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LUIZ ALBERTO PRATA

CURSO PREPARATÓRIO PARA O CONCURSO DO MAGISTÉRIO DE SERGIPE

PORTUGUÊS
Prof. Me. Luiz Alberto Prata
FUNÇÕES DA
LINGUAGEM!!!
Sinal fechado
Carro blindado
Vidro fechado
Parado no sinal
Do outro lado
Pela fresta
Da janela semi-aberta
Ergue-se um polegar.
-Beleza!
-Quanto tempo!
-Qual seu e-mail?
-Entre  no site
-Com que nome?
-Com meu apelido de escola
-Te vejo na Internet
- Até logo!
- Até logar
Adalberto Lima Poeta Bizarreto
Não é todo dia que podemos conhecer
Pessoas tão bonitas que nos fazem
compreender
Traduzindo sua história em momentos tão reais
Cartas de amor, simplesmente imortais
São dias tão aflitos quando não estás aqui
Tristes primaveras se eu não posso te ouvir
Essa é a canção
Que eu fiz pra você
Pedaços de um coração
Que nasceu pra te amar
Com você eu posso ser
Será que estou sonhando?
“Chegou o milagre azul para lavar!
Lave na espuma de Omo e tenha a
roupa mais limpa do mundo!
Onde Omo cai, a sujeira sai!”
“- Que quer dizer pitosga?
- Pitosga significa míope.
- E o que é míope?
- Míope é o que vê pouco.”
“Alô”
“Bom-dia”
“oi, turma”
“Agora, prestem atenção!”
Estou tendo agora uma vertigem.
Tenho um pouco de medo. A que me
levará minha liberdade? O que é isto
que estou te escrevendo? Isto me
deixa solitária.
(Clarice Lispector)
 "Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao
coração de Marcela, não já cavalgando o corcel
do cego desejo, mas o asno da paciência, a um
tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há
dois meios de granjear a vontade das mulheres: o
violento, como o touro da Europa, e o insinuativo,
como o cisne de Leda e a chuva de ouro de
Dânae, três inventos do padre Zeus, que, por
estarem fora de moda, aí ficam trocados no cavalo
e no asno."
(Machado de Assis)
“- Olá, como vai?
 - Eu vou indo e você, tudo bem?
 - Tudo bem, eu vou indo em pegar um
lugar no futuro e você?
 - Tudo bem, eu vou indo em busca de
um sono tranqüilo..."

(Paulinho da Viola)
01. Assinale a alternativa incorreta:
a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a
mensagem entende o seu significado.
b) Para entender o significado de uma mensagem, não é
preciso conhecer o código.
c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos,
formados de palavras, desenhos, números etc.
d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas
regras.
e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos
combiná-los de várias maneiras, criando novas mensagens.
O EXERCÍCIO DA CRÔNICA
Escrever  crônica é  uma  arte  ingrata. Eu  digo  prosa  fiada, como faz  um
cronista;  não a prosa de  um ficcionista, na qual este  é   levado  meio a 
tapas pelas  personagens e  situações  que, azar dele, criou  porque quis. 
Com um prosador do  cotidiano, a coisa  fia  mais fino. Senta-se  ele diante
de  uma  máquina, olha através da  janela e  busca  fundo em  sua 
imaginação  um assunto  qualquer, de  preferência colhido no  noticiário
matutino, ou  da  véspera, em  que,  com  suas  artimanhas peculiares,
possa  injetar um sangue  novo.  Se nada  houver, restar-lhe o recurso de 
olhar em torno e  esperar que, através de  um processo associativo,  surja-
lhe de  repente a  crônica, provinda dos   fatos e  feitos de  sua  vida
emocionalmente despertados pela concentração.  Ou  então, em última
instância, recorrer ao assunto da falta de  assunto, já bastante  gasto,  mas
do  qual,  no  ato de escrever,  pode surgir  o   inesperado.
(MORAES,  V. Para  viver um grande  amor:  crônicas e  poemas. São  Paulo:  Cia das  Letras,
1991).
02. Predomina nesse  texto a  função da  linguagem que se  constitui:
a)  nas  diferenças  entre  o cronista e  o  ficcionista.
b) nos  elementos  que servem de  inspiração ao cronista.
c) nos assuntos  que  podem ser  tratados em  uma crônica.
d) no  papel da  vida do cronista no  processo de  escrita da  crônica.
e) nas  dificuldades de se  escrever uma crônica por meio de  uma crônica.
03. Então, qual a função da linguagem do texto:
 
a) Fática.
b) Emotiva.
c) Metalinguística.
d) Poética.
e) Apelativa.
04. DESABAFO
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje.
Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica
manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que
esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias
funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre
outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem
predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos
demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da
comunicação.
LÍNGUA FALADA
X
LÍNGUA ESCRITA
REVISANDO...
LÍNGUA FALADA / LÍNGUA ESCRITA
• Língua Falada • Língua Escrita
1. Expressão “A gente”; 1. Expressão “Nós”;
2. Contrações (né, tô, 2. Escrita correta das
pra...); palavras;
3. Gírias, jargões, 3. Sem uso de gírias,
bordões; jargões ou bordões;
4. Próclise no início de 4. Ênclise ou mesóclise.
frases.
05. Leia as proposições:
I. A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois
reflete contato humano direto.
II. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas
gramaticais impostas pelo padrão culto, dela resultando um texto
mais bem elaborado.
III. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior
prestígio, reflete um índice de cultura a que todos pretendem
chegar.
IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece
rigidamente às normas gramaticais.

Sobre as afirmações acima:


a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.
e) Todas estão corretas.
Leia o texto abaixo para responder a questão 06.
 
Os amigos F.V.S., 17 anos, M.J.S., 18 anos, e J.S., 20 anos,
moradores de Bom Jesus, cidade paraibana na divisa com o
Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão. “Não
ganhamos salário, é ‘de meia’. Metade da produção fica para
o dono da terra e metade para a gente.”
(Folha de São Paulo, 1° jun. 2002)

06. Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de


trabalho. Utilizam a expressão “é de meia” e, logo em seguida,
explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles:
a) Alteram o sentido da expressão.
b) Consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo
de falar.
c) Dificultam a comunicação com o repórter.
d) Desrespeitam a formação profissional do repórter.
e) N.D.A.
07. Leia o texto abaixo:
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso
cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei
que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente
conversar com calma.
(BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo:
Parábola, 2004 (adaptado).

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o


cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente
devido:

a) À adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela


informalidade.
b) À iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) Ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) À intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
e) Ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
 
08. “A gíria desceu o morro e já ganhou rótulo de linguagem
urbana. A gíria é hoje o segundo idioma do brasileiro. Todas as
classes sociais a utilizam.”  (Karme Rodrigues)

Assinale a alternativa em que não se emprega o fenômeno


linguístico tratado no texto.
a) Aladarque Cândido dos Santos, enfermeiro, apresentou-se
como voluntário para a missão de paz. Não tinha nada a ver com
o pato e morreu em terra estrangeira envergando o uniforme
brasileiro.
b) Uma vez um passageiro me viu na cabine, não se conteve e
disse: “Como você se parece com a Carolina Ferraz!”
c) Chega de nhenhenhém e blablablá, vamos trabalhar.
d) Há muitos projetos econômicos visando às classes menos
favorecidas, mas no final quem dança é o pobre.
e) Cara, se, tipo assim, seu filho escrever como fala, ele tá
ferrado.

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