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EQUIPAMENTOS DE

ESTERILIZAÇÃO, DIÁLISE E
CENTRO CIRÚRGICO
UNIDADE IV
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM
UNIDADE DE TERAPIA NEONATAL
Elaboração
Jonas Magno dos Santos Cesário

Victor Hugo de Paula Flauzino

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE IV
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM UNIDADE DE TERAPIA NEONATAL............................................................5

CAPÍTULO 1
INCUBADORA PARA RECÉM-NASCIDOS................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 2
BERÇO AQUECIDO........................................................................................................................................................... 13

CAPÍTULO 3
EQUIPAMENTOS DE FOTOTERAPIA......................................................................................................................... 21

PARA (NÃO) FINALIZAR.......................................................................................................................26

REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................27
EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS EM
UNIDADE DE TERAPIA
UNIDADE IV
NEONATAL

Capítulo 1
INCUBADORA PARA RECÉM-NASCIDOS

As incubadoras infantis mantêm um ambiente saudável para recém-nascidos, prematuros


que ainda são pequenos e para alguns bebês doentes. Elas são usadas no departamento
de cuidados primários de um hospital ou na unidade de terapia intensiva neonatal. As
incubadoras infantis não devem ser confundidas com incubadoras de laboratório, que
são usadas para manter os reagentes ou as amostras aquecidas.

A incubadora consiste em um gabinete transparente no qual o bebê é mantido em


um ambiente neutro para atendimento médico. O ambiente neutro significa que o ar
circundante tem a temperatura e a umidade ideal, e o bebê precisa apenas do mínimo
de energia para manter a temperatura normal do corpo. A incubadora infantil controla
a temperatura e a umidade, podendo fornecer oxigênio adicional para proteger contra
infecções e ruído. Para manter a temperatura do corpo do bebê (entre 36 e 37,2 °C), a
incubadora deve ser capaz de criar um ambiente com a temperatura entre 34 a 38 °C
com a umidade de 40% a 80% (OLIVEIRA, 2004).

Em uma incubadora infantil típica, o bebê está deitado sobre o colchão em um gabinete
fechado e transparente. O ar ambiente é totalmente controlado pela incubadora. O
gabinete painel de controle tem vigias para que a enfermeira tenha acesso ao bebê. A
incubadora inteira é montada em um carrinho.

1.1. Aquecedor radiante


Às vezes, a construção fechada não é desejada. Quando o bebê precisa de cuidados
especiais (por exemplo, ventilação controlada, oximetria de pulso, ECG) os enfermeiros
e médicos precisam ter acesso rápido e fácil, é melhor ter um sistema aberto. Nesse
caso, o bebê é aquecido por um aquecedor radiante, montado sobre o berço.

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1.2. Desenho da incubadora


Todas as incubadoras infantis trabalham com o mesmo princípio. O ventilador faz o ar
filtrado circular sobre o elemento de aquecimento junto com o recipiente de água. Por
meio da válvula de controle, oxigênio adicional pode ser fornecido no ambiente. O ar
umedecido, aquecido e enriquecido flui para o gabinete. Uma parte do ar escapa do
gabinete por orifícios de ventilação, outra parte retorna ao processamento de ar.

O gabinete é feito de acrílico transparente e contém o capuz articulado para inserir ou


retirar o paciente dentro do ambiente. Por meio de portinholas na frente, a enfermeira
tem acesso fácil ao bebê sem deixar o ar quente sair. Após a temperatura desejada ser
ajustada pela enfermeira, ela é mantida estável automaticamente pela incubadora. A
umidade e a concentração de oxigênio geralmente são controladas manualmente.

Além disso, a incubadora tem a função de desligamento de segurança quando a


temperatura aumenta a 40 °C. Também é soado o alarme caso o ventilador não funcione
ou em queda de energia. As incubadoras mais antigas funcionam com controles elétricos,
as mais novas são controladas eletronicamente, e a geração mais recente é controlada
por microprocessador. Mas o resultado é o mesmo, e os antigos são tão confiáveis e
precisos quanto os mais novos.

Figura 25. Incubadoras.

Fonte: Fanem, 2021.

1.2.1. Ventilador

O ventilador capta o ar ambiente e circula o ar sobre o elemento de aquecimento e do


umidificador. Sem o ventilador, a incubadora superaqueceria.

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1.2.2. Filtro

As incubadoras simples são equipadas com filtros de espuma laváveis. Depois de lavados
e secos, eles podem ser reutilizados. As incubadoras modernas, no entanto, geralmente
têm filtros bacterianos descartáveis. Eles não podem ser limpos e precisam ser renovados.

1.2.3. Aquecedor

O elemento de aquecimento é feito de fio de resistência enrolado, como é conhecido


nos secadores de cabelo ou em alguns tipos de tubo (plano ou enrolado). Também
como visto nas autoclaves, é usado para aquecer o ar. Mas, ao contrário de autoclaves,
o aquecedor tem muito menos energia e, portanto, não fica tão quente. A potência
está entre 100 W e 300 W. O aquecedor é controlado por uma unidade de controle
eletrônico de temperatura por um relé ou triac ou simplesmente por um termostato.

1.2.4. Controle de temperatura

As incubadoras simples são controladas por termostato, que consiste em sensor de lata
por pressão. O sensor é um tubo capilar fino que conduz à câmara de expansão. Essa
câmara tem uma tampa de metal móvel ou diafragma. Esse sistema fechado contém
líquido ou gás que se expande ao ficar mais quente. A tampa se move e ativa um
interruptor elétrico (OLIVEIRA, 2004).

O sistema é controlado por sensor eletrônico como: relé (on-off) ou dimmer (controle
infinitamente variável). O tipo de controle realizado eletronicamente tem a vantagem de
adicionar o sensor de temperatura, que tem a finalidade de controlar o calor corporal
do paciente.

O display de temperatura ou termômetro deve ser separado da unidade de controle


de temperatura. Pode ser um display digital ou um termômetro de vidro com álcool.
Por razões de segurança, os termômetros de mercúrio não devem ser usados em
incubadoras infantis.

1.2.5. Controle de umidade

O ar aquecido flui sobre o recipiente de água para umedecer o ambiente. A umidade


pode ser regulada por meio da placa defletora sobre o recipiente. Outras incubadoras
que apresentam aquecedor têm a finalidade de umidificar o ambiente, por meio da
temperatura da água. A umidade deve ser ajustável entre 40% e 90% e é medida por
higrômetro. O umidificador só deve ser enchido com água destilada para evitar danos
corrosivos à incubadora.

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1.2.6. Controle de oxigênio

A maioria das incubadoras tem a conexão de mangueira para aplicar oxigênio adicional
de um cilindro externo, concentrador de oxigênio ou do suprimento central de gás.
Nesse caso, o ar aquecido e umedecido também se enriquece com o oxigênio, e o bebê
recebe o oxigênio adicional diretamente por uma cânula nasal.

1.3. Alarmes e recursos de segurança


Por razões de segurança, todas as incubadoras infantis controladas eletronicamente
monitoram todas as funções, e um alarme é gerado quando algo não funciona
adequadamente. Em caso de falha, os seguintes alarmes são apresentados:

» sobreaquecimento, quando o ar no gabinete fica muito quente;

» falha do ventilador, quando o ventilador não está mais girando;.

» desligamento, quando a fonte de alimentação falha. Para funcionar, é necessário


bateria com alarme adicional;

Além disso, todas as incubadoras, mesmo as mais antigas que não são controladas
eletronicamente, possuem proteção contra superaquecimento. O aquecedor é desligado
completamente quando a temperatura no gabinete atinge 40 °C .

1.4. Consumíveis
Algumas incubadoras modernas não possuem filtros de entrada de ar laváveis, mas sim
filtros bacterianos especiais. Esses filtros devem ser trocados após três ou seis meses e
não podem ser limpos.

1.5. Requerimentos de instalação


As incubadoras infantis devem ser colocadas em ambientes silenciosos, sem exposição
direta à luz solar. Geradores de oxigênio são barulhentos e não devem ser colocados
ao lado da incubadora. Cilindros de oxigênio devem ser protegidos contra quedas.

1.6. Uso da incubadora infantil


Usar a incubadora infantil não é difícil, pois as funções são autoexplicativas. No entanto,
o técnico e o usuário devem ler atentamente o manual do aparelho antes de fazer o
uso. Além das instruções do fabricante, aqui estão algumas dicas gerais:

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» Sempre pré-aqueça a incubadora e espere por meia hora até que a temperatura
e a umidade estejam estabilizadas.

» Os bebês são mantidos nas incubadoras, sem roupa apenas com uso de fralda.

» Verifique e registre a temperatura a cada cinco horas ou a cada hora em um estágio


de cuidados intensivos.

» A temperatura do ar padrão na incubadora é de 35 °C.

» O cenário para a umidade de bebês pequenos é de 70% a 80% no começo; depois,


de 40%.

» Use apenas água destilada, que deve ser drenada e renovada todos os dias.

» Não coloque equipamento no topo da cobertura (OLIVEIRA, 2004).

1.7. Limpeza
Alguns fabricantes sugerem a limpeza da incubadora todos os dias com solução
de água com sabão neutro, outros não. No entanto, deve ser limpa e desinfetada
cuidadosamente após cada troca de bebê, pelo menos uma vez por semana. Portanto,
todos os componentes devem ser removidos e limpos com antisséptico dissolvidos em
água quente. Em seguida, as peças removidas e o gabinete devem ser secos e ventilados
antes de serem reutilizados.

Os produtos de desinfecção que podem ou não ser utilizados são indicados no manual
do usuário. O reservatório do umidificador deve ser limpo, e a água deve ser trocada
todos os dias. O filtro de entrada de ar deve ser trocado ou lavado de acordo com o
manual do usuário (OLIVEIRA, 2004).

1.8. Manutenção
Para a manutenção, comece com a verificação visual. Certifique-se de que o capô
esteja livre de rachaduras, que as dobradiças se movam suavemente e que todos os
interruptores e botões estejam em ordem. Verifique todas as sondas, cabos e tubos
quanto a rachaduras e as buchas de conexão quanto a rasgos. Verifique ou substitua
também a bateria do alarme. Se necessário, continue com o teste de função, verificação
de temperatura e calibração. A verificação da temperatura e o procedimento de
calibração estão descritos no manual de serviço. Quando o manual de serviço não estiver
presente, uma verificação de temperatura típica pode ser realizada da seguinte forma:

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» Use um termômetro de referência com uma precisão de 0,5 °C e coloque-o no


centro do colchão.

» Defina a temperatura para 36 °C e aguarde pelo menos 30 minutos, verifique a


temperatura a cada seis horas. As temperaturas não devem diferir mais de 1 °C
(ALMEIDA et al., 2010).

Quando a temperatura difere mais, a unidade de controle deve ser calibrada. Nos
controles eletrônicos, há sempre um trimpot para fazer os ajustes. Termostatos mecânicos
geralmente não possuem um ponto de calibração, mas o botão ou o ponteiro pode
ser torcido.

O termostato de segurança ou o corte de temperatura excessiva podem ser testados,


ignorando o termostato principal. Então, a temperatura subirá acima de 40 °C, o alarme
deve ser disparado, e a função de segurança deve desligar o aquecedor. Também é
possível usar o secador de cabelo para aquecer o sensor ou aproximá-lo do elemento
de aquecimento.

Verifique também a umidade. A incubadora deve ser capaz de criar até 80% de umidade.
Por outro lado, deve ser possível reduzir a umidade em até 40%. Uma tarefa importante
durante a manutenção é a limpeza completa do compartimento de tecnologia do
gabinete.

O aspirador de pó ajuda a limpar o interior da incubadora, mas não é essencial. Um


pincel também serve. Peças plásticas e tudo o que é resistente a água deve ser lavada
com água quente com antisséptico. Não esqueça o filtro de entrada de ar. Um ventilador
empoeirado pode ser limpo facilmente com um pincel, mas isso não deve ser realmente
necessário por causa do filtro de entrada entrada.

1.9. Ferramentas especiais


É necessário que o termômetro esteja calibrado (eletrônico) com precisão de 0,1 °C. O
termômetro clínico (febre) não pode ser usado porque mostra apenas a temperatura
máxima. Um higrômetro também é necessário quando a umidade precisa ser verificada.

1.10. Problemas típicos


Os elementos de aquecimento quando queimam podem ser substituídos por outros
tipos, desde que a potência seja a mesma. Alguns elementos de aquecimento são
protegidos por fusíveis térmicos. Considere isso ao realizar diagnóstico do elemento
de aquecimento “queimado”.

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Além disso, o elemento de aquecimento ou fusível térmico está queimado, sempre


tem um motivo, então, verifique a operação do ventilador. Ao substituir o termostato
defeituoso, não observe somente a faixa de temperatura, mas também a precisão
e a histerese. A histerese é a diferença de temperatura entre desligar e ligar. Para a
incubadora, é necessário que a histerese tenha 1 °C. O tubo capilar fino geralmente
é enrolado, evite dobrar o tubo, pois pode ficar amassado e perder sua função. A
lubrificação também ajuda quando o ventilador fica barulhento. Ventiladores axiais do
tipo computador têm uma etiqueta no centro que pode ser elevada um pouco para a
lubrificação. Uma gota de óleo é suficiente (ALMEIDA et al., 2010).

Os termômetros de capa quebrada nunca devem ser substituídos por termômetros de


vidro de mercúrio. O vidro pode quebrar e o mercúrio é tóxico. As mangas das portas
são frequentemente rasgadas ou sujas, mas o material para substituição pode ser
encontrado facilmente em todas as cidades.

Rodízios e freios são frequentemente danificados, e as peças de reposição são difíceis


de encontrar. No entanto, muitas vezes, as incubadoras não são movidas, e os rodízios
não são necessários. Nesse caso, é uma boa ideia removê-los completamente para
garantir que a incubadora permaneça estável.

1.10.1. Partes separadas

As incubadoras modernas usam filtros bacterianos descartáveis que não podem ser
reutilizados. Certifique-se de ter alguns filtros sobressalentes em estoque. Termômetros
quebrados ou desaparecidos podem ser substituídos apenas por termômetros mecânicos
ou com álcool. O termômetro de mercúrio não deve ser usado.

1.10.2. Expectativa de vida

Segundo a OMS, a expectativa de vida das incubadoras infantis é de 7 a 10 anos. As


incubadoras bem conservadas podem chegar facilmente a 15 anos ou mais.

1.10.3. Construção da incubadora infantil

Construir a incubadora infantil é um desafio interessante para todos os técnicos


especializados, engenheiros ou estudantes interessados. O controle da temperatura
e de umidade e alguns recursos de segurança podem ser realizados por meio de
microprocessador.

Ao navegar pela internet, temos a impressão de que o equipamento do tipo “faça


você mesmo” feito de componentes baratos é o ideal para hospitais em países em

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desenvolvimento. Mas isso está errado. O que é necessário é o equipamento robusto,


construído com tecnologia comprovada e simples, e não de alta tecnologia com
componentes baratos que ninguém pode reparar. Se você realmente deseja criar uma
incubadora para países de baixa renda, deve pensar sobre critérios elencados a seguir:

» Simples: a construção deve ser simples e fácil de entender. Um técnico local deve
conseguir reparar a incubadora. Os termostatos mecânicos são, portanto, melhores
que os controles eletrônicos. Mas um controle eletrônico simples ainda é melhor
do que um microprocessador, que precisa de um programa especial e, portanto,
não pode ser reparado.

» Mecanicamente robustas: as condições de trabalho nos países em desenvolvimento


são muitas vezes difíceis. O gabinete deve ser o mais durável possível e fácil de
limpar. Alguns botões grandes para definir os valores são melhores que botões
delicados.

» Tecnicamente robusta: quanto mais simples o controle, menos sensível ele é


contra flutuações de tensão e falta de energia. Os componentes também devem
ser protegidos contra picos e surtos.

» Barata sendo de boa qualidade: a incubadora inteira deve ser barata,


comparada a incubadora comercial, mas os componentes e o projeto devem
ser de alta qualidade. Economize dinheiro reduzindo os recursos, mas não
tente economizar dinheiro usando componentes baratos de baixa qualidade.
Elementos de aquecimento universais (ou lâmpadas), ventiladores universais
(de um computador talvez) e elementos de controle universais e simples são
necessários (ALMEIDA et al., 2010)

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Capítulo 2
BERÇO AQUECIDO

O bebê está dentro da placenta aquecido e submerso em líquido amniótico, ao nascer


entra em contato com ambiente frio e seco, sendo incapaz de manter o equilíbrio
térmico adequado, pois o recém-nascido perde calor rapidamente, por meio de quatro
mecanismos: evaporação, convecção, condução e radiação. As medidas simples, como
secar o recém-nascido e cobri-lo com roupas secas, podem ser tomadas para minimizar
as perdas de calor por evaporação e por convecção. Além disso, mantê-lo em contato
com o corpo da mãe reduz as perdas de calor por radiação e condução.

Os bebês nascidos a termo são razoavelmente capazes de regular sua própria


temperatura e, normalmente, as medidas mencionadas são suficientes para manter o
calor do corpo equilibrado. Mas bebês recém-nascidos prematuros frequentemente
necessitam ser mantidos em ambiente fechado (incubadora) em que a temperatura
seja elevada (em relação ao meio ambiente) e controlada.

A pele do bebê prematuro é fina e não possui gordura subcutânea com grande volume
corporal, fazendo com que os vasos sanguíneos superficiais percam facilmente calor
para o ambiente externo.

Os bebês prematuros também são mais suscetíveis a problemas respiratórios, pois seus
pulmões não estão preparados para atender altas demandas de oxigênio para manter-se
aquecido. A conservação de energia pelo suprimento de suporte térmico é crítica para
os neonatos, pois a fadiga por frio pode causar:

» falta de oxigênio;

» hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue);

» acidose metabólica (diminuição do pH do sangue);

» queda nos níveis de glicogênio (polissacarídeo de reserva).

2.10.1. Características dos berços aquecidos


» Possuem paredes baixas para impedir que o recém-nascido caia.

» Podem ser aquecidos utilizando um aquecedor radiante focalizado na área do


colchão.

» Normalmente são denominados de incubadoras irradiantes abertas, camas


aquecidas irradiantes, ou berços aquecidos.

» Permitem visualização direta e acesso fácil ao recém-nascido.

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» Devido aos riscos associados ao seu uso, não devem ser consideradas como
substitutas das incubadoras fechadas para todas as situações envolvendo recém-
nascidos (SILVA; 2010).

2.10.2. Componentes do berço aquecido


» Sistema de calor radiante com iluminação auxiliar.

» Sistema de monitor autotermostático.

» Prateleiras auxiliares giratórias para monitores, bombas de infusão etc.

» Cama de leito hidráulico radiotransparente.

» Prateleira auxiliar para acessórios.

» Para-choque frontal.

» Suporte de soro.

» Módulo de reanimação completo.

Berços aquecidos tipicamente consistem em:

» uma unidade de aquecimento;

» um sensor de temperatura da pele do recém-nascido;

» uma unidade de controle automática;

» alarmes visuais e sonoros.

Os modelos de berços automáticos contêm a unidade de temperatura com timer para


limitar o tempo de aquecimento, uma chave para liberar potência do aquecedor e
alarmes. Normalmente, os modelos que operam automaticamente também permitem
selecionar modo manual de operação.

Os elementos de aquecimento podem ser tubos de quartzo ou lâmpadas incandescentes,


que geram energia radiante na faixa distante de infravermelho (IR de infrared, em inglês),
com comprimentos de ondas maiores que 3mm (3x10-6m), para evitar a ocorrência
de lesões nas retinas e nas córneas dos recémnascidos. A energia radiante também é
limitada para prevenir danos térmicos ao bebê (superaquecimento).

As mudanças de temperatura na pele do recém-nascido são medidas por sensor de calor


que realimenta o controle automático (servo), de modo que a unidade de aquecimento
é ligada e desligada de forma automática. Os sensores geralmente consistem em
um termistor (elemento cuja resistência elétrica varia com a temperatura de maneira

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conhecida) aplicado na região do abdômen ou de outra área do corpo do recém-nascido


exposta ao calor radiante.

A energia radiante aquece a superfície do corpo do recém-nascido e provoca o aumento


do fluxo sanguíneo. Os tecidos aquecidos da superfície do corpo do recém-nascido
perdem calor para o ambiente externo (mais frio) por condução e convecção, levando
o calor para todas as regiões do corpo.

Figura 26. Berço aquecido.

Fonte: Belmed, 2018.

O controlador automático pode ligar e desligar toda a potência que alimenta o


aquecedor. No sistema proporcional, a quantidade de potência aplicada ao aquecedor
é proporcional à diferença entre a temperatura real na pele do recém-nascido e a
temperatura desejada. Isso significa que a quantidade de potência diminui à medida
que a temperatura se aproxima do valor desejado, uma característica importante para
se ter um controle mais preciso da temperatura (SILVA, 2010).

A temperatura na pele do recém-nascido altera a resistência elétrica de termistor (sensor


de temperatura) que é comparada à resistência de um resistor fixo (que representa a
temperatura desejada). Se a temperatura na pele do recém-nascido for menor do que
a temperatura desejada, a potência elétrica é aplicada ao aquecedor para corrigir essa
diferença.

A maioria dos berços aquecidos operados manualmente possui um temporizador


automático e uma chave de potência, acionada manualmente pelo operador, que faz o
aquecedor fornecer um nível constante de calor pelo período selecionado. Na maioria
dos modelos, o alarme é acionado ao final do período programado, alertando o operador
para verificar as condições do recém-nascido e reprogramar o berço aquecido.

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Se o temporizador não for reiniciado pelo operador imediatamente após o alarme soar,
o aquecedor continuará em funcionamento por mais alguns minutos (3 a 5 minutos) e
eventualmente desligará, mas o alarme permanecerá acionado até que seja reiniciado
manualmente. Alguns modelos não possuem alarme, e o aquecedor é automaticamente
desligado após o final do período programado no temporizador. As unidades com
controles manuais não devem ser utilizadas, a não ser por períodos curtos e sob
supervisão constante, devido ao perigo de super e subaquecimento do recém-nascido.
Existem também unidades que aquecem o recém-nascido por fluxo de ar convectivo,
fazendo circular ar aquecido sobre a pele do bebê.

O calor é absorvido pelo corpo de forma semelhante à energia radiante. Nesse caso,
a unidade de aquecimento consiste no aquecedor com ventilador e joga todo o ar
aquecido sobre o recém-nascido. A temperatura do aquecedor é mantida por controle
automático realimentado pelo calor da pele do recém-nascido. O alarme é acionado caso
a diferença entre as temperaturas desejada e medida seja maior que 1 °C (SILVA, 2010).

Normalmente, os modelos de berço aquecidos possuem alarmes para:

» temperatura elevada ou muito baixa da pele do recém-nascido e do ar;

» mau funcionamento do sensor de temperatura;

» falha de alimentação elétrica.

Como já foi explicado, deve haver o alarme para o temporizador, quando for utilizado o
modo manual de controle de temperatura. Os modelos mais caros e complexos incluem
ajustes especiais de frequência e tom dos alarmes, bem como a capacidade de autoteste
para verificar o mal funcionamento dos dispositivos eletrônicos.

2.10.3. Configurações de berços aquecidos

Os berços aquecidos podem ser encontrados em três configurações:

» Móvel: é projetado para permitir a mobilidade e o suporte térmico contínuo ao


recém-nascido em berços convencionais, durante procedimentos de diagnóstico
ou de terapia.

» Integral: permite suporte térmico integral ao recém-nascido doente e ainda pode


funcionar como uma plataforma de ressuscitação na sala de parto, cirurgia e UTI.

» Destacável: com berço e unidade de aquecimento separadas. É basicamente uma


unidade de aquecimento móvel que pode ser montada num berço opcional.

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2.10.4. Riscos associados ao uso do berço aquecido

O aquecimento por energia radiante é uma maneira ineficiente de transferência de


energia, havendo a possibilidade de ocorrer hipertermia, resultando em lesões cerebrais,
queimaduras de pele e morte. Não foram raros os relatos de ocorrências de hipertermia,
mas o desenvolvimento da tecnologia contribuiu para reduzir significativamente o
número e a severidade de tais acontecimentos nos últimos anos.

A perda de calor por evaporação é muito acentuada em neonatos prematuros (de baixo
peso), que necessitam de níveis elevados de aquecimento. Nesses pacientes, deve haver
o cuidado para a prevenir a desidratação. Em alguns casos, um cobertor plástico é
utilizado para reduzir a perda de calor por convecção e evaporação, mas aumentando
o risco de hipertermia e de incidentes graves, principalmente se o sensor de pele se
soltar do corpo do recém-nascido e fixar-se no cobertor plástico. O berço aquecido
não mantém o recém-nascido em ambiente fechado, o ar-condicionado da enfermaria
ou berçário pode provocar a perda de calor por convecção, reduzindo a temperatura
do recém-nascido.

Os principais problemas com os berços aquecidos são:

» Defeitos mecânicos no suporte do aquecedor que podem colocar o recém-nascido


em contato com superfícies quentes, ocasionando queimaduras.

» Falhas nos circuitos eletrônicos podem provocar curtos-circuitos e até incêndios,


pois há muito material inflamável nas proximidades do berço aquecido. As falhas
comumente são provocadas por pedaços de metal que se alojam nas placas dos
circuitos, bem como restos de solda que se desprendem dos chassis.

2.1. Considerações sobre manutenção


As inspeções periódicas, a realização de manutenção preventivas e a utilização de
acessórios de acordo com o fabricante podem reduzir a ocorrência de falha nos berços
aquecidos. Os procedimentos de inspeção periódica e de manutenção preventiva são
indicados pelo fabricante do berço aquecido, e qualquer desses procedimentos só deve
ser realizado por pessoal especializado e após a leitura atenta dos manuais de serviço
e de instruções fornecidos pelo fabricante.

Cada unidade assistencial de saúde deve estabelecer seus próprios procedimentos de


manutenção, de acordo com o número e a diversidade de modelos de berços aquecidos,
além de seguir as recomendações dos fabricantes. Para reduzir tempo e custos com
a manutenção preventiva ou corretiva, precisa manter em estoque número de peças

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para reposição e treinar a equipe multiprofissional para manipular o equipamento, é


recomendável a padronização de uma única marca de berço aquecido nas instituições
de saúde.

2.2. Testes qualitativos


É necessário realizar os exames externos do berço e chassis, bem como verificar a limpeza
da unidade de controle e averiguar os displays quanto a sua elegibilidade.

No suporte, verificar as condições de montagem do berço aquecido, no caso de fixá-lo


na parede ou no teto, avaliar as condições de segurança da fixação e testar a estabilidade
dos pontos de fixação.

Nas rodas e nos freios, verificar as condições de funcionamento de rodas e breques.


Buscar acumulação de pó e sujeira ao redor das rodas e certificar se elas estão rolando
apropriadamente.

Nos plugs e nas tomadas de alimentação elétricas, verificar a integridade de plugs e


tomadas, buscando algum dano. Chacoalhar os plugs verificando se há presença de
sons indicativos de partes soltas. Se necessário, abrir o plug e inspecioná-lo. Verificar o
estado dos pinos, que devem ter aparência brilhante e estar alinhados corretamente.
Se o berço aquecido possuir tomadas elétricas, inserir um plug em boas condições em
cada uma, e verificar se ele se mantém firmemente posicionado. Caso as tomadas sejam
usadas frequentemente, realizar inspeção completa.

Nos cabos de alimentação, verificar pontos descascados ou partidos no cabo, bem como
substituir os cabos sempre que for verificado algum dano.

Nos cabos de sensores e no controle remoto, verificar pontos descascados ou partidos


nos cabos e nos conectores, para prevenir mau contato e que os cabos rotacionem e
se soltem.

Nos fusíveis, verificar se os que foram colocados no equipamento coincidem em modelo


e valor com o que é especificado pelo fabricante. Também é necessário certificar se há
um fusível extra para troca eventual.

Nos sensores, examinar cuidadosamente as condições dos sensores (geralmente


termistores para medir temperatura da pele do recém-nascido e do ar), em caso
de haver mais de um modelo ou marca no hospital, certificar que os sensores estão
apropriadamente identificados. Deve-se substituir as unidades que apresentarem
rupturas ou sinais de deterioração.

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Nos controles e nas chaves, é importante inspecioná-los e suas posições iniciais para
restaurá-las após a inspeção. Posições anormais, como fim de curso, devem ser relatadas
para verificar possíveis utilizações impróprias.

Quando o elemento de aquecimento tiver lâmpada, verificar o tipo e modelo. Deve-se


inspecionar os filtros e as lentes metálicas que estão alocadas na frente da lâmpada,
sempre procurando por rachaduras e arranhões. Procure verificar se não há resíduos
e partículas que possam cair sobre o paciente durante movimentação do aquecedor.
Importante também ligar a unidade de aquecimento e verificar seu funcionamento.

Deve-se inspecionar as condições físicas das baterias e conectores, os quais operam


o equipamento com alimentação por alguns minutos para verificar a carga da bateria.
Medir a tensão de saída da bateria. Checar as condições do recarregador. Ao substituir
a bateria, rotular a data da troca.

Durante a realização da inspeção, confirmar o funcionamento de todas as luzes,


indicadores e saídas visuais do equipamento, e verificar se todos os segmentos do
display funcionam.

Se o modelo dispuser de autotest, verificar seu funcionamento.

Recomenda-se operar o equipamento forçando situações de acionamento dos alarmes


visuais e sonoros. Para sinais sonoros, confirmar volume e ocorrência de todos os sinais
sonoros gerados pelo equipamento.

É essencial que os berços aquecidos possuam rótulos bem visíveis alertando do perigo
de ocorrer queimaduras ou outras lesões provocadas pelo mal uso do equipamento,
sempre conferir a temperatura do recém-nascido a cada 15 minutos.

Orienta-se, também, verificar as condições do berço, se não há partes empenadas, e as


laterais podem ser abaixadas e levantadas rapidamente. Avaliar a altura do colchão é
ajustar, checar a movimentação e funcionamento das travas.

Inspecionar a posição e estado de funcionamento geral de luzes de exame, lâmpadas


de fototerapia, cilindros de oxigênio e fluxômetros.

2.3. Testes quantitativos


Para a resistência de aterramento, utilizar o ohmímetro com resolução de frações de
ohms ou analisador de segurança elétrica, e medir a impedância elétrica entre o pino
de terra do cabo de alimentação e uma parte metálica exposta (não nodizada e sem
pintura). Verificar se as várias sessões do equipamento estão aterradas (o valor da
impedância deve ser menor que 0,5 Ohm).

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Medir as correntes de fuga nos chassis, sensores e acessórios, em todos os modos de


operação. A corrente de fuga dos chassis nunca deve ultrapassar 300 micro Ampères.

No teste de precisão da temperatura, realizado com o simulador de sensores, é checada a


precisão das medidas obtidas com os sensores de temperatura e do circuito de controle
do aquecedor. Caso não se disponha de simulador de sensores, pode-se utilizar um
termômetro de calibração.

O teste de precisão dos alarmes pode ser realizado com o simulador de sensores ou
colocando-se o sensor em água a 37 °C e, logo após, aproximando-se o sensor da
lâmpada do aquecedor, ou mergulhando em copo com gelo para medir os limites de
temperatura em que o alarme é disparado. Os valores obtidos devem ser no máximo
0,5 °C diferentes dos valores indicados pelo fabricante.

Para manutenção preventiva, deve-se observar:

» limpeza interior e exterior, ventiladores, refletores, lentes, unidade de aquecimento;

» calibração, se necessário;

» substituição da bateria, se necessário.

Neste caso, são necessários os seguintes instrumentos:

» ohmímetro para medir impedância de aterramento;

» medidor de corrente de fuga ou analisador de segurança elétrica;

» simulador de sensores de paciente, capaz de simular uma faixa de temperaturas


e situações de sensor em de curto-circuito e em circuito aberto (desconectado);

» termômetro de calibração, com precisão de pelo menos +/- 0,3°C na faixa de


temperaturas entre 30°C e 45°C.

» banho-maria com temperatura controlada.

20
Capítulo 3
EQUIPAMENTOS DE FOTOTERAPIA

3.1. História da fototerapia


Os nativos americanos notaram, há muitas décadas, que a luz solar diminuía a
intensidade da coloração amarelada encontrada na pele de alguns recém-nascidos.
Em 1956, a Irmã J. Ward, enfermeira encarregada pelos cuidados da unidade de bebês
prematuros do Rochford General Hospital, Inglaterra, mostrou a um grupo de pediatras
um bebê prematuro ictérico, que parecia amarelo-pálido exceto em uma área triangular
em que o amarelo era mais intenso que no resto do corpo. Aparentemente, essa parte
era coberta por uma ponta de lençol. Poucas semanas depois, na mesma enfermaria, um
frasco de sangue foi deixado exposto à luz solar durante algumas horas e notou-se que
o nível de bilirrubina caiu 10 mg/dl, confirmando a ideia de que a luz visível pode afetar
os níveis de bilirrubina. Foi então que nasceu a fototerapia como ferramenta clínica.
A utilização da fototerapia como tratamento da hiperbilirrubinemia foi proposta pela
primeira vez em 1958, por Cremer. Desde então, diversos progressos e novas técnicas
de fototerapia foram propostas.

3.2. Otimização da fototerapia


Os fatores que determinam a eficácia da fototerapia são: espectro da luz emitida;
irradiância da fonte de luz; área da superfície corporal do bebê exposta à luz;
distância entre o bebê e a fonte de luz; concentração inicial da bilirrubina. Devido às
propriedades da bilirrubina e da pele, a luz mais efetiva é aquela com comprimento
de onda predominantemente no espectro azul (425-475 nanômetros). A cor da luz
é dada pelo seu comprimento de onda. A soma de todas as cores dá a sensação
de branco. As lâmpadas fluorescentes tipo “luz do dia” comercialmente disponíveis
emitem luz em comprimento entre 300-700 nanômetros, sendo pouca quantidade
no espectro azul. As lâmpadas azuis, colocadas na fototerapia convencional, são
mais eficazes que as lâmpadas fluorescentes brancas, entretanto, podem causar
mal-estar nas pessoas que ficam próximas e dificultam a avaliação da cianose nos
recém-nascidos (CESTARI et al., 2007).

As lâmpadas de fototerapia halógenos emitem bastante energia no espectro azul, são


pequenas e bastante eficazes para diminuir o nível sérico de bilirrubina, mas não podem
ser posicionadas perto do bebê. O sistema de luz com fibra óptica (luz fria) pode ser
colocado diretamente em contato com a pele do bebê. A quantidade de luz ultravioleta
emitida pelas lâmpadas de fototerapia é mínima, sendo praticamente toda absorvida

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pelo vidro da lâmpada fluorescente e pela cobertura da unidade de fototerapia. A


lâmpada verde tem espectro de emissão fora de absorção da molécula de bilirrubina.
Entretanto, quando a bilirrubina se liga à albumina, a curva espectral se desvia para a
direita e começa a incorporar a luz do espectro verde. As lâmpadas verdes podem causar
eritema no recém-nascido, além de náuseas e tontura na equipe de saúde.

Figura 27. Aparelho de fototerapia.

Fonte: Fanem, 2018.

3.3. Radiômetros
Os radiômetros usados nas medições das irradiância de fontes de luz artificiais com
espectros largos, tem baixa precisão no tratamento da icterícia de recém-nascidos. A
principal razão da baixa precisão tem sido atribuída ao fato de que tais radiômetros
são calibrados para uma fonte específica e grandes desvios ocorrem quando medem
outra fonte. Mais especificamente, a diversidade de responsividades espectrais entre
diferentes radiômetros tem sido apontada como fator relevante na baixa precisão,
quando utilizados em espectros diferentes para o qual foram calibrados.

Embora os fundamentos da calibração de radiômetros de bandas largas sejam


conhecidos, não foi encontrado na literatura relacionada (fototerapia na icterícia
neonatal) um método de calibração. Também não foi encontrado um método de análise
de erros resultantes da diversidade de responsividades espectrais ou de outros fatores
relevantes que resultam em falhas nas medições.

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Equipamentos Utilizados Em Unidade De Terapia Neonatal | UNIDADE iv

3.4. Responsividade espacial


A irradiância é a potência da radiação luminosa incidente em uma determinada superfície
e é caracterizada pela quantia total de radiação incidente, em todas as frequências. Na
área elementar, o fluxo cai com o cosseno do ângulo de incidência.

Portanto, o detector destinado a medir a irradiância tem uma pequena abertura


conhecida como íris para captar a onda cossenoidal. Mas o ângulo de acesso ficaria
restrito, pois o orifício da íris, somada à filtros e espaçadores, limita o ângulo do detector,
sendo assim comum o uso de difusor com responsividade direcional (CESTARI et al.,
2007). Considerando que o difusor tenha a resposta plana na faixa de comprimentos de
onda, o radiômetro responde em toda superfície para construir as coordenadas esféricas.

Contudo, enquanto a distribuição da radiação óptica pode ser facilmente modelada


ou mapeada, quando a fonte é pontual, isso não se aplica a fontes estendidas. A
correção também é possível seguindo os mesmos princípios da calibração espectral:
confrontando o detector calibrado contra o detector em teste. Entretanto, a dificuldade
da compensação do erro cossenoidal aumenta drasticamente quando comparada a
correção espectral, pois o fator de correção varia no espaço. Portanto, é possível calibrar
o radiômetro com qualquer responsividade espectral para uma determinada fonte
usando somente o fator de correção.

3.5. Dose
Os efeitos desejados para diminuir os níveis de bilirrubina dependem dos fatores como:
a irradiância, área irradiada e o tempo de exposição. Embora os efeitos desejados com
esses fatores não sejam necessariamente lineares, o conceito de dose em fototerapia
na área relacionada com a icterícia neonatal tem sido a irradiância. Contudo, em um
sentido mais amplo, em fototerapia, o conceito de dose tem sido a exposição radiante,
expressa em J/m².

3.6. Tipos de fototerapia

3.6.1. Fototerapia convencional

A fototerapia convencional ilumina grande parte da superfície corporal do recém-nascido


e são utilizadas de 7 a 8 lâmpadas fluorescentes com 20 watts. A ineficiência desse
tipo de fototerapia é considerada pequena, porém a utilização de lâmpadas conhecida
como “luz do dia” não é recomendada para pacientes que estão em berço de calor
radiante. É recomendado utilizar a fototerapia convencional, deixando a distância de

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30 cm de emissão da luz para o paciente, sempre com o acrílico da incubadora limpo,


a fim de verificar periodicamente o quadro de lâmpadas para identificar defeitos de
funcionamento. Com a meta de aumentar a irradiância do sistema de luz, deve-se realizar
a troca das lâmpadas que forem convencionais por lâmpadas com luz azul.

A principal recomendação é não preencher o quadro inteiro de lâmpadas azuis, pois


pode deixar o bebê com a fisionomia azulada, impossibilitando a avaliação de cianose, a
equipe multiprofissional pode apresentar crise de cefaleia e vertigens. Uma das principais
alternativas da fototerapia convencional é utilizar berço de acrílico que engloba lâmpadas
fluorescentes acessíveis no mercado nacional, que devem ser alocadas com uma distância
de no mínimo 5 cm acima do paciente. Podem ser utilizados filmes refletores de alumínio
nas contralaterais e na cúpula que está localizada acima do berço (CESTARI et al., 2007).

3.6.2. Fototerapia halógena dicroica (fototerapia tipo


Bilispot)

Nesta modalidade de fototerapia, é utilizado lâmpada com formato halogênio-


tungstênio, fornecendo somente 40% do calor por feixe luminoso. Sua irradiância varia
de 25-30 kW/cm2/nm, quando alocada a uma distância de 40 a 50 cm do paciente,
promovendo o feixe luminoso com 20 cm de circunferência de alta irradiância. A grande
eficácia da fototerapia é somente em recém-nascidos prematuros. Para recém-nascidos
acima de 2500 g, recomenda-se utilizar duas ou três fontes de luz Bilispot com halos
tangenciais com foco principal em aumentar a área de exposição à luz do recém-nascido.
O método de fototerapia dicroica pode ser relacionado diretamente à fototerapia
convencional e ligado ao berço de acrílico para aumentar a intensificação da fototerapia.
As lâmpadas do Bilispot devem que ser trocadas quando a irradiância tiver o valor menor
que 10 μW/cm2/nm.

3.6.3. Fototerapia de fibra óptica (Biliblanket ou colchão


luminoso)

Essa fototerapia conta com uma luz halógena, emitida por condutor de fibra ótica. As
medidas são reduzidas (13 cm × 10 cm), com grande eficácia para recém-nascidos.
Apresenta uma irradiância entre 35-60 μW/cm2/nm.

3.6.4. Fototerapia de alta intensidade

Realizada por 16 lâmpadas na cor azul de forma especial, organizadas de forma de


circular ao redor do recém-nascido, para emitir ondas de irradiância equivalentes a 100
μW/cm2/nm.

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3.6.5. Fototerapia com emissão de iodo

A lâmpada que contém iodo é utilizada em placas iluminadas e ainda está sendo
estudada para uso em caso clínico na hiperbilirrubinemia. As lâmpadas que operam
por meio da emissão de iodo não apresentam calor concentrado.

As placas de luz utilizadas contêm de 100 a 300 lâmpadas agrupadas – essa forma de
fototerapia funciona com baterias. Sua irradiância atinge de 200 μW/cm2/nm, por meio
do contato direto com o tecido tegumentar do paciente.

3.6.6. Fototerapia domiciliar

É uma forma efetiva e barata, que propicia o aumento do vínculo materno afetivo. O
método utilizado é o Biliblanket, é necessária a supervisão da equipe multiprofissional de
saúde com o recém-nascido que faz uso da fototerapia domiciliar (CESTARI et al., 2007).

25
PARA (NÃO) FINALIZAR

Perante a todo o conteúdo exposto, sobre o papel principal e fundamental da engenharia


clínica no ambiente hospitalar, ficou claro que equipamentos como: autoclaves,
equipamentos de hemodiálise e osmose reversa, aparelho para exame hematológico
automático, refratômetro, bombas de infusão, bisturis elétrico, eletrocautério,
incubadoras, berços aquecidos e equipamentos de fototerapia dependem do
envolvimento direto do engenheiro clínico.

O engenheiro clínico é responsável direto por articular todas a manutenção preventiva


e reparadora em todas as áreas das instituições hospitalares, além de definir suas
prioridades e necessidades tecnológicas, a fim de adquirir um grande benefício entre
a eficácia, custo e treinamento. Com isto, é necessário ter amplo conhecimento, não
englobando somente a tecnologia, mas o conhecimento total a qual a tecnologia em
questão será inserida, aspectos esses que vão desde o físico até o humano.

Todos os esforços voltados para a área técnico-científicos e de pesquisa sob a


responsabilidade de uma equipe preparada e selecionada dentro da instituição de
saúde devem ser voltados à sua missão principal, que é a recuperação da saúde humana.
Deve-se sempre buscar atingir a finalidade e a missão específicas da instituição, seja
ela uma empresa, uma instituição de saúde ou uma universidade, tornando o trabalho
produtivo e transformando o trabalhador em realizador, mantendo a qualidade e
desempenho dos equipamentos, sendo possível identificar e solucionar problemas,
assim como estabelecer metas para a melhoria constante.

Contamos com você!

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REFERÊNCIAS

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