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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Planificação do processo de Ensino-Aprendizagem

Nome completo: Código

Curso: Português

Disciplina: Didáctica II

Ano de Frequência: 2º

Turma: C

Docente: dr. Paulo Binza

Milange, Abril, 2023


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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução........................................................................................................................................4

1.Planificação do Processo de ensino – Aprendizagem...................................................................5

1.1.Conceito da planificação do PEA..............................................................................................5

1.2.Tipos ou Níveis de planificação do PEA...................................................................................7

1.2.1.Plano de curso ou Plano a Nível Central................................................................................7

1.2.2.Plano de Unidade ou a Nível Provincial.................................................................................8

1.2.3.Plano de aula ou a nível Local................................................................................................9

1.3.Importância da planificação do PEA.......................................................................................11

1.4.Qualidades de um plano...........................................................................................................12

2.Metodologia................................................................................................................................14

Referências Bibliográficas.............................................................................................................16
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Introdução

A planificação é, actualmente, um acto necessário em quase todos os sectores da vida humana.


Alias, sempre foi, só que, actualmente torna-se mais necessário e eficiente planificar as suas
futuras realizações com vista a evitar improvisos e insucessos. É sabido que, o ensino é uma das
actividades que tem como uma das suas principais características a planificação. Isso faz com
que a prática do professor se oriente por uma adequada planificação, englobando os aspectos
fulcrais do plano, tais como, os conteúdos, os objectivos/competências a desenvolver, os meios
de Ensino - Aprendizagem, etc. Para o efeito, o presente trabalho visa abordar sobre a
planificação do PEA, o seu estudo toma como objectivos compreender a planificação e
permitindo que o formando tenha capacidade de descrever a planificação, classificar a
planificação em seus níveis, reconhecer a sua importância e os objectivos de ensino.

O presente trabalho em abordagem versa – se sobre os seguintes objectivos.

Objectivo geral:

 Analisar a planificação do processo de ensino e aprendizagem.

Objectivos específicos:

 Apresentar os elementos condicionantes da planificação de ensino;


 Indicar as diferentes fases que ocorre a planificação do ensino;
 Descrever as tipologias ou modalidades de planificação no ensino.
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1. Planificação do Processo de ensino – Aprendizagem

1.1. Conceito da planificação do PEA

O acto de planificar è uma realidade que sempre acompanhou a trajectória histórica da


Humanidade desde os primórdios da sua existência.

Segundo Menegola &, Sant’anna (2001), “o homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na
sua vida”. Todas as pessoas planificam suas acções desde as mais simples até as mais complexas,
na tentativa de transformar e melhorar suas vidas ou as das pessoas que as rodeiam (pag.15)

Neste contexto, Zabalza (2000), ressalta que “a planificação è um fenómeno de planear, de


algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas num projecto que seja capaz de
representar, dentro do possível, as nossas ideias a cerca das razões pelas quais desejaríamos
conseguir, e como poderíamos levar a cabo, um plano para concretizar,”. (pág. 47)

Em linhas da MINED (2001),

A planificação é uma prática corrente em todas as actividades humanas,


especificamente as que são realizadas intencionalmente. Por isso terá sido fácil
para você concluir que o plano de aula (ou seja, a planificação do PEA) é a
previsão mais objectiva possível de todas as actividades escolares para a
efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o aluno a alcançar
os objectivos previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é uma actividade
que consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o
professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os
objectivos educacionais propostos, (Pág.04)

Na perspectiva de Piletti, (2004), é a especificação da planificação do currículo. Que consiste e


traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para
conduzir os alunos a alcançar os objectivos educacionais propostos, e este devera prever (p. 62):
 Objectivos específicos (ou instrucionais) estabelecidos a partir dos objectivos
educacionais;
 Conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido determinado pelos
objectivos;
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 Procedimentos e recursos de ensino que estimulam a actividade de aprendizagem;


 Procedimentos de avaliação que possibilitem verificar, de alguma forma, ate que ponto
os objectivos foram alcançados, (Piletti; 2004, p. 62).

Por outro lado, para o MINED, a planificação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a
previsão das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos
objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A
planificação é um meio para se programar as acções docentes, mas é também um momento de
pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação. (pag.04)

Sempre que se inicia um empreendimento complexo, tendo em vista alcançar determinadas


metas, torna-se importante fazer uma previsão básica da acção a ser realizada, previsão essa que
funcione como um fio condutor susceptível de orientar a acção. Com efeito, na medida em que a
acção educativa põe em causa o presente e o futuro da criança, do adolescente e do jovem, pondo
consequentemente em causa a própria comunidade, não se pode permitir que ela se desenrole ao
sabor dos acasos da improvisação.

Também não pode ser estruturada na exclusividade do bom senso e da intuição de quem a
pratica. Com a planificação da aula, o professor determina os objectivos a alcançar ao término do
processo de Ensino-Aprendizagem, os conteúdos a serem aprendidos, as actividades a serem
realizadas pelo professor e aluno, a distribuição do tempo, etc., ou seja, a planificação permite
visualizar previamente a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em dia lectivo.
Vendo neste sentido, compreende-se que devemos planear não uma aula, mas um conjunto de
aulas, visto que:

 Na preparação de aulas, o professor deve reler os objectivos gerais da matéria e a


sequência de conteúdos do plano de ensino.

 O professor deve tomar o tópico de unidade a ser desenvolvido e desdobra-lo numa


sequência lógica, na forma de conceitos, problemas, ideias.

 Em relação a cada tópico, o professor redigia um ou mais objectivos específicos, tendo


em conta os resultados esperados da assimilação de conhecimentos e habilidades.
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 É importante que o professor tenha sempre presente uma visão de conjunto e da inter-
relação dos seus elementos constituintes, de modo a que cada situação de ensino e
aprendizagem, que propõe, constitua uma peça de um todo.

1.2. Tipos ou Níveis de planificação do PEA

A prática do ensino do ensino mostra que o que acontece na escola como experiências da
aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse nível, classe ou tipo de ensino.

A planificação do processo de Ensino - Aprendizagem se realiza em dois níveis fundamentais:


central e do professor, passando por um nível intermediário, o da planificação pela escola.

Na visão de Piletti, (2004: 69-74), a planificação de ensino é desdobrável em três (3) tipos,
diferenciados por seu grau de especificidade:

 Plano de curso;
 Plano de unidade; e
 Plano de aula.

1.2.1. Plano de curso ou Plano a Nível Central

Também considerada como nível de planificação a longo prazo - consiste em prever acções
relacionadas com o processo de Ensino-Aprendizagem numa perspectiva Nacional e é da
responsabilidade do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Corresponde como
exemplo deste tipo de planificação, os programas de ensino.

A nível central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e graus de Ensino -
Aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saída do
nível/grau, curso, disciplina, ano, etc. a partir do qual se faz:

 A definição de objectivos, conteúdos e métodos gerais;

 A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc.) e pelas unidades do PEA;

 A elaboração dos programas detalhados por disciplina;


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 Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do professor e
outros meios de Ensino - Aprendizagem.

1.2.2. Plano de Unidade ou a Nível Provincial

A planificação a médio prazo - conforme a designação, este nível consiste em programar


actividades educacionais a nível da província, tendo em conta as suas características e
necessidades específicas. Esta subordina-se à planificação central (plano quinzenal).

O Plano de unidade é a especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada
de assuntos inter-relacionados. A planificação de unidade inclui objectivos, conteúdo, etc. em
principio, cada unidade deve ser planificada ao final do trimestre que antecede, pois esta lhe
servira de base ou ápio. Isto significa que as unidades serão planificadas ou replanificadas ao
longo do curso.
E de acordo com Pilleti (2004: 71), o plano de unidade tem três (3) etapas, a destacar:
 Apresentação - onde o professor procurara identificar e estimular os interesses dos
alunos relacionando-os com o tema da unidade, e para tanto poderá desenvolver as
seguintes actividades:
1. Pré-teste oral ou escrito, para sondagem das experiencias anteriores dos alunos,
contendo os conceitos que eles deveram aprender na unidade.
2. Dialogo com a turma a propósito do tema.
3. Comunicação aos alunos aos objectivos da unidade.
4. Utilização de material ilustrativo, tais como, jornais, revistas, cartazes, objectos
históricos, etc., que permitam introduzir o tema.
5. Aula expositiva com a mesma finalidade, (Idem).
 Desenvolvimentos – nesta etapa, os alunos deveram chegar a compreensão do tema.
Aqui o professor devera lançar mão das seguintes actividades:
a) Estudo de testos.
b) Estudo dirigido.
c) Solução de problemas.
d) Projectos.
e) Trabalho em grupo.
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 Integração – nesta etapa, os alunos deveram chegar a uma síntese dos temas
abordados na unidade. E, isto poderá ser alcançado através das seguintes actividades:
a) Organização do resumo.
b) Relatório oral que sintetize os aspectos mais importantes da unidade, (Idem).

1.2.3. Plano de aula ou a nível Local

Conhecido como planificação de curto prazo - para tornar cada vez mais especifica e adequada
ao contexto da escola e aos alunos, surge a necessidade de uma planificação local que contempla
a previsão das actividades a nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis a(ex.:
Dosificação, plano temático/de aula). Aluno recebe serviços de educação especial em instituições
especializadas (ex: hospitais, lares, com programa elaborado pelo especialista).

Assim, a planificação de aula é a sistematização de todas actividades que se desenvolvem no


período em que o professor e o aluno integram numa dinâmica de ensino e aprendizagem,
(PILLETI; 2004: 72).

É de salientar que planificação na escola deve partir pelo conhecimento do plano curricular,
Programas de ensino (planos temáticos) para além das políticas, planos estratégicos da educação
e legislação. A partir deste conhecimento, a planificação na escola pressupõe a elaboração do
PPP (PDE) e o plano anual de actividades. Depois, cabe aos professores de forma individual,
mas sobretudo, em equipa, prepararem os planos analíticos e os planos de aulas das respectivas
disciplinas como parte da operacionalização dos planos precedentes, tendo em conta o calendário
escolar, diversos tipos dos regulamentos e as Orientações e Tarefas Escolares Obrigatórias
(OTEOs).

Para a elaboração de plano de aula, Piletti, (2004), afirma que existem vários passos, a seguir,
tais como:
 Indicar o tema central da aula. Por exemplo: matéria-prima.
 Estabelecer os objectivos da aula, por exemplo: ao final dessa aula o aluno será capaz
de: identificar matéria-prima, destacar produto, mencionar os processos de
transformação da matéria-prima em produto.
 Indicar o conteúdo que será objecto de estudo. Por exemplo: matéria-prima, produto, a
matéria-prima e sua procedência, as indústrias locais.
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 Estabelecer os recursos e os meios para o uso dos mesmos como forma de atingir os
objectivos, por exemplo, se fala-se de matéria-prima o professor pode levar os seus
alunos para uma excursão a uma indústria próxima, assim o professor pode planificar a
excursão como ponto de referência para ele próprio mas não deve dar a planificação
pronta aos seus alunos, devera sim, para que com o seu auxílio planifiquem a excursão.
 Prever como será feito a avaliação.

Ainda no mesmo horizonte, também, compreende-se que devemos planear não uma aula, mas
um conjunto de aulas, visto que:

 Na preparação de aulas, o professor deve reler os objectivos gerais da matéria e a


sequência de conteúdos do plano de ensino.

 O professor deve tomar o tópico de unidade a ser desenvolvido e desdobra-lo numa


sequência lógica, na forma de conceitos, problemas, ideias.

 Em relação a cada tópico, o professor redigia um ou mais objectivos específicos, tendo


em conta os resultados esperados da assimilação de conhecimentos e habilidades.

 É importante que o professor tenha sempre presente uma visão de conjunto e da inter-
relação dos seus elementos constituintes, de modo a que cada situação de ensino e
aprendizagem, que propõe, constitua uma peça de um todo.

Em termos de modelos para a planificação das aulas, convém realçar que existem muitos, em
função do autor que os propõe. Por isso, nos parece marginal a discussão sobre qual é o melhor
modelo, desde que se chegue ao ponto de incluir os elementos que simbolizam a dinâmica do
processo de Ensino-Aprendizagem.

Assim, por uma questão meramente elucidativa, incluiremos a seguir alguns modelos de plano de
aula, deixando ao critério do professor, em grupo de disciplina ou nível da escola, e em função
da disciplina que lecciona adoptar este ou aquele modelo, ou ainda a combinação entre eles.
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1.3. Importância da planificação do PEA

A planificação não é uma panaceia de todos os problemas de educação, mais concretamente do


ensino: a PLANIFICAÇÃO é apenas uma parte do que normalmente chamamos ciclo docente,
visto que para além dela temos a REALIZAÇÃO e a AVALIAÇÃO, razão pela qual mesmo que
o professor tenha uma planificação mais correcta possível, se a realização e avaliação do
processo de Ensino-Aprendizagem tiverem problemas não poderá alcançar facilmente os
objectivos que pretende.

Contudo, se feita com rigor e simultaneamente com a flexibilidade e a abertura indispensável, ela
assume uma importância vital na prática profissional de todos aqueles que se esforçam na
construção de uma escola empenhada numa comunicação clara entre os elementos implicados na
acção educativa, uma escola mais lúcida e mais humana que actua com base na realidade dos
seus alunos, uma escola mais eficiente no aproveitamento do tempo e do espaço de que dispõe
para ajudar os seus alunos a “crescer”. Com a planificação da aula, o professor determina os
objectivos a alcançar ao término do processo de Ensino-Aprendizagem, os conteúdos a serem
aprendidos, as actividades a serem realizadas pelo professor e aluno, a distribuição do tempo,
etc., ou seja, a planificação permite visualizar previamente a sequência de tudo o que vai ser
desenvolvido em dia lectivo.

Em Piletti, (2004), planificar as actividades de ensino é importante pelos seguintes motivos


(p.75):
 Evita a rotina e a improvisação.
 Contribui para a realização dos objectivos visados.
 Promove a eficiência do ensino.
 Garante maior segurança na direcção do ensino.
 Garante a economia do tempo e do ensino.

No processo de Ensino-Aprendizagem, a planificação do PEA é importante devido ao facto de


que:
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 Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que


a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de
qualidade e evite a improvisação e a rotina.

 Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos métodos, a partir da consideração
das exigências postas pela realidade social, do nível de preparação e das condições
socioculturais e individuais dos alunos.

 Assegura a unidade e coerência do trabalho docente, ou seja, inter-relacionar os


elementos que compõem o processo de ensino.

 Facilita a preparação das aulas, através da selecção do material didáctico em tempo útil;
saber que tarefas o professor e os alunos devem executar; replanificar o trabalho perante
novas situações que aparecem no decorrer do Processo de Ensino-Aprendizagem (PEA),
em geral e, das aulas, em particular.

1.4. Qualidades de um plano

De acordo com ZABALZA (1994), estabelecer um plano significa, por um lado,


traduzir uma relação com o programa e portanto com o currículo e, por outro lado,
com as condições e características do contexto de aprendizagem. Nesta ordem de
ideias, o professor afigura-se como um sujeito estruturante, actuante e flexível no
PEA bem como para o sucesso deste.

Em toda a planificação do PEA, nos diversos níveis, se definem os objectivos, seleccionam-se


conteúdos a privilegiar, identificam-se estratégias, estabelecem-se tempos de realização e se
prevêem actividades de avaliação. E no caso da planificação ao nível do professor, tudo se passa
com mais pormenor, pesando muito mais a preocupação de adequar as propostas às
características do contexto. E ao realizar esta adequação o professor deve criar certos ajustes para
garantir a qualidade do seu plano. Assim, o plano deve:

a) Estar adequado às características do meio em que o professor está a trabalhar.

b) Tomar em consideração os recursos e as limitações que o meio e a escola oferecem.


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c) Mobilizar todos os recursos humanos disponíveis (alunos, professores, funcionários da escola


e elementos da comunidade).

d) Ser executável por professores com as características dos que trabalham na mesma escola.

e) Tomar em consideração as aprendizagens anteriores realizadas por estes alunos.

f) Desencadear uma aprendizagem progressiva.

g) Tomar em consideração as características da turma.

Para Pilleti (2004), uma boa planificação tem as seguintes características:


 Ser elaborado em função das necessidades e das realidades apresentadas pelos alunos.
 Ser flexível, isto é, deve dar margem a possíveis reajustamentos sem quebrar sua unidade
e continuidade. O plano pode ser quando se fizer necessário.
 Ser claro e preciso, isto é, os enunciados devem apresentar bem exactas a sugestões bem
concretas para o trabalho a ser realizado.
 Ser elaborado em íntima correlação dos objectivos visados.
 Ser elaborado, tendo em vista as condições reais e imediatas do local, tempo de recursos
disponíveis. (p.75)

Considerando as características atrás referidas, quando se faz uma planificação terão de se tomar
em linha de os seguintes componentes:

a. O meio envolvente à escola

As paredes da sala de aula são unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos
problemas, interesses e hábitos culturais da zona em que ela está inserida. Se estes factores,
aparentemente estranhos à turma, não são considerados nas propostas de aprendizagens, corre-se
o risco de não interessarem ou de serem inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os
exercícios que se vão propor, as motivações que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de
ser adequado ao meio.
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b. Recursos/meios de ensino existentes

É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto à
árvore do pátio da escola, à mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, às
experiências vividas podem contribuir para que as aprendizagens se tornem mais ricas e
gratificantes.

O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojector, ter laboratórios
bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias, explorações mineiras, etc.,
abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados ou feiras, artesanatos característicos
que se possam explorar, ira ser decisivo na escolha de estratégias.

c. O aluno

Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber,


cujo seu aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado
assunto é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor),
e o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe
sentir que é um dos protagonistas desse processo e fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante
em si mesmo e nos outros.

Por outro lado, uma componente importante na planificação do PEA é a sua adequação ao aluno.
Realmente, para além da compreensão das características próprias do nível etário do aluno e das
características médias da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é
fundamental que o professor conheça as características pessoais do aluno.

d. Conteúdos

Os conteúdos a ser ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em
linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseia nos esquemas conceptuais que os
presidem e os temas organizadores. Neste sentido, quando os professores duma mesma escola
não trabalham em conjunto sobre um mesmo programa pode haver diferenças de interpretação.
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2. Metodologia

Para a materialização deste trabalho recorreu-se ao uso do método bibliográfico que consistiu na
leitura de diversas obras que abordam sobre a temática em estudo, e, para tornar credível, todas
as fontes consultadas estão citadas no trabalho e nas referências bibliográficas. O Trabalho está
estruturado em introdução antecedida pelos elementos preliminares, o desenvolvimento e a
conclusão que é seguida das referências bibliográficas.

No que concerne as normas de publicação de trabalhos científicos, usou-se a sexta edição das
normas American Psycologcal Association (APA).
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Conclusão

Terminado o trabalho, chegou-se a conclusão de que, a planificação é redundantemente um


fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas num
projecto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias. Na verdade, a
planificação assume-se assim como o modo mais eficaz que cada docente tem de preparar o seu
trabalho, organizar o tempo das suas aulas e garantir uma melhor aprendizagem por parte dos
seus alunos.

Todavia, a planificação “deve contribuir para a optimização, maximização e melhoria da


qualidade do processo educativo. É um guião de acção que ajuda o professor no seu
desempenho” e nesta óptica, considero que a realização deste trabalho assumiu-se como uma
mais-valia para mim, pois apesar de já ter uma ideia do que iria fazer em cada aula, este trabalho
permitiu a organização dessas mesmas ideias e a selecção de estratégias para abordagem de cada
conteúdo.

Obviamente que o sucesso de um projecto só se avalia após a sua implementação, mas esse
sucesso apenas se efectivará se dermos a devida importância a cada passo.
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Referências Bibliográficas

Braga, F. (coord.) (2004). Planificação: Novos papéis, novos modelos: Dos projectos de
planificação à planificação em projecto. Porto: Edições ASA.

Ministério da Educação (2001). Orientações Curriculares para o 3º Ciclo do Ensino Básico-


Música. Departamento da Educação Básica.

Nivagara, D. D. Didáctica Geral – Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à distância,


Universidade Pedagógica.

Piletti, C. (2004). Didáctica Geral. (23ª ed). Editora Ática. São Paulo

Silva, D. B. (2013). A importância da planificação do processo Ensino-Aprendizagem. Porto:


Porto Editora.

Zabalza, M. (2000). Como educar em valores na escola. Revista Pátio Pedagógica. Ano 4, 13,
mai/jul. 2000.

Chibite, E. E. (2018) Importância da Planificação das aulas para o sucesso do Processo de


Ensino e Aprendizagem na Escola Secundaria de Maquival, 2014.

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