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ATIVIDADE DE REVISÃO GERAL

01 – (FGV) A charge abaixo, publicada no jornal O Dia (PI) em 1 de abril de 2015, produz humor apoiada
numa figura de linguagem expressa graficamente, figura essa denominada:

a) metáfora; b) metonímia; c) hipérbole; d) pleonasmo; e) catacrese

02 – Ao dizer que os psicopatas assumem o papel de parasitas e predadores, o autor apela para uma
figura de linguagem denominada:

a) metonímia;
b) pleonasmo;
c) anacoluto;
d) eufemismo;
e) metáfora.

03 - FGV - Há um exemplo de prosopopeia em:

a) “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!”
b) “E antes seja olvido que confusão; explico-me.”
c) “Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas.”
d) “Não, não, a minha memória não é boa.”
e) “... e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.”

04 - (FGV-2010) “Eu ia, atento e presente, em busca de um bonde e de Jandira. Foi só ouvir uma
sanfona, perdi o bonde, perdi o rumo, e perdi Jandira. Fiquei rente do cego da sanfona, não sei se
ouvindo as suas valsas ou se ouvindo outras valsas que elas foram acordar na minha escassa memória
musical. Depois, o cego mudou de esquina, e continuei a pé o caminho, mas bem percebi que os passos
me levavam, não para o cotidiano, mas para tempos mortos.” (ANJOS, Cyro dos. O amanuense Belmiro.
8ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1975, p. 15.)

a) Aproximando-se as duas passagens destacadas destacado do trecho “Eu ia, atento e presente, em
busca de um bonde e de Jandira. Foi só ouvir uma sanfona, perdi o bonde, perdi o rumo, e perdi
Jandira”, pode-se divisar uma figura de linguagem, mais especificamente, uma figura de pensamento.
Nomeie-a e explique como ela se dá no texto.

b) Classifique morfologicamente o termo “elas” e aponte a que termo se refere. Justifique sua resposta.
05 - (FUVEST 2009) Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por
mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado
é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas
aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque
nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o
único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas.

RIO, J. A rua. In: A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).

Em “nas cidades, nas aldeias, nos povoados”, “hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia” e
“levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis”, ocorrem, respectivamente, os seguintes
recursos expressivos:

a) eufemismo, antítese, metonímia.


b) hipérbole, gradação, eufemismo.
c) metáfora, hipérbole, inversão.
d) gradação, inversão, antítese.
e) metonímia, hipérbole, metáfora.

06 - RIGOR GRAMATICAL
"[...] Aprendi que oxítonas terminadas em 'i' e 'u' não são acentuadas. Mas, e aquele banco cujo nome é
oxítono e termina em 'u' acentuado, por que ele pode?"
- Quer dizer que você compareceu à aula das oxítonas, mas perdeu aquela que ensinava que com nome
próprio cada um faz como bem entende, né, madame?
(Revista da Folha)

Analisando a pergunta da leitora e a resposta da jornalista, e considerando as regras oficiais de


acentuação gráfica, é possível concluir que

a) a palavra em questão – Itaú – não é oxítona, mas proparoxítona. Segundo as regras de acentuação
gráfica em vigor, todos os proparoxítonos são acentuados.
b) embora a palavra seja realmente oxítona, a razão pela qual ela é acentuada é outra: acentuam-se as
letras “i” e “u” quando formarem hiatos tônicos, sozinhos ou acompanhados de “s”.
c) trata-se de uma exceção à regra. O mesmo ocorre com a palavra “Pacaembú”.
d) a resposta da jornalista está correta, uma vez que um fato semelhante ocorre com a grafia de seu
nome, que deveria ter acento agudo: Bárbara.
e) a palavra recebe acento agudo por ser uma paroxítona terminada em “u”.

07 – Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:

Antigamente

Antigamente, as moças chamavam-se “mademoiselles” e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
fazíamos anos: completávamos primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam
tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam,
antigamente era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para
colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse
entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada.

Fonte: Andrade, Carlos Drummond de. Antigamente, in: Quadrante. Rio de Janeiro, José Olympio, 1970

No texto, percebe-se que a escolha de um grupo de palavras tem por intenção


a) marcar como a língua varia e se modifica de região para região.
b) relacionar a língua com valores culturais de outra temporalidade.
c) explicar os sentidos de provérbios e ditados populares regionais.
d) alcançar estilo elevado, por meio de expressões cultas e formais.
e) estabelecer comparação entre moças de hoje e de antigamente.

Leia os textos 1 e 2:

Texto 1

Evocação do Recife

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros


Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
Fonte: BANDEIRA, Manuel. “Evocação do Recife”. In: Libertinagem & Estrela da Vida Manhã. Rio de
Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2000 (fragmento).

Texto 2

A censura de que “ninguém fala como eu escrevo” é besta. Primeiro: escrita nunca foi igual à fala. Tem
suas leis especiais. Depois: se trata dum estilo literário, se fosse igual ao dos outros não é estilo literário,
não é meu. Isso é elogio, mostra que é civilização. Agora quero saber quem que nega o meu estilo ter
raízes fundas nas expressões do meu povo desde a pseudoculta até a ignara popular?

Fonte: ANDRADE, Mário de. A Gramatiquinha. São Paulo: Duas Cidades; Secretaria de Estado da
Cultura, 1990. p. 325.

08 - Os textos 1 e 2 trazem como opinião comum

a) a crítica aos estilos literários vigentes.


b) a defesa de que a escrita imita a fala.
c) o repúdio aos textos da cultura escrita.
d) a valorização da língua oral e popular.
e) o respeito à influência lusitana na língua.

(UEG-GO) Leia o texto a seguir. As questões 09 e 10 referem-se a ele.

CELULARES EXPLOSIVOS, IDEIAS NEM TANTO


[...] Sou uma nulidade no uso do celular. Mal conheço a senha para tirar as mensagens lá de dentro e,
pelo que vejo, meu aparelho é forte candidato a uma dessas explosões que têm acontecido ultimamente.
Pinóquio não primava pela responsabilidade nos compromissos assumidos, mas seu Grilo Falante, de
cartola e guarda-chuva, conhecia as virtudes da polidez e da adequação. Não tomava a palavra antes de
um minúsculo pigarro de advertência. Inseto mutante, o celular está para o grilo de Pinóquio um pouco
como a guitarra elétrica para o antigo violão. Adota os tons mais estridentes, descabelados e imperativos,
a que as pessoas obedecem numa coreografia alucinada. A pose mais estudada da grã-fina se estilhaça
em aflição e pânico enquanto ela remexe na bolsa à procura do aparelho; o taxista mais inerte e distraído
pula ao menor toque, como se tivesse uma aranha dentro do carro. E nem se sabia que aquilo era
carregado de dinamite. [...]
COELHO, M. Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 maio 2006, p. E 10. Ilustrada. [Adaptado].

09 – O trecho “Inseto mutante, o celular está para o grilo de Pinóquio um pouco como a guitarra elétrica
para o antigo violão” estrutura-se em uma relação lógica de

a) antagonismo.
b) causalidade.
c) gradação.
d) analogia.
e) comparação.

10 - O texto discorre principalmente acerca

a) dos perigos do uso inadequado do celular.


b) do avanço da tecnologia no campo da telefonia.
c) dos cuidados necessários para o manuseio do celular.
d) da falta de polidez das pessoas diante das tecnologias.
e) do domínio do celular e do comportamento das pessoas.

11 - Pode-se afirmar que o texto

a) apresenta a linguagem na norma culta, usada nos variados gêneros, inclusive na poesia do sentimento
amoroso.
b) descreve uma personagem feminina a partir de seus sentimentos e não pelos atributos físicos.
c) conta uma história de amor não correspondido depois de longos anos de espera.
d) traz poesia e linguagem subjetiva, sem a preocupação com a norma culta, seguindo os padrões
poéticos.
e) apresenta ao leitor uma opinião sobre determinado assunto – no caso, o amor-paixão.

12 - No que diz respeito à linguagem utilizada no texto, verificam-se trechos que estão contrariando a
norma culta. Isto se dá porque
a) a autora desconhece tal norma e, inconscientemente, adota a norma rural brasileira.
b) a norma culta é muito difícil e poucas pessoas a usam devido ao elevado índice de analfabetismo no
Brasil.
c) a linguagem utilizada no texto reflete a ignorância do público leitor deste gênero em especial.
d) houve um descuido do revisor do texto e isso seria uma atribuição dos órgãos fiscalizadores.
e) a linguagem utilizada no texto reflete traços de oralidade, muitas vezes comuns ao gênero em que se
insere.
13 - A partir da leitura do texto, é correto afirmar que há:

a) um pedido de desculpas do possível autor do texto.


b) uma ordem do autor do texto, com alto grau de superioridade.
c) pedidos de um dos parceiros numa declaração amorosa.
d) solicitações profissionais em contexto amoroso.
e) uma história de amor contada por alguém em tempo real.

14 - A seguir, são dadas cinco afirmativas relacionadas ao Trovadorismo. Julgue-as e, em seguida,


registre o item que contém a informação correta.

a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e
mulheres camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura
antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da
Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também
a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos
padrões estéticos greco-romanos.

15 - (FUVEST-SP)

"Quando da bela vista e doce riso,


tomando estão meus olhos mantimento,1
tão enlevado sinto o pensamento
que me faz ver na terra o Paraíso.

Tanto do bem humano estou diviso,2


que qualquer outro bem julgo por vento;
assi, que em caso tal, segundo sento,3
assaz de pouco faz quem perde o siso.

Em vos louvar, Senhora, não me fundo,4


porque quem vossas cousas claro sente,
sentirá que não pode merecê-las.

Que de tanta estranheza sois ao mundo,


que não é d'estranhar, Dama excelente,
que quem vos fez, fizesse Céu e estrelas."
(Camões, ed. A.J. da Costa Pimpão)

Notas:
1 Tomando mantimento - tomando consciência.
2 Estou diviso - estou separado, apartado.
3 Sento - sinto.
4 Não me fundo - não me empenho.

A - Caracterize brevemente a concepção de mulher que este soneto apresenta.

B - Aponte duas características desse soneto que o filiam ao Classicismo, explicando-as sucintamente.

Leia o texto e responda às questões 16 e 17.


Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio,
O Mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto;


Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao céu voando,


Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,


Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.

16 – O soneto acima descrito é de Luís Camões. Nele se acha uma característica da poesia clássica
renascentista. Assinale essa característica, em uma das alternativas:

A)A suspeita de amor que o poeta declara na conclusão.


B)O jogo de contradições e perplexidades que atormentam o poeta.
C)O fato de todos perguntarem ao poeta por que assim anda.
D)O fato de o poeta não saber responder a quem o interroga.
E)A utilização de um soneto para relato das suas amarguras.

17 - Leia as afirmações abaixo sobre o texto:

1)Encontramos no 4º verso “O Mundo todo abarco e nada aperto.”, uma figura de linguagem conhecida
paradoxo.
2)As expressões sublinhadas no 7º e 8º versos constituem uma anáfora.
3)As rimas do 1º quarteto quanto ao valor são classificadas como ricas.
4)Temos uma gradação nos versos 7 e 8.

Está (ão) correta(s):


A)1 e 3 apenas.
B)3 e 4 apenas.
C)1, 2 e 3 apenas.
D)2, 3 e 4 apenas.
E)1, 2, 3 e 4

LEIA o texto de Camões RESPONDA às questões de 11 a 16.

SONETO 45

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades;


Muda-se o ser, muda a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança;
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades


Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,


Outra mudança faz de mor espanto, * mor = maior
Que não se muda já como soía. * soía = costumava

18 - O soneto camoniano é a principal forma literária do Classicismo. APONTE UMA ÚNICA característica
que NÃO se ajusta ao Classicismo português.

A)Universalismo.
B)Recuperação de temas da Antiguidade Clássica (cultura greco-romana).
C)Antropocentrismo.
D)Formalismo (principalmente no uso da Medida Nova)
E)Religiosidade cristã

19 - ASSINALE a alternativa INCORRETA sobre CAMÕES, o espetáculo poético do Renascimento


português:

A)Sua obra compreende os gêneros épico, lírico e dramático.


B)A lírica de Camões permaneceu praticamente inédita. Sua primeira compilação é póstuma, datada de
1595, e organizada sob o título de Rimas.
C)Sua lírica compõe-se exclusivamente de redondilhas e sonetos, vez que a epopéia e a elegia são
modalidades da “medida velha”.
D)Apesar de localizada no período clássico-renascentista, a obra de Camões tem resíduos medievais e
momentos maneiristas.
E)Representa o amadurecimento da língua portuguesa (foi o responsável pela modernização do idioma),
sua estabilização e a maior manifestação de sua excelência literária, influenciando poetas da nossa
língua, até os nossos dias.

20 - Neste texto, Camões exprime sublimemente a amargura do homem em processo de envelhecimento


e que sente a transformação da sua própria personalidade, em face das coisas que mudam sem cessar.
Sobre a análise dos aspectos morfológicos e semânticos do texto, julgue os itens seguintes como
verdadeiros ou falsos e, em seguida, marque a alternativa que contém a sequência correta da análise, de
cima para baixo.
( ) O sentido do último verso __ que não se muda já como soía __ é controverso, pois, segundo o eu
lírico, podemos entender que tudo muda, menos o rigor da mulher amada.
( ) Segundo o eu lírico, nem tudo está sujeito a mudanças no tempo; consequentemente, não há
possibilidade de surpresa ou de perplexidade para quem vive.
( ) Logo no primeiro verso, __ Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades __ nota-se um impecável
pensamento dialético, isto é, o eu lírico procura manter uma espécie de diálogo cujo foco é a
contraposição e contradição de ideias que leva a outras ideias, como por exemplo, a de que tudo se
transforma, sempre; e que, além disso, as formas de mudar também se modificam.
( ) Pode-se afirmar que as palavras mudam-se, muda-se, muda e mudança (1ª estrofe) são da mesma
família por possuírem um morfema em comum: o radical.

A)V F V V
B)V V F F
C)V F V F
D)F V F V
E)F F V F

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