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APOSTILA AGRICULTURA

SEGUNDO TRIMESTRE

TEMA GERADOR: REPRODUÇÃO


PLANO DE ESTUDO: A REPRODUÇÃO DAS
PLANTAS E DAS CRIAÇÕES
MINHOCULTURA E PRODUÇÃO DE HÚMUS
PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

INTRODUÇÃO
Os agricultores sempre foram ótimos observadores da natureza e
desde muito tempo aprenderam a diferenciar, à sua maneira, os
solos pobres dos solos férteis. Um dos principais elementos que
ajudava nessa diferenciação era a presença de minhocas: sua
existência nas áreas de cultivo era geralmente associada às
melhores produções. Infelizmente, as modernas técnicas intensivas
de preparo e manejo do solo promoveram a degradação das terras,
reduzindo seus teores de matéria orgânica e, consequentemente, a
população de minhocas nos campos.
Com o desgaste do atual modelo de produção agrícola apoiado no
uso intensivo de insumos externos às propriedades rurais, surgiu a
necessidade de uma nova forma de fazer agricultura, baseada em
práticas que, além de técnica e economicamente viáveis, sejam
adequadas do ponto de vista ambiental e incentivadoras da
autonomia dos agricultores.
Dentro deste contexto, a Agroecologia impulsionou a produção de
adubos orgânicos de qualidade e as minhocas passaram a ser
novamente reconhecidas como parte fundamental no processo de
reciclagem dos nutrientes nas propriedades rurais, em especial
aquelas que trabalham com a integração entre plantas e animais.
Há uma série de benefícios em produzir e utilizar o húmus de
minhoca ou vermicomposto. De uma forma geral, é possível fazer
húmus de qualquer material que se decomponha; logo, qualquer
resíduo orgânico disponível e não aproveitado na propriedade
rural pode ser utilizado. O húmus de minhoca, que nada mais é do
que as excreções da minhoca, quando aplicado ao solo, atua de
forma benéfica sobre suas características físicas, químicas e
biológicas, favorecendo a sua conservação e auxiliando o
desenvolvimento das plantas.
A minhocultura é a criação racional de minhocas, sob condições
minimamente controladas, com o objetivo de produzir húmus para
adubação orgânica. Embora seja uma atividade perfeitamente
adaptada à pequena escala de produção, por sua simplicidade de
manejo, a sua expansão na propriedade familiar, como fonte
alternativa de renda, dependerá apenas do espaço físico do
minhocário e da disponibilidade da matéria orgânica e mão-de-obra.
A MINHOCA
Acredita-se que no mundo todo existam mais de 8 mil espécies diferentes de
minhocas. No Brasil, são conhecidas entre 240 e 260 espécies, sendo sua grande
maioria minhocas nativas. Contudo, a espécie mais utilizada para a produção de
húmus no mundo todo é a Vermelha-da- Califórnia (Eisenia fetida Savigny).
A minhoca Vermelha-da-Califórnia é a preferida para a produção de húmus
pois, além de se adaptar facilmente às condições de cativeiro, apresenta uma
grande capacidade de produção de húmus e uma alta velocidade de reprodução.
Esta espécie consegue consumir diariamente o equivalente ao seu peso em
matéria orgânica e produz um casulo a cada 3 a 7 dias, contendo em seu
interior entre 2 e 5 novas minhocas.

Figura 1. Aspecto externo do corpo de uma minhoca,Vermelha-da-Califórnia.


Há uma crença popular equivocada de que ao cortar uma minhoca ao meio, as
partes se regeneram dando origem a duas minhocas. No primeiro anel de seu
corpo a minhoca tem a boca (lado mais próximo do clitelo) e no último anel ela
tem o ânus, por onde é expelido o vermicomposto. Dependendo do lugar
onde ocorre o corte, existe uma chance da metade anterior se regenerar e a
minhoca permanecer viva, mas, com certeza, a outra metade irá morrer. A parte
anterior pode sobreviver por que todos os órgãos vitais da minhoca estão próximos
da boca e do clitelo. O clitelo é a região do corpo da minhoca que se parece com
um colar, um pouco mais saliente, de cor mais clara e que é responsável pela
formação do casulo que contém em seu interior as novas minhocas. Quanto mais
distante d a região do clitelo for o corte, maior a chance da minhoca sobreviver.
Seja como for, é importante salientar que qualquer lesão no corpo da minhoca é
sempre prejudicial e não há benefício algum em termos de produção de húmus
ou de casulos. Com relação à reprodução, as minhocas são hermafroditas, ou
seja, possuem os órgãos sexuais masculinos e femininos no mesmo indivíduo.
Entretanto, para atingir bons níveis de reprodução, a Vermelha-da- Califórnia
precisa se acasalar com outra minhoca da sua espécie. Além disso, para se
reproduzirem, as minhocas precisam estar na idade adulta, o que pode ser
verificado pela presença do clitelo bem desenvolvido. Em geral, esta fase é atingida
entre os 40 e 60 dias de vida. As minhocas não possuem olhos nem ouvidos
e por isso seu sentido de direção não é muito bom. Sua movimentação é muito
influenciada por células sensíveis à luz que existem em sua pele. Em geral,
evitam a luz direta do sol, preferindo os ambientes s o m b r e a d o s e mais
úmidos. Mesmo preferindo locais com maior umidade, as minhocas não toleram
ambientes encharcados, pois sua respiração é feita pela pele. Em lugares onde
há acúmulo excessivo de água, a tendência é de haver pouco oxigênio. Nestes
casos, é comum v e r m o s as minhocas saindo do solo para procurar locais
mais secos.
Os sentidos mais desenvolvidos nas minhocas são o paladar e o tato. Esses sentidos
são importantes, pois as ajudam a localizar os alimentos que mais lhe agradam, a
identificar parceiros para o acasalamento e a fugir dos predadores.
ESCOLHA DO LOCAL E CONSTRUÇÃO DO MINHOCÁRIO
Existem vários tipos de minhocário: dos mais simples, montados apenas com as leiras
de matéria orgânica no próprio chão, até os mais caros, feitos com canteiros de tijolos
e piso de concreto. É possível também aproveitar instalações já existentes na
propriedade, como galpões e paióis. Na Figura 2, pode-se ver um minhocário de
alvenaria, construído em um galpão reformado, que era uma antiga baia de animais.
Para agricultores familiares, que não pretendem vender comercialmente o húmus
produzido, mas apenas utilizá-lo nas atividades da propriedade, o mais indicado é
fazer um minhocário de baixo custo e pouca manutenção, que possa servir para
produzir húmus a partir do esterco dos animais e dos restos de frutas e verduras
da horta da propriedade. Na Figura 3 pode-se ver um minhocário feito com materiais
simples e de fácil obtenção, provando a viabilidade deste tipo de estrutura.

Figura 2. Minhocário de alvenaria

Figura 3. Minhocário “campeiro”,


O minhocário “campeiro” pode ser montado sobre o chão capinado, armando
uma estrutura de bambus tramados, o que dispensa o uso de arames, barbantes
ou pregos. As laterais têm por finalidade delimitar o espaço da criação, facilitar o
escoamento da água da chuva e conter o esterco. Desta forma, a minhoca pode
aproveitar melhor o material orgânico fornecido.
Este tipo de instalação precisa ser muito bem localizada, pois é necessário
proteger o minhocário da chuva e do sol direto. Uma alternativa é montá-lo na
sombra de uma árvore, num terreno que apresente uma leve declividade. Assim,
evita-se o encharcamento da área, a lavagem dos nutrientes do húmus e a
insolação direta nas horas mais quentes do dia. É desejável também proporcionar
uma cobertura de palha sobre o minhocário, para melhorar estas condições sempre
que possível.O tamanho do minhocário vai depender da quantidade e constância
de alimento disponível para as minhocas. Para reduzir o trabalho, é importante
que fique localizado próximo da fonte de água e de alimento, bem como da área
onde se pretende usar o húmus posteriormente. Esta é uma outra vantagem
do minhocário “campeiro”: é possível montar várias unidades em diferentes
pontos da propriedade ou mudá-lo de local sempre que necessário,
acompanhando as áreas de cultivo que estão em rotação. Contudo, é
importante observar que os minhocários ao ar livre nunca fiquem próximos a
riachos ou poços de água, pois o chorume do esterco pode contaminar a água
da propriedade. Em geral, não se recomenda fazer um minhocário com mais de
1 m de largura, porque isto dificulta o manejo do canteiro. Por sua vez, o
comprimento pode variar com o espaço e alimento disponível

Alimentação e manejo do minhocário


Uma das maiores dificuldades do minhocultor iniciante é conseguir alimento
de forma constante para as minhocas. Assim, antes de iniciar a construção do
minhocário, é importante certificar-se da disponibilidade e volume de alimento, para
evitar a fuga ou morte das minhocas durante determinados períodos do ano.
Independente do alimento que será dado às minhocas, é essencial que o
mesmo esteja limpo de qualquer resíduo estranho, como pedras, pedaços de
plástico ou de vidro. Se o material que será fornecido ficou guardado ao ar
livre, também é necessário verificar se não há nele minhocas de espécies diferentes
da Vermelha-da-Califórnia (compare a cor e o tamanho de indivíduos adultos),
aranhas, formigas ou outros insetos. A minhoca Vermelha-da-Califórnia se alimenta
de praticamente qualquer resíduo de origem animal ou vegetal. Dentre os
materiais mais usados, estão osestercos e os restos de culturas. O esterco bovino
é o mais utilizado na produção de húmus, por sua grande aceitação pelas minhocas
e pela facilidade de ser obtido nas propriedades familiares. Também é possível usar
estercos de outros animais, como porcos, aves, cavalos, ovelhas ou coelhos.
Contudo, estes requerem alguns cuidados adicionais antes de seremofertados às
minhocas e por isso somente são indicados para os minhocultores com maior
experiência. Ao contrário do que muitos pensam, não é recomendado alimentar
as minhocas com estercos “verdes”. Neste estado, os estercos podem fermentar e
elevar sua temperatura, afugentando ou mesmo matando as minhocas. O esterco
deve estar semi-curtido, ou seja, é preciso fazer uma pré-compostagem antes de
oferecê-lo às minhocas. Para tanto, deve-se montar uma pilha de 30 cm de altura com
o esterco a ser preparado e emparelhar o seu topo. A pilha deve ser umedecida
periodicamente para que nunca fique ressecada externamente, evitando, porém, o
escorrimento do chorume, pois, neste caso, perde-se uma grande parte dos
nutrientes. A cada 2 ou 3 dias, o monte de esterco deve ser revirado, invertendo a
parte de baixo com a parte de cima. Para Certificar-se que a umidade ideal para o
processo está sendo mantida, pode-se usar a seguinte relação: 10 L de esterco devem
pesar entre 6 e 7 kg. O processo de pré-compostagem do esterco pode se estender
por 15 a 25 dias, conforme as condições climáticas.
CUIDADOS ESPECIAIS

Na maioria das vezes, o agricultor tem o esterco para o minhocário na sua própria
propriedade, o que é uma grande vantagem. Contudo, quando o esterco é comprado
fora, é preciso estar atento para possíveis problemas. Sementes de plantas invasoras
podem vir misturadas ao esterco e serem disseminadas na propriedade. Da mesma
forma, as minhocas podem sofrer um estresse, apresentando mortandade ou fuga,
sempre que houver a mudança brusca da alimentação ou até mesmo de estercos de
animais que receberam alimentação diferenciada, como por exemplo gado criado a
pasto e gado confinado. Assim, é sempre importante conhecer a
procedência do esterco que é oferecido às minhocas. Outro aspecto a ser observado
com atenção pelo minhocultor diz respeito aos predadores. Algumas espécies de
formigas podem fazer seu ninho dentro do canteiro e se alimentar das minhocas.
Neste caso, é necessário que o ninho seja localizado e removido do canteiro
juntamente com o húmus próximo. Não é recomendada a aplicação de qualquer
produto químico no canteiro, porém o uso de borra de café, farinha de ossos ou de
casca de ovo moída espalhada sobre o canteiro podem inibir o aparecimento de
formigas além de serem um complemento alimentar para as minhocas. As
sanguessugas são outros predadores que podem causar sérios estragos no
minhocário. Além de viverem em ambientes semelhantes, as sanguessugas são
visualmente muito parecidas com as minhocas, embora apresentem uma coloração
mais alaranjada e uma maior resistência ao esmagamento. Canteiros bem drenados
podem prevenir o surgimento das sanguessugas e a catação e posterior destruição é
a forma mais eficaz de controle. O minhocultor também deve estar atento à ocorrência
de predadores de maior porte, como ratos, sapos, rãs, aves domésticas e
passarinhos, evitando sua presença com armadilhas ou telas de proteção. Nos
minhocários ao ar livre é recomendado fazer periodicamente uma seleção de
minhocas Vermelha-da-Califórnia, pois é possível o surgimento de minhocas nativas
atraídas pelo esterco Sempre que possível, deve-se evitar a mistura de espécies
diferentes de minhocas, mantendo os índices de reprodução e a uniformidade do
processo de produção de húmus

TIPOS DE VIVEIRO
O VIVEIRO
Ao montar um viveiro de mudas, a fase de planejamento é muito importante. As
instalações necessá-rias e a quantidade de mudas que se projeta produzir
dependerão do objetivo do viveirista ou mesmo da comunidade envolvida na sua
construção.
VIVEIRO é o ambiente/local onde germinam e se desenvolvem todo tipo de planta. É
nele que as mudas serão cuidadas até adquirir idade e tamanho suficientes para
serem levadas ao local definitivo, onde serão plantadas. Os viveiros contam com
diferentes tipos de infraestrutura, que vão depender do seu tamanho e de suas
características.
Dois tipos de viveiros podem ser destacados:
Viveiros temporários ou provisórios – são aqueles cuja duração é curta e limitada,
destinados à produção de poucas mudas em uma área determinada. Geralmente se
localizam próximos à área de plantio. Esse tipo de viveiro é bem simples e pode ser
construído, por exemplo, utilizando-se a sombra de uma árvore frondosa no fundo do
quintal (Figura 1).

Viveiros permanentes ou fixos – são aqueles construídos para durar mais tempo,
sendo utilizados para produção de mudas em quantidades maiores, principalmente
visando à comercialização em larga escala. Como essas instalações são mais
duradouras, necessitam de material mais resistente, assim osgastos para sua
construção são bem maiores do que os do viveiro temporário (Figura 2). Geralmente
se localizam próximos a mercados consumidores

É importante lembrar que no caso de instalação de viveiros permanentes todos os


procedimentos com relação à produção e à comercialização de sementes e mudas
devem obedecer à Lei no 10.711, de 5 de agosto de 2003, regulamentada pelo
Decreto no 5.153, de 23 de julho de 2004, publicados no Diário Oficial da União. Mais
informações no site do Ministério da Agricultura
(http://www.agricultura.gov.br/vegetal/sementes-mudas).
O primeiro passo para quem deseja produzir, exportar, importar ou realizar qualquer
atividade relacionada a sementes e mudas é procurar a orientação do setor de
sementes e mudas da Superintendência Federal de Agricultura do seu estado.
ESTABELECIMENTO DO LOCAL DO VIVEIRO
ESCOLHA DO LOCAL
O local para a construção de um viveiro deve ser definido depois da análise cautelosa
de diferentes aspectos do ambiente. De preferência, o construtor deve considerar uma
área com as seguintes características:
Inclinação do terreno: o terreno deve ser levemente inclinado (1% a 3%) a fim de
evitar acúmulo de água das chuvas ou mesmo do excesso de irrigação.
Drenagem: o solo deve oferecer boa drenagem, evitando-se solos pedregosos ou
muito argilosos.
Fonte de água: a disponibilidade de fonte de água limpa e permanente deve ser
suficiente para irrigação em qualquer época do ano.
Proximidade das áreas de plantio: a localização deve ser próxima do local onde as
mudas serão plantadas, principalmente no caso de viveiros temporários.
Orientação geográfica: o maior comprimento do viveiro deve ficar no sentido do sol
nascente para o poente (leste-oeste), o que garantirá ambientes totalmente
ensolarados na maior parte do tempo.
Proteção das mudas: o local deve ser cercado para evitar a entrada de animais, além
de implantação de quebra-ventos, que deverá servir para a proteção das mudas, das
sementeiras, dos sombrites e demais instalações do viveiro. As plantas do quebra-
vento também contribuirão para diminuição do ressecamento do solo e da
transpiração das mudas, prestando-se também à regulagem da temperatura do
viveiro.Contudo, sabe-se que dificilmente a área selecionada para a construção do
viveiro reunirá simultaneamente todas essas condições ideais para o bom andamento
dos trabalhos. Desse modo, em cada caso devemos adequá-las às diferentes
realidades locais. Nesse caso, a disponibilidade de dois elementos é prioritária e
imprescindível: água e luz solar. Para informações adicionais sobre projetoe
instalação de viveiros florestais veja publicação de Borges et al. (2011)
LIMPEZA E PREPARO DO LOCAL
A limpeza do local onde será construído o viveiro é muito importante. Para isso, devem
ser retirados plantas daninhas, raízes, tocos, pedras e qualquer material que possa
atrapalhar o trabalho de instalação.
DRENAGEM
Em viveiros temporários, este procedimento nem sempre é necessário, mas em
viveiros permanentes, com irrigação artificial, é fundamental. Sugere-se a construção
de valas de drenagem no piso, com uma distância de 3 m entre elas. Essas valas
devem ser preenchidas com materiais porosos de tamanhos diferentes, como brita,
cascalho, pedaços de tijolo, telhas, entre outros, permitindo a concentração e a
absorção do excesso de água (Figura 3). Esse procedimento se justifica, pois se a
drenagem for deficiente, com o passar dos anos o piso do viveiro acaba ficando
excessivamente úmido. Se isso ainda acontecer, recomenda-se cobrir todo o piso com
uma camada de brita ou areia grossa para ajudar na absorção do excesso da água,
lembrando que isso pode propiciar um ambiente favorável ao desenvolvimento de uma
série de doenças para as mudas.

CONSTRUÇÃO DOS CANTEIROS


Canteiro é o local onde serão colocados os recipientes (sacos plásticos, tubetes,
vasos, garrafas PET, entre outros) com as mudas em crescimento. O canteiro pode
conter mudas em recipientes maiores ou menores que vai depender da espécie e da
idade da muda. Quando as mudas são feitas em recipientes maiores, como sacos
plásticos grandes (>15 cm diâmetro), os canteiros devem ter aproximadamente 1 m
de largura, com um comprimento que vai depender do espaço disponível, sempre
dispostos perpendicularmente à linha do declive. A distância entre os canteiros deve
ser de 60 cm, a fim de facilitar a movimentação e o trabalho do pessoal de manutenção
do viveiro. Se os sacos plásticos utilizados forem muito pequenos (< 7 cm de
diâmetro), os canteiros devem ser protegidos lateralmente por ripa ou tarugo de
madeira para evitar o tombamento dos recipientes. Ainda no caso da produção de
mudas em recipientes como os tubetes, o canteiro deve ser formado
preferencialmente por bandejas ou telas suspensas, dispostas a 0,80 cm a 1 m de
altura e sustentadas por suportes.
ATIVIDADE
QUESTÃO 01: Marque com x a sequência correta de acordo com o banco de dados:

O planejamento para.......................do viveiro inicia-se com a definição


do..............................em que se pretende atuar, ou seja, a produção de.............nativas
voltadas à restauração de áreas........................, ou a produção de mudas arbóre- as visando à
arborização urbana e..........................., ou ambos.
Banco de dados: Implantação, segmento, mudas, degradadas e paisagismo.
a- Implantação, segmento, mudas, degradadas e paisagismo.
b- Implantação, mudas, segmento, paisagismo e degradadas.
c- Mudas, implantação, paisagismo, degradadas e segmento.
d- Mudas, paisagismo, degradadas, segmento e implantação.

QUESTÃO 02: O primeiro passo para instalação de um viveiro é a escolha adequada do local. Devem-
se considerar alguns aspectos e critérios importantes como:

a- Acessibilidade;
b- Orientação e disponibilidade de água;
c- Disponibilidade de energia elétrica
d- Declividade.
a- Apenas a letra B está correta;
b- Apenas a s letras A e C estão corretas;
c- Apenas a letras B e C estão corretas.
d- Todas as alternativas estão corretas.

QUESTÃO 03: Ao montar um viveiro de mudas, a fase de planejamento é muito importante. As


instalações necessárias e a quantidade de mudas que se projeta produzir dependeram do objetivo do
viveirista ou mesmo da comunidade envolvida na sua construção. Diante disso, quais as principais
características do local que devemos observar:

a- Solo;
b- Quebra- veto;
c- Canteiros;
d- Laboratório.
a- Apenas as letras A e B estão corretas;
b- Apenas as letras B e C estão corretas;
c- Apenas as letras A e C estão corretas.
d- Todas alternativas estão corretas.

QUETÃO 04: Marque a sequência correta de acordo com o banco de dados:

.............................é o ambiente/ local onde germinam e se .....................................todo o tipo


de planta. É nele que as mudas serão .........................até adquirir idade e
.........................suficientes para serem levadas ao local......................................, onde serão
plantadas.
Banco de dados: Viveiro, desenvolvem, cuidadas, tamanho e definitivo.
a- Viveiro, desenvolvem, cuidadas, tamanho e definitivo.
b- Viveiro, cuidadas, desenvolvem, definitivo e tamanho.
c- Viveiro, tamanho, definitivo, desenvolvem e cuidadas.
d- Viveiro, definitivo, cuidadas, desenvolvem e tamanho.

QUESTÃO 05: Cada vez mais ouvimos fala que cuidar bem da reprodução das plantas é fundamental
para o bom desempenho e qualidade de nossas lavouras.
Os agricultores (as) se preocuparam em conseguir boas mudas e sementes para formar suas lavouras,
sempre com o objetivo de avançar na quantidade e qualidade de produção a partir dessa seleção

De acordo com suas habilidades, o que podemos observar neste viveiro


a- Canteiros, irrigação e estradas de passeios.
b- Sementeiras, instalações e extensão ao viveiro
c- Semeadura e preparo do substrato para os recipientes

a- ( ) Apenas a letra A está correta


b- ( ) Apenas as letras B e C estão corretas
c- ( ) Apenas a letra C está correta
d- ( ) Todas as alternativas estão corretas.

QUESTÃO 06: Marque com x a sequência correta de acordo com o banco de dados:

A Enxertia é um ------------------------------- pelo qual se procura fixar uma -------------------(broto ou --------


------------),
Ou parte de um ramo que contenha uma ou mais gemas, sobre determinada ------------------------- para
que se continuam e passem a viver como uma só Planta. A -------------- que recebe o enxerto é
denominada ------------------- ou ------------------ e a parte que contém a gema -----------------------------------
- ou enxerto.
Banco de dados (Processo, gema, planta, borbulha, muda, porta-enxerto, cavaleiro e cavalo)
a- Gema, planta, cavaleiro, processo, porta- enxerto, borbulha, cavalo e muda;
b- Processo, gema, borbulha, planta, muda, cavalo, porta-enxerto e cavaleiro
c- Cavaleiro, borbulha, processo, cavalo, planta, porta-enxerto, muda e gema
d- Cavalo, borbulha, porta-enxerto, muda, gema, processo, cavaleiro e planta

COLETA DE SEMENTES FLORESTAIS NATIVAS


INTRODUÇÃO
A produção de sementes de alta qualidade é muito importante para qualquer programa
de produção de mudas voltados para plantios comerciais, restauração de áreas
degradadas e conservação dos recursos genéticos. Durante as etapas de colheita,
extração, secagem e beneficiamento, ocorrem os maiores riscos das sementes
sofrerem danos, perdendo a sua viabilidade. A produção de sementes de baixa
viabilidade significa perda de recursos financeiros.
Por conseguinte, é necessário planejar tecnicamente essas etapas para obter
sementes de boa qualidade e em quantidade suficiente. Este trabalho tem como
objetivo oferecer informações gerais sobre a coleta de sementes de espécies arbóreas
nativas, incluindo sugestão de ficha para marcação de árvores matrizes e fichas de
coleta de sementes, sobre o momento certo para a coleta de sementes e alguns
métodos. Foi escrito em linguagem simples e acessível.
Na floresta há árvores de diferentes idades, por isso, uma árvore de maior diâmetro e
mais alta pode não ser a melhor para seleção, visto que essa superioridade pode ser
devida à árvore ser mais velha e não de origem genética. Por motivos genéticos, é
importante colher sementes de várias árvores. O número de matrizes depende do
grupo ecológico que a espécie pertence. Para as espécies pioneiras, que
normalmente ocorrem em clareiras, recomenda-se para uso em projetos de
recuperação ambiental, colher sementes em 3-4 clareiras (populações), escolhendo
ao acaso 3-4 matrizes por população, distanciadas, no mínimo, 100 m entre si para
evitar parentesco. Tratando-se de espécies secundárias, sugere-se selecionar 1-2
populações e escolher 10-20 árvores matrizes ao acaso em cada população, também
distanciadas, no mínimo, 100 m entre si para evitar parentesco. No caso do Banco de
Sementes Florestais (BASEMFLOR), da Embrapa Florestas, além desses
procedimentos, as sementes são coletadas separadas por árvore, buscando-se a
coleta de 25 % a 30 % de cada árvore vigorosa e aparentemente sadia, de sementes
maduras, visualmente normais e sadias. Os padrões de coleta são ajustados por
ocasião da coleta de sementes para cada espécie. Busca-se, preferencialmente, a
coleta em populações naturais não perturbadas. Entretanto, caso não seja possível, a
coleta é realizada mesmo em populações pequenas ou fragmentadas. São evitadas
árvores isoladas, normalmente plantadas (dentro dequintais, praças ou em
pastagens), conforme Band e Henry (1993), Lleras (1988) e Smith (1984).
As matrizes devem ser cadastradas e mapeadas, conforme modelo de ficha para
marcação de árvores matrizes, constante na Figura 1. De fato, a ficha contém um
campo onde são inseridos os dados de qualidade das sementes produzidas por safra.
Colhidas e analisadas amostras de sementes da terceira safra, será possível calcular
a germinação média das sementes produzidas pela árvore matriz e se definir, nessa
ocasião, se aquele indivíduo será ou não considerado como matriz para a coleta de
sementes. Ademais, o preenchimento dessa ficha facilita a localização e o encontro
das árvores nos anos seguintes.
ÉPOCA DE COLETA

A coleta deve ser realizada quando as sementes atingem a maturação fisiológica, visto
que nessa época elas apresentam maior porcentagem de germinação, maior vigor e
maior potencial de armazenamento. Portanto, é necessário determinar o momento em
que a semente atingiu a maturação fisiológica. O processo de maturação inicia-se com
a fecundação do óvulo e se prolonga até a maturação fisiológica. Durante esse
processo ocorrem mudanças morfológicas, fisiológicas e bioquímicas nos frutos e
sementes, como o aumento de tamanho, do vigor e germinação, variação no teor de
água, acúmulo de biomassa seca, densidade aparente e coloração do fruto. Também,
diversos compostos orgânicos solúveis, como açúcares, ácidos graxos e aminoácidos
se transformam em substâncias mais complexas, como carboidratos, gorduras e
proteínas, que são armazenadas principalmente nas células do endosperma e/ou dos
cotilédones. Quantidades pequenas de alcalóides, glucosídeos, taninos, óleos
essenciais, vitaminas, enzimas, reguladores de crescimento e alguns pigmentos como
antocianinas e carotenos vão se acumulando nos diversos tecidos da semente. A
época da colheita varia em função da espécie, do ano e de árvore para árvore. Por
isso, há necessidade de acompanhar o estágio de maturação para estabelecer o
momento da colheita das sementes. Especialmente para os frutos deiscentes, com
sementes pequenas, a definição do momento da coleta é muito importante, pois é
necessário colher antes que ocorra a abertura dos mesmos e consequentemente a
dispersão das sementes
COLORAÇÃO DOS FRUTOS

A mudança da cor do fruto, para muitas espécies, é um critério simples e confiável


para avaliar a maturação, contudo é necessário que o técnico tenha prática quanto a
essa característica. A cor geralmente muda do verde para várias tonalidades de
amarelo e marrom. No entanto, nem sempre a modificação na coloração do fruto está
associada à maturação da semente. Também a mudança da cor pode ser
acompanhada do endurecimento do pericarpo em frutos lenhosos.
A alteração da coloração dos frutos foi um bom identificador da maturação de algumas
espécies, como por exemplo, as sementes de Myroxylon balsamum (Balsamo de
Tolu), CitharexylumMyrianthum (Pau de viola). No entanto, não foi um índice eficiente
para determinar a maturação de sementes de Copaifera langsdorffii (copaíba), de
Genipa americana (jenipapeiro) e para Ocotea catharinensis (canela-preta)
DENSIDADE APARENTE
Á medida que o teor de água da semente diminui com a maturação, a densidade
também decresce até atingir um valor característico para a espécie, que representa a
maturação. Nessa ocasião, pode ser realizada uma determinação, conhecida como
teste de flutuação em líquidos de densidade conhecida. Após a coleta dos frutos,
coloca-se uma amostra em um líquido de densidade semelhante à densidade dos
frutos na maturação. Se a maioria dos frutos afunda, tem-se a indicação de que eles
não estão maduros. Portanto, é necessário esperar mais algum tempo para que se
processe a maturação. Pelo contrário, quando os frutos flutuam, podem ser
colhidos, visto que atingiram a maturação.
EXAME DO CONTEÚDO DAS SEMENTES
Uma prática interessante consiste em colher alguns frutos e determinar a maturação
mediante o exame do conteúdo da semente. Geralmente o embrião e o endosperma
(quando presente) passam por uma fase imatura, de aspecto leitoso, seguido de uma
fase em que os tecidos se tornam mais firmes. Por outro lado, a semente madura
possui endosperma firme, assim como
embrião firme e totalmente desenvolvido. Desta forma, a análise do conteúdo da
semente é realizada da seguinte maneira: corta-se longitudinalmente uma amostra de
10-20 sementes e, utilizando uma lupa (10x ou 20x), faz-se a inspeção. Se o conteúdo
(embrião e endosperma) estiver firme, existe a indicação de que a semente
provavelmente se encontra madura.
TEOR DE ÁGUA

A fusão de um dos gametas masculinos com a oosfera (gameta feminino das plantas
e algas) forma o zigoto, a partir do qual se desenvolverá o embrião. A fusão do outro
gameta masculino com os núcleos polares forma o endosperma. Assim está
processada a dupla fecundação, sendo que o óvulo aumenta de tamanho
rapidamente, devido ao crescimento e desenvolvimento tanto
do tegumento, quanto do embrião e do endosperma. Imediatamente após a formação
do zigoto, o teor de água é elevado. Nas sementes ortodoxas (são as sementes que
sobrevivem a secagem e congelamento durante
a conservação), à medida que a maturação progride, o teor de água decresce,
provocando o endurecimento gradual do tegumento, assim como do embrião e do
endosperma, até atingir o equilíbrio higroscópico com o ambiente. Se a semente não
for coletada, ela pode se deteriorar devido às variações da umidade do ambiente, da
temperatura e ação de microrganismos e insetos. Por outro lado, as sementes do tipo
recalcitrantes (são as sementes que não sobrevivem a secagem e congelamento
durante a conservação) não perdem água tão intensamente como as ortodoxas, à
medida que progride a maturação.
BIOMASSA SECA
A deposição de biomassa seca na semente começa lentamente, para depois iniciar
uma fase de rápido acúmulo até que atinge o máximo. Este valor mantém se mais ou
menos constanteO vigor é uma característica que também acompanha o aumento da
biomassa seca, durante a maturação. Desse modo, a semente atinge o máximo vigor
quando alcança o máximo de biomassa seca, podendo haver diferenças em função
da espécie e das condições ambientais. Quando o máximo vigor é alcançado, ele
tende a se manter no mesmo nível ou decresce dependendo das condições
ambientais e do momento da coleta durante certo período, mas no final pode sofrer
um pequeno decréscimo, devido ao gasto de energia pela respiração das sementes.
O máximo peso de biomassa seca é o ponto em que a semente alcança a maturidade
fisiológica.
GERMINAÇÃO E VIGOR
Em algumas espécies, as sementes adquirem precocemente a germinação ou seja,
poucos dias após a fecundação do óvulo, enquanto que outras só mais tarde. Nos
dois casos, a percentagem de germinação aumenta até atingir o máximo, que pode
coincidir com o máximo de biomassa seca

MÉTODOS DE COLETA

Os métodos de coleta variam desde os mais simples, como coleta de sementes ou


frutos no chão aos mais avançados, tais como máquinas para sacudir a árvore,
guindaste acoplado a um cesto, material de montanhismo, balão ou helicóptero.
Na produção de sementes, a coleta é geralmente o trabalho mais pesado e de maior
custo. A escolha do método adequado para a coleta de sementes de espécies
florestais depende das condições do sítio, da prática da equipe e, principalmente, das
características da matriz e do fruto. O método mais eficiente é aquele que consegue
coletar maior quantidade de sementes com menor custo, sem arriscar na qualidade
da semente, na segurança da equipe e sem prejudicar a futura produção de sementes.
Contudo, não se deve colher a maioria dos frutos, pois é necessário deixar para a
alimentação da fauna e para dispersão, consequentemente para
que ocorra a regeneração da espécie.
COLETA NO CHÃO

Este método caracteriza-se pela coleta de sementes ou frutos que são dispersos
próximos da árvore matriz. A coleta no chão é simples e de custo baixo, pois não
exige mão-de-obra qualificada, como no caso de escalada de árvores. Recomenda-
se:
- quando os frutos ou sementes não são do tipo anemocóricos;
- quando os frutos grandes, pesados e indeiscentes;
- quando não for possível escalar a árvore;
- quando os frutos ou sementes não são muito atacados por animais, insetos e
fungos.

O tamanho do fruto é muito importante, pois quanto maior, mais fácil é a coleta.
Geralmente os primeiros frutos que caem são de baixa qualidade, apresentando
sementes imaturas, vazias ou inviáveis. As principais desvantagens desse método é
que as sementes dispersas no solo estão mais susceptíveis ao ataque de insetos e
roedores, e a contaminação por fungos do solo. Além disso, há maior dificuldade de
identificar a árvore matriz que deu origem às sementes. Têm-se observado que
sementes de Araucaria angustifolia colhidos no chão, logo após a queda das pinhas,
apresentam germinação mais elevada, quando comparadas àquelas colhidas
diretamente na árvore. Possivelmente, por não se encontrarem ainda no ponto de
maturidade, fisiológica. Para facilitar a coleta e diminuir os danos às sementes, deve-
se limpar o terreno e entender uma lona ou ainda colocar coletores na projeção da
copa da árvore matriz. Também é importante realizar a coleta logo após a dispersão
dos frutos ou sementes para diminuir o ataque de fungos, insetos, roedores e para
evitar a germinação prematura nas sementes do tipo recalcitrantes. Nas espécies em
que os frutos se desprendem facilmente, pode-se induzir a queda dos mesmos
artificialmente. Em árvores pequenas é possível sacudir o tronco ou os galhos com a
mão, para que as sementes ou frutos caiam sobre uma lona ou sombrite. Este método
permite a identificação da matriz e também aumenta o rendimento na operação. Em
árvores mais altas, pode-se balançar os galhos com auxílio de um gancho, acoplado
a um cabo de alumínio ou vara de bambu, e também fazer uso de uma corda. Para
utilizar esta, primeiramente amarra-se um chumbo de aproximadamente 50 g em uma
linha de nylon (tipo pedreiro) e posteriormente lançaa sobre o galho que se deseja
balançar. O chumbo pode ser lançado à mão, com estilingue, com besta ou arco. Após
o lançamento, tira-se o chumbo e amarra-se uma corda trançada de 3 mm a 4 mm ao
fio de naylon, puxando de volta para o galho ficar laçado. Para balançar o galho e
consequentemente cair os frutos, recomenda-se amarrar as pontas da corda. A corda
deve ficar na extremidade do galho, a fim de se obter o máximo de efeito, e não perto
do fuste onde o galho é mais grosso. Coleta de sementes em matrizes em pé com
acesso do solo. Podem-se coletar sementes diretamente da copa com a mão em
arbustos e árvores de pequeno porte, como Duranta vestita. Neste caso, é possível
aumentar a eficiência do trabalho, estendendo uma lona no solo para depositar os
frutos ou puxando o galho com um gancho ou corda. A corda pode ser segurada com
os pés ou amarrada em outro galho. Assim, pode-se usar as duas mãos para colher
os frutos. Quando os galhos estão fora do alcance das mãos, existem várias
ferramentas que o coletor pode utilizar para coletar os frutos. Uma delas é o gancho,
que é utilizado para abaixar os galhos mais flexíveis e, com uma tesoura de poda
corta-se o pedúnculo dos frutos ou pequenos galhos, nos quais estão inseridos um
conjunto de frutos. Por exemplo, em Miconia cinamommifolia, cortase um galho
pequeno, onde estão normalmente muitos frutos. Deve-se tomar o cuidado para não
cortar muitos galhos para não danificar a matriz e consequentemente a produção de
sementes do ano seguinte. Uma ferramenta muita utilizada para cortar galhos é o
podão, que consta de um cabo de alumínio, bambu ou plástico, acoplado a uma
tesoura e serra. Existem cabos telescópicos e leves que facilitam o seu manejo e
atingem altura de 6 m a 8 m ou mais. Outra forma consiste em lançar a linhada sobre
o galho, que tem frutos, para romper os galhos, diferentemente do método utilizado
para sacudi-los. A linhada consta de um fio de naylon trançado de aproximadamente
4 mm, possuindo na extremidade um peso de 200 g a 250 g de
ferro, chumbo ou madeira. O fio deve ser bem comprido, de 50 m a 60 m para não
escapar da mão após o lançamento. A maneira de lançar depende do treino do
operador, mas com habilidade pode alcançar de 20 m a 30 m de altura. Este método
não é muito recomendável visto que pode causar injúrias e consequentemente
predispor a matriz a pragas e doenças, além de afetar a produção de sementes no
próximo ano. Outro método para cortar galho com frutos, usado na Austrália para
pequenas amostras de sementes de eucalipto, é o rifle de grande calibre com mira
telescópica. Consegue-se derrubar galhos de até 15 cm de diâmetro
COLETA EM MATRIZES DERRUBADAS

Este método só deve ser praticado quando se deseja aproveitar as sementes das
árvores que estão sendo cortadas, por exemplo, construção de uma hidroelétrica,
construção de estradas, entre outros. Neste caso, é preciso sincronizar a exploração
florestal com o momento da maturação das sementes. Deve-se selecionar e marcar
as árvores matrizes, cortá-las, colher os frutos e só depois efetuar a exploração
florestal.
TRANSPORTE DOS FRUTOS

Após a coleta dos frutos, estes devem ser transportados o mais breve possível até o
local de beneficiamento. A permanência dos frutos no campo por maior tempo pode
danificar as sementes, visto que ficam sujeitas às variações ambientais. Antes do
transporte, é necessário identificar as embalagens nas quais forem colocados os
frutos. Recomenda-se o preenchimento de duas etiquetas, colocando uma no interior
da embalagem e outra por fora. Nessas etiquetas deve ser anotado o nome da
espécie, número da árvore matriz ou da população, data, nome do coletor e local da
coleta, em acordo com o conteúdo da ficha de coleta de sementes. Estas informações
são importantes para manter a identidade da matriz ou população e formação do lote
de sementes. Durante o transporte, devem-se tomar cuidados para não danificar as
sementes, pois pancadas podem causar quebra no tegumento e em outras partes da
semente. Como geralmente as sementes estão com alto teor de água, elas podem ser
facilmente danificadas por amassamento, pelas altas temperaturas, fungos e insetos.
ATIVIDADE
Questão 01: Marque com x a sequência correta de acordo com banco de dados:
A produção de ...............................de alta qualidade é muito importante para qualquer
programa
de....................................de mudas voltado para
plantios...............................restauração de
áreas .................................................e conservação dos recursos genéticos.
Bancos de dados: Sementes, produção, comerciais e degradadas;
a. ( ) Sementes, produção, comerciais, e degradadas;
b. ( ) Sementes, degradadas, comerciais e produção;
c. ( ) Sementes, comerciais, produção e degradadas;
d. ( ) Sementes, produção, degradadas e comerciais.
Questão 02: Durante as etapas de...................................extração,
................................e beneficiamento,
ocorrem os maiores riscos das................................sofrerem danos, perdendo a
sua..........................................
Banco de dados: Colheita, secagem, sementes e viabilidade.
a. ( ) Secagem, colheita, viabilidade e sementes;
b. ( ) Colheita, secagem, sementes e viabilidade;
c. ( ) Secagem, sementes, viabilidade e colheita;
d. ( ) Colheita, sementes, viabilidade e secagem.
Questão 03: Na floresta nativa existem variações nas diferentes características
fenotípicas entre as árvores
de uma mesma espécie. Para o objetivo de produção de madeira e outros produtos,
deve-se
selecionar as melhores árvores. Essa árvores, são denominadas:
a. ( ) Árvores nativas;
b. ( ) Árvores matrizes;
c. ( ) Árvores vegetativas;
d. ( ) Árvores ornamentais.
Questão 04: A coleta deve ser realizada quando as sementes atingirem a maturação
fisiológica, visto que
nessa época elas apresentam:
A - Maior porcentagem de germinação;
B - Maior vigor;
C - Maior potencial de armazenamento.
b. ( ) Apenas a letra C está correta;
c. ( ) Apenas as letras A e C estão corretas;
d. ( ) Todas as alternativas estão corretas.
Questão 05: O processo de maturação inicia- se com a fecundação do óvulo e se
prolonga até a maturação
fisiológica. Durante esse processo ocorrem mudanças:
A - Morfológicas;
B - Fisiológicas;
C - Bioquímicas nos frutos e sementes.
a. ( ) Apenas a letra A está correta;
b. ( ) Apenas a letras A e B estão corretas;
c. ( ) Apenas a letra C está correta;
d. ( ) Todas as alternativas estão corretas.
Questão 06: Marque com x a sequência correta de acordo com o banco de dados:
A mudança da cor do ............................., para muitas ..........................., é um critério
simples e
confiável para avaliar a ............................., contudo é necessário que o técnico
tenha.................................quanto a essa característica. A cor geralmente muda do
verde para
várias .........................................de amarelo e marrom.
Banco de dados: Fruto, espécies, maturação, prática e tonalidades.
a. ( ) Fruto, espécies, maturação, prática e tonalidades;
b. ( ) Fruto, prática, espécies, tonalidades e maturação;
c. ( ) Fruto, maturação, prática, tonalidades e espécies.
d. ( ) Fruto, tonalidades, espécies, prática e maturação.

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