógrafo - Registrador
O Termógrafo (Figura 6.35) instrumento baseia-se no princípio de que um sólido
ao se aquecer sofre dilatação proporcional ao aquecimento.
a. Finalidade: Registrar a temperatura do ar, fornecendo informação gráfica e
contínua de todas as variações da temperatura durante um período específico (dia
ou semana).
b. Constituição: Há vários modelos, porém, todos possuem a mesma construção
básica:
Órgão Sensível:
Tipos:
(i) Haste metálica em forma de anel: Normalmente fabricada de
bronze e no seu interior existe álcool.
(ii) Haste bimetálica: Haste feita com dois metais diferentes, unidos
por forte pressão.
Mecanismo de registro: É composto de um tambor de relojoaria, pena e
diagrama. O diagrama do termógrafo é chamado de termograma. Ele pode
ser diário ou semanal em função da duração das cordas do tambor de
relojoaria.
c. Instalação: O termógrafo é instalado no abrigo meteorológico ou termométrico.
Figura 6.35. Partes constituintes de um termógrafo. Fonte: Sentelhas & Angelocci (2009).
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Geotermômetro - Medidor
Figura 6.37. Sensor automático (termistor) para medida da temperatura do solo. Fonte:
Pereira et al. (2000).
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São termômetros normais de mercúrio, mas como o bulbo sensor fica enterrado,
a coluna contendo a escala de leitura é inclinada para facilitar a leitura. No caso de
medidas acima de 50 cm de profundidade, usa-se um termômetro envolvido por uma
haste de madeira, com contato mínimo entre o termômetro e a haste, que pode ser
removido para se fazer a leitura. Eles são instalados ao ar livre, normalmente formando
“baterias de geotermômetros”, conforme Figura 6.38.
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Geotermógrafo - Registrador
# Constituição: Seu órgão sensível é um bulbo de aço preenchido com mercúrio ligado a
uma cápsula deformável (Figura 6.40).
t1 t2 ... t24
t
24
em que, t é a temperatura do ar no horário i (1, 2,..., 24 h) (ºC).
b) Utilizando o modelo do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
t9 2t21 t x tn
t
5
em que, t9 e t21 são, respectivamente, as temperatura do ar nos horários de 9 e 21 h e tx e
tn são, respectivamente, as temperaturas do ar máxima e mínima diária (ºC).
c) Utilizando três leituras diárias (termômetro ordinário):
t9 t15 2t 21
t
4
em que, t15 é a temperatura do ar no horário das 15 h.
d) Utilizando as temperaturas do ar extremas (termômetro de máxima e mínima):
t x tn
t
2
Com as leituras das temperaturas máxima e mínima pode-se obter a amplitude térmica
como segue: A t x tn
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Referências do Capítulo
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USP (Caderno de ciência da terra, no.30).
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Exercícios Resolvidos
Teóricos
5) O que é Graus-Dias?
Resposta: É a quantidade de calor efetivamente acumulada durante o dia e que é
favorável ao crescimento do vegetal.
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Práticos
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Exercícios Propostos
1) Quais são os principais fatores que tem influencia nas propriedades térmicas do
solo?
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