de Enfermagem
Teorias e Questões
Comentadas
Módulo 2
Módulo II
Amigo (a)!
Boa Aula!
1 - Sala de Vacina
Vejamos abaixo algumas orientações importantes para fins de concurso sobre a Sala de Vacina:
Em referência à organização dos imunobiológicos dentro dos equipamentos de refrigeração na
sala de vacina, considera-se o seguinte:
Os serviços que dispõem de câmara refrigerada para o armazenamento e conservação dos
imunobiológicos podem organizar as vacinas em qualquer prateleira, sem a necessidade de
separá-las por tipo (atenuada ou inativada, viral ou bacteriana), haja vista que a temperatura é
uniforme em todos os pontos no interior do equipamento. É importante identificar todos os
itens para evitar trocas inadvertidas.
Para os serviços que ainda utilizam refrigeradores domésticos para o armazenamento e
conservação dos imunobiológicos é importante ressaltar que por não atender aos critérios de
segurança e qualidade, o refrigerador de uso doméstico não é mais recomendado para o
armazenamento de imunobiológicos. As instâncias que ainda utilizam tais equipamentos
devem proceder, no menor prazo possível, à substituição gradativa por câmaras refrigeradas
cadastradas pela ANVISA, (Manual da Rede de Frio/2013 página 69).
Em relação aos refrigeradores domésticos utilizados para o armazenamento e conservação
dos imunobiológicos, observar o seguinte:
• Monitorar a temperatura do equipamento pelo menos duas vezes ao dia (antes
do início e no final da jornada de trabalho).
• Identificar a localização do evaporador ou da entrada de ar refrigerado no interior
da câmara (é variável de acordo com marca/modelo), NÃO POSICIONAR os
frascos de imunobiológicos nas proximidades deste(s) ponto(s). Essas regiões
sofrem variações de temperatura e, eventualmente, podem submeter os insumos à
temperatura negativa, comprometendo as características certificadas pelo
laboratório produtor.
• Organizar os imunobiológicos por tipo (viral ou bacteriano), acondicioná-los em
bandejas (perfuradas ou não. Nas perfuradas há a facilidade da circulação do
fluxo do ar.) e armazená-los na segunda e na terceira prateleiras, colocando na
frente os produtos com prazo de validade mais curto para que sejam utilizados
antes dos demais. Atenção especial para não colocar próximas as vacinas com
rotulagem semelhante, a fim de minimizar os erros de imunização com a troca
dos produtos.
• Também não é recomendado armazenar vacinas na porta do refrigerador.
temperatura a 7º C, os imunobiológicos em
Falta de energia elétrica caixa térmica
Amigo (a), é importante destacar que, na porta e na gaveta da parte de baixo do refrigerador,
não se deve colocar imunobiológicos, pois quando a porta é aberta estas áreas são as primeiras a
sofrerem o impacto da temperatura ambiente.
O controle da temperatura dos equipamentos que armazenam imunobiológicos em todas as
instâncias da rede de frio é feito mediante a verificação sistemática dos termômetros.
Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos e volantes, por ocasião das atividades
extramuros em campanhas, intensificações e bloqueios, bem como no transporte, os imunobiológicos
devem ficar entre +2 ºC e +8 ºC (ideal + 5 ºC), que é a temperatura a ser mantida no interior do
refrigerador e de caixas térmicas.
Para verificar e controlar a temperatura, são utilizados os seguintes termômetros:
O termômetro mais recomendado para ser usado nos equipamentos da rede de frio é o de
momento e de máxima e mínima, pois pode-se verificar a temperatura máxima, a temperatura mínima
ocorrida em um espaço de tempo e a temperatura no momento da verificação.
A título de exemplo, vamos verificar como funciona o termômetro analógico de momento e
de máxima e mínima (capela).
O termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (ver figura abaixo) contém duas
colunas verticais de mercúrio com escalas inversas. É utilizado para verificar as variações de
temperatura, num período de tempo preestabelecido, oferecendo três tipos de informação:
a temperatura mínima (mais fria);
a temperatura máxima (mais quente); e
a temperatura do momento.
COMENTÁRIOS:
De acordo com a regra antiga, as bandejas com imunobiológicos devem ser colocadas nas
prateleiras, da seguinte maneira:
De acordo com o novo Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (2014), nos
refrigeradores de uso doméstico, os imunobiológicos devem ser acondicionados em bandejas e estas
devem ser colocadas na segunda e terceira prateleiras. Esta publicação menciona apenas que as
vacinas devem ser organizadas por tipo (viral ou bacteriano) sem, contudo, identificar qual
imunobiológico deve ficar em qual prateleira. Assim, como sugestão para a organização dos
imunobiológicos, apresenta-se o seguinte:
Na segunda prateleira acondicionar bandeja com as vacinas virais tais como a tríplice
viral, tetra viral, febre amarela, VIP e VOP, varicela, hepatite A, hepatite B, HVP,
influenza e raiva humana.
Na terceira prateleira acondicionar bandeja com as vacinas bacterianas como a BCG,
penta, DTP, dT, dTpa, pneumo 10, pneumo 23, meningo C. Acondicionar também nesta
prateleira os diluentes das vacinas.
Observe que a banca cobrou a regra antiga da organização do refrigerador. Portanto, são
exemplos de imunobiológicos que poderiam ser armazenados na primeira prateleira da geladeira de
estocagem de vacinas: vacina poliomielite; vacina sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral);
vacina sarampo e rubéola (dupla viral) e vacina febre amarela. Nessa tela, o gabarito foi a letra D.
2 - Imunidade
A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em contato
com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes
(linfócitos T). Esse tipo de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida.
Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.
A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um
animal ou outro ser humano. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que,
contudo, é temporária, durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é o
tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para
o feto através da placenta e também pelo leite. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2
meses de gestação, de modo a conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida.
A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais: a imunoglobulina humana
combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma
outra forma de se adquirir imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos
sanguíneos (i.e. sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas, etc.)
contêm anticorpos.
Imunização
Produz uma rápida e eficiente proteção, mas temporária, durando em média poucas
semanas ou meses.
A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais:
a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e
os soros (ex.: soro antiofídico e soro antirrábico).
natural doença
Ativa
artificial vacina
Imunidade
Anticorpos de
natural
outros organismos
Passiva
Anticorpos de
artificial
outros organismos
e) A duração da proteção conferida pelos soros é relativamente mais duradoura do que pelas vacinas.
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar os itens da questão:
Item A. Incorreto. As vacinas conferem ao organismo imunidade ativa. Por outro lado, os soros
e imunoglobulinas conferem ao organismo imunidade passiva artificialmente adquirida.
Item B. Correto. Na imunidade ativa (doenças infecciosas, a exemplo da varicela, e vacinas), o
organismo produz anticorpos específicos contra determinado antígeno.
Item C. Incorreto. Os anticorpos obtidos pelo recém-nascido, por meio da mãe, é um exemplo
de imunidade passiva natural, e não ativa.
Item D. Incorreto. As imunoglobulinas e os soros são produzidos pela transferência ao indivíduo
de anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano, e não por antígenos.
Item E. Incorreto. A duração da proteção conferida pelos soros é relativamente menos
duradoura do que pelas vacinas.
Nessa tela, o gabarito da questão é a letra B.
3 - Vacina BCG
A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as formas graves da
tuberculose (miliar e meníngea) nos menores de cinco anos, mais frequentemente nos menores de um
ano.
A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida, preferencialmente na maternidade
ou na primeira visita do bebê à unidade de saúde, considerando que quanto menor a idade maior a
eficácia da vacina.
Atenção!
Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias
ainda não vacinadas.
Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal após 6
meses da administração da vacina, revacinar apenas uma vez.
A vacina BCG é administrada por via intradérmica. O volume de cada dose corresponde a 0,1
ml, rigorosamente, para evitar complicações.
Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente
possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência;
Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas,
somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; para estes
indivíduos, a revacinação é contraindicada;
A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados,
mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Entretanto, os portadores
de HIV que são contatos intradomiciliares de paciente com hanseníase devem ser
avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de decisão. Pacientes
sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT CD4+ abaixo de 200/mm3 não
devem ser vacinados.
BCG em Indivíduos Expostos ao HIV
A vacina BCG é utilizada, também, para a pessoa que é comunicante de paciente de hanseníase
(contato intradomiciliar), com o objetivo de propiciar proteção cruzada contra a doença, adotando
esquema diferenciado.
O esquema de vacinação com a BCG corresponde a uma dose, a partir do nascimento.
Fique Ligado!
A revacinação, no entanto, só pode ser feita até uma vez, já que a ausência de cicatriz
não significa necessariamente que a pessoa não está imunizada;
Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após
o tratamento da infecção latente da tuberculose ou a quimioprofilaxia.
Ao administrar dose adicional em contato de paciente de hanseníase, respeite o intervalo
de seis meses da dose anterior. Administre um pouco acima (± 1 cm) da cicatriz existente.
Em gestante contato de indivíduo portador de hanseníase, a vacinação com BCG deve ser
adiada para depois do parto.
A realização do teste tuberculínico é dispensável, antes ou depois da administração da
vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase.
No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase, que não
apresenta sinais e sintomas, independente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema
de vacinação deve considerar a história vacinal do contato, da seguinte forma:
Quando necessário, a limpeza da pele deve ser feita com água e sabão;
O álcool comum não deve ser utilizado pela sua baixa volatilidade (demora a secar) e
pelo baixo poder antisséptico;
Na injeção intradérmica, especialmente, o uso do álcool não é indicado para evitar uma
possível interação com o líquido injetável, em face da presença dos poros e pelo fato de o
líquido ser depositado muito próximo da epiderme.
Em situações excepcionais, quando não houver água e sabão (vacinação na zona rural e
em ambiente hospitalar), utilizar o álcool a 70%;
Quando for utilizado o álcool a 70% manter a fricção da pele por 30 segundos e, em
seguida, esperar mais 30 segundos para a secagem e, só então, administrar o
imunobiológico.
Para não esquecermos , observe abaixo as principais informações sobre a vacina BCG:
COMENTÁRIOS:
Após apresentação dos principais aspectos da vacina BCG, vamos analisar cada assertiva da
questão:
Item A. Correto. Uma dose de vacina BCG deve ser repetida na ausência de cicatriz em
crianças menores de cinco anos (4 anos, 11meses e 29 dias).
Item B. Incorreto. Os contatos de portadores intradomiciliares de hanseníase maiores de um ano
não necessitam obrigatoriamente de uma segunda dose de BCG. Por exemplo, caso o contato
domiciliar tenha duas cicatrizes, não é necessário outra dose da BCG.
Ressaltamos ainda que:
Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente
possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de
imunodeficiência;
Crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, não
vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV;
para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada;
A partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo
que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.
Atenção! Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, mas que
não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de
imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no
Crie o mais precocemente possível.
Portanto, em certos casos, a vacina não é contraindicada para crianças portadoras de HIV no
nascimento.
Item E. Incorreto. A vacina BCG deve ser administrada o mais precoce possível,
preferencialmente após o nascimento. Contudo, nos prematuros com menos de 36 semanas, é
recomendável administrar a vacina após atingir 2 Kg.
Verificamos claramente que a alternativa correta é a letra A. Todavia, essa questão poderia ter
sido anulada, pois a letra B foi redigida de forma incompleta e induziu o candidato ao erro.
COMENTÁRIOS:
Vamos corrigir cada uma das assertivas:
Item A. A vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir as formas graves
da tuberculose, e não meningite.
Item B. A idade de vacinação recomendada é a partir do nascimento. Em crinças com peso
inferir a 2,0 kg, deve ser adiada.
Item C. A vacina BCG é preparada com bactéria atenuada do Mycobacterium bovis.
Item D. Na ausência da cicatriz vacinal é indicada a revacinação seis meses após a primeira
dose.
Item E. A realização do teste tuberculínico é recomendada em casos específicos, não sendo
indispensável antes da administração da vacina BCG.
Diante do exposto, a resposta só pode ser a letra D.
c) Para as crianças HIV positiva, ainda não vacinadas que chegam a unidade de saúde a vacina está
indicada.
d) Para contatos com duas doses, não se deve administrar nenhuma dose adcional.
COMENTÁRIOS:
A alternativa C é a incorreta. Veja que para as crianças, ainda não vacinadas, que chegam a
unidade de saúde a vacina não está indicada nas seguintes situações:
Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas (HIV
+). Por outro lado, nessa faixa etária, podem receber a vacina BCG se a sorologia for
negativa para HIV;
A partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo
que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência.
Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina tríplice bacteriana - DTP
(difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deverá ser administrado aos 15 meses e o segundo
reforço aos 4 anos de idade. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina
hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, para prevenir a
transmissão vertical. Ou seja, há uma dose da vacina hepatite B (monovalente) cujo público alvo são
as crianças com até 30 dias de vida, bem como outras crianças que já tinham esquema completo para
tetravalente, mas não tinham para a Hepatite B.
Como era antes?
1 - Tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por Haemophilus
influenza b) - vacina injetável em três doses (2, 4 e 6 meses). Reforço da tríplice bacteriana - DTP
(incluída na tetravalente) aos 15 meses e aos 4 anos.
Segue o antigo calendário da vacina tetravalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da
tríplice bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da DTP aos 4 anos.
2 - Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de saúde),
com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses.
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.
Amigo(a), como é a regra atual do calendário de vacinação da pentavente e
hepatite B?
1 - Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por
Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses. Reforço da tríplice bacteriana aos 15
meses e aos 4 anos.
Segue o calendário da vacina pentavalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da DTP
aos 15 meses -> reforço da DTP aos 4 anos.
2 - Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas na criança
ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.
Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da
criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Atenção! Adolescente e adultos que não apresentam o esquema vacinal completo
contra hepatite B (três doses) deverão seguir as regras anteriores, ou seja, devem
receber até três doses.
Em síntese, a pentavalente é composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis1,
hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) - DTP/HB/Hib2. É indicada
para imunização ativa de crianças a partir de 2 meses de idade.
difteria
1 Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada
pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis (geralmente com sintomas mais ligeiros),
que causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação.
2 Vacina pentavalente (DTP - difteria, tétano e coqueluche + HB - hepatite B + Hib - Haemophilus influenzae tipo b).
Deve ser evitada administração na região glútea, em razão da maior quantidade de tecido
adiposo, situação em que a vacina não é inoculada no interior do músculo.
Atenção! A vacina pentavalente é contraindicada para pessoas com 7 anos de idade ou mais.
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, conhecida como tríplice bacteriana (DTP), é
indicada para a administração das duas doses de reforço, quando foi usada a vacina pentavalente no
esquema básico.
O objetivo da vacinação é prevenir contra a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis).
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico
com a Bordetella pertussis inativada, tendo o hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal
como preservativo.
A vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é indicada para o reforço do
esquema básico, que, de modo geral, corresponde a uma dose com intervalo mínimo de seis meses
depois da vacinação básica (pentavalente). Um segundo reforço é dado entre quatro anos e seis anos,
11 meses e 29 dias, preferencialmente aos 4 anos.
Atenção! A vacina pentavalente é administrada aos 2, 4 e 6 meses. Em regra, o reforço da tríplice
bacteriana (DTP) é feito aos 15 meses e aos 4 anos.
Ao indicar a vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), considerar as
doses administradas anteriormente e não reiniciar o esquema.
Vejamos algumas observações sobre a DTP:
O reforço pode ser administrado em qualquer idade (até os seis anos, onze meses e 29
dias), observando-se um intervalo mínimo de seis meses após a última dose da
vacinação básica (pentavalente);
Se o esquema básico não for iniciado ou completado até a idade de seis anos, onze
meses e 29 dias, as doses necessárias serão aplicadas com a vacina adsorvida difteria e
tétano adulto (dT) em lugar da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP);
Caso a criança esteja com quatro anos ou mais e não tenha recebido o primeiro reforço,
não é necessário administrar dois reforços, mas apenas um na ocasião do atendimento,
seguindo-se o esquema de uma dose da vacina difteria e tétano adulto, a cada 10 anos.
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é administrada por via intramuscular
profunda.
Em regra, a vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada na dose de 0,5 mL por via
intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de dois anos de idade e na
região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.
Vacinas Pentavalente
e DTP
Local de
administração
Em resumo:
A vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é constituída pelos toxóides diftérico e tetânico. É
indicada a partir dos sete anos de idade, inclusive para adolescentes e adultos conforme calendários
específicos, com o objetivo de prevenir o tétano e a difteria. A vacinação de mulheres em idade fértil
(12 a 49 anos) e gestantes visa, principalmente, a prevenção do tétano neonatal.
A vacina adsorvida difteria e tétano adulto é administrada nos maiores de sete anos para os
reforços do esquema básico e para aqueles que não tenham recebido as vacinas pentavalente e tríplice
bacteriana (DTP), ou que tenham esquema incompleto dessas vacinas.
O esquema básico da adsorvida difteria e tétano adulto (dT) corresponde a três doses com
intervalo de 60 dias entre as doses. Esse esquema é feito para as pessoas que não estiverem com o
esquema completo da pentavalente e tríplice bacteriana (DTP).
O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano n (dT) adulto é administrado de 10 em 10 anos.
Em suma, temos o seguinte:
inserida em 2012
pode ser feita até
pentavalente 2, 4, 6 meses
5 anos
Pentavlente, DTP e
tetravalente + Hep. B
sendo antecipada 5
a partir dos 7 Reforço a cada 10 anos, se ferimentos
dT anos anos 3 doses entre 30 a 60
dias, se esquema inicial
COMENTÁRIOS:
O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é administrado de 10 em 10 anos.
Por isso, o gabarito é a letra B.
COMENTÁRIOS:
Vejamos a tabela abaixo:
Conforme explicação desta aula, verificamos que a vacina pentavalente deve ser administrada
0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto lateral da coxa esquerda, em crianças menores
de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças a partir de dois anos de idade. Dessa forma, o
gabarito é a letra B.
5 - Vacina Hepatite B
Segue o atual calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de
vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram incorporadas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Vacina Hepatite B
1 ao nascer e 3 doses
Crianças até 4 anos
na pentavalente
trimestre de gestação.
a) V,F,V,F.
b) V,V,V,V.
c) F,V,F,V.
d) F,F,V,F.
COMENTÁRIOS:
Vejamos as assertivas erradas:
Item II. O volume da vacina hepatite B (recombinante) monovalente a ser
administrado é de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir dos 20 anos. Situações
individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem diferenciados.
Ademais, a via de administração é a intramuscular profunda.
Item IV. Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional: administrar 3
(três) doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de vacinação anterior.
Nesses termos, o gabarito é a letra A (VFVF).
6 - Vacina Rotavírus
A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve ser administrada
preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e
15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7
meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
COMENTÁRIOS:
Essa questão foi de graça . A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve
ser administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. Nesses termos, o gabarito é a letra B.
7 - Vacina Meningocócica C
• Para crianças que iniciam o esquema básico após 5 meses de idade, deve-se considerar
o intervalo mínimo entre as doses e administrar a dose de reforço com intervalo de 60 dias
após a última dose;
• Para crianças entre 12 meses e 4 anos sem comprovação vacinal, deve-se administrar
dose única.
Vacina Meningocócica C
Reforço
3, 5 e 12 meses preferencialmente aos
12 m
8 - Vacina Pneumocócica:
A vacina pneumocócica 10-valente é constituída por 10 (dez) sorotipos de pneumococos
(1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 23F) e conjugada com a proteína D de Haemophilus
influenzae para oito de seus sorotipos e carreadores de toxóide diftérico (DT) e de toxóide
tetânico (TT ou T) usados por dois sorotipos.
A embalagem possui 10 frascos-ampola de vidro, apresentados em unidose, com 0,5
ml.
Segue o calendário da vacina pneumocócica 10-valente: 2 meses -> 4 meses -> reforço aos 12
meses.
De acordo com a Nota Informativa nº 149/2015 do PNI, a vacina pneumocócica 10-valente
segue a adoção de esquema básico de duas doses (2 e 4 meses) e reforço, preferencialmente aos 12
meses, podendo ser administrado até os 4 anos de idade. Para as crianças entre 12 meses e 4 anos, não
vacinadas, administrar dose única.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso do esquema básico de 2 doses e reforço. A
efetividade deste esquema de vacinação com 3 doses (2 doses no primeiro ano de vida e reforço no 2°
ano) é semelhante à do esquema com 4 doses (3 doses no primeiro ano e reforço no segundo ano). Por
isso, a 3º dose (que era aos 6 meses) foi retirada do calendário de vacinação do PNI.
Pneumocócica 10 valente
9 - Vacina Influenza
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, de interesse para a saúde
pública no Brasil. Apresenta potencial para levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos
grupos de alto risco (crianças menores de dois anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais,
portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A principal intervenção preventiva em saúde pública para este agravo é a vacinação. A
campanha anual, realizada entre os meses de abril e maio, contribuiu ao longo dos anos para a
prevenção da gripe nos grupos vacinados, além de apresentar impacto de redução das internações
hospitalares, gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias e mortes evitáveis.
Vamos conhecer os grupos prioritários a serem vacinados e recomendações:
Puérperas: mulheres no período de até 45 dias após o parto foram incluídas no grupo
alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar qualquer documento, durante o período
de vacinação (certidão de nascimento da criança, cartão da gestante, documento do
hospital onde ocorreu o parto, entre outros).
Trabalhador de Saúde: eleito para vacinação é aquele que exerce atividades de
assistência à saúde, atuando na recepção, no atendimento, bem como na investigação de
casos de infecções respiratórias, nos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis
de complexidade, cuja ausência compromete o funcionamento desses. Assim,
trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem atendimento
de pessoas com influenza, bem como recepcionistas, pessoal de limpeza, segurança,
motoristas de ambulâncias dessas unidades, equipes de laboratório responsáveis pelo
diagnóstico, profissionais que atuam na vigilância epidemiológica, e os que atuam no
controle sanitário de viajantes nos postos de entrada dos portos, aeroportos e fronteiras
deverão ser vacinados.
Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada (indicada) para a toda população
indígena, a partir dos seis meses de idade. A programação de rotina é articulada entre o
Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena
(SESAI).
Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina contra influenza.
População privada de liberdade: o planejamento e operacionalização da vacinação nos
estabelecimentos penais deverão ser articulados com as Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça (Secretarias Estaduais de
Segurança Pública ou correlatos), conforme Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário, 2.ª edição/ Brasília–DF 2005 e a NOTA TÉCNICA 121
SISPE/DAPES/SAS – PNI/SVS/MS – DEPEN/MJ, de 1º de agosto de 2011.
Pessoas portadoras de doenças crônicas (conforme listagem definida pelo Ministério
da Saúde em conjunto com sociedades científicas): a vacinação contra influenza de
indivíduos portadores de doenças crônicas e outras condições especiais foi incluída na
campanha de vacinação de 2013.
Notas:
A vacinação deste grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação e não
apenas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). No
entanto, mantém-se a necessidade de prescrição médica, que deverá ser
apresentada no ato da vacinação.
Esquema vacinal para influenza por idade, número de doses, volume por dose e intervalo entre
as doses, Brasil, 2013
Idade Número de Volume Intervalo
doses por dose
Crianças de 6 meses a 2 2 doses 0,25 ml Intervalo mínimo de 3 semanas.
anos de idade Operacionalmente: 2ª dose 30 dias após
receber a 1ª dose
Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS
Vacina Influenza
6 meses a 2
3 a 8 anos > 9 anos
anos
16. A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um problema de saúde
pública no Brasil, sendo a principal intervenção preventiva para este agravo a vacinação. Para uma
criança de 11 meses de idade, que será vacinada pela primeira vez contra Influenza, o número de
doses e o volume por dose desta vacina é de
a) 01 dose - 0,5 ml
b) 01 dose - 01 ml
c) 03 doses - 0,2 ml
d) 02 doses – 0,25 ml
COMENTÁRIOS:
Crianças de 6 meses a 2 anos de idade devem receber 2 doses da vacina contra influenza, na
dosagem de 0,25 ml. O intervalo mínimo entre as doesse é de 3 semanas. Operacionalmente: 2ª dose
30 dias após receber a 1ª dose. Assim, o gabarito é a letra D.
Atenção! Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem ser vacinados.
Indivíduos até 19 anos que não tiver comprovação do recebimento de duas doses da
vacina sarampo, caxumba e rubéola devem receber duas doses, com intervalo mínimo
de 30 dias.
Quando houver comprovação das duas doses não é preciso vacinar.
A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e rubéola é de dose
única e considera vacinação anterior devidamente comprovada, sendo indicada para
pessoas de 20 a 49 anos.
O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliou o
Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2013, com a introdução da vacina tetra viral que
possibilitará evitar complicações, casos graves e óbitos por varicela no grupo alvo da vacinação e a
prevenção, controle e eliminação das doenças sarampo, caxumba e rubéola.
A vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) substituiu a vacina tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola) para as crianças de 15 meses de idade. Assim, com a introdução da
vacina tetra viral, o PNI visa reduzir o número de injeções em um mesmo momento, bem como buscar
uma melhor adesão à vacinação e consequentemente, melhoria das coberturas vacinais.
Essa vacina, desde setembro de 2013, está sendo disponibilizada para as crianças entre 15 a 23
meses e 29 dias de idade (preferencialmente aos 15 meses), que tenham recebido a 1ª dose da vacina
tríplice viral, nas 35 mil salas de vacina da rede pública.
No Brasil, a vacina varicela está disponível desde 2000 nos Centros de Referências para
Imunobiológicos Especiais (CRIE) para indivíduos susceptíveis em situação de pré-exposição, para
pessoas sem história de varicela e com maior risco de desenvolver doença grave e ou complicações
associadas. Também já é utilizada em situação de pós-exposição, para imunocompetentes susceptíveis,
comunicantes intra-hospitalares de casos de varicela. Esta vacina está também incluída no Calendário
de Vacinação dos Povos Indígenas desde 2002.
Neste contexto, o PNI amplia a oferta de vacinas na rotina de vacinação da criança com a
introdução da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela - atenuada), exclusivamente,
para as crianças de 15 a 23 meses de idade, que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral.
Para não esquecer: A vacina tetra viral é indicada para a imunização ativa de crianças contra
sarampo, caxumba, rubéola e varicela. A introdução da vacina tetra viral no PNI ocorre com a
administração de uma dose aos preferencialmente 15 meses de idade (podendo ser aplicada entre os 15
a 23 meses e 29 dias), para crianças que já receberam uma dose da vacina tríplice viral.
Após a implantação da vacina tetra viral no calendário de vacinação da criança, o Ministério da
Saúde passou a monitorar a situação epidemiológica da varicela, visando à definição de qual o melhor
período para a inclusão da uma segunda dose com a vacina varicela nesse calendário.
As embalagens tetra viral contêm 10 frascos-ampola mais 10 seringas preenchidas com diluente
(0,5 mL) e 20 agulhas para a reconstituição e administração da vacina.
Em síntese, a vacina tetra viral é disponibilizada na rotina dos serviços públicos de vacinação
em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral aos 15 meses de idade.
Vejamos uma questão sobre as vacinas referidas:
A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e rubéola é de dose única
e considera vacinação anterior devidamente comprovada, sendo indicada para pessoas de 20 a 49
anos. Nesses termos, o gabarito é a letra A.
A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença.
Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, é
da cepa 17DD, sendo constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra africana do
vírus amarílico selvagem. Apresenta eficácia acima de 95%.
A vacina febre amarela é reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, eventos adversos podem
ocorrer, como reações locais e sistêmicas, tais como febre, dor local, cefaleia (dor de cabeça), mialgia
(dor no corpo), dentre outros. Atenção especial deve ser dada quando, após administração da vacina de
febre amarela, a pessoa apresentar dor abdominal intensa.
Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e décimo dia após a aplicação, razão pela qual
a imunização deve ocorrer dez dias antes de se ingressar em área de transmissão. É contraindicada
para:
• Crianças com menos de 6 meses de idade.
• Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza, como: - Pacientes infectados pelo HIV
com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 <200 células/mm³ ou menor de 15% do
total de linfócitos, para crianças com menos de 6 anos de idade.
•Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia,
radioterapia, imunomoduladores).
•Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
•Pacientes com imunodeficiência primária.
•Pacientes com neoplasia.
Observação: Nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração desta vacina deve
ser condicionada a avaliação médica individual de risco-benefício e não deve ser realizada em caso de
imunodepressão grave.
• Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina
(ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina).
• Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de
ausência de timo ou remoção cirúrgica).
COMENTÁRIOS:
De acordo com as novas recomendações para a vacina febre amarela, o esquema constitui
em uma 1 (uma) dose aos 9 meses de idade, sendo necessária uma dose de reforço aos 4 anos de
idade.
No entanto, essa questão foi elaborada de acordo com o esquema antigo: uma dose a partir
dos 9 meses, com reforço a cada 10 anos.
Nessa tela, o gabarito é a letra E.
Fique atento! Imunização é um conteúdo que passa por constantes atualizações, tenha
cuidado na hora da resolução das questões, pois algumas bancas ainda cobram o esquema antigo.
12 - Vacina Pólio
No Brasil, a vacina que vem sendo utilizada com sucesso desde a década de 60 é a vacina oral
poliomielite (VOP), vacina de vírus atenuados, trivalente, contendo os três tipos de poliovirus (1, 2 e
3). É epidemiológica e operacionalmente a melhor vacina para gerar proteção a cada um dos três tipos
de vírus da poliomielite e tem sido amplamente utilizada, viabilizando a erradicação global da doença.
A partir de 2016, o PNI adotará a vacina oral poliomielite (VOP) bivalente.
As ações de vacinação desenvolvidas contribuíram para a erradicação da poliomielite no País,
sendo que o último caso ocorreu em 1989.
Conforme definido no plano global de erradicação, uma região precisa estar sem circulação do
vírus da poliomielite por três anos, em vigência de um sistema de vigilância para paralisias flácidas
agudas funcionante, para ser declarada como livre da circulação do poliovírus.
No entanto, a não ocorrência de pólio no continente americano não é o suficiente, uma vez que a
doença ainda circula em outros países e pode ser reintroduzida na região através de viajantes
infectados em regiões que apresentam bolsões de pessoas não vacinadas, por exemplo.
A vigilância sensível de paralisias flácidas agudas, através da notificação, investigação e coleta
oportuna de amostras de fezes de todos os casos de paralisias flácidas agudas é fundamental para a
garantia de detecção rápida de um vírus importado e as altas e homogêneas coberturas vacinais evitam
que esses vírus circulem. É por isso que o Brasil e outros países da região ainda realizam campanhas
de vacinação com a vacina oral poliomielite e priorizam a vigilância de paralisias flácidas agudas.
vacinação com a
Vacinação contra VIP - 1ª, 2ª e 3ª
VOP -reforço aos VOP anualmente
poliomielite no doses aos 2, 4 e 6
15 meses e 4 anos nas campanhas
Brasil meses
nacionais.
O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, sendo que nos primeiros 6 meses
de idade o intervalo mínimo de 30 dias só é recomendado se o indivíduo estiver sob risco iminente de
exposição à circulação viral, como por exemplo, pessoas que se deslocarão a regiões endêmicas ou em
situações de surto da doença.
A via de administração preferencial da VIP é a intramuscular, entretanto, a via subcutânea
também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias sanguíneas).
O local de aplicação preferencial para injeção intramuscular em bebês é o músculo vasto-lateral
da coxa ou região ventroglútea e para crianças maiores o músculo deltóide.
A dose dessa vacina (VIP) é de 0,5 mL.
As contraindicações da VIP são as seguintes:
• Qualquer indivíduo portador de alergia grave (anafilaxia) a qualquer componente da
vacina. Como a VIP contém vestígios de estreptomicina, neomicina, e polimixina B,
existe um risco teórico de reações alérgicas em pessoas sensíveis a estes antibióticos;
• Qualquer pessoa que já apresentou quadro de reação alérgica grave a uma vacinação
anterior com VIP;
• Pessoas com quadro clínico de doenças respiratórias superiores leve a moderada, com
ou sem febre, reação local a uma dose prévia da vacina, terapia antimicrobiana atual
e, a fase de convalescença de doença aguda não são contraindicações para a vacinação
com VIP;
• A amamentação não interfere com o sucesso da imunização com a VIP.
A via de administração exclusiva da VOP é a oral, com a dose de duas gotas.
Notas sobre a vacina oral poliomielite (VOP):
Item II. Está indicada para a imunização passiva contra a poliomielite causada pelos três
sorotipos (1,2 e 3) a partir dos 2 meses de idade.
Item III. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina poliomielite 1, 2 e 3
(inativada) não seja administrada simultaneamente com a vacina de Rotavírus. Falso. A vacina
poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) pode ser administrada simultaneamente com qualquer outra vacina
recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações. Em caso de administração concomitante,
devem ser utilizadas diferentes agulhas e sítios de administração.
Item IV. A vacina inativada poliomielite (VIP) não deve ser usada em controle de surtos da
doença se a vacina oral poliomielite (VOP) estiver disponível. Verdadeiro. O vírus vacinal (VOP)
compete com o vírus selvagem pela ocupação dos sítios de acoplamento na luz intestinal e assim é
eficaz no bloqueio de surtos
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra E (apenas o item IV apresenta-se certo).
13 - Vacina HPV
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do
útero. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da
vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é a
quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de
câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é
específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
O Brasil está disponibilizando a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de colo do
útero. A vacina protege meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. Em 2014, meninas
dos 11 aos 13 anos receberam as duas primeiras doses necessárias à imunização, a dose inicial e a
segunda seis meses depois. A terceira dose que ser prevista para ser aplicada cinco anos após a
primeira foi retirada do calendário vacinal do PNI. Em 2015, foi estendida para as adolescentes de 9
a 11 anos. A partir de 2016, será recomendada para meninas de 9 anos. A vacina será produzida por
meio de parceria entre Butantan e Merck.
2015 9 a 11 anos;
≥ 2016 9 anos
Meninas de 9
a 13 anos
Quadrivalente MS - aos 0 e 6
(6, 11, 16 e 18) meses
Atenção! Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e, portanto, não teve contato
com o vírus HPV.
A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou
(preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema. Ainda há
muitas perguntas sem respostas relativas a essas vacinas.
Segundo Informe Técnico do PNI de 2015, a vacina contra o HPV também passou a ser ofertada
para as mulheres de 14 a 26 anos de idade vivendo com HIV. Esta população foi incorporada como
prioritária, considerando que as complicações decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em
pacientes portadores de HIV e da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Esta indicação é
reforçada com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Técnico
Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em conformidade com
o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais, visto que a vacina é uma medida de prevenção
primária que proporcionará maior proteção à infecção pelo HPV.
Vejamos agora duas questões sobre o tema:
20. (MEAC e HUWC UFC/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Em 2014, o Ministério da
Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação e ela será
fornecida gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde. Com relação à vacina do HPV, é
correto afirmar que
a) é de dose única e deve ser administrada em meninos e meninas.
b) são duas doses e deve ser administrada apenas em meninas.
c) é de dose única e deve ser administrada apenas em meninas.
A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve possível e
garantir o completo esquema de vacinação preconizado.
da circulação viral.
Nobre concurseira(o), veja que os instrumentos disponíveis para prevenção e controle da raiva
humana são a vacina e o soro.
As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de risco. São
produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de galinha,
etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) inativados pela betapropiolactona.
As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica (utilizada em casos
específicos).
de pouca gravidade. O soro para uso humano (soro heterólogo) é uma solução concentrada e
purificada de anticorpos, preparada em equídeos imunizados contra o vírus da raiva.
A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a maior
quantidade possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado diretamente ao redor das lesões do
animal agressor). Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode ser
diluída, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não
permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via
intramuscular, na região glútea.
No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático antirrábico humano
1 - É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o
animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas
intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de
vacinação.
2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados
do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de
contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não
tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus
donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema
de profilaxia indicado. Se o animal for procedente de área de raiva controlada não é necessário iniciar
o esquema profilático. Manter o animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado
(soro+vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.
3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose,
aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular,
podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a
vacina. Quando as lesões, forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode ser
diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas.
4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando o
mesmo não se encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da
aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário.
5 - Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da
gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição.
Vejamos uma questão sobre o tema:
Esquema 3 doses
Dias de aplicação 0, 7, 28
O item correto é o A, pois descreve que o esquema pré-exposição é composto por 3 doses, nos
dias 0, 7 e 28.
A vacina é indicada para gestantes a partir da vigésima sétima semana (27ª) até a trigésima sexta
semana (36ª) de gestação, preferencialmente, podendo ser administrada até 20 dias antes da data
provável do parto. A dTpa adulto deve ser administrada a cada gestação considerando que os
anticorpos tem curta duração, portanto, a vacinação na gravidez não levará a alto nível de anti-corpos
protetores em gestações subsequentes. Esta vacina deverá ser registrada no cartão do pré-natal ou de
vacinação do adulto.
Para a proteção do RN, além da indicação da vacina para as gestantes, é de fundamental
importância a vacinação dos profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de
internação neonatal (UTI/UCI convencional e UCI Canguru), atendendo recém-nascidos e crianças
menores de um ano.
Especificação técnica:
Caixa com 10 seringas prenchidas monodose de 0,5 mL e 10 agulhas para aplicação
intramuscular.
Esquema recomendado: O esquema recomendado da dTpa adulto é uma dose a cada gestação;
A depender da situação vacinal encontrada administrar uma dose da vacina dTpa para iniciar o
esquema, completar ou como dose de reforço. Este esquema deverá ser completada até 20 dias antes
da data provável do parto com a dT.
Resumo - dTpa
dose profissionais
• Proteção da • 27ª a 36ª s
criança - • 0,5 ml • < 20 d parto • UTI Neonatal
coqueluche • IM • maternidades
objetivo gestantes
16 – Vacina Hepatite A
E indicada para a prevenção da infecção causada pelo vírus da hepatite A. O PNI
recomenda a vacinação de crianças de 12 meses ate menores de 2 anos de idade.
O PNI recomenda uma dose aos 15 meses (antes era aos 12 meses) de idade na rotina de
vacinação. Situações individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem
diferenciados nos CRIE.
O volume da vacina a ser administrado e de 0,5 mL. A vacina pode ser administrada
simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do Ministério da
Saúde.
A vacina e administrada por via intramuscular.
0,5
ml Atenção! A vacina contra Hepatite A foi incluída
desde o dia 15/07/2014 no Calendário Nacional de
IM 15
Imunização. É indicada para crianças entre 1 a 2
anos. Dose única, 0,5 ml, IM.
meses
– até 23
meses
23. (Rômulo Passos) A ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC, após a administração de uma vacina
constitui contraindicação à dose subsequente.
COMENTÁRIOS:
Alguns fatores, situações e condições podem ser considerados como possíveis contraindicações
comuns à administração de todo e qualquer imunobiológico. Outros fatores, situações e condições
especiais devem ser objeto de avaliação tem em vista a decisão em vacinar. Além disso, Outros
fatores, situações e condições podem apontar a necessidade do adiamento da vacinação. Já as situações
específicas, relacionadas a cada produto em particular, estarão citadas na descrição de cada vacina.
Contraindicação é entendida como uma condição na pessoa a ser vacinada que aumenta, em
muito, o risco de um evento adverso grave, ou que faz com que o risco de complicações da vacina seja
maior que o risco da doença contra qual se deseja proteger. A vacina não deve ser administrada
quando uma contraindicação é identificada na pessoa a ser vacinada.
Para todo e qualquer imunobiológico consideram-se como contraindicações:
A questão está incorreta, já que a ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC, após a administração de
uma vacina não constitui contraindicação à dose subsequente.
24. (Rômulo Passos) De acordo com o Programa Nacional de Imunização, pessoas que fazem uso de
terapia com corticosteróides devem ser vacinadas com intervalo de, pelo menos, um mês após a
suspensão da droga.
COMENTÁRIOS:
São situações especiais que devem ser avaliadas, cada uma em suas particularidades, no sentido
da indicação ou não da vacinação:
pessoas que fazem uso de terapia com corticosteróides devem ser vacinadas com
intervalo de, pelo menos, um mês após a suspensão da droga;
Notas:
Essas pessoas podem estar imunodeprimidas, dependendo da dose e do tempo
de utilização da droga;
São consideradas como imunossupressora a dose superior a 2mg/kg de peso,
por dia, de prednisona ou equivalente para crianças, e acima de 20 mg/kg de
peso, por dia, para crianças maiores e adultos, por tempo superior a 14 dias.
pessoas infectadas pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças
imunopreveníveis, mas é necessário avaliar cada caso, considerando que há uma grande
heterogeneidade de situações, desde o soropositivo (portador assintomático, sem
alterações imunológicas) até o imunodeprimido, com a instalação da doença;
indivíduos classificados como HIV-positivos, mas que não apresentam alterações
imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de
imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação o mais
precocemente possível.
Notas:
Na medida em que aumenta a imunodepressão, aumenta o risco da
administração de vacinas de agentes vivos, bem como a possibilidade de
resposta imunológica insuficiente ou inadequada;
Pessoas com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber
vacinas de agentes vivos.
a pessoa que fez transplante de medula óssea (pós-transplantada) deve ser revacinada
com todas as vacinas dos calendários oficiais de vacinação (de acordo com a indicação:
idade e dose), seis a 12 meses depois do transplante; devem ser encaminhados ao CRIE
para serem vacinados.
Notas:
Considerar que o transplantado, com relação à resposta imune, pode ser
afetado por inúmeros fatores: imunidade do doador, tipo de transplante, tipo de
célula utilizada, medicamentos imunossupressores etc.
25. (Rômulo Passos) A decisão por adiar uma vacina está relacionada a uma atitude de precaução por
parte do profissional de saúde que deve avaliar a relação entre o risco e o benefício de uma
determinada imunização.
COMENTÁRIOS:
O adiamento da administração de um imunobiológico é uma decisão que está relacionada a uma
condição específica da pessoa que vai receber a vacina (física e ou biológica) ou à possibilidade de
interferência entre vacinas no caso de vacinas vivas.
A decisão por adiar uma vacina está relacionada a uma atitude de precaução por parte do
profissional de saúde que deve avaliar a relação entre o risco e o benefício de uma determinada
imunização.
O adiamento da administração de um imunobiológico, no entanto, deve ocorrer somente em
situações muito específicas a exemplo das descritas a seguir:
quando a pessoa estiver recebendo dose elevada de corticóide, a vacinação com vacinas
de vírus vivo atenuado ou com vacina de bactéria viva deve ser adiada por 30 dias depois
da suspensão ou do termino do tratamento;
Nota:
Considerar como elevada a dose maior que 2mg/kg de peso/por dia, de
prednisona ou equivalente para crianças e maior que 20mg/kg de peso/por dia
para crianças maiores e adultos, por um período inferior a 14 dias.
A administração de imunoglobulina humana (gamaglobulina) sangue total ou plasma
deve ser adiada nos três meses anteriores à imunossupressão por doença ou terapêutica
(quimioterapia, radioterapia);
quando a pessoa apresenta doença grave febril principalmente para que os sinais e
sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos
relacionados à vacina aplicada.
A questão, portanto, encontra-se correta.
27. (Rômulo Passos) Falsa contraindicação é a situação em que o profissional de saúde diante
de situações ou ocorrências que não têm sustentação técnica ou científica decide por não
administrar a vacina, muitas vezes por receio, insegurança ou desconhecimento. São
exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações, ou seja,
situações em que as pessoas podem receber qualquer vacina, exceto:
a) vigência de enfermidade aguda benigna, a exemplo de processo catarral ou diarréia quando
a criança é sadia, ou infecção simples das vias respiratórias superiores (resfriado comum,
coriza, catarro), sem febre;
b) criança prematura, com exceção daquelas com peso inferior a 2,5 kg;
c) ocorrência de reação a uma dose anterior da vacina, a exemplo da reação local (dor,
vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção) ou febre inferior a 40,5 ºC, registrada após a
administração da vacina tetravalente;
d) uso de antibiótico ou antiviral, uma vez que esses medicamentos não interferem na resposta
imune às vacinas;
e) vigência de desnutrição, uma vez que mesmo nessas situações a resposta às vacinas é
adequada e não há aumento dos eventos adversos.
COMENTÁRIOS:
São exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas contraindicações,
ou seja, situações em que as pessoas podem receber qualquer vacina:
4 As vacinas produzidas contra os vírus podem ser de dois tipos a saber: atenuada ou inativada. A vacina atenuada é aquela
em que o vírus encontra-se vivo, porém sem capacidade de produzir a doença (caxumba, febre amarela, poliomielite,
rubéola, sarampo, tríplice viral, varicela e varíola). Algumas vezes estes vírus podem reverter para a forma selvagem
causando a doença. Estas vacinas são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes. A vacina inativada contém o vírus
inativado por agentes químicos ou físicos, ou subunidades e fragmentos obtidos por engenharia genética. Neste caso nunca
ocorre a reversão para a forma selvagem (gripe, hepatites A e B, poliomielite injetável e raiva). Estas vacinas podem ser
indicadas para os imunodeprimidos.
A vacina inativada poliomielite (VIP) é constituída por cepas inativadas (mortas) dos três
tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos contra todos eles.
A vacina BCG é preparada com bacilos vivos (bactérias), a partir de cepas do Mycobacterium
bovis, atenuadas com glutamato de sódio.
A vacina hepatite B (recombinante) contem o antígeno recombinante de superfície (rHBsAg)
que é purificado por vários métodos físico-químicos, adsorvido por hidróxido de alumínio, tendo o
timerosal como conservante. A composição varia conforme o laboratório produtor.
A vacina pentavalente é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico com a Bordetella
pertussis (bactérias) inativada, oligossacarídeos Hib e antígeno de superfície da hepatite B.
A vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT) é constituída pelos toxóides diftérico e
tetânico, sendo que o componente diftérico apresenta-se em menor concentração que na vacina
adsorvida difteria, tétano e pertussis e na vacina adsorvida difteria e tétano infantil.
A vacina conjugada meningococo do grupo C é apresentada sob a forma isolada ou
combinada com o meningococo do grupo A (bactéria). Neste caso, contêm 50mcg do polissacarídeo
capsular purificado correspondente a cada sorogrupo.
Por eliminação, o gabarito da questão é a letra B.
COMENTÁRIOS:
Item A. Incorreto. A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve ser
administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a
partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3
meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.
vacinal encontrada.
A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses com a vacina tríplice viral e a 2ª dose,
preferencialmente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e
varicela), para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. A vacina tetra viral
será administrada entre os 15 a 23 meses e 29 dias, caso a criança tenha recebido a 1ª dose da tríplice
viral.
Para não esquecerem: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) continuará a ser
administrada preferencialmente aos 12 meses de idade. As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da
tríplice viral deverão receber a tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15
meses).
Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administrar a vacina tríplice viral
observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar
duas doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola.
Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade, deve-se administrar uma dose, conforme situação
vacinal encontrada. Considerar vacinada a pessoa que comprovar uma dose de vacina com componente
sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) ou sarampo e rubéola (dupla viral).
5A pentavalente pode, ainda, ser administrada na região ventro-glútea, por estar livre de estruturas anatômicas
importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos), sendo indicada para qualquer faixa etária.
Crianças entre 1 a 2
anos, sendo feita
Hepatite A6 0,5 ml IM Dose única
preferencialmente aos 15
meses.
De 1 a 19 anos todo indivíduo deve ter o
esquema de 2 doses. Indivíduos de 20 a 49
Aos 12 meses e a
anos de idade que não apresentarem
Tríplice segunda dose aos 15
0,5 ml SC comprovação vacinal administrar 1 dose.
Viral (SCR) meses de idade com a
vacina tetra viral. É contra indicada para gestantes.
Dupla tipo Indivíduo sem vacinação 0,5 ml IM Os vacinados anteriormente com 3 doses das
6
O Ministério da Saúde anunciou em 29 de julho, a introdução da vacina contra hepatite A no Calendário Nacional de
Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e já foram distribuídas
para postos de saúde de todo o País. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões
de crianças. Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
De acordo com o caso hipotético apresentado na questão, o filho da Mariana (com esquema
vacinal completo até os 9 meses) recebeu as seguintes vacinas: BCG (dose única); Hepetite b (dose ao
nascer); pentavalente - Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae, Hepatite B (3 doses);
VIP (3 doses da VIP); pneumo 10 (2 doses); Rotavírus (2 doses); Meningo C (2 doses), Febre
amarela (dose inicial).
Como o filho de Marina tem 14 meses e 2 dias, necessita dos seguintes imunobiológicos:
pneumo10 (reforço); e tríplice viral - Sarampo, Caxumba e Rubéola (1ª dose).
A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra B.
COMENTÁRIOS:
A condição vacinal do idoso deve ser verificada e algumas vacinas devem ser realizadas, a
exemplo das vacinas influenza, pneumocócica 23-valente e a difteria e tétano (dT).
A vacina influenza é administrada anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação
contra a Influenza.
A vacina contra difteria e tétano (dT) deve ser administrada a cada 10 anos como reforço da
tetravalente/pentavalente e DTP, quando o esquema dessas vacinas estiver em dia.
Deve ser administrada uma dose da vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica), durante
a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, nos indivíduos de 60 anos e mais não
vacinados que vivem acamados e ou em instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais,
unidades de acolhimento/asilos, casas de repouso. Ademais, deve ser administrada uma dose adicional
da vacina pneumocócica 23-valente 5 anos após a dose inicial, uma única vez.
Acerca da questão, notamos que a vacina meningocócica só é administrada em crianças. Em
regra, a vacina contra a Hepatite B é administrada em pessoas até 49 anos. Podendo ser feita em
qualquer idade em grupos vulneráveis.
A questão foi acertadamente anulada, pois apenas as vacinas contra a influenza, difteria e tétano
(dT) e a pneumocócica 23-valente fazem parte do calendário nacional da pessoa idosa.
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses.
Regra atual:
Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas na criança ao
nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.
Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da
criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).
Administrada por via intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos de
idade e na região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.
Após exposição do conteúdo, concluímos que o gabarito da questão é a letra A.
administrada preferencialmente aos 12 meses de idade. As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da
tríplice viral deverão receber a tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15
meses).
Em síntese, a vacina tetra viral será disponibilizada na rotina dos serviços públicos de vacinação
em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral aos 15 meses de idade.
Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra A.
1 - Sífilis
A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem
se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases,
período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e,
por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis,
principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto
e/ou morte ao nascer.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha
com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o
bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o
correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de
prevenir-se contra a sífilis.
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços
nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém
infectado. As feridas e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam
pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a
pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir
manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem,
dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento
em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas
cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.
O VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e RPR (Rapid Plasm Reagin) são
exames qualitativos e quantitativos, sendo utilizados para o diagnóstico e o seguimento
pós-terapêutico da sífilis.
O VDRL deve ser solicitado para todas as gestantes no mínimo duas vezes no pré-natal
(na primeira consulta e no terceiro trimestre) e na internação para o parto, abortamento ou
qualquer outra intercorrência durante a gestação. Todos os portadores de DST ou pessoas que
se expuseram a risco de adquirir uma DST e para qualquer pessoa sempre que se suspeitar do
diagnóstico de sífilis, em qualquer uma de suas fases, deve se solicitar o teste.
O VDRL tende a tornar-se reativo a partir da segunda semana do aparecimento do cancro
(sífilis primária), ou em torno de 50 dias do contágio, e sofre uma elevação ao longo do
tempo; via de regra, a titulação está mais elevada na fase secundária da doença.
c) Clamídia.
d) Sífilis.
e) Gonorreia.
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer uma breve descrição das doenças descritas na questão para melhor
entendimento do tema.
Item A. O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de
galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). A
infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais
comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns
surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na
boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem
apresentar sintomas.
Item B. A Candidíase é a infecção endógena da vulva e da vagina, causada por um fungo
comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva. A forma mais comum de candidíase
oral é a pseudomembranosa, caracterizada por placas brancas removíveis na mucosa oral (aftas).
Outra apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre
o palato duro ou mole.
Item C. A Clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) de maior prevalência
no mundo. Ela é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e
mulheres e ser transmitida da mãe para o feto na passagem pelo canal do parto. A infecção atinge
especialmente a uretra e órgãos genitais, mas pode acometer a região anal, a faringe e ser
responsável por doenças pulmonares. A infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas
aparecem, são parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções,
presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos
do período menstrual e dor no baixo ventre.
Item D. A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum.
Podem se manifestar em três estágios:
- Sífilis primária ou cancro duro, classicamente, caracteriza-se pela presença de lesão erosada
ou ulcerada, geralmente única, pouco dolorosa, com base endurecida, fundo liso, brilhante e pouca
secreção serosa.
- Sífilis secundária, geralmente caracteriza-se pela presença de lesões cutâneo-mucosas, de 6 a 8
semanas após o aparecimento do cancro duro.
- Sífilis latente (recente e tardia) é a forma da sífilis adquirida na qual não se observam sinais e
sintomas clínicos e, portanto, tem o seu diagnóstico feito apenas por meio de testes sorológicos.
- Sífilis terciária os sinais e sintomas geralmente aparecem de 3 a 12 anos ou mais após o início
da infecção, principalmente por lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas); neurológicas
(tabes dorsalis, demência, goma cerebral); cardiovasculares (aneurisma aórtico) e osteo-articulares
(gomas, artropatia de Charcot).
Item E. Gonorreia é infecção causada por bactérias que podem atingir os órgãos genitais
masculinos e femininos. Pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os
olhos. Quando não tratada, essa doença pode causar infertilidade (dificuldade para ter filhos), dor
durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos à saúde. Nas mulheres, pode
haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento de corrimento, sangramento fora
da época da menstruação, dor ou sangramento durante a relação sexual. Entretanto, é muito
comum estar doente e não ter sintoma algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de
saúde periodicamente, em especial se houve sexo sem camisinha. Nos homens, normalmente há
uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor
nos testículos. É possível que não haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber.
Por conseguinte, concluímos que o gabarito da questão é a letra D.
2 - Herpes
A Herpes genital é uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem
tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se
transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem
reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição
ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres,
os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero).
Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que
se rompem formando feridas e desaparecem espontaneamente. Antes do surgimento das
bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e
mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do
pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos
sintomas.
A Herpes Simples é uma virose transmitida, predominantemente, pelo contato sexual
(inclusive oro-genital). A transmissão pode se dar, também, pelo contato direto com lesões ou
objetos contaminados. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em
poucos dias, transformam-se em pequenas ulceras, precedidas de sintomas de ardência,
prurido e dor.
O vírus do Herpes Simples é comumente associado a lesões de membranas mucosas e
pele, ao redor da cavidade oral (herpes orolabial) e da genitália (herpes anogenital).
Determina quadros variáveis benignos ou graves. Há dois tipos de vírus: o tipo 1, responsável
por infecções na face e tronco, e o tipo 2, relacionado às infecções na genitália e de
transmissão geralmente sexual. Ambos os vírus podem infectar qualquer área da pele ou das
mucosas.
Vejamos uma questão sobre o tema:
38. (HU-UFS/EBSERH/ Instituto AOCP/2014) Herpes é uma doença que, apesar de não ter
cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem
e se transformam em feridas. Sobre esta doença, é correto afirmar que
a) depois que a pessoa teve contato com esta bactéria, ela está imune à doença, exceto se
reaparecer fatores como estresse e cansaço.
b) o herpes genital é transmitido por meio de contaminação sanguínea durante uma transfusão de
sangue ou uso de drogas injetáveis.
c) por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção
aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras
pessoas.
d) em mulheres, durante o parto, o bebê está imune, mesmo que a gestante apresente lesões por
herpes.
e) as bolhas se localizam principalmente na parte externa dos membros inferiores e superiores.
Após algum tempo, a herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas.
COMENTÁRIOS:
Vamos detalhar cada item para melhor entendimento do tema:
Item A. Incorreto. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem
reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao
sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação.
Item B. Incorreto. O herpes genital não é transmitido por meio de contaminação sanguínea
durante uma transfusão de sangue ou uso de drogas injetáveis.
Item C. Correto. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é
uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e
feridas com outras pessoas.
Item D. Incorreto. Em mulheres, durante o parto, o bebê não está imune, mesmo que a
gestante apresente lesões por herpes.
Item E. Incorreto. As bolhas se localizam principalmente na região genital (pênis, ânus,
vagina, colo do útero). Após algum tempo, a herpes pode reaparecer no mesmo local, com os
mesmos sintomas.
Dessa forma, o gabarito é a letra C.
3 - Condiloma Acuminado
O Condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de
galo, figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV).
Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer,
principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito
comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o
Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feita de rotina por
todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os
fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável
procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem,
é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais
comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem
aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo
vírus sem apresentar sintomas.
A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o
contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível,
o risco de transmissão é muito maior.
O Brasil disponibilizará a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de colo
do útero. A vacina irá proteger meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. Já
em 2014, meninas dos 11 aos 13 anos receberão as duas primeiras doses necessárias à
imunização, a dose inicial e a segunda seis meses depois. A terceira dose deverá ser aplicada
cinco anos após a primeira. Em 2015, será estendida para as adolescentes de 9 a 11 anos.
4 - Disposições Gerais
COMENTÁRIOS:
Vejamos as atividades referentes a cada nível de atendimento:
Atividades do Nível 1 - Básico:
- Realizar consulta médica emergencial das úlceras genitais, dos corrimentos genitais
masculinos e femininos e das verrugas ano-genitais externas, utilizando a abordagem
sindrômica, conforme normas estabelecidas pelos fluxogramas propostos do Programa
Nacional e Estadual de DST/AIDS.
- Realizar o aconselhamento incorporado na consulta médica.
- Realizar coleta de sangue e/ou solicitação de exames para Sífilis, Hepatite B e HIV,
nos casos de úlceras, corrimentos e verrugas genitais.
- Realizar tratamento de sífilis.
- Notificar a síndrome genital, sífilis na gestação, sífilis congênita e HIV na
gestante/criança exposta.
- Notificar os (as) parceiros(as) das pessoas com síndromes genitais para investigação
e/ou tratamento epidemiológico.
- Referir os casos suspeitos de DST com manifestações cutâneas extragenitais para
unidades que disponham de dermatologista.
- Referir os casos de DST complicadas para unidades que disponham de especialistas e
recursos laboratoriais.
- Referir os casos de DST não resolvidos pelo tratamento sindrômico para unidades
que tenham laboratório.
- Referir os casos de dor pélvica com sangramento ou quadros mais graves para
unidades com ginecologista.
Item B. Correto. O Cancro mole também é chamado de cancro venéreo, mas seu nome
mais popular é “cavalo”. Doença transmitida sexualmente, provocada pela
bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais, como o Brasil.
Item C. Incorreto. O Herpes Zoster, geralmente é decorrente da reativação do vírus da
varicela em latência, ocorrendo em adultos e em paciente imunocomprometidos, como
portadores de doenças crônicas, neoplasias, aids e outras.
Causas diversas podem causar uma reativação do vírus, que, caminhando
centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele, causando a característica erupção do
herpes zoster. Excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem herpes zoster após contato
com doentes de varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a
possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imunizado. É também possível
uma criança adquirir varicela por contato com doente de zoster.
Item D. Correto. Granuloma Inguinal também é chamado de donovanose ou granuloma
venéreo, doença causada pela bactéria Calymmatobacterium granulomatis (Klebsiella
granulomatis, Donovania granulomatis) transmitida, provavelmente por contato direto com
lesões, durante a atividade sexual. Entretanto, sua transmissão ainda é assunto controvertido.
Item E. Correto. O Linfogranuloma venéreo é uma infecção crônica causada pela
bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha. É uma doença
bacteriana sexualmente transmissível, caracterizada pelo envolvimento do sistema linfático,
tendo como processos básicos a trombolinfangite e perilinfangite.
Nesses termos, o gabarito é a letra C.
proliferação maciça de uma flora mista, que inclui Gardnella Vaginallis, Peptoestreptococcus
e Micoplasma hominis. Não é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Portanto, gabarito letra A.
Pressão arterial sanguínea é a medida da tensão exercida pelo sangue nos vasos durante
a sístole e a diástole ventricular.
Débito Cardíaco (DC) é a quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto.
Os fatores que influenciam no débito cardíaco são a frequência cardíaca (FC) e o volume
sistólico (VS). Quanto maior for qualquer uma dessas variáveis, maior será o DC.
DC = FC x VS
O volume sistólico é a quantidade de sangue que será bombeado pelo coração em uma
contração.
De acordo com a SBH, quando houver um aumento no volume de sangue a ser
ejetado, por exemplo quando os rins não funcionam normalmente ou quando o coração
contrai de modo insuficiente, ou quando a frequência cardíaca aumenta, isto é, o coração
bate mais vezes por minuto para ejetar um determinado volume de sangue, ou quando a
resistência oferecida pelas artérias para a passagem do sangue estiver aumentada, ocorre
aumento da pressão arterial.
De acordo com a SBC, a linha demarcatória que define HAS considera valores de PA
sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório. O
diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em, pelo
menos, três ocasiões.
A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência
no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para
indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos7.
O Ministério da Saúde8 relatou, em 2006, que no Brasil são cerca de 17 milhões de
portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. E esse número é
crescente; seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das
crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela
morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um
problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo
7 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 1, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 19, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.
8 Brasil, 2006, p. 7, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C
não deve diferir da posição sentada. O 5º ruído de Korotkoff deve ser considerado como a
pressão diastólica9.
Vamos agora aprender e gravar a classificação atual, conforme disposições da SBH
(2010) e Ministério da Saúde (2013)10.
9
SBC; SBH; SBN, 2010, p. 5-6, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 51, disponível em:
http://goo.gl/FXmjtP.
10 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP.
Vamos descrever os procedimentos, na tabela abaixo, conforme SBC; SBH; SBN, 2010,
p. 6-8:
1 - Automedida da pressão arterial (AMPA):
A AMPA foi definida como a realizada por pacientes ou familiares, não profissionais
de saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio, representando uma importante fonte
de informação adicional.
• Orientar para que não sejam realizados exercícios físicos durante a execução do
exame;
• Vestir camisa de manga larga para não limitar o movimento dos braços; as mulheres
devem evitar o uso de vestido;
• Seguir a orientação do médico-assistente sobre a(s) medicação(ões) de uso crônico;
• Evitar a execução de exercício físico nas 24 horas que precedem o exame em pacientes
que não o pratiquem regularmente;
• Tomar banho antes do exame, pois não será permitido fazê-lo durante o procedimento;
• Informar que o monitor será fixado na cintura por meio de um cinto.
Portanto, durante a realização da MAPA, o paciente monitorado não deve realizar
exercícios físicos, mas pode fazer caminhadas do cotidiano.
Já caiu em prova!
De acordo com estudos relatados pela SBC; SBH; SBN (2010, p. 18), o chocolate
amargo (com alto teor de cacau) pode promover discreta redução da PA, devido às altas
concentrações de polifenóis.
A cessação do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na prevenção
primária e secundária das doenças cardiovasculares e de diversas outras doenças. Não há,
entretanto, evidências de que, para o controle de PA, haja benefícios (SBC; SBH; SBN,
2010, p. 20).
Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão arterial são maiores, o que pode
estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos.
Na população negra, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode
estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. Em nosso País, predomina a
população miscigenada, que pode diferir da população negra quanto às características da
hipertensão12. Desta forma, para pacientes negros, desde que não haja contraindicações, o uso
de diuréticos e bloqueadores de canais de cálcio é a opção mais racional13.
De acordo com a SBC; SBH; SBN (2010, p. 5), alterações próprias do envelhecimento
determinam aspectos diferenciais na PA dessa população como, maior frequência de “hiato
auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito,
geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando em
valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente altos para a diastólica. A grande
variação da pressão arterial nos idosos, ao longo das 24 horas, torna a MAPA útil. A “pseudo-
hipertensão”, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra
de Osler, ou seja, quando a artéria radial permanece ainda palpável, após a insuflação do
manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial.
O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a
interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns
meses. Deve-se, no entanto, providenciar a substituição por método contraceptivo eficaz.
Todavia, em 2013, o Ministério da Saúde não fez as recomendações acima na
atualização do Caderno de Atenção Básica nº 37. Relatou apenas que a substituição de
anticoncepcionais hormonais orais por outros métodos contraceptivos promove a redução da
pressão arterial em pacientes hipertensas14.
A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão
arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da
pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que é
potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta
avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-
hipertensivos15.
Por conseguinte, a hipertensão arterial secundária é aquela com causa bem definida
como a endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo,
hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal, feocromocitoma, uso
de hormônios exógenos).
Sendo assim, a única alternativa correta é a D. Porém, seria mais correto dizer que a
frequência cardíaca encontrada foi de 120bpm e não > 120bpm.
b) Antes da mensuração da PA, deve ser determinado o ponto de máxima insuflação por meio
do método auscultatório.
COMENTÁRIOS:
Vejamos os erros das assertivas:
II- Os locais mais comuns para verificação da pressão arterial são: artéria braquial nos
membros superiores e artéria poplítea nos membros inferiores.
III- O manguito deve ser colocado sobre o braço nu, 2 a 2,5 cm acima da fossa antecubital.
Item IV. O diafragma do estetoscópio deve ser colocado na arteria braquial, na região
da fossa antecubital, e não embaixo do manguito.
a) Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar
relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos.
b) O uso de antiagregantes plaquetários é contraindicado para pacientes que apresentem
hipertensão e doença cardiovascular manifesta.
c) O tratamento não-farmacológico é uma medida ineficaz para controle da hipertensão
arterial, sendo, portanto, pouco recomendado.
d) Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 130
mmHg e uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 90 mmHg.
e) Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na posição supina. A
determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase IV de Korotkoff.
COMENTÁRIOS:
Item D. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual
a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg.
Item E. Não se recomenda que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na
posição supina, para não ocasionar a compressão da veia cava. Ademais, a determinação da
pressão diastólica deve ser realizada na fase V de Korotkoff.
avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-
hipertensivos. As causas mais comuns de HAS secundária estão vinculadas aos rins
(parenquimatosa, arterial ou obstrutiva).
As causas de HAS secundária podem ser divididas em categorias:
• Causas renais: rim policístico, doenças parenquimatosas.
• Causas renovasculares: coarctação da aorta, estenose da artéria renal.
• Causas endócrinas: feocromocitoma, hiperaldosteronismo primário, síndrome de
Cushing, hipertireoidismo, hipotireoidismo, acromegalia.
• Causas exógenas: drogas, álcool, tabagismo (especialmente em grandes quantidades),
cafeína, intoxicação química por metais pesados.
O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de pressão obtida entre a medida
conseguida no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20
mmHg na pressão sistólica e/ou de 10 mmHg na pressão diastólica.
Item B. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e
uma pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg..
Item C. A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 130
x 85 mmHg, monitorados através do MAPA.
A pessoa com PA ótima, menor que 120/80mmHg deverá verificar novamente a PA
em até dois anos. As pessoas que apresentarem PA entre 130/85mmHg são consideradas
normotensas e deverão realizar a aferição anualmente. Excetuam-se pacientes portadores
de diabetes mellitus, quando a PA deverá ser verificada em todas as consultas de rotina.
Item E. Hipertensão mascarada é definida como a situação clínica caracterizada por
valores normais de PA no consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA elevada pela MAPA
durante o período de vigília ou na MRPA.
Portanto, a hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais
no consultório, porém elevados em situações normais fora do consultório.
Por fim, vejamos os valores abaixo:
18
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
(Cadernos de Atenção Básica, n. 37)
elevado em apenas um dia, mesmo que em mais do que uma medida, não é suficiente para
estabelecer o diagnóstico de hipertensão.
Classificação da pressão arterial para adultos maiores de 18 anos
19
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37)
A maioria dos casos de Diabetes tipo 2 apresenta excesso de peso ou deposição central
de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na
secreção de insulina.
O diabetes gestacional é um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo
1 e 2, detectado pela primeira vez na gravidez. Geralmente se resolve no período pós-parto e
pode frequentemente retornar anos depois. Hiperglicemias detectadas na gestação que
alcançam o critério de diabetes para adultos, em geral, são classificadas como diabetes na
gravidez, independentemente do período gestacional e da sua resolução ou não após o parto.
Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta de pré-natal23.
O diagnóstico de diabetes baseia-se na detecção da hiperglicemia. Existem quatro tipos
de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: glicemia casual, glicemia de
21
Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP.
22 A descompensação hiperglicêmica aguda, com glicemia casual superior a 250 mg/dl pode evoluir para complicações mais
graves como cetoacidose diabética e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica,
23 Brasil, 2013-B, p. 29, disponível em: http://goo.gl/506DyP.
jejum, teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g em duas horas (TTG) e, em alguns
casos, hemoglobina glicada (HbA1c)24, conforme descrição na tabela abaixo.
Amigo (a), vamos detalhar esses exames, de acordo com a American Diabetes
Association25.
A1C (Hemoglobina Glicada - HbA1C) - o teste mede a glicemia média dos
últimos 2 a 3 meses. As vantagens de ser diagnosticado desta maneira é que
você não precisa se rápido ou beber qualquer coisa. A diabetes é diagnosticada
em A1C ≥ 6,5%;
Já caiu em prova!
No Diabetes Tipo 1 (a cetoacidose é rara no diabetes tipo 2), a cetoacidose pode ser
grave, podendo desencadear intercorrências como infarto e acidente vascular cerebral.
Os principais sintomas da cetoacidose diabéticas são: polidipsia, poliúria, enurese,
hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,
desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por
hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia e acidose metabólica (pH <7,3 e
bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque,
distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia
respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.
Apesar de não serem os únicos e os mais específicos, fazem parte dos sintomas do
quadro inicial da cetoacidose: desidratação, vômitos e dor abdominal.
Entre os fatores indicativos do DM encontramos o sobrepeso e as doenças
cardiovasculares, sendo relevantes os antecedentes familiares.
A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a
resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que
podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para
26 SBEM, disponível em: http://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/ e SBC; SBEM; SBD; ABEO, 2005, p.8,
disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2005/sindromemetabolica.pdf.
Transporte e viagens:
colocar o frasco em bolsa térmica ou caixa de isopor, sem gelo comum ou gelo
seco;
na ausência de bolsa térmica ou caixa de isopor, o transporte pode ser realizado
em bolsa comum, desde que a insulina não seja exposta à luz solar ou calor
excessivo;
em viagens de avião, não despachar o frasco com a bagagem, visto que a baixa
temperatura no compartimento de cargas pode congelar a insulina.
Seringas e agulhas:
apesar de serem descartáveis, as seringas com agulhas acopladas podem ser
reutilizadas pela própria pessoa, desde que a agulha e a capa protetora não tenham
sido contaminadas;
o número de reutilizações é variável, de acordo com o fabricante, mas deve ser
trocada quando a agulha começar a causar desconforto durante a aplicação
(considera-se adequada a reutilização por até oito aplicações, sempre pela mesma
pessoa);
a seringa e a agulha em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente;
após o uso, a seringa deve ser “recapada” pela pessoa;
não se recomenda higienização da agulha com álcool;
o descarte da seringa com agulha acoplada deve ser realizado em recipiente
próprio para material perfurocortante, fornecido pela Unidade Básica de Saúde
(UBS), ou em recipiente rígido resistente, como frasco de amaciante. Não é
recomendado o descarte do material em garrafa PET devido a sua fragilidade.
Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve entregar o material na UBS para
que a mesma faça o descarte adequado.
Preparação e aplicação:
lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina;
o frasco de insulina deve ser rolado gentilmente entre as mãos para misturá-la,
antes de aspirar seu conteúdo;
em caso de combinação de dois tipos de insulina, aspirar antes a insulina de
ação curta (regular) para que o frasco não se contamine com a insulina de ação
intermediária (NPH);
não é necessário limpar o local de aplicação com álcool;
o local deve ser pinçado levemente entre dois dedos e a agulha deve ser
introduzida completamente, em ângulo de 90 graus;
em crianças ou indivíduos muito magros esta técnica pode resultar em aplicação
intramuscular, com absorção mais rápida da insulina. Nestes casos podem-se
utilizar agulhas mais curtas ou ângulo de 45 graus;
não é necessário puxar o êmbolo para verificar a presença de sangue;
esperar cinco segundos após a aplicação antes de se retirar a agulha do
subcutâneo, para garantir injeção de toda a dose de insulina;
é importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina de modo a
manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção. Orientar a pessoa a
organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local
em menos de 15 a 20 dias, para prevenção da ocorrência de lipodistrofia.
Após aberto, o frasco pode ser mantido em temperatura ambiente para minimizar
dor no local da injeção, entre 15°C e 30°C, ou também em refrigeração, entre 2°C a 8°C.
Cetoacidose
Os principais fatores precipitantes são infecção, má aderência ao tratamento (omissão
da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações hiperglicemiantes e outras
intercorrências graves (AVC, IAM ou trauma). Indivíduos em mau controle glicêmico são
particularmente vulneráveis a essa complicação.
Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão
turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações
do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl),
cetonemia (presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma.) e acidose
metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a
complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de
aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.
Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica
A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a
600 mg/dl a 800 mg/dL) acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na
ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, em que um mínimo de ação insulínica
preservada pode prevenir a cetogênese. A mortalidade é mais elevada que nos casos de
cetoacidose diabética devido à idade mais elevada dos pacientes e à gravidade dos fatores
precipitantes.
Os indivíduos de maior risco são os idosos, cronicamente doentes, debilitados ou
institucionalizados, com mecanismos de sede ou acesso à água prejudicados. Os fatores
precipitantes são doenças agudas como AVC, IAM ou infecções, particularmente a
pneumonia, uso de glicocorticoides ou diuréticos, cirurgia, ou elevadas doses de glicose (por
meio de nutrição enteral ou parenteral ou, ainda, de diálise peritoneal).
A prevenção da descompensação aguda que leva à síndrome hiperosmolar é semelhante
àquela apresentada em relação à cetoacidose diabética. Os pacientes com suspeita ou
diagnóstico de síndrome hiperosmolar hiperglicêmica devem ser encaminhados para manejo
em emergência.
Vamos visualizar, no quadro abaixo, a abordagem educativa de pessoa com DM para
prevenção da ocorrência de ulcerações nos pés e/ou sua identificação precoce:
27Verifiquem que a claudicação intermitente é acentuada quando o pé é elevado, pois nessa situação diminui e fluxo
sanguíneo no pé e consequentemente aumenta a isquemia e a dor.
Antidiabéticos orais
Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do DM tipo
2 não responsivo a medidas não farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com
controleestrito, redução na incidência de complicações, têm boa aceitação pelos pacientes,
simplicidade de prescrição e levam a menor aumento de peso em comparação à insulina
(GUSSO; LOPES, 2012).
A escolha do medicamento geralmente segue a sequência apresentada a seguir. No
entanto, casos com hiperglicemia severa no diagnóstico (>300 mg/dl) podem se beneficiar de
insulina desde o início. Outros fatores que podem nortear a escolha de um medicamento, além
do custo, são as preferências pessoais.
Se a pessoa não alcançar a meta glicêmica em até três meses com as medidas não
farmacológicas, o tratamento preferencial é acrescentar a metformina (Cloridrato de
Metformina de 500mg ou 850mg) no plano terapêutico (1ª linha). A introdução mais precoce
pode ser considerada em alguns pacientes que não respondem ao tratamento, com ou sem
excesso de peso (SAENZ et al., 2005).
As contraindicações para o uso de metformina têm se reduzido com a maior experiência
de uso, mas mantém-se a contraindicação em pacientes com insuficiência renal (filtração
glomerular <30 ml/min/1,73m2) (DUNCAN et al., 2013).
A associação de um segundo fármaco ocorre com a maioria das pessoas com DM tipo 2,
em virtude do caráter progressivo da doença (NATHAN, 2009). Cerca de metade das pessoas
que atingiram o controle glicêmico com monoterapia requerem a associação de outra
medicação dois anos depois.
O acréscimo do segundo fármaco também pode ser feito precocemente, de quatro a
oito semanas após o primeiro ter sido iniciado (metformina) e não se ter obtido uma resposta
satisfatória.
Se as metas de controle não forem alcançadas após três a seis meses de uso de
metformina, pode-se associar uma sulfonilureia - 2ª linha (Glibenclamida de 5mg ou
Gliclazida de 30mg, 60mg e 80mg).
Se o controle metabólico não for alcançado após o uso de metformina em associação
com uma sulfonilureia por três a seis meses, deve ser considerada uma terceira medicação. A
insulina também é considerada quando os níveis de glicose plasmática estiverem maiores de
300 mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se
acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia (GUSSO; LOPES, 2012). As classes
de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa (3ª linha) são insulinas de ação
intermediária ou longa.
A história natural do DM tipo 1 e tipo 2 é marcada pelo aparecimento de complicações
crônicas. Algumas, referidas como microvasculares, são específicas do diabetes, como a
retinopatia, a nefropatia e a neuropatia diabética. Outras, ditas macrovasculares, mesmo não
sendo específicas do diabetes, são mais graves nos indivíduos acometidos, sendo a principal
Doença macrovascular
As doenças isquêmicas cardiovasculares são mais frequentes e mais precoces em
indivíduos com diabetes, comparativamente aos demais. Em mulheres com diabetes, o efeito
protetor do gênero feminino desaparece.
A sintomatologia das três grandes manifestações cardiovasculares – doença coronariana,
doença cerebrovascular e doença vascular periférica – é, em geral, semelhante em pacientes
com e sem diabetes. Contudo, alguns pontos merecem destaque:
• a angina de peito e o IAM podem ocorrer de forma atípica na apresentação e na
caracterização da dor (devido à presença de neuropatia autonômica cardíaca do diabetes);
• as manifestações cerebrais de hipoglicemia podem mimetizar ataques isquêmicos
transitórios;
• a evolução pós-infarto é pior nos pacientes com diabetes.
tipo 1 e mais do que 60% daqueles com DM tipo 2 apresentam alguma forma de retinopatia.
As principais medidas de prevenção e controle da retinopatia diabética estão
relacionadas com o controle dos seguintes fatores de risco: níveis glicêmicos (HbA1c <7%) e
pressóricos (PA <150/85 mmHg), fumo e colesterol elevado.
A nefropatia diabética é uma complicação microvascular do diabetes associada com
morte prematura por uremia ou problemas cardiovasculares. É a principal causa de doença
renal crônica em pacientes que ingressam em serviços de diálise (BRUNO; GROSS, 2000).
O controle adequado da glicose e da pressão arterial pode reduzir o risco de desenvolver
a nefropatia diabética e diminuir a sua progressão.
O limite ideal para alvo do tratamento da hipertensão não está definido (ARGUEDAS;
PEREZ; WRIGHT, 2009), mas deve se tratar pacientes com hipertensão e com
microalbuminúria persistente ou estágios mais avançados da nefropatia diabética com alvo de
PA ao redor de 130/80 mmHg.
Outras intervenções incluem a manipulação de componentes da dieta, controle da
dislipidemia e recomendação de suspensão do tabagismo. Intervenções múltiplas parecem ser
eficazes na prevenção do desenvolvimento da nefropatia (GAEDE et al., 2003; 1999).
Neuropatia diabética
A neuropatia diabética apresenta um quadro variado, com múltiplos sinais e sintomas,
dependentes de sua localização em fibras nervosas sensoriais, motoras e/ou autonômicas. A
neuropatia pode variar de assintomática até fisicamente incapacitante.
Para finalizarmos nossa aula, vamos resolver questões sobre o tema:
a) Hipoglicemia.
b) Doença viral.
c) Cetoacidose.
COMENTÁRIOS:
Cetoacidose diabética
Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão
turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações
do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl),
cetonemia ( presença de níveis detectáveis de corpos cetônicos no plasma.) e acidose
metabólica (pH <7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode se agravar, levando a
complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de
aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.
de medicamentos que podem ser utilizadas nesta etapa (3ª linha) são insulinas de ação
intermediária ou longa.
a) I, II, III e IV
b) I e III, apenas
c) II e IV, apenas
d) I, II e III, apenas
COMENTÁRIOS:
Primeiramente, vejamos alguns conceitos:
Púrpura é a presença de sangue fora dos vasos sangüíneos na pele ou nas mucosas.
Como a camada cutânea é levemente transparente, este sangue é então visto como uma
mancha roxa.
Xerostomia é a sensação subjetiva de boca seca que, geralmente, mas não
necessariamente, está associada com a diminuição da quantidade de saliva.
Polidipsia é o sintoma caracterizado por excessiva sensação de sede.
Agora, vamos responder a questão, que explorou o termo hiperglicemia de forma
genérica, não diferenciando os termos cetoacidose diabética e síndrome hiperglicêmica não
cetótica.
O gabarito é a letra B, pois os itens II (perda de peso que é sinal de hiperglicemia) e IV
(púrpura não é sinal de hiperglicemia) estão errados.
a) hipotensão.
b) perda de peso.
c) HDL maior de 40 mg/dl.
d) triglicerídeos abaixo de 150 mg/dl.
e) resistência à insulina.
COMENTÁRIOS:
A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência
insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer
parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a
Síndrome. Segundo os critérios brasileiros , a Síndrome Metabólica ocorre quando estão
presentes três dos cinco critérios abaixo:
• Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no
homem;
• Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ≥ 130 e/ou pressão arterial diatólica ≥
85 mmHg;
• Glicemia alterada (glicemia ≥ 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
• Triglicerídeos ≥ 150 mg/dl;
• HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres;
Questão facilmente resolvida por eliminação:
a) hipertensão e não hipotensão.
b) ganho e não perda de peso.
c) HDL menor e não maior de 40 mg/dl.
d) triglicerídeos acima e não abaixo de 150 mg/dl.
Dessa forma, o gabarito é a letra E.
( ) Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores
abaixo de 80 a 90 mg/dL. Muitas vezes leva ao quadro de cetoacidose que ocorre
principalmente em pacientes com diabetes tipo II.
a) V – F – V – F.
b) F – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) V – V – F – F.
COMENTÁRIOS:
Vejamos os itens errados da questão:
1º Item. A síndrome hiperosmolar é um estado de HIPERglicemia grave, sendo mais
comum em pessoas com diabetes tipo II.
4º Item. Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas –
para valores abaixo de 70 mg/dL. Não leva ao quadro de cetoacidose que ocorre
principalmente em pacientes com diabetes tipo I.
Nesses termos, o gabarito é a letra D.
I. Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2: excesso de peso e
história familiar de DM tipo 2.
IV. O Diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta, que eventualmente leva ao estágio
de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária
para prevenir cetoacidose, coma e morte.
a) Apenas I e II
b) Apenas I e III
c) Apenas I, III e IV
d) Apenas III e IV
e) I, II, III e IV
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Caderno de Atenção Básica – Diabetes (2006), responderemos a
questão analisando cada item:
Item I (Correto): Podemos considerar como fatores de risco para Diabetes tipo 2:
excesso de peso e história familiar de DM tipo 2.
Fatores indicativos de maior risco para Diabetes tipo 2:
a) O diabetes tipo 1 é cerca de oito a dez vezes mais comum que o tipo 2 e sua incidência é
maior após os 40 anos.
d) Odiabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior que o tipo 1, além disso tem uma grande
relação com a obesidade e o sedentarismo.
e) No diabetes gestacional, a produção de insulina está aumentada, porém com ação ineficaz
por causa da diminuição dos receptores celulares, ou por defeito deles.
COMENTÁRIOS:
Item B29. Incorreto. Existem outros tipos de diabetes além do Tipo 1, Tipo 2 e
Gestacional, mas esses ocorrem com menor frequência. Dentre eles, temos o diabetes
secundário à doença pancreática, que ocorre mais freqüentemente naqueles com
antecedentes familiares de DM tipo 2. As principais doenças pancreáticas são as seguintes:
desenvolver a doença, deverão ser orientadas para prevenção do diabetes, o que inclui
orientações sobre alimentação saudável e hábitos ativos de vida, bem como reavaliação anual
com glicemia de jejum30.
Item D. Correto. O diabetes tipo 2 possui um fator hereditário maior que o tipo 1, além
disso tem uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo.
COMENTÁRIOS32:
O Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por níveis aumentados de
GLICOSE no sangue (hiperglicemia) resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da
insulina ou ambas. Os sintomas clássicos incluem poliúria, polidipsia e polifagia
Portanto, a alternativa correta é a letra A.
32Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado
da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36)
33
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias
para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus – Caderno de Atenção Básica nº 36/ Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde,
2013.
Pé isquêmico: caracteriza-se por dor em repouso que piora com exercício ou elevação
do membro inferior. Ao exame físico o pé se apresenta frio, com ausência dos pulsos tibial
posterior e pedioso dorsal.
Neuropatia diabética: é a complicação mais comum do diabetes e compreende um
conjunto de síndromes clinicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo, motor e
autonômico de forma isolada ou difusa.. Ao exame físico o pé pode se apresentar com
temperatura elevada por aumento do fluxo sanguíneo, mas o achado mais importante é a
diminuição da sensibilidade. Além disso, é possível observar atrofia da musculatura
interóssea, aumento do arco plantar, dedos em “garra” e calos em áreas de aumento de
pressão.
Abordar:
– Cuidados pessoais e orientação para o autoexame do pé;
– Exame diário do pé para identificação de modificações (mudança de cor, edema,
dor, parestesias, rachaduras na pele);
– Sapatos (reforçar importância do sapato adequado, que deve se adaptar ao pé,
evitar pressão em áreas de apoio ou extremidades ósseas);
– Higiene (lavar e secar cuidadosamente, especialmente nos espaços interdigitais) e
A) Todas as pessoas com DM hidratação diária dos pés com cremes (especialmente se possui pele seca);
e baixo risco de desenvolver – Cuidados com as unhas e os riscos associados com a remoção de pele e cutículas;
úlceras. – Cuidado com traumas externos (animais, pregos, pedras nos sapatos etc.);
Tuberculose
entre 72 e 96 horas após a aplicação, medindo–se com régua milimetrada o maior diâmetro
transverso da área de endurecimento palpável. No que se refere ao resultado, registrado em
milímetros, analise as afirmativas abaixo:
III. 10 mm ou mais - reator forte - indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, que pode estar ou
não doente, e indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos.
Assinale:
Se somente a afirmativa I estiver correta
a) Se somente a afirmativa II estiver correta
b) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas
c) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas
d) Se todas as afirmativas estiverem corretas
COMENTÁRIOS:
O maior diâmetro transverso da área do endurado palpável deve ser medido com régua
milimetrada transparente e o resultado, registrado em milímetros.
Todavia, as bancas ainda estão explorando essa classificação em provas recentes. Por
isso, temos que compreendê-la.
De acordo com a regra antiga, no que se refere ao resultado da prova tuberculínica (PT),
registrado em milímetros, temos a seguinte classificação:
tratamento atual
tratamento antigo
Inserido em 2009: 2 meses:
2 meses:
o etambutol como R Rifampicina
R Rifampicina
quarto fármaco na H Isoniazida
H Isoniazida
fase intensiva de Z Pirazinamida
Z Pirazinamida
tratamento E Etambutol
4 meses:
(2 primeiros 4 meses:
R Rifampicina
meses). R Rifampicina
H Isoniazida
H Isoniazida
Ex.: 1 - Um portador de TB com 30 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros
dois meses, uma dose diária de 2 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do
tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 1 comprimido ou cápsula da
associação de RH (R 300 e H 200mg).
Ex.: 2 - Um portador de TB com 40 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros
dois meses, uma dose diária de 3 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do
tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 2 comprimidos ou cápsulas da
associação de RH na seguinte proporção (1 comprimido ou cápsula de R 300 e H 200mg + 1
comprimido ou cápsula de R 150 e H 100mg).
Ex.: 3 - Um portador de TB com 85 Kg, maior de 10 anos, deve receber durante os primeiros
dois meses, uma dose diária de 4 comprimidos da associação de RHZE. Após essa primeira etapa do
tratamento, deverá receber, durante quatro meses, uma dose diária de 2 comprimidos ou cápsulas da
associação de RH na seguinte proporção (2 comprimidos ou cápsulas de R 300 e H 200mg).
Dito isto, vamos resolver a questão em tela. Fiquei muito decepcionado com o IADES,
pois essa questão, apesar de ser de 2013, explora o tratamento da TB antigo (anterior a 2009).
a) O agravo atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos
economicamente ativos (15 a 54 anos) e do sexo masculino.
COMENTÁRIOS:
Em relação à Tuberculose, vamos analisar os itens da questão:
Item A. Correto. O agravo atinge a todos os grupos etários, com maior predomínio nos
indivíduos economicamente ativos (15 a 54 anos) e do sexo masculino.
Hanseníase
Após a avaliação, se o contato for considerado indene (não doente), avaliar cicatriz
vacinal de BCG e seguir a recomendação às novas condutas preconizadas, que não mais deve
fazer aprazamento do contato para a segunda dose.
a) I, apenas;
b) I e II, apenas;
c) I e III, apenas;
d) II e III, apenas;
e) I, II e III.
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar cada item para melhor entendimento da questão:
Item I. Incorreto. Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase
são:
• No inicio do tratamento;
• Mensalmente, quando possível, ou no mínimo de seis em seis meses;
• Com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver
suspeita destas, durante ou após o tratamento;
• Na apresentação de queixas;
• No ato da alta;
Item III. Correto. A avaliação neurológica inclui:
• História;
• Ocupação e atividades diárias;
• Queixas do paciente;
• Inspeção;
• Palpação dos nervos;
• Teste de força muscular;
• Teste de sensibilidade.
Nesses termos, o gabarito é a letra D.
c) Grau 2 - Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade
visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m;
d) Grau 1 - Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída.
e) Grau 1 - Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do
tornozelo.
COMENTÁRIOS:
Vamos ver quais são os graus de incapacidade da hanseníase:
GRAU CARACTERÍSTICAS
0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase.
1 Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos.
Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e/ou pés. (não sente 2g ou toque
da caneta)
2 Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade
visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m.
Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída. Pés:
lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do
tornozelo.
Isto posto, vamos resolver a questão:
Item A. Incorreto. Grau 1 - Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos;
Item B. Incorreto. Grau 1 - Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e /ou pés
(não sente 2g ou toque da caneta);
Item C. Correto. Grau 2 - Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade
corneana central; acuidade visual menor que 0,1 ou não conta dedos a 6m;
Item D. Incorreto. Grau 2 - Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras;
reabsorção; mão caída.
Item E. Incorreto. Grau 2 - Pés: lesões tróficas e/ou traumáticas; garras; reabsorção; pé
caído; contratura do tornozelo.
O gabarito, portanto, é a letra C.
a) 1,2,3,4,5.
b) 1,2,5,4,3.
c) 4,1,5,2,3.
d) 3,1,4,2,5.
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer as devidas associações:
COMENTÁRIOS:
Vamos fazer as devidas associações:
2 - Placa - é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser
individual ou constituir aglomerado de lesões;
1 - Mancha pigmentar ou discrômica - resulta da ausência, diminuição, ou aumento
de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.
Meus amigos, esse tipo de questão é resolvido mais facilmente por eliminação. Vejam
que a letra A é única em que o item 4 (nódulo) está na segunda coluna.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.
a) Multibacilar (MB) – é quando o paciente apresenta menos de 5 lesões de pele e/ou apenas
um tronco nervoso acometido.
b) Paucibacilar (PB) – é quando o paciente apresenta mais de 5 lesões de pele e dois troncos
nervosos acometidos.
c) Paucibacilar (PB) – é quando o paciente apresenta menos de 5 lesões de pele e/ou apenas
um tronco nervoso acometido.
COMENTÁRIOS:
Duração: 12 doses.
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada.
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 meses. Na
12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica
simplificada e do grau de incapacidade física e receber alta por cura.
Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, com presença de lesões
ativas da doença, no final do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas) deverão ser
encaminhados para avaliação em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional)
para verificar a conduta mais adequada para o caso.
• Aplique os filamentos de 0,05g (verde) e 0,2 (azul) com três toques seguidos
sobre a pele testada; nos demais monofilamentos, teste somente com um toque;
Gabarito letra A.
Dengue
Meus amigos, vamos tratar agora de outro tema muito prevalente nas provas de
enfermagem.
Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes. Segundo Brito (2007), a diarreia,
presente em 48% dos casos, habitualmente não e volumosa, cursando apenas com fezes
pastosas numa frequência de três a quatro evacuações por dia, o que facilita o diagnóstico
diferencial com gastroenterites de outras causas.
Para compreensão geral do assunto, vejamos abaixo as diferenças entre Dengue clássico
(DC), Febre hemorrágica da dengue (FHD) e Síndrome do choque da dengue (SCD):
Dengue clássico (DC): a febre é o primeiro sintoma, sendo geralmente alta (39º a
40°C), com início abrupto, associada à cefaléia, prostação, mialgia, artralgia, dor
retroorbitária, exantema maculo papular e acompanhado ou não de prurido. Também pode
haver quadros diarréicos, vômitos, náuseas e anorexia. A doença tem duração média de 5 a 7
dias; o período de convalescença pode se estender de poucos dias a várias semanas,
dependendo do grau de debilidade física causada pela doença.
Síndrome do choque da dengue (SCD): nos casos graves de FHD, o choque ocorre
geralmente entre o 3° e o 7° dias de doença, frequentemente precedido por dor abdominal. O
choque ocorre devido ao aumento da permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração
e falência circulatória. A sua duração é curta e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou à
recuperação rápida frente terapia antichoque oportuna e apropriada. Caracteriza-se essa
síndrome por pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial,
extremidades frias, pele pegajosa e agitação.
g) diminuição da diurese;
h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;
i) aumento repentino do hematócrito;
j) queda abrupta de plaquetas;
k) desconforto respiratório.
Vamos às alternativas. Representam sinais de alarme para DENGUE:
Meus amigos, percebam como essa questão é querida pelas bancas. De acordo com o
Ministério da Saúde, são sinais de alarme na dengue:
g) diminuição da diurese;
h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;
i) aumento repentino do hematócrito;
j) queda abrupta de plaquetas;
k) desconforto respiratório.
Vamos às assertivas. Representam sinais de alarme para DENGUE:
Item A. Incorreto. Dor abdominal intensa e contínua e hipotensão (hipertensão)
postural. No choque, temos a hipotensão, e não a hipertensão.
c) a transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no
sangue do ser humano, chamado período de viremia.
d) o período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um extrínseco, que
ocorre no ser humano, e outro intrínseco, que ocorre no vetor.
e) a dengue é uma doença benigna que não evolui para quadros mais graves, por isso o
tratamento é sintomático com analgésicos e antitérmicos.
COMENTÁRIOS:
Para melhor compreensão do assunto, vamos analisar cada assertiva:
Item A. Incorreto. A fêmea, e não o macho, do Aedes aegypti costuma picar as
O homem está apto a infectar o mosquito a partir de 1º dia antes do aparecimento dos
sintomas até o 6º dia da doença.
Portanto, é correto afirmar que a transmissão do ser humano para o mosquito ocorre
enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano, chamado período de viremia.
Item E. Incorreto. A dengue é uma doença que pode evoluir para quadros mais graves
(febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue), sendo fatal em boa
parte deles.
III. A notificação deve ser feita para todos os casos que apresentarem confirmação
laboratorial, imediatamente após a liberação do resultado da sorologia.
IV. O hemograma indicando aumento abrupto do número de plaquetas é indicativo de
quadros de dengue clássica. É correto o que se afirma em
a) I e II, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e IV, apenas.
COMENTÁRIOS:
Item I. Correto. A Prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos
de dengue, principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como
alerta, devendo ser utilizado rotineiramente na prática clínica como um dos elementos de
triagem na dengue, e na presença da mesma, alertar ao médico que o paciente necessita de um
monitoramento clínico e laboratorial mais estreito. A prova do laço positiva também reforça o
diagnóstico de dengue.
A Prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente
com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo. A prova deverá ser
repetida no acompanhamento clínico do paciente apenas se previamente negativa.
Vejamos abaixo, como deve ser realizada a prova do laço:
Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por
exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de
pressão arterial é de 80 mmHg.
Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e
três minutos em crianças.
Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de
petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias
em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis
petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos.
Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para adultos e
crianças, a mesma pode ser interrompida.
Item III. Incorreto. Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado a
Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas graves da doença.
Vejam que não há necessidade de a notificação da dengue ser feita somente após a
confirmação laboratorial. Ademais, em períodos epidêmicos, não é necessária a realização de
exames laboratoriais. A notificação utiliza critérios clínicos e epidemiológicos.
g) diminuição da diurese;
Verificar a pressão arterial e calcular o valor médio pela fórmula (PAS + PAD)/2; por
exemplo, PA de 100 x 60 mmHg, então 100+60=160, 160/2=80; então, a média de
pressão arterial é de 80 mmHg;
Insuflar o manguito até o valor médio e manter durante cinco minutos nos adultos e
três minutos em crianças;
Desenhar um quadrado com 2,5 cm de lado no antebraço e contar o número de
petéquias formadas dentro dele; a prova será positiva se houver 20 ou mais petéquias
em adultos e 10 ou mais em crianças; atenção para o surgimento de possíveis
petéquias em todo o antebraço, dorso das mãos e nos dedos;
Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para adultos e
crianças, a mesma pode ser interrompida;
A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante o
choque.
Itens A e B. A prova do laço será considerada positiva se houver 20 ou mais petéquias
Itens C e D. Após verificar a pressão arterial, deve-se insuflar novamente o manguito até
o valor da pressão arterial média e manter por 5 minutos em adultos e 3 minutos em
crianças.
Dito isto, o gabarito da questão é a letra A.
deve manter-se em repouso, aumentar a ingesta líquida (inclusive soro caseiro) e só usar
medicamentos prescritos pelo médico.
2. A prova do laço (PL) positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue,
principalmente nas formas graves, e apesar de não ser específica, serve como alerta,
devendo o enfermeiro utilizá-la rotineiramente na prática clínica como um dos elementos
de triagem na dengue.
3. A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, no ciclo homem–Aedes
aegypti–homem. Os transmissores proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações
(casas, apartamentos, hotéis), em recipientes onde se acumula água (vasos de plantas, pneus
velhos, cisternas etc.). Portanto, para matar os ovos e dessa maneira controlar a transmissão
da doença, a orientação é secar os reservatórios de água parada, impedindo assim a
reprodução do mosquito.
89. (Prefeitura de Cuiabá – MT/ FUNCAB /2013/JM) Doença infecciosa febril aguda, que
pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente. A primeira
manifestação é a febre, geralmente alta (39 °C a 40 °C), de início abrupto, associada à
cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, com presença ou não de exantema
e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias. As
manifestações hemorrágicas, como epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia,
hematêmese, melena, hematúria e outras, bem como a plaquetopenia, podem ser observadas
em todas as apresentações clínicas. O texto refere-se a qual doença?
A) Cólera.
B) Brucelose.
C) Doenças diarreicas agudas.
D) Dengue.
E) Doença meningocócica.
COMENTÁRIOS5:
Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo
da forma como se apresente. A primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39 °C a 40
°C), de início abrupto, associada à cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro
orbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas, vômitos e
diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias. As manifestações hemorrágicas, como
epistaxe, petéquias, gengivorragia, metrorragia, hematêmese, melena, hematúria e
outras, bem como a plaquetopenia, podem ser observadas em todas as apresentações clínicas
de DENGUE.
Alternativa correta letra D.
Ocorrência de
Compromissos emergências de saúde
Transcendência Vulnerabilidade
internacionais pública, epidemias e
surtos
91. (Fiocruz/FGV/2010) Com relação aos critérios para a inclusão de doenças e agravos na
lista de notificação compulsória, analise as afirmativas a seguir:
I. O potencial de disseminação é representado pelo elevado poder de transmissão da doença,
através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.
II. A relevância econômica de uma doença ou agravo é avaliada por prejuízos decorrentes de
restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos
assistenciais e previdenciários, entre outros.
Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética) Imediata (≤ 24 horas) para*
Semanal*
MS SES SMS
3 Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva x
4 Botulismo x x x
5 Cólera x x x
6 Coqueluche x x
a. Dengue – Casos x
7
b. Dengue – Óbitos x x x
8 Difteria x
17 Febre Amarela x x x
18 Febre de Chikungunya x x x
Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em
19 x x x
saúde pública
Febre Maculosa e outras Riquetisioses
20 x x x
37Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto
ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínicoepidemiológico das doenças conhecidas,
considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem
como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes.
Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética) Imediata (≤ 24 horas) para*
Semanal*
MS SES SMS
21 Febre Tifoide x x
22 Hanseníase x
23 Hantavirose x x
24 Hepatites virais x
HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou
25 x
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança
26 x
exposta ao risco de transmissão vertical do HIV
27 Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) x
31 Leishmaniose Visceral x
32 Leptospirose x
a. Malária na região amazônica x
33
b. Malária na região extra Amazônica x x x
Óbito:
34 a. Infantil x
b. Materno
35 Poliomielite por poliovirus selvagem x x x
36 Peste x x x
37 Raiva humana x x x
Periodicidade de notificação
Nº DOENÇA OU AGRAVO (ordem alfabética) Imediata (≤ 24 horas) para*
Semanal*
MS SES SMS
Tétano:
43 a. Acidental x
b. Neonatal
Tuberculose
44 x
38
Nesta aula, resolveremos as questões, levando-se em consideração a Portaria do Ministério da Saúde nº 1.271/2014,
mesmo para questões elaboradas na vigência da Portaria nº 104/2011, atualmente revogada.
39 A criptosporidíase é uma doença causada pelos por parasitas. São ingeridos com comida ou água contaminadas. Infectam
o lúmen do intestino.
=================
Meus amigos, terminamos mais uma aula de nosso curso. Espero que tenham gostado.
Até o próximo encontro!
Rômulo Passos
REFERÊNCIAS
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1498_19_07_2013.html
http://www.sopape.com.br/data/conteudo/arquivos/informe_tecnico_introducao_vacina_
tetraviral.pdf
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-05/instrucao-normativa---calendario-
nacional-de-vacinacao.pdf
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/imunizacao/vacina/multi_2013/Informe_tecnico_da
_campanha_de_multivacinacao_2013.pdf
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-06/informe-tecnico-vacina-
pentavalente.pdf
Manual de Procedimentos para Vacinação da SESAB (2011).
http://www.suvisa.ba.gov.br/sites/default/files/galeria/texto/2012/03/07/Manual%20de...pdf
Instrução Normativa Referente Ao Calendário Nacional De Vacinação
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-05/instrucao-normativa---calendario-
nacional-de-vacinacao.pdf
http://www.saude.rs.gov.br/upload/20140730114341instrucao_normativa_imunizacoes.pdf
Acessem aqui todas as publicações do Ministério da Saúde sobre Vigilância em Saúde:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarTexto&codCo
nteudo=4580&codModuloArea=789