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Téc.

de Enfermagem

Teorias e Questões
Comentadas
Módulo 2

Evandilson Marcos da Silva - 058.926.474-55


NOVO Curso Completo de Enfermagem para Concursos – 2016

Módulo II

• Política Nacional de Imunização.

• Hipertensão, Diabetes e Outras Doenças Crônicas

• Doenças Sexualmente Transmissíveis, Hanseníase, Tuberculose, Dengue, e


Doenças de Notificação Compulsória - DNC:

Amigo (a)!

Chegamos ao nosso segundo módulo da Apostila de Técnico de Enfermagem para


Concursos.
Nesse módulo abordaremos conteúdos sobre Política Nacional de Imunização,
Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST, Imunização, Hipertensão, Diabetes e Outras
Doenças Crônicas, Hanseníase, Tuberculose, Dengue, e Doenças de Notificação Compulsória.
Constam nesse material questões comentadas, bem como a abordagem teórica dos
conteúdos mais cobrados pelas bancas.
É pensando em você e na sua aprovação que nos empenhamos em elaborar aulas
direcionadas e organizadas, já que cada aula aborda teoria e resolução de questões de
determinado tópico do edital.
Atenção: O conteúdo referente à Sala de Vacina foi ATUALIZADO conforme o
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (2014). Fiquem atentos, pois algumas
bancas podem cobrar a regra antiga.

Boa Aula!

Profª. Raiane Bezerra


Profº. Dimas Silva
Prof°. Rômulo Passos
Profª. Cássia Moésia

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Política Nacional de Imunização

1 - Sala de Vacina
Vejamos abaixo algumas orientações importantes para fins de concurso sobre a Sala de Vacina:
Em referência à organização dos imunobiológicos dentro dos equipamentos de refrigeração na
sala de vacina, considera-se o seguinte:
 Os serviços que dispõem de câmara refrigerada para o armazenamento e conservação dos
imunobiológicos podem organizar as vacinas em qualquer prateleira, sem a necessidade de
separá-las por tipo (atenuada ou inativada, viral ou bacteriana), haja vista que a temperatura é
uniforme em todos os pontos no interior do equipamento. É importante identificar todos os
itens para evitar trocas inadvertidas.
 Para os serviços que ainda utilizam refrigeradores domésticos para o armazenamento e
conservação dos imunobiológicos é importante ressaltar que por não atender aos critérios de
segurança e qualidade, o refrigerador de uso doméstico não é mais recomendado para o
armazenamento de imunobiológicos. As instâncias que ainda utilizam tais equipamentos
devem proceder, no menor prazo possível, à substituição gradativa por câmaras refrigeradas
cadastradas pela ANVISA, (Manual da Rede de Frio/2013 página 69).
 Em relação aos refrigeradores domésticos utilizados para o armazenamento e conservação
dos imunobiológicos, observar o seguinte:
• Monitorar a temperatura do equipamento pelo menos duas vezes ao dia (antes
do início e no final da jornada de trabalho).
• Identificar a localização do evaporador ou da entrada de ar refrigerado no interior
da câmara (é variável de acordo com marca/modelo), NÃO POSICIONAR os
frascos de imunobiológicos nas proximidades deste(s) ponto(s). Essas regiões
sofrem variações de temperatura e, eventualmente, podem submeter os insumos à
temperatura negativa, comprometendo as características certificadas pelo
laboratório produtor.
• Organizar os imunobiológicos por tipo (viral ou bacteriano), acondicioná-los em
bandejas (perfuradas ou não. Nas perfuradas há a facilidade da circulação do
fluxo do ar.) e armazená-los na segunda e na terceira prateleiras, colocando na
frente os produtos com prazo de validade mais curto para que sejam utilizados
antes dos demais. Atenção especial para não colocar próximas as vacinas com
rotulagem semelhante, a fim de minimizar os erros de imunização com a troca
dos produtos.
• Também não é recomendado armazenar vacinas na porta do refrigerador.

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• Não é necessário retirar a gaveta do compartimento inferior do refrigerador.


Neste espaço, colocar garrafas contendo água misturada a um corante (azul de
metileno, anil, violeta de genciana), para auxiliar a manutenção da temperatura
no interior do refrigerador. Colocar as garrafas dispostas de maneira a permitir a
circulação do ar frio entre elas. Não substituir as garrafas por bobinas
reutilizáveis.
 Acrescenta-se ainda que o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (2014)
explicita que, nos refrigeradores de uso doméstico, os imunobiológicos devem ser
acondicionados em bandejas e estas devem ser colocadas na segunda e terceira prateleiras.
Esta publicação menciona apenas que as vacinas devem ser organizadas por tipo (viral ou
bacteriano) sem, contudo, identificar qual imunobiológico deve ficar em qual prateleira.
Assim, como sugestão para a organização dos imunobiológicos, apresenta-se o seguinte:
• Na segunda prateleira acondicionar bandeja com as vacinas virais tais como a
tríplice viral, tetra viral, febre amarela, VIP e VOP, varicela, hepatite A, hepatite
B, HVP, influenza e raiva humana.
• Na terceira prateleira acondicionar bandeja com as vacinas bacterianas como
a BCG, penta, DTP, dT, dTpa, pneumo 10, pneumo 23, meningo C.
Acondicionar também nesta prateleira os diluentes das vacinas.
 Atenção especial ao acondicionar vacinas com rotulagem semelhante a fim de evitar os erros
de imunização. Atentar também para o prazo de validade definido pelo laboratório produtor
para que sejam utilizados os produtos com validade mais próxima.
 Colocar o equipamento distante de fonte de calor, como estufa e autoclave, e fora do alcance
de raios solares;
 Nivelar os equipamentos adequadamente;
 Afastar o refrigerador da parede, pelo menos 20 cm, de modo a permitir a livre circulação do
ar;
 Usar tomada exclusiva para cada equipamento, é proibido o uso de "T";
 Os equipamentos devem permanecer com a temperatura interna preferencialmente de +5ºC,
ponto ideal, mínima de +2º C e máxima de +8º C.
 Usar os equipamentos, única e exclusivamente para conservar imunobiológicos;
 Certificar-se de que a porta está vedando adequadamente. Usando uma tira de papel com 3 cm
de largura aproximadamente coloca-se entre a borracha da porta e o equipamento, se ao puxar
o papel a borracha apresentar resistência, a vedação está adequada. Este teste deve ser feito em
vários pontos da porta, especialmente nos quatro ângulos;
Não é recomendada a utilização de refrigerador ‘duplex’ em sala de vacina, pois este tipo de
equipamento não mantém a temperatura preconizada, uma vez que os dois compartimentos estão
separados e a câmara de estoque de imunobiológicos não possui evaporador.

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A limpeza do refrigerador é um procedimento importante para manter as condições ideais de


conservação dos imunobiológicos. Deve ser feita a cada 15 dias ou quando a camada de gelo do
congelador atingir 0,5 cm.
Após a limpeza do refrigerador, as portas devem ser mantidas fechadas por um período de uma
a três horas (dependendo do tipo de refrigerador).

Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, deve-se


verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, sendo ideal +5 ºC.

Em caso de falta de energia elétrica, se a temperatura do refrigerador chegar ≥ 7º C, os


imunobiológicos devem ser transferidos para caixa térmica.

Resumo - Sala de Vacina

Equipamento distante de Afastar o refrigerador da


Usar tomada exclusiva
fonte de calor e raios parede, pelo menos 20
para cada equipamento;
solares; cm;

Temperatura interna Usar os equipamentos


preferencialmente de Verificar a temperatura 2 exclusivamente para
+5ºC, > de +2º C e < de vezes ao dia; conservar
+8º C; imunobiológicos.

Refrigerador ‘duplex’ Não é recomendado

Limpeza do refrigerador feita a cada 15 dias ou camada de gelo 0,5 cm.

temperatura a 7º C, os imunobiológicos em
Falta de energia elétrica caixa térmica

Vejamos na figura abaixo, como os imunobiológicos ficam organizados no refrigerador:

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Amigo (a), é importante destacar que, na porta e na gaveta da parte de baixo do refrigerador,
não se deve colocar imunobiológicos, pois quando a porta é aberta estas áreas são as primeiras a
sofrerem o impacto da temperatura ambiente.
O controle da temperatura dos equipamentos que armazenam imunobiológicos em todas as
instâncias da rede de frio é feito mediante a verificação sistemática dos termômetros.
Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos e volantes, por ocasião das atividades
extramuros em campanhas, intensificações e bloqueios, bem como no transporte, os imunobiológicos
devem ficar entre +2 ºC e +8 ºC (ideal + 5 ºC), que é a temperatura a ser mantida no interior do
refrigerador e de caixas térmicas.
Para verificar e controlar a temperatura, são utilizados os seguintes termômetros:

 Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (capela);


 Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo extensor;
 Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo extensor e dois visores;
 Termômetro analógico de cabo extensor;
 Termômetros a laser.
O termômetro linear fornece apenas a temperatura do momento. Por isso, seu uso não é
aconselhável para o monitoramento da temperatura no interior dos refrigeradores ou de caixas
térmicas.

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O termômetro mais recomendado para ser usado nos equipamentos da rede de frio é o de
momento e de máxima e mínima, pois pode-se verificar a temperatura máxima, a temperatura mínima
ocorrida em um espaço de tempo e a temperatura no momento da verificação.
A título de exemplo, vamos verificar como funciona o termômetro analógico de momento e
de máxima e mínima (capela).
O termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (ver figura abaixo) contém duas
colunas verticais de mercúrio com escalas inversas. É utilizado para verificar as variações de
temperatura, num período de tempo preestabelecido, oferecendo três tipos de informação:
 a temperatura mínima (mais fria);
 a temperatura máxima (mais quente); e
 a temperatura do momento.

Figura - Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima – capela (Brasil, 2001).

O termômetro de aferição da temperatura máxima e mínima deve permanecer sempre na


posição vertical. Isso é obvio!

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Vejamos uma questão sobre o tema:

1. (Prefeitura de Alagoa Grande-PB/IBFC/2014) Na primeira prateleira da geladeira de vacinas


devem ser armazenados os imunobiológicos que _______ ser submetidos à temperatura negativa. As
vacinas contra ________ e __________ são exemplos de imunobiológicos que devem ser
armazenados na primeira prateleira. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as
lacunas.
a) Não podem / Pneumococo / Vacina oral da poliomielite.
b) Não podem / BCG / Febre Amarela.
c) Podem / Dupla Adulto / Hepatite B.
d) Podem / Febre Amarela / SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola).

COMENTÁRIOS:
De acordo com a regra antiga, as bandejas com imunobiológicos devem ser colocadas nas
prateleiras, da seguinte maneira:

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De acordo com o novo Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (2014), nos
refrigeradores de uso doméstico, os imunobiológicos devem ser acondicionados em bandejas e estas
devem ser colocadas na segunda e terceira prateleiras. Esta publicação menciona apenas que as
vacinas devem ser organizadas por tipo (viral ou bacteriano) sem, contudo, identificar qual
imunobiológico deve ficar em qual prateleira. Assim, como sugestão para a organização dos
imunobiológicos, apresenta-se o seguinte:
 Na segunda prateleira acondicionar bandeja com as vacinas virais tais como a tríplice
viral, tetra viral, febre amarela, VIP e VOP, varicela, hepatite A, hepatite B, HVP,
influenza e raiva humana.
 Na terceira prateleira acondicionar bandeja com as vacinas bacterianas como a BCG,
penta, DTP, dT, dTpa, pneumo 10, pneumo 23, meningo C. Acondicionar também nesta
prateleira os diluentes das vacinas.

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Observe que a banca cobrou a regra antiga da organização do refrigerador. Portanto, são
exemplos de imunobiológicos que poderiam ser armazenados na primeira prateleira da geladeira de
estocagem de vacinas: vacina poliomielite; vacina sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral);
vacina sarampo e rubéola (dupla viral) e vacina febre amarela. Nessa tela, o gabarito foi a letra D.

2 - Imunidade
A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em contato
com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes
(linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida.
Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.
A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um
animal ou outro ser humano. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que,
contudo, é temporária, durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é o
tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para
o feto através da placenta e também pelo leite. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2
meses de gestação, de modo a conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida.
A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais: a imunoglobulina humana
combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma

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outra forma de se adquirir imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos
sanguíneos (i.e. sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, etc.)
contêm anticorpos.

Imunização

Ativa  Produzida pelo próprio sistema imune do indivíduo;

 Apresenta duração de vários anos, às vezes, de toda uma vida;

 Pode ser adquirida, contraindo uma doença infecciosa e pela vacinação.

Passiva  Obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou


outro ser humano;

 Produz uma rápida e eficiente proteção, mas temporária, durando em média poucas
semanas ou meses.

 A imunidade passiva natural é caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para


o feto através da placenta e também pelo leite.

 A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais:
a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e
os soros (ex.: soro antiofídico e soro antirrábico).

Vejamos no esquema abaixo as principais informações sobre imunidade:

natural doença
Ativa
artificial vacina
Imunidade
Anticorpos de
natural
outros organismos
Passiva
Anticorpos de
artificial
outros organismos

2. (AVAPE/Consulplan/2013) Sobre os princípios da imunidade e o uso dos imunobiológicos,


marque a alternativa correta.
a) As vacinas conferem ao organismo imunidade passiva artificialmente adquirida.
b) Na imunidade ativa, o organismo produz anticorpos específicos contra determinado antígeno.
c) Os anticorpos obtidos pelo recém-nascido, por meio da mãe, é um exemplo de imunidade ativa.
d) As imunoglobulinas e os soros são produzidos a partir de antígenos ou pelo produto de antígenos.

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e) A duração da proteção conferida pelos soros é relativamente mais duradoura do que pelas vacinas.
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar os itens da questão:
Item A. Incorreto. As vacinas conferem ao organismo imunidade ativa. Por outro lado, os soros
e imunoglobulinas conferem ao organismo imunidade passiva artificialmente adquirida.
Item B. Correto. Na imunidade ativa (doenças infecciosas, a exemplo da varicela, e vacinas), o
organismo produz anticorpos específicos contra determinado antígeno.
Item C. Incorreto. Os anticorpos obtidos pelo recém-nascido, por meio da mãe, é um exemplo
de imunidade passiva natural, e não ativa.
Item D. Incorreto. As imunoglobulinas e os soros são produzidos pela transferência ao indivíduo
de anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano, e não por antígenos.
Item E. Incorreto. A duração da proteção conferida pelos soros é relativamente menos
duradoura do que pelas vacinas.
Nessa tela, o gabarito da questão é a letra B.

3 - Vacina BCG
A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as formas graves da
tuberculose (miliar e meníngea) nos menores de cinco anos, mais frequentemente nos menores de um
ano.
A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida, preferencialmente na maternidade
ou na primeira visita do bebê à unidade de saúde, considerando que quanto menor a idade maior a
eficácia da vacina.
Atenção!
Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias
ainda não vacinadas.
Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal após 6
meses da administração da vacina, revacinar apenas uma vez.
A vacina BCG é administrada por via intradérmica. O volume de cada dose corresponde a 0,1
ml, rigorosamente, para evitar complicações.

Como deve ser a vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV?

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 Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente
possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência;
 Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas,
somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; para estes
indivíduos, a revacinação é contraindicada;
 A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados,
mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, os portadores
de HIV que são contatos intradomiciliares de paciente com hanseníase devem ser
avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de decisão. Pacientes
sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm3 não
devem ser vacinados.
BCG em Indivíduos Expostos ao HIV

Até os 18 m, se assintomáticas e podem receber a


sem sinais de imunodeficiência vacina

Entre 18 meses até 5 anos, não BCG após sorologia de


vacinadas HIV -

não devem ser


> 5 a, HIV +
vacinados.

Atenção! A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a criança


apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez do tecido cutâneo (panículo adiposo) e
quando apresentar lesões graves de pele.

A vacina BCG é utilizada, também, para a pessoa que é comunicante de paciente de hanseníase
(contato intradomiciliar), com o objetivo de propiciar proteção cruzada contra a doença, adotando
esquema diferenciado.
O esquema de vacinação com a BCG corresponde a uma dose, a partir do nascimento.

Fique Ligado!

 Na ausência da cicatriz, é indicada a revacinação seis meses após a primeira dose


(intervalo mínimo);

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 A revacinação, no entanto, só pode ser feita até uma vez, já que a ausência de cicatriz
não significa necessariamente que a pessoa não está imunizada;
 Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após
o tratamento da infecção latente da tuberculose ou a quimioprofilaxia.
 Ao administrar dose adicional em contato de paciente de hanseníase, respeite o intervalo
de seis meses da dose anterior. Administre um pouco acima (± 1 cm) da cicatriz existente.
 Em gestante contato de indivíduo portador de hanseníase, a vacinação com BCG deve ser
adiada para depois do parto.
 A realização do teste tuberculínico é dispensável, antes ou depois da administração da
vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase.
No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase, que não
apresenta sinais e sintomas, independente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema
de vacinação deve considerar a história vacinal do contato, da seguinte forma:

Menores de 1 ano de idade A partir de 1 ano de idade

• Não vacinados: administrar • Sem cicatriz: administrar uma


uma dose de BCG. dose
• Comprovadamente • Vacinados com uma dose:
vacinados: não administrar administrar outra dose de
outra dose de BCG. BCG, com intervalo mínimo
• Comprovadamente vacinados de seis meses após a dose
que não apresentem cicatriz anterior.
vacinal: administrar uma dose • Vacinados com duas doses:
de BCG seis meses após a não administrar outra dose de
última dose. BCG.

Para não termos dúvidas, vejamos o esquema abaixo:

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Não vacinados 1 dose

< 1 ano Vacinados Não faz


Vacinados sem 1 dose 6 meses
BCG contatos cicatriz após
HAS
Sem cicatriz 1 dose
1 dose 6 meses
> 1 ano Vacinados
após
Vacinados com 2
Não faz
doses

Notas sobre a administração da vacina BCG:


 A administração da vacina é feita na região do músculo deltóide, no nível da inserção
inferior, na face externa superior do braço direito.
 O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em
avaliações da atividade de vacinação.
 O bisel da agulha deve estar voltado para cima;
 A seringa deve formar com o braço um ângulo de 15º;
 A dose da vacina deve ser de 0,1ml, exatamente;
 O procedimento correto na introdução da agulha no local indicado (formando um
ângulo de 15º) e a administração da dose exata (0,1ml) previnem complicações.

Figura - Visualização da pápula após a vacinação com a


BCG (SESAB, 2011).

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Notas sobre a administração intradérmica:

 Quando necessário, a limpeza da pele deve ser feita com água e sabão;
 O álcool comum não deve ser utilizado pela sua baixa volatilidade (demora a secar) e
pelo baixo poder antisséptico;
 Na injeção intradérmica, especialmente, o uso do álcool não é indicado para evitar uma
possível interação com o líquido injetável, em face da presença dos poros e pelo fato de o
líquido ser depositado muito próximo da epiderme.
 Em situações excepcionais, quando não houver água e sabão (vacinação na zona rural e
em ambiente hospitalar), utilizar o álcool a 70%;
 Quando for utilizado o álcool a 70% manter a fricção da pele por 30 segundos e, em
seguida, esperar mais 30 segundos para a secagem e, só então, administrar o
imunobiológico.
Para não esquecermos , observe abaixo as principais informações sobre a vacina BCG:

Agora, vejamos algumas questões sobre o tema:

3. (HU-UFPI/EBESERH/IADES/2012) A vacina BCG (Bacilo Calmette – Guérim) é usada na


prevenção contra tuberculose, e está recomendada no calendário básico da criança da rede do Sistema
Único de Saúde - SUS. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
a) Uma dose de vacina BCG deve ser repetida na ausência de cicatriz em crianças menores de 5
(cinco) anos.
b) Os contatos de portadores intradomiciliares de hanseníase maiores de 1 (um) ano necessitam de
uma segunda dose de BCG.
c) Pode-se administrar a terceira dose de BCG em pessoas em contato intradomiciliar com portadores

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de hanseníase, porém, somente quando não apresentar cicatriz.


d) A vacina é contraindicada para crianças portadoras de HIV no nascimento.
e) Podem ser vacinados com BCG os menores de 36 semanas.

COMENTÁRIOS:
Após apresentação dos principais aspectos da vacina BCG, vamos analisar cada assertiva da
questão:
Item A. Correto. Uma dose de vacina BCG deve ser repetida na ausência de cicatriz em
crianças menores de cinco anos (4 anos, 11meses e 29 dias).
Item B. Incorreto. Os contatos de portadores intradomiciliares de hanseníase maiores de um ano
não necessitam obrigatoriamente de uma segunda dose de BCG. Por exemplo, caso o contato
domiciliar tenha duas cicatrizes, não é necessário outra dose da BCG.
Ressaltamos ainda que:

 É necessário manter o intervalo mínimo de seis meses entre as doses da vacina;


 Os contatos com duas doses não administrar nenhuma dose adicional;
 Na incerteza da existência de cicatriz vacinal ao exame dos contatos íntimos de
portadores de hanseníase, aplicar uma dose, independentemente da idade.
Item C. Incorreto. A revacinação da BCG só pode ser feita até uma vez, já que a ausência de
cicatriz não significa necessariamente que a pessoa não está imunizada. Nesse sentido, não se pode
administrar a terceira dose de BCG em pessoas em contato intradomiciliar com portadores de
hanseníase, mesmo quando não apresentar cicatriz.
Item D. Incorreto. A vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV é feita da seguinte forma:

 Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente
possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de
imunodeficiência;
 Crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, não
vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV;
para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada;
 A partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo
que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.
Atenção! Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, mas que
não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de
imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no
Crie o mais precocemente possível.
Portanto, em certos casos, a vacina não é contraindicada para crianças portadoras de HIV no

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nascimento.
Item E. Incorreto. A vacina BCG deve ser administrada o mais precoce possível,
preferencialmente após o nascimento. Contudo, nos prematuros com menos de 36 semanas, é
recomendável administrar a vacina após atingir 2 Kg.
Verificamos claramente que a alternativa correta é a letra A. Todavia, essa questão poderia ter
sido anulada, pois a letra B foi redigida de forma incompleta e induziu o candidato ao erro.

4. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Sobre a vacina BCG, assinale a alternativa correta.


a) A vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir as formas graves da meningite.
b) A idade de vacinação recomendada é a partir de 02 meses de vida, ou peso superior a 3,0 kg.
c) A vacina BCG é preparada com vírus vivos, a partir de cepas atenuadas do Mycobacterium bovis.
d) Na ausência da cicatriz vacinal é indicada a revacinação seis meses após a primeira dose.
e) A realização do teste tuberculínico é indispensável, antes da administração da vacina BCG.

COMENTÁRIOS:
Vamos corrigir cada uma das assertivas:
Item A. A vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir as formas graves
da tuberculose, e não meningite.
Item B. A idade de vacinação recomendada é a partir do nascimento. Em crinças com peso
inferir a 2,0 kg, deve ser adiada.
Item C. A vacina BCG é preparada com bactéria atenuada do Mycobacterium bovis.
Item D. Na ausência da cicatriz vacinal é indicada a revacinação seis meses após a primeira
dose.
Item E. A realização do teste tuberculínico é recomendada em casos específicos, não sendo
indispensável antes da administração da vacina BCG.
Diante do exposto, a resposta só pode ser a letra D.

5. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/2014/URCA) De acordo com BRASIL (2012), as orientações


importantes para administração da BCGID na criança, são, EXCETO:
a) Para os prematuros com menos de 36 semanas, administre a vacina depois que eles completarem 1
mês de vida e atingirem 2 Kg.
b) Contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase menores de 1 ano de idade
comprovadamente vacinados não necessitam de outra dose da BCG.

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c) Para as crianças HIV positiva, ainda não vacinadas que chegam a unidade de saúde a vacina está
indicada.
d) Para contatos com duas doses, não se deve administrar nenhuma dose adcional.

COMENTÁRIOS:
A alternativa C é a incorreta. Veja que para as crianças, ainda não vacinadas, que chegam a
unidade de saúde a vacina não está indicada nas seguintes situações:

 Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas (HIV
+). Por outro lado, nessa faixa etária, podem receber a vacina BCG se a sorologia for
negativa para HIV;
 A partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo
que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.

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4 - Vacinas Pentavalente, Tríplice Bacteriana (DTP), Difteria e


Tétano (DT)
Desde o 2º semestre de 2012, a nova vacina pentavalente agregou duas vacinas que eram
administradas separadamente: a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e outras infecções
pelo Haemophilus influenza tipo b) e a vacina contra a hepatite B.

tetravalente (contra difteria,


Vacina tétano, coqueluche e outras
vacina contra a hepatite B.
Pentavalente infecções pelo Haemophilus
influenza tipo b);

Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina tríplice bacteriana - DTP
(difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deverá ser administrado aos 15 meses e o segundo
reforço aos 4 anos de idade. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina
hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, para prevenir a
transmissão vertical. Ou seja, há uma dose da vacina hepatite B (monovalente) cujo público alvo são
as crianças com até 30 dias de vida, bem como outras crianças que já tinham esquema completo para
tetravalente, mas não tinham para a Hepatite B.
Como era antes?
1 - Tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por Haemophilus
influenza b) - vacina injetável em três doses (2, 4 e 6 meses). Reforço da tríplice bacteriana - DTP
(incluída na tetravalente) aos 15 meses e aos 4 anos.
Segue o antigo calendário da vacina tetravalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da
tríplice bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da DTP aos 4 anos.
2 - Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de saúde),
com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses.
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.
Amigo(a), como é a regra atual do calendário de vacinação da pentavente e
hepatite B?
1 - Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por
Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses. Reforço da tríplice bacteriana aos 15
meses e aos 4 anos.
Segue o calendário da vacina pentavalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da DTP
aos 15 meses -> reforço da DTP aos 4 anos.
2 - Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas na criança
ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.

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Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da
criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Atenção! Adolescente e adultos que não apresentam o esquema vacinal completo
contra hepatite B (três doses) deverão seguir as regras anteriores, ou seja, devem
receber até três doses.
Em síntese, a pentavalente é composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis1,
hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) - DTP/HB/Hib2. É indicada
para imunização ativa de crianças a partir de 2 meses de idade.

difteria

Triplice Bacteriana (DTP) tétano

Vacina coqueluche (pertussis)


hepatite B
Pentavalente
Haemophilus influenzae
tipo b (conjugada)

O Ministério da Saúde adquiriu a vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) de dois laboratórios


produtores, Novartis/Berna e Serum Institute of India Ltd.
A vacina combinada é inteiramente líquida na forma de suspensão injetável apresentada em
frasco ou ampola contendo 1 dose de 0,5mL.
A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30
dias), a partir de 2 meses de idade. E indicada para a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade
como dose do esquema básico.
Os dois reforços necessários serão realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O
primeiro reforço aos de 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos. A idade máxima para aplicação da
DTP é de 6 anos 11meses e 29 dias.
Ressalta-se também que fará parte deste esquema, para os recém-nascidos, a primeira dose nas
primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, com a vacina hepatite B (recombinante).
A vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) deve ser administrada na dose de 0,5 mL por via
intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos de idade e na região deltóide
nas crianças acima de dois anos de idade.

1 Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada
pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis (geralmente com sintomas mais ligeiros),
que causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação.
2 Vacina pentavalente (DTP - difteria, tétano e coqueluche + HB - hepatite B + Hib - Haemophilus influenzae tipo b).

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Deve ser evitada administração na região glútea, em razão da maior quantidade de tecido
adiposo, situação em que a vacina não é inoculada no interior do músculo.
Atenção! A vacina pentavalente é contraindicada para pessoas com 7 anos de idade ou mais.
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, conhecida como tríplice bacteriana (DTP), é
indicada para a administração das duas doses de reforço, quando foi usada a vacina pentavalente no
esquema básico.
O objetivo da vacinação é prevenir contra a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis).
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico
com a Bordetella pertussis inativada, tendo o hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal
como preservativo.
A vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é indicada para o reforço do
esquema básico, que, de modo geral, corresponde a uma dose com intervalo mínimo de seis meses
depois da vacinação básica (pentavalente). Um segundo reforço é dado entre quatro anos e seis anos,
11 meses e 29 dias, preferencialmente aos 4 anos.
Atenção! A vacina pentavalente é administrada aos 2, 4 e 6 meses. Em regra, o reforço da tríplice
bacteriana (DTP) é feito aos 15 meses e aos 4 anos.
Ao indicar a vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), considerar as
doses administradas anteriormente e não reiniciar o esquema.
Vejamos algumas observações sobre a DTP:

 O reforço pode ser administrado em qualquer idade (até os seis anos, onze meses e 29
dias), observando-se um intervalo mínimo de seis meses após a última dose da
vacinação básica (pentavalente);
 Se o esquema básico não for iniciado ou completado até a idade de seis anos, onze
meses e 29 dias, as doses necessárias serão aplicadas com a vacina adsorvida difteria e
tétano adulto (dT) em lugar da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP);
 Caso a criança esteja com quatro anos ou mais e não tenha recebido o primeiro reforço,
não é necessário administrar dois reforços, mas apenas um na ocasião do atendimento,
seguindo-se o esquema de uma dose da vacina difteria e tétano adulto, a cada 10 anos.
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é administrada por via intramuscular
profunda.
Em regra, a vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada na dose de 0,5 mL por via
intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de dois anos de idade e na
região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.

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Vacinas Pentavalente
e DTP

Local de
administração

No vasto lateral da coxa, em Na região deltóide, em


crianças menores de 2 anos; crianças acima de 2 anos.

Em resumo:

A vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é constituída pelos toxóides diftérico e tetânico. É
indicada a partir dos sete anos de idade, inclusive para adolescentes e adultos conforme calendários
específicos, com o objetivo de prevenir o tétano e a difteria. A vacinação de mulheres em idade fértil
(12 a 49 anos) e gestantes visa, principalmente, a prevenção do tétano neonatal.
A vacina adsorvida difteria e tétano adulto é administrada nos maiores de sete anos para os
reforços do esquema básico e para aqueles que não tenham recebido as vacinas pentavalente e tríplice
bacteriana (DTP), ou que tenham esquema incompleto dessas vacinas.
O esquema básico da adsorvida difteria e tétano adulto (dT) corresponde a três doses com
intervalo de 60 dias entre as doses. Esse esquema é feito para as pessoas que não estiverem com o
esquema completo da pentavalente e tríplice bacteriana (DTP).
O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano n (dT) adulto é administrado de 10 em 10 anos.
Em suma, temos o seguinte:

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inserida em 2012
pode ser feita até
pentavalente 2, 4, 6 meses
5 anos
Pentavlente, DTP e

tetravalente + Hep. B

> 4 anos, só um reforço


pode ser feita até
Dt

DTP 15 meses, 4 anos


7 anos No mínimo 6 meses após
a penta

sendo antecipada 5
a partir dos 7 Reforço a cada 10 anos, se ferimentos
dT anos anos 3 doses entre 30 a 60
dias, se esquema inicial

As vacinas Pentavalente e DTP não são administradas se a criança apresentar quadro


neurológico em atividade e/ou após dose anterior de vacina com estes componentes, a criança registrar
qualquer das seguintes manifestações:

 convulsões até 72 horas apos a administração da vacina;


 colapso circulatório, com estado de choque (DTP) ou com episódio hipotonico-
hiporresponsivo (EHH), até 48 horas apos a administração da vacina;
 encefalopatia nos primeiros sete dias apos a administração da vacina;
 Historia de choque anafilático apos administração de dose anterior da vacina
(Pentavalente).
Vejamos agora algumas questões sobre o tema:

6. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) De acordo com a Portaria MS 1498/2013, faz


parte do calendário nacional de vacinação do idoso reforço, a cada 10 anos, de
a) vacina hepatite B (recombinante).
b) vacina adsorvida difteria e tétano adulto.
c) vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B
(conjugada).
d) vacina febre amarela (atenuada).
e) vacina pneumocócica 10-valente (conjugada).

COMENTÁRIOS:
O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é administrado de 10 em 10 anos.
Por isso, o gabarito é a letra B.

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7. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) De acordo com o Programa Nacional de Imunização,


o 2º reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP) em uma criança em dia com o esquema de vacinação
deve ser feita em qual idade?
a) 4 anos.
b) 5 anos.
c) 6 meses.
d) 9 meses.
e) 12 meses.

COMENTÁRIOS:
Vejamos a tabela abaixo:

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra A.

8. (Prefeitura de Macau-RN/CONPASS/2014) Ainda de acordo com o Calendário Nacional de


Imunizações, disponível no Sistema Único de Saúde, em relação à vacina pentavalente é correto
afirmar:
a) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), na região glútea, em crianças
menores de 4 anos de idade e na região deltóide nas crianças a partir vecide seis anos de idade.
b) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto lateral da coxa
esquerda, em crianças menores de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças a partir de dois
anos de idade.
c) Deve ser administrada 0,1 ml da vacina por via intradérmica, em crianças menores de 1 ano de
idade e na região glútea nas crianças a partir de dois anos de idade.
d) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via subcutânea, em crianças menores de 1 ano de
idade e na região deltóide nas crianças a partir de dois anos de idade.
e) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto lateral da coxa
esquerda, em crianças menores de 1 ano de idade e na região glútea nas crianças a partir de dois anos
de idade.
COMENTÁRIOS:

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Conforme explicação desta aula, verificamos que a vacina pentavalente deve ser administrada
0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto lateral da coxa esquerda, em crianças menores
de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças a partir de dois anos de idade. Dessa forma, o
gabarito é a letra B.

9. (Instituto Benjamin Constant/AOCP/2013) A vacina Pentavalente, introduzida recentemente no


calendário de vacinação infantil, é indicada para imunização ativa de crianças a partir de qual idade, e
protege contra quais doenças?
a) 1 ano; protege contra difteria, sarampo; rubéola, rotavírus e doenças causadas por Meningocócico
do tipo c.
b) 3 meses protege contra tétano, meningite, sarampo, hepatite B e formas graves de tuberculose em
menores de 5 anos.
c) 6 meses; protege contra tétano, coqueluche, sarampo, poliomielite e doenças causadas por
Meningocócico tipo c.
d) 2 meses; protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por
Haemophilus influenzae tipo b.
e) 4 meses; protege contra sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite e doenças causadas por
Haemophilus influenzae tipo b.
COMENTÁRIOS3:
Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por
Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses. Reforço da tríplice bacteriana aos 15
meses e aos 4 anos.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

10. (Residência Multiprofissional/SES-DF/CESPE/2011) A vacina DPT é composta por


toxoides diftérico e tetânico, além de célula inteira de Bordetella pertussis, enquanto a DTaP
é composta por seus antígenos na vacina acelular. Essa última tem eficácia superior à
primeira e não causa reações adversas.
COMENTÁRIOS:
As vacinas tríplice bacteriana (DTP) e pentavalente (DTP/HB/Hib) são contraindicadas a
crianças com doença neurológica em atividade ou que tenham apresentado, após a aplicação de dose
anterior, algum dos seguintes eventos:

1. convulsão nas primeiras 72 horas;

3 Informe Técnico da Vacina Pentavalente

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2. encefalopatia nos primeiros sete dias;


3. episódio hipotônico-hiporresponsivo, nas primeiras 48 horas;
4. reação anafilática, que ocorre nos primeiros 30 minutos e até duas horas pós-vacinação.
Nos três primeiros pontos descritos acima, em face da contraindicação para uso da vacina
tríplice (DTP), deve-se utilizar a vacina dupla tipo infantil (DT) ou DTP acelular (DTPa).
O Programa Nacional de Imunização (PNI) ainda não inclui a tríplice bacteriana acelular
(DTPa) no calendário de rotina para crianças devido os seguintes fatores:
a) na maioria dos estudos, as vacinas acelulares não são mais eficazes do que as celulares
na prevenção da coqueluche em todas as suas formas clínicas;
b) em geral, as vacinas acelulares, quando combinadas com a vacina Hib, são menos
imunogênicas contra este último antígeno do que as vacinas celulares;
c) a tríplice bacteriana celular (DTP) é produzida no Brasil;
d) o custo das vacinas acelulares é muito maior.
Diante desse cenário, a vacina DTPa está disponível nos Centros de Referência de
Imunobiológicos Especiais (CRIE), para circunstâncias específicas.
Verificamos que a vacina a DTPa tem eficácia inferior à DPT, sendo utilizada apenas em
certos casos que haja contraindicação da pentavalente e tríplice bacteriana (DTP). Logo, a questão
apresenta-se incorreta.

5 - Vacina Hepatite B

A vacina hepatite B (recombinante) sofreu mudanças significativas no Programa


Nacional de Imunização (PNI).
Anteriormente ao 2º semestre de 2012, a vacina hepatite B (recombinante) era aplicada
ao nascer (ou na primeira visita à unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6
meses.
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.
Com a inclusão da vacina pentavalente no PNI, desde o 2º semestre de 2012, a vacina
hepatite B (recombinante) passa a ser aplicada sozinha na criança ao nascer, de forma
injetável, para evitar a transmissão vertical.

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Segue o atual calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de
vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram incorporadas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Vacina Hepatite B
1 ao nascer e 3 doses
Crianças até 4 anos
na pentavalente

≥ 5 anos, sem data límite 3 doses (0, 1, 6 meses)

Gestantes qualquer faixa


3 doses (0, 1, 6 meses)
etária

Agora, vamos detalhar o calendário básico da vacina contra hepatite B:


• Para recém-nascidos, deve-se administrar uma dose ao nascer, o mais precocemente
possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o
nascimento, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o
nascimento. O esquema de vacinação deve ser completado com a administração da
vacina pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses.
• Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos 11
meses e 29 dias, deve-se administrar três doses da vacina pentavalente, com intervalo
de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias.
• Para indivíduos ≥ 5 anos:
 Sem comprovação vacinal: administrar três doses da vacina hepatite B com
intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e de 6 meses entre a
primeira e a terceira doses (0, 1 e 6 mês);
 Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas
completá-lo conforme situação encontrada.
 Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional, deve-se
administrar três doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de
vacinação anterior.
Conforme Nota Informativa do PNI nº 149 de 20/10/2015, a vacina Hepatite B que era
destinada para crianças ≥ 5 anos até 49 anos (quando não vacinadas com a pentavalente) e
para grupos prioritários de risco (independente da idade), passará, a partir de 2016, a ser

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realizada em toda a população sem limite de idade.


Em resumo, será ampliada a oferta da vacina contra Hepatite B para a população
independente da idade e/ou da condição de vulnerabilidade.
De acordo com o PNI, como a expectativa e a qualidade de vida da população vêm
aumentando, os idosos representam uma parcela crescente da população, e com frequência de
atividade sexual em ascensão, com grande resistência ao uso de estratégias de proteção. Com
isso, aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis como a hepatite B.
Destaca-se que nessa população a hepatite B apresenta características clínicas mais graves,
sendo de fundamental importância a vacinação universal.
A dose será de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir de 20 anos, via
intramuscular.
Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos, a vacina contra hepatite B
deve ser preferencialmente administrada nas primeiras 12 horas de nascimento.
Ademais, em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, a vacina e a
imunoglobulina humana anti-hepatite B deve ser administrada, preferencialmente nas
primeiras 12 horas, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida.
Vejamos questões sobre o tema:

11. (Prefeitura de Alagoa Grande-PB/IBFC/2014) Leia as frases abaixo e marque (F) se a


afirmativa for falsa e (V) se for verdadeira. Em seguida, assinale a alternativa que contém a
sequência correta de cima para baixo.
( ) Em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, administrar a vacina e a
imunoglobulina humana anti-hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo
a imunoglobulina ser administrada no máximo até sete dias de vida.
( ) A dose recomendada da vacina da Hepatite B é 0,5 mL até os 14 anos e 1 mL a partir de
15 anos, via subcutânea.
( ) Para recém-nascidos deve-se administrar uma dose da vacina ao nascer, o mais
precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas
após o nascimento, ainda na maternidade.
( ) As gestantes somente devem receber a vacina contra Hepatite B durante o terceiro

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trimestre de gestação.
a) V,F,V,F.
b) V,V,V,V.
c) F,V,F,V.
d) F,F,V,F.
COMENTÁRIOS:
Vejamos as assertivas erradas:
Item II. O volume da vacina hepatite B (recombinante) monovalente a ser
administrado é de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir dos 20 anos. Situações
individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem diferenciados.
Ademais, a via de administração é a intramuscular profunda.
Item IV. Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional: administrar 3
(três) doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de vacinação anterior.
Nesses termos, o gabarito é a letra A (VFVF).

12. (HU-UFMG/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Portadora da hepatite B, com idade


gestacional de 34 semanas, acaba de dar a luz a recém-nascido do sexo masculino. De
acordo com a Portaria n°. 3.318/2010, é correto afirmar que:
a) a vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada no recém-nascido
preferencialmente após 12 horas do nascimento.
b) o recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de três doses:
0, 1 e 6 meses de vida.
c) o recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de quatro
doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida.
d) o recém-nascido deve receber imunoglobulina humana anti-hepatite B nas primeiras 12
horas ou no máximo até 1 mês de vida.
e) a mãe deve receber vacina hepatite B (recombinante) e imunoglobulina humana anti-
hepatite B nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento.
COMENTÁRIOS¹:
De acordo com a Portaria n° 3.318/2010, na prevenção da transmissão vertical em

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recém-nascidos, a vacina contra hepatite B deve ser administrada o mais precocemente


possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, ainda na maternidade.
Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento.
A vacina da hepatite B nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou em
recém-nascidos a termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguia o esquema de quatro
doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida.
Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães portadoras
da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG),
disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais - (CRIE) nas
primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento. A vacina e a HBIG
devem ser administradas em locais anatômicos diferentes.
A Portaria GM/MS nº 1.498/2013 alterou a vacina contra hepatite B, incluindo três
doses na pentavalente.
Veja como era: Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita
à unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses. Segue o antigo calendário
da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.
Veja como ficou: Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha
apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.
Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da
criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Isto posto, vamos analisar as alternativas da questão:
Item A. A vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada no recém-nascido
preferencialmente nas 12 horas (e não após) do nascimento, mesmo que a mãe do
mesmo seja portadora do vírus. Como a mãe do recém-nascido é portadora da hepatite B,
conforme enunciado da questão, a criança deve receber não só a vacina contra Hepatite B,
mas também a imunoglobulina humana anti-hepatite B.
Item B. O recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de
(três doses: 0, 1 e 6 meses de vida) quatro doses: 0, 2, 4 e 6 meses de vida.
Item C. O recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante) de
quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Esse item foi considerado correto inicialmente, mas
verifique que atualmente o recomendado é o seguinte: quatro doses - 0, 2, 4 e 6 meses de

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vida. As três doses (2, 4, 6) são feitas dentro da pentavalente.


Item D. O recém-nascido deve receber imunoglobulina humana anti-hepatite B nas
primeiras 12 horas ou no máximo até (1 mês de vida) sete dias após o nascimento.
Item E. (A mãe) O recém-nascido deve receber vacina hepatite B (recombinante) e
imunoglobulina humana anti-hepatite B nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias
após o nascimento.
O gabarito da questão apontado pela banca foi a letra C. Todavia, essa questão foi
anulada, pois descreveu o esquema antigo. O Instituto AOCP cobrou uma questão
praticamente igual na prova do concurso do HU-UFMT também em 2014.
Veja a justificativa da AOCP para anular a questão:
“Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos para esta questão, temos a
esclarecer que a mesma será anulada, tendo em vista que a legislação especificada foi revogada
(Portaria MS 1.498/2013). Portanto, recurso deferido”.

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6 - Vacina Rotavírus
A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve ser administrada
preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e
15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7
meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

1ª dose a partir de 1 mês e 15 dias


(preferencialmente
aos 2 meses) até 3 meses e 15 dias
Calendário da Vacina
Rotavírus
2ª dose a partir de 3 meses e 15 dias
(preferencialmente
aos 4 meses) até 7 meses e 29 dias

A vacina rotavírus é administrada exclusivamente


por via oral, com a dose de 1,5mL, por meio de uma
seringa apropriada.

Figura - Administração da Vacina Rotavírus (SESAB, 2011).

Notas sobre a administração da vacina rotavírus:

• Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose;


• Esta vacina é contraindicada para crianças com imunodepressão severa ou que
tenham histórico de invaginação intestinal ou com malformação congênita não
corrigida do trato gastrointestinal.

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Vejamos uma questão sobre o tema:

13. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) O calendário nacional de vacinação dos


povos indígenas inclui a vacina de rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada), com a administração da
1ª e 2ª doses, respectivamente, com qual idade?
a) Ao nascer e 3 meses.
b) 2 meses e 4 meses.
c) 2 meses e 6 meses.
d) 6 meses e 1 ano.
e) 9 meses e 15 meses.

COMENTÁRIOS:
Essa questão foi de graça . A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve
ser administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. Nesses termos, o gabarito é a letra B.

7 - Vacina Meningocócica C

De acordo com o Programa Nacional de Imunização, a vacina meningocócica C


(conjugada) deve ser administrada preferencialmente aos 3 e 5 meses, com intervalo de 60
dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Uma dose de reforço deve ser administrada
preferencialmente aos 12 meses (podendo ser feito até 4 anos).
Conforme disposições explicitadas na Nota Informativa 149/2015 do PNI, a dose de
reforço da vacina meningocócica C (conjugada) foi alterada dos 15 para 12 meses.
Para crianças entre 12 a 4 anos sem comprovação da vacina, deve-se administrar dose
única.
Segue o calendário da vacina meningocócica C: 1ª dose aos 3 meses -> 2ª dose aos 5
meses -> reforço aos 12 meses.
A vacina meningocócica C é administrada na dose de 0,5 mL, pela via intramuscular.

Notas sobre a administração da vacina meningocócica C (conjugada):

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• Para crianças que iniciam o esquema básico após 5 meses de idade, deve-se considerar
o intervalo mínimo entre as doses e administrar a dose de reforço com intervalo de 60 dias
após a última dose;
• Para crianças entre 12 meses e 4 anos sem comprovação vacinal, deve-se administrar
dose única.
Vacina Meningocócica C

Reforço
3, 5 e 12 meses preferencialmente aos
12 m

entre 12 a 4 anos sem


0,5 mL, IM comprovação, dose
única.

Vamos à questão sobre a temática:


14. (Prefeitura de Vila Rica-MT/Consulplan/2012) De acordo com o Calendário Básico
de Vacinação da Criança do Ministério da Saúde, a 1ª e 2ª doses da vacina Meningocócica
C (conjugada) deve ser administrada aos
a) 2 e 4 meses de idade.
b) 3 e 5 meses de idade.
c) 4 e 6 meses de idade.
d) 9 e 12 meses de idade.
e) 12 e 15 meses de idade.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Programa Nacional de Imunização, a vacina meningocócica C
(conjugada) deve ser administrada preferencialmente aos 3 e 5 meses, com intervalo de 60
dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Uma dose de reforço deve ser administrada
preferencialmente aos 12 meses (podendo ser feito até 4 anos).
Segue o calendário da vacina meningocócica C: 1ª dose aos 3 meses -> 2ª dose aos 5

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meses -> reforço aos 12 meses.


Nessa tela, o gabarito da questão é a letra B.

8 - Vacina Pneumocócica:
A vacina pneumocócica 10-valente é constituída por 10 (dez) sorotipos de pneumococos
(1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 23F) e conjugada com a proteína D de Haemophilus
influenzae para oito de seus sorotipos e carreadores de toxóide diftérico (DT) e de toxóide
tetânico (TT ou T) usados por dois sorotipos.
A embalagem possui 10 frascos-ampola de vidro, apresentados em unidose, com 0,5
ml.

Figura - Embalagem da Vacina Peneumocócica (Ministério da Saúde, 2010).

A vacina deve ser administrada por injeção intramuscular (IM) de preferência


na área do vasto lateral da coxa da criança.
Nenhum dado está disponível sobre a administração subcutânea da vacina
pneumocócica conjugada 10-valente.
Atenção! A vacina não deve, sob nenhuma circunstância, ser administrada
por via endovenosa ou intradérmica.
Em regra, a primeira dose iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema de
vacinação primária consiste em três doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo menos 1 mês entre
as doses, contudo o Programa Nacional de Imunização (PNI) adotou o intervalo de 2 meses
entre as doses. Desta forma o esquema será de 2 e 4 meses.
Uma dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última dose do
esquema primário, sendo este preferencialmente entre os 12 e 15 meses de idade.

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Segue o calendário da vacina pneumocócica 10-valente: 2 meses -> 4 meses -> reforço aos 12
meses.
De acordo com a Nota Informativa nº 149/2015 do PNI, a vacina pneumocócica 10-valente
segue a adoção de esquema básico de duas doses (2 e 4 meses) e reforço, preferencialmente aos 12
meses, podendo ser administrado até os 4 anos de idade. Para as crianças entre 12 meses e 4 anos, não
vacinadas, administrar dose única.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso do esquema básico de 2 doses e reforço. A
efetividade deste esquema de vacinação com 3 doses (2 doses no primeiro ano de vida e reforço no 2°
ano) é semelhante à do esquema com 4 doses (3 doses no primeiro ano e reforço no segundo ano). Por
isso, a 3º dose (que era aos 6 meses) foi retirada do calendário de vacinação do PNI.

3 doses - 2 e 4 meses e reforço aos


12 meses. Reforço preferencialmente aos 12
m – até 4 anos.
Dose e Via: 0,5 mL, IM.

Pneumocócica 10 valente

Para as crianças entre 12 meses a 4


Protege contra 10 sorotipos de
anos, não vacinadas, administrar
pneumococo.
dose única.

Vejamos uma questão sobre o tema:


15. (HU-UNB/EBSERH/IBFC/2013) Segundo calendário nacional, uma criança deve
receber a vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) com a idade de:
a) 2, 4 e 6 meses e mais uma dose de reforço aos 12 meses.
b) 3 e 5 meses e mais uma dose de reforço aos 15 meses.
c) 2, 4 e 15 meses.
d) 3 e 7 meses apenas.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), a primeira dose da vacina
pneumocócica 10-valente (conjugada) iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema de
vacinação primária consiste em 2 doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo menos 1 mês entre
as doses, contudo o Programa Nacional de Imunização adotará o intervalo de 2 meses entre

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as doses. Desta forma o esquema será de 2 e 4 meses.


Uma dose de reforço é recomendada preferencialmente entre os 12 e 15 meses de
idade.
O gabarito foi a letra A. Atualmente, o esquema não considera a dose aos 6 meses,
sendo da seguinte forma: 2, 4 e 6 meses e uma dose de reforço aos 12 meses.

9 - Vacina Influenza
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, de interesse para a saúde
pública no Brasil. Apresenta potencial para levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos
grupos de alto risco (crianças menores de dois anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais,
portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A principal intervenção preventiva em saúde pública para este agravo é a vacinação. A
campanha anual, realizada entre os meses de abril e maio, contribuiu ao longo dos anos para a
prevenção da gripe nos grupos vacinados, além de apresentar impacto de redução das internações
hospitalares, gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias e mortes evitáveis.
Vamos conhecer os grupos prioritários a serem vacinados e recomendações:

Crianças entre 6 Pessoas > 60


Gestantes Puérperas
ma5a anos

Trabalhadores de População privada indivíduos com povos indígenas


saúde de liberdade comorbidades > 6 meses

 Crianças de 6 meses a menores de 5 anos: deverão receber a vacina influenza. Todas


as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina da influenza sazonal, deveriam
receber apenas 1 dose em 2015. Também deve ser considerado o esquema de duas doses
para as crianças menores de 9 anos que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se
agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose (no ano passado esse grupo era
formado por crianças de seis meses a dois anos incompletos).
 Gestantes: devem receber a vacina influenza todas as gestantes em qualquer idade
gestacional. Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação
gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado
de gravidez.
Nota: a vacinação de gestantes contra a influenza é segura em qualquer idade
gestacional. A experiência pós-comercialização com a vacina influenza sazonal

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inativada e com a vacina influenza pandêmica (H1N1) 2009 inativada, no Brasil e


em outros países, não identificou qualquer risco associado ao uso da vacina em
gestantes.

 Puérperas: mulheres no período de até 45 dias após o parto foram incluídas no grupo
alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar qualquer documento, durante o período
de vacinação (certidão de nascimento da criança, cartão da gestante, documento do
hospital onde ocorreu o parto, entre outros).
 Trabalhador de Saúde: eleito para vacinação é aquele que exerce atividades de
assistência à saúde, atuando na recepção, no atendimento, bem como na investigação de
casos de infecções respiratórias, nos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis
de complexidade, cuja ausência compromete o funcionamento desses. Assim,
trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento
de pessoas com influenza, bem como recepcionistas, pessoal de limpeza, segurança,
motoristas de ambulâncias dessas unidades, equipes de laboratório responsáveis pelo
diagnóstico, profissionais que atuam na vigilância epidemiológica, e os que atuam no
controle sanitário de viajantes nos postos de entrada dos portos, aeroportos e fronteiras
deverão ser vacinados.
 Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada (indicada) para a toda população
indígena, a partir dos seis meses de idade. A programação de rotina é articulada entre o
Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena
(SESAI).
 Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina contra influenza.
 População privada de liberdade: o planejamento e operacionalização da vacinação nos
estabelecimentos penais deverão ser articulados com as Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça (Secretarias Estaduais de
Segurança Pública ou correlatos), conforme Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário, 2.ª edição/ Brasília–DF 2005 e a NOTA TÉCNICA 121
SISPE/DAPES/SAS – PNI/SVS/MS – DEPEN/MJ, de 1º de agosto de 2011.
 Pessoas portadoras de doenças crônicas (conforme listagem definida pelo Ministério
da Saúde em conjunto com sociedades científicas): a vacinação contra influenza de
indivíduos portadores de doenças crônicas e outras condições especiais foi incluída na
campanha de vacinação de 2013.

Notas:
A vacinação deste grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação e não
apenas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). No
entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica, que deverá ser
apresentada no ato da vacinação.

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Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS,


devem se dirigir aos postos em que estão cadastrados para receber a vacina. Caso no
local onde são atendidos regularmente não haja um posto de vacinação, devem buscar
a prescrição médica na próxima consulta que estiver agendada, visando garantir esse
documento com antecedência, para evitar filas no período da vacinação.
Pacientes que são atendidos na rede privada, vinculada ou não ao SUS, também
devem buscar a prescrição médica com antecedência, junto ao seu médico assistente,
devendo apresentá-la nos postos de vacinação durante a realização da campanha de
2013.
Agora, veremos o esquema de vacinação e dose da influenza:
A vacinação é anual, devido às mudanças das características dos vírus influenza decorrentes da
adversidade antigênica e genômica a cada ano e da efemeridade da proteção.
Em 2015, foi adotado o seguinte esquema e volume de dose, conforme a situação vacinal da
criança.
Crianças vacinadas pela primeira vez:

Esquema vacinal para influenza por idade, número de doses, volume por dose e intervalo entre
as doses, Brasil, 2013
Idade Número de Volume Intervalo
doses por dose
Crianças de 6 meses a 2 2 doses 0,25 ml Intervalo mínimo de 3 semanas.
anos de idade Operacionalmente: 2ª dose 30 dias após
receber a 1ª dose

Crianças de 3 a 8 anos 2 doses 0,5 ml Intervalo mínimo de 3 semanas.


de idade Operacionalmente: 2ª dose 30 dias após
receber a 1ª dose
Adultos e crianças a Dose única 0,5 ml _
partir de 9 anos

Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS

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Vacina Influenza
6 meses a 2
3 a 8 anos > 9 anos
anos

2 doses 2 doses dose única

0,25 ml 0,5 ml 0,5 ml

O intervalo entre as doses é 3 semanas a 30 dias


Deve-se adotar a via de administração intramuscular.
Recomenda-se a administração da vacina por via subcutânea em pessoas que apresentam
discrasias sanguíneas ou estejam utilizando anticoagulantes orais. Para estas situações, recomenda-se
utilizar a vacina do laboratório Sanofi Pasteur produzida na França. Via de administração subcutânea.
Vejamos uma questão recorrente sobre o tema:

16. A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um problema de saúde
pública no Brasil, sendo a principal intervenção preventiva para este agravo a vacinação. Para uma
criança de 11 meses de idade, que será vacinada pela primeira vez contra Influenza, o número de
doses e o volume por dose desta vacina é de
a) 01 dose - 0,5 ml
b) 01 dose - 01 ml
c) 03 doses - 0,2 ml
d) 02 doses – 0,25 ml
COMENTÁRIOS:
Crianças de 6 meses a 2 anos de idade devem receber 2 doses da vacina contra influenza, na
dosagem de 0,25 ml. O intervalo mínimo entre as doesse é de 3 semanas. Operacionalmente: 2ª dose
30 dias após receber a 1ª dose. Assim, o gabarito é a letra D.

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10 - Vacina Tríplice Viral


A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina combinada que contém os
vírus vivos do sarampo, da caxumba e da rubéola, atenuados em cultivo celular.
Para indivíduos de 12 meses a 19 anos, deve ser administrada duas doses, conforme situação
vacinal encontrada.
A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses com a vacina tríplice viral e a 2ª dose,
preferencialmente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e
varicela), para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. A vacina tetra viral
será administrada entre os 15 a 23 meses e 29 dias, caso a criança tenha recebido a 1ª dose da tríplice
viral.
Para não esquecer: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) continuará a ser
administrada preferencialmente aos 12 meses de idade. As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da
tríplice viral deverão receber a tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15
meses).
Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administrar a vacina tríplice viral
observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar
duas doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola.
Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade, deve-se administrar uma dose, conforme situação
vacinal encontrada. Considerar vacinada a pessoa que comprovar uma dose de vacina com componente
sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) ou sarampo e rubéola (dupla viral).

É indicada aos 12 meses (um ano de idade). Uma segunda


criança até os 15 meses
dose da tetraviral deve ser agendada para 15 meses de idade.
Deve-se considerar vacinado aquele que comprovar o
esquema de duas doses.
Vacina contra criança maior de 15
Se apresentar comprovação de apenas uma dose, deve-se
sarampo, caxumba e meses até adolescente administrar a segunda dose.
rubéola de 19 anos
Duas doses da vacina são indicadas para aquele não vacinado
com nenhuma dose, com o intervalo mínimo de 30 dias.
adulto É indicada apenas uma dose em individuos de 20 a 49 que
(20 a 49 anos) não apresentarem comprovação vacinal.

A vacina sarampo, caxumba e rubéola é administrada por via subcutânea. O volume


correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor.
A vacina em questão está contraindicada nas ocorrências específicas listadas na sequência:

 Registro de anafilaxia após recebimento de dose da vacina;


 Presença de imunodeficiências congênitas ou adquiridas;

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Atenção! Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem ser vacinados.

 Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras (nessa situação a pessoa deve ser


vacinada, pelo menos, um mês depois da suspensão do uso da droga);
 Vigência de quimioterapia imunossupressora;
 Transplantados de medula óssea;
 Pessoas que fazem uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma, no momento da
vacinação ou que farão uso em futuro próximo;
 Na vigência de gravidez.

Notas sobre a vacina sarampo, caxumba e rubéola (SCR):

 Indivíduos até 19 anos que não tiver comprovação do recebimento de duas doses da
vacina sarampo, caxumba e rubéola devem receber duas doses, com intervalo mínimo
de 30 dias.
 Quando houver comprovação das duas doses não é preciso vacinar.
 A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e rubéola é de dose
única e considera vacinação anterior devidamente comprovada, sendo indicada para
pessoas de 20 a 49 anos.
O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliou o
Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2013, com a introdução da vacina tetra viral que
possibilitará evitar complicações, casos graves e óbitos por varicela no grupo alvo da vacinação e a
prevenção, controle e eliminação das doenças sarampo, caxumba e rubéola.
A vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) substituiu a vacina tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola) para as crianças de 15 meses de idade. Assim, com a introdução da
vacina tetra viral, o PNI visa reduzir o número de injeções em um mesmo momento, bem como buscar
uma melhor adesão à vacinação e consequentemente, melhoria das coberturas vacinais.
Essa vacina, desde setembro de 2013, está sendo disponibilizada para as crianças entre 15 a 23
meses e 29 dias de idade (preferencialmente aos 15 meses), que tenham recebido a 1ª dose da vacina
tríplice viral, nas 35 mil salas de vacina da rede pública.
No Brasil, a vacina varicela está disponível desde 2000 nos Centros de Referências para
Imunobiológicos Especiais (CRIE) para indivíduos susceptíveis em situação de pré-exposição, para
pessoas sem história de varicela e com maior risco de desenvolver doença grave e ou complicações
associadas. Também já é utilizada em situação de pós-exposição, para imunocompetentes susceptíveis,
comunicantes intra-hospitalares de casos de varicela. Esta vacina está também incluída no Calendário
de Vacinação dos Povos Indígenas desde 2002.
Neste contexto, o PNI amplia a oferta de vacinas na rotina de vacinação da criança com a
introdução da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela - atenuada), exclusivamente,

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para as crianças de 15 a 23 meses de idade, que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral.
Para não esquecer: A vacina tetra viral é indicada para a imunização ativa de crianças contra
sarampo, caxumba, rubéola e varicela. A introdução da vacina tetra viral no PNI ocorre com a
administração de uma dose aos preferencialmente 15 meses de idade (podendo ser aplicada entre os 15
a 23 meses e 29 dias), para crianças que já receberam uma dose da vacina tríplice viral.
Após a implantação da vacina tetra viral no calendário de vacinação da criança, o Ministério da
Saúde passou a monitorar a situação epidemiológica da varicela, visando à definição de qual o melhor
período para a inclusão da uma segunda dose com a vacina varicela nesse calendário.
As embalagens tetra viral contêm 10 frascos-ampola mais 10 seringas preenchidas com diluente
(0,5 mL) e 20 agulhas para a reconstituição e administração da vacina.

Figura - Vacina Tetra Viral (Ministério da Saúde, 2013).

Em síntese, a vacina tetra viral é disponibilizada na rotina dos serviços públicos de vacinação
em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral aos 15 meses de idade.
Vejamos uma questão sobre as vacinas referidas:

17. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) A vacina tríplice viral (SCR) do Programa


Nacional de Imunização deve ser aplicada em pessoas maiores de 20 anos com o seguinte esquema:
a) Dose única.
b) 2 doses, com intervalo de 30 dias.
c) 2 doses, com intervalo de 60 dias.
d) 3 doses, com intervalos de 30 e 60 dias.
e) 3 doses, com intervalos de 60 dias cada.
COMENTÁRIOS:

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A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e rubéola é de dose única
e considera vacinação anterior devidamente comprovada, sendo indicada para pessoas de 20 a 49
anos. Nesses termos, o gabarito é a letra A.

11 - Vacina Febre Amarela


A febre amarela continua sendo um importante problema de saúde pública particularmente nos
13 países das Américas com áreas endêmicas. Nos últimos trinta anos a atividade do vírus da febre
amarela se encontra restrita a área enzoótica compreendida por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador,
Guiana Francesa, Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela.
A principal estratégia de prevenção é a vacinação. A vacinação contra a febre amarela é
recomendada para uma grande área do Brasil onde a transmissão é considerada possível,
principalmente para indivíduos não vacinados e que se expõem em áreas de mata, onde o vírus ocorre.
Atualmente, as áreas de vacinação são revisadas anualmente, com apoio de especialistas para
identificação dos municípios com maior risco de transmissão.

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A vacina está recomendada na rotina, no Calendário Nacional de Vacinação, na área com


recomendação de vacina (ACRV) e o esquema constitui em uma 1 dose aos 9 meses de idade, sendo
necessária uma dose de reforço aos 4 anos de idade. O intervalo mínimo a ser considerado entre a
dose do esquema e o reforço é de 30 dias.
Vamos observar as seguintes situações no que se refere à vacinação contra febre amarela:

A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença.
Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, é
da cepa 17DD, sendo constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra africana do
vírus amarílico selvagem. Apresenta eficácia acima de 95%.

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A vacina febre amarela é reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, eventos adversos podem
ocorrer, como reações locais e sistêmicas, tais como febre, dor local, cefaleia (dor de cabeça), mialgia
(dor no corpo), dentre outros. Atenção especial deve ser dada quando, após administração da vacina de
febre amarela, a pessoa apresentar dor abdominal intensa.
Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e décimo dia após a aplicação, razão pela qual
a imunização deve ocorrer dez dias antes de se ingressar em área de transmissão. É contraindicada
para:
• Crianças com menos de 6 meses de idade.
• Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza, como: - Pacientes infectados pelo HIV
com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 <200 células/mm³ ou menor de 15% do
total de linfócitos, para crianças com menos de 6 anos de idade.
•Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia,
radioterapia, imunomoduladores).
•Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
•Pacientes com imunodeficiência primária.
•Pacientes com neoplasia.
Observação: Nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração desta vacina deve
ser condicionada a avaliação médica individual de risco-benefício e não deve ser realizada em caso de
imunodepressão grave.
• Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina
(ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina).
• Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de
ausência de timo ou remoção cirúrgica).

Vejamos uma questão sobre a vacina em tela:

18. (Prefeitura de Osasco-SP/FGV/2014) O Calendário Nacional de Vacinação estabelece que os


idosos de 60 anos ou mais devem ser imunizados contra a febre amarela. Assinale a opção que
indica o número de doses e o intervalo de tempo recomendado para essa vacina.
a) Uma dose a cada ano.
b) Duas doses a cada 5 anos.
c) Três doses a cada 10 anos.
d) Duas doses a cada 6 anos.

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e) Uma dose a cada 10 anos.

COMENTÁRIOS:
De acordo com as novas recomendações para a vacina febre amarela, o esquema constitui
em uma 1 (uma) dose aos 9 meses de idade, sendo necessária uma dose de reforço aos 4 anos de
idade.
No entanto, essa questão foi elaborada de acordo com o esquema antigo: uma dose a partir
dos 9 meses, com reforço a cada 10 anos.
Nessa tela, o gabarito é a letra E.
Fique atento! Imunização é um conteúdo que passa por constantes atualizações, tenha
cuidado na hora da resolução das questões, pois algumas bancas ainda cobram o esquema antigo.

12 - Vacina Pólio
No Brasil, a vacina que vem sendo utilizada com sucesso desde a década de 60 é a vacina oral
poliomielite (VOP), vacina de vírus atenuados, trivalente, contendo os três tipos de poliovirus (1, 2 e
3). É epidemiológica e operacionalmente a melhor vacina para gerar proteção a cada um dos três tipos
de vírus da poliomielite e tem sido amplamente utilizada, viabilizando a erradicação global da doença.
A partir de 2016, o PNI adotará a vacina oral poliomielite (VOP) bivalente.
As ações de vacinação desenvolvidas contribuíram para a erradicação da poliomielite no País,
sendo que o último caso ocorreu em 1989.
Conforme definido no plano global de erradicação, uma região precisa estar sem circulação do
vírus da poliomielite por três anos, em vigência de um sistema de vigilância para paralisias flácidas
agudas funcionante, para ser declarada como livre da circulação do poliovírus.
No entanto, a não ocorrência de pólio no continente americano não é o suficiente, uma vez que a
doença ainda circula em outros países e pode ser reintroduzida na região através de viajantes
infectados em regiões que apresentam bolsões de pessoas não vacinadas, por exemplo.
A vigilância sensível de paralisias flácidas agudas, através da notificação, investigação e coleta
oportuna de amostras de fezes de todos os casos de paralisias flácidas agudas é fundamental para a
garantia de detecção rápida de um vírus importado e as altas e homogêneas coberturas vacinais evitam
que esses vírus circulem. É por isso que o Brasil e outros países da região ainda realizam campanhas
de vacinação com a vacina oral poliomielite e priorizam a vigilância de paralisias flácidas agudas.

É inegável o sucesso e a contribuição da utilização da VOP na erradicação da poliomielite. A


interrupção do seu uso deverá ser cuidadosamente programada e planejada. As principais estratégias a
serem consideradas após a interrupção da VOP, mundialmente, são uma vigilância ativa e a não

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interrupção da imunização com a vacina poliomielite inativada (VIP).


Como países desenvolvidos e em desenvolvimento declararam a intenção de continuar com a
imunização de suas populações, mesmo após a erradicação do poliovírus selvagem, a VIP deverá ser
utilizada nesses países para prevenir a reintrodução do vírus selvagem e o ressurgimento da
poliomielite.
O Brasil, visando cumprir esta determinação, introduziu, desde agosto de 2012, a vacina
inativada poliomielite (VIP) em esquema sequencial com 2 doses de VIP e 2 doses de VOP. As doses
da VIP visam minimizar o risco, que é raríssimo, de paralisia associada à vacina, e as da VOP, manter
a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem
através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite,
por exemplo.
Conforme disposições descritas na Nota Informativa do PNI nº 149/2015, a partir de janeiro de
2016, ocorrerá a substituição da terceira dose, administrada atualmente com a vacina oral poliomielite
(VOP), por vacina inativada poliomielite (VÏP).
Nesta situação, o esquema básico deixará de ser sequencial (VIP, VIP, VOP, VOP). Os reforços
administrados aos 15 meses e 4 anos com vacina VOP permanecem. Também em 2016, ocorrerá a
substituição da VOP trivalente pela VOP bivalente. Estas mudanças estão em conformidade com as
recomendações do Plano Global de Erradicação da Poliomielite (2013-2018), que trata também da
redução gradual de utilização de vacinas orais poliomielite e fortalecimento dos programas de
imunizações.
Estudos realizados em todo o mundo permitiram descrever as características da VIP, como a
capacidade para evitar surtos de poliomielite, de modo que muitos países já a incluíram nos seus
calendários de vacinação de forma exclusiva ou com esquema sequencial.
Veja que a tendência é a substituição da vacina oral da poliomielite (VOP) pela vacina inativada
poliomielite (VIP). No Brasil, atualmente as crianças recebem essas vacinas da seguinte forma: VIP -
1ª, 2ª e 3ª doses aos 2, 4 e 6 meses; VOP –reforço aos 15 meses e 4 anos. Além dessas, temos a
vacinação com a VOP anualmente nas campanhas nacionais para crianças menores de 5 anos.

vacinação com a
Vacinação contra VIP - 1ª, 2ª e 3ª
VOP -reforço aos VOP anualmente
poliomielite no doses aos 2, 4 e 6
15 meses e 4 anos nas campanhas
Brasil meses
nacionais.

Vamos agora sintetizar o tema:

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VIP/VOP 0,5 ml IM / 2 gts VO


VIP/VOP
< 5 anos Seguir esquema geral

VIP 2º, 4º e 6º mês

Reforço aos 15 meses e 4


VOP (bivalente)
anos e campanhas
≥ 5 anos sem comprovação 3 doses da VOP ou
vacinal completar o esquema

O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, sendo que nos primeiros 6 meses
de idade o intervalo mínimo de 30 dias só é recomendado se o indivíduo estiver sob risco iminente de
exposição à circulação viral, como por exemplo, pessoas que se deslocarão a regiões endêmicas ou em
situações de surto da doença.
A via de administração preferencial da VIP é a intramuscular, entretanto, a via subcutânea
também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias sanguíneas).
O local de aplicação preferencial para injeção intramuscular em bebês é o músculo vasto-lateral
da coxa ou região ventroglútea e para crianças maiores o músculo deltóide.
A dose dessa vacina (VIP) é de 0,5 mL.
As contraindicações da VIP são as seguintes:
• Qualquer indivíduo portador de alergia grave (anafilaxia) a qualquer componente da
vacina. Como a VIP contém vestígios de estreptomicina, neomicina, e polimixina B,
existe um risco teórico de reações alérgicas em pessoas sensíveis a estes antibióticos;
• Qualquer pessoa que já apresentou quadro de reação alérgica grave a uma vacinação
anterior com VIP;

• Pessoas com quadro clínico de doenças respiratórias superiores leve a moderada, com
ou sem febre, reação local a uma dose prévia da vacina, terapia antimicrobiana atual
e, a fase de convalescença de doença aguda não são contraindicações para a vacinação
com VIP;
• A amamentação não interfere com o sucesso da imunização com a VIP.
A via de administração exclusiva da VOP é a oral, com a dose de duas gotas.
Notas sobre a vacina oral poliomielite (VOP):

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• Indivíduos com cinco anos de idade ou mais:


 Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da VOP, com intervalo de 60 dias entre
elas, mínimo de 30 dias;
 Com esquema incompleto: completar esquema com a VOP;
 Nesta faixa etária não há necessidade de reforço.
• Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar.
• Esta vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, contato de pessoa HIV
positivo ou com Aids, bem como que tenham histórico de paralisia flácida associada à dose
anterior da VOP.
A vacina inativada poliomielite (VIP) deverá ser conservada sob refrigeração, à temperatura de
+2°C a +8°C. Não deve ser congelada. O frasco multidose da vacina, uma vez aberto, pode ser usado
por um prazo estabelecido pelo laboratório produtor, constante da bula do produto ou das normas do
PNI, desde que armazenada entre 2º a 8ºC.
Passemos para resolução de uma questão sobre o tema:
19. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No que se refere à vacina inativada poliomielite
(VIP) e a vacina oral contra poliomielite (VOP), informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se
afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) A Vacina oral contra poliomielite (VOP) foi retirada do calendário infantil de imunizações, pois
foi substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP).
( ) Está indicada para a imunização passiva contra a poliomielite causada pelos três sorotipos (1,2 e
3) a partir dos 4 meses de idade.
( ) O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada)
não seja administrada simultaneamente com a vacina de Rotavírus.
( ) A vacina inativada poliomielite não deve ser usada em controle de surtos da doença se a vacina
oral poliomielite estiver disponível.
a) F – F – V – V.
b) V – V – F – F.
c) F – V – F – V.
d) V – V – V – F.
e) F – F – F – V.
COMENTÁRIOS:
Vejamos cada um dos itens da questão:
Item I. A Vacina oral contra poliomielite (VOP) foi retirada do calendário infantil de
imunizações, pois foi substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP). Incorreto. Houve uma
alteração no calendário, mas a VOP foi mantida, conforme explicações acima.

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Item II. Está indicada para a imunização passiva contra a poliomielite causada pelos três
sorotipos (1,2 e 3) a partir dos 2 meses de idade.
Item III. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina poliomielite 1, 2 e 3
(inativada) não seja administrada simultaneamente com a vacina de Rotavírus. Falso. A vacina
poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) pode ser administrada simultaneamente com qualquer outra vacina
recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações. Em caso de administração concomitante,
devem ser utilizadas diferentes agulhas e sítios de administração.
Item IV. A vacina inativada poliomielite (VIP) não deve ser usada em controle de surtos da
doença se a vacina oral poliomielite (VOP) estiver disponível. Verdadeiro. O vírus vacinal (VOP)
compete com o vírus selvagem pela ocupação dos sítios de acoplamento na luz intestinal e assim é
eficaz no bloqueio de surtos
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra E (apenas o item IV apresenta-se certo).

13 - Vacina HPV
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do
útero. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da
vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é a
quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de
câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é
específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
O Brasil está disponibilizando a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de colo do
útero. A vacina protege meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. Em 2014, meninas
dos 11 aos 13 anos receberam as duas primeiras doses necessárias à imunização, a dose inicial e a
segunda seis meses depois. A terceira dose que ser prevista para ser aplicada cinco anos após a
primeira foi retirada do calendário vacinal do PNI. Em 2015, foi estendida para as adolescentes de 9
a 11 anos. A partir de 2016, será recomendada para meninas de 9 anos. A vacina será produzida por
meio de parceria entre Butantan e Merck.

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Vacina HPV (meninas)


2014 11 a 13 anos;

2015 9 a 11 anos;

≥ 2016 9 anos

 População-alvo será: meninas de 9 a 13 anos, com esquema vacinal de 2 doses.


 As doses só serão aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis.
Atenção! O esquema completo de vacinação é composto de 3 doses. O esquema normal da
vacina (0, 2 e 6 meses) é 1ª dose, 2ª dose após dois meses e 3ª dose após seis meses.
No entanto, o Ministério da Saúde está adotando outro esquema (0 e 6 meses): 1ª dose, 2ª dose
seis meses depois.
Vejam o esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde:
Esquema vacinal: 2 doses:
1ª dose
2ª dose: 6 meses após a 1ª dose
O tipo da vacina é: quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18).
Indicações:
 Prevenção contra HPV 16 e 18 (responsável por 70% dos casos de câncer de colo do
útero)
 6 e 11 (verrugas genitais - condiloma acuminado)
 Confere ainda proteção cruzada contra HPV 31, 33,52 e 58
 Evidências recentes – 56% de redução na prevalência do HPV entre adolescentes apesar
de apenas 35% de cobertura vacinal nos Estados Unidos.

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Meninas de 9
a 13 anos
Quadrivalente MS - aos 0 e 6
(6, 11, 16 e 18) meses

0,5 ml IM HPV OMS - aos 0, 2


e 6 meses

Atenção! Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e, portanto, não teve contato
com o vírus HPV.
A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou
(preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema. Ainda há
muitas perguntas sem respostas relativas a essas vacinas.
Segundo Informe Técnico do PNI de 2015, a vacina contra o HPV também passou a ser ofertada
para as mulheres de 14 a 26 anos de idade vivendo com HIV. Esta população foi incorporada como
prioritária, considerando que as complicações decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em
pacientes portadores de HIV e da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Esta indicação é
reforçada com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Técnico
Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em conformidade com
o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais, visto que a vacina é uma medida de prevenção
primária que proporcionará maior proteção à infecção pelo HPV.
Vejamos agora duas questões sobre o tema:
20. (MEAC e HUWC UFC/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Em 2014, o Ministério da
Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação e ela será
fornecida gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde. Com relação à vacina do HPV, é
correto afirmar que
a) é de dose única e deve ser administrada em meninos e meninas.
b) são duas doses e deve ser administrada apenas em meninas.
c) é de dose única e deve ser administrada apenas em meninas.

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d) são três doses e de devem ser administradas apenas em meninas.


e) são três doses e devem se administradas em meninas e meninos.
COMENTÁRIOS:
O Ministério da Saúde inicialmente adotou o esquema estendido (0, 6 e 60 meses): 1ª
dose, 2ª dose seis meses depois, e 3ª dose após cinco anos da 1ª dose em meninas.
A partir do exposto, o gabarito foi a letra D. Atualmente, o esquema não há a 3ª dose,
ou seja, é formado da seguinte forma: 1ª dose, 2ª dose seis meses depois (0 e 6 meses).

21. (HU-UFMS/BSERH/Instituto AOCP/2014) A prevenção do HPV representa potencial


para reduzir a carga de doença cervical e lesões precursoras do câncer de colo de útero. Para
isto, o Ministério da Saúde adotou a vacina
a) pentavalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 16 e 21)
e de alto risco (HPV 56, 28 e 33).
b) quadrivalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11)
e de alto risco (HPV 16 e 18).
c) bivalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 26) e de alto
risco (HPV 33).
d) pentavalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 16 e 18)
e de alto risco (HPV 12, 15 e 23).
e) monovalente que confere proteção contra HPV de alto risco (HPV 16).
COMENTÁRIOS:
O Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente contra HPV que confere
proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18). Dessa
forma, o gabarito é a letra B.

14 - Profilaxia contra a Raiva


A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos, é feita
mediante a manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e
campanhas; controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; envio de
amostras para exame laboratorial, para monitoramento da circulação viral. A profilaxia da Raiva
humana é feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela
mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva.

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A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve possível e
garantir o completo esquema de vacinação preconizado.

 Manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por


Prevenção da Raiva meio de estratégias de rotina e campanhas;
transmitida em áreas
 Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães
urbanas ou rurais,
de rua;
por animais
domésticos.  Envio de amostras para exame laboratorial, para monitoramento
Raiva

da circulação viral.

 É feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são


expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas
ou arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva.
Profilaxia da Raiva
 A vacina sempre faz parte do esquema de profilaxia;
 A indicação do soro ocorre quando se trata de um acidente de
alto risco para desenvolvimento da doença.

Nobre concurseira(o), veja que os instrumentos disponíveis para prevenção e controle da raiva
humana são a vacina e o soro.
As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de risco. São
produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de galinha,
etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) inativados pela betapropiolactona.
As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica (utilizada em casos
específicos).

 Via intramuscular - são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml, dependendo do fabricante


(verificar embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante NAO DEPENDE da
idade ou do peso do paciente. A aplicação intramuscular deve ser profunda, na região
do deltoide ou vasto lateral da coxa. Em crianças até 2 anos de idade, está indicado o
vasto lateral da coxa.
 Via intradérmica - a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser aplicada em locais
de drenagem linfática, geralmente nos braços, na inserção do músculo deltoide.

Importante! A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região glútea.


A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres lactantes, doença
intercorrente ou outros tratamentos), devido à gravidade da doença que apresenta letalidade de
aproximadamente 100%.
As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De acordo com os
trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos adversos e, na quase totalidade dos casos,

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de pouca gravidade. O soro para uso humano (soro heterólogo) é uma solução concentrada e
purificada de anticorpos, preparada em equídeos imunizados contra o vírus da raiva.
A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a maior
quantidade possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado diretamente ao redor das lesões do
animal agressor). Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode ser
diluída, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não
permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via
intramuscular, na região glútea.
No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático antirrábico humano

Condições do animal agressor


Cão ou gato raivoso
desaparecido ou morto
Animais silvestres5
Tipo de exposição Cão ou gato sem Cão ou gato clinicamente
suspeita de Raiva no suspeito de Raiva no (inclusive os
momento da agressão momento da agressão domiciliados)
Animais domésticos de
interesse econômico ou
de produção
• Lavar com água e • Lavar com água e sabão; • Lavar com água e sabão;
Contato indireto sabão;
• Não tratar; • Não tratar;
• Não tratar.
Acidentes leves • Lavar com água e • Lavar com água e sabão • Lavar com água e sabão;
sabão
• Ferimentos • Iniciar tratamento • Iniciar imediatamente o
superficiais, pouco • Observar o animal profilático com 2 doses, esquema profilático com 5
extensos, geralmente durante 10 dias após uma no dia 0 e outra no dia doses de vacina
únicos, em tronco e exposição1; 3. administradas nos dias 0,
membros (exceto mãos, 3, 7, 14 e 28.
• Se o animal • Observar o animal
polpas digitais e planta
permanecer sadio no durante 10 dias após
dos pés); podem
período de observação, exposição1;
acontecer em decorrência
encerrar o caso;
de mordeduras ou • Se a suspeita de Raiva
arranhaduras causadas • Se o animal morrer, for descartada após o 10°
por unha ou dente; desaparecer ou se dia de observação,
tornar raivoso, suspender o tratamento
• Lambedura de pele
administrar 5 doses de profilático e encerrar o
com lesões superficiais;
vacina (dias 0, 3, 7, 14 e caso;
28).
• Se o animal morrer,
desaparecer ou se tornar
raivoso, completar o
esquema até 5 doses,
aplicar uma dose entre o 7°
e o 10° dias e uma dose
nos dias 14 e 28.
Acidentes graves • Lavar com água e • Lavar com água e sabão • Lavar com água e sabão

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Condições do animal agressor


Cão ou gato raivoso
desaparecido ou morto
Animais silvestres5
Tipo de exposição Cão ou gato sem Cão ou gato clinicamente
suspeita de Raiva no suspeito de Raiva no (inclusive os
momento da agressão momento da agressão domiciliados)
Animais domésticos de
interesse econômico ou
de produção
• Ferimentos na cabeça, sabão • Iniciar o tratamento com • Iniciar imediatamente o
face, pescoço, mão, soro3 e 5 doses de vacina esquema profilático com
• Observar o animal
polpas digitais e/ou nos dias 0, 3, 7, 14 e 28; soro 3 e 5 doses de vacina
durante 10 dias após
planta do pé; administrada nos dias 0, 3,
exposição1,2; • Observar o animal
7, 14 e 28.
• Ferimentos profundos, durante 10 dias após
• Iniciar esquema
múltiplos ou extensos, exposição;
profilático com 2 doses,
em qualquer região do
uma no dia 0 e outra no • Se a suspeita de Raiva for
corpo;
dia 3. descartada após o 10° dia
• Lambedura de de observação, suspender o
• Se o animal
mucosas; esquema profilático e
permanecer sadio no
encerrar o caso;
• Lambedura de pele período de observação,
onde já existe lesão encerrar o caso;
grave;
• Se o animal morrer,
• Ferimento profundo desaparecer ou se tornar
causado por unha de raivoso, dar continuidade
animal. ao esquema profilático,
administrando o soro 3,4
e completando o
esquema até 5 doses.
Aplicar uma dose entre o
7° e o 10° dia e uma dose
nos dias 14 e 28.

1 - É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o
animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas
intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de
vacinação.
2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados
do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de
contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não
tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus
donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema
de profilaxia indicado. Se o animal for procedente de área de raiva controlada não é necessário iniciar

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o esquema profilático. Manter o animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado
(soro+vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.
3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose,
aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular,
podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a
vacina. Quando as lesões, forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode ser
diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas.
4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando o
mesmo não se encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da
aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário.
5 - Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da
gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição.
Vejamos uma questão sobre o tema:

22. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve ser indicada para


pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da Raiva, durante atividades ocupacionais
exercidas por profissionais como biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema pré-exposição
e os dias de aplicação nestes casos são:
a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28.
b) Esquema: 2 doses; Dias de aplicação: 0,3.
c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0.
d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28.
e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14.
COMENTÁRIOS
A questão aborda sobre profilaxia pré-exposição, vamos entendê-la para poder resolver a
questão. Essa profilaxia deve ser indicada para pessoas com risco de exposição PERMANENTE ao
vírus da raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como:
 médico veterinário;
 biólogo;
 auxiliares e demais funcionários de laboratório de virologia e anatomopatologia para
raiva;
 estudantes de veterinária, biologia e agrotécnica;
 pessoas que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e classificação de
mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem como funcionários de zoológicos;

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 pessoas que desenvolvam trabalho no campo (pesquisas, investigações


ecoepidemiológicas) com animais silvestres; e
 espeleólogos, guias ecoturismo, pescadores e outros profissionais que trabalham em
áreas de risco.

Vejamos como é o esquema pré-exposição para raiva.

Esquema 3 doses

Dias de aplicação 0, 7, 28

Vias de Intramuscular profunda: dose completa. Local: deltoide ou


administração, vasto lateral. NÃO APLICAR NO GLÚTEO.
dose e local de
Intradérmica: 0,1 ml, na inserção do músculo deltoide.
aplicação.

Controle A partir do 14º dia após a última dose do esquema.


sorológico
Atenção! São considerados satisfatórios os títulos de
anticorpos ≥ 0,5 UI/ml.

O item correto é o A, pois descreve que o esquema pré-exposição é composto por 3 doses, nos
dias 0, 7 e 28.

15 - Introdução da vacina dTpa para gestantes no Calendário


Nacional de Vacinação
Considerando a situação epidemiológica da coqueluche e a necessidade de proteger contra a
doença o binômio mãe-filho, a vacina adsorvida de difteria, tétano e coqueluche (pertussis acelular) -
dTpa, foi introduzida desde de novembro de 2014 no Calendário Nacional de Vacinação para
gestantes e profissionais de saúde que atendam recém-nascidos nas maternidades e UTIs neonatais,
como reforço ou complementação do esquema da vacina dupla adulto (difteria e tétano).
Esta vacina oferece proteção vacinal indireta nos primeiros meses de vida (passagem de
anticorpos maternos por via transplacentária para o feto) quando a criança ainda não teve a
oportunidade de completar o esquema vacinal.
Indicação da vacina:

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A vacina é indicada para gestantes a partir da vigésima sétima semana (27ª) até a trigésima sexta
semana (36ª) de gestação, preferencialmente, podendo ser administrada até 20 dias antes da data
provável do parto. A dTpa adulto deve ser administrada a cada gestação considerando que os
anticorpos tem curta duração, portanto, a vacinação na gravidez não levará a alto nível de anti-corpos
protetores em gestações subsequentes. Esta vacina deverá ser registrada no cartão do pré-natal ou de
vacinação do adulto.
Para a proteção do RN, além da indicação da vacina para as gestantes, é de fundamental
importância a vacinação dos profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de
internação neonatal (UTI/UCI convencional e UCI Canguru), atendendo recém-nascidos e crianças
menores de um ano.

Especificação técnica:
Caixa com 10 seringas prenchidas monodose de 0,5 mL e 10 agulhas para aplicação
intramuscular.
Esquema recomendado: O esquema recomendado da dTpa adulto é uma dose a cada gestação;
A depender da situação vacinal encontrada administrar uma dose da vacina dTpa para iniciar o
esquema, completar ou como dose de reforço. Este esquema deverá ser completada até 20 dias antes
da data provável do parto com a dT.

Resumo - dTpa

dose profissionais
• Proteção da • 27ª a 36ª s
criança - • 0,5 ml • < 20 d parto • UTI Neonatal
coqueluche • IM • maternidades
objetivo gestantes

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16 – Vacina Hepatite A
E indicada para a prevenção da infecção causada pelo vírus da hepatite A. O PNI
recomenda a vacinação de crianças de 12 meses ate menores de 2 anos de idade.
O PNI recomenda uma dose aos 15 meses (antes era aos 12 meses) de idade na rotina de
vacinação. Situações individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem
diferenciados nos CRIE.
O volume da vacina a ser administrado e de 0,5 mL. A vacina pode ser administrada
simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do Ministério da
Saúde.
A vacina e administrada por via intramuscular.

0,5
ml Atenção! A vacina contra Hepatite A foi incluída
desde o dia 15/07/2014 no Calendário Nacional de
IM 15
Imunização. É indicada para crianças entre 1 a 2
anos. Dose única, 0,5 ml, IM.
meses
– até 23
meses

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17 - Contraindicações, Situações Especiais, Adiamento, Vacinação


Simultânea e Falsas Contraindicações

23. (Rômulo Passos) A ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC, após a administração de uma vacina
constitui contraindicação à dose subsequente.

COMENTÁRIOS:
Alguns fatores, situações e condições podem ser considerados como possíveis contraindicações
comuns à administração de todo e qualquer imunobiológico. Outros fatores, situações e condições
especiais devem ser objeto de avaliação tem em vista a decisão em vacinar. Além disso, Outros
fatores, situações e condições podem apontar a necessidade do adiamento da vacinação. Já as situações
específicas, relacionadas a cada produto em particular, estarão citadas na descrição de cada vacina.
Contraindicação é entendida como uma condição na pessoa a ser vacinada que aumenta, em
muito, o risco de um evento adverso grave, ou que faz com que o risco de complicações da vacina seja
maior que o risco da doença contra qual se deseja proteger. A vacina não deve ser administrada
quando uma contraindicação é identificada na pessoa a ser vacinada.
Para todo e qualquer imunobiológico consideram-se como contraindicações:

 a ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) após o recebimento de dose


anterior;
 história de hipersensibilidade aos componentes de qualquer um dos produtos.

Agora, vamos descrever algumas considerações sobre esse tema:

• A ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC, após a administração de uma vacina


I não constitui contraindicação à dose subsequente.

• Quando ocorrer febre, administrar antitérmico de acordo com a prescrição


II médica.

• Não indicar o uso de paracetamol antes ou depois da vacinação para não


III diminuir a imunogenicidade.

A questão está incorreta, já que a ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC, após a administração de
uma vacina não constitui contraindicação à dose subsequente.

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24. (Rômulo Passos) De acordo com o Programa Nacional de Imunização, pessoas que fazem uso de
terapia com corticosteróides devem ser vacinadas com intervalo de, pelo menos, um mês após a
suspensão da droga.

COMENTÁRIOS:
São situações especiais que devem ser avaliadas, cada uma em suas particularidades, no sentido
da indicação ou não da vacinação:

 pessoas que fazem uso de terapia com corticosteróides devem ser vacinadas com
intervalo de, pelo menos, um mês após a suspensão da droga;
Notas:
 Essas pessoas podem estar imunodeprimidas, dependendo da dose e do tempo
de utilização da droga;
 São consideradas como imunossupressora a dose superior a 2mg/kg de peso,
por dia, de prednisona ou equivalente para crianças, e acima de 20 mg/kg de
peso, por dia, para crianças maiores e adultos, por tempo superior a 14 dias.
 pessoas infectadas pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças
imunopreveníveis, mas é necessário avaliar cada caso, considerando que há uma grande
heterogeneidade de situações, desde o soropositivo (portador assintomático, sem
alterações imunológicas) até o imunodeprimido, com a instalação da doença;
 indivíduos classificados como HIV-positivos, mas que não apresentam alterações
imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de
imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação o mais
precocemente possível.
Notas:
 Na medida em que aumenta a imunodepressão, aumenta o risco da
administração de vacinas de agentes vivos, bem como a possibilidade de
resposta imunológica insuficiente ou inadequada;
 Pessoas com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber
vacinas de agentes vivos.
 a pessoa que fez transplante de medula óssea (pós-transplantada) deve ser revacinada
com todas as vacinas dos calendários oficiais de vacinação (de acordo com a indicação:
idade e dose), seis a 12 meses depois do transplante; devem ser encaminhados ao CRIE
para serem vacinados.
Notas:
 Considerar que o transplantado, com relação à resposta imune, pode ser
afetado por inúmeros fatores: imunidade do doador, tipo de transplante, tipo de
célula utilizada, medicamentos imunossupressores etc.

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A partir dos comentários, verificamos que a questão apresenta-se correta.

25. (Rômulo Passos) A decisão por adiar uma vacina está relacionada a uma atitude de precaução por
parte do profissional de saúde que deve avaliar a relação entre o risco e o benefício de uma
determinada imunização.

COMENTÁRIOS:
O adiamento da administração de um imunobiológico é uma decisão que está relacionada a uma
condição específica da pessoa que vai receber a vacina (física e ou biológica) ou à possibilidade de
interferência entre vacinas no caso de vacinas vivas.
A decisão por adiar uma vacina está relacionada a uma atitude de precaução por parte do
profissional de saúde que deve avaliar a relação entre o risco e o benefício de uma determinada
imunização.
O adiamento da administração de um imunobiológico, no entanto, deve ocorrer somente em
situações muito específicas a exemplo das descritas a seguir:

 quando a pessoa estiver recebendo dose elevada de corticóide, a vacinação com vacinas
de vírus vivo atenuado ou com vacina de bactéria viva deve ser adiada por 30 dias depois
da suspensão ou do termino do tratamento;

Nota:
 Considerar como elevada a dose maior que 2mg/kg de peso/por dia, de
prednisona ou equivalente para crianças e maior que 20mg/kg de peso/por dia
para crianças maiores e adultos, por um período inferior a 14 dias.
 A administração de imunoglobulina humana (gamaglobulina) sangue total ou plasma
deve ser adiada nos três meses anteriores à imunossupressão por doença ou terapêutica
(quimioterapia, radioterapia);
 quando a pessoa apresenta doença grave febril principalmente para que os sinais e
sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos
relacionados à vacina aplicada.
A questão, portanto, encontra-se correta.

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26. (Rômulo Passos) A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais


vacinas em diferentes locais ou vias de administração. Todas as vacinas dos calendários de
vacinação, sem exceção, podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra
interferência na resposta imunológica. A administração simultânea também não aumenta a
possibilidade de reações adversas locais ou sistêmicas.
COMENTÁRIOS:

A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas em


diferentes locais ou vias de administração. Todas as vacinas dos calendários de vacinação, de
um modo geral, podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra interferência na
resposta imunológica. A administração simultânea também não aumenta a possibilidade de
reações adversas locais ou sistêmicas.
Nessas situações, as vacinas devem ser administradas em locais diferentes do corpo da
pessoa a ser vacinada.
Como exceção tem-se a administração simultânea das vacinas da febre amarela e a
tríplice viral, pois, segundo estudos recentes, essa simultaneidade reduz a resposta
imunológica para a tríplice viral.
A questão, portanto, está errada.

27. (Rômulo Passos) Falsa contraindicação é a situação em que o profissional de saúde diante
de situações ou ocorrências que não têm sustentação técnica ou científica decide por não
administrar a vacina, muitas vezes por receio, insegurança ou desconhecimento. São
exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações, ou seja,
situações em que as pessoas podem receber qualquer vacina, exceto:
a) vigência de enfermidade aguda benigna, a exemplo de processo catarral ou diarréia quando
a criança é sadia, ou infecção simples das vias respiratórias superiores (resfriado comum,
coriza, catarro), sem febre;
b) criança prematura, com exceção daquelas com peso inferior a 2,5 kg;
c) ocorrência de reação a uma dose anterior da vacina, a exemplo da reação local (dor,
vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção) ou febre inferior a 40,5 ºC, registrada após a
administração da vacina tetravalente;
d) uso de antibiótico ou antiviral, uma vez que esses medicamentos não interferem na resposta
imune às vacinas;

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e) vigência de desnutrição, uma vez que mesmo nessas situações a resposta às vacinas é
adequada e não há aumento dos eventos adversos.
COMENTÁRIOS:
São exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações,
ou seja, situações em que as pessoas podem receber qualquer vacina:

 vigência de enfermidade aguda benigna, a exemplo de processo catarral ou


diarréia quando a criança é sadia, ou infecção simples das vias respiratórias
superiores (resfriado comum, coriza, catarro), sem febre;
 criança prematura, com exceção daquelas com peso inferior a 2 kg;
 ocorrência de reação a uma dose anterior da vacina, a exemplo da reação local
(dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção) ou febre inferior a 40,5 ºC,
registrada após a administração da vacina tetravalente;
 uso de antibiótico ou antiviral, uma vez que esses medicamentos não interferem
na resposta imune às vacinas;
 vigência de desnutrição, uma vez que mesmo nessas situações a resposta às
vacinas é adequada e não há aumento dos eventos adversos;
 diagnóstico clínico prévio de doença, relacionada a vacina a ser administrada;
 vigência de doença neurológica estável;
 história familiar de convulsões relacionadas à vacina adsorvida difteria, tétano,
pertussis ou à vacina sarampo, caxumba, rubéola;
 história familiar da síndrome de morte súbita do lactente relacionada à vacina
adsorvida difteria, tétano, pertussis;
 história de alergia aos antibióticos contidos nas vacinas (neomicina,
estreptomicina ou polimixima B), salvo se a reação alérgica que se apresentou
tenha sido do tipo anafilática;
 vigência de tratamento com corticosteróides em dias alternados, em dose inferior
a 2mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, no caso de criança, ou em dose
inferior a 20mg/kg/dia em criança maior ou adulto, pois nessas situações essa
pessoa não é considerada imunodeprimida;
 uso de corticosteróides inalatório ou tópico ou com dose de manutenção
fisiológica;
 quando a pessoa é contato domiciliar de mulher grávida, ou seja, quando convive
com gestante, uma vez que os vacinados não transmitem os vírus vacinais do
sarampo, caxumba ou da rubéola;
 quando a mulher está no período de amamentação pode ser vacinada;

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Nota: atualmente, a exceção, no caso da mulher que está amamentando,


refere-se à vacina febre amarela (atenuada), cuja administração deve ser
adiada até que a criança complete seis meses de idade, pela possibilidade
de transmissão do vírus vacinal pelo leite materno.

 quando a pessoa está fazendo tratamento antirrábico;


 quando a pessoa relatar história remota de diagnóstico clínico da doença objeto de
prevenção da vacina que está sendo administrada ela pode ser vacinada.
Nota: nas situações de surto quando a pessoa relatar diagnóstico clínico da
doença objeto da vacinação (medida de controle) é indicado o adiamento
da vacinação.
A letra B é a incorreta, pois é uma falsa contraindicação para a administração de
imunobiológicos (vacinas) a criança ser prematura, com exceção daquelas com peso inferior a
2 Kg, e não 2,5 kg.
18 - Disposições Gerais

28. (Instituto Benjamin Constant/AOCP/2013) Assinale a alternativa que apresenta uma


vacina composta por vírus vivos atenuados.
a) BCG.
b) Febre Amarela.
c) DTP.
d) Hepatite B.
e) Haemophilus influenzae do tipo b
COMENTÁRIOS:
As principais vacinas compostas por vírus vivos atenuados4 são as seguintes: tríplice
viral, tetra viral, febre amarela, poliomielite e rotavírus.

4 As vacinas produzidas contra os vírus podem ser de dois tipos a saber: atenuada ou inativada. A vacina atenuada é aquela
em que o vírus encontra-se vivo, porém sem capacidade de produzir a doença (caxumba, febre amarela, poliomielite,
rubéola, sarampo, tríplice viral, varicela e varíola). Algumas vezes estes vírus podem reverter para a forma selvagem
causando a doença. Estas vacinas são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes. A vacina inativada contém o vírus
inativado por agentes químicos ou físicos, ou subunidades e fragmentos obtidos por engenharia genética. Neste caso nunca
ocorre a reversão para a forma selvagem (gripe, hepatites A e B, poliomielite injetável e raiva). Estas vacinas podem ser
indicadas para os imunodeprimidos.

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Vamos descrever abaixo a composição das principais vacinas do calendário básico do


Programa Nacional de Imunização (PNI).
A vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina combinada
que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba e da rubéola, atenuados em cultivo
celular.
A vacina contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela (tetra viral) é uma vacina
combinada que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba, da rubéola e varicela,
atenuados em cultivo celular.
A vacina contra a febre amarela é composta de vírus vivos atenuados da febre
amarela, derivados da linhagem 17 D, cultivados em ovos embrionados de galinha.
A vacina oral poliomielite (VOP) contém uma suspensão dos vírus da poliomielite atenuados
dos tipos I, II e III (cepas Sabin).
A vacina rotavírus G1P1[8] (atenuada) é monovalente, ou seja, a cepa utilizada em sua
composição possui apenas um sorotipo do Rotavirus.

A vacina inativada poliomielite (VIP) é constituída por cepas inativadas (mortas) dos três
tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos contra todos eles.
A vacina BCG é preparada com bacilos vivos (bactérias), a partir de cepas do Mycobacterium
bovis, atenuadas com glutamato de sódio.
A vacina hepatite B (recombinante) contem o antígeno recombinante de superfície (rHBsAg)
que é purificado por vários métodos físico-químicos, adsorvido por hidróxido de alumínio, tendo o
timerosal como conservante. A composição varia conforme o laboratório produtor.
A vacina pentavalente é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico com a Bordetella
pertussis (bactérias) inativada, oligossacarídeos Hib e antígeno de superfície da hepatite B.
A vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT) é constituída pelos toxóides diftérico e
tetânico, sendo que o componente diftérico apresenta-se em menor concentração que na vacina
adsorvida difteria, tétano e pertussis e na vacina adsorvida difteria e tétano infantil.
A vacina conjugada meningococo do grupo C é apresentada sob a forma isolada ou
combinada com o meningococo do grupo A (bactéria). Neste caso, contêm 50mcg do polissacarídeo
capsular purificado correspondente a cada sorogrupo.
Por eliminação, o gabarito da questão é a letra B.

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29. (Prefeitura de Indaiatuba-SP/IBC/2013) A vacinação é a maneira mais eficaz de evitar diversas


doenças imunopreveníveis, como varíola (erradicada), poliomielite (paralisia infantil), sarampo,
tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B, febre amarela, entre outras. Em relação à vacinação da criança
assinale a alternativa correta:
a) A primeira dose da vacina oral rotavírus humano deve ser administrada até 5 meses e 15 dias.
b) A vacina BCG deve ser administrada o mais precoce possível, preferencialmente após o
nascimento.
c) A vacina pneumocócica 10 deve ser administrada no primeiro mês de vida.
d) A vacina sarampo, caxumba e rubéola é realizada em dose única.

COMENTÁRIOS:
Item A. Incorreto. A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve ser
administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a
partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3
meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

1ª dose a partir de 1 mês e 15 dias


(preferencialmente
aos 2 meses) até 3 meses e 15 dias
Calendário da Vacina
Rotavírus
2ª dose a partir de 3 meses e 15 dias
(preferencialmente
aos 4 meses) até 7 meses e 29 dias

Item B. Correto. A vacina BCG é administrada nas primeiras 12 horas de vida,


preferencialmente na maternidade ou na primeira visita do bebê à Unidade de Saúde, considerando
que quanto menor a idade maior a eficácia da vacina.
Item C. Incorreto. Em regra, a primeira dose da vacina pneumocócica 10 iniciará a partir de 2
meses de idade. O esquema de vacinação primária consiste em 2 doses de 0,5 ml, com intervalo de
pelo menos 1 mês entre as doses, contudo o Programa Nacional de Imunização (PNI) adotou o
intervalo de 2 meses entre as doses. Desta forma o esquema será de 2 e 4 meses. Uma dose de reforço
é recomendada preferencialmente entre os 12 e 15 meses de idade.
Segue o calendário da vacina pneumocócica 10-valente: 2 meses -> 4 meses -> reforço aos
12 meses.
Item D. Incorreto. A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina
combinada que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba e da rubéola, atenuados em cultivo
celular.
Para indivíduos de 12 meses a 19 anos, deve ser administrada duas doses, conforme situação

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vacinal encontrada.
A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses com a vacina tríplice viral e a 2ª dose,
preferencialmente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e
varicela), para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. A vacina tetra viral
será administrada entre os 15 a 23 meses e 29 dias, caso a criança tenha recebido a 1ª dose da tríplice
viral.
Para não esquecerem: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) continuará a ser
administrada preferencialmente aos 12 meses de idade. As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da
tríplice viral deverão receber a tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15
meses).
Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administrar a vacina tríplice viral
observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar
duas doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola.
Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade, deve-se administrar uma dose, conforme situação
vacinal encontrada. Considerar vacinada a pessoa que comprovar uma dose de vacina com componente
sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) ou sarampo e rubéola (dupla viral).

É indicada aos 12 meses (um ano de idade). Uma segunda


criança até os 15 meses
dose da tetraviral deve ser agendada para 15 meses de idade.
Deve-se considerar vacinado aquele que comprovar o
esquema de duas doses.
Vacina contra criança maior de 15
Se apresentar comprovação de apenas uma dose, deve-se
sarampo, caxumba e meses até adolescente administrar a segunda dose.
rubéola de 19 anos
Duas doses da vacina são indicadas para aquele não vacinado
com nenhuma dose, com o intervalo mínimo de 30 dias.
adulto É indicada apenas uma dose em individuos de 20 a 49 que
(20 a 49 anos) não apresentarem comprovação vacinal.

A vacina sarampo, caxumba e rubéola é administrada por via subcutânea. O volume


correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor.
Nessa tela, a alternativa correta é a letra B.

30. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Mariana tem um filho de 1 ano, 2 meses e 2 dias e apresenta


esquema de vacinação completa até os 9 meses de idade. Hoje ela comparece à unidade básica de
saúde para completar esquema de vacinação. Segundo o calendário nacional de vacinação, assinale a
alternativa que contemple os imunobiológicos indicados para este caso.
a) Apenas 1ª dose de Sarampo, Caxumba e Rubéola (SRC).

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b) Apenas reforço Pneumo 10 e 1ª dose de Sarampo, Caxumba e Rubéola (SRC).


c) Apenas 1º reforço da pentavalente (Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae, Hepatite
B) e reforço da Vacina inativada poliomielite (VIP).
d) Apenas 1º reforço da DTP (Difteria, Tétano, Coqueluche) e reforço da Vacina Inativada
poliomielite (VIP).
e) Apenas reforço Pneumo 10.
COMENTÁRIOS:
Para melhor entendimento da questão vejamos, na tabela abaixo, o cronograma do Calendário
Nacional de Imunização.

Tabela Resumo - Imunização


VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES
> 2 kg; ausência da cicatriz é indicada a
Dose ao nascer até
BCG 0,1 ml ID revacinação 6 meses após a 1ª dose, podendo
completar 5 anos
ser realizada apenas uma vez;
0,5 ml até os 19 · Para indivíduos ≥ 5 anos
Dose ao nascer anos e 1ml a (independentemente de idade limite ou
Hepatite B partir de 20 IM vulnerabilidade):
anos.
Sem comprovação vacinal: administrar 3
doses da vacina hepatite B com intervalo de

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Tabela Resumo - Imunização


VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES
30 dias entre a primeira e a segunda doses e
de 6 meses entre a primeira e a terceira
doses (0, 1 e 6).
Em caso de esquema vacinal incompleto,
não reiniciar o esquema, apenas completá-lo.
· Para gestantes em qualquer faixa etária e
idade gestacional: administrar 3 doses da
vacina hepatite B, considerando o histórico
de vacinação anterior.
1 dose de 0,5 IM, no vasto A vacina combinada é apresentada em frasco
ml. lateral da ou ampola contendo 1 dose de 0,5 ml.
coxa, em
Os dois reforços necessários serão realizados
crianças < de
com a vacina DTP (difteria, tétano e
Aos 2, 4 e 6 meses de 2 anos e na
pertussis). O primeiro reforço aos de 15
Penta Idade administrar aos 2, região
meses de e o segundo reforço aos 4 anos.
4 e 6 meses de idade. deltóide nas
crianças A idade máxima para aplicação da DTP é de
acima de 2 6 anos 11 meses e 29 dias.
anos5.

O reforço pode ser administrado em qualquer


idade (até os seis anos, onze meses e 29
dias), observando-se um intervalo mínimo de
seis meses após a última dose da vacinação
DTP Reforço da pentavalente básica;
(difteria, aos 15 meses e aos 4 Idem da
anos. 0,5mL. Se o esquema básico não for iniciado ou
tétano e pentavalente
completado até a completar 7 anos, as doses
pertussis)
necessárias serão aplicadas com a vacina
adsorvida difteria e tétano adulto (DT) em
lugar da DTP;

VIP-VOP: administrar VOP


1ª, 2ª e 3ª doses com VIP
≥ 5 anos
aos 2, 4 e 6 meses, e
reforços aos 15 meses e - Sem comprovação vacinal: administrar 3
04 anos com VOP (três) doses da VOP;
VIP
VIP (IM); - Com esquema incompleto: completar
VIP/VOP (0,5 ml); VOP esquema com a VOP;
VOP (VO)
(2 gts) - Nesta faixa etária não há necessidade de
reforço.
· Repetir a dose se a criança regurgitar,
cuspir ou vomitar.
· Esta vacina é contraindicada para crianças

5A pentavalente pode, ainda, ser administrada na região ventro-glútea, por estar livre de estruturas anatômicas
importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos), sendo indicada para qualquer faixa etária.

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Tabela Resumo - Imunização


VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES
imunodeprimidas, contato de pessoa HIV
positivo ou com Aids, bem como que
tenham histórico de paralisia flácida
associada à dose anterior da VOP.

1,5mL. exclusivame Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar


Rotavírus
2 doses (2 e 4 meses) nte por via após a vacinação não repetir a dose.
Humano
oral
2 doses aos 2 e 4 meses Para as crianças entre 12 meses a 4 anos, não
Pneumocóci de idade. Fazer um vacinadas, administrar dose única.
ca 10 reforço 0,5 ml IM
valente preferencialmente aos 12
meses.
2 doses aos 3 e 5 meses Para as crianças entre 12 meses a 4 anos, não
de idade,. Fazer um vacinadas, administrar dose única.
Meningocóc
reforço 0,5 ml IM
ica C
preferencialmente aos 12
meses.
Aos viajantes para as áreas com
recomendação, administrar a vacina 10 dias
antes da data da viagem.
Aos 9 meses de idade e Contraindicada para gestantes e deve ser
reforço aos 4 anos de adiada em mulheres que estão amamentando
Febre
idade. Durante surtos, 0,5 ml SC até o 6º mês de vida da criança.
Amarela
antecipar a idade para 6
meses. Para pessoas a partir de 60 anos depende da
avaliação do risco da doença e benefício da
vacina.

Crianças entre 1 a 2
anos, sendo feita
Hepatite A6 0,5 ml IM Dose única
preferencialmente aos 15
meses.
De 1 a 19 anos todo indivíduo deve ter o
esquema de 2 doses. Indivíduos de 20 a 49
Aos 12 meses e a
anos de idade que não apresentarem
Tríplice segunda dose aos 15
0,5 ml SC comprovação vacinal administrar 1 dose.
Viral (SCR) meses de idade com a
vacina tetra viral. É contra indicada para gestantes.

Dupla tipo Indivíduo sem vacinação 0,5 ml IM Os vacinados anteriormente com 3 doses das

6
O Ministério da Saúde anunciou em 29 de julho, a introdução da vacina contra hepatite A no Calendário Nacional de
Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e já foram distribuídas
para postos de saúde de todo o País. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões
de crianças. Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Tabela Resumo - Imunização


VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES
adulto - dT: anteriormente ou sem vacinas DTP, DT, dTpa, penta ou dT,
comprovação de três administrar reforço, a cada 10 anos.
doses da vacina, seguir o
Em caso de gravidez e ferimentos graves
esquema de três doses (0,
antecipar a dose de reforço se a última dose
2 e 4 meses).
foi administrada há mais de 5 anos. Nesse
caso, deve ser administrada
preferencialmente 20 dias antes da data
provável do parto.

Influenza Revacinação anual.


1 dose nos indivíduos Administrar apenas 1 dose adicional após 5
com 60 anos e mais que anos.
Pneumocóci vivem em instituições
Esta vacina é oferecida por ocasião da
ca 23 fechadas, tais como 0,5 ml IM ou SC Campanha Nacional de Vacinação contra a
valente asilos, hospitais, casas de
Influenza.
repouso.

De acordo com o caso hipotético apresentado na questão, o filho da Mariana (com esquema
vacinal completo até os 9 meses) recebeu as seguintes vacinas: BCG (dose única); Hepetite b (dose ao
nascer); pentavalente - Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae, Hepatite B (3 doses);
VIP (3 doses da VIP); pneumo 10 (2 doses); Rotavírus (2 doses); Meningo C (2 doses), Febre
amarela (dose inicial).
Como o filho de Marina tem 14 meses e 2 dias, necessita dos seguintes imunobiológicos:
pneumo10 (reforço); e tríplice viral - Sarampo, Caxumba e Rubéola (1ª dose).
A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra B.

31. (HU-UFPE/EBSERH/IDECAN2014) Fazem parte do calendário básico de vacinação de pessoas


com 60 anos ou mais, de acordo com o Programa Nacional de Imunização, as seguintes vacinas,
EXCETO:
A) Hepatite B.
B) Febre amarela.
C) Pneumocócica.
D) Meningocócica.
E) Influenza sazonal.

COMENTÁRIOS:

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A condição vacinal do idoso deve ser verificada e algumas vacinas devem ser realizadas, a
exemplo das vacinas influenza, pneumocócica 23-valente e a difteria e tétano (dT).
A vacina influenza é administrada anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação
contra a Influenza.
A vacina contra difteria e tétano (dT) deve ser administrada a cada 10 anos como reforço da
tetravalente/pentavalente e DTP, quando o esquema dessas vacinas estiver em dia.
Deve ser administrada uma dose da vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica), durante
a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, nos indivíduos de 60 anos e mais não
vacinados que vivem acamados e ou em instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais,
unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso. Ademais, deve ser administrada uma dose adicional
da vacina pneumocócica 23-valente 5 anos após a dose inicial, uma única vez.
Acerca da questão, notamos que a vacina meningocócica só é administrada em crianças. Em
regra, a vacina contra a Hepatite B é administrada em pessoas até 49 anos. Podendo ser feita em
qualquer idade em grupos vulneráveis.
A questão foi acertadamente anulada, pois apenas as vacinas contra a influenza, difteria e tétano
(dT) e a pneumocócica 23-valente fazem parte do calendário nacional da pessoa idosa.

32. (Prefeitura de Ituporanga - SC/IOBV/2014) A imunidade adquirida através da vacinação é


chamada de:
a) Imunidade ativa natural
b) Imunidade passiva natural
c) Imunidade ativa artificial
d) Imunidade passiva artificial
COMENTÁRIOS:
A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em contato
com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes
(linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida.
Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.
A infecção natural (com ou sem sintomas) confere imunidade ativa, natural e é duradoura,
pois há estimulação das células de memória. Após uma infecção por sarampo, rubéola ou varicela, por
exemplo, o indivíduo ficará protegido, não havendo mais o risco de adquirir a mesma doença
novamente.
A imunidade ativa, adquirida de modo artificial, é obtida pela administração de vacinas, que
estimulam a resposta imunológica, para que esta produza anticorpos específicos.

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A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um


animal ou outro ser humano. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que,
contudo, é temporária, durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é o
tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para
o feto através da placenta e também pelo leite. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2
meses de gestação, de modo a conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida.
A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais: a imunoglobulina humana
combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma
outra forma de se adquirir imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos
sanguíneos (i.e. sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, etc) contêm
anticorpos.
Nesses termos, concluímos que o gabarito da questão é a letra C.

33. (Prefeitura de Pedras Grandes - SC/FAEPESUL/2014) O Ministério da Saúde através do


Programa Nacional de Imunização recomenda que logo após o nascimento, deve ser iniciado o
esquema básico de vacinação. Sendo assim, os recém-nascidos podem e devem, ainda no berçário,
receber as seguintes vacinas:
a) BCG por via intradérmica e hepatite B por via intramuscular;
b) Tétano por via intramuscular e hepatite B por via intramuscular;
c) Rubéola por via subcutânea e BCG por via intradérmica;
d) BCG por via subcutânea e hepatite B por via intramuscular;
e) Hepatite B por via intramuscular e Tétano por via subcutânea.
COMENTÁRIOS:
Ao nascer, o recém-nascido deve ser vacinado com a vacina contra a hepatite B e BCG.
A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as formas graves da
tuberculose (miliar e meníngea) nos menores de cinco anos, mais frequentemente nos menores de um
ano.
A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida, por via intradérmica,
preferencialmente na maternidade ou na primeira visita do bebê à unidade de saúde, considerando que
quanto menor a idade maior a eficácia da vacina.
A vacina contra Hepatite B, com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas
na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.

Como era antes:


Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de saúde), com
1 mês de vida e novamente aos 6 meses.

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Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.
Regra atual:
Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas na criança ao
nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.
Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da
criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Administrada por via intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos de
idade e na região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.
Após exposição do conteúdo, concluímos que o gabarito da questão é a letra A.

34. (Conjunto Hospitalar Sorocaba-CHS/CETRO/2014) É incorreto afirmar que


a) será incluída a tetra viral no lugar da tríplice viral para crianças de 2 a 5 anos.
b) crianças de 6 meses a menores de 5 anos também serão vacinadas contra a gripe.
c) haverá vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos em escolas e postos de saúde.
d) haverá inclusão da vacina contra Hepatite A voltada a crianças de 12 meses até 2 anos de idade.
e) dependendo da indicação do fabricante, a vacina \contra o HPV pode ser administrada a partir dos
9 anos.
COMENTÁRIOS:
O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) apliou o
Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2013, com a introdução da vacina tetra viral que para
evitar complicações, casos graves e óbitos por varicela no grupo alvo da vacinação e a prevenção,
controle e eliminação das doenças sarampo, caxumba e rubéola.
A vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) substituirá a vacina tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola) para as crianças de 15 meses de idade. Assim, com a introdução da
vacina tetra viral, o PNI visa reduzir o número de injeções em um mesmo momento, bem como buscar
uma melhor adesão à vacinação e consequentemente, melhoria das coberturas vacinais.
Essa vacina, desde setembro de 2013, está sendo disponibilizada para as crianças entre 15 a 23
meses e 29 dias de idade (preferencialmente aos 15 meses), que tenham recebido a 1ª dose da vacina
tríplice viral, nas 35 mil salas de vacina da rede pública.
Neste contexto, o PNI amplia a oferta de vacinas na rotina de vacinação da criança com a
introdução da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela - atenuada), exclusivamente,
para as crianças de 15 meses de idade, que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral.
Para não esquecer: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) continuará a ser

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administrada preferencialmente aos 12 meses de idade. As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da
tríplice viral deverão receber a tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15
meses).
Em síntese, a vacina tetra viral será disponibilizada na rotina dos serviços públicos de vacinação
em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral aos 15 meses de idade.
Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra A.

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Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST

1 - Sífilis
A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem
se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases,
período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e,
por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis,
principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto
e/ou morte ao nascer.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha
com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o
bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o
correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de
prevenir-se contra a sífilis.
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços
nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém
infectado. As feridas e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam
pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a
pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir
manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem,
dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento
em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas
cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.
O VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasm Reagin) são
exames qualitativos e quantitativos, sendo utilizados para o diagnóstico e o seguimento
pós-terapêutico da sífilis.

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O VDRL deve ser solicitado para todas as gestantes no mínimo duas vezes no pré-natal
(na primeira consulta e no terceiro trimestre) e na internação para o parto, abortamento ou
qualquer outra intercorrência durante a gestação. Todos os portadores de DST ou pessoas que
se expuseram a risco de adquirir uma DST e para qualquer pessoa sempre que se suspeitar do
diagnóstico de sífilis, em qualquer uma de suas fases, deve se solicitar o teste.
O VDRL tende a tornar-se reativo a partir da segunda semana do aparecimento do cancro
(sífilis primária), ou em torno de 50 dias do contágio, e sofre uma elevação ao longo do
tempo; via de regra, a titulação está mais elevada na fase secundária da doença.

Passemos para a resolução de algumas questões sobre o tema:


35. (HUPES-UFBA/EBSERH/IADES/2014) Quanto às doenças sexualmente transmissíveis, é
correto afirmar que aquela transmitida pelo Treponema pallidum é a(o)
a) gonorreia.
b) HPV.
c) herpes.
d) sífilis.
e) candidíase.
COMENTÁRIOS:
Vejamos abaixo a relação das DST com os micro-organismos:
Item A. Gonorreia transmitida pela Neisseria gonorrhoeae.
Item B. HPV transmitido pelo Papilomavírus humano (HPV).
Item C. Herpes transmitida pelo Herpesvirus hominus tipo 1.
Item D. Sífilis transmitida pelo Treponema pallidum.
Item E. Candidíase transmitida pela Candida albicans.
Dessa forma, o gabarito é a letra D.

36. (HUJM-UFMT/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Assinale a alternativa que apresenta uma


Doença Sexualmente Transmissível que pode causar Úlcera genital.
a) Condiloma.
b) Candidíase.

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c) Clamídia.
d) Sífilis.
e) Gonorreia.
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer uma breve descrição das doenças descritas na questão para melhor
entendimento do tema.
Item A. O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de
galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). A
infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais
comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns
surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na
boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem
apresentar sintomas.
Item B. A Candidíase é a infecção endógena da vulva e da vagina, causada por um fungo
comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva. A forma mais comum de candidíase
oral é a pseudomembranosa, caracterizada por placas brancas removíveis na mucosa oral (aftas).
Outra apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre
o palato duro ou mole.
Item C. A Clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) de maior prevalência
no mundo. Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e
mulheres e ser transmitida da mãe para o feto na passagem pelo canal do parto. A infecção atinge
especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode acometer a região anal, a faringe e ser
responsável por doenças pulmonares. A infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas
aparecem, são parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções,
presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos
do período menstrual e dor no baixo ventre.
Item D. A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum.
Podem se manifestar em três estágios:
- Sífilis primária ou cancro duro, classicamente, caracteriza-se pela presença de lesão erosada
ou ulcerada, geralmente única, pouco dolorosa, com base endurecida, fundo liso, brilhante e pouca

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secreção serosa.
- Sífilis secundária, geralmente caracteriza-se pela presença de lesões cutâneo-mucosas, de 6 a 8
semanas após o aparecimento do cancro duro.
- Sífilis latente (recente e tardia) é a forma da sífilis adquirida na qual não se observam sinais e
sintomas clínicos e, portanto, tem o seu diagnóstico feito apenas por meio de testes sorológicos.
- Sífilis terciária os sinais e sintomas geralmente aparecem de 3 a 12 anos ou mais após o início
da infecção, principalmente por lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas); neurológicas
(tabes dorsalis, demência, goma cerebral); cardiovasculares (aneurisma aórtico) e osteo-articulares
(gomas, artropatia de Charcot).
Item E. Gonorreia é infecção causada por bactérias que podem atingir os órgãos genitais
masculinos e femininos. Pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os
olhos. Quando não tratada, essa doença pode causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor
durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. Nas mulheres, pode
haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora
da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito
comum estar doente e não ter sintoma algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de
saúde periodicamente, em especial se houve sexo sem camisinha. Nos homens, normalmente há
uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor
nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber.
Por conseguinte, concluímos que o gabarito da questão é a letra D.

37. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) Os testes antitreponêmicos são aplicados para


efetuar levantamentos epidemiológicos ou diagnósticos contra
A) sífilis.
B) gonorreia.
C) candidíase.
D) donovanose.
E) tricomoníase.
COMENTÁRIOS:

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Para o diagnóstico laboratorial da sífilis pode-se utilizar os testes treponêmicos e os não


treponêmicos.
Testes treponêmicos são testes que empregam como antígeno Treponema pallidum, e
detectam anticorpos antitreponêmicos. Esses testes são feitos apenas qualitativamente.
Testes não treponêmicos são testes que detectam anticorpos não treponêmicos,
anteriormente chamados de anticardiolipínicos, reaginícos ou lipoídicos G .
Esses anticorpos não são específicos para Treponema pallidum, porém estão presentes na sífilis.
Os testes não treponêmicos podem ser:
 Qualitativos: rotineiramente são utilizados como testes de triagem para determinar se uma
amostra é reagente ou não.
 Quantitativos: são utilizados para determinar o título dos anticorpos presentes nas amostras
que tiveram resultado reagente no teste qualitativo e também para o monitoramento da
resposta ao tratamento.
Nesses termos, concluímos que o gabarito da questão é a letra A.

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2 - Herpes
A Herpes genital é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem
tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se
transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem
reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição
ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres,
os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero).
Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que
se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das
bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e
mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do
pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos
sintomas.
A Herpes Simples é uma virose transmitida, predominantemente, pelo contato sexual
(inclusive oro-genital). A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões ou
objetos contaminados. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em
poucos dias, transformam-se em pequenas ulceras, precedidas de sintomas de ardência,
prurido e dor.
O vírus do Herpes Simples é comumente associado a lesões de membranas mucosas e
pele, ao redor da cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital).
Determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável
por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionado às infecções na genitália e de
transmissão geralmente sexual. Ambos os vírus podem infectar qualquer área da pele ou das
mucosas.
Vejamos uma questão sobre o tema:

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38. (HU-UFS/EBSERH/ Instituto AOCP/2014) Herpes é uma doença que, apesar de não ter
cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem
e se transformam em feridas. Sobre esta doença, é correto afirmar que
a) depois que a pessoa teve contato com esta bactéria, ela está imune à doença, exceto se
reaparecer fatores como estresse e cansaço.
b) o herpes genital é transmitido por meio de contaminação sanguínea durante uma transfusão de
sangue ou uso de drogas injetáveis.
c) por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção
aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras
pessoas.
d) em mulheres, durante o parto, o bebê está imune, mesmo que a gestante apresente lesões por
herpes.
e) as bolhas se localizam principalmente na parte externa dos membros inferiores e superiores.
Após algum tempo, a herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas.
COMENTÁRIOS:
Vamos detalhar cada item para melhor entendimento do tema:
Item A. Incorreto. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem
reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao
sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação.
Item B. Incorreto. O herpes genital não é transmitido por meio de contaminação sanguínea
durante uma transfusão de sangue ou uso de drogas injetáveis.
Item C. Correto. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é
uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e
feridas com outras pessoas.
Item D. Incorreto. Em mulheres, durante o parto, o bebê não está imune, mesmo que a
gestante apresente lesões por herpes.
Item E. Incorreto. As bolhas se localizam principalmente na região genital (pênis, ânus,
vagina, colo do útero). Após algum tempo, a herpes pode reaparecer no mesmo local, com os
mesmos sintomas.
Dessa forma, o gabarito é a letra C.

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3 - Condiloma Acuminado
O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de
galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV).
Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer,
principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito
comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o
Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por
todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os
fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável
procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem,
é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais
comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem
aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo
vírus sem apresentar sintomas.
A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o
contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível,
o risco de transmissão é muito maior.
O Brasil disponibilizará a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de colo
do útero. A vacina irá proteger meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. Já
em 2014, meninas dos 11 aos 13 anos receberão as duas primeiras doses necessárias à
imunização, a dose inicial e a segunda seis meses depois. A terceira dose deverá ser aplicada
cinco anos após a primeira. Em 2015, será estendida para as adolescentes de 9 a 11 anos.

Vejamos uma questão a respeito do conteúdo:

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39. (HU-UFS/EBSERH/ Instituto AOCP/2014) O condiloma acuminado, conhecido


também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada
pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns
deles podendo causar
a) câncer, principalmente no colo do útero e do ânus.
b) câncer, principalmente no pulmão e esôfago.
c) câncer, principalmente no intestino e ânus.
d) câncer, principalmente no colo do útero e de mama.
e) câncer, principalmente na pele e ânus.
COMENTÁRIOS:
O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de
galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV).
Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer,
principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito
comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o
Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por
todas as mulheres.
A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra A.

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4 - Disposições Gerais

40. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Em relação aos níveis de


atendimento para prestar atendimento a portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST), temos 3 níveis de complexidade, sendo: (nível 1) – que requer uma equipe mínima
composta de: um médico clínico, um/a enfermeiro/a e um auxiliar de enfermagem e/ou um
outro profissional de nível técnico vinculado à assistência e, pelo menos, um profissional
administrativo. O nível intermediário de atenção (nível 2) inclui o atendimento ginecológico
e/ou uma ou mais especialidades clínicas, além de enfermeiros e/ou psicólogos e/ ou
assistentes sociais, sem acessso imediato a recursos laboratoriais para diagnóstico de DST.
Finalmente, os serviços de maior complexidade (nível 3), geralmente ambulatórios
especializados, devem ser equipados com recursos laboratoriais e constituir-se na referência
técnica do sistema de atenção para diagnóstico etiológico das DST. Relacione as colunas e
assinale a alternativa com a sequência correta.
Nível 1 – Básico.
Nível 2 – Intermediário.
Nível 3 –Maior complexidade (centro de referência).
( ) Realizar todas as atividades do nível elementar, além do diagnóstico e tratamento clínico-
epidemiológico, dentro da competência das especialidades disponíveis.
( ) Realizar treinamentos em abordagem sindrômica para Unidades de nível intermediário e de
abordagem etiológica para as que tenham recursos laboratoriais próprios.
( ) Notificar os(as) parceiros(as) das pessoas com síndromes genitais para investigação e/ou
tratamento epidemiológico.
( ) Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais.
( ) Realizar diagnóstico etiológico das DST, vigilância de resistência microbiana aos fármacos
da abordagem sindrômica.
a) 3 – 2 – 1 – 1 – 2.
b) 2 – 3 – 2 – 1 – 3.
c) 1 – 2 – 3 – 2 – 2.
d) 1 – 3 – 1 – 2 – 3.
e) 1 – 3 – 2 – 2 – 3.

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COMENTÁRIOS:
Vejamos as atividades referentes a cada nível de atendimento:
Atividades do Nível 1 - Básico:
- Realizar consulta médica emergencial das úlceras genitais, dos corrimentos genitais
masculinos e femininos e das verrugas ano-genitais externas, utilizando a abordagem
sindrômica, conforme normas estabelecidas pelos fluxogramas propostos do Programa
Nacional e Estadual de DST/AIDS.
- Realizar o aconselhamento incorporado na consulta médica.
- Realizar coleta de sangue e/ou solicitação de exames para Sífilis, Hepatite B e HIV,
nos casos de úlceras, corrimentos e verrugas genitais.
- Realizar tratamento de sífilis.
- Notificar a síndrome genital, sífilis na gestação, sífilis congênita e HIV na
gestante/criança exposta.
- Notificar os (as) parceiros(as) das pessoas com síndromes genitais para investigação
e/ou tratamento epidemiológico.
- Referir os casos suspeitos de DST com manifestações cutâneas extragenitais para
unidades que disponham de dermatologista.
- Referir os casos de DST complicadas para unidades que disponham de especialistas e
recursos laboratoriais.
- Referir os casos de DST não resolvidos pelo tratamento sindrômico para unidades
que tenham laboratório.
- Referir os casos de dor pélvica com sangramento ou quadros mais graves para
unidades com ginecologista.

Atividades do Nível 2 - Intermediário:


- Realizar todas as atividades do nível elementar, além do diagnóstico e tratamento
clínico-epidemiológico, dentro da competência das especialidades disponíveis.
- Realizar tratamento sindrômico e/ou clínico-epidemiológico dos corrimentos genitais
femininos.
- Realizar coleta de material cérvico-vaginal para exames laboratoriais.
- Realizar o aconselhamento dentro e/ou fora da consulta.

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- Realizar colposcopia, se disponível ou encaminhar a paciente para serviços de


referência que disponham de colposcópio e profissional habilitado quando indicado.
- Realizar procedimentos cirúrgicos ambulatoriais.
- Notificar as síndromes genitais, sífilis na gestação, sífilis congênita e HIV na
gestante/criança exposta.
- Notificar os (as) parceiros (as) e tratar.
- Promover treinamentos em abordagem sindrômica para UBS de nível primário.

Atividades do Nível 3 – Maior Complexidade (Centros de Referência):


- Realizar todas as atividades dos níveis elementar e intermediário
- Realizar diagnóstico etiológico das DST, vigilância de resistência microbiana aos
fármacos da abordagem sindrômica.
- Realizar treinamentos em abordagem sindrômica para Unidades de nível
intermediário e de abordagem etiológica para as que tenham recursos laboratoriais próprios.
Com base nisso, concluímos que a questão foi anulada, pois nenhuma das alternativas
apresenta a sequência correta (2 – 3 – 1 – 2 – 3).

41. (HC-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) São doenças sexualmente transmissíveis,


EXCETO:
a) Gonorreia.
b) Cancro mole.
c) Herpes zoster.
d) Granuloma inguinal.
e) Linfogranuloma venéreo.
COMENTÁRIOS:
Vamos detalhar cada item para melhor compreensão do tema:
Item A. Correto. Gonorreia é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria
Neisseria gonorrhoeae ou gonococo, cuja transmissão se dá, de forma predominante, por
meio de relações sexuais.

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Item B. Correto. O Cancro mole também é chamado de cancro venéreo, mas seu nome
mais popular é “cavalo”. Doença transmitida sexualmente, provocada pela
bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil.
Item C. Incorreto. O Herpes Zoster, geralmente é decorrente da reativação do vírus da
varicela em latência, ocorrendo em adultos e em paciente imunocomprometidos, como
portadores de doenças crônicas, neoplasias, aids e outras.
Causas diversas podem causar uma reativação do vírus, que, caminhando
centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do
herpes zoster. Excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes zoster após contato
com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a
possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado. É também possível
uma criança adquirir varicela por contato com doente de zoster.
Item D. Correto. Granuloma Inguinal também é chamado de donovanose ou granuloma
venéreo, doença causada pela bactéria Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella
granulomatis, Donovania granulomatis) transmitida, provavelmente por contato direto com
lesões, durante a atividade sexual. Entretanto, sua transmissão ainda é assunto controvertido.
Item E. Correto. O Linfogranuloma venéreo é uma infecção crônica causada pela
bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha. É uma doença
bacteriana sexualmente transmissível, caracterizada pelo envolvimento do sistema linfático,
tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite.
Nesses termos, o gabarito é a letra C.

42. (MCO-UFBA/EBSERH/IADES/2014) Entre os agentes infecciosos causadores das


doenças sexualmente transmissíveis, encontra-se a Klebsiella granulomatis. A respeito da
doença causada por esse agente infeccioso, assinale a alternativa correta.
a) Sífilis.
b) Donovanose.
c) Gonorreia.
d) Herpes genital.
e) Hepatite B.
COMENTÁRIOS:

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Vejamos abaixo a relação dos micro-organismos com as DST:


Item A. Sífilis causada pelo Treponema pallidum
Item B. Donovanose causada pela Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella
granulomatis, Donovania granulomatis).
Item C. Gonorreia causada pela Neisseria gonorrhoeae.
Item D. Herpes Genital causada pelo Vírus do Herpes Simples Tipo 1 (HSV-1) e Tipo 2
(HSV-2).
Item E. Hepatite B causada pelo vírus da hepatite B (HBV).
Nesses termos, gabarito letra B.

43. (HUSM-UFSM/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Dentre as doenças a seguir, assinale


aquela considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST).
a) Candidíase.
b) Tricomoníase.
c) Hepatite A.
d) Vaginose Bacteriana.
e) Cistite.
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer uma breve descrição das doenças descritas na questão para melhor
entendimento do tema.
Item A. Candidíase é a infecção endógena da vulva e da vagina, causada por um fungo
comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva. A transmissão ocorre através de
contato com mucosas, secreções em pele de portadores ou doentes. A transmissão vertical
pode ocorrer durante o parto. Pode ocorrer disseminação exógena.
Item B. A Tricomoníase é uma protozoose causada pelo Trichomonas vaginalis, que
desencadeia uma ampla variedade de manifestações clínicas, podendo estar associada à
transmissão do vírus da imunodeficiência humana, câncer cervical, infertilidade, entre outros.
A via primária de transmissão é pelo contato sexual.
Item C. Hepatite A é uma doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas, desde
formas subclínicas, oligossintomáticas e até fulminates (menos que 1% dos casos). O modo
de transmissão é fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a pessoa (contato intrafamiliar e

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institucional), alimentos contaminados e objetos inanimados. Transmissão percutânea


(inoculação acidental) e parenteral (transfusão) são muito raras, devido ao curto período de
viremia.
Item D. Vaginose Bacteriana é uma infecção genital causada por bactérias,
principalmente pela Gardnerella Vaginalis. É a causa mais comum do corrimento genital e a
segunda causa da candidíase. Essa infecção desencadeia um desequilíbrio da flora vaginal
fazendo com que a concentração de bactérias aumente. Atualmente, a Vaginose Baceteriana é
considerada uma proliferação maciça de uma flora mista, que inclui Gardnella Vaginallis,
Peptoestreptococcus e Micoplasma hominis. Não é considerada uma doença sexualmente
transmissível.
Item E. Cístite é o nome que se dá para doenças inflamatórias e/ou infecciosas da
bexiga. Em geral, é causada pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante
para a digestão. Em situações especiais, essa bactéria migra contaminando a região perineal
(área onde se localizam os órgãos genitais). Após um período de multiplicação, essa bactéria
pode invadir a uretra e se localizar na bexiga, causando uma cistite infecciosa. Essa situação é
mais fácil de acontecer nas mulheres, devido principalmente, a causas anatômicas.
O gabarito, portanto, é a letra B.

44. (HUJM-UFMT/EBSERH/Instituto AOCP/2014) NÃO é considerada uma Doença


Sexualmente Transmissível (DST) a
a) Vaginose Bacteriana.
b) Tricomoníase.
c) Gonorreia.
d) Clamídia.
e) Donovanose.
COMENTÁRIOS:
A Vaginose Bacteriana é uma infecção genital causada por bactérias, principalmente
pela Gardnerella Vaginalis. É a causa mais comum do corrimento genital e a segunda causa
da candidíase. Essa infecção desencadeia um desequilíbrio da flora vaginal fazendo com que a
concentração de bactérias aumente. Atualmente, a Vaginose Baceteriana é considerada uma

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proliferação maciça de uma flora mista, que inclui Gardnella Vaginallis, Peptoestreptococcus
e Micoplasma hominis. Não é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Portanto, gabarito letra A.

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Hipertensão Arterial Sistêmica

Pressão arterial sanguínea é a medida da tensão exercida pelo sangue nos vasos durante
a sístole e a diástole ventricular.
Débito Cardíaco (DC) é a quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto.
Os fatores que influenciam no débito cardíaco são a frequência cardíaca (FC) e o volume
sistólico (VS). Quanto maior for qualquer uma dessas variáveis, maior será o DC.
DC = FC x VS
O volume sistólico é a quantidade de sangue que será bombeado pelo coração em uma
contração.
De acordo com a SBH, quando houver um aumento no volume de sangue a ser
ejetado, por exemplo quando os rins não funcionam normalmente ou quando o coração
contrai de modo insuficiente, ou quando a frequência cardíaca aumenta, isto é, o coração
bate mais vezes por minuto para ejetar um determinado volume de sangue, ou quando a
resistência oferecida pelas artérias para a passagem do sangue estiver aumentada, ocorre
aumento da pressão arterial.
De acordo com a SBC, a linha demarcatória que define HAS considera valores de PA
sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório. O
diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em, pelo
menos, três ocasiões.
A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência
no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para
indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos7.
O Ministério da Saúde8 relatou, em 2006, que no Brasil são cerca de 17 milhões de
portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. E esse número é
crescente; seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das
crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela
morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um
problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo

7 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 1, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 19, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.
8 Brasil, 2006, p. 7, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C

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Medida da pressão arterial

Em crianças, a largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da


circunferência do braço, e o comprimento da bolsa deve envolver de 80 a 100% da
circunferência do braço.
Em gestantes, recomenda-se que a pressão arterial seja feita na posição sentada, e não
ortostática (em pé), e a determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase V de
Korotkoff.
Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os braços e, em caso de
diferença, deve-se utilizar como referência sempre o braço com o maior valor para as
medidas subsequentes. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar
diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões
sistólica/diastólica respectivamente (SBC; SBH;SBN, 2010, p. 6).
Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando vier à Unidade Básica de Saúde
(UBS) para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro
no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá tê-la
verificada e registrada.
A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre
os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido
deve ser utilizado como referência nas próximas medidas. O indivíduo deverá ser investigado
para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores
maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente. Com intervalo
de um minuto, no mínimo, uma segunda medida dever ser realizada.
As medidas nas posições ortostática (em pé) e supina (deitada) devem ser feitas pelo
menos na primeira avaliação em todos os usuários e em todas as avaliações em idosos,
diabéticos e alcoolistas.
A pressão arterial (PA) na gestante deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com
a mesma técnica recomendada para adultos (principalmente sentada), entretanto a PA também
pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, e esta

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não deve diferir da posição sentada. O 5º ruído de Korotkoff deve ser considerado como a
pressão diastólica9.
Vamos agora aprender e gravar a classificação atual, conforme disposições da SBH
(2010) e Ministério da Saúde (2013)10.

Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (>


18 anos)
Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal < 130 < 85
Limítrofe (pré- 130–139 85–89
hipertensão)*
Hipertensão estágio 1 140-159 90-99
Hipertensão estágio 2 160–179 100–109
Hipertensão estágio 3 >180 >110
Hipertensão sistólica ≥ 140 < 90
isolada
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a
maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial.
Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD &
Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP).
* Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se equivalem na literatura.

Vamos visualizar, na tabela abaixo, as recomendações para o seguimento da HAS,


conforme níveis pressóricos apresentados pelo paciente, durante a consulta.

9
SBC; SBH; SBN, 2010, p. 5-6, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 51, disponível em:
http://goo.gl/FXmjtP.
10 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

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Recomendações para o seguimento da HAS: prazos máximos para reavaliação*


Pressão arterial inicial
(mmHg)** Seguimento
Sistólica Diastólica
 Reavaliar em 1 ano.
<130 < 85
 Estimular mudanças de estilo de vida.
 Reavaliar em 6 meses.***
130–139 85–89
 Insistir em mudanças do estilo de vida.
 Confirmar em 2 meses.***
140–159 90–99
 Considerar MAPA/MRPA.
 Confirmar em 1 mês.***
160–179 100–109
 Considerar MAPA/MRPA.
 Intervenção medicamentosa imediata ou
≥ 180 ≥ 110
reavaliar em 1 semana.***
Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6).
* Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente.
** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento
recomendado deve ser definido pelo maior nível de pressão.
*** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores de
risco maiores, doenças associadas e lesão em órgãos-alvo).

Vamos descrever os procedimentos, na tabela abaixo, conforme SBC; SBH; SBN, 2010,
p. 6-8:
1 - Automedida da pressão arterial (AMPA):
A AMPA foi definida como a realizada por pacientes ou familiares, não profissionais
de saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio, representando uma importante fonte
de informação adicional.

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A principal vantagem da AMPA é a possibilidade de obter uma estimativa mais real


dessa variável, tendo em vista que os valores são obtidos no ambiente onde os pacientes
passam a maior parte do dia.
Valores superiores a 130/85 mmHg, pela AMPA, devem ser considerados alterados.
2 - Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA):
A MRPA é o registro da PA, que pode ser realizado obtendo-se três medidas pela
manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar,
durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão, durante sete dias, realizada pelo
paciente ou outra pessoa capacitada, durante a vigília, no domicílio ou no trabalho, com
equipamentos validados.
Sua maior utilização pode superar muitas limitações da tradicional medida da PA no
consultório, sendo mais barata e de mais fácil execução que a MAPA, embora com
limitações, como, por exemplo, a não avaliação da PA durante o período de sono.
3 - Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA)
A MAPA é o método que permite o registro indireto e intermitente da pressão arterial
durante 24 horas ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais durante os
períodos de vigília e sono.
Uma das suas características mais específicas é a possibilidade de identificar as
alterações do ciclo circadiano da PA, sobretudo as alterações durante o sono, que têm
implicações prognósticas consideráveis.

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) é o método que permite o


registro indireto e intermitente da PA durante 24 horas, ou mais, enquanto o paciente realiza
suas atividades habituais na vigília e durante o sono. A MAPA deve fazer parte do
fluxograma para diagnóstico da hipertensão arterial.
De acordo com a SBC11, devem ser prestadas as seguintes orientações aos pacientes,
durante a utilização da MAPA:
• Explicar detalhadamente como será o exame e recomendar a manutenção das
atividades habituais durante o período em que ele estará sendo realizado;
• Recomendar o seguimento da orientação médica quanto ao uso das medicações;
11 SBC, 2011, p. 7, disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2011/diretriz_mapa_mrpa.pdf.

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• Orientar para que não sejam realizados exercícios físicos durante a execução do
exame;
• Vestir camisa de manga larga para não limitar o movimento dos braços; as mulheres
devem evitar o uso de vestido;
• Seguir a orientação do médico-assistente sobre a(s) medicação(ões) de uso crônico;
• Evitar a execução de exercício físico nas 24 horas que precedem o exame em pacientes
que não o pratiquem regularmente;
• Tomar banho antes do exame, pois não será permitido fazê-lo durante o procedimento;
• Informar que o monitor será fixado na cintura por meio de um cinto.
Portanto, durante a realização da MAPA, o paciente monitorado não deve realizar
exercícios físicos, mas pode fazer caminhadas do cotidiano.

Já caiu em prova!
De acordo com estudos relatados pela SBC; SBH; SBN (2010, p. 18), o chocolate
amargo (com alto teor de cacau) pode promover discreta redução da PA, devido às altas
concentrações de polifenóis.
A cessação do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na prevenção
primária e secundária das doenças cardiovasculares e de diversas outras doenças. Não há,
entretanto, evidências de que, para o controle de PA, haja benefícios (SBC; SBH; SBN,
2010, p. 20).
Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão arterial são maiores, o que pode
estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos.
Na população negra, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode
estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. Em nosso País, predomina a
população miscigenada, que pode diferir da população negra quanto às características da
hipertensão12. Desta forma, para pacientes negros, desde que não haja contraindicações, o uso
de diuréticos e bloqueadores de canais de cálcio é a opção mais racional13.

12 Brasil, 2006, p. 33, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C


13 Brasil, 2010, p. 251, disponível em: http://goo.gl/Ld5DZ7.

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De acordo com a SBC; SBH; SBN (2010, p. 5), alterações próprias do envelhecimento
determinam aspectos diferenciais na PA dessa população como, maior frequência de “hiato
auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito,
geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando em
valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente altos para a diastólica. A grande
variação da pressão arterial nos idosos, ao longo das 24 horas, torna a MAPA útil. A “pseudo-
hipertensão”, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra
de Osler, ou seja, quando a artéria radial permanece ainda palpável, após a insuflação do
manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial.
O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a
interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns
meses. Deve-se, no entanto, providenciar a substituição por método contraceptivo eficaz.
Todavia, em 2013, o Ministério da Saúde não fez as recomendações acima na
atualização do Caderno de Atenção Básica nº 37. Relatou apenas que a substituição de
anticoncepcionais hormonais orais por outros métodos contraceptivos promove a redução da
pressão arterial em pacientes hipertensas14.
A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão
arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da
pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que é
potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta
avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-
hipertensivos15.
Por conseguinte, a hipertensão arterial secundária é aquela com causa bem definida
como a endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo,
hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal, feocromocitoma, uso
de hormônios exógenos).

14 Brasil, 2013, p. 57, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.


15 Brasil, 2013, p. 47, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP & SBC; SBH; SBN, 2010, p. 47, disponível em: http://goo.gl/88YFD.

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sem causa definida, provocada pela desregulação do


essencial mecanismo de controle homeostático da pressão.
HAS
secundária provocada por causa bem definida.

O escore de Framinghan mede o risco de uma pessoa apresentar angina, infarto do


miocárdio ou morrer de doença cardíaca em 10 anos. O risco é considerado baixo quando o
escore é inferior a 10%, intermediário quando está entre 10 e 20% e alto quando é superior a
20%.
No escore de Framinghan, são avaliados os fatores: idade, colesterol total e HDL,
pressão arterial, diabetes e tabagismo.
O escore de Framinghan é uma ferramenta útil e de fácil aplicação no cotidiano. Ele
classifica os indivíduos por meio da pontuação nos seguintes graus de risco cardiovascular e
auxilia na definição de condutas16:
• Baixo Risco – quando existir menos de 10% de chance de um evento cardiovascular
ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser anual
após orientá-los sobre estilo de vida saudável;
• Risco Intermediário – quando existir 10% – 20% de chance de um evento
cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe
poderá ser semestral após orientações sobre estilo de vida saudável e, se disponível na
UBS ou comunidade e se desejo da pessoa, encaminhamento para ações coletivas de
educação em Saúde;
• Alto Risco – quando existir mais de 20% de chance de um evento cardiovascular
ocorrer em dez anos ou houver a presença de lesão de órgão-alvo, tais como IAM,
AVC/AIT, hipertrofia ventricular esquerda, retinopatia e nefropatia. O seguimento
dos indivíduos com PA limítrofe de alto risco poderá ser trimestral após orientações
sobre estilo de vida saudável e, se disponível na UBS ou comunidade e, se desejo da
pessoa, encaminhamento para ações de educação em Saúde coletivas.
Classificação do risco global, segundo escore de Framingham

16 Brasil, 2013, p. 39-40, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

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Categoria Evento cardiovascular maior (ECV)


Baixo <10%/10 anos
Moderado 10 a 20%/10 anos
Alto > 20%/10 anos

Na consulta de enfermagem para a estratificação de risco cardiovascular recomenda-se a


utilização do escore de Framingham. A estratificação tem como objetivo estimar o risco de
cada indivíduo sofrer uma doença arterial coronariana nos próximos dez anos. Essa estimativa
se baseia na presença de múltiplos fatores de risco, como sexo, idade, níveis pressóricos,
tabagismo, níveis de HDLc e LDLc. A partir da estratificação de risco, selecionam-se
indivíduos com maior probabilidade de complicações, os quais se beneficiarão de
intervenções mais intensas17.
Após a identificação dos fatores de risco, se o usuário apresenta apenas um fator de
risco baixo/intermediário, não há necessidade de calcular o escore, pois ele é considerado
como baixo RCV. Se apresentar ao menos um fator de alto RCV, também não há
necessidade de calcular o escore, pois esse paciente já é considerado como alto RCV. O
cálculo será realizado quando o usuário apresentar mais de um fator de risco
baixo/intermediário.

Quadro – Fatores de risco para doença cardiovascular


Baixo Alto risco
risco/Intermediário
Tabagismo Acidente vascular cerebral (AVC) prévio
Hipertensão Infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio
Obesidade Lesão periférica – Lesão de órgão-alvo (LOA)
Sedentarismo Ataque isquêmico transitório (AIT)
Sexo masculino Hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE)
História familiar de evento Nefropatia
cardiovascular prematuro Retinopatia

17 Brasil, 2013, p. 38, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.

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(homens <55 anos e Aneurisma de aorta abdominal


mulheres <65 anos) Estenose de carótida sintomática
Idade >65 anos Diabetes mellitus

Vejamos agora as questões atualizadas sobre o tema:

45. (PROCAPE/UPENET/UPE/2013/JM) Ao verificar os sinais vitais (SSVV) de um


paciente adulto internado na clínica médica, o Técnico de Enfermagem identificou
taquicardia, tendo sido identificado frequência cardíaca de
A) < 70 bat/min
B) < 50 bat/min
C) 60 bat/min
D) > 120 bat/min
E) 80 bat/min.
COMENTÁRIOS:
A determinação do pulso é parte integrante de uma avaliação cardiovascular, sendo
portanto uma técnica recomenda. Além da frequência cardíaca (número de batimentos
cardíacos por minuto), também devem ser avaliados o ritmo (regularidade dos intervalos, se
regular ou irregular) e o volume (intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais, se
forte e cheio ou fraco e fino).
Vejamos a classificação em relação a frequência.
FREQUÊNCIA: Número de pulsações por unidade de tempo (batimentos por minuto –
bpm).
 Normal - 60 a 100 bpm.
 Bradicardia - < 60 bpm.
 Taquicardia -> 100 bpm.

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Sendo assim, a única alternativa correta é a D. Porém, seria mais correto dizer que a
frequência cardíaca encontrada foi de 120bpm e não > 120bpm.

46. (Rede Sarah/2011) Em relação ao procedimento de mensuração da Pressão Arterial (PA),


assinale a alternativa correta:

a) A utilização de um manguito de tamanho inadequado não altera a leitura dos valores de


PA.

b) Antes da mensuração da PA, deve ser determinado o ponto de máxima insuflação por meio
do método auscultatório.

c) O início do segundo som de Korotkoff é um indicador de pressão arterial diastólica em


adultos.

d) É possível mensurar a PA na extremidade inferior posicionando-se o manguito sobre a


artéria poplítea na área mediana da coxa.

e) No momento da mensuração da PA em membros superiores por método auscultatório, o


braço do paciente deve estar posicionado abaixo do nível do coração.

COMENTÁRIOS:
Vejamos os erros das assertivas:

a) A utilização de um manguito de tamanho inadequado altera a leitura dos valores de


PA.

b) Não é possível antes da mensuração da PA determinar o ponto de máxima insuflação


por meio do método auscultatório. Por exemplo, em alguns casos a artéria ainda permanece
palpável, devendo aumentar a insuflação.

c) O quinto som de Korotkoff é um indicador de pressão arterial diastólica em adultos.

e) No momento da mensuração da PA em membros superiores por método


auscultatório, o braço do paciente deve estar posicionado na altura do coração.

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Nesses termos, o gabarito é a letra D.

47. (CNEN/IDECAN/2014) A escolha do tamanho do manguito é um procedimento


recomendado para aferição da pressão arterial (PA). Sabe-se que as dimensões do manguito
para aferição da PA em um recém-nascido, cuja circunferência do braço é ≤ 10 cm, é de 4 cm
de largura e 8 cm de comprimento. “O tamanho correto de um manguito para um adulto, cuja
circunferência do braço varia de 27-34 cm, é _______ cm de largura e _______ cm de
comprimento.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa
anterior.
a) 08 / 19
b) 10 / 21
c) 12 / 23
d) 14 / 25
e) 16 / 32
COMENTÁRIOS:

Vejamos na tabela abaixo as dimensões do manguito para aferição da PA:

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Após análise da tabela, constatamos que o tamanho correto de um manguito para um


adulto, cuja circunferência do braço varia de 27-34 cm, é 12 cm de largura e 23 cm de
comprimento. Por conseguinte, o gabarito é a letra C.

48. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Considerando a pressão arterial, leia as frases abaixo e a


seguir e assinale a alternativa correta.
I- Em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está inferior a 140 x
90mmHg.

II- Os locais mais comuns para verificação da pressão arterial são: artéria braquial nos
membros superiores e artéria poplítea nos membros inferiores.

III- O manguito deve ser colocado sobre o braço nu, 2 a 2,5 cm acima da fossa antecubital.

IV- O diafragma do estetoscópio deve ser colocado embaixo do manguito.

a) As frases II e III estão corretas


b) As frases II, III e IV estão corretas
c) As frases I e III estão corretas
d) As frases I, II e III estão corretas
COMENTÁRIOS:
Vejamos os itens errados.
Item I. Devemos gravar a classificação da pressão arterial, pois as questões de prova
exploram detalhes desta classificação.

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Ora, em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está


inferior a 130 x 85 mmHg. Abaixo de 140 x 90 mmHg é limítrofe.

Item IV. O diafragma do estetoscópio deve ser colocado na arteria braquial, na região
da fossa antecubital, e não embaixo do manguito.

Nesses termos, o gabarito é a letra A (itens II e III corretos).

49. (HU-UFS/EBSERH/IAOCP/2014) Sobre a Hipertensão arterial, assinale a


alternativa correta.

a) Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar
relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos.
b) O uso de antiagregantes plaquetários é contraindicado para pacientes que apresentem
hipertensão e doença cardiovascular manifesta.
c) O tratamento não-farmacológico é uma medida ineficaz para controle da hipertensão
arterial, sendo, portanto, pouco recomendado.
d) Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 130
mmHg e uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 90 mmHg.
e) Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na posição supina. A
determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase IV de Korotkoff.
COMENTÁRIOS:

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Vejamos os itens incorretos:

Item B. O uso de antiagregantes plaquetários é indicado para pacientes que apresentem


hipertensão e doença Cardiovascular manifesta, pois reduze o risco cardiovascular.

Item C. O tratamento não-farmacológico é uma medida eficaz para controle da


hipertensão arterial, sendo recomendado quando não há contraindicação em decorrência de
agravamento da doença.

Item D. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual
a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg.

Item E. Não se recomenda que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na
posição supina, para não ocasionar a compressão da veia cava. Ademais, a determinação da
pressão diastólica deve ser realizada na fase V de Korotkoff.

Nessa tela, o gabarito da questão é o item A.

50. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) Sobre a hipertensão, assinale a afirmativa


correta.

a) A hipertensão do avental branco é considerada como hipertensão secundária.


b) Considera-se hipertensão o valor sustentado de pressão arterial sistólica de ≥ 120 mmHg.
c) A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 130 x 85
mmHg, monitorados através do MAPA.
d) O efeito do avental branco é a diferença da pressão obtida após o diagnóstico de uma
doença e a pressão antes do diagnóstico.
e) A hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no
consultório, porém elevados nas situações de estresses.
COMENTÁRIOS:
Faremos abaixo a análise de cada alternativa:
Itens A e D. A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da
pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático
da pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que
é potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta

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avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-
hipertensivos. As causas mais comuns de HAS secundária estão vinculadas aos rins
(parenquimatosa, arterial ou obstrutiva).
As causas de HAS secundária podem ser divididas em categorias:
• Causas renais: rim policístico, doenças parenquimatosas.
• Causas renovasculares: coarctação da aorta, estenose da artéria renal.
• Causas endócrinas: feocromocitoma, hiperaldosteronismo primário, síndrome de
Cushing, hipertireoidismo, hipotireoidismo, acromegalia.
• Causas exógenas: drogas, álcool, tabagismo (especialmente em grandes quantidades),
cafeína, intoxicação química por metais pesados.
O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de pressão obtida entre a medida
conseguida no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20
mmHg na pressão sistólica e/ou de 10 mmHg na pressão diastólica.
Item B. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e
uma pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg..
Item C. A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 130
x 85 mmHg, monitorados através do MAPA.
A pessoa com PA ótima, menor que 120/80mmHg deverá verificar novamente a PA
em até dois anos. As pessoas que apresentarem PA entre 130/85mmHg são consideradas
normotensas e deverão realizar a aferição anualmente. Excetuam-se pacientes portadores
de diabetes mellitus, quando a PA deverá ser verificada em todas as consultas de rotina.
Item E. Hipertensão mascarada é definida como a situação clínica caracterizada por
valores normais de PA no consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA elevada pela MAPA
durante o período de vigília ou na MRPA.
Portanto, a hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais
no consultório, porém elevados em situações normais fora do consultório.
Por fim, vejamos os valores abaixo:

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Na suspeita de Hipertensão do Avental Branco (HAB) ou Hipertensão Mascarada


(HM), sugerida pelas medidas da Ampa, recomenda-se a realização de Monitorização
Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) ou Monitorização Residencial de Pressão Arterial
(MRPA), para confirmar ou excluir o diagnóstico.
A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra C.

51. (Prefeitura do Paulista– PE/UPE/2014/JM) Um paciente internado na clínica médica


é portador de Hipertensão Arterial Sistêmica. Ao mensurar os SSVV, o Técnico de
Enfermagem identificou um nível tensional que corrobora a hipertensão arterial
moderada. Qual nível arterial foi encontrado?
A) 140 x 90 mmHg
B) 150 x 100 mmHg
C) 180 x 110 mmHg
D) 170 x 100 mmHg
E) 150 x 90 mmHg
COMENTÁRIOS18:
O Ministério da Saúde o diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da pressão
arterial (PA) maior ou igual a 140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes
com intervalo mínimo de uma semana entre as Medidas. Portanto, a constatação de um valor

18
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 37)

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elevado em apenas um dia, mesmo que em mais do que uma medida, não é suficiente para
estabelecer o diagnóstico de hipertensão.
Classificação da pressão arterial para adultos maiores de 18 anos

De acordo com a tabela apresentada acima é considerada hipertensão moderada


(estágio 2) a PA de 160 – 179 mmHg de sistólica por 100 – 109 mmHg de diastólica.
Logo, a alternativa correspondente a hipertensão moderada é a D (170 x 100 mmHg).

52. (Hospital Guilherme Álvaro – Santos/CETRO/2013/JM) A hipertensão arterial é um


dos fatores de risco mais importantes de mortalidade e morbidade no mundo, atualmente.
Sendo assim, assinale a alternativa que compreende a verificação correta da pressão arterial.
(A) Arredondar os valores da pressão arterial para dígitos terminados em zero e cinco.
(B) Pressionar o estetoscópio para auscultar a segunda bulha.
(C) Identificar a pressão sistólica no primeiro som auscultado e a diastólica no
desaparecimento do som.
(D) Reavaliar a pressão sistólica antes de terminar a deflação do manguito.
(E) Manter mãos e equipamentos bem frios, alterando a pressão arterial.
COMENTÁRIOS19:
Todo profissional deve estar atento à técnica padronizada de aferição de pressão arterial.
Vejamos abaixo a técnica padronizada:
 O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio;
 Medir após cinco minutos de repouso;

19
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37)

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 Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes;


 A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do
braço;
 Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que
o pulso deixar de ser sentido;
 Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg);
 A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos
os ruídos de Korotkoff (fase I);
 A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase
V);
 Registrar valores com intervalos de 2 mmHg, evitando-se arredondamentos
(Exemplo: 135/85 mmHg);
 A média de duas aferições deve ser considerada como a pressão arterial do dia;
se os valores observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente;
 Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o
valor mais alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de
preferência).

Sem sombras de dúvidas, alternativa correta letra C.

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Diabetes Mellitus (DM)

O termo “diabetes mellitus” (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias


heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos,
proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina20.
Os principais tipos de DM é o tipo 1 e 2. Vejamos as principais características deles:

As pessoas com DM tipo 1 ou DM tipo 2 que utilizam grandes doses de insulina e já


não apresentam produção endógena devem ter um maior controle glicêmico, observando
alimentação e atividade física. Não é recomendado que a pessoa realize atividade física
intensa em casos de cetoacidose. Nestes casos, a atividade física vigorosa pode piorar o
quadro. Se a pessoa estiver com a glicemia menor de 100 mg/dl, pode ser orientada a ingerir
um alimento com carboidrato antes de iniciar as atividades.
O DM tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir
cetoacidose, coma e morte.
Por outro lado, de acordo com o Ministério da Saúde21, o DM tipo 2 costuma ter início
insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos com longa história de
20 Brasil, 2013-B, p. 19, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2. No entanto, com a epidemia de


obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de diabetes em jovens,
até mesmo em crianças e adolescentes.
O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, isto é, há
um estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual
é menos intenso do que o observado no diabetes tipo 1. Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode
evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. Seu uso, nesses casos, não
visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o controle do quadro hiperglicêmico.
A cetoacidose nesses casos é rara e, quando presente, em geral é ocasionada por
infecção ou estresse muito grave. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente, permanecendo
assintomática por vários anos.

Atenção! A cetoacidose é mais comum no DM tipo 1, enquanto que o coma


hiperosmolar está associado a DM tipo 222.

A maioria dos casos de Diabetes tipo 2 apresenta excesso de peso ou deposição central
de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na
secreção de insulina.
O diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo
1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. Geralmente se resolve no período pós-parto e
pode frequentemente retornar anos depois. Hiperglicemias detectadas na gestação que
alcançam o critério de diabetes para adultos, em geral, são classificadas como diabetes na
gravidez, independentemente do período gestacional e da sua resolução ou não após o parto.
Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal23.
O diagnóstico de diabetes baseia-se na detecção da hiperglicemia. Existem quatro tipos
de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia de

21
Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP.
22 A descompensação hiperglicêmica aguda, com glicemia casual superior a 250 mg/dl pode evoluir para complicações mais
graves como cetoacidose diabética e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica,
23 Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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jejum, teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g em duas horas (TTG) e, em alguns
casos, hemoglobina glicada (HbA1c)24, conforme descrição na tabela abaixo.

Valores preconizados para o diagnóstico de DM tipo 2 e seus estágios pré-clínicos


Categoria Glicemia TTG: duas Glicemia Hemoglobina
de jejum* horas casual** Glicada
após 75 g de (HbA1C)
glicose
Glicemia normal <110 <140 <200
>110 e
Glicemia alterada
<126
Tolerância
diminuída à ≥140 e <200
Glicose
200
Diabetes mellitus > 126 ≥ 200 (com sintomas >6,5%
clássicos***)
Fonte: Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP.
*O jejum é definido como a falta de ingestão calórica por, no mínimo, oito horas.
**Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se
observar o intervalo desde a última refeição.
***Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e polifagia.

Amigo (a), vamos detalhar esses exames, de acordo com a American Diabetes
Association25.
 A1C (Hemoglobina Glicada - HbA1C) - o teste mede a glicemia média dos
últimos 2 a 3 meses. As vantagens de ser diagnosticado desta maneira é que
você não precisa se rápido ou beber qualquer coisa. A diabetes é diagnosticada
em A1C ≥ 6,5%;

24 Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP.


25 AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, disponível em: http://goo.gl/cxxMlL.

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 Glicemia de jejum (FPG) - este teste verifica os níveis de glicose no sangue em


jejum. Jejuar significa depois de não ter nada para comer ou beber (exceto água)
por pelo menos 8 horas antes do exame. Este teste é feito geralmente a primeira
coisa na manhã, antes do café da manhã. A diabetes é diagnosticada em glicose
no sangue em jejum ≥ a 126 mg/dl;
 Teste Oral de Tolerância à Glicose (também chamado de TTG) - a TOTG é
um teste de duas horas que verifica os níveis de glicose no sangue antes e duas
horas depois de beber uma bebida doce especial. Explica como o corpo do
paciente processa à glicose. A diabetes é diagnosticada em duas horas de glicose
no sangue ≥ 200mg/dl;
 Aleatório (também chamado Casual) Glicose Teste de Plasma - este teste é um
teste de sangue a qualquer hora do dia, quando você tiver sintomas graves de
diabetes. A diabetes é diagnosticada em glicose no sangue ≥ 200mg/dl.

Já caiu em prova!
No Diabetes Tipo 1 (a cetoacidose é rara no diabetes tipo 2), a cetoacidose pode ser
grave, podendo desencadear intercorrências como infarto e acidente vascular cerebral.
Os principais sintomas da cetoacidose diabéticas são: polidipsia, poliúria, enurese,
hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,
desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por
hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e
bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque,
distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia
respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.
Apesar de não serem os únicos e os mais específicos, fazem parte dos sintomas do
quadro inicial da cetoacidose: desidratação, vômitos e dor abdominal.
Entre os fatores indicativos do DM encontramos o sobrepeso e as doenças
cardiovasculares, sendo relevantes os antecedentes familiares.
A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a
resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que
podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para

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definir a Síndrome. Segundo os critérios brasileiros26, a Síndrome Metabólica ocorre quando


estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
 Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102
cm no homem;
 Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ≥ 130 e/ou pressão arterial
diatólica ≥ 85 mmHg;
 Glicemia alterada (glicemia ≥ 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
 Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl;
 HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres
Vamos descrever as recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e
aplicação da insulina, conforme disposições do Ministério da Saúde.
A prescrição de insulina na Atenção Básica exige que a equipe domine os ajustes de
dose em cada tipo de esquema, a técnica de preparação, aplicação e armazenamento. Também
é importante que esses conhecimentos sejam revisados periodicamente com a pessoa e a
família.
A seguir, estão listadas recomendações para o armazenamento, transporte, preparo e
aplicação da insulina.
Armazenamento:
 as insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2°C a 8°C;
 após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para
minimizar dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em
refrigeração, entre 2°C a 8°C;
 não congelar a insulina;
 após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se
mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que a pessoa anote a
data de abertura no frasco;
 orientar sobre o aspecto normal das insulinas e sua observação antes da aplicação,
descartando o frasco em caso de anormalidades.

26 SBEM, disponível em: http://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/ e SBC; SBEM; SBD; ABEO, 2005, p.8,
disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2005/sindromemetabolica.pdf.

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Transporte e viagens:
 colocar o frasco em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem gelo comum ou gelo
seco;
 na ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, o transporte pode ser realizado
em bolsa comum, desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor
excessivo;
 em viagens de avião, não despachar o frasco com a bagagem, visto que a baixa
temperatura no compartimento de cargas pode congelar a insulina.

Seringas e agulhas:
 apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser
reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham
sido contaminadas;
 o número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser
trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação
(considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma
pessoa);
 a seringa e a agulha em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente;
 após o uso, a seringa deve ser “recapada” pela pessoa;
 não se recomenda higienização da agulha com álcool;
 o descarte da seringa com agulha acoplada deve ser realizado em recipiente
próprio para material perfurocortante, fornecido pela Unidade Básica de Saúde
(UBS), ou em recipiente rígido resistente, como frasco de amaciante. Não é
recomendado o descarte do material em garrafa PET devido a sua fragilidade.
Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve entregar o material na UBS para
que a mesma faça o descarte adequado.

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Preparação e aplicação:
 lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina;
 o frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos para misturá-la,
antes de aspirar seu conteúdo;
 em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de
ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação
intermediária (NPH);
 não é necessário limpar o local de aplicação com álcool;
 o local deve ser pinçado levemente entre dois dedos e a agulha deve ser
introduzida completamente, em ângulo de 90 graus;
 em crianças ou indivíduos muito magros esta técnica pode resultar em aplicação
intramuscular, com absorção mais rápida da insulina. Nestes casos podem-se
utilizar agulhas mais curtas ou ângulo de 45 graus;
 não é necessário puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue;
 esperar cinco segundos após a aplicação antes de se retirar a agulha do
subcutâneo, para garantir injeção de toda a dose de insulina;
 é importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina de modo a
manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção. Orientar a pessoa a
organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local
em menos de 15 a 20 dias, para prevenção da ocorrência de lipodistrofia.

Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar
dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C.

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Cetoacidose
Os principais fatores precipitantes são infecção, má aderência ao tratamento (omissão
da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações hiperglicemiantes e outras
intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau controle glicêmico são
particularmente vulneráveis a essa complicação.
Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão
turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações
do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl),
cetonemia (presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma.) e acidose
metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a
complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de
aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.
Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica
A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a
600 mg/dl a 800 mg/dL) acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na

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ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, em que um mínimo de ação insulínica
preservada pode prevenir a cetogênese. A mortalidade é mais elevada que nos casos de
cetoacidose diabética devido à idade mais elevada dos pacientes e à gravidade dos fatores
precipitantes.
Os indivíduos de maior risco são os idosos, cronicamente doentes, debilitados ou
institucionalizados, com mecanismos de sede ou acesso à água prejudicados. Os fatores
precipitantes são doenças agudas como AVC, IAM ou infecções, particularmente a
pneumonia, uso de glicocorticoides ou diuréticos, cirurgia, ou elevadas doses de glicose (por
meio de nutrição enteral ou parenteral ou, ainda, de diálise peritoneal).
A prevenção da descompensação aguda que leva à síndrome hiperosmolar é semelhante
àquela apresentada em relação à cetoacidose diabética. Os pacientes com suspeita ou
diagnóstico de síndrome hiperosmolar hiperglicêmica devem ser encaminhados para manejo
em emergência.
Vamos visualizar, no quadro abaixo, a abordagem educativa de pessoa com DM para
prevenção da ocorrência de ulcerações nos pés e/ou sua identificação precoce:

a) Para todas as pessoas com DM e baixo risco de desenvolver úlceras


Abordar:
– Cuidados pessoais e orientação para o autoexame do pé;
– Exame diário do pé para identificação de modificações (mudança de cor, edema, dor,
parestesias, rachaduras na pele);
– Sapatos (reforçar importância do sapato adequado, que deve se adaptar ao pé, evitar
pressão em áreas de apoio ou extremidades ósseas);
– Higiene (lavar e secar cuidadosamente, especialmente nos espaços interdigitais) e
hidratação diária dos pés com cremes (especialmente se possui pele seca);
– Cuidados com as unhas e os riscos associados com a remoção de pele e cutículas;
– Cuidado com traumas externos (animais, pregos, pedras nos sapatos etc.);
– Orientar a procurar um profissional de Saúde se perceber alteração de cor, edema ou
rachaduras na pele, dor ou perda de sensibilidade.

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b) Para pessoas com DM e alto risco de desenvolver úlceras nos pés


Abordar, além dos pontos listados no item (A), os seguintes:
– Evitar caminhar descalço;
– Procurar ajuda profissional para manejo de calos, ceratose e ruptura de continuidade da
pele;
– Não utilizar produtos para calos e unhas sem a orientação de um profissional de Saúde;
– Lembrar o potencial de queimadura dos pés dormentes, portanto sempre verificar a
temperatura da água em banhos, evitar aquecedores dos pés (bolsa-d’água quente,
cobertores elétricos, fogueiras ou lareiras);
– Não utilizar sapatos novos por períodos prolongados e amaciar os sapatos novos com
uso por pequenos períodos de tempo antes de utilizá-lo rotineiramente;
– Usar protetor solar nos pés;
– Recomendações para situações especiais (feriados, passeios longos, ocasiões sociais
como casamentos e formaturas) e inclusão na programação de períodos de repouso para os
pés.
c) Para pessoas com DM e presença de úlceras
Abordar, além dos itens (A) e (B), também os seguintes:
– Lembrar que infecções podem ocorrer e progredir rapidamente;
– A detecção e o tratamento precoce de lesões aumentam as chances de um bom
desfecho;
– Repouso apropriado do pé/perna doente é fundamental no processo de cura;
– Sinais e sintomas que devem ser observados e comunicados aos profissionais de Saúde
envolvidos no cuidado da pessoa: alterações no tamanho da ulceração e cor da pele
(vermelhidão) ao redor da úlcera; marcas azuladas tipo hematomas e/ou escurecimento da
pele, observar tipo de secreção (purulenta ou úmida onde antes era seca), surgimento de
novas ulceras ou bolhas nos pés;
– Se dor (úlcera fica dolorosa ou desconfortável ou pé lateja) retornar à UBS;
– Procurar a UBS imediatamente se perceber mudança no odor dos pés ou da lesão ou se
ocorrer edema e/ou sensação de mal-estar (febre, sintomas tipo resfriado, ou sintomas do
diabetes mal controlado).
Fonte: Brasil, 2013-B, p. 104, disponível em: http://goo.gl/506DyP.

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Entre as complicações crônicas do diabetes mellitus (DM), as úlceras de pés (também


conhecido como pé diabético) e a amputação de extremidades são as mais graves e de maior
impacto socioeconômico. As úlceras nos pés apresentam uma incidência anual de 2%, tendo a
pessoa com diabetes um risco de 25% em desenvolver úlceras nos pés ao longo da vida.
A prevenção, por meio do exame frequente dos pés de pessoas com DM, realizado pelo
médico ou pelo enfermeiro da Atenção Básica, é de vital importância para a redução das
complicações.
As úlceras no pé da pessoa com DM podem ter um componente isquêmico,
neuropático ou misto.
O pé isquêmico (alteração vascular) caracteriza-se por história de claudicação
intermitente, isto é, dor em repouso que piora com exercício ou elevação do membro
inferior27. À inspeção, observa-se rubor postural do pé e palidez à elevação do membro
inferior. Ao exame físico, o pé apresenta-se frio, com ausência dos pulsos tibial posterior e
pedioso dorsal.
A neuropatia diabética é a complicação mais comum do diabetes e compreende um
conjunto de síndromes clínicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e
autonômico, de forma isolada ou difusa, nos segmentos proximal ou distal, de instalação
aguda ou crônica, de caráter reversível ou irreversível, manifestando-se silenciosamente ou
com quadros sintomáticos dramáticos. Afeta 50% das pessoas com DM com mais de 60 anos,
pode estar presente antes da detecção da perda da sensibilidade protetora, resultando em
maior vulnerabilidade a traumas e maior risco de desenvolver úlcera.
O pé neuropático (alteração nervosa) caracteriza-se por alteração da sensibilidade
dos membros inferiores. Na história, o paciente pode referir sintomas como formigamentos,
sensação de queimação que melhora com exercício ou sintomas de diminuição da
sensibilidade, como perder o sapato sem notar ou lesões traumáticas assintomáticas. No
entanto, muitas pessoas com perda de sensação clinicamente significativa são assintomáticas.
O pé neuropata pode se apresentar com temperatura elevada por aumento do fluxo
sanguíneo, podendo ser difícil diferenciá-lo de um pé com infecção de partes moles. Ao

27Verifiquem que a claudicação intermitente é acentuada quando o pé é elevado, pois nessa situação diminui e fluxo
sanguíneo no pé e consequentemente aumenta a isquemia e a dor.

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exame, o achado mais importante é a diminuição da sensibilidade. A ausência da


sensibilidade vibratória e de percepção está associada com maior risco de ulcerações.
Além disso, pode-se observar atrofia da musculatura interóssea, aumento do arco
plantar, dedos em “garra” e calos em áreas de aumento de pressão.
As deformidades dos pés associadas com a neuropatia periférica (diminuição da
sensibilidade) e com diminuição da mobilidade articular levam a um aumento da pressão em
áreas de apoio e em proeminências ósseas, ocasionando dano tecidual. Essas lesões repetidas
formam calos, bolhas, ferimentos superficiais e, em último caso, úlceras de pele.
O tratamento do DM tipo 1, além da terapia não farmacológica, exige sempre a
administração de insulina, a qual deve ser prescrita em esquema intensivo, de três a quatro
doses de insulina/dia, divididas em insulina basal e insulina prandial, cujas doses são
ajustadas de acordo com as glicemias capilares, realizadas ao menos três vezes ao dia. Esse
esquema reduz a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares em
comparação com o tratamento convencional de duas doses de insulina/dia. Pela maior
complexidade no manejo desses pacientes, eles são, em geral, acompanhados pela atenção
especializada.
O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com diabetes, exige
tratamento não farmacológico, em geral complementado com antidiabético oral e,
eventualmente, uma ou duas doses de insulina basal, conforme a evolução da doença. Casos
que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com misturas
de insulina (duas a quatro injeções ao dia), são em geral acompanhados pela atenção
especializada (DUNCAN et al., 2013).

Antidiabéticos orais
Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo
2 não responsivo a medidas não farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com
controleestrito, redução na incidência de complicações, têm boa aceitação pelos pacientes,
simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina
(GUSSO; LOPES, 2012).
A escolha do medicamento geralmente segue a sequência apresentada a seguir. No
entanto, casos com hiperglicemia severa no diagnóstico (>300 mg/dl) podem se beneficiar de

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insulina desde o início. Outros fatores que podem nortear a escolha de um medicamento, além
do custo, são as preferências pessoais.
Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não
farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina (Cloridrato de
Metformina de 500mg ou 850mg) no plano terapêutico (1ª linha). A introdução mais precoce
pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao tratamento, com ou sem
excesso de peso (SAENZ et al., 2005).
As contraindicações para o uso de metformina têm se reduzido com a maior experiência
de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal (filtração
glomerular <30 ml/min/1,73m2) (DUNCAN et al., 2013).
A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2,
em virtude do caráter progressivo da doença (NATHAN, 2009). Cerca de metade das pessoas
que atingiram o controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra
medicação dois anos depois.
O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito precocemente, de quatro a
oito semanas após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não se ter obtido uma resposta
satisfatória.
Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de
metformina, pode-se associar uma sulfonilureia - 2ª linha (Glibenclamida de 5mg ou
Gliclazida de 30mg, 60mg e 80mg).
Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação
com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação. A
insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de
300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se
acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012). As classes
de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa (3ª linha) são insulinas de ação
intermediária ou longa.
A história natural do DM tipo 1 e tipo 2 é marcada pelo aparecimento de complicações
crônicas. Algumas, referidas como microvasculares, são específicas do diabetes, como a
retinopatia, a nefropatia e a neuropatia diabética. Outras, ditas macrovasculares, mesmo não
sendo específicas do diabetes, são mais graves nos indivíduos acometidos, sendo a principal

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causa da morbimortalidade associada ao diabetes.


O risco de desenvolver complicações crônicas graves é muitas vezes superior ao de
pessoas sem diabetes – 30 vezes para cegueira, 40 vezes para amputações de membros
inferiores, 2 a 5 vezes para IAM e 2 a 3 vezes para AVC (DONELLY, 2000).
A patogenia dessas complicações ainda não está totalmente esclarecida. A duração do
diabetes é um fator de risco importante, mas outros fatores como hipertensão arterial, fumo e
colesterol elevado interagem com a hiperglicemia, determinando o curso clínico da micro e da
macroangiopatia (DONELLY, 2000).

 Doença macrovascular
As doenças isquêmicas cardiovasculares são mais frequentes e mais precoces em
indivíduos com diabetes, comparativamente aos demais. Em mulheres com diabetes, o efeito
protetor do gênero feminino desaparece.
A sintomatologia das três grandes manifestações cardiovasculares – doença coronariana,
doença cerebrovascular e doença vascular periférica – é, em geral, semelhante em pacientes
com e sem diabetes. Contudo, alguns pontos merecem destaque:
• a angina de peito e o IAM podem ocorrer de forma atípica na apresentação e na
caracterização da dor (devido à presença de neuropatia autonômica cardíaca do diabetes);
• as manifestações cerebrais de hipoglicemia podem mimetizar ataques isquêmicos
transitórios;
• a evolução pós-infarto é pior nos pacientes com diabetes.

 Doença microvascular e neuropática


As principais complicações do DM em relação às doenças microvasculares e
neuropáticas são as seguintes: retinopatia, nefropatia e pé diabético.
A retinopatia diabética é a primeira causa de cegueira adquirida após a puberdade.
Embora a cegueira seja um evento raro (aproximadamente 20/100.000/ano) em pacientes com
diabetes (GENZ et al., 2010), a perda de acuidade visual é comum após dez anos de
diagnóstico, acontecendo em 20% a 40% dos pacientes mais idosos (MOSS; KLEIN; KLEIN,
1994). A retinopatia é assintomática nas suas fases iniciais, não sendo possível detectá-la sem
a realização de fundoscopia. Após 20 anos do diagnóstico, quase todos os indivíduos com DM

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tipo 1 e mais do que 60% daqueles com DM tipo 2 apresentam alguma forma de retinopatia.
As principais medidas de prevenção e controle da retinopatia diabética estão
relacionadas com o controle dos seguintes fatores de risco: níveis glicêmicos (HbA1c <7%) e
pressóricos (PA <150/85 mmHg), fumo e colesterol elevado.
A nefropatia diabética é uma complicação microvascular do diabetes associada com
morte prematura por uremia ou problemas cardiovasculares. É a principal causa de doença
renal crônica em pacientes que ingressam em serviços de diálise (BRUNO; GROSS, 2000).
O controle adequado da glicose e da pressão arterial pode reduzir o risco de desenvolver
a nefropatia diabética e diminuir a sua progressão.
O limite ideal para alvo do tratamento da hipertensão não está definido (ARGUEDAS;
PEREZ; WRIGHT, 2009), mas deve se tratar pacientes com hipertensão e com
microalbuminúria persistente ou estágios mais avançados da nefropatia diabética com alvo de
PA ao redor de 130/80 mmHg.
Outras intervenções incluem a manipulação de componentes da dieta, controle da
dislipidemia e recomendação de suspensão do tabagismo. Intervenções múltiplas parecem ser
eficazes na prevenção do desenvolvimento da nefropatia (GAEDE et al., 2003; 1999).

 Neuropatia diabética
A neuropatia diabética apresenta um quadro variado, com múltiplos sinais e sintomas,
dependentes de sua localização em fibras nervosas sensoriais, motoras e/ou autonômicas. A
neuropatia pode variar de assintomática até fisicamente incapacitante.
Para finalizarmos nossa aula, vamos resolver questões sobre o tema:

53. (Rede Sarah/2007) Um paciente de 26 anos, sexo masculino, admitido no serviço de


emergência com queixas de náusea, vômitos e dor abdominal. Refere ser portador de Diabetes
Mellitus tipo 1 e que há quatro dias reduziu a dose de insulina devido quadro gripai, que
provocou diminuição do apetite. Durante a avaliação do paciente, o(a) enfermeiro(a) observou
pele com turgor diminuído, mucosas secas e hálito cetônico. Esses sinais indicam:

a) Hipoglicemia.

b) Doença viral.

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c) Cetoacidose.

d) Coma hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico

COMENTÁRIOS:

Cetoacidose diabética

Os principais fatores precipitantes da cetoacidose diabética são a infecção, má


aderência ao tratamento (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de
medicações hiperglicemiantes e outras intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma).
Indivíduos em mau controle glicêmico são particularmente vulneráveis a essa complicação.

Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão
turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações
do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl),
cetonemia ( presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma.) e acidose
metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a
complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de
aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.

Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica

A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a


600 mg/dl a 800 mg/dL) acompanhada de desidratação e alteração do estado mental,
na ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, em que um mínimo de ação
insulínica preservada pode prevenir a cetogênese.

Os sinais descritos na questão são clássicos da cetoacidose, logo o gabarito é a letra C.

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54. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) Segundo o Ministério da Saúde, em relação


ao tratamento farmacológico no diabetes tipo 2, é incorreto afirmar:

a) Se glicemia de jejum estiver muito alta (acima de 270mg/dl) e ou presença de


infecção, provavelmente o paciente necessitará de um tratamento com insulina.
b) Pacientes obesos (IMC >30kg/m2) requerem maior apoio da equipe para perda e
manutenção de peso perdido, e a prescrição de metformina já no início pode ajudar o paciente
a alcançar as metas terapêuticas.
c) A metfomina é prescrita fracionada em 1 a 3 vezes ao dia, nas refeições.
d) A Glibendamida de 2,5mg a 20mg, 1 a 2 vezes ao dia, nas refeições ou 2,5mg a 20mg, 1 a
3 vezes ao dia, nas refeições.
e) Insulina regular é utilizada em situação de compensação aguda ou em esquemas de injeções
múltiplas.
COMENTÁRIOS:
O tratamento do DM tipo 1, além da terapia não farmacológica, exige sempre a
administração de insulina, a qual deve ser prescrita em esquema intensivo, de três a quatro
doses de insulina/dia, divididas em insulina basal e insulina prandial, cujas doses são
ajustadas de acordo com as glicemias capilares, realizadas ao menos três vezes ao dia. Esse
esquema reduz a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares em
comparação com o tratamento convencional de duas doses de insulina/dia. Pela maior
complexidade no manejo desses pacientes, eles são, em geral, acompanhados pela atenção
especializada.
O DM tipo 2, que acomete a grande maioria dos indivíduos com diabetes, exige
tratamento não farmacológico, em geral complementado com antidiabético oral e,
eventualmente, uma ou duas doses de insulina basal, conforme a evolução da doença. Casos
que requerem esquemas mais complexos, como aqueles com dose fracionada e com misturas
de insulina (duas a quatro injeções ao dia), são em geral acompanhados pela atenção
especializada (DUNCAN et al., 2013).
Antidiabéticos orais
Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo 2
não responsivo a medidas não farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com

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controleestrito, redução na incidência de complicações, têm boa aceitação pelos pacientes,


simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina
(GUSSO; LOPES, 2012).
A escolha do medicamento geralmente segue a sequência apresentada a seguir. No
entanto, casos com hiperglicemia severa no diagnóstico (>300 mg/dl) podem se beneficiar de
insulina desde o início. Outros fatores que podem nortear a escolha de um medicamento, além
do custo, são as preferências pessoais.
Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não
farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina (Cloridrato de
Metformina de 500mg ou 850mg) no plano terapêutico (1ª linha). A introdução mais precoce
pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao tratamento, com ou sem
excesso de peso (SAENZ et al., 2005).
As contraindicações para o uso de metformina têm se reduzido com a maior experiência
de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal (filtração
glomerular <30 ml/min/1,73m2) (DUNCAN et al., 2013).
A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2,
em virtude do caráter progressivo da doença (NATHAN, 2009). Cerca de metade das pessoas
que atingiram o controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra
medicação dois anos depois.
O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito precocemente, de quatro a
oito semanas após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não se ter obtido uma resposta
satisfatória.
Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de
metformina, pode-se associar uma sulfonilureia - 2ª linha (Glibenclamida de 5mg ou
Gliclazida de 30mg, 60mg e 80mg).
Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação
com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação. A
insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de
300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se
acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012). As classes

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de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa (3ª linha) são insulinas de ação
intermediária ou longa.

As insulinas disponíveis no SUS são as de ação rápida (regular) e as de ação


intermediária (Neutral Protamine Hagedorn – NPH) (Tabela 4). A insulina regular está
indicada em casos de emergência, como a cetoacidose, gravidez e trabalho de parto,
em combinação com insulinas de ação média ou prolongada, ou em tratamento tipo bolus
antes das refeições. A insulina NPH, também chamada de isófana ou de ação intermediária,
sendo, portanto, de pH neutro e acrescida de protamina para modificar o tempo de ação, é
utilizada em tratamento de manutenção para o controle glicêmico basal.
Fonte: CAB nº 36 - Diabetes Mellitus
A alternativa incorreta é a letra E, pois a insulina regular é utilizada em situação de
DEScompensação aguda.

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55. (CNEN/IDECAN/2014) Acerca dos sinais e sintomas de hiperglicemia, analise.


I. Polidpsia, xerostomia e hálito cetônico.
II. Poliúria, visão turva e ganho de peso.
III. Sonolência, prostração e fadiga.
IV. Xerostomia, púrpura e fadiga.
Estão corretas as alternativas

a) I, II, III e IV

b) I e III, apenas

c) II e IV, apenas

d) I, II e III, apenas

e) I, III e IV, apenas

COMENTÁRIOS:
Primeiramente, vejamos alguns conceitos:
Púrpura é a presença de sangue fora dos vasos sangüíneos na pele ou nas mucosas.
Como a camada cutânea é levemente transparente, este sangue é então visto como uma
mancha roxa.
Xerostomia é a sensação subjetiva de boca seca que, geralmente, mas não
necessariamente, está associada com a diminuição da quantidade de saliva.
Polidipsia é o sintoma caracterizado por excessiva sensação de sede.
Agora, vamos responder a questão, que explorou o termo hiperglicemia de forma
genérica, não diferenciando os termos cetoacidose diabética e síndrome hiperglicêmica não
cetótica.
O gabarito é a letra B, pois os itens II (perda de peso que é sinal de hiperglicemia) e IV
(púrpura não é sinal de hiperglicemia) estão errados.

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56. (MPE-RS/MPE-RS/2014) Muitas pessoas adultas com diabetes melito do tipo 2


desenvolvem a síndrome metabólica, que constitui um importante fator de risco para a
doença cardiovascular. Um paciente com síndrome metabólica pode apresentar

a) hipotensão.
b) perda de peso.
c) HDL maior de 40 mg/dl.
d) triglicerídeos abaixo de 150 mg/dl.
e) resistência à insulina.
COMENTÁRIOS:
A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência
insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer
parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a
Síndrome. Segundo os critérios brasileiros , a Síndrome Metabólica ocorre quando estão
presentes três dos cinco critérios abaixo:
• Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no
homem;
• Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ≥ 130 e/ou pressão arterial diatólica ≥
85 mmHg;
• Glicemia alterada (glicemia ≥ 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
• Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl;
• HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres;
Questão facilmente resolvida por eliminação:
a) hipertensão e não hipotensão.
b) ganho e não perda de peso.
c) HDL menor e não maior de 40 mg/dl.
d) triglicerídeos acima e não abaixo de 150 mg/dl.
Dessa forma, o gabarito é a letra E.

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57. (HU-UFS/EBSERH/IAOCP/2014) Sobre o Diabetes e suas complicações, informe se é


verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a
sequência correta.

( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hipoglicemia grave, é mais comum em jovens


com Diabetes tipo I.

( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hiperglicemia grave (> 600 a 800


mg/dL), desidratação e alteração do estado mental – na ausência de cetose.
( ) A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela
é assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria
dos portadores de diabetes após 20 anos de doença.

( ) Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores
abaixo de 80 a 90 mg/dL. Muitas vezes leva ao quadro de cetoacidose que ocorre
principalmente em pacientes com diabetes tipo II.

a) V – F – V – F.
b) F – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) V – V – F – F.
COMENTÁRIOS:
Vejamos os itens errados da questão:
1º Item. A síndrome hiperosmolar é um estado de HIPERglicemia grave, sendo mais
comum em pessoas com diabetes tipo II.
4º Item. Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas –
para valores abaixo de 70 mg/dL. Não leva ao quadro de cetoacidose que ocorre
principalmente em pacientes com diabetes tipo I.
Nesses termos, o gabarito é a letra D.

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58. (Fundação Hospital Getúlio Vargas – FHGV/FUNDATEC/2014) O diabetes é comum


e de incidência crescente. Apresenta alta morbimortalidade, com perda importante na
qualidade de vida. É uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação
de membros inferiores, cegueira e doença cardiovascular. De acordo com Cadernos de
Atenção Básica - Diabetes (BRASIL, 2006), considere as seguintes afirmativas:

I. Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2: excesso de peso e
história familiar de DM tipo 2.

II. A cetoacidose ocorre particularmente em pacientes com Diabetes tipo 2, sendo


algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo 1 raramente desenvolve
essa complicação.

III. Os principais sintomas da cetoacidose são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito


cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação,
hiperventilação e alterações do estado mental.

IV. O Diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta, que eventualmente leva ao estágio
de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária
para prevenir cetoacidose, coma e morte.

Quais estão corretas?

a) Apenas I e II
b) Apenas I e III
c) Apenas I, III e IV
d) Apenas III e IV
e) I, II, III e IV
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Caderno de Atenção Básica – Diabetes (2006), responderemos a
questão analisando cada item:
Item I (Correto): Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2:
excesso de peso e história familiar de DM tipo 2.
Fatores indicativos de maior risco para Diabetes tipo 2:

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- Idade >45 anos.


- Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).
- Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres,
medida na altura das cristas ilíacas).
- Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.
- Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).
- Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL.
- História de macrossomia ou diabetes gestacional.
- Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos.
- Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.
Item II (Errado): A cetoacidose ocorre particularmente em pacientes com Diabetes
tipo 1, sendo algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo 2 raramente
desenvolve essa complicação.
Item III (Correto): Os principais sintomas da cetoacidose são: polidipsia, poliúria,
enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,
desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental.
Item IV (Correto): O Diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta, que
eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de
insulina é necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte.
Nobre concurseiro (a), agora ficou fácil, o gabarito letra C.

59. (Prefeitura de Vila Velha-ES/FUNCAB/2012) O diabetes melito é um grupo de doenças


metabólicas caracterizadas por níveis aumentados de glicose no sangue e tem sido
classificado de diversas maneiras. Em relação às principais características de cada tipo,
marque a alternativa correta.

a) O diabetes tipo 1 é cerca de oito a dez vezes mais comum que o tipo 2 e sua incidência é
maior após os 40 anos.

b) O diabetes secundário à doença pancreática ocorre com maior frequência em jovens de


países tropicais com baixa ingestão proteica.

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c) O pré-diabetes ocorre, predominantemente, em pessoas com antecedentes familiares do


diabetes tipo 2.

d) Odiabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior que o tipo 1, além disso tem uma grande
relação com a obesidade e o sedentarismo.

e) No diabetes gestacional, a produção de insulina está aumentada, porém com ação ineficaz
por causa da diminuição dos receptores celulares, ou por defeito deles.

COMENTÁRIOS:

Vamos analisar cada assertiva para melhor entendimento do assunto.

Item A. Incorreto. O DM tipo 2 abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na


população, sendo seguido em frequência pelo DM tipo 1, que responde por aproximadamente
8%28. A incidência do DM tipo 2 é maior após os 40 anos.

Item B29. Incorreto. Existem outros tipos de diabetes além do Tipo 1, Tipo 2 e
Gestacional, mas esses ocorrem com menor frequência. Dentre eles, temos o diabetes
secundário à doença pancreática, que ocorre mais freqüentemente naqueles com
antecedentes familiares de DM tipo 2. As principais doenças pancreáticas são as seguintes:

 Retirada cirúrgica de 75% do pâncreas;


 Pancreatite crôúnica (inflamação geralmente causada pelo alcoolismo crônico);
 Destruição pancreática por depósito de ferro denominado hemocromatose
(extremamente rara).
Por outro lado, o diabetes associado à desnutrição e fibrocalculoso ocorre em jovens
de países tropicais com baixa ingestão protéica, frequentemente associado a alimentos que
contêm cianetos, como a mandioca amarga.

Item C. Incorreto. Pessoas com hiperglicemia intermediária (glicemia de jejum entre


110 mg/dl e 125 mg/dl, e duas horas pós-carga de 140 mg/dl a 199 mg/dl e HbA1c entre 5,7%
e 6,4%), também denominadas de casos de pré-diabetes, pelo seu maior risco de

28 Brasil, 2013-B, p. 28, disponível em: http://goo.gl/506DyP.


29 SBD, disponível em: http://www.diabetes.org.br/tipos-de-diabetes/127-outros-tipos-de-diabetes.

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desenvolver a doença, deverão ser orientadas para prevenção do diabetes, o que inclui
orientações sobre alimentação saudável e hábitos ativos de vida, bem como reavaliação anual
com glicemia de jejum30.

O pré-diabetes ocorre, predominantemente, em pessoas com os seguintes fatres de risco:


idade acima de 45 anos, excesso de peso, sedentarismo; hipertensão arterial, alterações nas
taxas de colesterol e triglicérides sanguíneos e história familiar de diabetes. Vejam que são
muitos os fatores, e não apenas os antecedentes familiares de diabetes tipo 2, que
desencadeiam a pré-diabetes, bem como a diabetes.

Item D. Correto. O diabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior que o tipo 1, além
disso tem uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo.

Item E. Incorreto. No diabetes gestacional, associa-se a diminuição da produção de


insulina (diminuição da função das células betas do pâncreas) como o aumento da resistência
à insulina (diminuição dos receptores celulares, ou por defeito deles).

Nessa tela, o gabarito da questão, é a letra D.

60. (Hospital Guilherme Álvaro – Santos/CETRO/2013/JM) O diabetes é uma doença


caracterizada por glicemia elevada e insulina inadequada ou ineficaz. A informação é uma
ferramenta essencial para promoção à saúde. Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta
o fator de risco que não está relacionado ao Diabetes mellitus.
(A) Hipotensão arterial.
(B) Histórico familiar.
(C) Sedentarismo.
(D) Macrossomia ou histórico de abortos.
(E) Uso de medicações hiperglicemiantes.
COMENTÁRIOS31:

30 Brasil, 2013-B, p. 31, disponível em: http://goo.gl/506DyP.


31
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias
para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos
de Atenção Básica, n. 36)

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A probabilidade de um indivíduo apresentar diabetes ou um estado intermediário de


glicemia vai depender da presença de fatores de risco. De acordo com Associação Americana
de Diabetes o publico alvo para o rastreamento do diabetes corresponde aos que apresentam
os fatores de risco mencionados na tabela abaixo.

Tabela 1: Critérios para rastreamento do diabetes em adultos assintomáticos.


Excesso de peso (IMC > 25 kg/m²) e um dos seguintes fatores de risco:
 Historia de pai ou mãe com diabetes;
 Hipertensão arterial (>140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos em adultos);
 História de diabetes gestacional (diabetes na gestação pode provocar o aborto) ou de recém-
nascido com mais de 4 kg (macrossomia);
 Dislipidemia: hipertrigliceridemia (>250 mg/dL) ou HDL-C baixo (<35 mg/dL);
 Exame prévio de HbA1c ≥5,7%, tolerância diminuída à glicose ou glicemia de jejum alterada;
 Obesidade severa, acanthosis nigricans;
 Síndrome de ovários policísticos;
 História de doença cardiovascular;
 Inatividade física;
Ou
Idade ≥ 45 anos
Ou
Risco cardiovascular moderado

É considerado também um fator de risco o uso prolongado de hiperglicemiantes.


Sendo assim, a única alternativa que não condiz com um fator de risco é a letra A.

61. (Prefeitura do Paulista– PE/UPE/2014/JM) O Técnico de Enfermagem recebe um


paciente em uma unidade de assistência à saúde com infecção urinária e história de Diabetes
mellitus. Para avaliar a disfunção metabólica desse paciente qual composto bioquímico deve
avaliar?
A) Glicose.
B) Creatinina.
C) Trigliceróis.
D) HDL colesterol.
E) Colesterol.

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COMENTÁRIOS32:
O Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por níveis aumentados de
GLICOSE no sangue (hiperglicemia) resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da
insulina ou ambas. Os sintomas clássicos incluem poliúria, polidipsia e polifagia
Portanto, a alternativa correta é a letra A.

62. (HUB/EBSERH/IBFC/2013/JM) O pé diabético merece toda atenção médica e de


enfermagem, pois devido à insensibilidade e à dificuldade circulatória, as lesões podem
progredir evoluindo para necrose, amputação do membro, artropatia de joelhos e tornozelos,
levando ao edema e deformidade.
Considerando os principais cuidados de enfermagem com o pé diabético, assinale a
alternativa incorreta.
a) Utilizar sapatos, fechados e com palmilhas especiais (macias e com bico largo).
b) Higienizar os pés diariamente com água morna e sabão neutro, aproveitando a
oportunidade para massageá-Ios e examiná-Ios minuciosamente, observando rachaduras,
bolhas e mudanças na coloração da pele.
c) Cortar as unhas em forma arredondada, buscando extrair todas as cutículas e cantos das
unhas.
d) Secar os pés adequadamente com atenção nos espaços interdigitais.
COMENTÁRIOS33:
As ulceras de pés (pé diabético) e a amputação de extremidades estão entre as
complicações crônicas do diabetes mellitus (DM) mais graves e de maior impacto
socioeconômico.
As úlceras podem ter um componente isquêmico, neuropático ou misto.

32Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado
da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36)
33
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias
para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus – Caderno de Atenção Básica nº 36/ Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde,
2013.

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Pé isquêmico: caracteriza-se por dor em repouso que piora com exercício ou elevação
do membro inferior. Ao exame físico o pé se apresenta frio, com ausência dos pulsos tibial
posterior e pedioso dorsal.
Neuropatia diabética: é a complicação mais comum do diabetes e compreende um
conjunto de síndromes clinicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e
autonômico de forma isolada ou difusa.. Ao exame físico o pé pode se apresentar com
temperatura elevada por aumento do fluxo sanguíneo, mas o achado mais importante é a
diminuição da sensibilidade. Além disso, é possível observar atrofia da musculatura
interóssea, aumento do arco plantar, dedos em “garra” e calos em áreas de aumento de
pressão.

Figura 5: Neuropatia diabética.

Fonte: Google imagens.

Por todos os motivos apresentados a cima, é importante a abordagem educativa de


pessoas com DM para prevenção de ulcerações nos pés e para estabelecer cuidado diário
adequado dos membros inferiores.
Os cuidados estão listados no quadro abaixo:

Abordar:
– Cuidados pessoais e orientação para o autoexame do pé;
– Exame diário do pé para identificação de modificações (mudança de cor, edema,
dor, parestesias, rachaduras na pele);
– Sapatos (reforçar importância do sapato adequado, que deve se adaptar ao pé,
evitar pressão em áreas de apoio ou extremidades ósseas);
– Higiene (lavar e secar cuidadosamente, especialmente nos espaços interdigitais) e
A) Todas as pessoas com DM hidratação diária dos pés com cremes (especialmente se possui pele seca);
e baixo risco de desenvolver – Cuidados com as unhas e os riscos associados com a remoção de pele e cutículas;
úlceras. – Cuidado com traumas externos (animais, pregos, pedras nos sapatos etc.);

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– Orientar a procurar um profissional de Saúde se perceber alteração de cor, edema


ou rachaduras na pele, dor ou perda de sensibilidade.
Abordar, além dos pontos listados no item (A), os seguintes:
B) Pessoas com DM e alto – Evitar caminhar descalço;
risco de desenvolver úlceras – Procurar ajuda profissional para manejo de calos, ceratose e ruptura de
nos pés. continuidade da pele;
– Não utilizar produtos para calos e unhas sem a orientação de um profissional de
Saúde;
– Lembrar o potencial de queimadura dos pés dormentes, portanto sempre verificar
a temperatura da água em banhos, evitar aquecedores dos pés (bolsa-d’água quente,
cobertores elétricos, fogueiras ou lareiras);
– Não utilizar sapatos novos por períodos prolongados e amaciar os sapatos novos
com uso por pequenos períodos de tempo antes de utilizá-lo rotineiramente;
– Usar protetor solar nos pés;
– Recomendações para situações especiais (feriados, passeios longos, ocasiões
sociais como casamentos e formaturas) e inclusão na programação de períodos de
repouso para os pés.
Abordar, além dos itens (A) e (B), também os seguintes:
– Lembrar que infecções podem ocorrer e progredir rapidamente;
– A detecção e o tratamento precoce de lesões aumentam as chances de um bom
desfecho;
– Repouso apropriado do pé/perna doente é fundamental no processo de cura;
– Sinais e sintomas que devem ser observados e comunicados aos profissionais de
C) Pessoas com DM e Saúde envolvidos no cuidado da pessoa: alterações no tamanho da ulceração e cor
presença de úlceras da pele (vermelhidão) ao redor da úlcera; marcas azuladas tipo hematomas e/ou
(Categoria 3) escurecimento da pele, observar tipo de secreção (purulenta ou úmida onde antes
era seca), surgimento de novas ulceras ou bolhas nos pés;
– Se dor (úlcera fica dolorosa ou desconfortável ou pé lateja) retornar à UBS;
– Procurar a UBS imediatamente se perceber mudança no odor dos pés ou da lesão
ou se ocorrer edema e/ou sensação de mal-estar (febre, sintomas tipo resfriado, ou
sintomas do diabetes mal controlado).

Como demostrado no quadro acima a alternativa INCORRETA é:

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Alternativa (c): Cortar as unhas em forma arredondada, buscando extrair todas as


cutículas e cantos das unhas não é uma recomendação, pois esse procedimento pode
ocasionar alguma lesão.
Gabarito letra C.

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Tuberculose

Meus amigos, em praticamente toda prova de concurso de enfermagem é abordada


uma questão sobre a Tuberculose. Devido à importância deste assunto, vamos nos debruçar
sobre ele de forma aprofundada.

63. (UFRJ-RJ/2013/RP) De acordo com Cadernos de Atenção Básica - nº 21 (MS, 2008) a


tuberculose pulmonar é definida como positiva quando o paciente apresentar:
a) uma baciloscopia direta negativa e imagem radiológica sugestiva de tuberculose.
b) uma baciloscopia direta positiva e cultura negativa.
c) uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose.
d) uma baciloscopia direta negativa e cultura positiva.
e) duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura negativa.
COMENTÁRIOS:
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o
Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de koch (bk). O termo
tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos.

A tuberculose pulmonar é definida como positiva quando o paciente apresentar:

• Duas baciloscopias diretas positivas, ou;


I
• Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva, ou;
II
• Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva
III de tuberculose, ou;

• Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura positiva.


IV

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra C.

69. (Assembleia Legislativa do Amazonas-AM/2013/FGV/RP) A prova tuberculínica é


indicada como método auxiliar no diagnóstico da tuberculose e sua leitura deve ser realizada

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entre 72 e 96 horas após a aplicação, medindo–se com régua milimetrada o maior diâmetro
transverso da área de endurecimento palpável. No que se refere ao resultado, registrado em
milímetros, analise as afirmativas abaixo:

I. 0 a 4 mm - não reator - indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou com


hipersensibilidade reduzida.

II. 5 a 9 mm - reator fraco - indivíduo infectado pelo M. tuberculosis ou por outras


microbactérias.

III. 10 mm ou mais - reator forte - indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, que pode estar ou
não doente, e indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos.
Assinale:
Se somente a afirmativa I estiver correta
a) Se somente a afirmativa II estiver correta
b) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas
c) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas
d) Se todas as afirmativas estiverem corretas

COMENTÁRIOS:

A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado


proteico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É
utilizada, em adultos e crianças, para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis
(ILTB). Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o
diagnóstico da tuberculose (TB).
De acordo com Manual de Tuberculose do Ministério da Saúde34 (2011), o resultado
da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação isolada da PT, em não reator,
reator fraco e reator forte, não está mais recomendada, pois a interpretação do teste e seus
valores de corte podem variar de acordo com a população e o risco de adoecimento.
Vejam que a questão de 2013 da FGV está desatualizada. Levando em consideração as
regras antigas, todos os itens estão corretos e o gabarito é a letra E.

34 Disponível em: http://goo.gl/6lSCkB.

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64. (HGA-SP/CETRO/2013/RP) A prova tuberculínica cutânea está indicada como método


auxiliar, no diagnóstico da tuberculose, em pessoas não vacinadas com BCG. Sobre o
assunto, assinale a alternativa correta.
a) A prova tuberculínica cutânea tem por base a reação celular desenvolvida após a
inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis, e o resultado positivo
evidencia o estadiamento da doença.
b) No Brasil, a tuberculina utilizada é o PPD RT23, aplicada por via intradérmica, no terço
médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 1ml, equivalente a 2UT (Unidades
de Tuberculina).
c) A tuberculina deve ser conservada entre 2°C e 8°C, entretanto, mantém-se ativa após
congelada.
d) A leitura da prova tuberculínica é realizada entre 36 a 48 horas após a aplicação,
medindose com régua milimetrada o maior diâmetro transverso da área de endurecimento
palpável.
e) Um indivíduo que apresenta prova tuberculínica de 8mm é classificado como reator fraco,
significando que este indivíduo foi vacinado com BCG ou infectado pelo M. tuberculosis ou
por outras micobactérias.
COMENTÁRIOS:
Item A. Incorreto. Item desconexo.
Item B. Incorreto. No Brasil, a tuberculina utilizada é o PPD RT23, aplicada por via
intradérmica, no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml,
equivalente a 2UT (Unidades de Tuberculina).

Item C. Incorreto. A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura entre


2ºC e 8ºC e não deve ser exposta a luz solar direta. A técnica de aplicação, de leitura e o
material utilizado são padronizados pela OMS. Portanto, não dever ser congelada
para não perder sua eficácia e características.

Item D. Incorreto. A aplicação e a leitura da prova tuberculínica devem ser realizadas


por profissionais treinados. Ainda assim entre leitores experientes pode haver divergências.
A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendido para
96 horas, caso o paciente falte à leitura na data agendada.

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O maior diâmetro transverso da área do endurado palpável deve ser medido com régua
milimetrada transparente e o resultado, registrado em milímetros.

Item E. Correto. O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação


isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais recomendada, pois a
interpretação do teste e seus valores de corte podem variar de acordo com a população e o
risco de adoecimento.

Todavia, as bancas ainda estão explorando essa classificação em provas recentes. Por
isso, temos que compreendê-la.

De acordo com a regra antiga, no que se refere ao resultado da prova tuberculínica (PT),
registrado em milímetros, temos a seguinte classificação:

0 a 4 mm - não • indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis


reator ou com hipersensibilidade reduzida.

5 a 9 mm - reator • indivíduo infectado pelo M. tuberculosis ou


fraco por outras microbactérias.

10 mm ou mais – • indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, que


pode estar ou não doente, e indivíduos
Reator forte vacinados com BCG nos últimos dois anos.

Portanto, um indivíduo que apresenta prova tuberculínica de 8mm é classificado como


reator fraco, significando que este indivíduo foi vacinado com BCG ou infectado pelo M.
tuberculosis ou por outras micobactérias.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra E.

65. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013/RP) Assinale a alternativa que apresenta os


medicamentos que devem ser ministrados no esquema básico I, indicado nos casos novos de
todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar.

a) Rifampicina, pirazinamida e etambutol.

b) Rifampicina, isoniazida e etambutol.


c) Rifampicina, isoniazida e pirazinamida.

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d) Rifampicina, etambutol e estreplomicina.


e) Pirazinamida e isoniazida.
COMENTÁRIOS:
Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu
comitê técnico assessor, reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Com base nos
resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos Medicamentos antiTB,
que mostrou aumento da resistência primaria a isoniazida (de 4,4% para 6,0%), introduz o
etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros
meses) do esquema básico.

Esquema Básico do Tratamento da Tuberculose:

tratamento atual
tratamento antigo
Inserido em 2009: 2 meses:
2 meses:
o etambutol como R Rifampicina
R Rifampicina
quarto fármaco na H Isoniazida
H Isoniazida
fase intensiva de Z Pirazinamida
Z Pirazinamida
tratamento E Etambutol
4 meses:
(2 primeiros 4 meses:
R Rifampicina
meses). R Rifampicina
H Isoniazida
H Isoniazida

A apresentação farmacológica da fase intensiva (dois primeiros meses) passa a ser em


comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (R - Rifampicina, H -
Isoniazida, Z - Pirazinamida, E - Etambutol), na seguinte dosagem: R 150mg, H 75mg, Z
400mg e E 275mg.

A segunda etapa do esquema básico do tratamento da tuberculose


(4 meses) continua sendo composta de comprimidos de doses fixas pela
administração da Rifampicina e Isoniazida (RH). Todavia, esses
medicamentos passaram ser administrados em associação na seguinte
dosagem: R 300mg e H 200mg ou R 150mg e H 100mg.

Atenção! Na fase intensiva de tratamento da doença (dois primeiros meses),

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o esquema básico é composto por apenas um comprimido com a associação


dos 4 medicamentos na seguinte dosagem: R 150mg, H 75mg, Z 400mg e E
275mg.

Esquema Básico para o Tratamento da TB em Adultos e Adolescentes


Regime Fármacos Faixa de peso Unidade/dose Meses
R 150mg, H 75mg, Z 20kg a 35kg 2 comprimidos
Fase intensiva 400mg e E 275mg
2 RHZE 36kg a 50kg 3 comprimidos 2
comprimido em dose fixa
combinada. > 50kg 4 comprimidos
1 comprimido ou cápsula R
20 a 35kg
300, H 200mg
1 comprimido ou cápsula
Fase de
R 300mg, H 200mg ou R R 300, H 200mg + 1
manutenção 36kg a 50kg 4
150mg, H 100mg. comprimido ou cápsulas R
4 RH
150, H 100mg
2 comprimidos ou cápsulas
> 50kg R 300, H 200mg

Vejamos alguns exemplos para fixarmos o assunto, que é recorrente em provas de


concurso:

Ex.: 1 - Um portador de TB com 30 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros
dois meses, uma dose diária de 2 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do
tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 1 comprimido ou cápsula da
associação de RH (R 300 e H 200mg).

Ex.: 2 - Um portador de TB com 40 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros
dois meses, uma dose diária de 3 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do
tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 2 comprimidos ou cápsulas da
associação de RH na seguinte proporção (1 comprimido ou cápsula de R 300 e H 200mg + 1
comprimido ou cápsula de R 150 e H 100mg).

Ex.: 3 - Um portador de TB com 85 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros
dois meses, uma dose diária de 4 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do
tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 2 comprimidos ou cápsulas da
associação de RH na seguinte proporção (2 comprimidos ou cápsulas de R 300 e H 200mg).

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Essa recomendação e a apresentação farmacológica são as preconizadas pela


Organização Mundial da Saúde e utilizadas na maioria dos países, para adultos e adolescentes.

Mas, o esquema básico de tratamento da tuberculose (2RHZ/4RH) é


indicado
• c para quais grupos?
asos novos adultos e adolescentes (> 10 anos), de todas as formas de tuberculose
pulmonar e extrapulmonar (exceto a forma meningoencefalica), infectados ou não por
HIV; e

• retratamento: recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episodio)


ou retorno após abandono com doença ativa em adultos e adolescentes (> 10 anos), exceto
a forma meningoencefalica.

Gravem isso: Em todos os esquemas de tratamento da tuberculose, a medicação é de


uso diário e deverá ser administrada em uma única tomada.

Dito isto, vamos resolver a questão em tela. Fiquei muito decepcionado com o IADES,
pois essa questão, apesar de ser de 2013, explora o tratamento da TB antigo (anterior a 2009).

O gabarito apontado pela banca foi a letra C. Todavia, as alternativas A e B também


estão corretas, já que o etambutol foi inserido no esquema básico de tratamento da TB em
2009. Ademais, a letra E também não se encontra errada. O maior absurdo foi o fato dessa
questão não ter sido anulada. Que vergonha, "senhor IADES"!

66. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) Considerando que a Tuberculose é


um problema de saúde prioritário no Brasil, é correto afirmar:

a) O agravo atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos
economicamente ativos (15 a 54 anos) e do sexo masculino.

b) A prova tuberculínica quando positiva, isoladamente, indica a presença de infecção, sendo


suficiente para o diagnóstico da Tuberculose doença.

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c) Para adultos e adolescentes (> 10 anos de idade) recomenda-se a utilização de 3 fármacos


na primeira fase, ou seja, Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida e 2 fármacos na segunda
fase, ou seja, Rifampicina e Pirazinamida.

d) A Tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, por meio do ar.


Recomenda-se a adoção de precauções para transmissão por gotículas para o portador dessa
doença.

COMENTÁRIOS:
Em relação à Tuberculose, vamos analisar os itens da questão:
Item A. Correto. O agravo atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos
indivíduos economicamente ativos (15 a 54 anos) e do sexo masculino.

Item B. Incorreto. A prova tuberculínica quando positiva, isoladamente, indica a


presença de infecção, mas não é suficiente para o diagnóstico da Tuberculose, já que muitas
pessoas com prova tuberculínica positiva podem não desenvolver a doença.

Item C. Incorreto. Para adultos e adolescentes (> 10 anos de idade) recomenda-se a


utilização de 4 fármacos na primeira fase (durante 2 meses), ou seja, Rifampicina, Isoniazida,

Pirazinamida e Etambutol e 2 fármacos na segunda fase (durante 2 meses), ou seja,

Rifampicina e Isoniazida (2RHZE/4RH).

Item D. Incorreto. A Tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, por


meio do ar. Recomenda-se a adoção de precauções para transmissão por aerosóis para o
portador dessa doença.

Deste modo, o gabarito é a letra A.

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67. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) Leia o texto e as


afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que contém a resposta correta. “Na
detecção de casos de tuberculose considera-se ideal: quanto maior o número de Unidades
Básicas de Saúde (UBS) e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle da
tuberculose, mais abrangente será a busca, maior será a detecção de casos, mais rápido o
início do tratamento e mais eficiente a supervisão do tratamento, o que favorece a cura e a
quebra da cadeia de transmissão”. A busca ativa de casos deve ser feita principalmente entre:
I - Sintomas respiratórios, isto é, portadores de tosse com expectoração há pelo menos três
semanas.
II - Usuários de drogas e moradores de rua.
III - Portadores que apresentam sintomatologia compatível com tuberculose: além da tosse
com expectoração, febre matutina, ganho de peso, escarro sanguíneo e/ou dor abdominal.
IV - Imunodeprimidos por infecções, como o HIV.
V - Trabalhadores da área de saúde.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
c) Apenas a afirmativa III está incorreta.
d) Apenas as afirmativas I e V estão incorretas.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Ministério da Saúde, quanto maior o número de Unidades Básicas de
Saúde (UBS) e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle da tuberculose,
mais abrangente será a busca, maior será a detecção de casos, mais rápido o início do
tratamento e mais eficiente a supervisão do tratamento, o que favorece a cura e a quebra da
cadeia de transmissão. A busca de casos deve ser feita principalmente entre:
• Sintomáticos respiratórios, isto é, portadores de tosse com expectoração
há pelo menos três semanas.

• Portadores que apresentem sintomatologia compatível com tuberculose:


além da tosse com expectoração, febre vespertina, suores noturnos,

perda de peso, escarro sanguíneo (hemoptóico) e/ou dor torácica.


• Pacientes com história de tratamento anterior para tuberculose;

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• Contatos de casos de tuberculose (pessoas parentes ou não que


coabitam com um paciente de tuberculose);

• Populações de risco: pessoas privadas de liberdade, asilos, instituições


psiquiátricas, abrigos;
• Portadores de doenças debilitantes (diabetes, neoplasias);
• Imunodeprimidos por uso de medicamentos;
• Imunodeprimidos por infecções, como o HIV;
• Usuários de drogas;
• Moradores de rua;
• Trabalhadores da área de saúde.
A partir do exposto, verificamos que apenas o item III está incorreto. É obvio que o
portador de tuberculose apresenta emagrecimento, febre vespertina e dor torácica.
Assim, o gabarito é a letra C.

68. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) Leia o texto e as


afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que contém a resposta correta.
“A infecção por Tuberculose pode ocorrer em qualquer idade, mas no Brasil, geralmente
acontece na infância. Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se infectam,
assim como nem todas as pessoas infectadas desenvolvem a doença”. A probabilidade de que
a Tuberculose seja transmitida depende de alguns fatores:
I - O potencial de contágio do caso índice: o doente bacilífero, isto é, com baciloscopia direta
positiva, é a principal fonte de infecção.
II - A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de ambiente em que
a exposição ocorreu: ambientes abertos, escuros e com bastante ventilação.
III - Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente.
IV - A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos.
a) Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.
b) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
COMENTÁRIOS:

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Meus amigos, as questões da CAIPIMES são bem previsíveis. Não há necessidade de


vocês decorarem todo o assunto, pois a compreensão dos temas é suficiente para acertarmos
as questões, utilizando sempre o critério da eliminação dos itens evidentemente falsos e o bom
senso.
Não precisa ser nenhum especialista em vigilância em saúde para saber que ambientes
abertos e com bastante ventilação não são fatores predisponentes para a transmissão de
tuberculose. Pelo contrário, esses fatores diminuem a quantidade de bacilo da TB no
ambiente, reduzindo a transmissão da doença.
Na verdade, são fatores que aumentam a probabilidade da transmissão da tuberculose:
• O potencial de contágio do caso índice: o doente bacilífero, isto é, com baciloscopia
direta positiva, é a principal fonte de infecção.
• A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de ambiente em
que a exposição ocorreu: ambientes fechados, escuros e com pouca ventilação.
• Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente.
• A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos.
De cara, eliminamos as alternativas B, C e D, pois o item II está incorreto. Logo, o gabarito
da questão só pode ser a letra A.

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Hanseníase

Passemos agora ao estudo a Hanseníase, que também é "queridinha" das bancas de


concursos.

69. (Prefeitura de Estância Hidromineral de Poá-SP/VUNESP/2013/RP) Assinale a


alternativa correta no que diz respeito à hanseníase.

a) A gravidez e o aleitamento contraindicam o tratamento poliquimioterápico (PQT) para a


doença.
b) O paciente de hanseníase deverá ser agendado para a tomada da dose supervisionada a cada
sete dias.
c) Entre os principais sinais e sintomas da doença pode ser citada a diminuição ou queda de
pelos, localizada ou difusa, especialmente em sobrancelhas.
d) Deve ser considerado como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou
tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos seis meses.
e) Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada por mais de 60 dias deverão ser
visitados em seus domicílios para pesquisar e intervir nas possíveis causas de falta e orientá-
los
COMENTÁRIOS:
Item A. Incorreto. A gravidez e o aleitamento não contraindicam o tratamento
poliquimioterápico (PQT) para a hanseníase.
Item B. Incorreto. O paciente de hanseníase deverá ser agendado para a tomada da dose
supervisionada a cada 30 dias.
Item C. Correto. Entre os principais sinais e sintomas da doença pode ser citada a
diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente em sobrancelhas.
Item D. Incorreto. A investigação epidemiológica de contato tem por finalidade a
descoberta de casos entre os contatos intradomiciliares.
Para fins operacionais considera-se contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que
resida ou tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos cinco anos, e não seis
meses.

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A investigação consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos


intradomiciliares dos casos detectados. Deverá ser feita a orientação quanto ao período de
incubação, transmissão, sinais e sintomas precoces da hanseníase. Deve-se ter especial
atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, já que esta situação de
adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa que deve ser controlada.

Após a avaliação, se o contato for considerado indene (não doente), avaliar cicatriz
vacinal de BCG e seguir a recomendação às novas condutas preconizadas, que não mais deve
fazer aprazamento do contato para a segunda dose.

Avaliação da cicatriz vacinal de BCG em Orientação


contato intradomiciliar
Sem cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID
Com uma cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID
Com duas cicatrizes de BCG Não prescrever nenhuma dose de BCG

Item E. Incorreto. Em relação ao seguimento dos portadores de hanseníase, os pacientes


devem ser agendados de rotina a cada 28 dias para receberem, além das orientações e
avaliações, a administração da dose supervisionada e nova cartela com os medicamentos para
doses auto-administradas no domicilio. Nessa consulta, deve-se orientar o paciente sobre a
importância do exame dos contatos; convocá-los, agendá-los e proceder conforme disposições
da investigação de contatos intra-domiciliares.

Os procedimentos devem ser registrados em prontuários e formulários específicos. No


ato do comparecimento à unidade de saúde para receber a medicação específica preconizada,
supervisionada, o paciente deve ser submetido à revisão sistemática por médico e ou
enfermeiro responsáveis pelo monitoramento clínico e terapêutico, objetivando identificação
de estados reacionais, efeitos colaterais ou adversos aos medicamentos em uso e surgimento
de dano neural.
Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada por mais de 30 dias deverão
ser visitados em seus domicílios para pesquisar e intervir nas possíveis causas de falta e
orientá-los.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra C.

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70. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO/RP) O exame neurológico na hanseníase é


de extrema importância e compreende inspeção, palpação/percussão, avaliação funcional
(sensibilidade, força muscular) dos nervos. A partir dele, podemos classificar o grau de
incapacidade física. O exame deve ser feito na sequência crânio-caudal, isso ajuda o
profissional a sistematizar uma rotina de exame e registro. Sobre esse exame neurológico
avalie as afirmativas a seguir:

I. Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase são: Face – Trigêmeo


e Facial: podem causar alterações na face, nos olhos e no nariz; Radial, e Mediano: podem
causar alterações nos braços e nas mãos; Ulnar e Tibial: podem causar alterações nas pernas e
nos pés.

II. A avaliação neurológica deverá ser realizada: no inicio do tratamento; mensalmente,


quando possível, ou no mínimo de seis em seis meses; com maior frequência durante neurites
e reações, ou quando houver suspeita dessas, durante ou após o tratamento; na apresentação
de queixas; no ato da alta.

III. A avaliação neurológica inclui: história; ocupação e a Atividades diárias; queixas do


paciente; inspeção; palpação dos nervos; teste de força muscular; teste de sensibilidade.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas;

b) I e II, apenas;
c) I e III, apenas;
d) II e III, apenas;
e) I, II e III.
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar cada item para melhor entendimento da questão:
Item I. Incorreto. Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase
são:

• Face – Trigêmeo e Facial: podem causar alterações na face, nos olhos e


no nariz.

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• Braços – Radial, Ulnar e Mediano: podem causar alterações nos braços


e nas mãos.

• Pernas – Fibular e Tibial: podem causar alterações nas pernas e nos


pés.
Vejam que o nervo ulnar está relacionado às alterações nos braços e nas mãos, e não nas
pernas e nos pés.

Item II. Correto. A avaliação neurológica deverá ser realizada:

• No inicio do tratamento;
• Mensalmente, quando possível, ou no mínimo de seis em seis meses;
• Com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver
suspeita destas, durante ou após o tratamento;

• Na apresentação de queixas;
• No ato da alta;
Item III. Correto. A avaliação neurológica inclui:
• História;
• Ocupação e atividades diárias;
• Queixas do paciente;
• Inspeção;
• Palpação dos nervos;
• Teste de força muscular;
• Teste de sensibilidade.
Nesses termos, o gabarito é a letra D.

71. (Prefeitura do Rio-RJ/2013/IABAS-BIORIO/RP) Assinale a alternativa que relaciona


de maneira correta a Classificação do Grau de Incapacidade da hanseníase.
a) Grau 2 - Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos;
b) Grau 2 - Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e/ou pés (não sente 2g ou toque da
caneta);

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c) Grau 2 - Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade
visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m;
d) Grau 1 - Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída.
e) Grau 1 - Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do
tornozelo.
COMENTÁRIOS:
Vamos ver quais são os graus de incapacidade da hanseníase:

GRAU CARACTERÍSTICAS
0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase.
1 Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos.
Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e/ou pés. (não sente 2g ou toque
da caneta)
2 Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade
visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m.
Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída. Pés:
lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do
tornozelo.
Isto posto, vamos resolver a questão:
Item A. Incorreto. Grau 1 - Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos;

Item B. Incorreto. Grau 1 - Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e /ou pés
(não sente 2g ou toque da caneta);
Item C. Correto. Grau 2 - Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade
corneana central; acuidade visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m;
Item D. Incorreto. Grau 2 - Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras;
reabsorção; mão caída.
Item E. Incorreto. Grau 2 - Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé
caído; contratura do tornozelo.
O gabarito, portanto, é a letra C.

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72. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013/RP) As formas de manifestação clínica da hanseníase


são quatro: indeterminada, tuberculoide, virchowiana e dimorfa. Assinale a alternativa que
caracteriza corretamente a forma virchowiana da doença.

a) Caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrônicas),


únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade.
b) Caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões de pele, que podem ser
eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de distribuição simétrica.
c) Caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas,
eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definida.
d) Clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma
indeterminada. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum
bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos.
e) Caracteriza-se por lesões bem delimitadas hipercoradas, geralmente localizadas nas
extremidades.
COMENTÁRIOS:
Vamos estudar no quadro abaixo as 4 formas de manifestação clínica da hanseníase,
conforme o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, 7ª edição35:

Classificação das Formas Clínicas da Hanseníase


Formas Características Baciloscópicas Classificação operacional
clínicas vigente para a rede
pública

Áreas de hipo ou anestesia, parestesias,


manchas hipocrômicas e/ou
Indeterminada eritemohipocrômicas, com ou sem diminuição
(HI) Negativa
da sudorese e rarefação de pêlos. Paucibacilar (PB)

Tuberculóide Placas eritematosas, eritemato-hipocrômicas, Negativa


até 5 lesões de pele bem delimitadas, hipo ou
(HT)
anestésicas, podendo ocorrer
comprometimento de nervos.

35 Disponível em: http://goo.gl/A6OmuL.

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Dimorfa Lesões pré-foveolares (eritematosas planas Positiva (bacilos e Multibacilar (MB)


com o centro claro). Lesões foveolares globias ou com mais de 5 lesões
(HD)
(eritematopigmentares de tonalidade raros bacilos) ou
ferruginosa ou pardacenta), apresentando negativa.
alterações de sensibilidade.

Eritema e infiltração difusos, Positiva (bacilos


placas abundantes e
globias).
eritematosas de pele, infiltradas e de bordas
mal definidas, tubérculos e nódulos,
Virchowiana madarose, lesões das mucosas, com alteração
(HV) de sensibilidade.

Passemos agora par análise das alternativas:


Item A. Forma indeterminada – caracteriza-se clinicamente por manchas
esbranquiçadas na pele (manchas hipocrônicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e
com alteração de sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com
preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de troncos nervosos
e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades. A
baciloscopia de raspado intradérmico é quase sempre negativa.

Item B. Forma virchoviana – caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões


de pele que podem ser eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de
distribuição simétrica. Nos locais em que a infiltração for mais acentuada podem se formar
pápulas, tubérculos, nódulos e placas chamadas genericamente de hansenomas. Pode haver
infiltração difusa da face e de pavilhões auriculares com perda de cílios e supercílios. Esta
forma constitui uma doença sistêmica com manifestações viscerais importantes,
especialmente nos episódios reacionais, onde olhos, testículos e rins, entre outras estruturas,
podem ser afetados. Existem alterações de sensibilidade das lesões de pele e acometimento
dos troncos nervosos, porém, não tão precoces e marcantes como na forma tuberculóide. A
baciloscopia de raspado intradérmico é positiva com grande número de bacilos.
Item C. Forma tuberculóide – caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele,
com bordas bem delimitadas, eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem
definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As
lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também ocorrer cura espontânea.
O comprometimento de troncos nervosos ocorre, geralmente, de forma assimétrica, sendo,

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algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. A baciloscopia de raspado


intradérmico é negativa.

Item D. Forma dimorfa - clinicamente oscila entre as manifestações da forma


tuberculóide e as da forma virchoviana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com
pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma
mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento
neurológico troncular e os episódios reacionais são frequentes, podendo esses pacientes
desenvolver incapacidades e deformidades físicas. A baciloscopia de raspado intradérmico
pode ser positiva ou negativa.

Item E. Não descreveu uma forma clínica da hanseníase.


A partir do exposto, o gabarito é a letra B.

73. (ILSL-BAURU-SP/IBFC/2012/RP) Geralmente a Hanseníase manifesta-se por meio de


lesões de pele com diminuição ou ausência de sensibilidade ou lesões dormentes, em
decorrência do acometimento dos ramos periféricos cutâneos. Correlacione as lesões com as
respectivas características, enumerando-as de cima para baixo, e a seguir assinale a sequência
correta:
(1) Manchas esbranquiçadas ou ( ) alteração na espessura da pele, de forma difusa.
avermelhadas ( ) alteração na cor da pele, sem relevo.

(2) Pápulas Infiltrações ( ) lesão sólida, elevada (caroços externos).


( ) lesão sólida, com elevação superficial e
(3) (3) Tubérculos
circunscrita.
(4) (4) Nódulos
( ) lesão sólida, mais palpável que visível (caroços
internos).

a) 1,2,3,4,5.
b) 1,2,5,4,3.
c) 4,1,5,2,3.
d) 3,1,4,2,5.
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer as devidas associações:

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3 - Infiltrações - alteração na espessura da pele, de forma difusa.


1 - Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas - alteração na cor da pele, sem relevo.
4 - Tubérculos - lesão sólida, elevada (caroços externos).
2 - Pápulas - lesão sólida, com elevação superficial e circunscrita.
5 - Nódulos - lesão sólida, mais palpável que visível (caroços internos).
Para visualização de imagens dessas lesões e aprofundamento do assunto, acessem o
Caderno de Atenção Básica nº 21 – Vigilância em Saúde36.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

74. (HU-UNB-DF/IBFC/2013/RP) A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de


evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatológicos e
neurológicos. Considerando os sinais e sintomas dermatológicos mais comuns e suas
características, correlacione as colunas, enumerando-as de cima para baixo, e a seguir assinale
a alternativa correta.

(1) Mancha pigmentar ou ( ) aumento da espessura e consistência da


discrômica. pele, com menor evidência dos sulcos, limites
imprecisos, acompanhando-se às vezes, de
eritema discreto. Pela vitropressão, surge
fundo de cor café com leite.
(2) Placa ( ) lesão sólida, circunscrita, elevada ou não,
de 1 a 3 cm de tamanho. É processo
patológico que localiza-se na epiderme, derme
e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável
que visível.
(3) Infiltração ( ) é lesão que se estende em superfície por
vários centímetros. Pode ser individual ou
constituir aglomerado de lesões.
(4) Nódulo ( ) resulta da ausência, diminuição, ou
aumento de melanina ou depósito de outros
pigmentos ou substâncias na pele.
a) 3, 4, 2, 1.
b) 1, 2, 3, 4.
c) 4, 3, 2, 1.
d) 1, 2, 4, 3.

COMENTÁRIOS:
Vamos fazer as devidas associações:

36 Disponível em: http://goo.gl/fdO7ux.

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3 - Infiltração - aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos


sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se às vezes, de eritema discreto. Pela
vitropressão, surge fundo de cor café com leite;

4 - Nódulo - lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É


processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão
mais palpável que visível;

2 - Placa - é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser
individual ou constituir aglomerado de lesões;
1 - Mancha pigmentar ou discrômica - resulta da ausência, diminuição, ou aumento
de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.
Meus amigos, esse tipo de questão é resolvido mais facilmente por eliminação. Vejam
que a letra A é única em que o item 4 (nódulo) está na segunda coluna.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.

75. (Prefeitura de São Caetano do SUL-SP/CAIPIMES/2011/RP) A Hanseníase é uma


doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública, pois tem alto poder
incapacitante. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à
capacidade de penetração do Mycobacterium leprae na célula nervosa e seu poder
imunogênico. Sobre a classificação da doença Hanseníase é correto afirmar que:

a) Multibacilar (MB) – é quando o paciente apresenta menos de 5 lesões de pele e/ou apenas
um tronco nervoso acometido.

b) Paucibacilar (PB) – é quando o paciente apresenta mais de 5 lesões de pele e dois troncos
nervosos acometidos.

c) Paucibacilar (PB) – é quando o paciente apresenta menos de 5 lesões de pele e/ou apenas
um tronco nervoso acometido.

d) Multibacilar (MB) – é quando o paciente apresenta mais de 15 lesões de pele e apenas um


tronco nervoso acometido.

COMENTÁRIOS:

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De acordo com o Ministério da Saúde, visando o tratamento com o esquema PQT/OMS


(poliquimioterapia), a classificação operacional do caso de hanseníase é baseada no número
de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios:

• Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele;


• Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele.

Antigamente, a classificação proposta pelo Ministério da Saúde era a seguinte:


• Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele e ou apenas um tronco
nervoso acometido;

• Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele e ou mais de um


tronco nervoso acometido.

Independentemente da classificação, a única alternativa correta é a letra C.

76. (Prefeitura de Paulista-PE/IPAD/2013/RP) Sobre Hanseníase, é incorreto afirmar:


a) Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium
leprae;
b) O Reservatório é o homem, reconhecido como única fonte de infecção, embora tenham
sido identificados animais naturalmente infectados;
c) O bacilo causador tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta
infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade);
d) O principal modo de transmissão se dá pela via aérea superior, sendo o trato respiratório a
mais provável via de entrada do M. leprae no corpo;
e) O Ministério da Saúde recomenda o tratamento à base de Rifampicina e Cloroquina;
COMENTÁRIOS:
O tratamento da hanseníase é a Poliquimioterapia (PQT/OMS), sendo constituída por
rifampicina, dapsona e clofazimina acondicionados em quatro (quatro) tipos de cartelas,
com a composição de acordo com a classificação operacional de cada caso: Paucibacilar
Adulto, Paucibacilar Infantil, Multibacilar Adulto e Multibacilar Infantil.
O tratamento da hanseníase é ambulatorial, utilizando-se os esquemas terapêuticos
padronizados de acordo com a classificação operacional.

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Esquema terapêutico para casos PAUCIBACILARES: 6 cartelas


Adulto • Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300
mg) com administração supervisionada na unidade de saúde;
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na
unidade de saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada.
Criança • Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150
mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração supervisionada;
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada e dose
diária de 50 mg autoadministrada.
Duração: 6 doses.
Seguimento dos casos: comparecimento mensal na unidade de saúde para dose supervisionada.
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 6 doses supervisionadas em até 9 meses. Na 6ª dose,
os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do
grau de incapacidade física e receber alta por cura.

Passemos agora para o esquema terapêutico dos casos MULTIBACILARES (12


cartelas).
Esquema terapêutico para casos MULTIBACILARES: 12 cartelas
Adulto • Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de
300 mg) com administração supervisionada na unidade de saúde;
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na
unidade de saúde e dose diária de 100 mg autoadministrada;
• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de
100mg) com administração supervisionada na unidade de saúde e
uma dose diária de 50 mg autoadministrada.
Criança • Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de
150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com administração supervisionada
na unidade de saúde;
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada na
unidade de saúde e dose diária de 50 mg autoadministrada.
• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150 mg (3 cápsulas de
50 mg) com administração supervisionada na unidade de saúde e
uma dose de 50 mg autoadministrada em dias alternados.

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Duração: 12 doses.
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada.
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 meses. Na
12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica
simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura.
Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, com presença de lesões
ativas da doença, no final do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas) deverão ser
encaminhados para avaliação em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional)
para verificar a conduta mais adequada para o caso.

Dito isto, verificamos claramente que o gabarito da questão é a letra E.

77. (Prefeitura de Cachoeirinha-RS/Fundatec/2011/RP) Em relação à prevenção de


incapacidades e reabilitação da Hanseníase, uma das formas de medir a presença de
sensibilidade cutânea é a prática do teste de avaliação de sensibilidade com estensiômetro,
usando os monofilamentos de nylon, registrando o resultado e colorindo os pontos específicos
com a cor correspondente ao primeiro monofilamento que o paciente sentir. Quando se utiliza
o fio 4,0 g, que corresponde à perda da sensibilidade protetora na mão e, às vezes, no pé, bem
como à perda da discriminação de textura e da capacidade de discriminar formas e
temperatura, a cor utilizada é:
a) Vermelho circular.
b) Verde.
c) Violeta.
d) Vermelho fechado.
e) Preto.
COMENTÁRIOS:
Essa questão da Fundatec evidencia como a maioria das bancas da área da saúde
exploram questões decorebas. Tenho certeza que você não esquecerá jamais esse assunto, pois
aprenderá a partir da resolução de questão (isso ativa a área cerebral da atenção). A fixação será
maior do que a simples leitura do assunto no manual do Ministério da Saúde.

A técnica de avaliação da sensibilidade com estesiômetro é feita da seguinte forma:

• Antes de iniciar o teste, retire os monofilamentos do tubo e encaixe-os


cuidadosamente no furo lateral do cabo. Disponha-os em ordem crescente do mais fino
para o mais grosso;

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• Segure o cabo do instrumento de modo que o filamento de nylon fique


perpendicular à superfície da pele, a uma distância de aproximadamente dois cm. A
pressão na pele deve ser feita até obter a curvatura do filamento sem permitir que o
mesmo deslize sobre a pele (figura);

• O teste começa com o monofilamento mais fino - 0,05g (verde). Se o paciente


não sente o monofilamento, utilize o 0,2g (azul) e assim sucessivamente;

• Aplique os filamentos de 0,05g (verde) e 0,2 (azul) com três toques seguidos
sobre a pele testada; nos demais monofilamentos, teste somente com um toque;

• Repita o teste, em caso de dúvida;

• Aplique o teste nos pontos específicos correspondentes aos nervos da mão e


do pé.

Figura 1 - Conjunto de monofilamentos de Semmes-Weinstein


(Fonte: Ministério da Saúde, 2008).

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Vamos apresentar no quadro abaixo as características do uso do monofilamento na


avaliação da sensibilidade:

Conforme classificação da tabela acima, verificamos que o gabarito da questão só pode


ser a letra D.

78. (Prefeitura de Cuiabá – MT/ FUNCAB /2013/JM) A tuberculose é uma doença


transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, através do ar. A fala, o espirro e,
principalmente, a tosse de um doente de tuberculose pulmonar bacilífera lançam no ar
gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo. Após a infecção pelo, o
período de incubação da doença transcorre, em média, de:
A) 4 a 12 semanas.
B) 3 a 7 semanas.

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C) 6 meses após a infecção inicial.


D) 3 a 6 semanas.
E) 11 meses após a detecção de lesões primárias.
COMENTÁRIOS5:
A tuberculose é causada pelo M. tuberculosis, também conhecido como bacilo de
Koch (BK). O principal reservatório da doença é o homem. A transmissão se dá de pessoa a
pessoa, principalmente através do ar. Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem em
media, 4 a 12 semanas (período de incubação) para detecção das lesões primarias.
A transmissibilidade se dá enquanto o doente estiver eliminando bacilos e não houver
iniciado o tratamento. O tratamento da tuberculose deve ser feito em regime ambulatorial,
supervisionado, no serviço de saúde mais próximo a residência do doente. As principais
drogas utilizadas são: Isoniazida (H), Rifampicina (R), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E).
Esquema básico de tratamento do adulto.

Esquema para tratamento de tuberculose meningoencefálica para adultos e adolescentes


(a partir de 10 anos de idade).

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Gabarito letra A.

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Dengue
Meus amigos, vamos tratar agora de outro tema muito prevalente nas provas de
enfermagem.

79. (UFRJ-RJ/2013/RP) Assinale a alternativa que apresenta apenas os sinais de alarme do


quadro clínico da dengue:
a) dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; diminuição da diurese; cefaleia.
b) hipotensão postural e/ou lipotímia; hepatomegalia dolorosa; exantema.
c) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena); dor
retroorbitária.
d) aumento repentino do hematócrito; queda abrupta de plaquetas; desconforto respiratório,
diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia.
e) prostração, mialgias, artralgias, sonolência e/ou irritabilidade.
COMENTÁRIOS:
A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo
desde formas oligossintomaticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito.

Na apresentação clássica (dengue clássica), a primeira manifestação é a febre,


geralmente alta (39ºC a 40ºC), de início abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias,
artralgias, dor retro-orbitária (dor ao redor dos olhos). O exantema clássico, presente em
50% dos casos, e predominantemente do tipo máculo-papular, atingindo face, tronco e
membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e mãos, podendo apresentar-se sob
outras formas com ou sem prurido, frequentemente no desaparecimento da febre.

Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes. Segundo Brito (2007), a diarreia,
presente em 48% dos casos, habitualmente não e volumosa, cursando apenas com fezes
pastosas numa frequência de três a quatro evacuações por dia, o que facilita o diagnóstico
diferencial com gastroenterites de outras causas.

Para compreensão geral do assunto, vejamos abaixo as diferenças entre Dengue clássico
(DC), Febre hemorrágica da dengue (FHD) e Síndrome do choque da dengue (SCD):

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Dengue clássico (DC): a febre é o primeiro sintoma, sendo geralmente alta (39º a
40°C), com início abrupto, associada à cefaléia, prostação, mialgia, artralgia, dor
retroorbitária, exantema maculo papular e acompanhado ou não de prurido. Também pode
haver quadros diarréicos, vômitos, náuseas e anorexia. A doença tem duração média de 5 a 7
dias; o período de convalescença pode se estender de poucos dias a várias semanas,
dependendo do grau de debilidade física causada pela doença.

Febre hemorrágica da dengue (FHD): os sintomas iniciais da FHD são semelhantes


aos do DC, até o momento em que ocorre a defervescência da febre, o que ocorre geralmente
entre o 3° e o 7° dias de evolução da doença, com posterior agravamento do quadro,
aparecimento de manifestações hemorrágicas espontâneas ou provocadas, trombocitopenia
(plaquetas <100.000/mm3) e perda de plasma.

Síndrome do choque da dengue (SCD): nos casos graves de FHD, o choque ocorre
geralmente entre o 3° e o 7° dias de doença, frequentemente precedido por dor abdominal. O
choque ocorre devido ao aumento da permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração
e falência circulatória. A sua duração é curta e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou à
recuperação rápida frente terapia antichoque oportuna e apropriada. Caracteriza-se essa
síndrome por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial,
extremidades frias, pele pegajosa e agitação.

De acordo com o Ministério da Saúde, são sinais de alarme na dengue:

a) dor abdominal intensa e contínua;


b) vômitos persistentes;
c) hipotensão postural e/ou lipotímia;
d) hepatomegalia dolorosa;
e) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou
melena); f) sonolência e/ou irritabilidade;

g) diminuição da diurese;
h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;
i) aumento repentino do hematócrito;
j) queda abrupta de plaquetas;
k) desconforto respiratório.
Vamos às alternativas. Representam sinais de alarme para DENGUE:

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Item A. Incorreto. Dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; diminuição


da diurese, exceto a cefaleia que é um sinal clássico da doença.

Item B. Incorreto. Hipotensão postural e/ou lipotímia; hepatomegalia dolorosa; exceto

o exantema que é um sinal clássico da doença.

Item C. Incorreto. Sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese


e/ou melena); exceto a dor retroorbitária que é um sinal clássico da doença.

Item D. Correto. Aumento repentino do hematócrito; queda abrupta de plaquetas;


desconforto respiratório, diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia.

Item E. Incorreto. Sonolência e/ou irritabilidade, exceto a prostração, mialgias,


artralgias que são sinais clássicos da doença.

Deste modo, o gabarito é letra D.

80. (Prefeitura de Indaiatuba-SP/IBC/2013/RP) São casos suspeitos de DENGUE: Todo


paciente que apresente doença febril aguda com duração de até sete dias, acompanhada de
pelo menos dois dos sintomas, como cefaléia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias,
prostração ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias. Além de ter estado,
nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a
presença de Aedes aegypti. A presença de sinais de alarme, relacionados a seguir, indica a
possibilidade de gravidade do quadro clínico e de evolução para dengue hemorrágica e/ou
síndrome do choque da dengue. Assinale a alternativa que representa sinais de alarme para
DENGUE:

a) dor abdominal intensa e contínua e hipertensão postural


b) hepatomegalia dolorosa e insônia
c) aumento expressivo da diurese e hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena)
d) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia e desconforto respiratório
COMENTÁRIOS:

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Meus amigos, percebam como essa questão é querida pelas bancas. De acordo com o
Ministério da Saúde, são sinais de alarme na dengue:

a) dor abdominal intensa e contínua;


b) vômitos persistentes;
c) hipotensão postural e/ou lipotímia;
d) hepatomegalia dolorosa;
e) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena); f)
sonolência e/ou irritabilidade;

g) diminuição da diurese;
h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;
i) aumento repentino do hematócrito;
j) queda abrupta de plaquetas;
k) desconforto respiratório.
Vamos às assertivas. Representam sinais de alarme para DENGUE:
Item A. Incorreto. Dor abdominal intensa e contínua e hipotensão (hipertensão)
postural. No choque, temos a hipotensão, e não a hipertensão.

Item B. Incorreto. Hepatomegalia dolorosa e sonolência (insônia).


Item C. Incorreto. Diminuição (aumento expressivo) da diurese e hemorragias
importantes (hematêmese e/ou melena).

Item D. Correto. Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia e


desconforto respiratório.

Verificamos claramente que o gabarito é a letra D.

81. (Prefeitura de Indaiatuba-SP/IBC/2013/RP) Em relação a DENGUE: Cabe ao


profissional de enfermagem coletar e registrar dados da forma mais detalhada possível no
prontuário do paciente. Esses dados são necessários para o planejamento e a execução dos
serviços de assistência de enfermagem. No roteiro de atendimento começando pelo histórico
de enfermagem, alguns aspectos precisam ser observados, entre eles estão:
I - Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar, frequência respiratória, temperatura.

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II - No segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia, ascite, timpanismo, macicez.


III - Questionar e anotar no prontuário a data do início dos sintomas.
a) I, II e II estão corretas
b) II e III estão corretas
c) I e III estão corretas
d) I e II estão corretas
COMENTÁRIOS:
As ações descritas estão de acordo diretrizes do Ministério da Saúde. São evidentemente
corretas. Logo, o gabarito é a letra A.

82. (Prefeitura de Paulista-PE/IPAD/2013/RP) Faz parte do atendimento de enfermagem ao


paciente com suspeita de dengue. Assinale (V) para as afirmativas Verdadeiras e (F) para as
alternativas Falsas. E em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta:
( ) Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar, frequência respiratória e temperatura;
( ) Pesquisar sinais de alarme (dor abdominal, vômitos persistentes, Hipotensão postural e/ou
lipotímia e hepatomegalia dolorosa);
( ) Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal (IMC).
( ) Realizar prova do laço na ausência de manifestações
hemorrágicas ( ) Realizar a notificação e investigação do caso;
a) V – V – V – V –V
b) F – F – F – F – F
c) V – F – F – F – V
d) V – F – V– F – V
e) F – V – V – V – F
COMENTÁRIOS:
Essa questão é clara e direta. Todos os itens estão corretos e o gabarito é a letra A.

83. (IBC-RJ/AOCP/2013/RP) Sobre a Dengue, é correto afirmar que


a) o macho do Aedes aegypti costuma picar as pessoas durante a noite, para viabilizar a
maturação dos ovos.
b) uma das formas de transmissão é pelo contato de um doente ou suas secreções com uma
pessoa sadia.

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c) a transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no
sangue do ser humano, chamado período de viremia.
d) o período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um extrínseco, que
ocorre no ser humano, e outro intrínseco, que ocorre no vetor.
e) a dengue é uma doença benigna que não evolui para quadros mais graves, por isso o
tratamento é sintomático com analgésicos e antitérmicos.
COMENTÁRIOS:
Para melhor compreensão do assunto, vamos analisar cada assertiva:
Item A. Incorreto. A fêmea, e não o macho, do Aedes aegypti costuma picar as

pessoas durante o dia, para viabilizar a maturação dos ovos.

Item B. Incorreto. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas


secreções com uma pessoa sadia, nem em fontes de água ou alimento.

Item C. Correto. O período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um


intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor.

A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de


vírus no sangue do ser humano, chamado período de viremia.

O homem está apto a infectar o mosquito a partir de 1º dia antes do aparecimento dos
sintomas até o 6º dia da doença.

84. (IF-GO/UFG/201/RP) A síndrome do choque da dengue (SCD) caracteriza-se por sinais


de insuficiência circulatória evidenciada por:
a) aumento da pressão de pulso, confusão e agitação.
b) perfusão capilar prolongada (> 2 seg), pele fria, úmida e mosqueada.
c) bradipneia, oligúria e sonolência.
d) hipertermia, frequência respiratória maior que 40 rpm e torpor.
COMENTÁRIOS:
Síndrome do choque da dengue (SCD): nos casos graves de febre hemorrágica da
dengue (FHD, o choque ocorre geralmente entre o 3° e o 7° dias de doença, frequentemente
precedido por dor abdominal. O choque ocorre devido ao aumento da permeabilidade

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vascular (extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos), seguida de hemoconcentração


(aumento do hematócrito) e falência circulatória. A sua duração é curta e pode levar a óbito
em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida frente terapia antichoque oportuna e apropriada.
Caracteriza-se essa síndrome por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso
e arterial, extremidades frias, pele pegajosa e agitação.

A SCD caracteriza-se por sinais de insuficiência circulatória demonstrada por:

• pulso rápido e fraco;


• diminuição da pressão de pulso (menor ou igual a 20 mmHg) ou
hipotensão para a idade;

• perfusão capilar prolongada (>2 seg.), pele fria e úmida, mosqueada;


• ausência de febre;
• taquicardia/bradicardia;
• taquipneia;
• oliguria;
• agitação ou torpor.
Agora, vamos às nossas alternativas. A SCD caracteriza-se por sinais de insuficiência
circulatória evidenciada por:
Item A. Diminuição (aumento) da pressão de pulso, confusão e agitação.
Item B. perfusão capilar prolongada (> 2 seg), pele fria, úmida e mosqueada.
Item C. Taquipneia (bradipneia), oligúria e sonolência.
Item D. Ausência de febre hipertermia, taquipneia e torpor.
Nesses termos, o gabarito é a letra B.

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Vejam, no esquema abaixo, o modo de transmissão da dengue:

Figura 2 - Modo de Transmissão da Dengue (Ministério da Saúde).

Portanto, é correto afirmar que a transmissão do ser humano para o mosquito ocorre
enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano, chamado período de viremia.

Item D. Incorreto. O período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos:


um intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor
(Aedes aegypti).

• Intrínseco -> ocorre no ser humano;


• Extrínseco -> ocorre no vetor (Aedes aegypti).

Item E. Incorreto. A dengue é uma doença que pode evoluir para quadros mais graves
(febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue), sendo fatal em boa
parte deles.

Nesses termos, o gabarito é a letra C.


85. (HGA-SP/CETRO/2013/RP) Analise as assertivas abaixo sobre a assistência de
enfermagem a pacientes com suspeita de dengue.
I. A prova do laço deverá ser realizada, obrigatoriamente, em todos os casos suspeitos de
dengue durante o exame físico, sendo importante para a detecção da fragilidade capilar
presente na febre hemorrágica da dengue.
II. O exame de sorologia para dengue deve ser realizado a partir do sexto dia do início dos
sintomas, devendo ser solicitado para todos os casos suspeitos, em período não epidêmico.

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III. A notificação deve ser feita para todos os casos que apresentarem confirmação
laboratorial, imediatamente após a liberação do resultado da sorologia.
IV. O hemograma indicando aumento abrupto do número de plaquetas é indicativo de
quadros de dengue clássica. É correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e IV, apenas.
COMENTÁRIOS:
Item I. Correto. A Prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos
de dengue, principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como
alerta, devendo ser utilizado rotineiramente na prática clínica como um dos elementos de
triagem na dengue, e na presença da mesma, alertar ao médico que o paciente necessita de um
monitoramento clínico e laboratorial mais estreito. A prova do laço positiva também reforça o
diagnóstico de dengue.
A Prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente
com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A prova deverá ser
repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.
Vejamos abaixo, como deve ser realizada a prova do laço:
 Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por
exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de
pressão arterial é de 80 mmHg.
 Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e
três minutos em crianças.
 Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de
petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias
em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis
petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos.
 Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para adultos e
crianças, a mesma pode ser interrompida.

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 A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o


choque.
Portanto, a prova do laço deverá ser realizada, obrigatoriamente, em todos os casos
suspeitos de dengue durante o exame físico, sendo importante para a detecção da fragilidade
capilar presente na febre hemorrágica da dengue.

Item II. Correto. Isolamento viral/sorologia – a solicitação do isolamento


viral/sorologia será orientada de acordo com a situação epidemiológica:

 em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os casos suspeitos;


 em períodos epidêmicos, solicitar o exame em todo paciente grave e grupos especiais
e/ou risco social ou com dúvidas no diagnóstico, além de seguir as orientações da
Vigilância Epidemiológica de cada região.
Então, em regra, o exame de sorologia para dengue deve ser realizado a partir do sexto
dia do início dos sintomas, devendo ser solicitado para todos os casos suspeitos, em período
não epidêmico.

Item III. Incorreto. Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado a
Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas graves da doença.
Vejam que não há necessidade de a notificação da dengue ser feita somente após a
confirmação laboratorial. Ademais, em períodos epidêmicos, não é necessária a realização de
exames laboratoriais. A notificação utiliza critérios clínicos e epidemiológicos.

Item IV. Incorreto. Nos pacientes do Grupo A (dengue clássica) não há


hemoconcentração nem queda abrupta de plaquetas. Na FHD/SCD, ocorre a plaquetopenia.

Em nenhum caso da dengue, há aumento de plaquetas.


De acordo com o Ministério da Saúde, são sinais de alarme na dengue:
a) dor abdominal intensa e contínua;
b) vômitos persistentes;
c) hipotensão postural e/ou lipotímia;
d) hepatomegalia dolorosa;
e) sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou
melena); f) sonolência e/ou irritabilidade;

g) diminuição da diurese;

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h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;


i) aumento repentino do hematócrito;
j) queda abrupta de plaquetas;
k) desconforto respiratório.
O hemograma indicando aumento abrupto do número de plaquetas é indicativo de
quadros graves da dengue.

Diante do exposto, o gabarito só pode ser a letra A.

86. (Prefeitura de Campinas-SP/CAIPIMES/2013/RP) A prova do laço deverá ser


realizada obrigatoriamente em todos os casos suspeitos de dengue durante o exame físico. A
partir disso é correto afirmar que:
a) a prova do laço será considerada positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10
ou mais petéquias em crianças.
b) a prova do laço será considerada positiva se houver 40 ou mais petéquias em adultos e 20
ou mais petéquias em crianças.
c) após verificar a pressão arterial, deve-se insuflar novamente o manguito até o valor da
pressão arterial máxima e manter por 10 minutos em adultos e 5 minutos em crianças.
d) após verificar a pressão arterial, deve-se insuflar novamente o manguito até o valor da
pressão arterial mínima e manter por 10 minutos em adultos e 5 minutos em crianças.
COMENTÁRIOS:
A Prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue,
principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como alerta, devendo
ser utilizado rotineiramente na prática clínica como um dos elementos de triagem na dengue, e
na presença da mesma, alertar ao médico que o paciente necessita de um monitoramento
clínico e laboratorial mais estreito. A prova do laço positiva também reforça o diagnóstico de
dengue.
A Prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente
com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A prova deverá ser
repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.
Vejamos abaixo, como deve ser realizada a prova do laço:

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 Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por
exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de
pressão arterial é de 80 mmHg;
 Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e
três minutos em crianças;
 Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de
petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias
em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis
petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos;
 Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para adultos e
crianças, a mesma pode ser interrompida;
 A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o
choque.
Itens A e B. A prova do laço será considerada positiva se houver 20 ou mais petéquias

em adultos e 10 ou mais petéquias em crianças.

Itens C e D. Após verificar a pressão arterial, deve-se insuflar novamente o manguito até
o valor da pressão arterial média e manter por 5 minutos em adultos e 3 minutos em

crianças.
Dito isto, o gabarito da questão é a letra A.

87. (UFPR-2013/RP) A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a dengue é a


doença tropical que se espalha mais rapidamente no mundo e representa uma "ameaça de
pandemia". Em 2012, a dengue foi classificada como a doença viral transmitida por vetor de
mais rápida propagação, com um potencial de epidemia no mundo, registrando um aumento
de 30 vezes na incidência da doença nos últimos 50 anos. A dengue faz parte da lista de
doenças transmissíveis do Ministério da Saúde e todo caso suspeito deve ser notificado à
Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas graves da doença. Com
relação à prevenção e controle dessa doença, considere as seguintes afirmativas:

1. O tratamento da dengue é de suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de


líquidos perdidos e manutenção da atividade sanguínea. A pessoa com suspeita de dengue

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deve manter-se em repouso, aumentar a ingesta líquida (inclusive soro caseiro) e só usar
medicamentos prescritos pelo médico.

2. A prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue,
principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como alerta,
devendo o enfermeiro utilizá-la rotineiramente na prática clínica como um dos elementos
de triagem na dengue.

3. A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, no ciclo homem–Aedes
aegypti–homem. Os transmissores proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações
(casas, apartamentos, hotéis), em recipientes onde se acumula água (vasos de plantas, pneus
velhos, cisternas etc.). Portanto, para matar os ovos e dessa maneira controlar a transmissão
da doença, a orientação é secar os reservatórios de água parada, impedindo assim a
reprodução do mosquito.

4. De acordo com o manual “Dengue Manual de Enfermagem – Adulto e Criança” do


Ministério da Saúde, o manejo adequado do paciente com dengue depende do
reconhecimento precoce dos sinais de alarme, que são: presença de dor abdominal intensa e
contínua, vômitos persistentes, hipertensão, hepatomegalia dolorosa, sinais de hemorragia
(hematêmese e/ou melena), aumento da diurese, hipertermia, diminuição do hematócrito,
aumento de plaquetas e desconforto respitatório. Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.


b) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.


d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o manual “Dengue Manual de Enfermagem – Adulto e Criança” do
Ministério da Saúde, o manejo adequado do paciente com dengue depende do reconhecimento
precoce dos sinais de alarme, que são: presença de dor abdominal intensa e contínua, vômitos
persistentes, hipotensão (hipertensão), hepatomegalia dolorosa, sinais de sangramento de

mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena), diminuição (aumento) da

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diurese, hipotermia (hipertermia), aumento repentino do (diminuição) do

hematócrito, queda abrupta de (aumento) de plaquetas e desconforto respitatório.


Dito isso, verificamos que apenas a afirmativa nº 4 apresenta-se incorreta. Por
conseguinte, o gabarito da questão é a letra B.

88. (Assembleia Legislativa do Amazonas-AM/2013/FGV/RP) O Ministério da Saúde


instituiu, em 2002, o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) que visa reduzir a
infestação pelo Aedes aegypti, a incidência da dengue e a letalidade por febre hemorrágica de
dengue. Dentre os indicadores propostos para o acompanhamento do PNCD está o de
proporção de municípios com quantitativo adequado de agentes de controle de endemias.

Essa proporção deve ser de:


a) um agente para cada 800 a 1.000 imóveis.
b) dois agentes para cada 800 a 1.000 imóveis.
c) um agente para cada 1000 a 1.500 imóveis.
d) dois agentes para cada 1000 a 1.500 imóveis.
e) um agente para cada 1500 a 2.000 imóveis.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Ministério da Saúde, dentre os indicadores de acompanhamento do
Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), recomenda-se um agente para cada 800 a

1.0 imóveis. Neste sentido, o gabarito é a letra A.

89. (Prefeitura de Cuiabá – MT/ FUNCAB /2013/JM) Doença infecciosa febril aguda, que
pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente. A primeira
manifestação é a febre, geralmente alta (39 °C a 40 °C), de início abrupto, associada à
cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, com presença ou não de exantema
e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias. As
manifestações hemorrágicas, como epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia,
hematêmese, melena, hematúria e outras, bem como a plaquetopenia, podem ser observadas
em todas as apresentações clínicas. O texto refere-se a qual doença?
A) Cólera.

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B) Brucelose.
C) Doenças diarreicas agudas.
D) Dengue.
E) Doença meningocócica.
COMENTÁRIOS5:
Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo
da forma como se apresente. A primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39 °C a 40
°C), de início abrupto, associada à cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro
orbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e
diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias. As manifestações hemorrágicas, como
epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia, hematêmese, melena, hematúria e
outras, bem como a plaquetopenia, podem ser observadas em todas as apresentações clínicas
de DENGUE.
Alternativa correta letra D.

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Doenças de Notificação compulsória

90. (HU-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) “Critério para seleção de doenças e agravos


prioritários à vigilância epidemiológica que se expressa pela transmissibilidade da doença;
possibilidade da sua propagação por vetores e demais fontes de infecção, colocando sob risco
outros indivíduos ou coletividades.” Trata-se de
A) magnitude. D) transcendência.
B) severidade. E) potencial de disseminação.
C) vulnerabilidade.
COMENTÁRIOS:
Quais são os critérios para seleção de doenças e agravos prioritários à vigilância
epidemiológica?
Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória
devem obedecer aos critérios a seguir:
Magnitude – aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes
contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência,
mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.
Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da
doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.
Transcendência – expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância
especial à doença ou agravo, destacando-se:
1 - severidade, medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas;
2 - relevância social, avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à
ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de indignação;
e
3- relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, redução
da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários,
entre outros.
Vulnerabilidade – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de
prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre
indivíduos e coletividades.

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Compromissos internacionais – relativos ao cumprimento de metas continentais ou


mundiais de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos
firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. O atual Regulamento
Sanitário Internacional (RSI-2005) estabelece que sejam notificados todos os eventos
considerados de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos – são situações que
impõe notificação imediata de todos os eventos de saúde que impliquem risco de
disseminação de doenças, com o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar o
diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis. Mecanismos próprios de notificação
devem ser instituídos, com base na apresentação clínica e epidemiológica do evento.

Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de


notificação compulsória devem obedecer aos critérios a seguir

Potencial de disseminação Magnitude

Ocorrência de
Compromissos emergências de saúde
Transcendência Vulnerabilidade
internacionais pública, epidemias e
surtos

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra E.

91. (Fiocruz/FGV/2010) Com relação aos critérios para a inclusão de doenças e agravos na
lista de notificação compulsória, analise as afirmativas a seguir:
I. O potencial de disseminação é representado pelo elevado poder de transmissão da doença,
através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.
II. A relevância econômica de uma doença ou agravo é avaliada por prejuízos decorrentes de
restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos
assistenciais e previdenciários, entre outros.

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III. A vulnerabilidade de uma doença ou agravo é medida pela disponibilidade concreta de


instrumentos específicos de prevenção e controle do evento, propiciando a atuação efetiva dos
serviços de saúde sobre indivíduos e coletividades.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver corretas.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTÁRIOS:
Vejamos as definições dos conceitos apresentados na questão:
Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da
doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.
Transcendência – expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância
especial à doença ou agravo, destacando-se:
1 - severidade, medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas;
2 - relevância social, avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade
à ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de
indignação; e
3 - relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de restrições
comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos
assistenciais e previdenciários, entre outros.
Vulnerabilidade – medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de
prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre
indivíduos e coletividades.

O gabarito da questão é a letra E, pois todos os itens da questão estão corretos.

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92. (Prefeitura de Carangola-MG/IDECAN/2012) Sobre o sistema de notificação, analise.


I. A simples suspeita de uma doença é motivo suficiente para notificá-la.
II. A notificação é sigilosa, só sendo divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de
risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato do paciente.
III. O meio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de
casos, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) I
b) II
c) I, II
d) II, III
e) I, II, III
COMENTÁRIOS:
A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de
saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência
ao paciente.
A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença
ou agravo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela Secretaria de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).
A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação
compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por
estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de
hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa.
A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação
compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles
tenha conhecimento.
Mesmo assim, sabe-se que a notificação nem sempre é realizada, o que ocorre por
desconhecimento de sua importância e, também, por descrédito nas ações que dela devem
resultar. A experiência tem mostrado que o funcionamento de um sistema de notificação é
diretamente proporcional à capacidade de se demonstrar o uso adequado das informações
recebidas, de forma a conquistar a confiança dos notificantes.

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O sistema de notificação deve estar permanentemente voltado para a sensibilização dos


profissionais e das comunidades, visando melhorar a quantidade e a qualidade dos dados
coletados, mediante o fortalecimento e a ampliação da rede. Todas as unidades de saúde
(públicas, privadas e filantrópicas) devem fazer parte do sistema, como, também, todos os
profissionais de saúde e mesmo a população em geral.
Aspectos que devem ser considerados na notificação:
• Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a confirmação do
caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir
eficazmente.
• A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário
em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.
• O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos,
configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de
eficiência do sistema de informações.
Além da notificação compulsória, o Sistema de Vigilância Epidemiológica pode definir
doenças e agravos como de notificação simples. O Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (Sinan) é o principal instrumento de coleta dos dados de notificação compulsória.
Dito isto, vamos analisar cada item da questão:
Item I. Correto. A simples suspeita de uma doença é motivo suficiente para notificá-la.
Não se deve aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar
perda da oportunidade de intervir eficazmente.
Item II. Correto. A notificação é sigilosa, só sendo divulgada fora do âmbito médico
sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato do
paciente.
Item III. Correto. O meio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito
mesmo na ausência de casos, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de
informações. São as notificações negativas.
O gabarito da questão é a letra E, pois todas as afirmativas estão corretas.

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93. (Prefeitura de Paulo Jacinto-AL/2011/IDECAN) Analise abaixo as justificativas que


discorrem sobre a importância da notificação de doenças:
I. Oferece dados que ajudam descobrir as fontes de infecção.
II. Ajuda estabelecer níveis endêmicos.
III. Colabora na descoberta de casos não conhecidos, associados àqueles notificados.
IV. Proporciona o conhecimento aleatório das doenças.
Estão corretas apenas as alternativas:
a) I, III, IV
b) I, II, III
c) II, III, IV
d) I, II, III, IV
e) II, IV
COMENTÁRIOS:
A notificação de doenças:
I - oferece dados que ajudam descobrir as fontes de infecção;
II - ajuda estabelecer níveis endêmicos;
III - colabora na descoberta de casos não conhecidos, associados àqueles notificados;
IV - proporciona o conhecimento organizado das doenças.
O gabarito da questão é a letra B, já que apenas o item IV está errado.

94. (HU-UFPE/EBSERH/IDECAN/2014) São doenças de notificação compulsória que


constam na listagem nacional e, mesmo em casos isolados, devem ser notificadas, EXCETO:
A) Cólera. D) Sífilis adquirida.
B) Hantavirose. E) Criptosporidíase.
C) Tuberculose.
COMENTÁRIOS:
Vamos responder essa questão, conforme Portaria do Ministério da Saúde nº
1.271/2014, publicada no dia 06/06/2014, revogando a Portaria nº 104/2011.
A Portaria nº 1.271/2014 que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em
todo o território nacional. Este dispositivo modificou fluxos de notificação e alterou a

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organização da Lista de Doenças de Notificação Compulsória em duas partes (simplificou e


alterou algumas classificações):
 Lista de doenças e agravos de notificação em < 24 horas (imediata);
 Lista de doenças e agravos doenças e agravos de notificação semanal.
Vejamos as principais disposições da referida portaria.
Para fins de notificação compulsória de importância nacional, destacamos, dentre
outros, os seguintes conceitos:
I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por
circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de
drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e
lesão autoprovocada;
II - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que
represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos;
III - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde,
realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de
saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo
ou evento de saúde pública, podendo ser imediata ou semanal;
Atenção! A notificação compulsória pode ser imediata ou semanal.
IV - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em
até 24 horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde
pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível;
V - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até
7 dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
VI - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável
pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana
epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública
constante da Lista de Notificação Compulsória; e
A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de
saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência
ao paciente.

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A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença


ou agravo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela Secretaria de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).
A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação
compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por
estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de
hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa.
A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação
compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles
tenha conhecimento.
A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou
responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em
até 24 horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informa-
la, em até 24 horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS.
A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do Município do
local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de
notificação compulsória.
No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais integrantes da
notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade.
As autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da
notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em
geral.
Lista Nacional de Notificação Compulsória
Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética) Imediata (≤ 24 horas) para*
Semanal*
MS SES SMS
a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico x
1
b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes x
2 Acidente por animal peçonhento x

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Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética) Imediata (≤ 24 horas) para*
Semanal*
MS SES SMS
3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva x

4 Botulismo x x x

5 Cólera x x x

6 Coqueluche x x
a. Dengue – Casos x
7
b. Dengue – Óbitos x x x

8 Difteria x

9 Doença de Chagas Aguda x x

10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) x


a. Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" x x
11
b. Doença Meningocócica x x
Doenças com suspeita de disseminação intencional:
a. Antraz pneumônico
12 x x x
b. Tularemia
c. Varíola
Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes:
a. Arenavírus
b. Ebola
13 x x x
c. Marburg
d. Lassa
e. Febre purpúrica brasileira
14 Esquistossomose x
Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde
15 x x x
pública37
16 Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação x x x

17 Febre Amarela x x x

18 Febre de Chikungunya x x x
Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em
19 x x x
saúde pública
Febre Maculosa e outras Riquetisioses
20 x x x

37Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto
ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas,
considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem
como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes.

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Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética) Imediata (≤ 24 horas) para*
Semanal*
MS SES SMS
21 Febre Tifoide x x

22 Hanseníase x

23 Hantavirose x x

24 Hepatites virais x
HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou
25 x
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança
26 x
exposta ao risco de transmissão vertical do HIV
27 Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) x

28 Influenza humana produzida por novo subtipo viral x x x


Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo
29 x
agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados)
30 Leishmaniose Tegumentar Americana x

31 Leishmaniose Visceral x

32 Leptospirose x
a. Malária na região amazônica x
33
b. Malária na região extra Amazônica x x x
Óbito:
34 a. Infantil x
b. Materno
35 Poliomielite por poliovirus selvagem x x x

36 Peste x x x

37 Raiva humana x x x

38 Síndrome da Rubéola Congênita x x x


Doenças Exantemáticas:
39 a. Sarampo x x x
b. Rubéola
Sífilis:
a. Adquirida
40 x
b. Congênita
c. Em gestante
41 Síndrome da Paralisia Flácida Aguda x x x
Síndrome Respiratória Aguda Grave associada
42 a. Coronavírus a. SARS-CoV x x x
b. MERS-CoV

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Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética) Imediata (≤ 24 horas) para*
Semanal*
MS SES SMS
Tétano:
43 a. Acidental x
b. Neonatal
Tuberculose
44 x

45 Varicela - Caso grave internado ou óbito x x


a. Violência: doméstica e/ou outras violências
x
46
b. Violência: sexual e tentativa de suicídio x
*Informação adicional:
Notificação imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido
pela SVS/MS;
Legenda: MS (Ministério da Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde) ou SMS (Secretaria Municipal de Saúde)
A notificação imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS.

Após exposição inicial do tema, vamos analisar a questão, conforme disposições da


Portaria do Ministério da Saúde nº 1.271/201438.
A) Cólera - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES, MS).
B) Hantavirose - notificação compulsória imediata para as esferas municipais e
estaduais (SMS e SES).
C) Tuberculose - notificação compulsória semanal
D) Sífilis adquirida - notificação compulsória semanal.
E) Criptosporidíase39 - não consta na listagem nacional de Doenças de Notificação
Compulsória (DNC).
Logo, o gabarito da questão é a letra E.

38
Nesta aula, resolveremos as questões, levando-se em consideração a Portaria do Ministério da Saúde nº 1.271/2014,
mesmo para questões elaboradas na vigência da Portaria nº 104/2011, atualmente revogada.

39 A criptosporidíase é uma doença causada pelos por parasitas. São ingeridos com comida ou água contaminadas. Infectam
o lúmen do intestino.

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95. (Prefeitura de Porto Velho-RO/Consulplan/2012) São doenças de notificação


compulsória em todo o território nacional, EXCETO:
a) Botulismo.
b) Mononucleose.
c) Febre amarela.
d) Rubeola.
e) Tétano.
COMENTÁRIOS:
São doenças de notificação compulsória em todo o território nacional:
A) Botulismo - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES, MS).
B) Mononucleose - não consta na listagem nacional de Doenças de Notificação
Compulsória
C) Febre amarela - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES,
MS).
D) Rubéola - notificação compulsória imediata para todas as esferas (SMS, SES, MS).
E) Tétano - notificação compulsória semanal.
A partir do exposto, constatamos que o gabarito da questão é a letra B.

=================
Meus amigos, terminamos mais uma aula de nosso curso. Espero que tenham gostado.
Até o próximo encontro!
Rômulo Passos

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REFERÊNCIAS
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1498_19_07_2013.html
http://www.sopape.com.br/data/conteudo/arquivos/informe_tecnico_introducao_vacina_
tetraviral.pdf
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-05/instrucao-normativa---calendario-
nacional-de-vacinacao.pdf
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/imunizacao/vacina/multi_2013/Informe_tecnico_da
_campanha_de_multivacinacao_2013.pdf
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-06/informe-tecnico-vacina-
pentavalente.pdf
Manual de Procedimentos para Vacinação da SESAB (2011).
http://www.suvisa.ba.gov.br/sites/default/files/galeria/texto/2012/03/07/Manual%20de...pdf
Instrução Normativa Referente Ao Calendário Nacional De Vacinação
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-05/instrucao-normativa---calendario-
nacional-de-vacinacao.pdf

http://www.saude.rs.gov.br/upload/20140730114341instrucao_normativa_imunizacoes.pdf
Acessem aqui todas as publicações do Ministério da Saúde sobre Vigilância em Saúde:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarTexto&codCo
nteudo=4580&codModuloArea=789

Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde:


DST/HIV - http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad18.pdf
Manuais de Vigilância:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_vigilancia_epidemio_2010_web.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/doen_infecciosas_guia_bolso_8ed.pdf

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