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REDAÇÃO

&
LEITURA
Crônica
O que é a redação de crônicas?
A redação de crônicas é algo bastante pedido quando se está no ensino médio. Em suma,
crônica é um tipo de texto que tem a função de falar sobre algo do nosso dia a dia e cotidiano.
Por isso, é comum narrar situações engraçadas e até mesmo que envolvam outras pessoas.
Vamos falar um pouco mais sobre este gênero literário. A crônica é um gênero textual que
acabou se popularizando bastante durante o século XXI.
Esse tipo de texto é dotado de algumas características que ajudam a entender quais são seus
diferenciais em relação aos outros gêneros textuais.
As crônicas têm sua temática, em grande parte, relacionada a algum assunto que seja
voltado pra cidade e pro cotidiano real. Ou seja, sobre problemas sociais e alguma coisa que
está sendo enfrentada por alguém.
Esse tipo de texto tende a ter o humor de forma clara ou até indireta. Muitas vezes, está
tentando criticar de forma bem-humorada alguma situação que está acontecendo na cidade
ou a ação de um grupo de indivíduos.
Ao todo, pode-se dizer que existem ao menos dois tipos de crônicas, sendo a narrativa e a
de cunho jornalístico as mais usadas.
Narrativas: são aquelas que não contam com nenhum tipo de estrutura predeterminada,
fica a tudo a critério da pessoa que está sendo responsável pela peça escrita. Em suma,
é um gênero literário que tem o objetivo de narrar alguma coisa sobre a vida de
determinados indivíduos .
Jornalísticas: neste caso, há um tipo de narrativa da qual se mistura com a alguma
temática. Ou seja, o intuito é o de fazer algum tipo de crítica política ou social por meio
dela. Geralmente, é apresentado algum fato importante que aconteceu dentro da cidade,
para que seja possível abordar sobre ele.

Exemplos de crônica
VAMOS À PRAÇA?

Numa manhã de segunda-feira acordo bem cedo para ir à escola, tomo café e da varanda da minha
casa começo a observar minha comunidade, em especial a praça que é a nossa maior atração.
Aqui não temos edifício, shopping, praia ou qualquer outro ponto turístico como esses que
costumamos ver as pessoas indo conhecer, mas nesse pacato lugar temos uma praça que me chama
atenção. Continuo observando sua estrutura, com várias rampas, bancos, flores, árvores, uma igreja, e um
palanque que chama a atenção de todos. Procuro seus frequentadores, mas para uma pracinha do interior
ainda é cedo para ali estarem, então começo a pensar que triste deve ser amanhecer nessa solidão ter
tantos atrativos e mesmo assim está só.
Vou para a escola e quando volto continuo a observar que a praça continua linda e pronta para
receber qualquer pessoa, pois ela já providenciou bancos e sombras, porém a vida é corrida e meio-dia as
pessoas não têm tempo para ir à pracinha. Continuo meu dia com outras atividades e quando anoitece,
volto meu olhar atento a nossa praça, algo diferente me chama atenção, é uma segunda feira e a praça
não está mais vazia, e seus visitantes são bem peculiares, mas eles garantem a animação.
A cigarra começa cantando e grilos fazem o coro, as muriçocas fazem a segurança, colocando para
casa todo aquele que ousa tentar ficar ali levando um ventinho. Não posso esquecer que a praça também
vira um ringue de box, pois os cachorros e os gatos que por ali passeiam se estranham e até lutam
chamando a atenção de todos. A plateia fica por conta dos cururus que pulam de um lado para o outro,
porém ninguém sabe para quem eles torcem.
Duas figuras entre um dia ou outro fazem parte do grupo que visita a praça na semana, é a conhecida
dona Benta que vez ou outra água as flores; e o Totó que chega como juiz e com seu chicote acaba com
qualquer briga dos cachorros. Todos da comunidade sabem que ao ouvirem um plaft, plaft, plaft é o Totó com
seu chicote espantando os cachorros, afinal eles são como guardiões da praça.
Assim dia após dia observo a mesma coisa, até que chega sábado. O sino da igreja toca. E a praça que
durante a semana fica vazia, enche-se de fiéis que dão um outro aspecto a ela, os animais que dia-a-dia que
estão lá, dão espaço a conversas, risos, encontros de amigos, crianças brincando e nos bancos mais
afastados os namorados apaixonados.
Essa é a rotina da nossa praça, na semana sozinha ou melhor acompanhada de seres que fazem dela
sua casa, assistindo um pequeno serrote que deu nome à nossa comunidade ser destruído, mas no final da
semana ver os moradores deste lugar felizes por terem um ponto de encontro; e cheios de esperança prontos
para enfrentar a vida. Por fim convido a você: vamos à praça

Aluna: Maria Eduarda Araújo


Professora: Elcicleide Viana Ávila
(Texto vencedor na fase municipal da Olimpíada Escrevendo o Futuro 2019 na categoria Crônica de São
Gonçalo do Amarante
A beleza é um conceito que costuma variar entre as pessoas, mas o que realmente define a
beleza? Como percebemos a beleza e o que é a beleza natural?
A beleza é um conceito subjetivo e que varia bastante porque é encontrada em diferentes formas,
tamanhos, cores e contextos. Justamente por isso, o que é considerado belo por uma pessoa pode
não ser para outra. A beleza é, portanto, uma experiência pessoal.
Ela se manifesta nas maravilhas da natureza, nas cores vibrantes de um pôr do sol e na
delicadeza de uma flor que desabrocha no jardim. A beleza é mais do que traços físicos e está
presente na arte e na criatividade do ser humano, onde a imaginação e expressão se tornam sua
tela.
E nas pessoas, a beleza é encontrada em sua diversidade e singularidade, que enriquecem nossa
noção de que alguém é bonito. Cada sorriso, ruga, sardinha e cicatriz narra uma história única e
revela a beleza da experiência humana.
Embora grande parte da discussão sobre a definição de beleza se concentre na aparência física, a
verdadeira beleza vai além do que os olhos podem ver: ela também está relacionada à
personalidade, caráter e ações de uma pessoa.
Já percebeu que alguém que é gentil, generoso e sensível ao seu redor é considerado mais
bonito, independentemente de sua aparência? Isso porque a beleza natural envolve qualidades
internas que melhoram a experiência de interagir com uma pessoa.
Ou seja, a verdadeira beleza não é apenas a casca, mas o que está dentro dela. São as
qualidades que fazem alguém ser alguém especial e admirável.
“Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental”

A frase do nosso imortal poeta Vinicius de Moraes é antiga, mas o debate em cima desse tema continua muito atual.
Essa afirmação foi exaustivamente discutida e teve muita polêmica gerada em torno dela. Na verdade, é um assunto
que nunca deixou de estar em voga, principalmente no universo feminino. A preocupação com a beleza sempre esteve
muito presente e a todo momento muito forte. Inclusive, foi por vezes colocada como prioridade, deixando outras coisas
mais importantes para trás. Dizem que a beleza abre portas, mas será que ela é mesmo fundamental? E será que todo
esse sacrifício realmente vale a pena?

Essa padronização de beleza pré-estabelecida pela sociedade faz a cabeça de mulheres de diferentes idades e classes
sociais. A busca pelo corpo perfeito tem levado a mulherada a cometer loucuras em nome da estética. Essa
preocupação, como sabemos, não é de hoje, mas as metas nas modificações do corpo estão sempre alternando. Além
da eterna luta contra celulite, estrias e varizes, a inquietação com peitos e bundas tem crescido muito. Cada vez mais
mulheres têm sido atraídas a diversos procedimentos para essas tão sonhadas alterações. Isso sem falar nas
aplicações de botox para evitar as rugas de expressão, que tem conquistado cada vez mais adeptas. Como se isso
bastasse para abrir um portal para o mundo das lindas.

Veja bem, não acho nada de errado em dar uma turbinada com silicone, aplicar botox ou lipoaspirar a barriga. Se tiver
grana suficiente pra tudo isso – porque essas intervenções cirúrgicas não são baratas – e se estiver bem resolvida com
você para realizar essas mudanças, então vá em frente.
O problema está em fazer disso um objetivo de vida e achar que só será feliz e plena se fizer essas coisas. A felicidade
precisa estar dentro de você, precisa vir do interior e não do exterior apenas. Do contrário, você fará todo tipo de processo
para uma transformação estética, mas nunca estará satisfeita com seu corpo e nem com sua vida.

Acontece que a cobrança em cima disso é muito grande e muitas mulheres acabam “caindo em tentação”, em nome da tal
beleza fundamental. Como foi o caso da modelo Andressa Urach, que viu a morte bem de perto, quando ficou internada
na UTI com um quadro de infecção generalizada, após receber 400 ml de hidrogel em seu corpo para preencher e
engrossar as coxas. Depois do grande susto, hoje em dia ela está bem, mas ficará em constante tratamento porque,
segundo os médicos, não foi possível retirar toda a substância do seu corpo. Mesmo depois de todos os procedimentos,
ela não teve sua saúde totalmente restaurada, nem seu corpo. Como consequência do seu ato em nome da beleza, ela
teve sua vida prejudicada para sempre. A obsessão pelas curvas perfeitas ultrapassou todos os limites e ela quase pagou
com a vida. E dessa fixação que não é saudável que eu estou falando. Ter cuidado com a aparência é normal. Se sentir
bem e bonita é muito importante. Mas tudo isso tem que ser natural, não pode virar uma neurose. Isso é que não pode
acontecer. Não deixe que esse desejo pela plenitude perfeita te deixe cega. Porque uma hora ou outra as consequências
chegam. E essa cegueira também afeta as pessoas que não conseguem apreciar a beleza da mulher em outros lugares
do corpo humano. As mãos, os cabelos, o sorriso. E muito pior, não enxergam o belo em seu caráter e no seu jeitinho
singular de ser. Cada mulher é única. Cada uma tem sua particularidade. Até mesmo as gêmeas possuem coisas
diferentes. Todas nós temos partes lindas no nosso corpo. E as nossas imperfeições fazem parte disso.
Então venha comigo e aceite o meu convite, querida. Abandone a ditadura do corpo perfeito, valorize o que tem de melhor
e vá em busca da felicidade!!! Porque no final das contas, fundamental é o que te faz feliz!!!

ESCRITO POR
Erika Kohler

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