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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO VALE DO ACARAÚ (UVA)

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA DE PAVIMENTAÇÃO URBANA E DE RODOVIAS
PROFESSOR JUSCELINO CHAVES SALES

PEDRO BRUNO SIMPLICIO DE SOUZA

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA


USINA DE ASFALTO NA CIDADE DE SOBRAL – CE

SOBRAL – CE
JUNHO 2023
PEDRO BRUNO SIMPLICIO DE SOUZA

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA


USINA DE ASFALTO NA CIDADE DE SOBRAL – CE

Relatório submetido à Coordenação do


Curso de Engenharia Civil da
Universidade Estadual Vale do Acaraú,
para obtenção da terceira nota da
Avaliação Parcial da disciplina de
Pavimentação Urbana e de Rodovias, no
curso de Engenharia Civil.
Orientador (a): Prof. (a) Juscelino Chaves
Sales.

SOBRAL – CE
JUNHO DE 2023
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4

2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................... 5

2.1 Dosagem de agregados ............................................................................................. 5


2.2 Mistura dos agregados com ligante asfáltico ............................................................ 6
2.3 Abastecimento do caminhão com asfalto ................................................................ 7
2.4 Aplicação do asfalto nas vias ................................................................................... 7
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 10
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1. INTRODUÇÃO
No dia 29 de março de 2023, a turma coordenada pelo professor Juscelino Chaves,
da disciplina de pavimentação urbana e de rodovias, realizou uma visita à usina de asfalto
situada fora dos limites urbanos da cidade de Sobral. Essa usina possui uma localização
estratégica que facilita a produção e o transporte do material asfáltico, além de gerar
empregos na cidade e ser essencial para a manutenção das ruas, trazendo economia para o
município.
Com início de operação em maio de 2016, a usina tem uma capacidade de produção
de 120 toneladas por hora de material asfáltico, desempenhando um papel fundamental na
melhoria da infraestrutura da cidade. Atualmente, ela faz parte da Secretaria da Infraestrutura
(SEINFRA) da Prefeitura de Sobral.
A usina de asfalto em Sobral abrange desde a fabricação do CBUQ até a aplicação nas
ruas e rodovias por meio de máquinas e equipamentos de pavimentação, como será detalhado
neste relatório.
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2. DESENVOLVIMENTO
Dentro do contexto da produção de asfalto, existem diferentes procedimentos que
visam preparar o material e regular sua viscosidade, garantindo assim condições ideais para
a sua mistura e compactação. Duas fases cruciais nesse processo são a combinação entre o
agente ligante e os agregados e a compactação do material formado pela união desses
componentes.

Asfalto em Produção.
Fonte: autor.

2.1. Dosagem de Agregados


No processo de fabricação do asfalto, a primeira etapa consiste na dosagem precisa
dos agregados. O objetivo dessa atividade é garantir a quantidade correta de materiais a serem
misturados ao Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP). Essa etapa desempenha um papel
fundamental, pois a qualidade final do asfalto, em termos de resistência, durabilidade e
compactação, depende do uso de matérias-primas em proporções específicas, conhecidas como
traço.
Existem diferentes abordagens para realizar a dosagem dos agregados. Em usinas
móveis que operam de forma contínua, é comum utilizar a pesagem dinâmica. Nesse método,
uma máquina equipada com dois silos de recebimento armazena os agregados. A proporção dos
materiais é constantemente monitorada e ajustada em cada silo por meio de medição de carga,
garantindo a precisão do traço da mistura asfáltica.
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Por outro lado, em empresas que possuem usinas fixas (que representam uma parcela
menor das usinas de asfalto no Brasil), a dosagem dos agregados é realizada através do processo
de peneiramento. Os agregados são separados em grãos minúsculos e armazenados em
compartimentos distintos dentro de uma torre. Uma das vantagens desse método é a eliminação
dos riscos de contaminação da mistura, o que torna o processo de dosagem mais eficiente.

Máquina pá despejando o insumo pó de brita.


Fonte: autor.

2.2. Mistura dos Agregados com o Ligante Asfáltico


Após concluir a etapa de dosagem, secagem e aquecimento dos agregados, é necessário
realizar um procedimento para combinar esses materiais ao ligante asfáltico, também conhecido
como CAP. É essa mistura que se transformará no asfalto propriamente dito.
Assim como na fase de dosagem, existem duas maneiras de realizar a mistura:
utilizando um misturador rotativo externo ou um misturador pug-mill externo. No caso do
misturador rotativo, o equipamento está conectado ao tambor secador, permitindo que o ligante
asfáltico entre em contato com temperaturas mais altas. Essa é a principal distinção em relação
ao misturador pug-mill, pois em ambos os casos, a mistura dos materiais ocorre por meio dos
movimentos rotativos do equipamento.
2.3. Abastecimento do caminhão com asfalto
Na cena retratada na figura abaixo, podemos observar um caminhão basculante
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sendo carregado com asfalto, que será em breve utilizado para pavimentar as ruas da cidade.
Ao produção diária de asfalto, conforme informado pelo coordenador da usina, varia
de 10 a 15 caminhões por dia.

Asfalto sendo despejado no caminhão.


Fonte: autor.

2.4. Aplicação do asfalto nas vias

Inicialmente, é realizada uma avaliação do nível do terreno, a fim de alinhar a altura


da rua com a das residências. Caso o solo seja resistente, é adicionada uma camada de terra
semelhante à original, com espessura variando entre 5 e 10 centímetros, para fortalecer a
base. Porém, se o solo for instável, a camada pode ter uma profundidade que varia de 60
centímetros a 3 metros, em casos mais críticos. Os espaços vazios são preenchidos com pó
de pedra e compactados utilizando um rolo compressor.

Os rolos compactadores lisos possuem certas semelhanças estruturais com os rolos


com patas, com exceção de que, nesse modelo, o cilindro não possui saliências significativas.
Essa característica torna-os equipamentos altamente versáteis, adequados para uma variedade
ampla de situações, como a pavimentação de brita, concreto, asfalto, terra compactada e outros
materiais. Além disso, eles se destacam pela sua eficiência na pavimentação de solos argilosos.
É importante ressaltar que os rolos compactadores lisos são frequentemente utilizados
em solos secos e mais densos. São especialmente adequados para a pavimentação asfáltica e
são comumente encontrados em estacionamentos, ruas e avenidas.
A Emulsão Asfáltica Catiônica de Ruptura Rápida (RR) é um sistema composto pela
dispersão de uma fase asfáltica em uma fase aquosa, onde as partículas carregam carga positiva.
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É comumente utilizada em diversos tipos de serviços, como tratamento superficial simples,


tratamento superficial múltiplo, capa selante/banho diluído, pintura de ligação e macadame
betuminoso. A aplicação geralmente ocorre em temperatura ambiente, variando entre 25°C e
70°C. No entanto, é importante observar a temperatura ideal de aplicação de acordo com a
viscosidade do material, evitando aquecimento acima de 70°C.
Para realizar a aplicação dessa emulsão, é necessário o uso de um caminhão aspergidor
com instalações adequadas. A adição de elastômeros aprimora as propriedades do asfalto
residual. As emulsões asfálticas catiônicas especiais são classificadas com base na velocidade
de ruptura e carga das partículas.

Aplicação de emulsão asfáltica para reparo em via e distribuição do asfalto em para o reparo.
Fonte: autor
Em seguida, ocorre o processo de compactação utilizando um rolo liso, preparando o
pavimento para uso imediato, aguardando apenas a secagem e, se necessário, a pintura
horizontal. Essa etapa final representa o acabamento do projeto, incluindo a pintura de
sinalização, que fica a critério da equipe responsável pelo trânsito em determinar sua utilização.

Compactação do asfalto através de um rolo liso.


Fonte: autor.
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3. CONCLUSÃO
A visita à usina de asfalto em Sobral, Ceará, trouxe uma valiosa oportunidade de
aprendizado sobre os processos envolvidos na produção e aplicação do asfalto em estradas e
áreas urbanas. Durante a visita, tivemos a chance de presenciar de perto todas as etapas da
fabricação do asfalto, desde a seleção e preparação dos materiais até a obtenção do produto
finalizado.
Foi evidente a importância do controle de qualidade em cada fase do processo de
produção do asfalto. A usina adota medidas rigorosas para garantir a conformidade do produto
com as normas técnicas e especificações, visando assegurar a durabilidade e segurança das vias
pavimentadas.
A usina de asfalto desempenha um papel essencial no desenvolvimento e manutenção
das estradas na região de Sobral. Sua capacidade de produção atende à demanda local e
contribui para o crescimento econômico e infraestrutural da cidade. A qualidade do asfalto
produzido pela usina tem um impacto direto na segurança e conforto dos usuários das vias
pavimentadas.
A visita técnica à usina de asfalto em Sobral foi uma experiência altamente benéfica,
proporcionando um conhecimento aprofundado sobre o processo de produção do asfalto e sua
importância para a infraestrutura viária. O aprendizado adquirido certamente será aplicado em
futuros projetos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e eficiente das obras de
pavimentação.

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