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Universidade Estadual Vale do Acaraú

Disciplina: Construções Rurais

Projeto de tanques-redes para a produção


de camarão de água doce

Nome: Isaac Soares


Pedro Bruno
Pedro Teixeira

-2023-

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Sumário
• Introdução
• Pós-larvas
• Sistema Multifásico
• Fase de fortalecimento
• Fase de berçário e fase de engorda
• Instalação dos tanques redes
• Despesca
• Produção de 24 tn/ano

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Introdução
Os tanques rede, também chamados de gaiolas ou jaulas, têm sido utilizados em
cultivo de algumas espécies de peixes marinhos e de água doce, moluscos e
crustáceos marinhos, com resultados satisfatórios nas diferentes fases de
crescimento desses organismos. Entretanto, no cultivo do camarão de água doce
Macrobrachium rosenbergii, na fase de engorda, os tanques-rede não oferecem
bons resultados.
Isso se deve ao fato do M.rosenbergii ser uma espécie territorialista e ainda ter
um crescimento heterogêneo entre os machos, tornando difícil a sincronia entre
os cicIos de mudas.
As perdas econômicas decorrentes disso são grandes pois, durante o curto espaço
de tempo em que ficam completamente moles (estágio de muda E e início do A),
caso não estejam bem protegidos nas “áreas de muda” que consiste nos taludes
dos viveiros, são rapidamente canibalizadas.

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Pós-larvas
Na fase de pós-larvas, entretanto, as mudas acontecem mais seguidamente e com
mais sincronia. Esse fato, associado ao crescimento relativamente pequeno nessa
fase, permite aos criadores utilizarem, nos dois primeiros meses após a
metamorfose, altas densidades populacionais nos tanques de fortalecimento e
berçário.
No Peru, criadores de M. rosenbergii utilizam com sucesso os tanques-rede,
instalando-os dentro dos próprios viveiros de engorda, para estocar as pós-larvas
como se fossem tanques de fortalecimento (Pós-larva de camarões de água doce.
Fonte: Cursos CPT/Internet. 2023)

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Sistemas multifásicos
Em diversos países, assim como no Brasil, o sistema de engorda multifásico é o
que tem dado os melhores resultados na engorda semi-intensiva do M.
rosenbergii. Este sistema consiste em sistemas específicos de cultivo para cada
uma das diversas etapas de vida do camarão, levando em consideração as
características biológicas do animal (crescimento, comportamento, etc.) e o
controle populacional para a obtenção de maiores produtividades.
As diferentes fases são: fortalecimento de pós-larvas, berçário e engorda,
podendo existir ainda uma fase intermediária entre o berçário e a engorda.

• Fortalecimento pós-larva: normalmente são utilizados tanques de concreto


(tanques de fortalecimento) para que as pós-larvas, recém
metamorfoseadas, se adaptem às condições mais “rústicas” de cultivo. A
água utilizada é a mesma utilizada na engorda, sendo aerada
continuamente, e renovada para que se mantenham baixos os níveis de
amônia. A densidade varia de 3 a 7 pós-larvas por litro por um período de
15 a 20 dias de cultivo. A alimentação é a base de ração com 30-35% de
proteína bruta e utiliza-se substrato artificiais para ampliar a área
disponível para os animais. O peso médio inicial é de 0,013 g e o peso final
de 0,045 g.

• Fase de berçário e de engorda: O berçário é feito em viveiros pequenos


(100 a 800 m2), escavados na terra. Utiliza-se uma densidade de 100 a 200
camarões por m2 com água renovada e monitorada para que mantenham
boas as condições de cultivo. Alguns produtores nesta fase já utilizam
aeradores. Na última fase do crescimento no sistema multifásico(fase da
engorda) e é feita em viveiros escavados na terra de 0.1 aI ha (1.000 a
10.000 m2) e densidades que variam de 4 a 10 camarões por m2.

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Instalação dos tanques redes
Já utilizados experimentalmente no Brasil (Instituto de Pesca – Estação
Experimental de Pindamonhangaba, SP) os tanques-rede utilizados no Peru, se
caracterizam por ser de malha plástica do tipo mosquiteiro, costurada com linha
de nylon, sem estrutura rígida de sustentação. As dimensões podem variar de
tamanho, sendo as mais usadas as de 10 m de comprimento, 2,5 m de largura e
0,9 m de altura, contando com uma borda de apenas 15 cm, que ficará para fora
da água, evitando a ação de ventos fortes. Devem ficar suspensos, amarrados em
estacas fixas, não podendo ter contato com o fundo. (Fonte: Internet, 2023)

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Instalação dos tanques redes

Os tanques-rede devem ser instalados poucas horas antes da chegada das pós-
larvas. Isso evita problemas com predadores, principalmente com larvas de
odonata (lavadeira). No mesmo viveiro onde são colocados os tanques-rede, é
feita também a engorda do camarão, aproveitando-se desta maneira a mesma área
para as duas fundado ao fato que as gaiolas são suspensas.
As pós-larvas ao chegarem para povoar as gaiolas devem ser aclimatadas e soltas
numa densidade de 500 PLs por m2 de fundo, equivalente a pouco menos de 1
PFL/litro, não sendo utilizado nenhum substrato nem abrigo. As pós-larvas
chegam com peso médio de 0,013 g, atingindo em 30 dias um peso médio de 0,35
g. com sobrevivências que variam de 93% a 98%. Das gaiolas, os camarões
seguem para o viveiro berçário ou em alguns casos, permanecem por mais 10 dias
quando então são colocados diretamente nos viveiros de engorda.
A alimentação das pós-larvas nos tanques-rede, é feita com ração comercial
triturada a aproximadamente 1 mm, contendo 35% de proteína bruta, fornecida
três vezes ao dia. As quantidades, entretanto, variam conforme a qualidade da
água das fazendas. Geralmente, usa-se 15% da biomassa nos primeiros sete dias;
daí até o 15ºdia, 12% da biomassa; do 15º ao 25º usa-se 10% e do 25º dia em
diante, até serem despescados para o viveiro berçário, utiliza-se 5 % da biomassa.
(Fonte: Internet,2023)

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Despesca

A operação de despescagem é um procedimento ágil e descomplicado. Ao soltar


as amarras de um dos extremos, o tanque-rede é gradualmente elevado,
concentrando as pós-larvas no extremo oposto, e sua remoção é realizada por
meio de amostragem volumétrica. Essa abordagem relativamente simples, que
demanda vigilância constante dos fatores físicos e químicos da água, tem
desempenhado um papel crucial na viabilização do cultivo do Macrobrachium
rosenbergii no Peru. Mesmo para aquicultores com recursos econômicos
limitados, tem-se observado uma média de produtividade de 2.100 kg/ha/ano,
com a possibilidade de até três safras anuais. (Fonte: Internet,2023)

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Produção de 24 toneladas/ano

Para realizar esse cálculo utilizando como técnica os tanques-redes utilizado na


produção em que na fase de fortalecimento é com a densidade populacional de 3
a 7 pós-larva por litro por um período de 15 a 20 dias. Com peso inicial de 0,013
e final de 0,045.
A cada ciclo de 4 meses é despescado cerca de 700kg de camarão, para que a
produção chegue a 24.000kg por ano deve ter ciclo de 8.000kg a cada 4 meses.
Na produção para atingir em média 8.000kg na despesca deve ser no mínimo 11
vezes maior que as apresentadas no trabalho isso já contando a taxa de
sobrevivência de 93 a 98% ao se ter os animais na engorda.
Os camarões em média são despescados com 12g, em 2.100kg temos em média
100.000 camarões, já em 24.000kg temos cerca de 2.000.000 de camarões. Já que
sua taxa de sobrevivência das pós-larvas chega a 93% esse número pode chegar
até 2.140.000 na produção. Com média de 1 PL (pós-larva) por litro as instalações
de engorda devem ter capacidade de até 2.140 m2 de água para sua produção ser
capacitada a produzir 24 toneladas.

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